A Tuna Luso Brasileira (conhecida por Tuna Luso ou apenas Tuna e cujo acrônimo é TLB) é um clube esportivo brasileiro da cidade de Belém, capital do Estado do Pará, fundada em 1º de janeiro de 1903.
De origem
portuguesa, surgiu como um conjunto musical, iniciando a sua trajetória esportiva em 1906. Entre
seus departamentos destacam-se o remo, a natação e o futsal, nos quais a Tuna detém inúmeras conquistas.
Todavia, é o futebol o maior responsável pelo reconhecimento
do clube no cenário esportivo nacional.
Tradicionalmente,
a Lusa é a terceira força do futebol paraense, somente atrás de Clube do Remo e Paysandu Sport Club, seus rivais históricos. Já foi
dez vezes campeã paraense, além de
possuir dois títulos de divisões de acesso do Campeonato Brasileiro: a Taça de Prata de 1985 e a Terceira Divisão de 1992.
Nome Tuna
Luso Brasileira
Alcunhas Elite do Norte
Águia do Souza
Águia Guerreira
Águia do Souza
Águia Guerreira
Torcedor/Adepto Tunante
Capacidade 6.500
Fundação
Em 13 de novembro de 1902, o cruzador português "D. Carlos" ancorou no porto de Belém. A visita do garboso navio rendeu
diversas homenagens. Durante os festejos, um grupo de jovens portugueses
trabalhadores do comércio se reuniu no Café Apolo, onde o
Sr. Antonio Augusto Lobo propôs a fundação de um conjunto musical para
apresentar-se em festas cívicas, recreativas e de beneficência.
Reuniões
posteriores foram realizadas na residência de Antonio Lobo, na Rua Frutuoso
Guimarães, onde Manuel Nunes da Silva discursava e empolgava os demais
presentes. No dia 12 de dezembro, foi definido que o grupo de
chamaria Tuna Luso Caixeiral. Tuna
significa orquestra ou conjunto popular, Luso faz referência à nacionalidade
de seus fundadores (Portugal) e Caixeiral
à totalidade de integrantes que trabalhavam no comércio, conhecidos como
"caixeiros". Entretanto, a instalação oficial da Tuna se deu somente
em 1º de janeiro de 1903, sendo
esta data reconhecida na sua fundação.
No
início, a Tuna era chamada Real Tuna Luso Caixeiral por ação do rei de
Portugal, D. Carlos I. Porém, após a proclamação da República portuguesa, em 5 de outubro de 1910, o
título de "Real" foi retirado. Posteriormente, em 1926, foi
denominada de Tuna Luso Comercial e por fim, em 12 de junho de 1967, como Tuna
Luso Brasileira.
1906: começa a trajetória esportiva tunante
A Tuna só
iniciou no esporte em 1906 com a criação do seu
Departamento Náutico. A ideia surgiu a partir da extinção do Yole Club e do
Sírio. Um grupo de rapazes, liderados por Antônio Lobo, Artur Nicolau da Costa,
Francisco de Oliveira Simões, Antônio Frazão Salgueiro e João Gonçalves, alugou
a antiga sede do Sírio, na Tv. Siqueira Mendes, onde passou a funcionar a
garagem náutica do clube. O primeiro barco foi construído na fábrica Freitas
Dias, servindo de modelo a uma baleeira de seis remos denominada “Moema”.
No dia 15 de abril de 1906, ocorreu o batismo dos barcos da Tuna na
regata organizada pelo Grupo do Remo, vencendo o páreo “Imprensa de Belém” e a prova
principal, mas foi desclassificada por atravessar fora da baliza de chegada.
Ainda assim, apenas em 1920 que a Lusa conquistaria seu
primeiro Campeonato Paraense, trilhando uma história brilhante nas águas com
grandes conquistas, dentre elas um inesquecível deca-campeonato (1948 a 1957), o que
lhe rendeu o honroso título de “Rainha do Mar”.
Nove anos
depois de se inserir no cenário esportivo paraense, a Tuna introduziu o futebol
em 1915, apenas para consumo caseiro. Sua estréia foi de
forma amadora, vencendo o Grêmio Luzitano. O encontro foi promovido pela
Colônia Portuguesa como parte das comemorações relativas a 5 de outubro, data que deu nome à primeira taça conquistada
pela Tuna em toda a sua história.
Somente
nos anos 30 que a Tuna passou a disputar oficialmente as
competições. Conquistou seu primeiro Campeonato Paraense em 1937 de forma invicta. O time base era: Licínio;
Setenta e Cinco; Aldomário, Pelado e 77; Lulu, Conegas, Jango, Pitota e João.
Mantendo a base, a Tuna conquistou no ano seguinte o bicampeonato.
O
terceiro título veio no campeonato de 1941 da mesma forma que o primeiro, ou seja, sem nenhuma derrota.
Passariam-se mais sete anos para que a Lusa voltasse a brilhar no topo do
estado. Em 1949, a Tuna realizou uma excursão a Paramaribo (Suriname) para disputar um torneio internacional em
comemoração ao aniversário da princesa Guilhermina, da Holanda e foi campeão invicta, com quatro vitórias e um
empate.
Na década de 1950, mais três títulos estaduais foram adicionados à
galeria de troféus cruz-maltina (1951, 1955 e 1958). Dessas
conquistas, destaca-se o campeonato de 1955, pois foi o terceiro estadual
invicto da história tunante que renderam as três estrelas amarelas acima do
escudo. Soma-se a isso, o fato de ter sido arrebatado em uma decisão extra
entre a Tuna (campeã do 1º e 2º turno) e Paysandu (campeão do 3º), já em 1956. Dessa
forma, a Águia sagrou-se supercampeã paraense de 1955.
Graças ao
título estadual de 1958, a Tuna ganhou o direito de disputar a Taça Brasil de 1959, competição organizada pela Confederação Brasileira de Desportos, atual CBF,
tornando-se a primeira represente do Pará em competições nacionais. No ano de 1970,
conquistou seu oitavo Campeonato Paraense.
Um grande
momento para a Tuna foi a década de 1980, quando, além de dois campeonatos estaduais (1983 e 1988),
sagrou-se campeã do Brasileiro da Segunda Divisão, em 1985. Desde
1988, a equipe não adicionou mais nenhum título estadual à sua coleção de
troféus - nesse período, foi vice-campeã em cinco ocasiões, acumulando assim
dez campeonatos e 18 vice-campeonatos paraenses, e confirmando ser um dos
grandes do futebol estadual.
Além
disso, em 1992, conseguiu outro importante título nacional, o Campeonato Brasileiro da Terceira Divisão.
No Campeonato Paraense de 2007, a Tuna venceu o primeiro turno, mas foi derrotada
pelo Remo nas finais do campeonato,
sagrando-se vice-campeã e credenciando-se a participar da Série C 2007.
No dia 2 de novembro de 2008, a Tuna
Luso sagrou-se campeã da Copa dos
Clubes Campeões do Centenário, competição promovida pela FPF, em
comemoração aos 100 anos de disputa do
campeonato paraense. Os clubes participantes foram: Paysandu, Remo, Tuna
Luso e União Esportiva (clube extinto, mas representado
pelo Ananindeua).
Remo e
Paysandu desistiram da competição logo após o Remo perder por 3 a 1 para a Tuna
e o Paysandu perder por 2 a 1 para o União Esportiva, alegando prejuízos
financeiros com a manutenção dos elencos, devido ao fato de o torneio ter sido
realizado no final da temporada 2008. Com a desistência dos dois grandes clubes
do futebol paraense, a final foi entre a Tuna e a União Esportiva. Por ter
vencido o primeiro jogo por 3 a 1, a equipe alviverde foi para a final com
vantagem, tendo empatado por 0 a 0 e ficando com a taça.
Em 2007,
a agremiação se recuperou dos vexames protagonizados nos Campeonatos Paraenses
de 2005 e 2006, quando a Tuna ficou em 11º e 10º. Começou
bem 2007, sendo campeão da Taça Cidade de Belém, equivalente ao 1º Turno,
assegurando uma vaga para a Copa do Brasil e para a disputa da 3ª divisão.
Mas a
equipe despencou no segundo turno, e na decisão, perdeu para o seu rival Remo,
ficando com o vice-campeonato. No Campeonato Brasileiro, a Águia do Souza fez uma bela campanha,
mas foi eliminada na 3ª Fase e não se classificou no octagonal final,
terminando a competição na 14º colocação, com dezoito pontos. Os Cruzmaltinos perderam mais terreno em
2008, fez uma péssima campanha e terminou na penúltima posição dos dez
participantes da Elite do Campeonato Paraense.
Na Copa
do Brasil, a Lusa foi eliminada
pelo Coritiba na primeira fase em dois jogos
(0 a 0) e (6 a 0).
A Tuna
não conseguiu a classificação para a disputa da Elite do Campeonato Estadual,
ficando a dois pontos do São Raimundo. Na 1ª
Fase do Estadual, a Águia mais
uma vez ficou sem disputar a Fase Principal do certame paraense, distante da
vaga por apenas um ponto, perdendo a classificação para o estreante time do Cametá.
Atualidade
A Lusa
montou um time modesto, mas competitivo em 2011. Começou de forma razoável,
vencendo uma das duas partidas, mas o Sport Belém complicou a Águia do Souza,
causando a demissão do técnico Carlos Lucena, que comandava a Tuna desde 2007,
e com a chegada de Flávio Goiano, a Lusa venceu três partidas seguidas,
entretanto, no último jogo, precisava de uma combinação de resultados para se
classificar para a elite do Campeonato Paraense. Em um jogo emocionante, a Tuna
venceu o Santa Rosa, em Mãe do Rio, e contou com o empate de Ananindeua e Castanhal, fazendo com que a Tuna se
consagrasse campeã da 1ª Fase e após mais de dois anos, voltasse a disputar a
Fase Principal.
Apesar da
boa campanha na 1ª Fase do certame estadual, a Lusa não conseguiu a
classificação para as semifinais da Taça Cidade de Belém, ficando na quinta
colocação, após empatar com a equipe do Cametá.
O segundo
turno do campeonato paraense começou melhor para a Tuna, após vencer o Águia de
Marabá em Belém e empatar com o Castanhal fora de casa, a Tuna alcançou a
liderança do campeonato, para disparar na liderança, a Tuna precisava apenas de
uma simples vitória no clássico contra o Paysandu no estádio Francisco Vasques,
acabou perdendo por 3 a 1. Após a derrota no clássico contra os bicolores, a
Tuna foi goleada pelo São Raimundo por 4 a 1 em pleno Souza, perdeu para o
Independente por 1 a 0 em Tucuruí, após as duas derrotas seguidas, foram
goleados pelo Clube do Remo no clássico disputado no estádio Evandro Almeida,
após as três derrotas seguidas, a Tuna ficou ameaçada pelo rebaixamento para a
1ª Fase do campeonato estadual.
A Lusa
precisava apenas de um modesto empate contra a equipe do Cametá diante de sua
torcida em Belém, apesar do favoritismo, a equipe perdeu por 2 a 1, mas devido
a combinação de resultados terminou em 6º lugar, permanecendo na elite para o
campeonato de 2013. Apesar da vergonhosa campanha da Tuna no estadual, a Lusa
sagrou-se campeão paraense de futebol feminino ainda em 2011, conquistando a
vaga paraense para ser representante do estado na Copa do Brasil de futebol
feminino. Mas no ano de 2014 o time não foi bem no estadual sendo rebaixada
pela primeira vez para segunda divisão.
Escudo
atual
formato do escudo da Tuna surgiu na fundação do clube e manteve-se ao longo dos
anos. As únicas mudanças acontceram no seu interior. No primeiro desenho, o
escudo trazia as iniciais T-L-C, referentes à Tuna Luso Caixeiral, e uma nota
musical vermelha ao centro cortada por quatro linhas verdes. No segundo escudo,
permaneceu as iniciais do primeiro mas dessa vez em referência à Tuna Luso
Comercial, além de substituir a nota musical pela cruz pátea vermelha, confundida como cruz de malta. O terceiro e atual escudo traz as iniciais T-L-B
(Tuna Luso Brasileira) e o ano de fundação (1903), abaixo
da cruz.
A mascote
da Tuna Luso é a águia. O animal foi escolhido como um
dos símbolos do clube por ser considerada a ave mais forte, bonita e corajosa
do mundo animal. Além disso, a águia também tem um grande poder de renovação.
Uniforme
O
uniforme tradicional da lusa é uma camisa verde ou branca com uma faixa
transversal de cor oposta a predominante do uniforme. A faixa transversal é em
alusão a cruz de malta, símbolo de Portugal, o país de origem dos fundadores do
clube.
Torcida
- MUC - Movimento Uniformizado
Cruzmaltino
Torcida organizada fundada em 1º de junho de 2006, por um
grupo de quatro amigos, Rogério Duarte, Sandro Frota, Delmicy e Hadler,levados
pela ideia de construir um movimento de apoio à Tuna Luso nas arquibancadas. O
projeto cresceu e hoje conta tem mais de 300 membros, com simpatizantes por
todo o Brasil e no mundo (por exemplo, Japão).
- ATAT - Associação dos
Torcedores e Amigos da Tuna
No mesmo
ano, um grupo de torcedores formou uma associação objetivando colaborar
ativamente com a Tuna, surgindo assim a ATAT (Associação dos Torcedores e
Amigos da Tuna). A associação tem participado em diversas atividades
administrativas e financeiras do clube.
A Tuna
Luso estabelece atualmente um contato muito forte com aquela que representa a
maior expressão popular do clube, a torcida. Com torcedores tradicionais e um
outro grupo mais jovem que vem a somar com a tradição do clube existem hoje na
Tuna duas grandes forças dessa manifestação. Juntas as duas torcidas dão todo o
apoio necessário e ajudam a divulgar o nome do time no esporte paraense.
Estádio
O estádio
próprio da Tuna Luso chama-se Francisco
Vasques,
popularmente conhecido como "Souza",
com capacidade para 6.500 torcedores. Contudo, os jogos de maior porte da
equipe são disputados no Estádio
Olímpico do Pará, com
capacidade para 45.007 pessoas.
Títulos
Conquistas
oficiais
Nacionais
Competição Títulos Temporadas
Estaduais
Competição Títulos Temporadas
GRANDES JOGADORES DA TUNA LUSO :
Abel • Ageu Sabiá
• Antenor • Belterra
• Bereco • Cabinho • Cacetão
• Carvalho • China • Clayson Rato • Da Silva
• Darinta
• Dema • Dodó • Édson Cimento
• Ércio • Estanislau • Fernando Oliveira • Gauchinho • Giovanni • Hamilton • Haroldo • Helinho • Jango • Jóbson • Juvenil
• Leônidas • Luís Carlos • Manoel Maria
• Marinho • Mário Vigia • Mesquita • Nilson Diabo • Paulo Henrique Ganso • Sandro Goiano
• Sarará • Sérgio
• Zé Maria
TUNA LUSO 1941
TUNA LUSO 1941
TUNA LUSO 1942
TUNA LUSO 1950 acapu china estanislau teixeirnha juvenil
TUNA LUSO 1950
TUNA LUSO 1952
TUNA LUSO 1954 Em pé Mário Ney Sarará Nonato Maneca Satiro e Muniz Agachados Juvenil Teixeirinha Estanislau China e Acapú
TUNA LUSO 1956
TUNA LUSO 1958
TUNA LUSO 1970
TUNA LUSO 1970
TUNA LUSO 1975
TUNA LUSO 1976
TUNA LUSO 1977
TUNA LUSO 1983 Bira, Ocimar, Renato, Quaresma, Macedo e Paulo Guilherme. Tiago, Ondino, Mariolino, Jorginho e Luís Carlos.
TUNA LUSO 1983
TUNA LUSO 1983
TUNA LUSO 1983
TUNA LUSO 1983 FUTEBOL DE BOTAO
TUNA LUSA 1982 VITORIA 3 A 2 NO GOYTACA DO RIO DE JANEIRO
TUNA LUSO 1984
TUNA LUSO 1985
TUNA LUSO 1985
TUNA LUSO 1985 CAMPEAO SERIE B NACIONAL
TUNA LUSO 1985
TUNA LUSO 1985 NA GUIANA
TUNA LUSO 1985
TUNA LUSO 1985
TUNA LUSO 1985
TUNA LUSO 1991
TUNA LUSO 1991 VITORIA 3 A 1 NO FLUMINENSE DE FEIRA DE SANTANA
TUNA LUSO CAMPEAO 1992
TUNA LUSO 1992
TUNA LUSO 1999
TUNA LUSO 3 X 0 SANTA CRUZ EM 1999
TUNA LUSO 2007
TUNA LUSO 2010
TUNA LUSO 2011
TUNA LUSO 2012
TUNA LUSO 2013
TUNA LUSO 2014
TUNA LUSO 2015
TUNA LUSO 2016
TUNA LUSO 1950 acapu china estanislau teixeirnha juvenil anos 50
BERECO
BIRA
CABECINHA
CHINA
CLEYSSON E RATO
EDSON CIMENTO
JORGINHO
MANUEL MARIA
ODILSON E DARINTA
PAULO HENRIQUE GANSO
PITETA, CONEGAS, MONARD 1941
SINESIO
TIAGO E ANTENOR
TIAGUINHO 1984
PEDRINHO MOREIRA E ZUZA
Muito bom!
ReplyDeletetuna luso, muita historia.
ReplyDeleteMeu avô Teixeirinha tem história.😎
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