REMO * PARTE 1
Clube do Remo (cujo
acrônimo é CR) é um clube esportivo brasileiro de Belém,
fundado em 5 de fevereiro de 1905 como Grupo do Remo, reorganizado em 1911 e
rebatizado para seu nome atual em 1914. É chamado popularmente de Leão Azul,
apelido que faz referência à mascote e à cor oficial da agremiação, o azul-marinho.
É proprietário do Baenão, e
também manda seus jogos no Mangueirão.
Seu principal adversário é o Paysandu,
cujo clássico Re-Pa é tido como uma das maiores rivalidades do
futebol brasileiro.[4]
SEDE DO REMO EM BELÉM
Entre as equipes do Norte brasileiro
é um dos mais populares. Em 2005, foi recordista de público entre todas as
séries do Campeonato
Brasileiro de Futebol com uma média de 30.869 torcedores por jogo. O
Remo frequentemente aparece entre as maiores médias de público do Brasil.[5] No futebol profissional o Remo possui inúmeras
conquistas, evidenciando 44 Campeonatos
Paraenses, um Campeonato Brasileiro da Série C, um Campeonato
Norte-Nordeste e três Torneios do Norte. Dentro do estado, o Leão detém
feitos únicos como o heptacampeonato de 1913 a 1919, a histórica hegemonia na
década de 90 (oito títulos em dez anos, incluindo-se um penta) e o título
profissional com 100% de aproveitamento em 2004.
Em participações na primeira divisão do Brasileiro, o
Remo esteve em 14 edições da Série
A (a partir de 1971) e 2 da antiga Taça Brasil.
Também disputou 21 vezes a Série
B do Brasileiro. Na Copa do Brasil,
foram 24 aparições. Suas campanhas mais destacadas foram a oitava colocação no Campeonato
Brasileiro de 1993 e a semifinal na Copa
do Brasil de 1991 - estes resultados representam o melhor desempenho
de um time nortista na história de ambas competições. Seu retrospecto em
competições oficiais inclui ainda dois vice-campeonatos do Campeonato
Brasileiro Série B, dois do Torneio Norte-Nordeste,
um da Copa Verde e
um da Copa Norte.
Nos esportes olímpicos,
o Leão detém resultados expressivos. No remo,
seu esporte de origem, é o maior campeão náutico do Pará; na natação, já contou com diversos atletas campeões
brasileiros, sul-americanos e até mundiais; no basquete, conquistou a Copa
Brasil Norte de 2002 e está entre os maiores vencedores do estado,
além de ser único heptacampeão paraense; no vôlei, detém as melhores participações de uma
equipe paraense na Liga Nacional; e no futsal, venceu a Taça Brasil de Futsal
Sub-17 de 2012.
Nome Clube
do Remo
Alcunhas Leão Azul
Leão de Antônio Baena
Leão da Amazônia
Filho da Glória e do Triunfo
O Mais Querido
Clube de Periçá
Leão de Antônio Baena
Leão da Amazônia
Filho da Glória e do Triunfo
O Mais Querido
Clube de Periçá
Torcedor/Adepto Remista
Azulino
Fenômeno Azul
Azulino
Fenômeno Azul
Historia do Remo
Belém, no início do século XX, vivia um momento próspero. A Amazônia como um todo estava em evidência devido ao ciclo da borracha e a capital paraense era o símbolo maior da
riqueza e transformações socioculturais ocorridas na região, caracterizando a
sua Belle Époque, refletidas nas diversas
reformas de modernização instauradas pelo prefeito Antônio Lemos. Belém chegou a ficar conhecida como a “Paris n’América” ou “Paris Tropical”.
Foi nesse
contexto que o esporte começou a se desenvolver, com destaque para o remo, cuja
disputa atraía um acentuado número de adeptos às margens da baía do Guajará. Era o início do surgimento de
diversas equipes, dentre elas estava o Sport Club do Pará, uma das potências náuticas da
época. A partir de então começaria uma grande história.
No ano de
1905, uma série de desentendimentos entre os integrantes do Sport Club do Pará,
momentos antes da realização de uma regata, decretou a saída dos atletas Victor
Engelhard, Raul Engelhard, José Henrique Danin, Eduardo Cruz, Vasco Abreu,
Eugênio Soares e Narciso Borges. Os sete rapazes logo tiveram a ideia de criar
uma nova agremiação, onde pudessem praticar as suas atividades.
Aos
poucos, o pequeno grupo contou com o apoio de outros desportistas para alcançar
o seu objetivo. No dia 5 de fevereiro de 1905 fundou-se o Grupo do Remo. O nome
havia sido sugerido por Raul Engelhard, entretanto foi inicialmente
contrariado. Sobre o fato, explica o Sr. José Henrique Danin:
“
|
–
Batemos cabeça pensando que nome daríamos ao clube, ou melhor, ao grupo. Foi
quando Raul Engelhard que estudara na Europa, sugeriu - Grupo do Remo
– Não
vai ficar muito bem – advertiu um. E logo outro concordou. Naquele tempo,
remo lembrava logo catraia, e poderiam pensar que éramos um clube de
catraieiros. Raul Engelhard explicou, porém, a sugestão. Lembrara-se de um
clube europeu – o Rowing Club, Inglaterra. E assim nos convenceu. Ficou o nome Grupo do
Remo.
|
”
|
A nova
agremiação teve a sua existência legal consolidada com a publicação de seu Estatuto Social no Diário Oficial do Estado, ano XV, nº 4 049, de 9 de junho de 1905 (sexta-feira). No
documento, também estavam inseridos os nomes dos 20 fundadores: José Henrique
Danin, Raul Engelhard, Roberto Figueiredo, Antonio La Roque Andrade, Victor
Engelhard, Raimundo Oliveira da Paz, Antonio Borges, Arnaldo R. de Andrade,
Manoel C. Pereira de Souza, Ernestino Almeida, Alfredo Vale, José D. Gomes de
Castro, José Maria Pinheiro, Luiz Rebelo de Andrade, Manoel José Tavares,
Basílio Paes, Palmério Pinto, Eurico Pacheco Borges, Narciso F. Borges
(primeiro presidente do clube) e Heliodoro de Brito.
A data de
15 de agosto marcou a inauguração oficial do novo clube, como forma de prestar
homenagem à adesão do Pará à Independência do Brasil. No dia 1º de outubro, o Grupo
do Remo inaugurou a sua sede, localizada à Rua Siqueira Mendes, com fundos para
a baía do Guajará. A sede fora alugada junto à
Intendência Municipal. Na mesma ocasião foi efetuado o batismo e o lançamento
ao mar da primeira embarcação, uma baleeira denominada “Tibiriçá”.
Em 1907,
a garagem náutica azulina passou a funcionar na atual Boulevard Castilho
França. Nesse momento, o clube já possuía nove embarcações, entre elas um
out-riggers a 4 remos e um out-riggers a 2 remos importados da Alemanha.
Extinção e reorganização
No ano de
1908, o Grupo do Remo não conseguiu renovar o contrato de aluguel de sua sede
junto à Intendência Municipal. A situação forçou alguns de seus associados a
realizarem um acordo secreto com integrantes do Sport Club do Pará, abrindo procedentes para um
recurso.
Diante de
uma severa crise, a Assembleia Geral se reuniu em 14 de fevereiro e o desembargador Alfredo Barradas decretou a extinção do Grupo do
Remo. Uma pequena parcela não concordou com a decisão, tomando como medida o
sequestro dos barcos pertencentes à agremiação para que não caíssem em “mãos
erradas”. As embarcações foram levadas a um galpão no terminal de inflamáveis
de Miramar, cujo proprietário era Francisco
Xavier Pinto, onde ficaram escondidas.
Os
rapazes passaram então a se encontrar frequentemente no Café Manduca, um
tradicional ponto de bate-papo de Belém, a fim de tratar dos
assuntos referentes à reestruturação do Grupo do Remo. No mês de julho de 1910,
tiveram conhecimento de que o contrato de aluguel da antiga sede com um
estabelecimento comercial havia terminando e de que, finalmente, poderiam
readquirí-la.
No dia 15
de agosto de 1911, os onze azulinos navegaram em três embarcações – duas
cedidas pela Liga Marítima Brasileira e uma da Mr. Kup, chefe do tráfego da
extinta Port of Pará – à Miramar para rebocar todo o material que estava ali
depositado, chegando ao destino em torno das 8h da manhã. Às 7h da noite
partiram com todo o patrimônio para a sede. Esse ato concretizou a famosa
reorganização do Grupo do Remo.
Oscar
Saltão, Antonico Silva, Rubilar, Jaime Lima, Cândido Jucá,
Harley Collet, Nertan Collet, Severino Poggy, Mário Araújo, Palmério Pinto e
Elzeman Magalhães foram os heróis que tornaram possível o sonho de renascimento
da antiga agremiação, entrando para a história do clube como o célebre Cordão
dos Onze. Até hoje, a data de 15 de agosto é festejada tal qual o aniversário
de fundação do clube (5 de fevereiro). No dia 16 de novembro, o Grupo do Remo
conquistou o título de campeão paraense náutico, o primeiro de muitos que
estavam por vir.
Em uma
sessão ordinária, realizada em 29 de dezembro de 1911, o Sr. Ojscar Saltão
propôs a readaptação do nome para Club do Remo – obedecendo à grafia da
época –, porém necessitava da aprovação do conselho. Em 7 de agosto de 1914, a Assembleia Geral analisou os argumentos e aprovou a proposta de
Saltão, sendo a mudança anunciada oficialmente pelo presidente Nilo Penna.
Símbolos
Escudo
No 15º
artigo do Estatuto Social de 1905, a primeira bandeira do Remo consistia em um
retângulo azul-marinho, “tendo ao centro uma âncora branca, em sentido oblíquo,
circulada por treze estrelas da mesma cor”. Após a reorganização de 1911, a
âncora deu lugar a um escudo de formato semelhante a uma boia salva-vidas,
cruzada por um par de remos. Na parte superior, vinha a descrição “Grupo do
Remo” e ao meio, as iniciais “GR” entrelaçadas.
Em 1914,
a agremiação passa a se chamar Clube do Remo. Com essa mudança, o escudo também
se renova. A uniformidade circular do distintivo anterior é mantida,
adicionando-se os recortes laterais simétricos típicos da heráldica britânica – herança de alguns fundadores do clube com
formação acadêmica na Europa, especialmente na Inglaterra. A sigla GR dá lugar ao CR.
Com o
decorrer dos anos, o escudo sofreu algumas alterações, sem que mudasse o seu
estilo. A última modificação ocorreu em 2013,
buscando resgatar as origens do clube e aliar ao conceito de modernidade.
Segundo o Manual da Marca, o escudo azulino passou a contar com um acabamento
nas linhas laterais e superior para caracterizar volume e tridimensionalidade, além da inversão na coloração das estrelas
conforme o grau de importância de cada título – cinco brancas que representam o
pentacampeonato estadual e uma dourada, em homenagem ao título nacional da Série C de 2005.
Bandeira e flâmula
O escudo
azulino está presente também em outros dois importantes símbolos do Clube do
Remo: a bandeira e a flâmula. No esporte, estes objetos possuem diferentes significados.
Enquanto a bandeira é identificar e representar o clube e seus torcedores, a
flâmula tem como objetivo homenagear os adversários antes do início das
partidas, independente do esporte.
Atualmente,
ambas são assim definidas no artigo 19 do Estatuto Social do Clube do Remo:
"I- A bandeira do CLUBE DO REMO será de forma
retangular, na cor azul marinho, contendo no ângulo superior esquerdo o
respectivo escudo, sendo respeitada a distância mínima de 1/6 do tamanho total
da imagem aplicada com relação às margens da Bandeira".
"II- A flâmula será de forma triangular em
posição vertical, possuindo a mesma cor da bandeira e tendo ao centro o escudo
oficial do Clube, acrescido ao topo a inscrição CLUBE DO REMO e abaixo o ano de
1905".
Mascote
O mascote
oficial do Clube do Remo é o leão. A sua origem remete à 1944, quando o Remo
enfrentou e venceu a equipe do São Cristóvão-RJ, vice-campeão carioca de 1943, por 2 a 1, no dia 30 de janeiro. O adversário
azulino realizava uma excursão pelo Norte e Nordeste do Brasil e ainda não
havia perdido em solo paraense, fato que valorizou ainda mais o triunfo
remista. No dia seguinte, o saudoso jornalista Edgar Proença reportou-se à
partida da seguinte forma no jornal O
Estado do Pará:
“ Como um verdadeiro Leão Azul de
garras aduncas, o Clube do Remo foi a própria alma da cidade ”
— Edgar Proença.
Culturalmente,
a imagem do leão remete, dentre outros significados, à força e garra, daí surge
a comparação com a postura mostrada pelos atletas azulinos dentro de campo.
Aliás, nenhum outro mascote representaria melhor o Clube do Remo e sua
história, marcada por episódios de superação e coragem. A relação entre o
animal e o clube é tão grande que à beira do gramado do estádio Evandro Almeida existe uma estátua de pedra de
um leão azul-marinho em tamanho natural.
Alcunhas
Clube de Periçá
Carlos
Ferreira Lopes, mais conhecido pelo nome Periçá, nasceu em 18 de outubro de
1898. Filho do Juiz de Direito, Jorge Victor Pereira, ex-Intendende de Cametá, foi um dos atletas mais completos que já
defenderam as cores do Clube do Remo, disputando competições como jogador de futebol, remador, nadador, além de participar de provas de
resistência.
Quando
disputava uma prova de mergulho, em 16 de maio de 1921, Periçá demorou a voltar
para a superfície. Imediatamente seus irmãos e outros atletas mergulharam em
sua busca e o encontrou preso no fundo da baía do Guajará. O atleta foi retirado com vida
e rapidamente levado ao hospital Dom Luiz I, onde ficou hospitalizado por sete
dias até falecer aos 23 anos de idade.
Pela
bravura demonstrada como atleta, o apelido "Clube de Periçá" ficou
marcando para sempre na história do Clube do Remo.
Filho da Glória e do Triunfo
Essa
expressão foi criada pelo poeta Antônio Tavernard, o mesmo que fez a composição do
hino oficial, que escreveu um artigo no jornal Folha do Norte, em 15 de agosto de
1931, se reportando a história e glórias do Clube do Remo.
O artigo:
“ Há vinte e seis anos êle nasceu na conjugação
magnífica, quase olímpica do ideal com a mocidade. Encimou-lhe o berço o signo
deslumbrante dos grandes predestinados. Ainda criança foi forte. Hércules
menino, teve que sufocar as serpentes da Inveja e da Perfídia. Cresceu.
Agigantou-se. O Destino deu-lhe compleição de aço e espírito de diamante.
Mostrou-lhe muito ao longe, no píncaro da vertiginosa montanha, resplandecente
e maravilhosa como o velocino de ouro ou o vaso do Graal, a sua finalidade. E
êle avançou subindo, galgando vitórias, escalando apoteoses. Êle – o Perfeito!
Êle – o Inimitável! Êle – o Clube do Remo!
E, finalizando, uníssonos, todos
os azuis, mas todos – da pátria fundadora do velho Andrade à puerícia do caçulo
do Luzio; da benemerência incansável do Frazão à minha contristada desvalia –
repitamos a saudação sagrada: – Ave, Clube do Remo, filho da glória e do
Triunfo! ”
Futebol
Início e amadorismo
No Pará,
há indícios de que o futebol começou a ser praticado em fins do século XIX, com
relatos de partidas disputadas desde 1892[9] . Entretanto, foi a partir do ano de 1900 que
alguns desportistas iniciaram o desenvolvimento do esporte, com a realização de
jogos. Em 1906, ocorreu a primeira tentativa de se organizar uma competição
futebolística, mas não vingou.
No mês de
agosto de 1908 funda-se a Liga Paraense de Foot-Ball que pôs em prática o primeiro Campeonato Paraense da história, vencido pelo União Sportiva. Dois anos mais tarde, em 1910, uma segunda edição
foi realizada e o União sagrou-se novamente vencedor.
Dessa
forma, o futebol começava a ganhar espaço na sociedade paraense, com a adesão
de várias equipes. Em 1913, é a vez do Grupo do Remo implantar o futebol no seu
quadro esportivo, contando com os concursos de atletas vindos de outros clubes,
dentre eles o próprio União Sportiva, até então bicampeão paraense, e o Sport Club do Pará, vice-campeão em 1908. Dessa
forma, o Grupo do Remo montava o seu time com os melhores jogadores que haviam
na época.
A
primeira partida foi disputada em 21 de abril de 1913, em homenagem ao feriado
nacional a Tiradentes, e teve como palco o campo da
Praça Floriano Peixoto, em São Braz – onde já se realizavam jogos há vários
anos. O adversário era o Guarany
Futebol Clube, com quem
o Remo empatou em 0 a 0. A primeira formação azulina foi assim constituída:
Bernardino; Valrreman e Eurico; Dudu, Aimeé e Mamede; Galdino, Mário, Antonico,
Dudu 2º e Rubilar[10] .
No dia 13
de maio, em meio às celebrações da abolição da escravatura no Brasil, as duas
equipes voltaram a se enfrentar, no mesmo lugar, mas dessa vez os azulinos
fizeram grande atuação e golearam por 4 a 1. Coube ao atacante Rubilar, um dos reorganizadores de 1911,
marcar o primeiro gol remista da história. Nesse ano, o Remo, representado por
Galdino Araújo e Adolpho Silva, participou da fundação da Liga Paraense de
Foot-Ball, criada com o objetivo de reorganizar o futebol no estado que estava
há três anos sem disputa de campeonato. A entidade solicitou ao intendente
municipal (espécie de prefeito da época), Dr. Dionysio Bentes,
um local adequado para a realização dos jogos, cujas medidas deviam ter 200
metros de comprimento por 90 metros de largura, sendo agraciada com a já
utilizada área da Praça Floriano Peixoto[11] .
A estreia
do Grupo do Remo na competição se deu no dia 14 de julho e o time azulino já
mostrou a sua força, goleando o União Sportiva por 4 a 1, sendo escalado da
seguinte forma: Bernadinho; Galdino e Lulu; Carlito, Aimée e Chermont; Rubilar,
Antonico, Nahon, Infante e Dudu. Em seu primeiro Campeonato Paraense, o Remo sagrou-se campeão invicto com quatro
vitórias e um empate em cinco jogos [12] .
Pelo
título, o Remo recebeu uma bela taça importada da Alemanha pela firma Krause,
Irmãos e Cia. A taça tinha 60 centímetros de altura, peso de 700 gramas e
descansava sobre um pedestal de cedro com uma placa onde se lia: “LIGA PARAENSE
DE FOOT-BALL – CAMPEONATO DE 1913”, repousando num estojo de veludo roxo. O
troféu foi entregue ao Grupo do Remo pelo Dr. Gama Malcher, presidente da Liga,
no dia 20 de fevereiro de 1914 [12] .
Após o
seu primeiro triunfo, o Remo não parou mais e conquistou os seis títulos
seguintes, sagrando-se heptacampeão paraense. Nas estatísticas do hepta, os
azulinos disputaram 51 jogos entre 1913 e 1919, obtendo 43 vitórias, seis
empates e somente uma única derrota, esta para o União Sportiva, em 1916, por 2
a 1, mas revidada com um sonoro 7 a 0 no mesmo ano[13] . Soma-se ainda uma partida de resultado
desconhecido, contra o Panther, em 1914. Dessa forma, seis dos sete títulos do
excrete azulino tiveram campanhas invictas, com uma ressalva: o campeonato de 1919 foi conquistado com 100% de aproveitamento (o primeiro da história).
Os
maiores nomes desse feito inigualável são o defensor Lulu e o atacante Rubilar,
os únicos a estarem presentes em todos os certames[14] [15] , além do goleiro Francelísio, campeão em 1918 e
1919 e que participaria de conquistas posteriores. Em 3 de maio de 1923, veio o
tetracampeonato no Torneio Início, considerado de grande credibilidade na época[16] .
Em 1924,
o já Clube do Remo conquistou o seu oitavo título estadual, arrebatando ainda
os campeonatos de 1925 e 1926, tornando-se tricampeão. Na década de 1930, mais
três títulos estaduais (1930, 1933 e 1936) aumentaram a galeria azulina. Nesse
período, os maiores destaques eram: Evandro Almeida, que dedicou toda a sua
vida ao Clube do Remo, ganhando assim a honra de nomear o Baenão; Barradas, Samico, Osvaldo
Trindade, Vavá, Evandro do Carmo, Saboía, e Capí e a famosa dupla de atacantes
pela esquerda, Capí e Vevé, sendo que este último jogou pelo Flamengo-RJ[14] .
Nos anos
40, os grandes nomes são o zagueiro Coelho, Poeira, Bendelaque, Sabóia e o
goleiro Orlando Brito. O Campeonato Paraense de 1940 foi o último título no ciclo amadorista, que teve
seu fim em 1945, marco do profissionalismo do futebol no estado, quando foram
feitos os primeiros contratos entre os clubes e seus jogadores[14] .
HISTORIA DO ESCUDO DO REMO
Profissionalismo
Década de 1940
Na data
22 de julho de 1945 o placar de 7 a 0 perdura indelével na memória do torcedor
alvi-azul e azulino. A goleada aplicada pelo Paysandu sobre o seu maior rival,
o Remo, continua sendo a maior registrada em toda a longa história do
tradicional Re x Pa, sendo um dos clássicos de maior rivalidade no futebol
brasileiro. Para um grande número de torcedores do Papão, a goleada sobre os
azulinos representa um marco na história bicolor. O feito alvi-azul teve como
principal herói o atacante Soiá, autor de três dos sete tentos. os jogadores
Hélio (dois), Farias e Nascimento completaram a impiedosa goleada.
Após
amargar um jejum de nove anos sem títulos estaduais – o maior em toda a
história do clube – o Clube do Remo sagrou-se supercampeão paraense de futebol em 1949, ao golear o Paysandu na grande final por 4 a 1 em
pleno estádio da Curuzu no dia 8 de janeiro de 1950[17] . A campanha azulina registrou 10 partidas, com
oito vitórias, um empate, uma derrota, 28 gols marcados e nove gols sofridos[18] .
Década de 1950
Excursão à Venezuela
No mês de
janeiro, o Clube do Remo realizou uma excursão à Venezuela, a convite da federação
de futebol daquele país para a disputa do Troféu Ministério de Obras Públicas da Venezuela, também conhecido como Torneio
Internacional de Caracas, que, segundo algumas publicações, pode ter sido o
precursor da Pequena Taça do Mundo, disputada entre as décadas de
1950 e 1960.
O Remo
realizou cinco jogos, obtendo quatro vitórias (La Salle Fútbol Club, Unión Sport Club, Escola Militar e Deportivo Italia) e apenas uma derrota para o Loyola Sport Club, considerando a maior força do futebol venezuelano
na época.
Recentemente,
a CONMEBOL(Confederação Sul-Americana de Futebol) postou em seu site oficial(http://www.conmebol.com/es/club100) uma publicação sobre os principais times
envolvidos na sua história centenária. Nessa publicação aparecem os times
brasileiros com grandes participações e times que obtiveram títulos em suas
competições, dentre eles o Clube do Remo.
Time
macho, sim senhor
Mantendo
a base campeã em 1949, o Leão Azul conquistou o bicampeonato paraense em 1950. O Remo
ainda ficaria com vice-campeonato em 1951, perdendo para a Tuna na final.
Nessa
década, estourava no Brasil a música “Paraíba Masculina”, de Luiz Gonzaga. Após a conquista do tricampeonato estadual nos
anos de 1952 (invicto), 1953 e 1954, o
carioca Pery Augusto, editor do jornal Flash
estampou, logo na primeira página, a seguinte manchete: “Remo, time macho, sim
senhor!”. A expressão ficou famosa entre os torcedores que passaram a ecoar uma
adaptação do cântico nos jogos: “Re-mo, Re-mo, time macho, sim senhor”.
No ano de
1955, em razão à comemoração do 50º aniversário de fundação do clube, o Leão
trouxe a Belém o Beogradisk Sport Klub, de Belgrado (Iugoslávia), para uma série de três jogos contra os três
grandes do futebol paraense. A partida contra o Clube do Remo ocorreu no dia 13
de fevereiro e terminou com um empate de 2 a 2.
Década de 1960
O Campeonato Paraense de 1960 demorou a terminar. A competição se iniciou no mês
de maio, mas se prolongou até junho do ano seguinte. O próprio regulamento já
proporcionava a disputa de um campeonato longo, porém uma decisão judicial
agravou a situação.
Inicialmente,
o Remo havia sido declarado campeão paraense ao derrotar o Avante, de Salvaterra (na época, distrito de Soure), em 19 de fevereiro de 1961, conquistando o 2º
turno. Como havia vencido o 1º turno de forma invicta, automaticamente o Leão
ficou com o título estadual.
Entretanto,
o Paysandu entrou com um recurso no
Tribunal de Justiça Desportiva, pedindo que fosse anulada a derrota de 3 a 1
para o Salvador Atlético Belenenses, ocorrida em 29 de outubro de 1960, pois
este utilizara o jogador Dalmério Muniz da Luz irregularmente. O Belenenses foi
multado em CR$ 1.000,00, além de perder dois pontos. Essa medida deixou o
Paysandu com três pontos perdidos (antes eram cinco), ao lado de Clube do Remo
e Avante, forçando uma nova disputa pelo 2º turno. O time bicolor foi campeão
ao ganhar do Remo por 2 a 0 e do Avante por 4 a 1.
Dessa
forma, Remo e Paysandu, vencedores do 1º e 2º turno, respectivamente, decidiram
que ficaria com o título do campeonato em definitivo. Após empatarem em 2 a 2,
na Curuzu, no dia 1º de junho de 1961, o
Filho da Glória e do Triunfo derrotou o seu rival por 1 a 0, gol de Wálter, no Souza, três dias depois e a torcida
azulina comemorou novamente a conquista do troféu estadual. A mídia esportiva
destacou o fato: “Remo, Duplo Campeão”.
O título
classificou o Remo para a terceira Taça Brasil de Futebol, organizada pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD). Eliminando o Moto Club-MA, o Leão Azul chegou às semifinais da Zona Norte, mas parou na forte equipe do Fortaleza-CE. No geral, o Remo terminou na
oitava posição entre 18 clubes participantes, a melhor campanha de um time do
Norte na história da competição.
Passado
um período sem conquista, o Remo voltaria a sagrar-se campeão paraense no ano de 1964. A trajetória, porém, foi marcada difícil e
marcada por um “desastre” ainda no 1º turno. No dia 20 de setembro, o Remo perdeu por 2 a 1 para o Liberato de
Castro, o pior time do certame. Essa derrota provocou revolta na torcida, a
queda do técnico Quiba - craque azulino nos anos 50 - e a renúncia de toda a
diretoria, em 24 de setembro. Foi formada uma Junta
Governativa, composta por Arlindo Miranda, Raul Valdez e Raimundo Farah, que
permaneceu até o dia 30 de outubro, quando foi eleita a nova diretoria e o novo
presidente, Rainero Maroja.
Nesse
período, o Remo jogou os dois últimos jogos do 1º turno sob o comando de Sávio
Ferreira, obtendo um empate com o Júlio César e uma derrota para o Paysandu. A
nova diretoria trouxe o técnico Antoninho, famoso pelo trabalho nas categorias
de base do Fluminense-RJ. A partir daí, o Remo não perdeu
mais nenhum jogo, conquistando o 2º turno com quatro vitórias e derrotando a Tuna Luso Comercial na grande decisão do campeonato.
Como
campeão, o Leão Azul disputou a sua segunda e última Taça Brasil, em 1965. Dessa vez, o Remo eliminou o Nacional-AM e o Sampaio
Corrêa-MA, mas não
conseguiu passar pelo Náutico-PE. Na classificação geral, ficou
em nono colocado.
Em 1968,
o Filho da Glória e do Triunfo ganhou o 10º título estadual invicto da sua
história. Sob o comando de Danilo Alvim e com destacadas atuações da
dupla de ataque Amoroso e Robilotta, o Remo não deu
chances aos seus adversários. Foram nove vitórias em 10 jogos, sendo que o
único empate foi justamente o resultado que sacramentou o título azulino: 2 a 2
contra o Paysandu em plena Curuzu, na data de 14 de julho de 1968.
No final
do ano, a CBD pôs em disputa o 1º Torneio do Norte de Clubes. O Remo tomou
parte juntamente com times do Pará, Amazonas, Maranhão e Piauí, sendo que estes dois últimos estados faziam parte
do chamado Meio-Norte. Foram formados dois grupos com
quatro clubes, sendo que os dois mais bem colocados de cada grupo se
enfrentariam nas semifinais, obedecendo ao seguinte cruzamento: 1º do G1 x 1º
do G2 e 2º do G1 x 2º do G2.
Concluída
a primeira fase e definidos os confrontos, o Remo desbancou o Nacional e chegou
à decisão contra o Piauí que eliminou o Paysandu com duas
vitórias.
A grande
final ficou marcada por duas goleadas: Piauí 5 x 1 Remo, em Teresina (PI), Remo 4 x 1 Piauí, em Belém. Estes resultados
forçaram a realização de uma terceira partida, disputada na capital paraense no
dia 14 de fevereiro de 1969. Com gols de Adinamar, o Leão venceu o “Enxuga
Rato” e confirmou o título de campeão do Norte, muito festejado pela torcida
azulina.
Passados
sete meses desde a grande conquista, a CBD organizou a segunda edição do
torneio. A primeira fase apresentava um formato semelhante ao anterior: dois
grupos, sendo que no grupo 1 estariam os times do Pará (Remo, Paysandu e Tuna)
e Amazonas (Nacional e Olímpico) e o grupo 2 seria composto por equipes do
Maranhão (Moto Club e Ferroviário) e Piauí (Piauí e Flamengo).
A
diferença estava no modelo de disputa da fase final. Tratava-se de um
quadrangular com os primeiros e segundos colocados dos grupos. Os classificados
Remo, Nacional, Ferroviário e Flamengo jogaram entre si, em partidas de ida e
volta. Ao final da competição, o Leão Azul somou mais pontos e,
consequentemente, arrebatou o cetro de bicampeão do Norte. A campanha azulina
registrou 16 jogos, 11 vitórias, três empates, duas derrotas, 28 gols marcados
e 11 gols sofridos.
Década de 1970
Logo no
início da década, o Clube do Remo conquistou um dos títulos mais importantes da
sua história: o Campeonato Nacional Norte-Nordeste de 1971[19] . O Leão Azul já havia batido na trave duas vezes
com os vices nos Torneios Norte-Nordeste de 1968 e 1969.
Inicialmente,
o Remo teve que passar pelo Torneio Seletivo Paraense, que contava também com
as participações de Paysandu, Tuna e Sport Belém. Em seguida, o adversário foi a Rodoviária-AM, na
final da Taça Norte vencida pelo Leão com duas vitórias: 1 a 0 e 4 a 2.
A decisão
interregional foi disputada contra o Itabaiana-SE, em duas
partidas. A primeira ocorreu em Aracaju, no dia 5 de dezembro de 1971 e terminou empatada
em 0 a 0. O resultado deixou os times em igualdade para a segunda e decisiva
partida em Belém três dias depois.
No dia do
jogo, mais de 10 mil pagantes[19] que compareceram ao estádio Evandro Almeida, presenciaram os gols de
Robilotta aos 15 e 37 minutos do segundo tempo que deram a vitória do Clube do
Remo, que foi intitulado pela Confederação Brasileira de Desportos como o “1º Campeão Nacional do Norte e Nordeste”.
A
conquista deu direito ao Leão de disputar a final do 1º Campeonato Nacional de Clubes da 1ª Divisão, do qual foi vice-campeão ao
perder o título para o Villa
Nova-MG.
Em 1972,
a CBD convidou
o Remo para a disputa do Campeonato Nacional de Clubes. Pela primeira vez um time paraense figurava na
elite do futebol brasileiro. O Leão foi o escolhido para representar o estado,
pois, desde essa época, já detinha a maior torcida da região Norte, além de ser proprietário do
único estádio capaz de receber públicos superiores a 20 mil pessoas, o Baenão que havia passado por reformas
para aumentar a sua capacidade. O Remo disputou um total de 25 partidas, sendo
cinco vitórias, 15 empates e cinco derrotas, que o classificou com um honroso
17º lugar. O destaque da grande equipe azulina foi o lateral-direito Aranha,
que recebeu a Bola de Prata, promoção da revista Placar que premia os melhores jogadores do campeonato por
posição.
A década
foi marcada por dois tricampeonatos, os quais podem ser divididos em duas
“eras” que levaram os nomes das duas maiores referências do Remo nessa época:
os goleadores Alcino e Bira.
O
primeiro tri veio com as conquistas invictas dos certames de 1973, 1974
(super-campeonato) e 1975, período
marcado pela segunda maior invencibilidade azulina no Clássico Rei da Amazônia (24 partidas). Alcino foi o artilheiro nos em
todas as edições, contribuindo para que caísse nas graças da torcida. Mas o
Negão Motora, como era conhecido, não teria obtido tanto sucesso se não fosse a
ajuda de craques como Dico, Rosemiro, Dutra, Cuca, Elias, Roberto, entre
outros.
Com a
venda de Alcino para o Grêmio-RS em 1976,
o Remo trouxe o amapaense Bira para substituí-lo, que correspondeu à altura, se
tornando uma peça importante na conquista de mais um três títulos estaduais em 1977, 1978
(invicto) e 1979. Bira
foi o artilheiro nos certames de 1978 e 1979, sendo que neste último marcou 32
vezes, maior artilharia em uma edição de Campeonato Paraense da história.
O
time-base azulino havia mudado, sem, no entanto, perder a qualidade técnica da
primeira série de títulos, já que contava com jogadores do naipe de Édson
Cimento (goleiro Bola de Prata em 1977), Luís Florêncio, Mêgo,
Leônidas e Júlio
César “Uri Gueller”.
Década de 1980
Na década
de 1980, o Remo passou por um período de acúmulo de dívidas, que o deixaram um
tempo longe das conquistas. Ainda assim, o Leão conseguiu chegar à final da Taça de Prata, ou Taça CBF, de 1984, mas terminou como 2º colocado perdendo a
final para o Uberlândia-MG.
- 28 de março de 1984 - Estádio Municipal João Havelange - Uberlândia 1 x 0 Remo
- 2 de abril de 1984 - Estádio Mangueirão - Remo 0 x 0 Uberlândia
A
competição reuniu 32 clubes e foi disputada inteiramente no sistema mata-mata.
Na primeira fase, o Remo passou pelo Rio Negro-AM; na
segunda, pelo Maranhão; nas quartas, pelo Operário-MS e em seguida pelo Internacional
de Santa Maria-RS, até
chegar à grande decisão contra o Uberlândia. Apesar do vice-campeonato, o Leão
obteve o acesso ao Brasileiro Série A de 1985.
Em 1986,
o Remo deu fim ao jejum de seis anos sem títulos estaduais, com a conquista do Campeonato Paraense na administração do presidente Hamilton Guedes. O curioso é que o Leão
não conseguiu dar a tradicional volta olímpica após vencer a Tuna no dia 17 de agosto, já que a FPF não havia levado a taça para o estádio Mangueirão.
O caso
foi esclarecido no dia seguinte. O governador Jader Barbalho havia mandado o coronel Hércules, chefe da Casa
Militar, adquirir o troféu, mas, por motivos desconhecidos, tal ato acabou não
ocorrendo. O troféu foi então providenciado e a diretoria azulina pôde obtê-lo
na sede da FPF. Apesar da conquista, as dívidas aumentaram e o Remo ainda
sofreu o rebaixamento no Brasileirão de 1986.
Essa
situação pressionou o novo presidente azulino, Ubirajara Salgado, a investir
nas categorias de base do clube. Eis que surge em 1988, o Esquadrão Cabano,
denominação dada pela mídia ao time remista composto por jovens valores do
clube. A ousadia de Ubirajara somada à contratações pontuais, trouxe resultados
a curto prazo. Em 1989, o Leão
Azul dava partida para mais um tricampeonato paraense. Na Série B do mesmo ano, o Remo ficou em 3º lugar, sendo
eliminado pela forte equipe do Brangantino-SP nas penalidades máximas, após péssima arbitragem
de José Roberto Wright, em Bragança Paulista (SP). Era retorno das grandes campanhas nacionais.
Os anos
90 marcaram um período glorioso na história do Clube do Remo, que manteve uma
hegemonia regional e obteve façanhas a nível nacional. Esse período foi tão
inesquecível para o torcedor azulino que foi denominado de “A Década de Ouro”.
Logo em
1991, sob o comando de Valdemar Carabina, o Remo conquista mais um tricampeonato estadual.
Ressalte-se que tanto esse título quanto o de 1989 foram arrebatados com
campanhas invictas. Unindo-se as três temporadas, o Leão disputou 68 jogos,
vencendo 51, empatando 15 e perdendo somente dois deles.
Mantendo
a base vencedora, o Clube de Periçá tomou parte da sua segunda Copa do
Brasil - a
primeira havia sido no ano anterior e o Remo ficou na excelente sétima colocação.
Inicialmente, o adversário azulino foi o Rio
Branco-AC,
eliminado com uma goleada de 4 a 1, no Baenão, após um 0 a 0 no primeiro
confronto. Em seguida, o Leão passou pela equipe do Vasco da
Gama,
valendo-se do critério de gols marcados como
visitante já que
havia empatado as duas partidas (0 a 0 em Belém e 1 a 1 no Rio. Nas quartas-de-final, foi a vez do Vitória-BA sucumbir à força do elenco
remista dentro de seus próprios domínios - tal qual o Vasco - ao empatar em 0 a
0 depois de perder o jogo de ida por 2 a 0. Infelizmente, nas semifinais o Leão
não foi páreo para o Criciúma-SC de Luiz Felipe Scolari, que mais adiante ficaria com o
título da competição. Ainda assim, a brilhante campanha realizada pelo Filho da
Glória e do Triunfo nunca foi igualada por qualquer outro time do Norte na
história da competição.
Em 1992,
a CBF definiu que o sistema de acesso da Segunda Divisão daquele ano beneficiaria 12 dos 32 times
participantes e que não haveria rebaixamento. O Remo realizou boa campanha e
ficou no quinto lugar geral, conquistando, assim, a vaga para a Primeira Divisão de 1993, confirmada após a vitória de 2 a 1 sobre o Itaperuna-RJ, fora de casa, em 12 de abril. A
volta dos jogadores a Belém foi muito festejada pelos torcedores.
Na elite,
o Leão caiu na chave C, onde disputou 14 jogos. Como havia vencido oito
partidas e empatado uma, o Remo somou 17 pontos (uma vitória valia dois pontos)
e ficou em segundo lugar no seu grupo. Na fase seguinte, foi disputado um
mata-mata contra a Portuguesa-SP, que
contava com o meia Dener. Na primeira partida, o Leão
goleou por 5 a 2, abrindo grande vantagem para o próximo confronto. Em São Paulo, mesmo perdendo por 2 a 0 em um jogo marcado por
diversos incidentes, o Filho da Glória e do Triunfo passou para a fase final.
Ao término do campeonato, o Remo foi o oitavo colocado, a melhor colocação de
um time nortista no Brasileirão em todos os tempos. O time azulino tinha como
formação básica: Luís Carlos; Marcelo Silva, Belterra, Mário César e Guilherme;
Agnaldo, Biro-Biro, Edson Boaro (Giovanni) e Dema (Tarcísio); Mauricinho (Alex Dias)
e Ageu.
Na
temporada de 1994, o Remo tornou-se o primeiro e único clube da região a jogar
na Europa, quando foi vice-campeão invicto do Torneio Internacional de Toulon, na França.
Em 1997,
o Mais Querido sacramentou um dos seus maiores feitos: o pentacampeonato
estadual, único da era profissional. A histórica conquista registrou 108 jogos,
com 78 vitórias, 24 empates e apenas seis derrotas, com incríveis 250 gols
marcados contra somente 51 sofridos. O último título veio com a vitória de 1 a
0 no Re-Pa disputado em 6 de junho de 1997. Os campeonatos de
1993 e 1995 foram arrebatados de forma invicta.
O período
do penta também compreendeu os inesquecíveis 33 jogos de invencibilidade do
Clube do Remo sobre o seu maior rival. Foram 21 vitórias e 12 empates em mais
de quatro anos, que proporcionaram o maior tabu em número de jogos dentre os
principais clássicos do país.
No ano de
1999, o Remo arrebatou o seu último título paraense no século XX que garantiu a
sua soberania no estado. Em dez anos de disputa, o Filho da Glória e do Triunfo
levantou impressionantes oito troféus, marca nunca igualada no futebol
paraense. A conquista derradeira se deu no dia 11 de julho daquele ano, quando
o Leão venceu o Paysandu no jogo decisivo por 1 a 0, gol de Ailton, o Predestinado.
Década de 2000
A virada
do milênio começou bem para o Clube de Periçá. Em 2000, o Remo
foi terceiro lugar do Módulo Amarelo da Copa João
Havelange,
colocação que lhe garantiu no Módulo Azul, no qual foi eliminado nas
oitavas-de-final pelo Sport-PE. Conforme o regulamento da
competição, o Leão deveria disputar a Série A de 2001, porém,
através de uma “virada-de-mesa”, a CBF o
impediu e beneficiou o Botafogo-SP.
O Remo
voltaria a fazer uma boa campanha na Série B de 2003, terminando a fase inicial na terceira posição,
atrás somente de Palmeiras-SP e Botafogo-RJ. Na fase seguinte o Mais Querido
perdeu fôlego e não conseguiu o acesso, terminando a competição no quinto lugar
geral (subiam duas equipes).
Em 2004,
o Filho da Glória e do Triunfo sagrou-se bicampeão estadual. A conquista foi
ainda mais especial por ter sido obtida com 100% de aproveitamento, feito
inédito na história profissional do futebol paraense. O jogo que rendeu o
título ocorreu no dia 4 de abril, um clássico contra o Paysandu
em uma Mangueirão lotado com aproximadamente 50
mil pessoas. O Leão venceu por 2 a 0, gols de Gian e Rodrigo.
Infelizmente,
o ano reservava ima ingrata surpresa. Na Série B, o Remo fez péssima campanha e terminou rebaixado
para a Terceira Divisão de 2005, ano de seu centenário. Após perder o título
estadual e ser eliminado melancolicamente da Copa do Brasil, o Remo estreou no
grupo 3 do certame nacional no dia 31 de julho de 2005,
empatando em 2 a 2 com o São Raimundo-RR, fora de
casa. No reencontro com a torcida, dia 7 de julho mais de 26 mil pessoas empurraram o Leão na sua
primeira vitória: 2 a 1 sobre o Abaeté-PA. Mais demonstrações como essa
foram sendo observadas no decorrer da competição e o Leão terminou a primeira
fase líder do seu grupo, que contou ainda com o São José-AP.
Na fase
eliminatória, o Remo foi superando seus adversários um a um. No primeiro
mata-mata, passou pelo Tocantinópolis-TO em um confronto inesquecível
para a torcida azulina. Em seguida, foi a vez do conhecido Abaeté sucumbir ao
Mais Querido, em duas belas e equilibradas partidas. Finalmente, o Remo passou
pelo Nacional-AM antes de
chegar à fase final.
Foi então
formado um quadrangular juntamente com Novo
Hamburgo-RS, América-RN e Ipatinga-MG. Após cinco jogos, o Remo chegou
à rodada final, dia 20 de novembro, precisando vencer os gaúchos para garantir o
acesso. E ela veio por intermédio de Maurílio e Capitão, autores dos tentos que
deram a vitória ao Clube do Remo por 2 a 1. Luís Gustavo diminuiu para o Novo
Hamburgo. No outro jogo da rodada, mineiros e potiguares empataram em 1 a 1, em
Minas Gerais. Este resultado proporcionou, além do acesso para
a Série B de 2006, o primeiro título nacional do Filho da Glória e
do Triunfo.
Na
Segundona, após um primeiro turno pífio, o Remo se recuperou na segunda metade
do campeonato e ficou na 12ª posição, se livrando do rebaixamento na penúltima
rodada com uma goleada de 3 a 0 sobre o São Raimundo-AM, no
Baenão lotado. No ano seguinte, mesmo sendo campeão paraense, o Leão não teve a
mesma sorte e terminou rebaixado novamente para a Série C.
Assim
como em 2007, o Remo iniciou o Campeonato Paraense de 2008 muito mal, tanto que ficou somente em sétimo lugar
no primeiro turno. Entretanto, os azulinos realizaram campanha impecável no
returno e chegaram à final contra o Águia de
Marabá. No dia 29 de junho, o Leão venceu por 2 a 1 e tornou-se bicampeão
paraense. Nacionalmente, mais um insucesso: o Remo foi eliminado na segunda
fase da Série C, ocupando a 28ª colocação na classificação geral. Dessa forma,
teria que disputar a vaga para a recém-criada Série D, na
temporada seguinte, através do estadual. A partir daí iniciava o pior momento
da história azulina.
Em 2009,
o Remo não conseguiu se classificar para a Quarta Divisão, cabendo ao São Raimundo-PA
representar o futebol paraense – mais tarde, a equipe santarena seria consagrada com o inédito
título. Já em 2010, o Remo conquistou a vaga na condição de terceiro
colocado do Parazão, mas foi eliminado nas oitavas-de-final pelo Vila Aurora-MT.
Década de 2010
A luta
azulina no certame estadual continuava. Na temporada de 2011,
novamente o Remo ficou sem série, sendo eliminado pelo Independente-PA. Em 2012, chegou
à final do Campeonato Paraense, mas deixou escapar o título para o Cametá. Entretanto, a equipe cametaense
desistiu de disputar a Série D alegando problemas financeiros e o Remo herdou a
vaga. Porém, assim como dois anos antes, o Leão parou de novo nas oitavas para
outra equipe mato-grossense, o Mixto. Em 2013, voltou
a ficar de fora da disputa nacional, dessa vez para o Paragominas-PA.
Para o
ano de 2014, o Remo fez pesados investimentos, tanto é que
montou um plantel cuja folha salarial beirava os R$ 550 mil, alta para os
padrões do futebol paraense. Dentro de campo, entretanto, o time não empolgava
em parte pela atuação do técnico Charles Guerreiro, alvo de críticas da torcida. Ainda assim, foi
campeão da primeiro turno. Todavia, a eliminação fatídica na Copa do Brasil
derrubou Guerreiro e em seu lugar assumiu interinamente Agnaldo de Jesus, ídolo
do Clube do Remo nos anos 90 e técnico do título 100% de 2004, justamente nas
semifinais da Copa Verde no qual acabou sendo eliminado
pelo rival Paysandu. Novo revés na competição regional forçou a contratação de Roberto Fernandes, que comandou o time azulino até o título do Campeonato Paraense após seis anos. Na Série D, o filme se repetiu:
outra vez nas oitavas, o Remo não passou do Brasiliense-DF.
O ano
começou de forma desastrosa para o Remo, perdendo as duas primeiras partidas do
Campeonato Paraense. O Leão não conseguiu se recuperar e acabou sendo eliminado
precocemente no 1º turno, com apenas quatro pontos conquistados. Essa situação
obrigava o Clube de Periçá a ganhar o 2º turno se ainda quisesse conquistar a
vaga para a Série D do Campeonato Brasileiro. Ainda assim, o Remo não
empolgava. Após a derrota para o rival Paysandu, no dia 29 de março, o treinador Zé Teodoro foi demitido a para o seu
lugar foi contratado o técnico Cacaio.
A partir
de então, a situação azulina passaria a mudar. Sob os comandos do novo
treinador, o Mais Querido conseguiu se classificar para a finais da Taça Estado
do Pará e vender caro a eliminação para o Atlético-PR, nos pênaltis, na Copa do
Brasil. Na Copa Verde, uma virada emocionante sobre o
Paysandu, nas semifinais, ficou marcada: o Remo ganhou o rival no tempo normal
por 2 a 0, devolvendo o placar da primeira partida, e garantiu a vaga na grande
decisão nos pênaltis. Na final do 2º turno, nova vitória sobre os bicolores deu
o título ao Leão e o direito de disputar a Taça Açaí contra o Independente.
O Remo
teria pela frente duas decisões. A primeira era válida pelo jogo de ida da
final da Copa Verde, no dia 30 de abril. O Leão venceu a equipe do Cuiabá por 4 a 1 e deu
grande passo para o título. Em 3 de maio, os azulinos venceram o Independente por 2 a 0 e
sagraram-se bicampeões paraenses, conquistando também a vaga para a Série D.
Infelizmente, quatro dias depois o inesperado aconteceu: irreconhecível dentro
de campo, o Clube do Remo acabou goleado por 5 a 1 diante do Cuiabá e ficou com
o vice-campeonato da competição.
No
segundo semestre, o Remo iniciou a sua caminhada rumo à Série C. O Leão
integrou o grupo A1, ao lado de Nacional-AM, Rio Branco-AC, Vilhena-RO e
Náutico-RR. Mesmo tendo que cumprir uma punição - três jogos de suspensão a
serem realizados em Paragominas (PA) - o Remo terminou a primeira fase da Série
D como líder do seu grupo. No primeiro mata-mata, o Mais Querido bateu a equipe
do Palmas-TO e decidiria o acesso contra o Operário-PR.
O
primeiro jogo foi realizado em 10 de outubro, véspera de Círio, em Ponta Grossa (PR). O Leão venceu por 1 a 0 e ganhou uma grande
vantagem para a partida de volta, no Mangueirão, dia 18. Na tão aguardada data,
mais de 33 mil azulinos lotaram o Colosso do Benguí e vibraram com a vitória de
3 a 1 do Filho da Glória e do Triunfo sobre o adversário. O Leão, finalmente,
estava de volta para a Série C[20] . Nas semifinais, o Leão acabou eliminado pelo
Botafogo-SP, mas nada que tirasse o brilho da excelente campanha azulina na
competição.
Em 2016 o Remo chegou as finais do primeiro
turno do Parazão 2016, onde
foi derrotado pelo seu arquirival Paysandu. No segundo turno, o clube fez
uma campanha fraca e acabou de fora das semifinais, ficando de fora das finais
do Parazão. Ainda no primeiro semestre do ano o Remo disputou a Copa Verde. Nas semifinais da competição o leão encarou
novamente seu rival Paysandu. No primeiro jogo o Papão se deu melhor e
venceu o clássico por 2 x 1 com gol de Leandro Cearense. No jogo de volta nova
derrota no clássico: 4 a 2 e eliminação na semifinal da competição, a segunda
no ano de 2016. Pela Copa do Brasil o Remo enfrentou o Vasco na primeira fase, perdendo o
primeiro jogo, em casa, por 1 x 0 e o segundo, fora de casa, pelo placar de 2 x
1, sendo eliminado da competição, sua terceira eliminação somente no primeiro
semestre do ano.
Títulos
INTERNACIONAIS
Competição TÍTULOS Temporadas
NACIONAIS
Competição TÍTULOS Temporadas
REGIONAIS
Competição TÍTULOS Temporadas
ESTADUAIS
Competição TÍTULOS Temporadas
Campeonato Paraense 44 1913
/1914
/1915
/1916/1917
/1918
/1919
, 1924
/1925/1926, 1930, 1933
, 1936, 1940,1949/1950, 1952
/1953/1954, 1960, 1964, 1968
,1973
/1974
/1975
, 1977/1978
/1979, 1986,1989
/1990/1991
, 1993
/1994/1995
/1996/1997, 1999, 2003/2004
, 2007/2008, 2014/2015.
Dados históricos
- Primeiro jogo da história do
Remo: empate de 0 a 0 no
amistoso contra o Guarany-PA, realizado no dia 21 de abril de 1913.
- Primeira vitória: 4 a 1 sobre o mesmo
Guarany, no segundo jogo, em 13 de maio de 1913.
- Primeiro gol: Rubilar.
- Primeiro jogo em competições
oficiais:
Remo 4 a 1 União Sportiva, no dia 14 de julho de 1913, em jogo válido pelo Campeonato Paraense desse ano.
- Primeiro jogo internacional: vitória de 2 a 1 sobre o
Marimburg, do Suriname, em 1940.
- Maior goleada: 21 a 0 sobre um combinado francês, em 1945.
- Primeiro jogo em Campeonato Brasileiro: 0 a 0 contra o Vitória-BA, na Fonte Nova, em 9 de novembro de 1972.
- Maior público: 59 613 pagantes, com um
total de 64 010 presentes, no clássico Remo 1 x 1 Paysandu, disputado no Mangueirão, em 29 de abril de 1979 (Campeonato Paraense).
- Maior artilheiro: Dadinho, com 163 gols
marcados.
Artilheiros
Dados de Orlando Ruffeil
(conselheiro do clube).
Colocação Jogador Posição País Gols
No Campeonato
Paraense
- Maiores
artilheiros por edição do Campeonato Paraense.
Colocação Jogador Posição Ano Gols
Na Série A
Colocação Jogador Posição País Gols
Na Série B
Colocação Jogador Posição País Gols
Na Série C
Colocação Jogador Posição País Gols
Na Copa do Brasil
Colocação Jogador Posição País Gols
Confrontos contra seleções
Na sua
história, o Clube do Remo já disputou jogos contra diversas seleções, sejam
elas nacionais, estaduais ou municipais. Dentre as seleções estrangeiras que já
enfrentaram o Leão Azul estão a do Suriname, Bucareste/Romênia e Caiena. O principal jogo contra uma seleção estadual
aconteceu no dia 17 de outubro de 1928, quando o Remo goleou por 5 a 1 a seleção do Ceará, que disputou o Campeonato Brasileiro de Seleções
daquele ano[26] .
As
partidas mais marcantes vieram na década de 1970. Entre os anos de 1972 e 1973,
o Clube do Remo realizou três partidas contra a seleção
brasileira olímpica, todos
no estádio Evandro Almeida, com uma vitória para cada lado
e um empate. O triunfo azulino contra os “olímpicos” veio no dia 9 de março de
1973, gol de Alcino aos 35 minutos do primeiro tempo[27] .
Apesar de
não ser tido como válido, vale ressaltar o amistoso de inauguração do estádio Mangueirão, em 4 de março de 1978, quando a
seleção paraense goleou a seleção
uruguaia por 4 a
0. Detalhe é que do elenco que compôs a seleção paraense, nove jogadores eram
do Remo – Édson Cimento, goleiro; Marinho, lateral-direito; Dutra e Darinta, defensores; Aderson,
volante; Mesquita e Leônidas, meias; Bira e Júlio
César,
atacantes –, um da Tuna – Zuza, lateral-esquerdo – e um
do Paysandu – Bacuri, volante[28] .
Uniforme
Desde que
surgiu, o Clube do Remo apresenta o azul-marinho e o branco como suas cores oficias.
Sendo assim, os uniformes principais de todas as modalidades
adotam o azul-marinho como cor predominante, invertendo-se a ordem nos
uniformes secundários. Curiosamente, a camisa utilizada pelo time em sua primeira partida de
futebol possuía listras horizontais.
Atualmente,
a Umbro é a responsável por fornecer os uniformes
utilizados pelos atletas azulinos. A qualidade empregada pela tradicional marca
inglesa na confecção do material de jogo é tanta que a camisa oficial do Clube
do Remo na temporada 2013 foi eleita pelo site Goal como a
mais bonita do Brasil e uma das dez mais do mundo.[29]
Uniformes
de jogo
- 1º - Camisa com azul-marinho, calção e meias brancas;
- 2º - Camisa branca, calção e meias azul-marinho.
IDOLOS DO REMO
Goleiros
Laterais
Zagueiros
Volantes
Meias
Atacantes
Landu
Rangel
Maiores artilheiros
Colocação Jogador Posição Gols
Grandes treinadores
- Aloísio Brasil
- Danilo Alvim
- Cuca
- Fernando Oliveira
- Giba
- João Avelino
"71"
- Joubert Meira
- Paulo Amaral
- Paulo Bonamigo
- Roberval Davino
Jogadores estrangeiros
- Véliz (Uruguay)– A primeira competição disputada pelo uruguaio no
clube paraense foi o campeonato estadual de 1945. O futebolista passou 12 anos defendendo a meta azulina,
conquistando 5 títulos paraenses (1949, 1950, 1952, 1953 e 1954), três vice campeonatos estaduais (1947, 1951 e 1956), um Torneio Quadrangular de Belém (1954), entre outros
títulos de menor expressão. Segundo dados não oficiais, Véliz foi o
jogador que mais vezes vestiu a camisa do Remo em toda a história. O
goleiro se fixou na camisa 1 como um muro de concreto no solo, se tornando
um profissional reverenciado por todos, idolatrado pela massa azulina.
Encerrou a carreira de jogador no Remo em 1956.
- Rack (Suriname) – Atacante pamaribenho da
década de 1950.
- François (Suriname) – Em 1961 o Remo foi fazer
uma excursão no Suriname, jogar alguns jogos
amistosos pelo país. O então goleiro azulino Arlindo não pode viajar e
François, que era empregado da Surinam Airways foi oferecido por um
gerente da companhia aérea, que tinha certa influência no Filho da Glória
e do Triunfo. Como não havia ônus algum, a diretoria do clube aceitou,
afinal, se o arqueiro não fosse competente o suficiente, não voltaria com
a delegação para o Brasil. François brilhou na
excursão e provou ser um goleiro do mais alto nível, ficando no Remo por
mais de uma década. Além de colecionar títulos e defesas impressionantes,
François fez as mais diversas funções dentro do clube.
Pablo (Suriname) – Atacante pamaribenho da década
de 1960.
- Hector de los Santos
(Uruguay) –
Atacante uruguaio de 1976.
- Frontini (Argentina)–
Iniciou sua carreira no Mogi Mirim. Apesar de nascido na Argentina, a família Frontini veio para o Brasil quando
o pequeno Carlos ainda era uma criança. Apesar de ter passado por vários
clubes no início de carreira, o jogador ganhou destaque no Campeonato
Paulista de 2005 atuando pelo Marília, quando figurou entre os artilheiros da
competição, chamando a atenção do Santos. Durante sua passagem pelo
Santos, Frontini mostrou o desejo de se naturalizar brasileiro, apesar de
serem remotas as chances de defender a seleção brasileira. No segundo
semestre de 2010, assinou com o Clube do
Remo para a disputa da Série D do Campeonato Brasileiro.
- Juan Sosa (Uruguay) – Natural de Montevidéu, capital do Uruguai, o zagueiro vindo do Audax, chegou ao Remo no segundo semestre de 2011 e disputou o Campeonato Paraense e Copa do Brasil de 2012, mas conseguiu apenas um vice campeonato
estadual. Passado o campeonato regional e a eliminação na Copa do Brasil
diante do Bahia, o jogador foi dispensado e hoje atua pelo Boa Esporte.
Estádio
O estádio Evandro Almeida
foi inaugurado em 15 de agosto
de 1917, na comemoração do aniversário de 6 anos de
reorganização. Inicialmente, o Baenão, como é popularmente conhecido, tinha
capacidade para apenas 2 500 pessoas. Com o passar do tempo, o futebol foi se
popularizando entre os paraenses, especialmente nos torcedores do Clube do
Remo, tornando o Beanão obsoleto.
Após várias reformas estruturais (1935
e 1962), a capacidade do estádio aumentou para cerca
de 20 mil espectadores fazendo com que fosse o único do Pará com condições de abrigar jogos do Campeonato
Brasileiro de Futebol a partir de 1972,
já que o Mangueirão
ainda não havia sido construído.
Atualmente o Baenão tem capacidade
para 17 518 azulino mais encontra-se interditado sem condições de receber
jogos. O nome do estádio foi uma homenagem ao grande atleta e dirigente do
clube, Evandro de Melo Almeida, falecido em 1964.
Sede social
O Clube do Remo apresenta como sua
sede social um belíssimo imóvel de 3.275m², localizado na Av. Nazaré, centro de
Belém. Denominada de "Palácio Azul", lá é oferecida aos sócios e
torcedores, uma imensa estrutura que
permite a prática de várias atividades esportivas assim como recreativas. A
sede social do Clube do Remo foi construída onde antes era o prédio do Sport Club do Pará.
O imóvel foi adquirido em 11 de agosto
de 1938 em um leilão e custou 150
contos de reis, na administração do Dr. Adriano Guimarães. Passou por ereformas
no ano de 1942. Em 1955
o prédio foi totalmente reconstruído pelo engenheiro Arthur Carepa e seu amigo
e auxiliar José Heimar Lacerda, sendo entregue em 1959.
A sede apresenta dois andares: no
térreo funcionam as atividades administrativas do clube, empresas terceirizadas
e o Senadinho Everaldo Martins, fundado em março de 1983,
local destinado aos encontros de abnegados, conselheiros, diretores e
companheiros. No pavimento superior, o Salão Social, utilizado para solenidades
e festas. Na entrada da sede ficam expostos os inúmeros troféus já conquistados
pelo Remo nas mais variadas modalidades esportivas. O local oferece ainda restaurante, salão de jogos, bar, lanchonete e o
salão Antônio Tavernard, onde ficam os grandes armários que guardam um dos
maiores tesouros do Remo: seus troféus.
Como anexo se apresenta o Ginásio
Serra Freire, onde são realizadas as atividades de futsal, vôlei e basquete pelos atletas do clube e o parque
aquático onde acontece os treinamentos dos atletas da natação e do nado sincronizado. O acesso para a sede social,
assim como para o parque aquático acontece sempre pela Av. Nazaré, para o
ginásio em dias de competições a entrada acontece pela Av. Braz de Aguiar.
Nação Azul
Nação
Azul é o nome do projeto de "sócio-torcedor" do Clube do Remo. Criado
em 2009 o projeto visa buscar uma maior proximidade entre o clube e o torcedor
mais ainda não fluiu como o esperado.[41]
Escola de samba
A Embaixadores Azulinos é uma escola de samba oriunda da comunidade da
Sociedade Cultural do Pará Luiz Otávio Cardoso dos Santos (Socult), fundada em
1983. A Embaixadores é a representante da torcida do Clube do Remo no carnaval de Belém. Em 2008, sagrou-se campeã do
grupo 3, conquistando o seu segundo título, com o samba-enredo “Socult é jubileu, é história... São 25 anos de
glória”. Em 2015, a Embaixadores Azulinos, levou a avenida do samba o Enredo:
Paulo Caxiado: A voz que estremece a Amazônia e Enaltece o Leão!, conquistando
o 3º Lugar no grupo de Acesso a Elite do carnaval Paraense.Em 2016, a
Embaixadores Azulinos irá desfilar no dia 29 de janeiro de 2016 (sexta-feira),
as 23:00 h., defendendo o Enredo: Feliz Lusitânia, Berço do Filho da
Glória e do Triunfo ( Uma Homenagem aos 400 Anos de Belém e aos surgimento do
Filho da Glória e do Triunfo)
REMO 1911
REMO 1919 A 2014
GOLEADA DO REMO EM 1926
REMO 1924
REMO 1947
REMO 1957
REMO 1960
REMO 1967
REMO X BENFICA
EUSEBIO COM A CAMISA DO REMO
1968 REMO 1 X 1 BENFICA
EUSEBIO FOI REMO
REMO 1971
REMO 1971
REMO 1972
REMO 1972
REMO 1972
REMO 1972
REMO 1973
REMO 1973
REMO 1974
REMO 1975
REMO 1975
REMO 1975 Rosemiro, Elias, Dico, China, Rui Azevedo e Cuca. Caíto, Alcino, Mesquita, Roberto e Neves
REMO 1975 rosemiro, elias, dutra, dico, rui e cuca, prado, roberto, alcino, mesquita e amaral
REMO DERROTA O FLAMENGO EM 1975 EM PLENO MARACANA
GOLS DE ALCINO E DE MESQUITA PARA O TIME PARAENSE
REMO 1977
REMO 1977
REMO 1977
REMO 1977
REMO 1979
REMO 1979
REMO 1979
REMO 1986
REMO 1987
1992 A 1997
REMO 1993 COM BIRO BIRO
REMO 1993
REMO 1993
O Maior do Norte é o Clube do Remo tú tens tradição.
ReplyDeletemuchisimas gracias por este post sobre mi equipo de corazón... el Gigante de la Amazonia, Hijo de la Gloria y del Orgullo, mismo en la derrota, mi corazón es siempre tuyo! Remo por siempre!!!!
ReplyDeleteMuchísimas gracias por tu publicación sobre el León Azul, el más grande de la Amazonia!! Saludos Azulinos!!
ReplyDeleteO maior sem divisão da história remo
ReplyDeleteA vergonha do norte