Cruzeiro Esporte Clube é uma associação polidesportiva brasileira, com sede em Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais. Fundado em 1921 com o nome de Sociedade Esportiva Palestra Itália, foi rebatizado para seu nome atual em 1942 - em referência ao Cruzeiro do Sul - por imposição do governo federal à época proibiu o uso no país de quaisquer símbolos de Alemanha, Itália e Japão, nações inimigas do Brasil no contexto da Segunda Guerra Mundial.[4] É um dos clubes mais populares do Brasil.[5] [6] Seu maior rival é o Atlético Mineiro, com quem faz um dos maiores clássicos do futebol brasileiro. Em menor grau, há também rivalidade com o América.[7]
Reconhecido como um dos maiores clubes
do futebol
brasileiro e
internacional, o Cruzeiro foi duas vezes vice-campeão mundial e tem no seu
currículo continental dois títulos da Copa Libertadores da América, dois da Supercopa da Libertadores, um da Recopa
Sul-Americana, um
da Copa Ouro e um da Copa Master da Supercopa. No âmbito nacional, o time celeste detém quatro conquistas no Campeonato Brasileiro (uma delas como Taça
Brasil)[nota 1] e quatro da Copa do Brasil,
em âmbito regional foi bicampeão da Copa Sul-Minas e campeão da Copa
Centro-Oeste, e em âmbito estadual possui 55 conquistas. Foi ainda a primeira e
única equipe brasileira a conquistar a tríplice coroa nacional, tendo vencido um
campeonato estadual, uma Copa do Brasil e um Campeonato Brasileiro na temporada de 2003.[9] Em 2009, a IFFHS elaborou o ranking de clubes da América do Sul, com dados estatísticos de 1901 a
2000, no qual o Cruzeiro se destacou como o melhor clube brasileiro do século XX[10] e, em 2015, a Revista Placar
elaborou o ranking dos maiores campeões absolutos do Brasil, em qual o Cruzeiro
e o Internacional
estão na primeira colocação,[11] como os clubes com o maior número
de títulos oficiais do futebol brasileiro.
O Cruzeiro é o clube brasileiro com
o maior número de vitórias na Copa Libertadores da América, com 86 vitórias,[12] e com 586 vitórias é o clube com o
maior número de vitórias na história do Campeonato Brasileiro de Futebol (soma dos campeonatos de 1959 a 2015). Também
é um dos 5 clubes que nunca foram rebaixados à 2º Divisão do Campeonato
Brasileiro. Além disso, é o terceiro do Ranking Nacional de Clubes[13] (o Ranking da CBF) e o segundo do Ranking Histórico de Pontos.[14] No Campeonato Brasileiro de Futebol, o Cruzeiro fez a melhor campanha 6 vezes (66, 74, 00, 03, 13 e 14), disputou 8 semifinais (66, 67, 68, 75, 87, 95, 98 e 00), 4 fases finais (69, 70, 73 e 74), 4 finais (66, 74, 75 e 98), com 5 vice-campeonatos (69, 74, 75, 98 e 10) e 4 títulos de campeão (66, 03, 13 e 14). Historicamente, o Cruzeiro é o clube com o
maior número de colocações entre os quatro primeiros (19 vezes) e desde 2003, quando o Brasileirão
passou a ser disputado por pontos corridos, o Cruzeiro apresenta o segundo
melhor desempenho, com 833 pontos, atrás apenas do São
Paulo Futebol Clube
com 875 pontos (pontuação acumulada até 2015).
Em outros esportes, o Cruzeiro se
destaca também no Vôlei, em 2009 firmou parceria com a Associação Social e Esportiva Sada para formar uma equipe masculina de voleibol,
o Sada
Cruzeiro, que tem
sido uma das mais importantes do país, sendo a única equipe brasileira a ter
conquistado o Campeonato Mundial de Clubes de Voleibol, entre vários títulos importantes,
como: três Superligas Nacionais (temporadas 2011-12, 2013-14 e
2014-15), uma Copa Brasil de Voleibol (2014), dois Sul-Americanos (2012 e 2014) e seis estaduais.
No atletismo o Cruzeiro também tem um time
forte, fazem parte de sua equipe vários atletas importantes, disputando as mais
diversas corridas de nível nacional e mundial.
SEDE DO CRUZEIRO ESPORTE CLUBE
Nome Cruzeiro
Esporte Clube
Alcunhas
La Bestia Negra
Time do Povo
Celeste
Raposa
Palestra Mineiro
Maior de Minas
Zeiro
Time do Povo
Celeste
Raposa
Palestra Mineiro
Maior de Minas
Zeiro
Torcedor/Adepto Cruzeirense
Capacidade 62.160 Pessoas
Patrocinador Alpi Medic
Brahma
Caixa
Cemil
Super 8
Supermercados BH
TIM
Vilma Alimentos
Voxx Suplementos
Brahma
Caixa
Cemil
Super 8
Supermercados BH
TIM
Vilma Alimentos
Voxx Suplementos
A história do Cruzeiro Esporte Clube tem início no dia 2 de janeiro de 1921, quando o clube foi fundado por Desportistas da Colônia Italiana de Belo Horizonte, com o nome de Societá Sportiva Palestra Itália.
No início do século XX, a colônia italiana de Belo
Horizonte tentava,
sem sucesso, formar um time de futebol que pudesse disputar os torneios locais. Pouco
depois, foi a vez do Palestra Brazil (1918), que nem chegou a ser implantado, ficando
apenas no projeto.
Em 1920, aproveitando a presença do cônsul italiano na
capital mineira, alguns desportistas da colônia levaram-lhe a ideia da criação
do clube, nos mesmos moldes do Palestra
Itália, de São Paulo, o atual Palmeiras. A resolução foi acertada depois
que algumas das principais 'famílias italianas', principalmente as abastadas,
se prontificaram a participar do projeto de fundação do clube, que deveria
representar a colônia em Belo Horizonte. Na fábrica de materiais esportivos
e calçados de Agostinho Ranieri, situada à rua dos Caetés, ficou decidida a
fundação do clube que deveria fazer frente aos três grandes da capital: Atlético
Mineiro, América e Yale.
Nascia, naquele momento, a Società Sportiva Palestra Itália, criada no dia 2 de janeiro de 1921. A reunião contou com a presença de 95
fundadores pelos presentes o escudo e uniforme que faziam referência às cores italianas, e cuja inscrição SSPI seria gravada no centro do
escudo. Outra definição acertada era que apenas membros da colônia italiana poderiam
vestir a camisa do time. Aurélio Noce foi eleito o primeiro Presidente o vice
Giuseppe Perona. Bruno Piancastelli, secretário; Aristóteles Lodi, tesoureiro; Domingos Spagnulo, João Ranieri e
Antonio Pace, comissão de esportes.
O Palestra Itália surgia como o representante da colônia
italiana. Além de se caracterizar como uma equipe de descendentes de italianos,
o Palestra também se destacava por possuir elementos da classe trabalhadora de
Belo Horizonte, ao contrário do Atlético e do América, que tinham o seu plantel
constituído de estudantes universitários procedentes das famílias influentes e
ricas da cidade. No elenco do Palestra figuravam atletas que exerciam a
profissão de pedreiros, pintores, caminhoneiros, comerciantes e marceneiros, que
eram os filhos dos imigrantes que vieram construir a nova capital e que
herdaram de seus pais a mesma profissão. Outra característica marcante era o
fato do time ser todo nascido em Belo Horizonte. O novo clube tinha, na sua
maioria, membros ligados à Casa de Itália, um prédio da Rua Tamóios que era um
espécie de embaixada italiana na capital e que acabou se tornando a primeira
sede do clube. A implantação do Palestra
Itália foi rápida.
Primeiro,em 12 de
março de 1921 o clube se inscreveu na Liga Mineira de Desportos Terrestres
(LMDT), para participar do campeonato
local, ainda no ano de 1921. A formação do quadro de jogadores foi mais
fácil do que se esperava, pois recebeu a inscrição de 16 atletas do Yale – time com certa predominância de italianos
– se transferiram para o novo clube, logo que souberam da sua criação. A debandada
provocou um mal estar entre os clubes. Três meses depois de fundado, o Palestra realizou a sua primeira
partida,em em 3 de abril de 1921 no estádio do Prado Mineiro,teve lotação máxima com 1500 torcedores,
enfrentando um combinado entre Villa Nova e Palmeiras, times de Nova Lima. O atacante
João Lazarotti, conhecido por Nani, marcou os gols que deram a vitória ao
Palestra.
A primeira conquista do Palestra
veio duas semanas após a partida de estreia, quando enfrentou o Atlético,no dia 17 de abril de 1921 em partida
promovida pela Associação Mineira de Cronistas
Desportivos (AMCD). Em um campeonato oficial, a primeira participação do
clube aconteceu no Mineiro de 1921. Depois de passar por uma seletiva, o
Palestra conseguiu chegar à fase final, jogando contra os considerados
“grandes”.
Em 1923 o clube já tinha comprado
um quarteirão inteiro da Prefeitura por cerca de 50 mil réis. O adversário na estreia do estádio foi o Flamengo. A partida foi marcada para o dia 23 de setembro, próximo à comemoração do dia nacional da Itália (20/9). O time mineiro, que tinha em sua linha de frente, formada por
Piorra, Nani, Heitor, Ninão e Armandinho, a sua grande arma, foi reforçado por
três atletas do Palestra Itália de São Paulo: o zagueiro Gasparini, o
meio-campista Severino e o atacante Heitor. Os gols da equipe mineira foram de
Ninão (2) e Heitor, enquanto Benevenuto, Agenor e Mário anotaram para os
cariocas.
Em maio de 1923, a Federação Mineira decide oficializar os estádios do Cruzeiro e do América como sedes dos jogos da
Serie A do Campeonato da Cidade, enquanto o Estádio do Prado passou a abrigar
apenas as partidas da Série B. No dia 1 de
julho de 1923, o Cruzeiro disputou sua primeira partida oficial, em seu próprio
estádio, na goleada de 6 a 2 sobre o Palmeiras.
Pela primeira vez, em 16
de julho de 1925, dois jogadores do Cruzeiro integram a Seleção Mineira na
disputa do Campeonato Brasileiro de
Seleções. O ponta direita Piorra e o meia direita Ninão fizeram parte da equipe titular que goleou a Seleção do
antigo estado do Rio, que era composto por jogadores dos clubes de Niterói, por 6 a 0, no estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro.
Nos dias 2 e 3 de maio de 1926, o[Cruzeiro disputou seus primeiros jogos fora de Minas
Gerais. Ambos foram na cidade de Caçapava-SP.
No primeiro contra a Caçapavense,
foi derrotado por 2 a 1 e o segundo contra a Seleção de Caçapava empatou em 1 a 1. No retorno a capital, o
clube foi suspenso por seis meses por ter disputado os amistosos sem o
consentimento da Federação Mineira.
Em abril de 1927 o Cruzeiro inaugurou sua primeira sede no segundo andar do edifício do Banco Pelotense na Praça 7, no centro da capital.
Anteriormente, o clube usava o salão da Casa
d'Italia, na rua Tamoios, para reuniões e assembleias.
Há uma confusão no que diz
respeito a um clube existente na capital chamado Yale. Muitos imaginam que este
deu origem ao Palestra e posteriormente ao Cruzeiro. O Yale também era um clube
fundado por descendentes de italianos, que surgiu anos antes do Palestra. Mas, após uma crise, e com o
crescimento do outro clube de imigrantes em Belo Horizonte, grande parte dos
associados e jogadores do Yale migraram para o Palestra. Foram registrados até
hoje apenas quatro jogos entre os clubes, com as datas de 17 de julho de 1921 Palestra 0 x 1 Yale, 6 de novembro de 1922 Palestra 0 x 0 Yale, 7 de maio de 1922 Palestra 0 x 0 Yale e 5 de agosto de 1923 Palestra 3 x 2 Yale. Todos os jogos válidos pelo Campeonato da Cidade.
Familia Fantoni
Atitudes pioneiras
Dois fatos importantes na
história o Palestra/Cruzeiro, que são estandartes a aumentar nosso orgulho e
admiração pela nação celeste:
- Em (1925), por iniciativa interna, jogadores e dirigentes,
decidiram suprimir dos estatutos a cláusula que tornava a agremiação
exclusiva de italianos e descendentes. Isso ensejou o registro do
jogador sírio-libanês
Nereu, na esquadra do Barro
Preto. Abria-se definitivamente para o mundo as
portas do clube.
A trajetória do Palestra já era surpreendente até então, e o
primeiro título mineiro não
demorou a chegar, embora tenha ocorrido de um modo confuso. A falta ao jogo em Minas
Gerais valeu ao Palestra uma
suspensão de seis meses da Liga mineira, que inviabilizou a disputa do
campeonato de 1926. Sem se intimidar, os dirigentes do clube solucionaram o
problema com a criação de uma outra Liga, que organizou o próprio campeonato.
No final do ano, o estadual teve dois vencedores, o Atlético por um lado e o
Palestra pela outra Liga, e como eram ligas de organizações diferentes nunca
foi atribuída divisão (1º e 2º) para as mesmas.
A Liga criada pelo Palestra
ganhou o reconhecimento da CBD. Ao ver que os dirigentes do clube não voltariam
atrás, a LMDT recuou em 1927, depois de ameaçar tirar banir o Palestra, e
repatriou a equipe do Barro Preto, que exigiu a inclusão dos clubes integrantes
da AMET no campeonato.
Em 17
de junho de 1928, o Cruzeiro aplica a maior goleada de sua história: 14 a 0 sobre o
Alves Nogueira de Sabará, no Barro
Preto. O atacante Ninão fez
10 gols na partida e se tornou o maior artilheiro em uma só partida da história
dos campeonatos organizados pela Federação Mineira. Com a goleada por 6 a 1
sobre o Villa
Nova, no Barro
Preto, no dia 6 de
janeiro de 1929, o Cruzeiro conquistou o Campeonato da Cidade de 1928. O empate surpreendente, do Atlético com o Alves Nogueira, em 3 a 3, na preliminar, beneficiou o time
cruzeirense, pois o Galo, que ainda tinha um jogo a cumprir contra o Villa
Nova, ficou a três pontos na tabela de classificação e sem chances de
alcançar o Cruzeiro na liderança.
Um ano após a conquista do tricampeonato mineiro, o Palestra
perdeu os jogadores Ninão e Nininho, que se transferiram para o futebol
europeu, além de outros cinco astros da máquina que empolgara a torcida na
recente façanha: Nereu e Rizzo haviam pendurado as chuteiras, Pires retornou
para Nova Lima, Carazzo foi para o futebol paulista, e o zagueiro Bento morreu.
Surgia então um novo Fantoni, o atacante Niginho, irmão de Ninão e primo de Nininho, que havia participado do time
anterior, mas só agora ganharia a condição de titular.
Ítalo Frattesi, o Bengala, que era titular do time de
futebol, e Aristóteles Lodi organizam as primeiras equipes de basquete e vôlei em 1930
Em março de 1931, os primos Ninão
(atacante) e Nininho(lateral
esquerdo), são contratados pela Lazio da Itália. Foram os primeiros jogadores do futebol brasileiro contratados pelo
futebol europeu.
Como era o tricampeão de
1928-1929-1930, o Cruzeiro Esporte Clube
reivindicou a Taça Liga Mineira, junto a Federação, em
janeiro de 1931. Segundo o regulamento, o troféu, instituído em 1922, ficaria de posse definitiva da equipe que conquistasse três vezes
consecutivas ou quatro alternadas o Campeonato da Cidade. Em vista do descaso
do presidente da entidade, Tomaz Neves,
que também era presidente do Atlético, a diretoria cruzeirense colocou uma bola na vitrine da sede em cujo
coro vinha a seguinte inscrição: Palestra 5, Atlético 2, em alusão a goleada
que definiu o Campeonato de 1929. No dia 25 de fevereiro de 1931, a Federação Mineira finalmente fez a entrega da Taça Liga Mineira ao Cruzeiro e
descobriu que o clube já teria direito ao prêmio, quando conquistou o título de
1929, pois em 1927, uma reforma nos estatutos da Federação diminuiu de três para dois anos
consecutivos a posse definitiva do troféu. Quanto a conquista do título de 1930, a posse da taça seria temporária.
A segunda partida da
decisão do Campeonato da Cidade, que deveria ser disputada no dia 6 de dezembro de 1931, no estádio de Lourdes, contra o Atlético, não acontece porque a diretoria do Galo não conseguiu acertar a
contratação de um árbitro carioca para apitar a partida, conforme acordo entre
os clubes. Na preliminar entre os times B, os jogadores cruzeirenses foram
agredidos por torcedores do Atlético. Por causa dos incidentes a diretoria do
Cruzeiro rompeu relações com o Atlético. Jogadores de Atlético e Cruzeiro à revelia de ambas as diretorias dos clubes que estavam em
litígio organizam amistosos em nome da paz entre os clubes. O primeiro em 27
de dezembro de 1931, no estádio de Lourdes, terminou empatado em 1 a 1.
Em 1932, Cruzeiro, América, Atlético, Florestina e Associação Mineira de Moços-AMA, fundam a Federação Mineira de Basquete. O Cruzeiro sagrou-se o primeiro campeão de Belo Horizonte com a
seguinte formação: Bengala, China, Manoel, Bolão, Bruno e Quinquim. Bengala que
já havia sido tricampeão da cidade de futebol, também se tornou campeão de
basquete como jogador e técnico
No dia 23 de maio de 1933, Cruzeiro, Atlético, Villa
Nova e Siderúrgica adotam o regime profissional. Ambos se desfiliaram da Confederação
Brasileira do Desporto-CBD, que não admitia o futebol profissional e passaram a
fazer parte da Federação Brasileira de Futebol-FBF, que foi criada pelos clubes
profissionais do país naquele ano. A FIFA não reconheceu a FBF. O Cruzeiro
venceu o clássico contra o Atlético por 2 a 1, em 28
de maio de 1933, no Barro
Preto. Foi o primeiro jogo da era do regime profissional
Após a goleada de 4 a 1
sofrida para o Tupybambas, em Juiz
de Fora, pelo Campeonato Mineiro, em 1 de
outubro de 1933, o diretor Nello Nicolai,
do Cruzeiro, denunciou o árbitro Cid Roso de ter sido subornado para manipular
o resultado o jogo. Semanas após a partida, o árbitro foi flagrado por
dirigentes do Atlético e do Siderúrgica, no bar Tip Top, em Belo
Horizonte, pedindo dinheiro para manipular o resultado de um jogo. O árbitro foi
banido do futebol mineiro.
Em 1933 o profissionalismo chega ao futebol. O Palestra, bem enfraquecido, não
conseguia repetir o sucesso do final da década de 1920, quando tinha um
excelente time. As suas estrelas se limitavam ao goleiro Geraldo Cantini e aos
atacantes Piorra, Bengala e Armandinho. A intenção do grupo era mudar o nome do
clube que já havia deixado de ser uma associação exclusiva da colônia italiana
e por isso não havia mais sentido em se usar o nome Itália. A ideia sofreu
resistências mas acabou ganhando aliados.
Em 2 de
dezembro de 1934, Cruzeiro e Atlético marcaram um amistoso no Barro
Preto. Antes do início da partida, uma chuva forte deixou o campo alagado e
impraticável para o futebol. Por causa do grande público que compareceu ao
estádio, os clubes decidiram fazer um jogo de 55 minutos de duração.
Estranhamente, o árbitro José Pedro
Rizzo (ex-jogador do Cruzeiro) anulou um gol marcado por Carlos Alberto
(Cruzeiro) e Lola (Atlético), alegando que as poças d’água haviam atrapalhado
os goleiros. No dia seguinte, os dirigentes de ambos os clubes admitiram,
publicamente, que orientaram o árbitro a anular gols de qualquer natureza.
Em março de 1935, o atacante Niginho que havia sido convocado pelo exército italiano
para a guerra na abissínia, foge para o Brasil. Vários dirigentes de clubes
cariocas estiveram presentes no desembarque do jogador no Rio
de Janeiro, mas Niginho recusou todas as propostas e optou em voltar ao Cruzeiro
justificando que ele era uma extensão do clube.
Em 31
de março de 1935 o Cruzeiro estreou no Campeonato da Cidade contra o Retiro, de Nova
Lima, no Barro Preto. O jogo teve a presença de dois árbitros em campo: Dunorte
André e Edgar Pernambuco. Cada um era responsável por uma metade do campo. A experiência
da Federação Mineira foi extinta no returno do Campeonato.
Jogadores e dirigentes do
Cruzeiro foram vítimas de um massacre no estádio da Praia do Ó, em Sabará, em 2 de junho de 1935, numa partida pelo Campeonato da Cidade. Na
metade do segundo tempo, quando o time sabarense vencia por 7 a 3, torcedores
invadiram o campo dando início a uma série de agressões aos atletas
cruzeirenses. Após vários minutos de interrupção, o jogo recomeçou e o Cruzeiro
ainda diminuiu o placar marcando mais dois gols. Durante a semana, as relações
com o Siderúrgica foram rompidas. O saldo foi de mais de 20 feridos, entre
jogadores, comissão técnica e torcedores.
Em maio de 1936 o Cruzeiro inaugura a sua quadra de basquete. Em 28 de outubro de 1936 o Cruzeiro decide desfiliar-se da Federação Mineira sob a alegação de que estava sendo perseguido
pelos poderes da entidade. Consequentemente, abandona o Campeonato da Cidade
que ainda estava em andamento.
No dia 9 de novembro, Cruzeiro Esporte Clube e América (que também havia
abandonado o Campeonato e se desfiliado da Federação Mineira) decidem retornar
a Confederação
Brasileira do Desporto - CBD e abandonam a Federação Brasileira de Futebol.
Com o retorno do Cruzeiro à
CBD, que era reconhecida pela FIFA, o atacante Niginho foi convocado para a Seleção Brasileira de Futebol para a disputa do Campeonato Sul-americano, na Argentina, em dezembro de 1936. O Brasil estreou no Campeonato Sul-americano com uma vitória por 3 a 2
sobre o Peru, no estádio La
Bombonera, em Buenos
Aires, em 17 de dezembro de 1936. O atacante Niginho, do Cruzeiro, tornou-se o primeiro jogador de um
clube mineiro a jogar e a marcar um gol pela Seleção Brasileira.
O departamento de basquete é reorganizado em 1938. Um grupo de sócios, dirigentes e atletas formam a ala renovadora em 30
de setembro de 1939. A proposta principal do grupo era nacionalizar o clube e alterar o
nome Palestra Itália e as cores
da bandeira italiana no uniforme por símbolos brasileiros.
Palestra Itália torna-se Cruzeiro
A má fase Palestrina só
teve fim no ano de 1940, quando o time voltou a conquistar o título mineiro. Após muita
confusão durante a competição, o time decidiu o campeonato com o Atlético, já
em 41, numa melhor de três. O Palestra venceu a primeira partida por 3 x 1, e o
Atlético deu o troco, fazendo 2 x 1 no segundo jogo. No terceiro e último duelo,
Nibinho e Alcides fizeram os
gols que garantiram a vitória por 2 x 0 e o título do Campeonato. Esta seria a
última partida do time com o nome de Sociedade Esportiva Palestra Itália.
Em janeiro de 1941, toma
posse o presidente Ennes Ciro Poni, que era um dos integrantes da Ala
Renovadora. Ele inicia o processo de reorganização e nacionalização do clube.
Com a Segunda Guerra Mundial, em 1941, o Governo Brasileiro declarou
guerra aos países do Eixo (Alemanha, Japão e Itália). O Estádio do clube sofreu ameaça
de ser incendiado, salvando-se graças à intervenção da Polícia Militar. Em 30
de janeiro de 1942,neste dia então o Palestra Itália passou a se chamar
Palestra Mineiro, a situação ficou insustentável, e o Palestra teve o mesmo
destino do seu homônimo paulista: foi obrigado a mudar de nome, pois o governo
federal decretou uma lei proibindo o uso de termos que fizessem referência a
algum dos países do Eixo. A ideia
de se transformar o clube numa entidade totalmente brasileira só foi
concretizada em 29 de setembro de 1942, quando numa no dia 2 de outubro de 1942, o presidente Ennes Ciro Poni
convocou uma assembleia geral reunindo a diretoria, foi aprovada uma nova
mudança no nome do clube que passou a se chamar Ypiranga.
Entre os dias 3 e 7 de
outubro de 1942 os jornais da cidade passaram a se referir ao clube como Ypiranga, porque pensavam que o nome
sugerido pelo presidente Ennes Ciro Poni é o que seria aprovado na assembleia.
Na assembleia geral, em 7 de
outubro de 1942, os conselheiros e sócios mantiveram o regime profissional e aprovaram
a sugestão de se alterar o nome e as cores do clube. Foram sugeridos nomes como
Yale e Ypiranga, mas Cruzeiro Esporte Clube acabou
sendo escolhido em homenagem ao símbolo maior da pátria brasileira, a
constelação do Cruzeiro do Sul. O
uniforme passou a ser azul, em homenagem a cor oficial da residência da realeza
italiana, a Casa de Saboia. Assim,
o clube passou a ostentar os símbolos das duas pátrias e que, inclusive, eram
presentes nos uniformes das seleções esportivas de ambos os países. No entanto,
o clube continuou jogando com o nome e o uniforme do Palestra Mineiro até 1943.
Em 17
de dezembro de 1942 Mário Grosso foi eleito pelo Conselho para presidente do Cruzeiro (era
o primeiro desde o surgimento do novo nome). O primeiro jogo da equipe com o
nome Cruzeiro aconteceu no
final de 1942, diante do América. O
nome deu sorte, e o Cruzeiro venceu por 1 x 0, gol de Ismael.
O Cruzeiro sagrou-se o
primeiro campeão da categoria júnior de Minas
Gerais. Após golear o Sete de Setembro por 5 a 1, na última rodada, em 5 de dezembro de 1943, o time estrelado levantou o primeiro caneco da categoria. O time
revelou o zagueiro Duque e o atacante Alvinho. Com a goleada por 5 a 1 sobre o
Siderúrgica, no estádio da Praia do Ó, em Sabará, em 19 de dezembro de 1943, o Cruzeiro confirmou o título de campeão da cidade. A torcida
cruzeirense alugou um trem especial para a cidade vizinha sendo chamado de
"Trem da vitória". Em
10 de setembro de 1944, o Cruzeiro sagrou-se bicampeão da categoria júnior ao derrotar o
Siderúrgica na última rodada.
O Cruzeiro venceu o
Siderúrgica por 2 a 1, no estádio da Alameda, em 21 de janeiro de 1945, e
conquistou o bicampeonato da cidade de 1943-1944 com uma rodada de antecipação.
O time juvenil de basquete
sagrou-se campeão metropolitano de 1944
Em 1945, o cartunista Mangabeira (Fernando Pieruccetti), do jornal Folha de Minas, criou as mascotes dos
clubes que disputavam o campeonato da cidade. Ele escolheu uma Raposa' para
representar o Cruzeiro, devido a astúcia do clube em descobrir jovens talentos
do nosso futebol antes dos rivais.
MUSEU DO CRUZEIRO
Reinaguração do Estádio
Apesar da estreia do nome
Cruzeiro ter sido no final de 1942, foi só em 1943 que o time passou a usar o novo uniforme: camisas
azuis, com golas brancas, calções brancos e meias em azul e branco. O símbolo
agora era a Constelação do [[[Cruzeiro do Sul]]. A estreia deu-se num amistoso
diante do São Cristóvão, do Rio
de Janeiro. Além dos novos atletas, continuavam no elenco grandes jogadores, como
Alcides e Geraldo II. O novo time era melhor que o anterior e conquistou o
título do Campeonato Mineiro de 43, o primeiro da Era Cruzeiro. Ninguém
retratava melhor estas dificuldades e a determinação dos cruzeirenses
(ex-palestrinos) do que um brasileiro chamado Geraldo Domingos e, para nós
cruzeirenses, imortalizado como Geraldo II.
Ele, como pedreiro,
trabalhara, muitas vezes de graça, construindo com suas próprias mãos e suor,
no Barro Preto, o Estádio JK. No campeonato de 1944 Geraldo II nos brindaria
com sua maior apresentação, o Cruzeiro vinha em segundo no campeonato e
revolucionara o futebol regional com um esquema onde todos ajudavam na
marcação.
O simpático Siderúrgica de
Sabará era uma das potências do Estado à época e naquela partida decisiva do
campeonato viera com tudo buscando superar o Cruzeiro e seguir rumo ao título.
Jogo começara e logo a Siderúrgica veio para cima e logo no primeiro ataque
contra o gol de Geraldo II, o "Esquadrão de Ferro" balançou as redes
do Cruzeiro, foi um bombardeio à meta do Geraldo II, 34 defesas durante a
partida, número que impressiona. O time bairro preto conseguiu, heroicamente,
virar aquele jogo. Depois, aos 39 minutos do segundo tempo, Niginho recebeu
passe de Ismael e com um toque de craque colocou a bola no canto esquerdo do
gol de Princesinha revertendo o placar.
Em 1 de
julho de 1945, o Cruzeiro estreia seu novo estádio. O gramado também sofreu
alterações, com a implantação do novo sistema de drenagem. O jogo de inauguração
do estádio Juscelino Kubitschek, nome dado em homenagem ao então prefeito de
Belo Horizonte, foi contra o Botafogo: empate em 1 x 1, com gols de Niginho
para o Cruzeiro e Heleno de Freitas para o alvinegro.
No dia 21
de novembro do mesmo ano, foram inaugurados os
refletores do estádio. O Cruzeiro recebeu o América-RJ e não foi exatamente um
bom anfitrião, goleando os cariocas por 4 x 0, com 3 gols de Braguinha e um de
Niginho.Seu portão de entrada,ainda continua igual na entrada da sede Urbana do
Cruzeiro Esporte Clube.
Em 3 de janeiro de 1946 o
Cruzeiro empatou em 2 a 2, com o Libertad, do Paraguai, no Barro Preto. Foi o
primeiro jogo do clube contra uma equipe do exterior. Os paraguaios vinham
invictos de uma excursão a São Paulo.
Por iniciativa do diretor
José Fialho Pacheco, o clube passou a alugar um trem para os torcedores
acompanhar os jogos do time pelo interior no Campeonato da Cidade. O "Trem
da Vitória", como passou a ser chamado, duraria até o início dos anos 1960
e a sua estreia foi na partida contra o Siderúrgica, em 24 de março de 1946, no
estádio da Praia do Ó, em Sabará.
Crise financeira
A partir de meados da
década de 1940, após os títulos de 1943, 1944 e 1945, o Cruzeiro entrou numa grave crise financeira, mergulhado num mar de
lama. O difícil para esses jovens era como atuar muito perto da direção do
clube. A solução encontrada, que parecia poder ajudar o Cruzeiro a sair do
fundo do poço, era a prática de esportes especializados.
Em 1955 o Conselho levou a
pauta da assembleia geral a retirada do clube do futebol e a extinção do
esporte no clube, estando registrado no edital de convocação.
Mas, apesar do
fortalecimento de outros esportes, é claro que o futebol do Cruzeiro continuou
na ativa, participando dos campeonatos estaduais, porém sem grandes conquistas.
O destaque do time dessa vez não estava no ataque, mas no gol: era o experiente
goleiro Geraldo II.
Sede Social
Depois do sucesso do
chamado esporte especializado do Cruzeiro, o pessoal do futebol passou a dar importância
à Ala Jovem, permitindo que seus membros entrassem para o Conselho Deliberativo
do clube. Em meio à crise financeira, a presidência cruzeirense ficou vaga, com
a saída de José Greco. A Ala Jovem,
atuando dentro do clube, dava início ao projeto de construção de uma Sede Social para o Cruzeiro, com a
ajuda novamente da Loteria do Estado, que havia liberado verba para a
construção do prédio. No final de 1954, a construção da Sede Social do Barro
Preto foi finalizada, já no mandato de Eduardo Bambirra (terceiro presidente
do clube em 1954). Confirmando os planos da Ala Jovem, a Sede
Social veio como uma salvação para o clube. No final das contas, o
Cruzeiro] acabou reconquistando o título de campeão mineiro, que não obtinha
desde 1945. Mas tudo acabou, no final, em pizza. Apesar de ter sido declarado
campeão de 1956 pela justiça, em 1958 o Cruzeiro aceitou dividir o título com o ainda inconformado Atlético.
Duas fações passaram a
disputar o poder no Cruzeiro, no final da década
de 1950. Uma corrente era a do Barro Preto, formada por pessoas ligadas ao
esporte especializado. A outra era dos chamados oriundi, onde sobressaíam Antonino Pontes, Hélio Volpini,
Carmine Furletti e Felício Brandi, homens ligados ao futebol do clube. O time
foi reformulado, recebendo jogadores vindos do interior e da várzea, casos dos
zagueiros Procópio e Massinha, do meia-direita Nelsinho e do atacante Gradim,
entre outros. O Cruzeiro conquistou o título de 1959. Em 1960, estreando um novo uniforme, com pequenas modificações, o Cruzeiro
conquistou o bicampeonato.
Era Felício Brandi
Em 1961 Felício Brandi assume a presidência do clube, em substituição de
Antonino Pontes. O time, até então conhecido nacionalmente, passaria a se
notabilizar no cenário internacional. Já no primeiro ano no comando do clube, o
presidente viu seus atletas conquistarem mais um tricampeonato para a história
cruzeirense. A construção da sede
Campestre foi feita com a venda de cotas que garantiram o início das
obras. A inauguração ocorreu em 1961. O clube havia ganho um terreno da Prefeitura no final dos anos 40 e
ainda não construíra nada no local. Em 1961, a primeira parte da Sede Campestre ficou pronta, já com 4000
associados.
Em 1964 começou a ser formado o maior time do Cruzeiro de todos os tempos, que
mais tarde viria a conquistar diversos títulos importantes. O sonho do
presidente Felício Brandi era o de transformar o Cruzeiro em uma equipe tão
forte e competitiva quanto o Santos de Pelé. Naquele ano de 64, chegaram ao Cruzeiro o zagueiro William e o meia
Hilton Chaves, que pertenciam ao América, e o jovem Wilson
Piazza, do Renascença. O técnico Marão foi responsável pela descoberta de
muitos craques, mas foi substituído por Aírton Moreira, depois que o seu time
fracassou no Estadual daquele ano. Aírton foi testando os jogadores e montando
a fabulosa equipe que pouco tempo depois escreveria as mais belas páginas do
Cruzeiro no mundo do futebol brasileiro e internacional.
Era Mineirão
A partir de meados da década
de 60, mais precisamente 1965, o Cruzeiro começa a surgir no cenário nacional e internacional como
uma grande potência. A história do clube pode ser dividida entre antes e depois
daquele ano. O curioso é que essa data permite também a divisão da história do
futebol mineiro, pois também em 1965 é inaugurado o estádio José de Magalhães
Pinto, o Mineirão. O Campeonato Mineiro de 1965 teve início no mês de julho, dois meses antes da inauguração do
Mineirão. Até então, o Cruzeiro não havia engrenado e fazia uma campanha
irregular no certame. Depois da inauguração, tudo mudou. Como que inspirado no
novo estádio, o time se transformou, passando a desfilar um futebol empolgante.
A diretoria cruzeirense, trabalhando em sintonia com o time campeão de 1965,
investiu ainda mais para a temporada de 66, fortalecendo a equipe. Trouxe o
zagueiro Cláudio, que atuava no Grêmio, o atacante Evaldo, jogador do
Fluminense, e o goleiro Raul, até então um mero reserva do São Paulo. Raul foi
para o Cruzeiro graças à negociação do colega Fábio, que saíra transferido para
Tricolor paulista. O presidente Felício Brandi recebeu
informações sobre o goleiro reserva do Morumbi e, por meio de uma ligação para
Vicente Feola, responsável pelo futebol do São Paulo, acertou a contratação do
jovem goleiro. Primeiro veio a conquista do bicampeonato mineiro. O Cruzeiro
sobrou no estadual, conquistando o título com duas rodadas de antecedência. O
clube fez uma ótima campanha na Taça Brasil até chegar às finais, quando
enfrentaria o temível Santos. Na primeira partida, o Cruzeiro arrasou os
paulistas, fazendo um surpreendente 6
x 2 no Mineirão. O primeiro passo já havia sido dado, mas havia ainda o
jogo em São Paulo. Os garotos cruzeirenses precisavam arrancar ao menos um
empate na Terra da Garoa para ficar com a Taça.Todos acreditavam que a derrota
humilhante do último jogo seria devolvida. A confiança era tanta que no
intervalo da partida, dirigentes paulistas procuraram o presidente do Cruzeiro
para marcar a terceira partida para o Maracanã. O técnico Aírton Moreira utilizou a atitude prepotente dos paulistas
como estímulo aos seus jogadores. Após perder o primeiro tempo por 2 x 0, o
Cruzeiro se recuperou na segunda etapa. Os gols dos mineiros foram marcados por
Tostão, Dirceu
Lopes e Natal, enquanto Pelé e Toninho fizeram para o time da casa. A
conquista foi de tamanha repercussão que, no ano seguinte, o Torneio Rio-São
Paulo teve que abrigar clubes de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, criando o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o "Robertão", embrião do atual Campeonato Brasileiro. Ainda
em 1967, devido à Taça Libertadores da América, o Cruzeiro disputa sua primeira partida oficial no exterior, contra o
Deportivo Galicia, da Venezuela, em Caracas, vencendo por 1 a 0.
Nesse período, surgem os
primeiros grandes ídolos do clube: Tostão, Dirceu
Lopes, Wilson Piazza e Raul
Plassmann. Em 1966, Tostão foi o primeiro jogador de um clube mineiro a disputar uma Copa
do Mundo. Em 1970, quatro jogadores conquistam o Tri pela Seleção: Tostão, Piazza,
Fontana e Brito (ex-Vasco da Gama). O Campeonato Mineiro de 1967 foi um dos mais disputados da década, com o Atlético chegando a abrir
cinco pontos na frente da Raposa, que se recuperou no final e conseguiu
terminar a primeira fase empatada com o seu grande rival. A decisão do Estadual
aconteceu no início de 1968 e colocou frente a frente os dois mais tradicionais times do Estado.
Pela primeira vez, Atlético e Cruzeiro faziam uma final no Mineirão. O time de
Tostão, Dirceu Lopes e companhia voltava a fazer o Cruzeiro tricampeão Mineiro.
Taça Brasil de 1966
Após 22 partidas pelo
Campeonato Mineiro de 1965 e 6 pela Taça Brasil 1966, em 30 de novembro de
1966, o Cruzeiro começava a escrever contra o Santos uma das páginas mais
importantes de sua história, seu primeiro título nacional. É bem verdade que ao
se tornar o primeiro campeão brasileiro em março de 1960, no Maracanã, o Bahia
já havia iniciado a demolição da velha ordem. Mas foi com a vitória do Cruzeiro
sobre o Santos que o Eixo teve de se
curvar, colocar ponto final em seu torneio Rio-São Paulo e, humildemente,
passar a disputar títulos nacionais contra o resto do país.
Vencedor de 11 dos 15
campeonatos paulistas disputados entre 56 e 69, 5 vezes campeão brasileiro nos
Anos 60 (61, 62, 63, 64 e 65), bicampeão sul-americano e mundial em 62 e 63, o Santos foi o maior time do mundo
entre o final dos Anos 50 e o final dos 60. Quase todos os santistas que
atuaram naquelas duas partidas finais da Taça
Brasil, eram de Seleção Brasileira: Gilmar, Mauro Ramos, Zito e Pepe foram bicampeões em 1958 e 1962. Pelé, tricampeão, em 1958, 1962 e 1970. Carlos Alberto Torres, campeão
em 1970. Havia ainda Toninho
Guerreiro, artilheiro da competição (ele e Bita, do Náutico, com 10 gols), pentacampeão paulista, entre 67 e 71.
1° Jogo - Em Minas Gerais
1° Tempo
A história do 1º tempo só
pode ser contada por meio dos fantásticos cinco gols da Academia Celeste. No 1
minuto, Evaldo recebeu passe de Tostão no meio de campo e percebeu Dirceu
correndo em direção ao gol. O lançamento saiu preciso. Quando o meia se
preparava para concluir, o lateral-esquerdo Zé Carlos, tentando desarmá-lo,
marcou contra: 1 x 0. Aos 5, Dirceu recebeu de Evaldo e serviu a Natal. O
ponteiro driblou Zé Carlos e chutou forte: 2 x 0. Aos 20, Oberdan saiu jogando,
perdeu a bola para Dirceu, levou dois dribles e saiu de cena. Com a visão
desimpedida, o Dez de Ouros chutou violentamente de fora da área: 3 x 0. O
terceiro coube a Dirceu Lopes. Aos 41, Dirceu driblou Mauro dentro da área e
foi derrubado por Oberdan. Pênalti. Tostão fez inacreditáveis 5 x 0.
Intervalo - A Fúria do Rei
No final do 1º tempo, a
caminho do vestiário, Pelé ouve o couro provocador da torcida mineira: “Cadê Pelé? Cadê Pelé?”. O
Rei acenou para a torcida com a mão espalmada. Cinco gols? Não, cinco vezes
campeão brasileiro, ele explicou. A verdade, contudo, é que, naquela noite,
marcado individualmente por Piazza, Pelé não viu a cor da bola.
2° Tempo
O Cruzeiro voltou relaxado
pensando em barganhar o jogo: tocaria a bola e o adversário se contentaria em
evitar mais gols. Mas, ao invés de aceitar o fato consumado da derrota, o Santos foi à luta pensando em
remontar o placar. Aos 6 e aos 10, Toninho Guerreiro marcou: 5 x 2. A torcida
assustou-se. Pelé tinha fama de, quando provocado, superar-se e virar
resultados tidos como definitivos. Mas Tostão, Dirceu e Piazza retomaram o controle
do jogo. E a pá de cal sobre o pentacampeão brasileiro foi atirada aos 27
minutos. Evaldo recebeu passe de Tostão, driblou Oberdan e chutou forte, Gilmar
deu rebote. Dirceu apareceu do nada para tocar para as redes: 6 x 2. Daí em
diante, os times limitaram-se a exibir sua técnica refinada sob aplausos
ininterruptos da torcida.
2° Jogo - Em São Paulo'
Chuva forte, campo
enlameado, poças d’água por todos os lados. Com amplo domínio do jogo, o Santos abriu o placar aos 23.
Pelé driblou William e chutou no canto: 1 x 0. Aos 25, após receber passe de
Pelé, Toninho invadiu a área e deslocou Raul: 2 x 0. Piazza recuou e voltou a
colar em Pelé. O Cruzeiro respirou, começou a tocar a bola. O Santos arrefeceu um pouco seu
poder ofensivo. Após descansar um pouco, voltou a atacar furiosamente nos
últimos 5 minutos. Aos 40, Pelé passou por Piazza e lançou Toninho entre
Procópio e William. Raul saiu do gol e defendeu nos pés do centroavante. Um
minuto depois, Toninho acertou a trave. Aos 44, Pelé ficou cara-a-cara com
Raul. O goleiro fez milagre. Ficou no 2 x 0.
Intervalo
Aírton Moreira, que na
chegada a São Paulo, recebera apoio dos irmãos mais famosos, Aymoré e Zezé,
estava perplexo. “Tá tão ruim que nem eu sei como consertar. Façam o que vocês
acharem melhor”, recomendou aos jogadores. Para piorar, num gesto de
provocação, Mendonça Falcão, presidente da Federação Paulista de Futebol e
Athiê Jorge Cury, presidente do Santos, procuraram Felício Brandi
para acertar data e local do terceiro jogo. Foram enxotados, aos berros, do
vestiário.
2° Tempo - A demolição do
pentacampeão brasileiro
Já no início Piazza
procurou parar Pelé. E sem a companhia do melhor do mundo, Toninho virou presa
fácil para os compadres William e Procópio. Dirceu e Tostão começaram a cair
pelos lados do campo. Sem o fôlego dos garotos celestes, Zito e Mengálvio se
perderam na marcação. Sob pressão, a defesa santista começou a falhar. Aos 12,
Hilton serviu Evaldo que foi derrubado na área por Oberdan. Pênalti. Tostão
bateu mal. Cláudio defendeu. A torcida santista se assanhou à toa. Apesar do
gol perdido, o Cruzeiro continuava controlando o jogo. Aos 18, Lima derrubou
Natal na lateral da área. Falta para cruzamento. Mas Tostão bateu direto. De
curva: 1 x 2. A partir daí, o Cruzeiro esqueceu-se de qualquer cuidado
defensivo e dedicou-se a atacar. Dirceu exibiu seu repertório de gingas e
dribles. Aos 28, tirou Joel de sua frente com um drible de corpo e fuzilou
Cláudio: 2 x 2. Aos 44 pelo lado esquerdo Tostão passou por Lima e Zé Carlos e
cruzou para trás. Chegando na corrida, Natal apenas cumprimentou Cláudio: 3 x
2.
Enlameado, Piazza levantou a Taça
Brasil, o troféu mais importante da história do futebol mineiro até então.
Torcida “China Azul”
Com a conquista da Taça
Brasil de 1966 e do pentacampeonato mineiro de 1965 a 1969, o clube passou a ter a maior torcida do estado. Era tão visível o
aumento progressivo da torcida cruzeirense que o então escritor Roberto
Drummond, que era atleticano, comparou o aumento ao índice demográfico anual da
China, que é o país mais populoso do mundo, fazendo com que a crônica esportiva
mineira passasse a se referir à massa cruzeirense como a “China Azul”.
E, após o título da Taça
Libertadores de 1976, a paixão pelo Cruzeiro ultrapassou as fronteiras de Minas
Gerais e o time comandado por nomes como Raul, Nelinho, Palhinha, Joãozinho e
Zé Carlos passou a ser um dos clubes mais respeitados do futebol mundial.
O time dos sonhos
A década de 1970 começou
com o Cruzeiro perdendo a hegemonia no Estado. Depois da conquista do
pentacampeonato de 1965
a 1969, o time foi superado nos
campeonatos de 1970 e 1971. Mesmo assim, a equipe não perdeu a sua força, pois contava agora com
com a habilidade de Palhinha, Nelinho, Joãozinho, Roberto Batata e um
reforço argentino, considerado um dos melhores zagueiros do mundo: Roberto
Perfumo. O Cruzeiro recuperou seu prestígio em Minas Gerais, vencendo a maior
competição do Estado novamente em 1972, 1973 e 1974, mais um tricampeonato.
Enquanto a equipe
cruzeirense conquistava os títulos estaduais, a diretoria tratava de
engrandecer ainda mais o clube. A intenção do presidente Felício Brandi de
fazer do time um dos melhores do país já era realidade, mas nem por isso se
dava por satisfeito. No dia 3 de fevereiro de 1973, foi inaugurada a Toca da Raposa, o mais completo e moderno centro de
treinamentos do Brasil. Com a inauguração da Toca, o Cruzeiro foi o primeiro
clube mineiro a organizar um departamento médico especializado para dar
assistência aos jogadores de futebol. O tetracampeonato Mineiro em 1975, quando
a equipe jogou parte da competição com o Expressinho da Vitória, um time misto,
viria novamente dar alegria aos torcedores azuis.
O vicecampeonato no
Brasileiro de 1975 rendeu ao Cruzeiro mais uma participação na Copa Libertadores da América, no ano seguinte. Pela terceira vez, a equipe mineira chegava ao mais
tradicional torneio das Américas. Com uma campanha impecável, o Cruzeiro
atropelou seus adversários e chegou à decisão contra o River
Plate, da Argentina. O Cruzeiro sagrou-se campeão, proporcionando à torcida a maior alegria
desde a fundação do clube, nos longínquos anos 20. O título da Libertadores,
dedicado ao atacante Roberto
Batata, veio coroar o trabalho do presidente Felicio Brandi, que fez do
Cruzeiro um celeiro de craques desde a década de 60.
Passada a alegria do título
da Libertadores, era hora de pensar na disputa do título mundial. O Cruzeiro
enfrentou o alemão Bayern Munique. A
primeira partida foi na Alemanha, em pleno inverno, e os mineiros acabaram não resistindo ao jogo dos
europeus. O Bayern, de Beckenbauer, Müller,Rummenigge e Mayer, foi superior e fez 2 x 0. No jogo de volta, realizado no Mineirão para
quase 115000 pessoas, o Cruzeiro pressionou sem conseguir vencer o goleiro Seep
Mayer, o maior do mundo na época. O placar de 0 x 0 deu o título aos alemães, e
a tristeza tomou conta da frustrada torcida.
Em 1977, o Cruzeiro teve que se contentar com o título mineiro. O Atlético era
dono de um elenco forte, e as dificuldades aumentaram com o desânimo pela
eliminação na Libertadores. A força atleticana foi comprovada na primeira
partida, com o placar de 1 x 0, mas o Cruzeiro não se entregou e buscou a
recuperação no segundo jogo. Venceu por 3 x 2, de virada, com três gols do
atacante Revetria. No terceiro e decisivo
duelo, a Raposa provou que não estava morta e fez 3 x 1, na prorrogação.
A grande máquina do
Cruzeiro chegou ao fim no crepúsculo dos anos
70 e início da década
de 80. Os jogadores foram se debandando. Palhinha, Jairzinho e o treinador
Zezé Moreira já haviam saído depois da conquista do Mineiro de 1977. Raul foi vendido ao Flamengo, mesmo ano que o Guarani levou Zé Carlos. No início de 1980 só restavam no time Joãozinho e Palhinha, que retornara do futebol paulista. Neste momento, o Cruzeiro era
reconhecido como uma potência mundial. O ano de 1984 foi também aquele em que a
família Masci assumiu o comando do clube, com a posse de Benito Masci, em substituição a
Carmine Furletti. As estrelas das décadas de 60 e 70 davam lugar a um time
mediano, com poucos destaques. Em 1987, com uma equipe formada basicamente nas divisões de base, com
contratações de pouco impacto, o Cruzeiro venceu o Atlético nas finais. Após
empate de 0 x 0 no primeiro jogo, uma vitória celeste por 2 x 0 na segunda
partida selou a decisão. O destaque do time foi o ataque, formado por Róbson,
Careca e Édson. No meio de campo, Douglas e Ademir ditavam o ritmo. Na final, o
time bateu o Atlético por 1 x 0, gol de Careca.
O Bicampeonato da Supercopa
A Supercopa libertadores foi a
melhor das competições organizadas pela Confederação Sulamericana, além
da Copa Libertadores da América e que deixou muitas saudades entre os torcedores argentinos, uruguaios e
brasileiros. O torneio reuniu entre 1988 e 1997 os campeões da Libertadores.A edição de 1991 foi a quarta da Supercopa e contou com um novo participante, o Colo
Colo, do Chile, que havia conquistado a Libertadores
no mesmo ano e que acabou sendo o primeiro adversário do Cruzeiro. A Supercopa libertadores começou
no mês de outubro e o Cruzeiro buscava se reabilitar na temporada.O time
campeão estadual no ano anterior foi reforçado para a temporada de 1991, com as chegadas de Charles e Nonato. Apesar de perder a disputa regional para o arquirrival. A confiança e
o bom futebol foram resgatados com as contratações do treinador Enio Andrade
e do ponteiro direito, Mário
Tilico, que havia sido o herói do São
Paulo, na conquista do título brasileiro, ao marcar o gol tricolor na decisão
contra o Bragantino.
A diretoria cruzeirense
promoveu o jogo da estreia, no Mineirão, em 2 de outubro, espalhando outdoors na capital convocando a torcida
para o desafio contra o campeão da Libertadores e até os ingressos foram
personalizados com os escudos dos dois times, o que não era comum naquela
época. Mais de 60 mil cruzeirenses responderam ao desafio e encheram o Mineirão. O Cruzeiro dominou toda a partida, mas não conseguiu traduzir a
superioridade em gols e o placar não saiu do zero.Após o jogo, o presidente César Masci reclamou
do árbitro Juan Carlos Crespi por ter anulado um gol do zagueiro Adilson,
enquanto o técnico do Colo
Colo, Mirko Jozic, protestou contra os coros de baixo calão da torcida do
Cruzeiro.
No jogo da volta em Santiago, em 9 de outubro, as equipes fizeram um jogo aberto e com lances de
gols para cada lado, mas novamente terminou empatada sem gols. Os torcedores do
Colo
Colo sequer imaginavam que aquela seria a primeira de uma série de
eliminações que o Cruzeiro iria impor ao time chileno nas competições
sul-americanas. O Nacional de Montevidéu, que
havia eliminado o Boca
Juniors, na fase de oitavas de final, foi o adversário do Cruzeiro nas quartas
de final.Com a eliminação do Grêmio pelo River
Plate nas oitavas de final, restaram apenas o Cruzeiro, o Santos e o Flamengo como representantes brasileiros na disputa.
O primeiro contra os
uruguaios jogo foi no dia 16 de outubro, no Mineirão, e a dupla de ataque Charles e Mário Tilico, brindou os 60 mil
cruzeirenses presentes com uma exibição antológica.O Cruzeiro imprimiu um ritmo
forte no início do jogo e abriu uma vantagem de 2 a 0, no primeiro tempo.
Charles marcou duas vezes. Aos 7 minutos, o goleiro Seré rebateu uma cobrança
de falta e o camisa 9 não perdoou. Aos 20 aproveitou um passe de Tilico, após
uma avançada rápida pela ponta direita.O time uruguaio passou a cadenciar o
jogo e a valorizar a posse de bola, pois acreditavam que poderiam reverter a
vantagem em Montevidéu, mas aos 35 minutos do segundo tempo, o meia Boiadeiro driblou um marcador e da intermediária mandou um bola indefensável no
ângulo esquerdo. Nos minutos finais, em outra arrancada de Tilico pela ponta
direita, Charles aproveitou o cruzamento para a área e fechou a goleada de 4 a
0. A dupla saiu consagrada do Mineirão. “Foi fácil entrosar com o Tilico. Ele era velocista, do jeito que a
torcida gostava, e tanto naquela partida, com em toda a campanha, nossa
sintonia foi muito boa”, recordou o centro-avante Charles, que atualmente é o secretario de esportes da prefeitura de Itapetinga. O Nacional abriu o placar, aos 26 minutos, com um gol do experiente
atacante Cabrera, mas só chegou ao segundo gol, graças a marcação de um pênalti
duvidoso, aos 29 do segundo tempo, que foi convertido por Venancio Ramos.A
conivência do trio de arbitragem paraguaio com o anti-futebol e a violência dos
jogadores do Nacional transformou a partida, aparentemente fácil, num
verdadeiro drama para o time cruzeirense. Os bandeirinhas fingiam não ver nada
e o árbitro mandava seguir a pelota”, recorda o ex-meia Luiz Fernando, que hoje
trabalha como auxiliar-técnico do Goiás.Aos 45 minutos o Nacional marcou o
terceiro gol com Nuñez e, inexplicavelmente, a arbitragem deu quatro minutos de
descontos, mas o Cruzeiro segurou o resultado e conquistou a
classificação.“Levamos socos e cotoveladas fora da disputa pela bola. Além da
qualidade dos times, que tinham jogadores das Seleções de seus países, a
arbitragem era sempre contra nós”, recorda o ex-atacante Mario Tilico, que
atualmente trabalha como técnico.
Após passar pela batalha de
Montevidéu, o adversário do Cruzeiro na semifinal foi o Olimpia, que havia eliminado o Independiente, da Argentina, nas quartas de final. Com as eliminações do Flamengo pelo River
Plate e do Santos para o Peñarol nas quartas de final, o Cruzeiro passou a ser o único representante do futebol brasileiro na disputa.
A primeira partida contra o
Olímpia foi disputada no Mineirão, no dia 31 de outubro e, mais uma vez, a torcida cruzeirense encheu o
Mineirão, para empurrar o time para a final. O ponta esquerda Marquinhos abriu
o placar, logo aos 10 minutos, numa tentativa de cruzar a bola para a área, que
acabou entrando no ângulo do gol defendido pelo goleiro Battaglia. No segundo
tempo, o treinador Aníbal Ruiz colocou em campo o astro Romerito, aquele que
foi campeão brasileiro de 1984, pelo Fluminense e que até hoje é considerado como um dos maiores ídolos da torcida
tricolor. Ele voltava ao futebol paraguaio, após duas temporadas no Barcelona Futebol Club, da Espanha. Os paraguaios equilibraram o jogo e, aos 25 minutos do segundo tempo,
Guirland empatou a partida.O jogo terminou com o placar de 1 a 1, muito
comemorado pelos jogadores do Olímpia. Já os cruzeirenses saíram de campo
lamentando as várias chances de gol desperdiçadas. Todos os jogadores eram
muito técnicos e jogávamos com a bola no chão, como é a tradição no Cruzeiro.
Era incrível como conseguíamos criar tantas chances de gol contra equipes de alto
nível técnico, como naquela partida contra o Olimpia e nas outra pela
Supercopa”, recorda o ex-atacante Charles.
O jogo da volta foi
disputado no estádio Defensores del Chaco, em
Assunção, no dia 6 de novembro. Ênio Andrade surpreendeu ao escalar o volante
Andrade no lugar do atacante Marquinhos, mas mesmo assim o time manteve a
ofensividade. Com a expulsão do zagueiro Paulão, no segundo tempo, Ênio
surpreendeu de novo e trocou o meia Luiz Fernando pelo veloz atacante Paulinho,
para puxar os contra-ataques.A partida teve lances de gol de lado a lado, mas o
placar não saiu do zero e o Cruzeiro, novamente, decidiu a vaga na disputa de
tiros livres. Guirlan desperdiçou a primeira cobrança do Olímpia, enquanto o
Cruzeiro aproveitou todas e venceu por 5 a 3.
Assim como aconteceria com
o Colo
Colo, esta também foi a primeira de uma série de eliminações que o Cruzeiro
iria impor ao Olimpia nas competições sul-americanas e foi na imprensa
paraguaia que o time estrelado ganhou a referência de “La Bestia Negra”.
A decisão da Supercopa foi
contra o River
Plate, que vinha sendo o algoz dos times brasileiros, ao eliminar o Grêmio
nas oitavas e o Flamengo nas quartas. Os argentinos chegaram a final após
passarem pelo Peñarol, na semifinal.O primeiro jogo da final foi em Buenos
Aires, no dia 13 de novembro, e o River conquistou um placar de 2 a 0, com um
gol de pênalti do zagueiro Rivarola, aos 31 minutos e outro de cabeça do
lateral esquerdo Higuaín, aos 45 minutos. Um resultado confortável que poderia
ser facilmente mantido para o segundo jogo. “Vai ser difícil, embora temos
demonstrado que nos damos muito bem neste tipo de decisão”, previa o atacante
Ramon Medina Bello, na saída de campo, após a vitória por 2 a 0. No jogo da
volta, em Belo Horizonte, o time
de Ênio Andrade precisava devolver a vitória por dois gols de diferença para
levar a decisão para os pênaltis.O otimismo da torcida e do plantel “milionário”
(como são chamados torcedores e jogadores do River
Plate) se justificava pelas campanhas na Supercopa e no Torneio Apertura do
Campeonato Argentino, que havia conquistado com quatro rodadas de antecedência.
“O Ênio Andrade foi fundamental na preparação da equipe para o segundo jogo.
Ele nos convenceu de que era possível reverter o resultado e passou muita
confiança para a gente”, recorda o ex-atacante Charles.O que ninguém poderia
imaginar é que o Cruzeiro aplicaria um dos maiores bailes sobre o River Plate.
O time imprimiu um ritmo alucinante do primeiro ao último minuto de jogo e com
um toque de bola envolvente, transformou o onze milionário num mero
espectador.O volante Ademir abriu o placar aos 34 minutos, ao desviar de cabeça
uma cobrança de escanteio. Segundo uma estatística levantada pela revista El Grafico, da Argentina, o lance do
gol de Ademir foi a 13.ª das 18 chances de gol criadas pelo Cruzeiro, somente,
no primeiro tempo.O show de bola continuou na segunda etapa e, aos seis
minutos, Mario Tilico ampliou ao desviar para gol, um lançamento do meia
Macalé, que havia entrado na vaga de Luiz Fernando, que saiu machucado no
primeiro tempo. O gol do título foi aos 29 minutos, numa arrancada de Charles
que partiu com a bola, desde o meio de campo, e terminou com o toque final de
Tilico para as redes. “Acho que foi a única vez que fiz uma jogada como
aquela”, recorda o ex-atacante Charles.Ninguém acreditava que o Cruzeiro pudesse
reverter aquele resultado e a torcida do River não se conforma até hoje”,
recorda o ex-lateral esquerdo Sorin, que na ocasião jogava nas categorias de
base do River.
Aquele jogo é tratado na
Argentina como “la pesadilla del Mineirao (o pesadelo do Mineirão)”. O
Cruzeiro, com uma ótima campanha, chegou ao título da Supercopa dos Campeões da
Libertadores. A atuação de Charles impressionou o astro Maradona, que acompanhou as finais. No ano seguinte, o meia do Napoli, da
Itália, pagou 1,2 milhão dólares do próprio bolso pelo jogador e o cedeu ao Boca
Juniors. “Se não posso jogar no Boca, que jogue este fenômeno”, justificou o
ídolo argentino.“Aquele título representou uma nova era no Cruzeiro, que já
tinha um título Brasileiro e uma Libertadores, mas há muitos anos não
conquistava um título de expressão. Cresceu estruturalmente, formou times
fortes e ganhou títulos em sequência”, analisa o ex-camisa 10, Luiz Fernando.
Em 1992, contando com estrelas do futebol brasileiro, entre elas Renato
Gaúcho, Luizinho e Roberto Gaúcho, além do
treinador Jair Pereira,Agora o Cruzeiro vinha com tudo,para que o bicampeonato
viesse para Minas
Gerais. A torcida estava muito empolgada com o novo time e o recorde mundial
de média de público como mandante foi estabelecido pela China Azul na Supercopa
de 1992.
A primeira vítima celeste
foi o time colombiano Nacional de Medellín. A
partida, disputada em Medellín terminou com um empate de 1 a 1 e o Cruzeiro só
precisaria de uma vitória simples no Mineirão para seguir em frente na
competição. Mas ao invés de um vitória simples, o maior de Minas, com o apoio
de 70 mil torcedores que compareceram ao estádio em um jogo de primeira rodada
e no meio da semana venceu o time colombiano por 8 a 0. Só Renato
Gaúcho marcou 5 dos 8 gols cruzeirenses.
Na segunda partida, mais
uma vez o River
Plate cruzou o caminho do Cruzeiro. A primeira partida entre os dois times
foi disputada em Belo Horizonte e
terminou com um placar de 2 a 0 para o Cruzeiro. Os argentinos contaram com a
ajuda do árbitro nos noventa minutos disputados na Argentina e a etapa normal de jogo terminou com um placar de 2 a 0 a favor dos
argentinos, sendo que os 2 gols foram marcados de pênalti nos últimos cinco
minutos. Além disso, três jogadores do Cruzeiro tinham sido expulsos. A vaga
para seguir em frente na competição seria disputada nos pênaltis. Enquanto o River
Plate desperdiçou uma das suas cinco cobranças o Cruzeiro marcou os cinco
gols. O Cruzeiro venceu o River mais uma vez e seguiu para a semi-final.
A semi-final foi disputada
conta o Olímpia do Paraguai. A segunda partida disputada no Mineirão terminou com um
empate de 2 a 2 e o Cruzeiro se classificou mais uma vez para a final da
Supercopa.
Argentinos e revanche
novamente! Só que desta vez o sentimento de revanche era por parte dos
cruzeirenses, uma vez que a final do torneio foi disputada contra o Racing, que
ganhou a Supercopa da Libertadores de 1988 em cima do Cruzeiro. Como em todo o torneio a China Azul compareceu em peso no primeiro jogo da final, mais de
90 mil pessoas compareceram ao Gigante da Pampulha (Mineirão). Estes 90 mil apaixonados presenciaram um show azul do início ao fim.
Aos 31 minutos Roberto
Gaúcho chutou forte, contou com o desvio do zagueiro argentino Reinoso e marcou
o primeiro gol azulado para a alegria dos cruzeirenses. Festa total! Era o
primeiro gol rumo ao bi! O segundo gol saiu aos 12 minutos do segundo tempo
quando Renato Gaúcho cruzou a bola para Roberto
Gaúcho mandá-la de cabeça para dentro das redes! A alegria agora era maior, o
Cruzeiro tinha um pouco mais de 30 minutos para aumentar sua vantagem e logo
aos 25 minutos da etapa complementar o terceiro gol azul foi marcado por Luis
Fernando depois de uma bela jogado de Roberto
Gaúcho. Se os argentinos quisessem ser campeões teriam que ganhar por cinco
gols na Argentina, uma tarefa quase impossível. A segunda partida disputada em
Buenos Aires terminou com um placar de 1 a 0 a favor do Racing e o Cruzeiro
mais uma vez ganhou um torneio internacional! Com muita raça, amor e emoção o Guerreiro dos Gramados trouxe mais um
título para Minas
Gerais, a equipe estrelada conquistou o Campeonato Mineiro e o bi da
Supercopa. Na competição Sul-Americana, o Cruzeiro passou por Nacional de
Medellín, River Plate e Olímpia, antes de enfrentar o Racing na final.
Ronaldo: da Toca para o mundo
No primeiro semestre de 1993, o Cruzeiro confirmou a sua condição de time copeiro, conquistando a Copa
do Brasil em cima do Grêmio. O empate no Olímpico, em 0 x 0, e a vitória mineira em Belo
Horizonte por 2 x 1 garantiram à Raposa o título do torneio.
No segundo semestre de 1993, um novo talento surgia na Toca, despontando para o futebol mundial e a
caminho de tornar-se o maior jogador do planeta. O garoto Ronaldo, de apenas 16 anos, começou a despertar o interesse de clubes e
empresários de todo o mundo com suas atuações no Campeonato Brasileiro e na
Supercopa de 1993. Em 14 jogos disputados pelo Brasileiro de 1993, Ronaldo marcou 12 gols. O atacante continuou balançando as redes no
primeiro semestre de 94, quando a Raposa faturou o Campeonato Mineiro diante do
Atlético, que havia montado um supertime, batizado de “Selegalo”. Na final do
Estadual, o experiente time atleticano se curvou diante do jeito moleque de
jogar da nova sensação do futebol brasileiro. Com 3 gols de Ronaldo, o Cruzeiro
fez 3 x 1 no Galo e ficou com mais um título. O rápido sucesso do atacante e a
sua convocação para a Seleção, acabaram tirando-o da Toca. O Cruzeiro vendeu
seu passe para o PSV Eindhoven, da Holanda, por US$ 6
milhões, quantia irrisória perto do que passou a valer o supercraque
brasileiro.
Desbancando o Palmeiras
No ano de 1995, o empresário José de Oliveira Costa, o Zezé
Perrella, assumiu a presidência do clube, pondo fim
ao reinado da família Masci. As primeiras conquistas do Cruzeiro nessa gestão
vieram no primeiro semestre de 1996. O clube conquistou o Campeonato Mineiro de forma surpreendente. Outra
conquista marcante do clube foi a vitória sobre o Palmeiras, em pleno Parque Antártica, quando
a Copa do Brasil ficou
novamente em posse do Cruzeiro. Depois de atropelar adversários de alto nível,
como Corinthians e Vasco, o time azul disputou a final da competição contra o
todo-poderoso alviverde paulistano. Na primeira partida, houve empate no
Mineirão em 1 x 1, mas o Cruzeiro superou o Palmeiras por 2 x 1, de virada, na
capital paulista. Roberto
Gaúcho e Marcelo Ramos garantiram a vitória e o
título para o Cruzeiro, um dos mais marcantes da história do clube, não apenas
pela dificuldade do adversário, o melhor time do país na época, mas pela nova
chance de disputar a Copa Libertadores da América.
O Campeonato Mineiro de 1997 terminou com o Cruzeiro na final diante do inesperado Villa Nova, que
havia eliminado o Atlético. Com uma campanha irregular, poucos acreditavam no
sucesso do time de Paulo Autuori. O adversário foi o time
peruano do Sporting Cristal. Com um
empate e uma vitória, o Cruzeiro garantiu o bicampeonato da Libertadores.
A campanha na Libertadores
e a final do Mundial Interclubes, em
Tóquio, foram prioritários para o Cruzeiro em 1997, que investiu todas as suas fichas nessas competições. Mesmo porque o
time não estava mostrando um bom desempenho naquele momento. Tanto que ele só
fugiu do rebaixamento no Brasileirão na última rodada. Mesmo tendo beliscado o
bi Sul-Americano, a diretoria resolveu mexer na equipe e contratou alguns
jogadores só para a disputa do Mundial, em Tóquio, diante do Borussia
Dortmund, da Alemanha. A conquista do Campeonato Mineiro de 1998, diante do Atlético, serviu para apagar a tristeza pela derrota no
Mundial. Com três gols de Fábio Júnior na primeira partida da final, o Cruzeiro
venceu o Galo por 3 x 2, revertendo a vantagem do rival. No jogo decisivo, o
placar apontou um empate em 0 x 0, que garantiu aos cruzeirenses o
tricampeonato. A diretoria contratou grandes jogadores para a disputa do
Brasileirão de 1998, fazendo do Cruzeiro um dos maiores times do país. Entre os
veteranos, o destaque foi o atacante Müller, que apresentou um excelente
futebol, digno dos seus melhores tempos de São Paulo. A equipe chegou à final
diante do Corinthians e acabou sendo vice-campeã. Dois empates nos primeiros
jogos e uma derrota na partida final adiaram o sonho do torcedor celeste de
conquistar o Campeonato Brasileiro, único título que o clube ainda não possui.
A temporada se encerraria com mais dois vice-campeonatos: na Copa Mercosul e na
Copa do Brasil, em ambas finais derrotado pelo Palmeiras.
O final de 1998 marcou a despedida do goleiro Dida do Cruzeiro. O grande ídolo da torcida não quis se reapresentar no
início de 1999, alegando ter recebido proposta oficial do Milan. O caso envolvendo o atleta e o clube acabou na Justiça. Antes amado
pela torcida, Dida passou a ser hostilizado quando jogava em Minas, por causa do episódio.
Outro desfalque para a temporada de 1999 foi o atacante Fábio
Júnior, vendido para a Roma, da Itália, por US$ 15 milhões, transformando-se na maior negociação do clube em
toda sua história.
No primeiro semestre de 1999, o Cruzeiro venceu a Copa dos Campeões de Minas Gerais, vencendo o
Atlético na final por 5 x 1, a maior goleada do clube sobre o seu rival. A
conquista da Copa dos Campeões levou o time à disputa da Copa Centro-Oeste, que também foi
conquistada pela equipe. No Campeonato Mineiro, o time parou na semifinal,
eliminado pelo Galo. Com a base do time de 1998 mantida, restava a missão de conquistar o Brasileirão. A campanha na
primeira fase da competição foi excelente. O time se classificou em segundo
lugar. O técnico Levir
Culpi foi demitido após ficar dois anos no comando do time. A boa notícia
para a torcida no segundo semestre foi a assinatura do contrato com a HMTF
(Hicks, Muse, Tate & Furst), que injetou R$ 40 milhões no clube..
Vivendo uma nova realidade,
o torcedor cruzeirense entrou no ano 2000 na expectativa de novas conquistas. A diretoria montou um bom time, já
utilizando recursos da parceria com a HMTF. O início de 2000, porém, não foi bom para o clube, que perdeu a decisão da Copa
Sul-Minas para o América e teve seu técnico Paulo Autuori dispensado após a
derrota diante do Atlético por 4 x 2, pelo Campeonato Mineiro.
Conquista histórica
Após a conquista da Copa
do Brasil em 2000, o Cruzeiro passou a viver uma época dos grandes técnicos. Marco
Aurélio, que depois voltaria a ocupar o cargo, não teve tempo nem para
comemorar o título, pois foi substituído no dia seguinte por Luiz Felipe Scolari, o
Felipão, que em 2002 comandaria a Seleção Brasileira na
conquista do Pentacampeonato Mundial no Japão e Coreia do Sul.
Mas foi sob a direção de
outro treinador renomado, Vanderlei Luxemburgo, que o
Cruzeiro se destacaria no início do século XXI. Em 2003, o time celeste colheu os frutos do trabalho iniciado pelo treinador no
ano anterior. Quando Luxa assumiu o cargo, a Raposa estava ameaçada de
rebaixamento no Brasileiro de 2002. Não caiu, teve uma boa reação na competição e foi formada a base do
time que ganharia tudo no ano seguinte. O Cruzeiro, em 2003, foi campeão mineiro, da Copa
do Brasil – superou o Flamengo na final –, do primeiro Campeonato Brasileiro por
pontos corridos da história da competição. Fez barba, cabelo e bigode na
conquista da Tríplice Coroa, como
ficou conhecido o feito. O então auxiliar-técnico Paulo César Gusmão assumiu o
cargo, iniciando sua carreira como treinador e levou o time celeste ao título
mineiro. Não conseguiu levar o time mais longe na Libertadores daquele ano e
acabou dispensado.
A aposta da diretoria
cruzeirense foi em outro técnico medalhão. No ano passado, não conseguiu um
único título, quebrando uma sequência de 15 anos de conquistas.Em 2006, com a manutenção de Paulo César Gusmão, que foi contratado durante o
Brasileiro de 2005, o clube celeste voltou a ser campeão, ao superar o parceiro Ipatinga,
que o havia batido na final do Mineiro de 2005. Dessa forma, o clube celeste volta a conquistar a hegemonia mineira.
Na mesma temporada de 2009 o Cruzeiro chegou na final da Libertadores contra o Estudiantes, o
mesmo adversário que tinha enfrentado na fase de grupos. Na primeira partida
final, um empate em 0x0 que deixou o Cruzeiro muito próximo do tricampeonato,
mas no jogo de volta no Mineirão com 64800 pessoas, o Cruzeiro perderia para o
Estudiantes depois de ter feito 1x0, ao final do jogo, 2x1 de virada para o
Estudiantes e fim do sonho do tricampeonato e do sonho de ser campeão mundial,
título que o clube havia disputado por duas vezes (ainda nos tempos da Copa Intercontinental ao
conquistar a Libertadores, em 1976 e 1997) mas perdeu em ambas as ocasiões, em
que enfrentou clubes alemães: em 1976 o Bayern de Munique e em
1997 para o Borussia Dortmund.
Fim da Era Perrela
Na temporada de 2010 o Cruzeiro foi regular e terminou o Mineiro na 3.ª colocação, foi até
às quartas-de-final da libertadores e foi vice-campeão brasileiro. Com esse
estilo de jogar, o Cruzeiro fez sua estreia na Copa Libertadores da América contra o Estudiantes, time que desbancou o Cruzeiro na final da Libertadores de 2009, na Arena do Jacaré, e aplicou uma goleada de 5x0 no time argentino,
com uma atuação praticamente impecável de todo o elenco, se vingando com estilo
da perda do título de 2009 e colocando o Cruzeiro já como favorito à conquista do torneio. Na
sequência da competição, o time derrotou o Guarani-PAR em casa por 4x0, empatou
fora com o Deportes Tolima-COL por 0x0 (com o goleiro Fábio, ídolo da torcida
celeste, defendendo um pênalti e evitando a derrota), construiu mais um
resultado de expressão contra o Tolima em casa, por 6x1, derrotou o Guarani
fora por 2x0 e surpreendeu no último jogo da fase de grupos, jogando contra o Estudiantes fora de casa, jogo que era temido que o Cruzeiro não conseguisse a
vitória, mas o time surpreendeu a todos com um placar de 3x0, mais uma vez com
uma ótima atuação da equipe, consolidando a supremacia da equipe celeste na 1ª
fase e selando a classificação às oitavas-de-final como melhor 1º colocado da
fase de grupos, com uma campanha arrasadora e que colocava o time como favorito
absoluto à conquista do torneio.
Mesmo priorizando a Libertadores, o
Cruzeiro conseguiu, ao mesmo tempo, manter o bom aproveitamento também no Campeonato Mineiro,
terminando a 1ª fase da competição em 1º, com um ótimo aproveitamento e saldo
de gols.
Na sequência da Libertadores, o
Cruzeiro enfrenta o Once Caldas-COL, pior 2º colocado da fase de grupos, com a
1ª partida sendo disputada na Colômbia. Mesmo com as adversidades e desfalques,
o Cruzeiro conseguiu a vitória de 2x1, sofrendo um gol no final do jogo. A
derrota para o Once Caldas por 2x0 dentro de casa, depois de uma exibição pífia
da equipe dentro de campo, encerrou, de forma inesperada, a participação do
Cruzeiro na competição.
Ainda sem se recuperar do
baque da eliminação da Libertadores, o time
entra em campo, 4 dias depois, para a disputa do jogo de ída da final do Campeonato Mineiro de 2011, e ainda por cima contra o arquirrival Atlético. Visivelmente abatido pela eliminação, o time sofreu derrota por 2x1
para o rival, o que deixou alguns torcedores já entregando o ouro, apesar do
time precisar apenas de uma vitória simples no jogo de volta, mas pelo que o
time havia apresentado, que estaria longe de conseguir a vitória.
Passada uma semana, era o
dia do jogo de volta, a decisão do título. E a equipe mostrou superação dentro
de campo, vencendo o rival por 2x0 assim, conquistando, Campeonato Mineiro 2011, apagando um pouco a tristeza da eliminação e ganhando confiança para a
disputa do Campeonato Brasileiro.
Ao contrário do ano
anterior, o Cruzeiro foi mal no Campeonato Brasileiro,
correndo um risco enorme de ser rebaixado para a disputa da série B do ano
seguinte, fato que nunca aconteceu com a equipe, já que o time é um dos poucos
que disputaram todas as edições do campeonato nacional na série A. Na última
rodada do torneio, a equipe celeste só dependia de si mesma para permanecer na
1ª divisão, mas enfrentaria seu arquirrival Atlético-MG, que poderia rebaixar o
Cruzeiro, caso um outro time do campeonato, o Ceará, conseguisse vencer seu
jogo também. Mas o Cruzeiro aplicou uma sonora goleada de 6 x 1, escapando do
rebaixamento e conseguindo a sua maior vitória em clássicos.
Em 2011 ficou também marcada,pelo o fim da ‘’Era Perrela’’,que ficaram mais de
15 anos no cargo mais alto do clube,sua saída foi muito conturbada, pois todos
o colocavam a responsabilidade em cima dele pela campanha muito ruim em 2011.
Início da Gestão Gilvan De Pinho Tavares
Depois de um final de
campeonato brasileiro melancólico para a grandeza do Cruzeiro Esporte Clube, salvo
pela goleada histórica sobre o rival na última rodada, em janeiro de 2012,
dá-se início à gestão do presidente Gilvan de Pinho Tavares. Com proposta
inicial de corte de gastos e redução da folha salarial, aliado ao fechamento do
Mineirão visando a reforma para a Copa do Mundo, o primeiro ano de gestão pode
ser considerado mediano. Com vários jogadores vendidos da temporada passada, e
contratações de baixo nível técnico, o Cruzeiro não conseguiu manter um nível
satisfatório no primeiro semestre de futebol. O time perdeu a classificação
para a final do mineiro para o América, o que acarretou mudanças na equipe.
Apesar disso, o treinador foi mantido ate a posterior eliminação na Copa do
Brasil pelo Atlético-PR, que definiu o fim da linha para o técnico Vagner
Mancini. Sob muitas criticas, Celso Roth se tornou o novo treinador Celeste
para o restante do Campeonato Brasileiro. Com uma campanha razoável, este
treinador permaneceu na toca da Raposa ate o fim do ano, não correndo risco de
rebaixamento. Mais de um ano e meio sem seu estádio, em reformas para a Copa do
Mundo 2014, o Mineirão estava chegando em fase final de obras.
Reformulação e Bicampeonato Brasileiro Inédito
Chega 2013 e, amparado pelo
surpreendente crescimento do número de associados e pelo retorno ao Mineirão, o
que daria maiores públicos, renda e reaproximaria o time de sua torcida, o
Cruzeiro retoma suas conquistas. Após um 2012 de reformulação e contratações
ruins, o Cruzeiro modificou bastante seu plantel, trazendo jogadores
conhecidos, como Diego Souza, Dedé e Dagoberto, e desconhecidos, como Everton
Ribeiro e Ricardo Goulart, que posteriormente seriam os grandes destaques do
bicampeonato. A parceria entre torcida e time se tornou ainda mais sólida após
a perda do campeonato mineiro de maneira injusta, visto que o Cruzeiro venceu
quase todas as partidas, e uma única tarde infeliz impediu que o time se
sagrasse campeão. O início do Brasileiro desse ano foi razoável com alguns
tropeços, apesar de bom futebol. E, após uma 1° partida espetacular, com
direito a golaço de Everton Ribeiro, um gol aos 40 do segundo tempo impedem o
sonho do penta da Copa do Brasil. Pronto. Mais um baque que serviu para
fortalecer cada vez mais um time bom, mas que precisava dar resposta à sua
torcida, que não via o Cruzeiro levantar uma taça nacional desde a tríplice
coroa de 2003. Com a contratação de Willian e grandes partidas de Everton
Ribeiro, Nílton, Goulart e Fábio, a equipe celeste volta a ser campeã. As
perspectivas para 2014, após um ano excelente, eram as melhores. Mas, apesar de
boas partidas na libertadores e do título mineiro de forma invicta, faltou
novamente o tri da maior competição de clubes da América. O Cruzeiro então
reforçou seu plantel, com Manoel e Marquinhos, e, com a base do ano passado,
partiu em busca do tetra, sendo o primeiro bi de maneira consecutiva. 80
pontos, recorde até então desde 2006, e mais uma vez grandes exibições de
Moreno, Goulart, Ribeiro, Lucas Silva e Henrique. Nem a perda da Copa do Brasil
para o maior rival desanimaram a torcida, que queria mais uma tríplice coroa
naquele ano. Para 2015, novamente, as perspectivas eram boas, mas as saídas de
atletas como Everton Ribeiro, Ricardo Goulart, Lucas Silva e Marcelo Moreno
fizeram com que a equipe não chegasse nem na final do estadual, e novamente
ficou pelo caminho na Libertadores. Após um início ruim de Brasileiro, a
diretoria resolveu demitir o técnico bicampeão brasileiro Marcelo Oliveira, o
substituindo por Vanderlei Luxemburgo, herói em 2003, mas que virou vilão após
sucessivas derrotas e más atuações de sua equipe. Com a vinda de Mano Menezes,
o Cruzeiro ficou 13 jogos sem perder, se recuperou e por pouco não voltou à
Libertadores no ano seguinte. Mano Menezes aceitou oferta milionária do Shandong
Luneng, da China, e o Cruzeiro decidiu efetivar o então auxiliar Deivid a
treinador. 2016 passaria a ser, como 2015, um ano de incógnita.
A torcida do Cruzeiro
também é conhecida como Nação Azul
ou China Azul devido à sua
imensidão e ao grande crescimento nas últimas décadas. Curiosamente, este
apelido foi dado pelo escritor atleticano Roberto
Drumond, que reconhecera insofismavelmente em um de seus artigos, o crescimento
incessante e a previsão da hegemonia da torcida cruzeirense em BH, Minas
Gerais e no Brasil. Tal previsão está sendo comprovada nos dias de hoje quando todas as
pesquisas dos mais sérios institutos de pesquisas como Ibope, Datafolha e Vox
Populi dentre outros, apontam para quase o dobro da torcida azul frente ao
rival Atlético Mineiro.
O clube possui cerca de 8,5 milhões
de torcedores espalhados pelo país, o que representa aproximadamente 4,5% da
população nacional. É a primeira torcida no Brasil fora do eixo Rio-São Paulo.
No estado de Minas Gerais, é o clube mais popular, ou seja, o clube de maior torcida no estado
(na Região Metropolitana de BH, e no interior).
Em 26 de março de 1931, o jornal Estado de Minas publicou resultado
parcial de uma enquete (os votos eram depositados em urnas) que ajuda a
compreender o porte das torcidas de Belo Horizonte naquela época. Computados
mais de 800 votos, os resultados apontavam: Atlético, 46,2%; Cruzeiro (na época
ainda denominado Palestra), 35,9%; e América, 10,8%.[19]
Na edição de 31 de dezembro de 1971, a revista Placar publicou pesquisa feita, em
Belo Horizonte, pelo Instituto Gallup. O resultado já indicava uma tendência de
inversão na ordem das maiores torcidas da cidade: Atlético, 43%; Cruzeiro, 42%;
e América, 5%. Na faixa entre 10 e 17 anos, o Cruzeiro já liderava com 46%
contra 44% do rival Atlético.
Em 10
de dezembro de 2004 em outra pesquisa de opinião, publicada pelo jornal Estado de Minas, a torcida do
Cruzeiro também apareceu como a maior de Belo Horizonte, com 48% de preferência
entre os belorizontinos.[21] De acordo com o Ibope, em 1998, 26% dos mineiros torciam para o Cruzeiro, e 16% para o
Atlético. Em 2004, 32,8% dos mineiros torciam para o Cruzeiro, e 16,9% para o
Atlético.[22] De acordo com uma pesquisa feita pela Datafolha em 2009, 31% dos Mineiros torcem para o Cruzeiro, e apenas 15% para o
Atlético.[23]
AGNALDO TIMOTE CANTOR CRUZEIRENSE
VITOR E LEÓ, SERTANEJO UNIVERSITARIO CRUZEIRENSE
JUSCELINO KUBISTCHECK PRESIDENTE DO BRASIL E TORCEDOR AZUL
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
Maiores públicos
Cruzeiro 0 x 0 Bayern
München (ALE), 21 de dezembro de 1976, (113.715), recorde da Copa Intercontinental
Recordes
- Maior média de público na história de um
torneio na história do futebol: 73 mil pagantes por jogo na Supercopa de 1992.
- Recorde absoluto de público presente em uma
partida no Mineirão, 132 834 pessoas na partida contra o Villa Nova-MG realizada em 22 de junho de 1997, sendo cerca de 52 mil não pagantes, dentre
eles mulheres e crianças, e sendo a capacidade máxima do estádio Mineirão
na época cerca de 130 mil, ou seja, algo inédito e inacreditável.
- Maior público no Mineirão em uma partida
internacional oficial: Final do Intercontinental: 117 mil contra o Bayern
de Munique, em 1976
- Maior público de uma final de Taça Libertadores da América: 95 472 pessoas na partida contra o
Sporting Cristal, em 1997.
- Segundo maior público pagante numa final de
Copa do Brasil: 85 841 pessoas na partida contra o São Paulo, em 2000, atrás apenas de Botafogo 0 x 0 Juventude, em
1999, que teve 101 581 presentes (90 217
pagantes).
- Recorde absoluto de público de todas as
divisões do futebol brasileiro em 2003, com 597.563 pagantes em 23 jogos no
Campeonato Brasileiro, média de 25.981 pagantes por partida.
- Grupo seleto de clubes que venderam mais de 10
milhões de ingressos em campeonatos brasileiros.[26]
Títulos
Time principal
HONORÁRIOS
Competição Títulos Temporadas
CONTINENTAIS
Competição Títulos Temporadas
NACIONAIS
Competição Títulos Temporadas
TÍTULOS AMISTOSOS INTERNACIONAIS
Competição Títulos Temporadas
INTERESTADUAIS
Competição Títulos Temporadas
ESTADUAIS
Competição Títulos Temporadas
Campeonato Mineiro 37 1926, 1928, 1929, 1930, 1940, 1943, 1944, 1945, 1956, 1959, 1960, 1961, 1965, 1966, 1967, 1968, 1969, 1972, 1973, 1974, 1975, 1977, 1984, 1987, 1990, 1992, 1994, 1996, 1997, 1998, 2003, 2004, 2006, 2008, 2009, 2011 e 2014
MUNICIPAIS
Competição Títulos Temporadas
- Títulos
no mesmo ano
- Campeonato
Mineiro 2003
- Copa
do Brasil 2003
- Campeonato brasileiro 2003 (primeiro por
pontos corridos)
Estas conquistas no mesmo
ano, deram à brilhante equipe do cruzeiro, a TRÍPLICE COROA.
A Tríplice
Coroa, em esportes, é um título não oficial dado a uma equipe ou esportista que
conquista três importantes títulos, geralmente em sequência ou em uma mesma
temporada. Durante um bom tempo, a "Tríplice Coroa", nos moldes
europeus, não podia ser aplicada no Brasil - já que, entre 2003 e 2012, os
clubes brasileiros que estivessem na disputa daCopa Libertadores da América
eram impedidos de participar da Copa do Brasil na mesma temporada. Mas, como
aqui existem competições regionais, adaptou-se o conceito de "Tríplice Coroa"
para o clube que vencer, na mesma temporada, o Campeonato Brasileiro, a Copa do
Brasil e o seu Campeonato Estadual.
Desde 1989, quando foi
criada a Copa do Brasil, apenas um clube conseguiu a "Tríplice Coroa do
Futebol Brasileiro": o Cruzeiro em 2003.
A Recopa Sul-Americana de
1998 foi disputada em 1999. A Taça Minas Gerais de 1982 foi relativa ao título
da 1ª fase do Campeonato Mineiro; a de 1983 ao título do 2º turno; e as de 1984
e 1985 ao título do 1º turno. Em 1984 o Cruzeiro ficou com a posse definitiva da
Taça Minas Gerais (instituída pela Federação Mineira em 1973) por tê-la
conquistado três vezes consecutivas. Em 1926 o Cruzeiro disputou dois Torneios
Início promovidos por duas federações distintas sagrando-se campeão pela
Associação Mineira de Esportes Geraes e vice pela Liga Mineira de Desportos
Terrestres. Em 1926 houve dois campeonatos, organizados por duas ligas. O
Atlético Mineiro venceu o campeonato da LMDT e o Palestra Itália (Cruzeiro)
venceu o campeonato da AMET. Ambas as ligas eram filiadas à CBD. O Cruzeiro
alega que o título do Palestra de 1926 fora reconhecido em 1998 pela Federação
Mineira, porém desmentido em 2010. O Cruzeiro conquistou o título do inédito do
Supercampeonato Mineiro,competição que foi administrada pelos próprios times participantes,
mas este não é reconhecido pela FMF, já que a Federação apenas apoiou a
organização do evento e não foi um torneio oficial da entidade.
Estádio
Estádio JK
Foi o primeiro estádio do
Clube, que na época ainda era Palestra. Construído em um terreno adquirido pela
diretoria com recursos próprios no Barro Preto em 1922 o estádio foi muito
importante para Clube, foi o local da conquista dos primeiro títulos. O
Palestra estreou o estádio no dia 1º de julho com uma goleada de 6x2 sobre o
Palmeiras de Santa Efigênia. A inauguração oficial foi em setembro, coincidindo
com as festas da colônia italiana, em comemoração da unificação da Itália. O
primeiro jogo oficial foi em 23 de setembro de 1923 contra o Flamengo e
terminou em 3x3.
O Mineirão
Considerado a casa do time
desde sua inauguração em 1965, o estádio Mineirão, foi palco de várias
conquistas da equipe estrelada, como a Libertadores de 1997, o Campeonato
Brasileiro de 2003 e a Copa do Brasil do mesmo ano. Entre 2010 e 2011, com o
estádio fechado por causa das obras para a Copa de 2014, o Cruzeiro passou a
mandar seus jogos em estádios do interior, como a Arena do Jacaré, em Sete
Lagoas e o Parque do Sabiá, em
Uberlândia.[28] [29] Em 2012 voltou a mandar seus jogos na capital, no Estádio Independência.[30] No mesmo ano, o então presidente do clube Gilvan de Pinho Tavares e o
diretor-presidente do consórcio Minas
Arena, Ricardo Barra, assinaram um acordo para que o clube mandasse todos os
seus jogos no Mineirão durante 25 anos.[31] [32]
Primeiro jogo do Palestra.
3 de
abril de 1921 Palestra 2 - 0 Combinado
Villa Nova/Palmeiras de Nova Lima Estádio do Prado Mineiro, Belo Horizonte,
MG
Primeiro clássico. 17
de abril de 1921 Palestra 3 – 0 Atlético Mineiro Estádio do Prado
Mineiro, Belo Horizonte, MG
Inauguração do estádio do
Barro Preto. 23 de setembro de 1923 Palestra 3 – 3 Flamengo Estádio do Barro Preto, Belo Horizonte,
MG
Maior goleada da história
do clube; 10 gols do atacante Ninão.[33] 17
de junho de 1928Palestra 14 -
0 Alves Nogueira Estádio do
Barro Preto, Belo Horizonte, MG
Primeiro jogo da final da
Taça Brasil de 1966. 30
de novembro de 1966 Cruzeiro 6 – 2 Santos
Mineirão, Belo Horizonte, MG
Final da Taça Libertadores
da América de 1976 - Segundo time Brasileiro a Conquistar a Libertadores. 30
de julho de 1976 Cruzeiro 3 – 2 River
Plate Estádio Nacional, Santiago, Chile
Final da
Taça Intercontinental de 1976 - Jogo de maior público da história dos Mundiais.
21 de dezembro de 1976 Cruzeiro 0 – 0 Bayern de
Munique Mineirão, Belo
Horizonte, MG Público: 113 715
Final da Supercopa da
Libertadores de 1991. 20
de novembro de 1991 Cruzeiro 3 – 0 River Plate Mineirão, Belo Horizonte, MG
Final da Copa do Brasil de
1993 - Primeiro título da Copa do Brasil.
Final do Campeonato Mineiro
de 1997 - Jogo de maior público presente no Mineirão.
Público: 132 834
Final da Taça Libertadores
da América de 1997.
Final da Recopa
Sul-Americana de 1998.
Final da Copa do Brasil de
2000 9 de
julho de 2000 Cruzeiro 2 –
1 São Paulo Mineirão, Belo Horizonte, MG
Final da Copa Sul-Minas de
2002. 12
de maio de 2002 Cruzeiro 1 – 0 Atlético Paranaense Mineirão, Belo Horizonte, MG
Final da Copa do Brasil de
2003 - Quarto título da Copa do Brasil.
Jogo que garantiu o título
do Campeonato Brasileiro de 2003 com duas rodadas de antecedência.
Jogo de
ida da Final do Campeonato Mineiro - Maior goleada contra o arquirrival até
então.
Jogo de ida da Final do
Campeonato Mineiro - Maior goleada contra o arquirrival até então, repetindo o
feito de 2008.
Primeira fase
(Pré-Libertadores) da Libertadores de 2010 - Maior goleada do Cruzeiro em uma
Copa Libertadores.
Final do Campeonato
Brasileiro de 2011, Maior goleada do Cruzeiro no arquirrival de todos os
tempos.[34]
Jogo que garantiu o título
do Campeonato Brasileiro de 2013 com quatro rodadas de antecedência.
Jogo que garantiu o título
do Campeonato Brasileiro de 2014 com 2 rodadas de antecedência.
O hino oficial foi
escrito por Jadir Ambrósio, que fez
o hino do seu time de coração em 1965, ao participar de um concurso na rádio Inconfidência. Na
época, a diretoria cruzeirense, comandada pelo presidente Felício Brandi,
conclamava os compositores mineiros a criarem um hino para o clube celeste que
até aquele momento não tinha aquela composição.
Ambrósio foi o vencedor e
tocou pela primeira vez o hino que levou o nome "Hino ao Campeão Cruzeiro
Esporte Clube" no programa do radialista Aldair Pinto, no seu programa
"Roteiro das Duas".[68]
Hino ao
Campeão Cruzeiro Esporte Clube
Existe um grande clube na cidade
Que mora dentro do meu coração
Eu vivo cheio de vaidade
Pois na realidade é um grande campeão
Nos gramados de Minas Gerais
Temos páginas heroicas, imortais
Cruzeiro, Cruzeiro querido
Tão combatido, jamais vencido!
A Raposa é o mascote do
Cruzeiro.
O mascote do Cruzeiro é raposa. Foi desenhada pelo chargista Fernando Pieruccetti (mais
conhecido como Mangabeira) no ano de 1945, que se inspirou em Mário Grosso, ex-presidente do clube, conhecido por
sua esperteza e astúcia no comando dos negócios do Clube [69] e pelo fato da raposa ser o animal que se alimenta de galináceos, numa
clara alusão ao seu rival regional.[carece de
fontes]
O primeiro manto do Palestra
foi verde, com frisos em vermelho na ponta das mangas e o logotipo no peito com
o “PI” entrelaçado em um losango vermelho e verde com fundo branco, calção
branco e meias verdes. Entre 1922 e 1927, a equipe adotou uma camisa num tom de
verde mais claro e mudou algumas vezes seu logotipo até vestir uma camisa num
de verde ainda mais claro entre 1928 e 1939. Nesse período, uma Ala Renovadora
já tentava articular uma mudança no nome do clube pelo fato de ele já não ser
uma associação exclusiva dos italianos. Entre 1940 e 1942, o Palestra utilizou
seus últimos uniformes italianos e mudou radicalmente sua vestimenta ao adotar
uma camisa verde com faixas horizontais em branco e vermelho escuro, cores que
deram ao clube o apelido de tricolor.
Em 1942, a nacionalização
do clube aconteceu graças ao Governo Brasileiro, que proibiu qualquer menção
aos países inimigos durante a II
Guerra Mundial, sendo a Itália uma dessas nações.[70] Com isso, o time escolheu a cor azul com listras brancas na horizontal
e o nome temporário de Ypiranga, em homenagem ao local onde foi proclamada a Independência do Brasil. Em
outubro do mesmo ano, uma assembleia definiu que o clube passaria a se chamar
Cruzeiro Esporte Clube, com camisa toda azul, golas e punhos brancos, calção
branco e meias brancas, com a constelação do Cruzeiro do Sul, o maior símbolo
da pátria brasileira, no peito.
Nos anos 50, a equipe
lançou sua tradicional camisa branca, acompanhada de calção azul e meias
brancas, para jogos noturnos, tática que beneficiaria a identificação dos
jogadores nos acanhados – e pouco iluminados – estádios brasileiros da época.
Em 1956, o clube inovou com uma camisa listrada na horizontal em azul e branco,
utilizada poucas vezes, mas foi em 1959 que o Cruzeiro adotou a camisa
totalmente azul apenas com as estrelas como escudo, padrão que inspirou fases
douradas da equipe nos anos 60 e 70.
Os anos se passaram e
poucas mudanças ocorreram no uniforme da Raposa, a não ser pela entrada de
patrocinadores nos anos 80 e tradicionais camisas cheias de desenhos
geométricos ou brilhantes nos anos 90, como a camisa azul cheia de detalhes
utilizada entre 1992 e 1996, e a camisa branca com vários tons de azul feita
pela Finta, em 1996. Em 1997, ano de
mais uma Libertadores do clube, o azul ganhou mais estrelas espalhadas pelo
uniforme e a volta das golas na cor branca. Em 1998, o clube começou a usar o
escudo no lugar das estrelas no peito, algo que se tornaria padrão a partir dos
anos 2000, época da Tríplice Coroa.
Desde então, o Cruzeiro
segue tradicional e só deixa a inovação para os terceiros uniformes, que vez ou
outra são na cor amarela ou verde.[71]
Material esportivo
O material esportivo do
Cruzeiro já foi fornecido por diversas empresas. Abaixo encontra-se uma lista
delas com seus respectivos anos.
Uniformes dos jogadores
- 1º - Camisa azul, calção branco e meias azuis;
- 2º - Camisa branca, calção azul e meias brancas.
- 3º - Camisa azul, calção branco e meias azuis
Maiores artilheiros
Jogadores com mais gols
* Jogadores que fizeram
mais de 50 gols
Goleadores
Pos. Atleta Gols Pos. Atleta Gols Pos. Atleta Gols
12º Evaldo 108 24º Wellington Paulista 78 36º Fred 55
IDOLOS: TOSTAO, RONALDO, ALEX, SORÍN, WAGNER, FABIO, MONTILLO E WALLYSON
IDOLOS: TOSTAO, RONALDO, ALEX, SORÍN, WAGNER, FABIO, MONTILLO E WALLYSON
Jogadores que mais atuaram
* Jogadores que atuaram em mais de 245 jogos
Mais Jogos
Pos. Atleta Jogos Pos. Atleta Jogos Pos. Atleta Jogos Pos. Atleta Jogos
6º Eduardo 544 21º Geraldo II 354 36º Édson 281
Maiores treinadores
Treinadores
Pos. Treinador Jogos Pos. Treinador Jogos Pos. Treinador Jogos
Presidentes
Presidentes
Pos. Presidentes Títulos
Futebol Esportes Especializados Total
2º Alvimar Perrella 52 12 64
3º Felicio Brandi 54 0 54
3º Benito Masci 13 0 13
6º César Masci 11 1 12
Este ranking contempla os
títulos conquistados na gestão de cada presidente:
- Os títulos no futebol levam em consideração as
equipes profissional e de base;
- Os títulos em esportes especializados levam em consideração todas as modalidades disputadas pelo clube, que não o futebol, em todas as suas respectivas categorias
ESCUDOS DO CRUZEIRO
Estrutura
O complexo estrutural do
clube é o maior e mais moderno de Minas Gerais e um dos mais modernos do Brasil
e da América Latina.Com menos de cem anos de
vida, o Cruzeiro dispõe de dois centros de treinamentos (um para os jogadores
profissionais e um para as categorias de base), uma sede administrativa e os
complexos esportivos (sede urbana e sede campestre).[72]
Toca da Raposa I
CENTRO DE TREINAMENTO : "TOCA DA RAPOSA" USADO MUITAS VEZES PELA SELECAO BRASILEIRA
Toca
da Raposa I Inaugurada na gestão de Felicio Brandi, até 2002 servia como centro de treinamento da equipe profissional. Hoje em dia é
dedicada exclusivamente às divisões de base. A Seleção Brasileira para a Copa
do Mundo de 1982 escolheu o CT para se preparar e se concentrar antes de
embarcar para a Espanha, devido à sua modernidade e estrutura. O local de conta
com quatro campos de treinamento, sendo um de grama sintética, piscina,
academia, departamentos médico, odontológico e de nutrição, escritórios
administrativos, biblioteca, refeitório, auditório e sala de vídeo, alojamentos
e vestiários, um moderno hotel para o programa de intercâmbios e uma escola com
ensino fundamental e médio para viabilizar a formação educacional dos atletas.
Toca da Raposa II
Toca
da Raposa II: Inaugurada em 2002, e direcionada exclusivamente para os jogadores profissionais,
considerada como uma das mais modernas estruturas de futebol de todo o mundo. A
área total da Toca II é de 83 mil metros quadrados, com 4,2 mil metros
quadrados de espaço edificado. Neste espaço encontram-se quatro campos de
treinamento, piscina térmica, quadra poliesportiva, solarium, restaurante,
hotel com 26 apartamentos, salão de jogos, sala de cinema, escritórios administrativos,
além de modernos departamentos de nutrição e médico, composto por consultórios
de clínica geral, ortopedia, odontologia, fisioterapia, fisiologia e sala de
raio X.
Sede administrativa
Inaugurado em 5 de
agosto de 2003, o prédio localizado no Barro Preto ocupa uma área de 4300 m². O
edifício possui oito andares, que abrigam todos os setores administrativos do
clube. Projetado pelo arquiteto Fernando Oliveira Graça, o prédio é todo
revestido de vidro azul laminado, espelhado, ajustado a uma torre de circulação
vertical revestida em porcelanato branco. A sede destaca as cores oficiais do
clube. Sua estrutura física abriga uma garagem coberta para 54 veículos e um
hall para os serviços de atendimento aos sócios. Do quarto ao sexto andares,
funcionam os setores de Relações Públicas, Marketing, Tecnologia,
Superintendências, Gerência Administrativa, Departamento de Pessoal,
Contabilidade, Financeiro, Compras e Cobranças. No sétimo andar, estão
instalados os gabinetes do presidente, dos vice-presidentes, sala de reuniões e
sala da Presidência do Conselho. No oitavo andar, fica a sala de reuniões do
Conselho Deliberativo e área de treinamento pessoal.
Sede campestre
Ocupa um terreno de 60 mil
metros quadrados na região da Pampulha. As obras foram concluídas no final da década
de 1970. Hoje, a Sede Campestre do Cruzeiro é um complexo esportivo com sete
piscinas, 6 quadras de futebol de salão e basquete, um campo de futebol society
com grama sintética, 3 quadras de vôlei, 14 quadras de peteca, dois campos de
futebol com dimensões menores, também com gramado sintético, ginásio, canchas
de bocha, pistas de boliche, salão de jogos, sauna, bares, restaurantes, salão
de festas e estacionamento. O associado conta, ainda, com um centro de
recuperação física.
Sede urbana
O espaço de lazer - Parque
Esportivo Barro Preto - foi inaugurado em 1985 durante a administração Benito Masci. Nasceu em um local histórico, o
estádio Juscelino Kubitschek, onde no passado o Cruzeiro alcançou suas
primeiras conquistas. Pela localização privilegiada, o número de associados foi
aumentando durante os anos. Hoje, a estrutura conta com três piscinas
semi-olímpicas, sendo duas com aquecimento, três piscinas infantis, quatro
quadras poliesportivas, sete quadras de peteca, restaurante e um ginásio
coberto. Na administração Alvimar de Oliveira Costa, que se iniciou em 2003, o
complexo passa por uma reforma para oferecer maior conforto aos freqüentadores.
Alguns jogadores que se
destacaram na história do clube:
Abelardo - atacante - 1946/1949,
1952, 1956/1957
Ademir - volante - 1986/91,
1993/95
Alex - meio campo - 2001,
2003/04
Bengala - atacante - 1927/1939
Boiadeiro - meio
campo - 1991/93
Dida - goleiro - 1994/98 - atualmente
está sem clube - disputou as Copas de 1998, 2002 e 2006 pelo Brasil
Dirceu Lopes - meio
campo - 1964/76
Douglas - volante - 1981/87 -
1992/94
Evaldo - atacante - 1966/1971
Fabrício - volante - 2008/2011 -
atualmente está sem clube
Fred - atacante - 2004/2005 -
atualmente no Fluminense -
disputou as Copas de 2006 e 2014 pelo Brasil
Geovanni - meia atacante - 1997/2001, 2006/2007
Joãozinho - ponta
esquerda - 1972/86
Luisão - zagueiro - atualmente no
Benfica - disputou a Copa de 2006 pelo Brasil Marcelo Ramos -
atacante
Natal - ponta direita - 1964/71
Ninão - atacante - 1923/1930, 1935/1938
Nonato - lateral esquerdo -
1990/97
Palhinha - atacante - 1968/76,
1983/84
Palhinha - meio campo - 1996/97
Procópio - zagueiro - 1959/61,
1966/68, 1973/74
Raul Plasmann -
goleiro - 1966/78
Ricardinho - volante
- 1994/2002, 2007
Revétria - atacante - 1977/1978
Roberto Batata -
atacante - 1971/1976,
Roberto Gaúcho - meio
campo - 1992/96
Sorín - lateral esquerdo -
2000/2002, 2004, 2009 (último ano da carreira) - disputou as Copas de 2002 e 2006 pela Argentina
·
Zé Carlos - meio campo - 1966/77
TIMES DOS SONHOS DO CRUZEIRO- CRUZEIRO DE TODOS OS TEMPOS- CRUZEIRO IDEAL
TIMES DOS SONHOS DO CRUZEIRO- CRUZEIRO DE TODOS OS TEMPOS- CRUZEIRO IDEAL
Zé Carlos, Nelinho, Procópio, Raul, Perfumo e Sorín, Tostão, Palhinha, Dirceu Lopes e Joãozinho.
TIME FEITO EM 1982
Rivalidades
Os principais rivais do
Cruzeiro a nível estadual são o Atlético-MG, com
quem disputa o Superclássico Mineiro, o América-MG, com quem disputa o Coelho versus Raposa, e o Villa Nova, com
quem disputa o clássico Raposa versus Leão. A nível
nacional são importantes os confrontos com o Palmeiras, Grêmio, São Paulo e Corinthians.
Recordes e façanhas
históricas
- Único
clube brasileiro a conquistar a Tríplice Coroa nacional, quando ganhou no mesmo ano de 2003, o Campeonato Estadual e as duas
principais competições do país: a Copa
do Brasil e o Campeonato Brasileiro.
- Primeiro clube mineiro a sagrar-se Campeão
Brasileiro (1966), Bicampeão Brasileiro (2003), Tricampeão Brasileiro
(2013) e Tetracampeão Brasileiro (2014) - O primeiro Campeão Brasileiro
foi o Esporte Clube Bahia em 1959, ao conquistar a primeira
edição da Taça Brasil, torneio nacional reconhecido em dezembro de
2010 pela CBF como "Campeonato Brasileiro".
- Único clube a derrotar todos os adversários,
pelo menos uma vez no Campeonato Brasileiro. Tal façanha ocorreu no ano de 2013.
- Juntamente com São Paulo, o Cruzeiro é o clube
que conquistou o Campeonato Brasileiro com a maior antecipação da era dos pontos
corridos. No ano de 2013, foi campeão com quatro rodadas de
antecedência.
- Clube com recorde de pontos e vitórias em uma
edição de pontos corridos com 20 participantes.[73]
- Primeiro clube mineiro a sagrar-se Campeão da
Taça Libertadores (1976) e Bicampeão (1997)
- Primeiro clube Brasileiro a sagrar-se
Bicampeão da Supercopa dos Campeões da América (1991)(1992)
- Primeiro clube Brasileiro a sagrar-se Campeão
da Copa Ouro (1995)
- Primeiro clube Brasileiro a sagrar-se Campeão
da Copa Master (1995)
- Primeiro clube mineiro a sagrar-se Campeão da
Recopa (1997)
- Primeiro clube mineiro a sagrar-se Campeão e
Tetracampeão da Copa do Brasil (1993/1996/2000/2003)
- Único time brasileiro a conquistar pelo menos
um título por ano durante quinze anos consecutivos (1990-2004). Esta
façanha até então só havia sido alcançada por grandes clubes europeus,
como Real Madrid e Manchester United.
- Primeiro clube a vencer o Campeonato Brasileiro de
Futebol no modelo de pontos
corridos e o único a atingir a marca de cem pontos, sendo assim o maior
pontuador da história em uma edição.
- Juntamente com Flamengo, São Paulo e
Internacional, o Cruzeiro é um dos quatro clubes que disputaram todas as
edições do Campeonato Brasileiro na Série A.
- Juntamente com Grêmio e Palmeiras, é o segundo
clube brasileiro que mais participou da Copa Libertadores da América, com 15 presenças, jamais sendo eliminado da
fase de grupos.[74]
- Maior vencedor da Copa
do Brasil juntamente com o Grêmio, com quatro conquistas.
- Maior média de público na história de um
torneio na história do futebol: 73 mil pagantes por jogo na Supercopa de
1992.[carece de fontes]
- Segundo maior público de uma final de Taça Libertadores da América: 95 472 pessoas na partida contra o
Sporting Cristal, em 1997. O recorde é a final entre São Paulo F.C 1 x 0 News
Old Boys, com 105 185 pagantes em 1992.
- Segundo maior público pagante numa final de
Copa do Brasil: 85 841 pessoas na partida contra o São Paulo, em
2000, atrás apenas de Botafogo 0 a 0 Juventude, em 1999, que teve
101 581 presentes (90 217 pagantes).
- Recorde absoluto de público presente em uma
partida no Mineirão, 132 834 pessoas na partida contra o Villa Nova/MG realizada em 22 de junho de 1997.
- Em 1984 o Cruzeiro ficou com a posse
definitiva da Taça Minas Gerais (instituída pela Federação Mineira em
1973) por tê-la conquistado três vezes consecutivas.
- No dia 12
de outubro de 2009 o Cruzeiro completou 1.000 jogos pelo
Campeonato Brasileiro da Série A, sendo o primeiro clube de Minas Gerais a
conseguir tal façanha.
- Melhor time brasileiro do século XX e o 4° melhor
da América Latina de acordo com a Federação Internacional de História e
Estatísticas do Futebol (IFFHS).
O GRANDE CRUZEIRO
REVISTA CRUZEIRO
Orgulho de ser Cruzeiro. Viva La Celeste !
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