Thursday, December 22, 2016

REMO * PARTE 1

REMO * PARTE 1


Clube do Remo (cujo acrônimo é CR) é um clube esportivo brasileiro de Belém, fundado em 5 de fevereiro de 1905 como Grupo do Remo, reorganizado em 1911 e rebatizado para seu nome atual em 1914. É chamado popularmente de Leão Azul, apelido que faz referência à mascote e à cor oficial da agremiação, o azul-marinho. É proprietário do Baenão, e também manda seus jogos no Mangueirão. Seu principal adversário é o Paysandu, cujo clássico Re-Pa é tido como uma das maiores rivalidades do futebol brasileiro.[4]


SEDE DO REMO EM BELÉM

Entre as equipes do Norte brasileiro é um dos mais populares. Em 2005, foi recordista de público entre todas as séries do Campeonato Brasileiro de Futebol com uma média de 30.869 torcedores por jogo. O Remo frequentemente aparece entre as maiores médias de público do Brasil.[5] No futebol profissional o Remo possui inúmeras conquistas, evidenciando 44 Campeonatos Paraenses, um Campeonato Brasileiro da Série C, um Campeonato Norte-Nordeste e três Torneios do Norte. Dentro do estado, o Leão detém feitos únicos como o heptacampeonato de 1913 a 1919, a histórica hegemonia na década de 90 (oito títulos em dez anos, incluindo-se um penta) e o título profissional com 100% de aproveitamento em 2004.
Em participações na primeira divisão do Brasileiro, o Remo esteve em 14 edições da Série A (a partir de 1971) e 2 da antiga Taça Brasil. Também disputou 21 vezes a Série B do Brasileiro. Na Copa do Brasil, foram 24 aparições. Suas campanhas mais destacadas foram a oitava colocação no Campeonato Brasileiro de 1993 e a semifinal na Copa do Brasil de 1991 - estes resultados representam o melhor desempenho de um time nortista na história de ambas competições. Seu retrospecto em competições oficiais inclui ainda dois vice-campeonatos do Campeonato Brasileiro Série B, dois do Torneio Norte-Nordeste, um da Copa Verde e um da Copa Norte.
Nos esportes olímpicos, o Leão detém resultados expressivos. No remo, seu esporte de origem, é o maior campeão náutico do Pará; na natação, já contou com diversos atletas campeões brasileiros, sul-americanos e até mundiais; no basquete, conquistou a Copa Brasil Norte de 2002 e está entre os maiores vencedores do estado, além de ser único heptacampeão paraense; no vôlei, detém as melhores participações de uma equipe paraense na Liga Nacional; e no futsal, venceu a Taça Brasil de Futsal Sub-17 de 2012.
Nome                  Clube do Remo
Alcunhas            Leão Azul
Leão de
Antônio Baena
Leão da Amazônia
Filho da Glória e do Triunfo
O Mais Querido
Clube de Periçá
Torcedor/Adepto     Remista
Azulino
Fenômeno Azul
Mascote              Leão
Fundação           5 de fevereiro de 1905 (111 anos)
Capacidade        17 518[1]
45 007 pessoas
[2]
Localização        Belém, Pará, Brasil

TORCIDAS ORGANIZADAS DO REMO

Historia do Remo
Belém, no início do século XX, vivia um momento próspero. A Amazônia como um todo estava em evidência devido ao ciclo da borracha e a capital paraense era o símbolo maior da riqueza e transformações socioculturais ocorridas na região, caracterizando a sua Belle Époque, refletidas nas diversas reformas de modernização instauradas pelo prefeito Antônio Lemos. Belém chegou a ficar conhecida como a “Paris n’América” ou “Paris Tropical”.
Foi nesse contexto que o esporte começou a se desenvolver, com destaque para o remo, cuja disputa atraía um acentuado número de adeptos às margens da baía do Guajará. Era o início do surgimento de diversas equipes, dentre elas estava o Sport Club do Pará, uma das potências náuticas da época. A partir de então começaria uma grande história.
No ano de 1905, uma série de desentendimentos entre os integrantes do Sport Club do Pará, momentos antes da realização de uma regata, decretou a saída dos atletas Victor Engelhard, Raul Engelhard, José Henrique Danin, Eduardo Cruz, Vasco Abreu, Eugênio Soares e Narciso Borges. Os sete rapazes logo tiveram a ideia de criar uma nova agremiação, onde pudessem praticar as suas atividades.
Aos poucos, o pequeno grupo contou com o apoio de outros desportistas para alcançar o seu objetivo. No dia 5 de fevereiro de 1905 fundou-se o Grupo do Remo. O nome havia sido sugerido por Raul Engelhard, entretanto foi inicialmente contrariado. Sobre o fato, explica o Sr. José Henrique Danin:
– Batemos cabeça pensando que nome daríamos ao clube, ou melhor, ao grupo. Foi quando Raul Engelhard que estudara na Europa, sugeriu - Grupo do Remo
– Não vai ficar muito bem – advertiu um. E logo outro concordou. Naquele tempo, remo lembrava logo catraia, e poderiam pensar que éramos um clube de catraieiros. Raul Engelhard explicou, porém, a sugestão. Lembrara-se de um clube europeu – o Rowing Club, Inglaterra. E assim nos convenceu. Ficou o nome Grupo do Remo.

José Henrique Danin[6] .
A nova agremiação teve a sua existência legal consolidada com a publicação de seu Estatuto Social no Diário Oficial do Estado, ano XV, nº 4 049, de 9 de junho de 1905 (sexta-feira). No documento, também estavam inseridos os nomes dos 20 fundadores: José Henrique Danin, Raul Engelhard, Roberto Figueiredo, Antonio La Roque Andrade, Victor Engelhard, Raimundo Oliveira da Paz, Antonio Borges, Arnaldo R. de Andrade, Manoel C. Pereira de Souza, Ernestino Almeida, Alfredo Vale, José D. Gomes de Castro, José Maria Pinheiro, Luiz Rebelo de Andrade, Manoel José Tavares, Basílio Paes, Palmério Pinto, Eurico Pacheco Borges, Narciso F. Borges (primeiro presidente do clube) e Heliodoro de Brito.
A data de 15 de agosto marcou a inauguração oficial do novo clube, como forma de prestar homenagem à adesão do Pará à Independência do Brasil. No dia 1º de outubro, o Grupo do Remo inaugurou a sua sede, localizada à Rua Siqueira Mendes, com fundos para a baía do Guajará. A sede fora alugada junto à Intendência Municipal. Na mesma ocasião foi efetuado o batismo e o lançamento ao mar da primeira embarcação, uma baleeira denominada “Tibiriçá”.
Em 1907, a garagem náutica azulina passou a funcionar na atual Boulevard Castilho França. Nesse momento, o clube já possuía nove embarcações, entre elas um out-riggers a 4 remos e um out-riggers a 2 remos importados da Alemanha.
Extinção e reorganização
No ano de 1908, o Grupo do Remo não conseguiu renovar o contrato de aluguel de sua sede junto à Intendência Municipal. A situação forçou alguns de seus associados a realizarem um acordo secreto com integrantes do Sport Club do Pará, abrindo procedentes para um recurso.
Diante de uma severa crise, a Assembleia Geral se reuniu em 14 de fevereiro e o desembargador Alfredo Barradas decretou a extinção do Grupo do Remo. Uma pequena parcela não concordou com a decisão, tomando como medida o sequestro dos barcos pertencentes à agremiação para que não caíssem em “mãos erradas”. As embarcações foram levadas a um galpão no terminal de inflamáveis de Miramar, cujo proprietário era Francisco Xavier Pinto, onde ficaram escondidas.
Os rapazes passaram então a se encontrar frequentemente no Café Manduca, um tradicional ponto de bate-papo de Belém, a fim de tratar dos assuntos referentes à reestruturação do Grupo do Remo. No mês de julho de 1910, tiveram conhecimento de que o contrato de aluguel da antiga sede com um estabelecimento comercial havia terminando e de que, finalmente, poderiam readquirí-la.
No dia 15 de agosto de 1911, os onze azulinos navegaram em três embarcações – duas cedidas pela Liga Marítima Brasileira e uma da Mr. Kup, chefe do tráfego da extinta Port of Pará – à Miramar para rebocar todo o material que estava ali depositado, chegando ao destino em torno das 8h da manhã. Às 7h da noite partiram com todo o patrimônio para a sede. Esse ato concretizou a famosa reorganização do Grupo do Remo.
Oscar Saltão, Antonico Silva, Rubilar, Jaime Lima, Cândido Jucá, Harley Collet, Nertan Collet, Severino Poggy, Mário Araújo, Palmério Pinto e Elzeman Magalhães foram os heróis que tornaram possível o sonho de renascimento da antiga agremiação, entrando para a história do clube como o célebre Cordão dos Onze. Até hoje, a data de 15 de agosto é festejada tal qual o aniversário de fundação do clube (5 de fevereiro). No dia 16 de novembro, o Grupo do Remo conquistou o título de campeão paraense náutico, o primeiro de muitos que estavam por vir.
Em uma sessão ordinária, realizada em 29 de dezembro de 1911, o Sr. Ojscar Saltão propôs a readaptação do nome para Club do Remo – obedecendo à grafia da época –, porém necessitava da aprovação do conselho. Em 7 de agosto de 1914, a Assembleia Geral analisou os argumentos e aprovou a proposta de Saltão, sendo a mudança anunciada oficialmente pelo presidente Nilo Penna.
Símbolos
Escudo
No 15º artigo do Estatuto Social de 1905, a primeira bandeira do Remo consistia em um retângulo azul-marinho, “tendo ao centro uma âncora branca, em sentido oblíquo, circulada por treze estrelas da mesma cor”. Após a reorganização de 1911, a âncora deu lugar a um escudo de formato semelhante a uma boia salva-vidas, cruzada por um par de remos. Na parte superior, vinha a descrição “Grupo do Remo” e ao meio, as iniciais “GR” entrelaçadas.
Em 1914, a agremiação passa a se chamar Clube do Remo. Com essa mudança, o escudo também se renova. A uniformidade circular do distintivo anterior é mantida, adicionando-se os recortes laterais simétricos típicos da heráldica britânica – herança de alguns fundadores do clube com formação acadêmica na Europa, especialmente na Inglaterra. A sigla GR dá lugar ao CR.
Com o decorrer dos anos, o escudo sofreu algumas alterações, sem que mudasse o seu estilo. A última modificação ocorreu em 2013, buscando resgatar as origens do clube e aliar ao conceito de modernidade. Segundo o Manual da Marca, o escudo azulino passou a contar com um acabamento nas linhas laterais e superior para caracterizar volume e tridimensionalidade, além da inversão na coloração das estrelas conforme o grau de importância de cada título – cinco brancas que representam o pentacampeonato estadual e uma dourada, em homenagem ao título nacional da Série C de 2005.
Bandeira e flâmula
O escudo azulino está presente também em outros dois importantes símbolos do Clube do Remo: a bandeira e a flâmula. No esporte, estes objetos possuem diferentes significados. Enquanto a bandeira é identificar e representar o clube e seus torcedores, a flâmula tem como objetivo homenagear os adversários antes do início das partidas, independente do esporte.
Atualmente, ambas são assim definidas no artigo 19 do Estatuto Social do Clube do Remo:
"I- A bandeira do CLUBE DO REMO será de forma retangular, na cor azul marinho, contendo no ângulo superior esquerdo o respectivo escudo, sendo respeitada a distância mínima de 1/6 do tamanho total da imagem aplicada com relação às margens da Bandeira".
"II- A flâmula será de forma triangular em posição vertical, possuindo a mesma cor da bandeira e tendo ao centro o escudo oficial do Clube, acrescido ao topo a inscrição CLUBE DO REMO e abaixo o ano de 1905".
Mascote
O mascote oficial do Clube do Remo é o leão. A sua origem remete à 1944, quando o Remo enfrentou e venceu a equipe do São Cristóvão-RJ, vice-campeão carioca de 1943, por 2 a 1, no dia 30 de janeiro. O adversário azulino realizava uma excursão pelo Norte e Nordeste do Brasil e ainda não havia perdido em solo paraense, fato que valorizou ainda mais o triunfo remista. No dia seguinte, o saudoso jornalista Edgar Proença reportou-se à partida da seguinte forma no jornal O Estado do Pará:
“        Como um verdadeiro Leão Azul de garras aduncas, o Clube do Remo foi a própria alma da cidade         
          — Edgar Proença.                                                                                         
Culturalmente, a imagem do leão remete, dentre outros significados, à força e garra, daí surge a comparação com a postura mostrada pelos atletas azulinos dentro de campo. Aliás, nenhum outro mascote representaria melhor o Clube do Remo e sua história, marcada por episódios de superação e coragem. A relação entre o animal e o clube é tão grande que à beira do gramado do estádio Evandro Almeida existe uma estátua de pedra de um leão azul-marinho em tamanho natural.
Alcunhas
Clube de Periçá
Carlos Ferreira Lopes, mais conhecido pelo nome Periçá, nasceu em 18 de outubro de 1898. Filho do Juiz de Direito, Jorge Victor Pereira, ex-Intendende de Cametá, foi um dos atletas mais completos que já defenderam as cores do Clube do Remo, disputando competições como jogador de futebol, remador, nadador, além de participar de provas de resistência.
Quando disputava uma prova de mergulho, em 16 de maio de 1921, Periçá demorou a voltar para a superfície. Imediatamente seus irmãos e outros atletas mergulharam em sua busca e o encontrou preso no fundo da baía do Guajará. O atleta foi retirado com vida e rapidamente levado ao hospital Dom Luiz I, onde ficou hospitalizado por sete dias até falecer aos 23 anos de idade.
Pela bravura demonstrada como atleta, o apelido "Clube de Periçá" ficou marcando para sempre na história do Clube do Remo.
Filho da Glória e do Triunfo
Essa expressão foi criada pelo poeta Antônio Tavernard, o mesmo que fez a composição do hino oficial, que escreveu um artigo no jornal Folha do Norte, em 15 de agosto de 1931, se reportando a história e glórias do Clube do Remo.
O artigo:
“          Há vinte e seis anos êle nasceu na conjugação magnífica, quase olímpica do ideal com a mocidade. Encimou-lhe o berço o signo deslumbrante dos grandes predestinados. Ainda criança foi forte. Hércules menino, teve que sufocar as serpentes da Inveja e da Perfídia. Cresceu. Agigantou-se. O Destino deu-lhe compleição de aço e espírito de diamante. Mostrou-lhe muito ao longe, no píncaro da vertiginosa montanha, resplandecente e maravilhosa como o velocino de ouro ou o vaso do Graal, a sua finalidade. E êle avançou subindo, galgando vitórias, escalando apoteoses. Êle – o Perfeito! Êle – o Inimitável! Êle – o Clube do Remo!
E, finalizando, uníssonos, todos os azuis, mas todos – da pátria fundadora do velho Andrade à puerícia do caçulo do Luzio; da benemerência incansável do Frazão à minha contristada desvalia – repitamos a saudação sagrada: – Ave, Clube do Remo, filho da glória e do Triunfo!                 

Futebol
Início e amadorismo
No Pará, há indícios de que o futebol começou a ser praticado em fins do século XIX, com relatos de partidas disputadas desde 1892[9] . Entretanto, foi a partir do ano de 1900 que alguns desportistas iniciaram o desenvolvimento do esporte, com a realização de jogos. Em 1906, ocorreu a primeira tentativa de se organizar uma competição futebolística, mas não vingou.
No mês de agosto de 1908 funda-se a Liga Paraense de Foot-Ball que pôs em prática o primeiro Campeonato Paraense da história, vencido pelo União Sportiva. Dois anos mais tarde, em 1910, uma segunda edição foi realizada e o União sagrou-se novamente vencedor.
Dessa forma, o futebol começava a ganhar espaço na sociedade paraense, com a adesão de várias equipes. Em 1913, é a vez do Grupo do Remo implantar o futebol no seu quadro esportivo, contando com os concursos de atletas vindos de outros clubes, dentre eles o próprio União Sportiva, até então bicampeão paraense, e o Sport Club do Pará, vice-campeão em 1908. Dessa forma, o Grupo do Remo montava o seu time com os melhores jogadores que haviam na época.
A primeira partida foi disputada em 21 de abril de 1913, em homenagem ao feriado nacional a Tiradentes, e teve como palco o campo da Praça Floriano Peixoto, em São Braz – onde já se realizavam jogos há vários anos. O adversário era o Guarany Futebol Clube, com quem o Remo empatou em 0 a 0. A primeira formação azulina foi assim constituída: Bernardino; Valrreman e Eurico; Dudu, Aimeé e Mamede; Galdino, Mário, Antonico, Dudu 2º e Rubilar[10] .
No dia 13 de maio, em meio às celebrações da abolição da escravatura no Brasil, as duas equipes voltaram a se enfrentar, no mesmo lugar, mas dessa vez os azulinos fizeram grande atuação e golearam por 4 a 1. Coube ao atacante Rubilar, um dos reorganizadores de 1911, marcar o primeiro gol remista da história. Nesse ano, o Remo, representado por Galdino Araújo e Adolpho Silva, participou da fundação da Liga Paraense de Foot-Ball, criada com o objetivo de reorganizar o futebol no estado que estava há três anos sem disputa de campeonato. A entidade solicitou ao intendente municipal (espécie de prefeito da época), Dr. Dionysio Bentes, um local adequado para a realização dos jogos, cujas medidas deviam ter 200 metros de comprimento por 90 metros de largura, sendo agraciada com a já utilizada área da Praça Floriano Peixoto[11] .
A estreia do Grupo do Remo na competição se deu no dia 14 de julho e o time azulino já mostrou a sua força, goleando o União Sportiva por 4 a 1, sendo escalado da seguinte forma: Bernadinho; Galdino e Lulu; Carlito, Aimée e Chermont; Rubilar, Antonico, Nahon, Infante e Dudu. Em seu primeiro Campeonato Paraense, o Remo sagrou-se campeão invicto com quatro vitórias e um empate em cinco jogos [12] .
Pelo título, o Remo recebeu uma bela taça importada da Alemanha pela firma Krause, Irmãos e Cia. A taça tinha 60 centímetros de altura, peso de 700 gramas e descansava sobre um pedestal de cedro com uma placa onde se lia: “LIGA PARAENSE DE FOOT-BALL – CAMPEONATO DE 1913”, repousando num estojo de veludo roxo. O troféu foi entregue ao Grupo do Remo pelo Dr. Gama Malcher, presidente da Liga, no dia 20 de fevereiro de 1914 [12] .
Após o seu primeiro triunfo, o Remo não parou mais e conquistou os seis títulos seguintes, sagrando-se heptacampeão paraense. Nas estatísticas do hepta, os azulinos disputaram 51 jogos entre 1913 e 1919, obtendo 43 vitórias, seis empates e somente uma única derrota, esta para o União Sportiva, em 1916, por 2 a 1, mas revidada com um sonoro 7 a 0 no mesmo ano[13] . Soma-se ainda uma partida de resultado desconhecido, contra o Panther, em 1914. Dessa forma, seis dos sete títulos do excrete azulino tiveram campanhas invictas, com uma ressalva: o campeonato de 1919 foi conquistado com 100% de aproveitamento (o primeiro da história).
Os maiores nomes desse feito inigualável são o defensor Lulu e o atacante Rubilar, os únicos a estarem presentes em todos os certames[14] [15] , além do goleiro Francelísio, campeão em 1918 e 1919 e que participaria de conquistas posteriores. Em 3 de maio de 1923, veio o tetracampeonato no Torneio Início, considerado de grande credibilidade na época[16] .
Em 1924, o já Clube do Remo conquistou o seu oitavo título estadual, arrebatando ainda os campeonatos de 1925 e 1926, tornando-se tricampeão. Na década de 1930, mais três títulos estaduais (1930, 1933 e 1936) aumentaram a galeria azulina. Nesse período, os maiores destaques eram: Evandro Almeida, que dedicou toda a sua vida ao Clube do Remo, ganhando assim a honra de nomear o Baenão; Barradas, Samico, Osvaldo Trindade, Vavá, Evandro do Carmo, Saboía, e Capí e a famosa dupla de atacantes pela esquerda, Capí e Vevé, sendo que este último jogou pelo Flamengo-RJ[14] .
Nos anos 40, os grandes nomes são o zagueiro Coelho, Poeira, Bendelaque, Sabóia e o goleiro Orlando Brito. O Campeonato Paraense de 1940 foi o último título no ciclo amadorista, que teve seu fim em 1945, marco do profissionalismo do futebol no estado, quando foram feitos os primeiros contratos entre os clubes e seus jogadores[14] .
HISTORIA DO ESCUDO DO REMO

Profissionalismo
Década de 1940
Na data 22 de julho de 1945 o placar de 7 a 0 perdura indelével na memória do torcedor alvi-azul e azulino. A goleada aplicada pelo Paysandu sobre o seu maior rival, o Remo, continua sendo a maior registrada em toda a longa história do tradicional Re x Pa, sendo um dos clássicos de maior rivalidade no futebol brasileiro. Para um grande número de torcedores do Papão, a goleada sobre os azulinos representa um marco na história bicolor. O feito alvi-azul teve como principal herói o atacante Soiá, autor de três dos sete tentos. os jogadores Hélio (dois), Farias e Nascimento completaram a impiedosa goleada.
Após amargar um jejum de nove anos sem títulos estaduais – o maior em toda a história do clube – o Clube do Remo sagrou-se supercampeão paraense de futebol em 1949, ao golear o Paysandu na grande final por 4 a 1 em pleno estádio da Curuzu no dia 8 de janeiro de 1950[17] . A campanha azulina registrou 10 partidas, com oito vitórias, um empate, uma derrota, 28 gols marcados e nove gols sofridos[18] .
Década de 1950
Excursão à Venezuela
No mês de janeiro, o Clube do Remo realizou uma excursão à Venezuela, a convite da federação de futebol daquele país para a disputa do Troféu Ministério de Obras Públicas da Venezuela, também conhecido como Torneio Internacional de Caracas, que, segundo algumas publicações, pode ter sido o precursor da Pequena Taça do Mundo, disputada entre as décadas de 1950 e 1960.
O Remo realizou cinco jogos, obtendo quatro vitórias (La Salle Fútbol Club, Unión Sport Club, Escola Militar e Deportivo Italia) e apenas uma derrota para o Loyola Sport Club, considerando a maior força do futebol venezuelano na época.
Recentemente, a CONMEBOL(Confederação Sul-Americana de Futebol) postou em seu site oficial(http://www.conmebol.com/es/club100) uma publicação sobre os principais times envolvidos na sua história centenária. Nessa publicação aparecem os times brasileiros com grandes participações e times que obtiveram títulos em suas competições, dentre eles o Clube do Remo.
Time macho, sim senhor
Mantendo a base campeã em 1949, o Leão Azul conquistou o bicampeonato paraense em 1950. O Remo ainda ficaria com vice-campeonato em 1951, perdendo para a Tuna na final.
Nessa década, estourava no Brasil a música “Paraíba Masculina”, de Luiz Gonzaga. Após a conquista do tricampeonato estadual nos anos de 1952 (invicto), 1953 e 1954, o carioca Pery Augusto, editor do jornal Flash estampou, logo na primeira página, a seguinte manchete: “Remo, time macho, sim senhor!”. A expressão ficou famosa entre os torcedores que passaram a ecoar uma adaptação do cântico nos jogos: “Re-mo, Re-mo, time macho, sim senhor”.
No ano de 1955, em razão à comemoração do 50º aniversário de fundação do clube, o Leão trouxe a Belém o Beogradisk Sport Klub, de Belgrado (Iugoslávia), para uma série de três jogos contra os três grandes do futebol paraense. A partida contra o Clube do Remo ocorreu no dia 13 de fevereiro e terminou com um empate de 2 a 2.
Década de 1960
O Campeonato Paraense de 1960 demorou a terminar. A competição se iniciou no mês de maio, mas se prolongou até junho do ano seguinte. O próprio regulamento já proporcionava a disputa de um campeonato longo, porém uma decisão judicial agravou a situação.
Inicialmente, o Remo havia sido declarado campeão paraense ao derrotar o Avante, de Salvaterra (na época, distrito de Soure), em 19 de fevereiro de 1961, conquistando o 2º turno. Como havia vencido o 1º turno de forma invicta, automaticamente o Leão ficou com o título estadual.
Entretanto, o Paysandu entrou com um recurso no Tribunal de Justiça Desportiva, pedindo que fosse anulada a derrota de 3 a 1 para o Salvador Atlético Belenenses, ocorrida em 29 de outubro de 1960, pois este utilizara o jogador Dalmério Muniz da Luz irregularmente. O Belenenses foi multado em CR$ 1.000,00, além de perder dois pontos. Essa medida deixou o Paysandu com três pontos perdidos (antes eram cinco), ao lado de Clube do Remo e Avante, forçando uma nova disputa pelo 2º turno. O time bicolor foi campeão ao ganhar do Remo por 2 a 0 e do Avante por 4 a 1.
Dessa forma, Remo e Paysandu, vencedores do 1º e 2º turno, respectivamente, decidiram que ficaria com o título do campeonato em definitivo. Após empatarem em 2 a 2, na Curuzu, no dia 1º de junho de 1961, o Filho da Glória e do Triunfo derrotou o seu rival por 1 a 0, gol de Wálter, no Souza, três dias depois e a torcida azulina comemorou novamente a conquista do troféu estadual. A mídia esportiva destacou o fato: “Remo, Duplo Campeão”.
O título classificou o Remo para a terceira Taça Brasil de Futebol, organizada pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD). Eliminando o Moto Club-MA, o Leão Azul chegou às semifinais da Zona Norte, mas parou na forte equipe do Fortaleza-CE. No geral, o Remo terminou na oitava posição entre 18 clubes participantes, a melhor campanha de um time do Norte na história da competição.
Passado um período sem conquista, o Remo voltaria a sagrar-se campeão paraense no ano de 1964. A trajetória, porém, foi marcada difícil e marcada por um “desastre” ainda no 1º turno. No dia 20 de setembro, o Remo perdeu por 2 a 1 para o Liberato de Castro, o pior time do certame. Essa derrota provocou revolta na torcida, a queda do técnico Quiba - craque azulino nos anos 50 - e a renúncia de toda a diretoria, em 24 de setembro. Foi formada uma Junta Governativa, composta por Arlindo Miranda, Raul Valdez e Raimundo Farah, que permaneceu até o dia 30 de outubro, quando foi eleita a nova diretoria e o novo presidente, Rainero Maroja.
Nesse período, o Remo jogou os dois últimos jogos do 1º turno sob o comando de Sávio Ferreira, obtendo um empate com o Júlio César e uma derrota para o Paysandu. A nova diretoria trouxe o técnico Antoninho, famoso pelo trabalho nas categorias de base do Fluminense-RJ. A partir daí, o Remo não perdeu mais nenhum jogo, conquistando o 2º turno com quatro vitórias e derrotando a Tuna Luso Comercial na grande decisão do campeonato.
Como campeão, o Leão Azul disputou a sua segunda e última Taça Brasil, em 1965. Dessa vez, o Remo eliminou o Nacional-AM e o Sampaio Corrêa-MA, mas não conseguiu passar pelo Náutico-PE. Na classificação geral, ficou em nono colocado.
Em 1968, o Filho da Glória e do Triunfo ganhou o 10º título estadual invicto da sua história. Sob o comando de Danilo Alvim e com destacadas atuações da dupla de ataque Amoroso e Robilotta, o Remo não deu chances aos seus adversários. Foram nove vitórias em 10 jogos, sendo que o único empate foi justamente o resultado que sacramentou o título azulino: 2 a 2 contra o Paysandu em plena Curuzu, na data de 14 de julho de 1968.
No final do ano, a CBD pôs em disputa o 1º Torneio do Norte de Clubes. O Remo tomou parte juntamente com times do Pará, Amazonas, Maranhão e Piauí, sendo que estes dois últimos estados faziam parte do chamado Meio-Norte. Foram formados dois grupos com quatro clubes, sendo que os dois mais bem colocados de cada grupo se enfrentariam nas semifinais, obedecendo ao seguinte cruzamento: 1º do G1 x 1º do G2 e 2º do G1 x 2º do G2.
Concluída a primeira fase e definidos os confrontos, o Remo desbancou o Nacional e chegou à decisão contra o Piauí que eliminou o Paysandu com duas vitórias.
A grande final ficou marcada por duas goleadas: Piauí 5 x 1 Remo, em Teresina (PI), Remo 4 x 1 Piauí, em Belém. Estes resultados forçaram a realização de uma terceira partida, disputada na capital paraense no dia 14 de fevereiro de 1969. Com gols de Adinamar, o Leão venceu o “Enxuga Rato” e confirmou o título de campeão do Norte, muito festejado pela torcida azulina.
Passados sete meses desde a grande conquista, a CBD organizou a segunda edição do torneio. A primeira fase apresentava um formato semelhante ao anterior: dois grupos, sendo que no grupo 1 estariam os times do Pará (Remo, Paysandu e Tuna) e Amazonas (Nacional e Olímpico) e o grupo 2 seria composto por equipes do Maranhão (Moto Club e Ferroviário) e Piauí (Piauí e Flamengo).
A diferença estava no modelo de disputa da fase final. Tratava-se de um quadrangular com os primeiros e segundos colocados dos grupos. Os classificados Remo, Nacional, Ferroviário e Flamengo jogaram entre si, em partidas de ida e volta. Ao final da competição, o Leão Azul somou mais pontos e, consequentemente, arrebatou o cetro de bicampeão do Norte. A campanha azulina registrou 16 jogos, 11 vitórias, três empates, duas derrotas, 28 gols marcados e 11 gols sofridos.
Década de 1970
Logo no início da década, o Clube do Remo conquistou um dos títulos mais importantes da sua história: o Campeonato Nacional Norte-Nordeste de 1971[19] . O Leão Azul já havia batido na trave duas vezes com os vices nos Torneios Norte-Nordeste de 1968 e 1969.
Inicialmente, o Remo teve que passar pelo Torneio Seletivo Paraense, que contava também com as participações de Paysandu, Tuna e Sport Belém. Em seguida, o adversário foi a Rodoviária-AM, na final da Taça Norte vencida pelo Leão com duas vitórias: 1 a 0 e 4 a 2.
A decisão interregional foi disputada contra o Itabaiana-SE, em duas partidas. A primeira ocorreu em Aracaju, no dia 5 de dezembro de 1971 e terminou empatada em 0 a 0. O resultado deixou os times em igualdade para a segunda e decisiva partida em Belém três dias depois.
No dia do jogo, mais de 10 mil pagantes[19] que compareceram ao estádio Evandro Almeida, presenciaram os gols de Robilotta aos 15 e 37 minutos do segundo tempo que deram a vitória do Clube do Remo, que foi intitulado pela Confederação Brasileira de Desportos como o “1º Campeão Nacional do Norte e Nordeste”.
A conquista deu direito ao Leão de disputar a final do 1º Campeonato Nacional de Clubes da 1ª Divisão, do qual foi vice-campeão ao perder o título para o Villa Nova-MG.
Em 1972, a CBD convidou o Remo para a disputa do Campeonato Nacional de Clubes. Pela primeira vez um time paraense figurava na elite do futebol brasileiro. O Leão foi o escolhido para representar o estado, pois, desde essa época, já detinha a maior torcida da região Norte, além de ser proprietário do único estádio capaz de receber públicos superiores a 20 mil pessoas, o Baenão que havia passado por reformas para aumentar a sua capacidade. O Remo disputou um total de 25 partidas, sendo cinco vitórias, 15 empates e cinco derrotas, que o classificou com um honroso 17º lugar. O destaque da grande equipe azulina foi o lateral-direito Aranha, que recebeu a Bola de Prata, promoção da revista Placar que premia os melhores jogadores do campeonato por posição.
A década foi marcada por dois tricampeonatos, os quais podem ser divididos em duas “eras” que levaram os nomes das duas maiores referências do Remo nessa época: os goleadores Alcino e Bira.
O primeiro tri veio com as conquistas invictas dos certames de 1973, 1974 (super-campeonato) e 1975, período marcado pela segunda maior invencibilidade azulina no Clássico Rei da Amazônia (24 partidas). Alcino foi o artilheiro nos em todas as edições, contribuindo para que caísse nas graças da torcida. Mas o Negão Motora, como era conhecido, não teria obtido tanto sucesso se não fosse a ajuda de craques como Dico, Rosemiro, Dutra, Cuca, Elias, Roberto, entre outros.
Com a venda de Alcino para o Grêmio-RS em 1976, o Remo trouxe o amapaense Bira para substituí-lo, que correspondeu à altura, se tornando uma peça importante na conquista de mais um três títulos estaduais em 1977, 1978 (invicto) e 1979. Bira foi o artilheiro nos certames de 1978 e 1979, sendo que neste último marcou 32 vezes, maior artilharia em uma edição de Campeonato Paraense da história.
O time-base azulino havia mudado, sem, no entanto, perder a qualidade técnica da primeira série de títulos, já que contava com jogadores do naipe de Édson Cimento (goleiro Bola de Prata em 1977), Luís Florêncio, Mêgo, Leônidas e Júlio César “Uri Gueller”.
Década de 1980
Na década de 1980, o Remo passou por um período de acúmulo de dívidas, que o deixaram um tempo longe das conquistas. Ainda assim, o Leão conseguiu chegar à final da Taça de Prata, ou Taça CBF, de 1984, mas terminou como 2º colocado perdendo a final para o Uberlândia-MG.
A competição reuniu 32 clubes e foi disputada inteiramente no sistema mata-mata. Na primeira fase, o Remo passou pelo Rio Negro-AM; na segunda, pelo Maranhão; nas quartas, pelo Operário-MS e em seguida pelo Internacional de Santa Maria-RS, até chegar à grande decisão contra o Uberlândia. Apesar do vice-campeonato, o Leão obteve o acesso ao Brasileiro Série A de 1985.
Em 1986, o Remo deu fim ao jejum de seis anos sem títulos estaduais, com a conquista do Campeonato Paraense na administração do presidente Hamilton Guedes. O curioso é que o Leão não conseguiu dar a tradicional volta olímpica após vencer a Tuna no dia 17 de agosto, já que a FPF não havia levado a taça para o estádio Mangueirão.
O caso foi esclarecido no dia seguinte. O governador Jader Barbalho havia mandado o coronel Hércules, chefe da Casa Militar, adquirir o troféu, mas, por motivos desconhecidos, tal ato acabou não ocorrendo. O troféu foi então providenciado e a diretoria azulina pôde obtê-lo na sede da FPF. Apesar da conquista, as dívidas aumentaram e o Remo ainda sofreu o rebaixamento no Brasileirão de 1986.
Essa situação pressionou o novo presidente azulino, Ubirajara Salgado, a investir nas categorias de base do clube. Eis que surge em 1988, o Esquadrão Cabano, denominação dada pela mídia ao time remista composto por jovens valores do clube. A ousadia de Ubirajara somada à contratações pontuais, trouxe resultados a curto prazo. Em 1989, o Leão Azul dava partida para mais um tricampeonato paraense. Na Série B do mesmo ano, o Remo ficou em 3º lugar, sendo eliminado pela forte equipe do Brangantino-SP nas penalidades máximas, após péssima arbitragem de José Roberto Wright, em Bragança Paulista (SP). Era retorno das grandes campanhas nacionais.
Década de 1990
CLARENCE SEEDORF SONHOU EM JOGAR NO REMO...

Os anos 90 marcaram um período glorioso na história do Clube do Remo, que manteve uma hegemonia regional e obteve façanhas a nível nacional. Esse período foi tão inesquecível para o torcedor azulino que foi denominado de “A Década de Ouro”.
Logo em 1991, sob o comando de Valdemar Carabina, o Remo conquista mais um tricampeonato estadual. Ressalte-se que tanto esse título quanto o de 1989 foram arrebatados com campanhas invictas. Unindo-se as três temporadas, o Leão disputou 68 jogos, vencendo 51, empatando 15 e perdendo somente dois deles.
Mantendo a base vencedora, o Clube de Periçá tomou parte da sua segunda Copa do Brasil - a primeira havia sido no ano anterior e o Remo ficou na excelente sétima colocação. Inicialmente, o adversário azulino foi o Rio Branco-AC, eliminado com uma goleada de 4 a 1, no Baenão, após um 0 a 0 no primeiro confronto. Em seguida, o Leão passou pela equipe do Vasco da Gama, valendo-se do critério de gols marcados como visitante já que havia empatado as duas partidas (0 a 0 em Belém e 1 a 1 no Rio. Nas quartas-de-final, foi a vez do Vitória-BA sucumbir à força do elenco remista dentro de seus próprios domínios - tal qual o Vasco - ao empatar em 0 a 0 depois de perder o jogo de ida por 2 a 0. Infelizmente, nas semifinais o Leão não foi páreo para o Criciúma-SC de Luiz Felipe Scolari, que mais adiante ficaria com o título da competição. Ainda assim, a brilhante campanha realizada pelo Filho da Glória e do Triunfo nunca foi igualada por qualquer outro time do Norte na história da competição.
Em 1992, a CBF definiu que o sistema de acesso da Segunda Divisão daquele ano beneficiaria 12 dos 32 times participantes e que não haveria rebaixamento. O Remo realizou boa campanha e ficou no quinto lugar geral, conquistando, assim, a vaga para a Primeira Divisão de 1993, confirmada após a vitória de 2 a 1 sobre o Itaperuna-RJ, fora de casa, em 12 de abril. A volta dos jogadores a Belém foi muito festejada pelos torcedores.
Na elite, o Leão caiu na chave C, onde disputou 14 jogos. Como havia vencido oito partidas e empatado uma, o Remo somou 17 pontos (uma vitória valia dois pontos) e ficou em segundo lugar no seu grupo. Na fase seguinte, foi disputado um mata-mata contra a Portuguesa-SP, que contava com o meia Dener. Na primeira partida, o Leão goleou por 5 a 2, abrindo grande vantagem para o próximo confronto. Em São Paulo, mesmo perdendo por 2 a 0 em um jogo marcado por diversos incidentes, o Filho da Glória e do Triunfo passou para a fase final. Ao término do campeonato, o Remo foi o oitavo colocado, a melhor colocação de um time nortista no Brasileirão em todos os tempos. O time azulino tinha como formação básica: Luís Carlos; Marcelo Silva, Belterra, Mário César e Guilherme; Agnaldo, Biro-Biro, Edson Boaro (Giovanni) e Dema (Tarcísio); Mauricinho (Alex Dias) e Ageu.
Na temporada de 1994, o Remo tornou-se o primeiro e único clube da região a jogar na Europa, quando foi vice-campeão invicto do Torneio Internacional de Toulon, na França.
Em 1997, o Mais Querido sacramentou um dos seus maiores feitos: o pentacampeonato estadual, único da era profissional. A histórica conquista registrou 108 jogos, com 78 vitórias, 24 empates e apenas seis derrotas, com incríveis 250 gols marcados contra somente 51 sofridos. O último título veio com a vitória de 1 a 0 no Re-Pa disputado em 6 de junho de 1997. Os campeonatos de 1993 e 1995 foram arrebatados de forma invicta.
O período do penta também compreendeu os inesquecíveis 33 jogos de invencibilidade do Clube do Remo sobre o seu maior rival. Foram 21 vitórias e 12 empates em mais de quatro anos, que proporcionaram o maior tabu em número de jogos dentre os principais clássicos do país.
No ano de 1999, o Remo arrebatou o seu último título paraense no século XX que garantiu a sua soberania no estado. Em dez anos de disputa, o Filho da Glória e do Triunfo levantou impressionantes oito troféus, marca nunca igualada no futebol paraense. A conquista derradeira se deu no dia 11 de julho daquele ano, quando o Leão venceu o Paysandu no jogo decisivo por 1 a 0, gol de Ailton, o Predestinado.
Década de 2000
A virada do milênio começou bem para o Clube de Periçá. Em 2000, o Remo foi terceiro lugar do Módulo Amarelo da Copa João Havelange, colocação que lhe garantiu no Módulo Azul, no qual foi eliminado nas oitavas-de-final pelo Sport-PE. Conforme o regulamento da competição, o Leão deveria disputar a Série A de 2001, porém, através de uma “virada-de-mesa”, a CBF o impediu e beneficiou o Botafogo-SP.
O Remo voltaria a fazer uma boa campanha na Série B de 2003, terminando a fase inicial na terceira posição, atrás somente de Palmeiras-SP e Botafogo-RJ. Na fase seguinte o Mais Querido perdeu fôlego e não conseguiu o acesso, terminando a competição no quinto lugar geral (subiam duas equipes).
Em 2004, o Filho da Glória e do Triunfo sagrou-se bicampeão estadual. A conquista foi ainda mais especial por ter sido obtida com 100% de aproveitamento, feito inédito na história profissional do futebol paraense. O jogo que rendeu o título ocorreu no dia 4 de abril, um clássico contra o Paysandu em uma Mangueirão lotado com aproximadamente 50 mil pessoas. O Leão venceu por 2 a 0, gols de Gian e Rodrigo.
Infelizmente, o ano reservava ima ingrata surpresa. Na Série B, o Remo fez péssima campanha e terminou rebaixado para a Terceira Divisão de 2005, ano de seu centenário. Após perder o título estadual e ser eliminado melancolicamente da Copa do Brasil, o Remo estreou no grupo 3 do certame nacional no dia 31 de julho de 2005, empatando em 2 a 2 com o São Raimundo-RR, fora de casa. No reencontro com a torcida, dia 7 de julho mais de 26 mil pessoas empurraram o Leão na sua primeira vitória: 2 a 1 sobre o Abaeté-PA. Mais demonstrações como essa foram sendo observadas no decorrer da competição e o Leão terminou a primeira fase líder do seu grupo, que contou ainda com o São José-AP.
Na fase eliminatória, o Remo foi superando seus adversários um a um. No primeiro mata-mata, passou pelo Tocantinópolis-TO em um confronto inesquecível para a torcida azulina. Em seguida, foi a vez do conhecido Abaeté sucumbir ao Mais Querido, em duas belas e equilibradas partidas. Finalmente, o Remo passou pelo Nacional-AM antes de chegar à fase final.
Foi então formado um quadrangular juntamente com Novo Hamburgo-RS, América-RN e Ipatinga-MG. Após cinco jogos, o Remo chegou à rodada final, dia 20 de novembro, precisando vencer os gaúchos para garantir o acesso. E ela veio por intermédio de Maurílio e Capitão, autores dos tentos que deram a vitória ao Clube do Remo por 2 a 1. Luís Gustavo diminuiu para o Novo Hamburgo. No outro jogo da rodada, mineiros e potiguares empataram em 1 a 1, em Minas Gerais. Este resultado proporcionou, além do acesso para a Série B de 2006, o primeiro título nacional do Filho da Glória e do Triunfo.
Na Segundona, após um primeiro turno pífio, o Remo se recuperou na segunda metade do campeonato e ficou na 12ª posição, se livrando do rebaixamento na penúltima rodada com uma goleada de 3 a 0 sobre o São Raimundo-AM, no Baenão lotado. No ano seguinte, mesmo sendo campeão paraense, o Leão não teve a mesma sorte e terminou rebaixado novamente para a Série C.
Assim como em 2007, o Remo iniciou o Campeonato Paraense de 2008 muito mal, tanto que ficou somente em sétimo lugar no primeiro turno. Entretanto, os azulinos realizaram campanha impecável no returno e chegaram à final contra o Águia de Marabá. No dia 29 de junho, o Leão venceu por 2 a 1 e tornou-se bicampeão paraense. Nacionalmente, mais um insucesso: o Remo foi eliminado na segunda fase da Série C, ocupando a 28ª colocação na classificação geral. Dessa forma, teria que disputar a vaga para a recém-criada Série D, na temporada seguinte, através do estadual. A partir daí iniciava o pior momento da história azulina.
Em 2009, o Remo não conseguiu se classificar para a Quarta Divisão, cabendo ao São Raimundo-PA representar o futebol paraense – mais tarde, a equipe santarena seria consagrada com o inédito título. Já em 2010, o Remo conquistou a vaga na condição de terceiro colocado do Parazão, mas foi eliminado nas oitavas-de-final pelo Vila Aurora-MT.
Década de 2010
A luta azulina no certame estadual continuava. Na temporada de 2011, novamente o Remo ficou sem série, sendo eliminado pelo Independente-PA. Em 2012, chegou à final do Campeonato Paraense, mas deixou escapar o título para o Cametá. Entretanto, a equipe cametaense desistiu de disputar a Série D alegando problemas financeiros e o Remo herdou a vaga. Porém, assim como dois anos antes, o Leão parou de novo nas oitavas para outra equipe mato-grossense, o Mixto. Em 2013, voltou a ficar de fora da disputa nacional, dessa vez para o Paragominas-PA.
Para o ano de 2014, o Remo fez pesados investimentos, tanto é que montou um plantel cuja folha salarial beirava os R$ 550 mil, alta para os padrões do futebol paraense. Dentro de campo, entretanto, o time não empolgava em parte pela atuação do técnico Charles Guerreiro, alvo de críticas da torcida. Ainda assim, foi campeão da primeiro turno. Todavia, a eliminação fatídica na Copa do Brasil derrubou Guerreiro e em seu lugar assumiu interinamente Agnaldo de Jesus, ídolo do Clube do Remo nos anos 90 e técnico do título 100% de 2004, justamente nas semifinais da Copa Verde no qual acabou sendo eliminado pelo rival Paysandu. Novo revés na competição regional forçou a contratação de Roberto Fernandes, que comandou o time azulino até o título do Campeonato Paraense após seis anos. Na Série D, o filme se repetiu: outra vez nas oitavas, o Remo não passou do Brasiliense-DF.
2015 - Remo conquista o tão esperado acesso

O ano começou de forma desastrosa para o Remo, perdendo as duas primeiras partidas do Campeonato Paraense. O Leão não conseguiu se recuperar e acabou sendo eliminado precocemente no 1º turno, com apenas quatro pontos conquistados. Essa situação obrigava o Clube de Periçá a ganhar o 2º turno se ainda quisesse conquistar a vaga para a Série D do Campeonato Brasileiro. Ainda assim, o Remo não empolgava. Após a derrota para o rival Paysandu, no dia 29 de março, o treinador Zé Teodoro foi demitido a para o seu lugar foi contratado o técnico Cacaio.
A partir de então, a situação azulina passaria a mudar. Sob os comandos do novo treinador, o Mais Querido conseguiu se classificar para a finais da Taça Estado do Pará e vender caro a eliminação para o Atlético-PR, nos pênaltis, na Copa do Brasil. Na Copa Verde, uma virada emocionante sobre o Paysandu, nas semifinais, ficou marcada: o Remo ganhou o rival no tempo normal por 2 a 0, devolvendo o placar da primeira partida, e garantiu a vaga na grande decisão nos pênaltis. Na final do 2º turno, nova vitória sobre os bicolores deu o título ao Leão e o direito de disputar a Taça Açaí contra o Independente.
O Remo teria pela frente duas decisões. A primeira era válida pelo jogo de ida da final da Copa Verde, no dia 30 de abril. O Leão venceu a equipe do Cuiabá por 4 a 1 e deu grande passo para o título. Em 3 de maio, os azulinos venceram o Independente por 2 a 0 e sagraram-se bicampeões paraenses, conquistando também a vaga para a Série D. Infelizmente, quatro dias depois o inesperado aconteceu: irreconhecível dentro de campo, o Clube do Remo acabou goleado por 5 a 1 diante do Cuiabá e ficou com o vice-campeonato da competição.
No segundo semestre, o Remo iniciou a sua caminhada rumo à Série C. O Leão integrou o grupo A1, ao lado de Nacional-AM, Rio Branco-AC, Vilhena-RO e Náutico-RR. Mesmo tendo que cumprir uma punição - três jogos de suspensão a serem realizados em Paragominas (PA) - o Remo terminou a primeira fase da Série D como líder do seu grupo. No primeiro mata-mata, o Mais Querido bateu a equipe do Palmas-TO e decidiria o acesso contra o Operário-PR.
O primeiro jogo foi realizado em 10 de outubro, véspera de Círio, em Ponta Grossa (PR). O Leão venceu por 1 a 0 e ganhou uma grande vantagem para a partida de volta, no Mangueirão, dia 18. Na tão aguardada data, mais de 33 mil azulinos lotaram o Colosso do Benguí e vibraram com a vitória de 3 a 1 do Filho da Glória e do Triunfo sobre o adversário. O Leão, finalmente, estava de volta para a Série C[20] . Nas semifinais, o Leão acabou eliminado pelo Botafogo-SP, mas nada que tirasse o brilho da excelente campanha azulina na competição.

Em 2016 o Remo chegou as finais do primeiro turno do Parazão 2016, onde foi derrotado pelo seu arquirival Paysandu. No segundo turno, o clube fez uma campanha fraca e acabou de fora das semifinais, ficando de fora das finais do Parazão. Ainda no primeiro semestre do ano o Remo disputou a Copa Verde. Nas semifinais da competição o leão encarou novamente seu rival Paysandu. No primeiro jogo o Papão se deu melhor e venceu o clássico por 2 x 1 com gol de Leandro Cearense. No jogo de volta nova derrota no clássico: 4 a 2 e eliminação na semifinal da competição, a segunda no ano de 2016. Pela Copa do Brasil o Remo enfrentou o Vasco na primeira fase, perdendo o primeiro jogo, em casa, por 1 x 0 e o segundo, fora de casa, pelo placar de 2 x 1, sendo eliminado da competição, sua terceira eliminação somente no primeiro semestre do ano.
Títulos

INTERNACIONAIS
                                    Competição                        TÍTULOS  Temporadas
                                    Pequena Taça do Mundo 1                  1950*
NACIONAIS
                                    Competição                        TÍTULOS  Temporadas
                                    Campeonato Brasileiro - Série C        1    2005
REGIONAIS
                                    Competição                        TÍTULOS  Temporadas
                                    Campeonato Norte-Nordeste               1    1971
                        Copa Norte    3          1968, 1969,1971


ESTADUAIS
    Competição             TÍTULOS                          Temporadas

Dados históricos

Artilheiros

Dados de Orlando Ruffeil (conselheiro do clube).
Colocação              Jogador        Posição        País     Gols
              Dadinho Centroavante        163
              Alcino    Centroavante        159
              Quiba     Centroavante        154
              Mesquita Meia                     132
              Bira        Centroavante        115

No Campeonato Paraense

  • Maiores artilheiros por edição do Campeonato Paraense.
Colocação               Jogador       Posição       Ano     Gols
              Bira         Centroavante        1979   32
              Bira         Centroavante        1978   25
              Dadinho  Centroavante        1983   23

Na Série A

Colocação               Jogador        Posição      País     Gols
              Alcino     Centroavante        33
              Bira         Centroavante        28
              Mesquita Meia                     23

Na Série B

Colocação                 Jogador       Posição      País     Gols
              Fábio Oliveira                Centroavante         22
              Waldomiro                     Centroavante         18
              Robinho    Centroavante                  14

Na Série C

Colocação                 Jogador       Posição      País     Gols
              Emerson    Meia                    7
              Douglas Richard            Centroavante         5
              Maurílio    Meia                    4

Na Copa do Brasil

Colocação                 Jogador       Posição      País     Gols
              Robinho    Centroavante       7
              Edil           Centroavante             6
              Junior Amorim               Centroavante         5
Confrontos contra seleções
Na sua história, o Clube do Remo já disputou jogos contra diversas seleções, sejam elas nacionais, estaduais ou municipais. Dentre as seleções estrangeiras que já enfrentaram o Leão Azul estão a do Suriname, Bucareste/Romênia e Caiena. O principal jogo contra uma seleção estadual aconteceu no dia 17 de outubro de 1928, quando o Remo goleou por 5 a 1 a seleção do Ceará, que disputou o Campeonato Brasileiro de Seleções daquele ano[26] .
As partidas mais marcantes vieram na década de 1970. Entre os anos de 1972 e 1973, o Clube do Remo realizou três partidas contra a seleção brasileira olímpica, todos no estádio Evandro Almeida, com uma vitória para cada lado e um empate. O triunfo azulino contra os “olímpicos” veio no dia 9 de março de 1973, gol de Alcino aos 35 minutos do primeiro tempo[27] .
Apesar de não ser tido como válido, vale ressaltar o amistoso de inauguração do estádio Mangueirão, em 4 de março de 1978, quando a seleção paraense goleou a seleção uruguaia por 4 a 0. Detalhe é que do elenco que compôs a seleção paraense, nove jogadores eram do Remo – Édson Cimento, goleiro; Marinho, lateral-direito; Dutra e Darinta, defensores; Aderson, volante; Mesquita e Leônidas, meias; Bira e Júlio César, atacantes –, um da Tuna – Zuza, lateral-esquerdo – e um do Paysandu – Bacuri, volante[28] .
Uniforme
Desde que surgiu, o Clube do Remo apresenta o azul-marinho e o branco como suas cores oficias. Sendo assim, os uniformes principais de todas as modalidades adotam o azul-marinho como cor predominante, invertendo-se a ordem nos uniformes secundários. Curiosamente, a camisa utilizada pelo time em sua primeira partida de futebol possuía listras horizontais.
Atualmente, a Umbro é a responsável por fornecer os uniformes utilizados pelos atletas azulinos. A qualidade empregada pela tradicional marca inglesa na confecção do material de jogo é tanta que a camisa oficial do Clube do Remo na temporada 2013 foi eleita pelo site Goal como a mais bonita do Brasil e uma das dez mais do mundo.[29]
Uniformes de jogo
  • 1º - Camisa com azul-marinho, calção e meias brancas;
  • 2º - Camisa branca, calção e meias azul-marinho.
IDOLOS DO REMO
Goleiros
   Adriano                        
   Bracali                           
   Clemer                          
   Dico                              
   Édson Cimento             
   Florisvaldo                    
   Francelísio                     
   François (Surinames)    
   Gilberto                         
   Jorge Baleia                  
   Luiz Carlos                   
   Rafael                           
   Véliz (Uruguayo)          
Laterais
   Aranha                              
   Cuca                                 
   Evandro Almeida             
   Luís Florêncio                   
   Marcelo Silva                   
   Marquinhos Belém           
   Marinho                            
   Nelinho                             
   Pedrinho                           
   Rosemiro                          
Zagueiros
   Belterra                              
   Chico Monte Alegre          
   Darinta                               
   Diego Barros                      
   Dutra                                  
   Lulu                                    
   Mendes                              
   Pagani                                
   Socó                                   
Volantes
   Aderson                   
   Agnaldo                   
   Dema                       
   Elias                         
   Serginho                   
   Sitotheau                  
Meias
   Alex Oliveira               
   Artur                            
   Eduardo Ramos           
   Gian                             
   Maico Gaúcho             
   Mesquita                      
   Rogério Belém            
Atacantes
   Ageu Sabiá              
   Alcino                      
   Amaral                     
   Amoroso                  
   Bira                          
   Dadinho                  
   Edil                          
   Júlio César               
   Landu                      
   Luciano Viana         
   Marinheiro               
   Neves                       
   Periçá                       
   Peri                          
   Rangel                     
   Robilotta                 
   Rubilar                     
Maiores artilheiros
Colocação Jogador  Posição                  Gols
                Dadinho  Centroavante         163
                Alcino     Centroavante         159
                Quiba      Centroavante         154
                Mesquita Meia                      132
                Bira         Centroavante         115
Grandes treinadores
Jogadores estrangeiros
  • Véliz (Uruguay)– A primeira competição disputada pelo uruguaio no clube paraense foi o campeonato estadual de 1945. O futebolista passou 12 anos defendendo a meta azulina, conquistando 5 títulos paraenses (1949, 1950, 1952, 1953 e 1954), três vice campeonatos estaduais (1947, 1951 e 1956), um Torneio Quadrangular de Belém (1954), entre outros títulos de menor expressão. Segundo dados não oficiais, Véliz foi o jogador que mais vezes vestiu a camisa do Remo em toda a história. O goleiro se fixou na camisa 1 como um muro de concreto no solo, se tornando um profissional reverenciado por todos, idolatrado pela massa azulina. Encerrou a carreira de jogador no Remo em 1956.
  • Rack (Suriname) – Atacante pamaribenho da década de 1950.
  • François (Suriname) – Em 1961 o Remo foi fazer uma excursão no Suriname, jogar alguns jogos amistosos pelo país. O então goleiro azulino Arlindo não pode viajar e François, que era empregado da Surinam Airways foi oferecido por um gerente da companhia aérea, que tinha certa influência no Filho da Glória e do Triunfo. Como não havia ônus algum, a diretoria do clube aceitou, afinal, se o arqueiro não fosse competente o suficiente, não voltaria com a delegação para o Brasil. François brilhou na excursão e provou ser um goleiro do mais alto nível, ficando no Remo por mais de uma década. Além de colecionar títulos e defesas impressionantes, François fez as mais diversas funções dentro do clube.
Pablo (Suriname) – Atacante pamaribenho da década de 1960.
  • Hector de los Santos (Uruguay) – Atacante uruguaio de 1976.
  • Frontini (Argentina)– Iniciou sua carreira no Mogi Mirim. Apesar de nascido na Argentina, a família Frontini veio para o Brasil quando o pequeno Carlos ainda era uma criança. Apesar de ter passado por vários clubes no início de carreira, o jogador ganhou destaque no Campeonato Paulista de 2005 atuando pelo Marília, quando figurou entre os artilheiros da competição, chamando a atenção do Santos. Durante sua passagem pelo Santos, Frontini mostrou o desejo de se naturalizar brasileiro, apesar de serem remotas as chances de defender a seleção brasileira. No segundo semestre de 2010, assinou com o Clube do Remo para a disputa da Série D do Campeonato Brasileiro.

 

Estádio


O estádio Evandro Almeida foi inaugurado em 15 de agosto de 1917, na comemoração do aniversário de 6 anos de reorganização. Inicialmente, o Baenão, como é popularmente conhecido, tinha capacidade para apenas 2 500 pessoas. Com o passar do tempo, o futebol foi se popularizando entre os paraenses, especialmente nos torcedores do Clube do Remo, tornando o Beanão obsoleto.
Após várias reformas estruturais (1935 e 1962), a capacidade do estádio aumentou para cerca de 20 mil espectadores fazendo com que fosse o único do Pará com condições de abrigar jogos do Campeonato Brasileiro de Futebol a partir de 1972, já que o Mangueirão ainda não havia sido construído.
Atualmente o Baenão tem capacidade para 17 518 azulino mais encontra-se interditado sem condições de receber jogos. O nome do estádio foi uma homenagem ao grande atleta e dirigente do clube, Evandro de Melo Almeida, falecido em 1964.

Sede social

O Clube do Remo apresenta como sua sede social um belíssimo imóvel de 3.275m², localizado na Av. Nazaré, centro de Belém. Denominada de "Palácio Azul", lá é oferecida aos sócios e torcedores, uma imensa estrutura que permite a prática de várias atividades esportivas assim como recreativas. A sede social do Clube do Remo foi construída onde antes era o prédio do Sport Club do Pará. O imóvel foi adquirido em 11 de agosto de 1938 em um leilão e custou 150 contos de reis, na administração do Dr. Adriano Guimarães. Passou por ereformas no ano de 1942. Em 1955 o prédio foi totalmente reconstruído pelo engenheiro Arthur Carepa e seu amigo e auxiliar José Heimar Lacerda, sendo entregue em 1959.
A sede apresenta dois andares: no térreo funcionam as atividades administrativas do clube, empresas terceirizadas e o Senadinho Everaldo Martins, fundado em março de 1983, local destinado aos encontros de abnegados, conselheiros, diretores e companheiros. No pavimento superior, o Salão Social, utilizado para solenidades e festas. Na entrada da sede ficam expostos os inúmeros troféus já conquistados pelo Remo nas mais variadas modalidades esportivas. O local oferece ainda restaurante, salão de jogos, bar, lanchonete e o salão Antônio Tavernard, onde ficam os grandes armários que guardam um dos maiores tesouros do Remo: seus troféus.
Como anexo se apresenta o Ginásio Serra Freire, onde são realizadas as atividades de futsal, vôlei e basquete pelos atletas do clube e o parque aquático onde acontece os treinamentos dos atletas da natação e do nado sincronizado. O acesso para a sede social, assim como para o parque aquático acontece sempre pela Av. Nazaré, para o ginásio em dias de competições a entrada acontece pela Av. Braz de Aguiar.

Nação Azul
Nação Azul é o nome do projeto de "sócio-torcedor" do Clube do Remo. Criado em 2009 o projeto visa buscar uma maior proximidade entre o clube e o torcedor mais ainda não fluiu como o esperado.[41]

Escola de samba
A Embaixadores Azulinos é uma escola de samba oriunda da comunidade da Sociedade Cultural do Pará Luiz Otávio Cardoso dos Santos (Socult), fundada em 1983. A Embaixadores é a representante da torcida do Clube do Remo no carnaval de Belém. Em 2008, sagrou-se campeã do grupo 3, conquistando o seu segundo título, com o samba-enredo “Socult é jubileu, é história... São 25 anos de glória”. Em 2015, a Embaixadores Azulinos, levou a avenida do samba o Enredo: Paulo Caxiado: A voz que estremece a Amazônia e Enaltece o Leão!, conquistando o 3º Lugar no grupo de Acesso a Elite do carnaval Paraense.Em 2016, a Embaixadores Azulinos irá desfilar no dia 29 de janeiro de 2016 (sexta-feira), as 23:00 h., defendendo o Enredo: Feliz Lusitânia, Berço do Filho da Glória e do Triunfo ( Uma Homenagem aos 400 Anos de Belém e aos surgimento do Filho da Glória e do Triunfo)
REMO 1911

REMO 1919 A 2014

GOLEADA DO REMO EM 1926


REMO 1924

REMO 1947

REMO 1957

REMO 1960

REMO 1967

REMO  X  BENFICA
EUSEBIO COM A CAMISA DO REMO
1968 REMO 1 X 1 BENFICA

EUSEBIO FOI REMO

REMO 1971

REMO 1971

REMO 1972

REMO 1972

REMO 1972

REMO 1972

REMO 1973

REMO 1973

REMO 1974

REMO 1975

REMO 1975

REMO 1975  Rosemiro, Elias, Dico, China, Rui Azevedo e Cuca. Caíto, Alcino, Mesquita, Roberto e Neves

REMO 1975 rosemiro, elias, dutra, dico, rui e cuca, prado, roberto, alcino, mesquita e amaral

REMO DERROTA O FLAMENGO EM 1975 EM PLENO MARACANA
GOLS DE ALCINO E DE MESQUITA PARA O TIME PARAENSE

REMO 1977

REMO 1977

REMO 1977

REMO 1977

REMO 1979

REMO 1979

REMO 1979

REMO 1986

REMO 1987

1992 A 1997 

REMO 1993 COM BIRO BIRO

REMO 1993

REMO 1993


4 comments:

  1. O Maior do Norte é o Clube do Remo tú tens tradição.

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  2. muchisimas gracias por este post sobre mi equipo de corazón... el Gigante de la Amazonia, Hijo de la Gloria y del Orgullo, mismo en la derrota, mi corazón es siempre tuyo! Remo por siempre!!!!

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  3. Muchísimas gracias por tu publicación sobre el León Azul, el más grande de la Amazonia!! Saludos Azulinos!!

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  4. O maior sem divisão da história remo
    A vergonha do norte

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