Associação Ferroviária de Esportes, mais conhecida apenas como Ferroviária, é um
clube brasileiro de futebol da cidade de Araraquara, interior do estado de São Paulo. Atualmente, disputa a Série A1 do Campeonato Paulista, a Copa do
Brasil e a Copa
Paulista
É uma das
equipes mais tradicionais do estado e razoavelmente representativa no Brasil, permaneceu 30 anos seguidos na elite do futebol
Paulista, além de já ter jogado o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil.
Manda
seus jogos na Arena da Fonte, um dos
melhores estádios do país.[1]
CIDADE DE ARARAQUARA
ARARAQUARA SP
Nome Associação
Ferroviária de Esportes
Alcunhas AFE
Ferrinha
Locomotiva
Ferrinha
Locomotiva
Torcedor/Adepto Afeano
Mascote Locomotiva
Capacidade 20.000
Lugares
Em 1950, um
grupo de engenheiros e demais servidores da Estrada de
Ferro Araraquara (EFA)
reuniu-se no salão de festas do Clube 22 de Agosto. O encontro havia sido
articulado pelo engenheiro Antonio Tavares Pereira Lima. Era sua intenção
fundar um clube esportivo de empregados da EFA. Esclareceu a todos as linhas
gerais do seu plano, com o propósito de conseguir os recursos necessários à
manutenção da entidade. À Pereira Lima se deve a fundação do clube e o nome
"Associção Ferroviária de Esportes" (O seu distintivo ficou sendo o
mesmo da EFA, porém com as letras ao contrário: AFE). Ele desejava para a AFE
as mesmas cores utilizadas pela seleção carioca de futebol (azul
"guanabara" e branco). Foi uma confusão danada, já que Pereira Lima
encontrou reação à sua idéia.
Por isso,
venceu a combinação grená e branco, idêntica à do Clube Atlético Juventus. Não houve confusão, mas debates
a respeito do que melhor poderia representar o clube e venceu, por sugestão de
Silvio Barini, a cor grená porque era semelhante àquela que
distinguia as locomotivas da EFA (depoimento de Jacob Martins no livro
"Fonte Luminosa"). Talvez por isso, quando mais tarde fundou a Associação Desportiva Araraquara (ADA), Pereira Lima não abriu mão das suas cores
preferidas. Pereira Lima adotou as cores azul e branca para a ADA, resultado da
fusão do Paulista FC e do São Paulo de Araraquara, porque são as cores da cidade e era a cor da
camisa da Associação Atlética Araraquara que existiu de 1927 a 1930
(depoimento de Arnaldo de Araujo Zocco e noticiado no jornal O Imparcial da data da fundação da
ADA).
Na mesma
reunião que decidiu a cor da camisa, foi aclamada também a Diretoria provisória
da Ferroviária, assim constituída: Presidente, Antonio Tavares Pereira Lima;
Vice, Hermínio Amorim Júnior; Primeiro Secretário, Jacob Martins; Segundo
Secretário, Ciro Campos; Primeiro Tesoureiro, Augusto Campos e Segundo
Tesoureiro, Lázaro Ferreira de Almeida Júnior. Obtida a área de terreno, foi
iniciada a construção do estádio de futebol, que mais tarde levaria o nome
"Estádio Doutor Adhemar de Barros", em homenagem ao conhecido político. Hoje,
popularizou-se chamar o estádio de "Fonte Luminosa", mas alguns
radialistas ainda dizem, quando estão transmitindo jogos em Araraquara:
"Estamos falando do estádio Dr. Adhemar Pereira de Barros…"
Foi
constituída uma comissão encarregada de angariar fundos, integrada por Abel de
Almeida Magalhães, Francisco Eugênio de Campos Júnior, Orlando Drumont Murgel,
Jader Lessa Cesar, Amador Galucci, Frederico Meller, Orlando Mantezi, Azor
Garcia dos Santos, Dorival Carvalho e Antonio de Barros Serra. Dez cruzeiros seria a quantia a ser paga pelo
associado, a partir de junho de 1950.
A luta pelo acesso (1951-1955)
Em 1951,
logo no ano seguinte ao de sua fundação, a Ferroviária já disputou a sua
primeira competição oficial. Foi o Campeonato Paulista da Série A2, onde ficou em 3° lugar de 11 clubes que
disputavam o grupo da Zona Central, não conseguindo a vaga para a próxima fase.
Em 1952 a equipe demonstrou sua força, terminando como 1°
colocado da 1ª fase e da 2ª Fase. O sonho da população de Araraquara de ver uma
de suas equipes na elite do futebol paulista estava próximo da realidade. No
entanto, o acesso era apenas reservado ao campeão. O sonho afeano foi adiado
pelo Linense, que goleou a ferrinha por 3 a 0
na final disputada no Pacaembu. Em 1953 a Ferroviária bate na
trave novamente: depois de dominar o seu grupo na 1ª fase, a equipe terminou em
2° lugar no hexagonal final conquistado pelo Noroeste de Bauru. Em 1954 o time de Araraquara
sequer passa da 1ª Fase. Mas em 1955, o sonho araraquarense enfim se torna
realidade. Depois de liderar seu grupo na 1ª fase, a Ferroviária disputou a 2ª
Fase com mais 7 times já no ano de 1956. No dia 16/04/1956, a Ferroviária
goleou seu maior rival, o Botafogo de Ribeirão (2° colocado) por 6 a 3, num jogo histórico realizado na Fonte Luminosa
lotada. Com esse resultado, a Ferroviária garantiu o acesso à Série A1 do Campeonato Paulista e conquistou seu primeiro título na história.
Inaugura-se um novo capítulo na história do time grená.
Grandes campanhas na Série A1 e as excursões ao
exterior (1956-1964)
No ano de
1956 a Ferroviária disputou pela primeira vez a Série A1 do Campeonato Paulista,
terminando na tímida 12ª colocação dentre 18 equipes participantes. Em 1957 o
time grená não passa da 15ª colocação. Embora a campanha não tivesse sido das
melhores, foi em 1957 que a AFE conseguiu sua primeira vitória sobre um grande
clube: 3 a 2 sobre o Santos, na Fonte Luminosa. Em 1958 a Ferroviária termina
em 11º lugar, derrubando o campeão Santos por 2 a 1 dentro de Araraquara. Em
1959, a Ferroviária realiza a sua maior campanha na história do Campeonato
Paulista da Série A1, terminando na histórica 3ª posição, atrás apenas de
Palmeiras e Santos. Em 38 jogos, foram 23 vitórias, 7 empates e apenas 8
derrotas, com destaque para a vitória sobre o Corinthians, por 3 a 1, em
Araraquara. Após a gloriosa campanha de 1959, a Ferroviária massacrou o Fluminense
em 16/03/1960, em amistoso realizado em Araraquara: vitória por 5 a 1 da
Ferroviária diante do tricolor carioca. A Ferroviária realizou sua primeira
excursão ao exterior no ano de 1960, enfrentando conhecidas equipes do futebol
mundial. Enfrentou por 2 vezes o Sporting Lisboa, perdendo o primeiro jogo por
1 a 0 e empatando o segundo, em 1 a 1. Também duelou contra o Atlético de
Madrid, empatando em 1 a 1. O grande feito da equipe de Araraquara em seus
jogos na península ibérica foi a histórica vitória por 2 a 0, diante do Futebol
Clube do Porto, em 08/05/1960. Ainda em 1960, a Ferroviária conquistou um bom
6º lugar no Campeonato Paulista, vencendo todos os 4 grandes clubes de São
Paulo. Dentro da capital, vitórias por 3 a 1 sobre o São Paulo e goleada de 4 a
1 em cima do Palmeiras. Em Araraquara, vitória por 2 a 1 contra o Corinthians,
além do histórico 4 a 0 sobre o Santos de Pelé, campeão paulista naquele ano,
em 04/09/1960. A história de sucesso da Ferroviária na Série A1 do Campeonato
Paulista continuou em 1961, quando terminou em 5º lugar, sendo a melhor equipe
do interior naquele ano, com direito a duas vitórias diante do Corinthians por
2 a 1, sendo uma delas em Araraquara e a outra dentro de São Paulo. Em 1962 a
ferrinha termina em 7º lugar, vencendo em casa o Palmeiras por 3 a 1, e
derrubando por 2 vezes o tricolor do Morumbi: 4 a 1 dentro de São Paulo e 2 a 0
dentro de Araraquara. Em 1963 o time de Araraquara termina na 6ª colocação,
novamente destruindo o Santos de Pelé: vitórias por 4 a 1 dentro de Araraquara
e por 5 a 1 dentro da Vila Belmiro. Nesse mesmo ano a Ferroviária excursionou
pela Colômbia, enfrentando grandes equipes do futebol sul-americano. Destaque
para os duelos contra Once Caldas (derrota por 5 a 4) e Nacional de Medellín
(vitória por 6 a 0). No ano seguinte, em 1964, a Ferroviária terminou o
Campeonato Paulista apenas na 13ª colocação, sem vencer nenhuma grande equipe.
Era o prenúnico de que tempos difíceis estariam por vir.
Rebaixamento e o retorno no ano seguinte (1965-1966)
O ano de
1965 foi um dos mais tristes da história da Ferroviária. Após grandes campanhas
no Campeonato Paulista dos anos anteriores, a equipe afeana terminou o torneio
de 1965 em último lugar (16ª colocação), sendo rebaixada para a Série A2 após
10 (dez) anos consecutivos na elite do futebol paulista. Durante a campanha do
rebaixamento, a Ferroviária ainda assim conseguiu vencer em casa o Corinthians,
por 2 a 1. De volta à Série A2 em 1966, o time de Araraquara não se abalou,
dominando a competição do início ao fim. Após conquistar o 1º lugar na primeira
fase e na segunda fase, o adversário da final seria o XV de Piracicaba, em 2
(dois) jogos no estádio do Pacaembu. O 1º jogo da decisão terminou empatado em
1 a 1. No 2º jogo, a Ferroviária venceu o XV de Piracicaba por 1 a 0, para a
alegria da cidade de Araraquara. Destarte, a Ferroviária não somente conquistou
o acesso à Serie A1 no ano seguinte, como de quebra conquistou o bicampeonato
na Série A2 do Campeonato Paulista (1955-1966). Para comemorar a volta triunfal,
a Ferroviária duelou na Fonte Luminosa contra o Cruzeiro, em partida amistosa.
Tratou-se de verdadeiro duelo de campeões, tendo em vista que a equipe mineira
havia vencido a Taça Brasil em 1966. O amistoso terminou empatado em 2 a 2.
O apogeu: tricampeonato do interior
(1967-1968-1969)
Entre os
anos de 1967 e 1969, a Ferroviária viveu talvez a maior era de sua história. Na
época, o jornal Folha de S. Paulo premiava a melhor equipe do interior no
Campeonato Paulista com um troféu. E a Ferroviária conquistou a taça durante 3
(três) vezes consecutivas (1967-1968-1969), tornando-se tricampeã do interior e
ficando com a posse definitiva do valioso troféu. Na campanha de 1967 (6º lugar
no Campeonato Paulista), os maiores resultados foram as vitórias dentro da
Fonte sobre o São Paulo, por 1 a 0, e sobre o Palmeiras, por 2 a 0. Na campanha
de 1968 a AFE terminou o Campeonato Paulista em 3º lugar, atrás apenas de
Santos e Corinthians. Foram 11 vitórias, 8 empates e 7 derrotas no Paulistão.
Na campanha histórica, venceu 2 (duas) vezes o São Paulo: 2 a 1 fora e 3 a 1 em
casa. Também goleou o Palmeiras, por 3 a 0 na Fonte, e o Corinthians, por 4 a 1
dentro do Pacaembu. Para coroar o feito, em amistoso realizado na cidade de
Araraquara em 09/06/1968, a Ferroviária massacrou o Nápoli da Itália, goleando
por 4 a 0. A conquista definitiva do Troféu Folha de S. Paulo veio em 1969, com
o tricampeonato do interior. Na ocasião, a Ferroviária terminou na 6ª
colocação, passando por cima de todos os 4 (quatro) grandes de São Paulo na
Fonte Luminosa, durante a campanha: 1 a 0 no São Paulo, 2 a 1 no Palmeiras, 2 a
1 no campeão Santos e 2 a 1 sobre o Corinthians.
Taça dos Invictos e estabilidade na Série A1
(1970-1979)
Após os
grandes acontecimentos na história do clube, o time da Ferroviária viveu uma
espécie de ressaca durante os anos 70. Disputou a Série A1 durante toda a
década, mas sem as grandes campanhas do decênio anterior. Em 1970, após passar
por um torneio qualificatório prévio,a Ferroviária conseguiu uma vaga para o seleto
grupo de 10 times que disputaram o Campeonato Paulista daquele ano. Terminou em
7º lugar, vencendo na Fonte o Santos por 1 a 0, além de também derrubar em
Araraquara o campeão São Paulo, por 2 a 0. Em 1971, a Ferroviária fez história
ao conquistar a famosa Taça dos Invictos, troféu destinado à equipe paulista
que permanecesse invicta por maior número de jogos. Foram 14 (catorze) jogos de
invencibilidade, de 03/10/1971 a 12/12/1971. A conquista da taça, que até então
só havia ficado com os 4 (quatro) grandes de São Paulo e com Guarani e Ponte
Preta, não podia ter ocorrido em ocasião mais especial: vitória sobre o rival
Botafogo de Ribeirão, por 1 a 0 na Fonte. Na campanha de 1971, a Ferroviária
goleou o Santos por 4 a 1, além de ter vencido o Palmeiras no Parque Antártica,
por 3 a 2. Em 1972 a Ferroviária novamente passou pelo torneio classificatório
prévio, terminando o Campeonato Paulista na 11ª colocação. Todavia, não venceu
nenhum grande clube. Em 1973 a equipe grená evolui, passando pelo qualificatório
e terminando o Paulistão na 8ª colocação, vencendo o São Paulo por 1 a 0 em
Araraquara. No ano de 1974, a Ferroviária pela primeira vez não conseguiu
passar do torneio preliminar, razão pela qual não enfrentou nenhum grande clube
naquele ano. Em 1975 o time de Araraquara termina o Paulistão na 12ª colocação,
não obtendo nenhum resultado expressivo contra grandes clubes. O time grená
repetiu a campanha em 1976, ano em que derrotou o Corinthians por 1 a 0 dentro
do Pacaembu. Em 1977 a Ferroviária termina pela 3ª (terceira) vez consecutiva
no 12º lugar, vencendo o São Paulo dentro do Morumbi pelo placar de 1 a 0. Em
1978 a Ferroviária termina o Paulistão apenas em 14º lugar. Todavia, venceu o
Corinthians por 3 a 2 nesse ano. Em 1979 a equipe grená encerrou a "década
da ressaca" com um desempenho melhor que o dos anos anteriores. Por muito
pouco a ferrinha não conquistou uma vaga na semifinal da competição, perdendo a
mesma para o Corinthians, nos critérios de desempate. O destaque foi a vitória
sobre o São Paulo por 2 a 0 no Morumbi.
Era de Ouro: Séria A do Campeonato Brasileiro e
semifinal do Paulistão (1980-1985)
No ano de
1980, a Ferroviária não fez uma campanha brilhante no Campeonato Paulista,
terminando a competição na 13ª colocação. O grande resultado da campanha foi a
vitória sobre o Palmeiras por 2 a 0 dentro do Parque Antártica. Todavia, foi
justamente em 1980 que a Ferroviária disputou pela primeira vez uma competição
nacional oficial, qual seja, o Campeonato Brasileiro da Série B (denominado na
época de Taça de Prata). Após terminar a 1ª Fase em 2º lugar de um grupo de 8
(oito) times, a Ferroviária avançou à fase seguinte. Na 2ª fase, a Ferroviária
enfrentou Uberaba (MG), ABC (RN), Juventus (SP) e América (MG), terminando em
1º lugar do grupo e classificando-se para a semifinal da competição. Caso a
equipe de Araraquara passasse pelo CSA (AL) na semifinal, consegueria o acesso
para a Série A do Brasileiro. Todavia, o sonho afeano esbarrou na equipe
alagoana. No jogo de ida em Maceió, vitória do CSA por 1 a 0. Na volta em
Araraquara, nova vitória da equipe alagoana, pelo mesmo placar. Em 1981, a
Ferroviária terminou o 1º turno do Paulistão em 17º lugar, melhorando no 2º
turno, quando terminou na 9ª colocação. O campeão paulista daquele ano foi o
São Paulo. Ainda assim, o tricolor do Morumbi perdeu 2 (duas) vezes para a AFE.
Vitória grená por 2 a 1 no Pacaembu, e por 1 a 0 na Fonte. O time de Araraquara
também obteve êxito contra o Palmeiras no Parque Antártica, vencendo por 1 a 0,
além de ter derrubado o Santos por 1 a 0 dentro da Fonte. Ainda em 1981, a
Ferroviária disputou o Campeonato Brasileiro da Série B (Taça de Prata), só que
sem o sucesso do ano anterior. Terminou na 5ª colocação do Grupo F, que contava
com Palmeiras, Comercial (RS), Internacional de Santa Maria (RS), São Paulo de
Rio Grande (RS), Criciúma (SC), Novo Hamburgo (RS) e América (SP). O ano de
1982 foi de extrema importância para a Ferroviária. Na época, as vagas no
Campeonato Brasileiro da Série A (Taça de Ouro) eram conseguidas com base no
desempenho das equipes no Campeonato Estadual. Fora da Taça de Prata, só
restava à Ferroviária uma grande campanha no Campeonato Paulista para alcançar
o sonho de adentrar na elite do futebol brasileiro. No 1º turno do Paulistão, a
Ferroviária não passou de um 15º lugar. Mas no 2º turno, o esquadrão grená
brilhou, com direito à vitória sobre o Santos por 2 a 1, em plena Vila Belmiro.
Destarte, a Ferroviária terminou o 2º turno do Paulistão na 4ª colocação, atrás
apenas de São Paulo, Corinthians e Palmeiras. Na soma da pontuação dos 2 (dois)
turnos, o time grená ficou em 6º lugar, carimbando o passaporte para a Série A
do Campeonato Brasileiro de 1983. No aguardado ano de 1983, a Ferroviária fez
uma campanha decepcionante no Campeonato Paulista, ficando em último lugar de
seu grupo. Ainda assim, conseguiu golear o Santos por 3 a 0 na Fonte Luminosa.
Já na Série A do Campeonato Brasileiro (Taça de Ouro), a Ferroviária fez
história. O time grená caiu no Grupo G, junto com Internacional (RS), Botafogo
(RJ), Colorado (PR) e Brasília (DF). Para se classificar para a próxima fase, a
AFE necessitava ficar entre os 3 (três) primeiros do grupo. Acabou terminando
na 1ª colocação, com direito à 2 (duas) vitórias sobre o Botafogo (1 a 0 no
Maracanã e 2 a 1 na Fonte Luminosa), e 1 (uma) vitória e 1 (um) empate contra o
Internacional (2 a 0 na Fonte Luminosa e 0 a 0 no Beira Rio). Na 2ª Fase, a
Ferroviária caiu no Grupo O, junto com Atlético PR, América de Natal (RN) e o
rival Botafogo de Ribeirão (SP). Venceu 2 (duas) vezes o América RN (3 a 1 em
Natal e 5 a 1 em Araraquara), empatou 2 (duas) vezes contra o Atlético PR (1 a
1 em Curitiba e 0 a 0 na Fonte), e levou a melhor nos duelos contra o rival
Botafogo SP (1 a 0 em Araraquara e 0 a 0 em Ribeirão Preto). Novamente a
Ferroviária avançou para a fase seguinte. Na 3ª fase, a missão da ferrinha não
era fácil, pois o grupo contava com São Paulo (SP), Grêmio (RS) e Sport (PE). A
Ferroviária terminou em 4º lugar no grupo. O grande destaque foi a vitória na
última rodada diante do Grêmio, em pleno estádio Olímpico, por 3 a 1, no dia
30/04/1983. A derrota em casa para a ferrinha custou a eliminação do Grêmio, o
time que conquistaria o Mundial Interclubes naquele ano. Mesmo eliminada, a
Ferroviária honrou a camisa grená e deu várias alegrias para a cidade de
Araraquara no ano de 1983. Terminou o Brasileirão na 12ª colocação entre 44 equipes,
com 9 vitórias, 6 empates e apenas 5 derrotas, com direito à vitórias sobre
gigantes do futebol brasileiro, como o Grêmio, o Internacional e o Botafogo. No
ano de 1984, a Ferroviária não fez uma boa campanha no Campeonato Paulista.
Terminou em 17º lugar e por muito pouco a equipe de Araraquara não foi
rebaixada. Mesmo com a campanha fraca, o time grená venceu o São Paulo por 3 a
1 na Fonte Luminosa. Já em 1985, a camisa grená novamente brilhou, desta vez no
Campeonato Paulista. A Ferroviária terminou o 1º turno em 10º lugar, com
direito a uma importante vitória sobre o Corinthians, por 2 a 1, na Fonte
Luminosa. Já no 2º turno, a Ferroviária terminou na honrosa 3ª colcação, tendo
ganho do Santos por 1 a 0, na Fonte Luminosa. No somatório dos dois turnos, a
Ferroviária terminou em 4º lugar, carimbando o passaporte para a semifinal do
Paulistão e deixando a cidade de Araraquara em festa. Na primeira semifinal, o
São Paulo acabou passando pelo Guarani. Já na segunda semifinal, o confronto
era entre Portuguesa e Ferroviária. No jogo de ida, com a Fonte Luminosa
lotada, a Ferroviária empatou com a Lusa em 2 a 2. Já no jogo de volta, no
Canindé, a Portuguesa venceu a Ferroviária por 2 a 0, acabando com o sonho do
título paulista e encerrando a "Era de Ouro" da Ferroviária.
Campanhas fracas na Série A1, o sucesso em
1993/1994 e o rebaixamento (1986-1996)
Após a
campanha histórica de 1985, a Ferroviária fez uma campanha apenas intermediária
no Paulistão de 1986, terminando na 13ª colocação. Nesse ano, conquistou uma
goleada sobre o Santos por 3 a 0 na Fonte Luminosa. Em 1987, a Ferroviária
terminou em 14º lugar, com destaque para a vitória sobre o Palmeiras por 1 a 0
em Araraquara. No ano de 1988, a Ferroviária alcançou a 11ª colocação no
Paulistão, derrubando o campeão Corinthians por 3 a 2 em Araraquara. No segundo
semestre, a Ferroviária voltou a disputar o Campeonato Brasileiro, desta vez na
Série C, sendo eliminada na Segunda Fase da competição. Já no ano de 1989, a
Ferroviária não conseguiu realizar uma boa campanha no Paulistão, terminando a
competição no 18º lugar geral, sem conseguir vencer nenhum grande clube
paulista. Todavia, em 1990, a Ferroviária melhorou sua campanha, terminando em
3º lugar de seu grupo na 1ª Fase, voltando a vencer um grande da capital (3 a 2
em cima do São Paulo na Fonte Luminosa). No entanto, na 2ª fase, o esquadrão
grená não teve tanto êxito, terminando na sétima e última colocação de seu
grupo. No ano de 1991, seguindo uma nova metodologia, o Paulistão foi dividido
em Grupo Verde e Grupo Amarelo. Em razão da boa campanha grená no ano anterior,
a Ferroviária conseguiu disputar o Grupo Verde, que reunia as grandes equipes
do estado. Porém, a campanha não foi boa, terminando a Ferroviária no 13º e
penúltimo lugar do grupo. Essa fraca campanha obrigou o time de Araraquara a
disputar o Grupo Amarelo em 1992, uma espécie de "segunda divisão",
de modo que nenhuma grande equipe do estado jogou com a ferrinha nesse ano. O
9º lugar manteve a Ferroviária no Grupo Amarelo. Todavia, todo o insucesso com
que a Ferroviária havia iniciado a década de 90 foi compensado no ano de 1993.
Após a exitosa segunda colocação no Grupo B (que reunia equipes de nível
inferior), a Ferroviária não somente conquistou o direito de disputar a Série
A1 no ano seguinte, como também carimbou uma vaga no Quadrangular Semifinal do
Paulistão daquele ano. A Fonte Luminosa voltou a receber grandes públicos e o
torcedor de Araraquara voltou a sentir orgulho do time de sua cidade. Duelando
contra o Palmeiras (campeão daquele ano), o Guarani e o Rio Branco de
Americana, a Ferroviária terminou o quadrangular na 3ª colocação, garantindo o
6º lugar geral no Paulistão de 1993. O ano seguinte também foi de sucesso para
a ferrinha. Em 1994, a Ferroviária ficou em 12º lugar no Paulistão, voltando a
vencer um grande clube (vitória em casa sobre o Santos por 2 a 1), o que não
acontecia há mais de 4 anos. Mas foi no Campeonato Brasileiro da Série C que o
time de Araraquara fez uma campanha memorável. Após uma campanha irregular na
1ª Fase, a Ferroviária foi para a fase de "mata-mata" com poucas
esperanças de sucesso. Mas com o passar das fases, o time foi embalando e a
camisa grená foi pesando. Na 2ª Fase, a Ferroviária eliminou o Matsubara-PR.
Nas oitavas de final, a vítima foi o Vila Nova-GO. Nas quartas de final, a
ferrinha eliminou o Valeriodoce-MG, ficando a apenas um passo do acesso. Na
decisiva semifinal, a Ferroviária duelou contra o Catuense da Bahia. O time
grená perdeu o jogo de ida no interior baiano, por 1 a 0. Mas na partida de
volta, com o apoio maciço da torcida, a Ferroviária venceu o Catuense por 2 a 0
e garantiu o acesso para a Série B do Campeonato Brasileiro. De quebra, o time
grená disputou sua primeira final a nível nacional, ficando com o
vice-campeonato da Série C de 1994 após perder a final para o Novorizontino
(derrota por 1 a 0 em casa, e por 5 a 0 fora). Em 1995, a Ferroviária terminou
o Paulistão da Série A1 na 13ª colocação, escapando por muito pouco do
rebaixamento. Mesmo com a má campanha, o time grená ainda conseguiu vencer o
São Paulo por 1 a 0 na Fonte Luminosa. No Campeonato Brasileiro da Série B, a
ferrinha também conseguiu evitar o rebaixamento, terminando em 5º lugar no
grupo que contou com Coritiba-PR, Mogi Mirim-SP, Londrina-PR, Bangu-RJ e Ponte
Preta-SP. Se a Ferroviária conseguiu se salvar em 1995, o mesmo não ocorreu no
trágico ano de 1996. As péssimas condições financeiras do clube se refletiram
em campo, de modo que a Ferroviária terminou a Série A1 na 16ª e última
colocação, tendo vencido apenas uma partida das trinta disputadas. Destarte, a
Ferroviária acabou sendo rebaixada para a Série A2, tendo que disputar a
segunda divisão do estadual após 30 anos consecutivos na elite do futebol
paulista. Para piorar a situação, a Ferroviária abdicou do seu direito de
disputar a Série B do Campeonato Brasileiro de 1996, diante das péssimas
condições econômicas que afetaram a equipe.
Decadência (1997-2006)
Se o fato
de disputar a Série A2 em 1997 parecia o fundo do poço para a Ferroviária, mal
sabia a torcida que o pior ainda estaria por vir. Após uma péssima campanha na
segunda divisão do estadual, onde terminou na última colocação de seu grupo, a
Ferroviária acabou sendo rebaixada para a Série A3 - a terceira divisão do
futebol paulista. Em 1998, na Série A3, após ter conquistado o 1º lugar de seu
grupo, a Ferroviária não conseguiu o retorno para a segunda divisão, ficando em
3º lugar no quadrangular decisivo, vencido pelo Taubaté, que conquistou o
acesso. Em 1999, a Ferroviária chega ao quadrangular final da Série A3 mais uma
vez, novamente sem sucesso, ficando no 4º lugar do grupo, vencido pelo Oeste de
Itápolis. Todavia, no segundo semestre, o time grená surpreendeu ao chegar na
semifinal da Copa São Paulo (atualmente conhecida como Copa Paulista), sendo eliminada
pelo Etti Jundiaí após duas derrotas. No ano de 2000, a Ferroviária
definitivamente chega ao fundo do poço. Após uma derrota na última rodada da
Série A3 para o São Bento de Sorocaba, por 3 a 2, a Ferroviária foi rebaixada
para a Série B1 - a quarta divisão do futebol paulista. Em 2001 a ferrinha
terminou a Série B1 na 4ª colocação, conseguindo o retorno para a Série A3
apenas em razão da criação do Torneio Rio São Paulo em 2002, o que gerou um
remanejamento de times nas respectivas divisões. De volta à Série A3 em 2002, a
Ferroviária terminou o campeonato apenas na 13ª colocação. Todavia, ainda em
2002, a Ferroviária foi convidada para a disputa do Campeonato Brasileiro da
Série C, terminando na 3ª colocação de seu grupo e não conseguindo avançar para
a fase seguinte. No ano seguinte, o inferno astral do time grená continuou:
após uma derrota por 2 a 1 para o Palmeiras B, na última rodada, a Ferroviária
terminou a Campeonato Paulista da Série A3 de 2003 na última colocação de seu
grupo, sendo novamente rebaixada para a Série B1. O vexame histórico originou
uma série de mudanças estruturais e políticas na Ferroviária, que passou a se
constituir numa S/A a partir do ano de 2004. As modificações surtiram efeito
imediato, de modo que a Ferroviária terminou a Série B1 de 2004 na 2ª
colocação, garantindo o acesso para a Série A3 após uma vitória por 2 a 0
diante da Jalesense, em casa. O próximo objetivo seria o retorno para a segunda
divisão. O sonho grená passou longe de ser realizado no ano de 2005, quando a
Ferrinha terminou apenas no 7º lugar de seu grupo na Série A3. Todavia, em
2006, a Ferroviária conseguiu retornar ao quadrangular decisivo da Série A3
depois de 7 anos, após terminar o seu grupo na 1ª colocação. A equipe de
Araraquara duelou contra São José, XV de Jaú e Santacruzense na fase decisiva.
Na última rodada do quadrangular, com a Fonte Luminosa lotada e precisando
apenas do empate, a Ferroviária foi surpreendida pelo XV de Jaú, sendo
derrotada em seus domínios por 2 a 0. O sonho do retorno à Série A2 havia sido
adiado para o ano seguinte.
Título da Copa Paulista e o ressurgimento para o
futebol (2006)
Depois da
trágica perda do acesso para o XV de Jaú, no primeiro semestre de 2006, o
torcedor da Ferroviária havia perdido todas as esperanças que depositava na
equipe. Restava ao time grená, no segundo semestre, a saga de disputar a Copa
Federação Paulista de Futebol (atualmente denominada de Copa Paulista), uma
difícil competição que naquele ano reuniu 32 equipes do futebol paulista (das
Séries A1, A2 e A3), classificando apenas o campeão e o vice para competições
nacionais (o campeão conquistava o direito de disputar a Copa do Brasil,
enquanto o vice se classificava para o Campeonato Brasileiro da Série C). O
pessimismo da torcida era evidente, principalmente após a eliminação para o
Grêmio Barueri nas quartas de final da Copa FPF de 2005 e depois da recente
perda do acesso para o XV de Jaú. Após uma primeira fase irregular, a
Ferroviária conseguiu se classificar para as oitavas de final do torneio como
uma das piores colocadas dentre os 16 times que avançaram. No entanto, quando
do início do mata-mata, o time grená mostrou toda sua força, tradição e
capacidade de recuperação. Nas oitavas de final, a Ferroviária eliminou o
Itararé (vitória por 1 a 0 em casa e empate em 1 a 1 fora). Nas quartas de
final, o time grená passou com facilidades pelo Guarani (duas vitórias: 5 a 2
em casa e 2 a 1 fora). A partir da decisiva semifinal, a Fonte Luminosa passou
a receber grandes públicos, e a possibilidade de disputar uma competição
nacional após muitos anos contagiou a torcida de Araraquara. Contra o São
Bernardo, na semifinal, depois da vitória por 1 a 0 em casa, a Ferroviária
necessitava de um empate dentro do ABC Paulista. E conseguiu. O empate fora de
casa por 1 a 1 contra o São Bernardo garantiu a Ferroviária numa competição
nacional depois de 5 anos, bem como deu ao time grená a possibilidade de
disputar um título depois de 40 anos. O adversário da final era o Bragantino,
equipe que disputava a Série A1 do Campeonato Paulista na ocasião e que também
tentava quebrar um jejum de 16 anos sem conquistas. Apesar da superioridade de
seu adversário, a Ferroviária não se intimidou, vencendo a partida de ida por 1
a 0 dentro de uma Fonte Luminosa completamente lotada. No jogo de volta,
disputado em Bragança Paulista, a Ferroviária necessitava do empate para se
sagrar campeã. Após levar o primeiro gol ainda no 1º tempo, a Ferroviária
conquistou o empate de forma heróica aos 40 minutos da segunda etapa, com um
gol de cabeça do centro-avante Jackson, que calou o então lotado estádio
Marcelo Stéfani. Com o empate em 1 a 1, a Ferroviária se sagrou campeã da Copa
Paulista em 2006, quebrando um jejum de 40 anos sem títulos (o último havia
sido a Série A2 em 1966). De quebra, a equipe de Araraquara conquistou o
direito de disputar, pela primeira vez, a Copa do Brasil em 2007. O ano de
2006, que tinha tudo para ser considerado um ano trágico após a perda do
acesso, terminou de forma feliz para o time da Ferroviária. Por essas razões, o
dia 25/11/2006 para sempre ficará marcado na memória do torcedor grená como a
data na qual a Ferroviária ressurgiu para o futebol, após longos anos de
tristeza e decadência.
Permanência em divisões inferiores (2007-2014)
O ano de
2007 pode ser considerado como um ano de sucesso para a Ferroviária. Na Série
A3 do Campeonato Paulista, a Ferroviária, durante a primeira fase, fez a melhor
campanha dentre as 20 equipes, classificando-se para o quadrangular final.
Duelando contra Olímpia, Linense e XV de Piracicaba, a ferrinha, ao contrário
do ano anterior, não deixou escapar o acesso, retornando à Série A2 do
Campeonato Paulista após 09 anos.
Na Copa
do Brasil de 2007, a Ferroviária duelou na primeira fase contra o Juventude
(RS), equipe que, à época, disputava a Série A do Campeonato Brasileiro. Mesmo
diante da defasagem financeira entre as duas equipes, em um jogo memorável, a
Ferroviária venceu o Juventude por 3 a 1 dentro de Araraquara. No duelo de
volta, em Caxias do Sul, o Juventude venceu por 2 a 0, eliminando a locomotiva
pelo critério do gol marcado fora de casa.
Já na
Copa FPF de 2007, a Ferroviária novamente fez grande campanha e, por pouco, não
conquistou o bicampeonato. Após eliminar o rival Botafogo de Ribeirão nas
quartas de final, a equipe araraquarense foi eliminada na semifinal pelo
Linense.
No ano de
2008, em seu retorno à Série A2, a Ferroviária conseguiu se classificar para o
quadrangular final da competição. Era a primeira vez que a Ferroviária chegava
perto de retornar à sonhada elite do futebol paulista. Na fase final, todavia,
a locomotiva decepcionou, ficando em último lugar de seu grupo, que também
reunia Santo André, Botafogo de Ribeirão e União de São João.
Em 2009,
ante a reforma do Estádio da Fonte Luminosa, a Ferroviária teve que mandar os
seus jogos no Estádio do Jardim Botânico. A mudança temporária de endereço não
fez bem ao time grená, que, na Série A2 do Campeonato Paulista, ficou na última
colocação de um total de 20 times, o que ocasionou o rebaixamento e retorno da
equipe à Série A3 do Campeonato Paulista. De boas recordações do ano de 2009,
fica apenas a inauguração da moderna Arena da Fonte, no dia 22/10/2009, em jogo
válido pela Copa Paulista de Futebol, no qual a Ferroviária derrotou o Ituano
por 2 a 1. A partida foi televisionada para todo o país por meio do canal
Record News.
No
Campeonato Paulista da Série A3 de 2010, a Ferroviária conseguiu se classificar
para o quadrangular final da competição, ocasião na qual o time grená fez
campanha espetacular em um grupo composto por XV de Piracicaba, Comercial e XV
de Jaú (04 vitórias, 01 empate e 01 derrota). Assim, a Ferroviária conquistou o
acesso à Série A2 e a vaga na final do torneio, sagrando-se vice-campeã após
derrotas para o Red Bull na decisão.
De volta
à Série A2 do Campeonato Paulista em 2011, a Ferroviária ficou apenas com a 7ª
colocação de seu grupo, composto por 10 equipes. O 13º lugar na classificação
geral (de um total de 20 equipes) manteve a equipe na segunda divisão do
futebol de São Paulo. Na Copa Paulista, a Ferroviária voltou, após alguns anos,
a atingir as fases finais da competição, sendo eliminada pelo Comercial de
Ribeirão nas quartas de final.
Já no ano
de 2012, a Ferroviária teve a sua segunda oportunidade de retornar à elite do
futebol paulista. Assim como em 2008, a Ferroviária conseguiu se classificar
para o quadrangular final do Campeonato Paulista da Série A2. Na fase final,
todavia, a ferrinha novamente decepcionou sua torcida, ficando em último lugar
de um grupo que também reunia União Barbarense, Atlético de Sorocaba e Audax.
Na Copa Paulista, a Ferroviária novamente fez uma ótima campanha, sendo
eliminada na semifinal pelo time do Audax.
Em 2013,
a Ferroviária sofreu no Campeonato Paulista da Série A2. Na 16ª colocação
dentre um total de 20 equipes, a Ferroviária somente conseguiu escapar do
rebaixamento na última rodada, após uma vitória por 1 a 0 sobre o Santo André e
uma improvável combinação de resultados.
Por sua
vez, no ano de 2014, sob o sistema de pontos corridos, a Ferroviária não passou
sustos, ficando na 9ª colocação do Campeonato Paulista da Série A2, dentre um
total de 20 equipes.
O retorno à elite após 19 anos (2015)
No ano de
2015, o Campeonato Paulista da Série A2 novamente foi disputado sob o sistema
de pontos corridos, com 20 equipes. Em um regulamento que premia a
regularidade, a Ferroviária realizou uma campanha que beirou à perfeição.
Sob o
comando do técnico Milton Mendes, o esquadrão grená terminou o campeonato na 1ª
colocação, somando 44 pontos, com 14 vitórias, 2 empates e 3 derrotas. Foram 08
pontos de frente sobre o 2º colocado.
Durante a
brilhante campanha, que contou com um aproveitamento de 77,2%, alguns jogos
foram memoráveis, como a goleada por 7 a 1 sobre o Monte Azul, e a vitória por
4 a 0 sobre o Novorizontino, em um "jogo de 06 pontos", válido pela
16ª Rodada.
O sucesso
da locomotiva resgatou a paixão da torcida de Araraquara pelo time, tendo a
Arena da Fonte recebido grandes públicos nos jogos contra o Novorizontino (16ª
Rodada - 8.605 pagantes) e contra o Guarani (última rodada - 13.660 pagantes).
O acesso
ocorreu em 18/04/2015, em jogo válido pela 17ª Rodada, após uma vitória por 1 a
0 contra o Guaratinguetá, no estádio Dario Rodrigues Leite.
O gol de
pênalti marcado pelo atacante Tiago Adan colocou a Ferroviária na primeira
divisão do futebol paulista após um jejum de 19 anos. No dia do acesso, uma
grande festa tomou conta das ruas de Araraquara.
De
quebra, a melhor campanha rendeu à Ferroviária o tricampeonato da Série A2 do
Campeonato Paulista (1955-1966-2015).
Assim, no
ano de 2016, a Ferroviária disputará o Campeonato Paulista da Série A1 (após 19
anos), bem como a Copa do Brasil (após 08 anos).
MASCOTE DA FERROVIARIA
38 anos da AFE
No dia 13 de abril de 1988 a
seleção pré-olímpica de cuba desembargou às 10h no Hotel
Uirapuru se preparando para o duelo do dia seguinte, quando às 21h estava
programado o confronto perante a Ferroviária na comemoração do aniversário
natalício de 38 anos do time.
O
amistoso internacional contra a seleção cubana, foi precedido de bom cartaz.
Por parte da diretoria da agremiação a expectativa era de um grande público,
não apenas em função do jogo, mas para a festividade do aniversário da
Ferrinha.
Com a
presença de público diminuto para o confronto e para a comemoração de uma data
festiva, Ferroviária e a Seleção Pré-Olímpica de Cuba duelaram no dia 14 de abril
num amistoso de caráter internacional. As 20h45 min entrou em campo a Seleção
de Cuba, enquanto às 20h50 min o trio de arbitragem se fez presente. Já às
20h51 min adentrou o gramado da Fonte a banda regimental do 13 Batalhão
Policial local. Só às 21h05 min adentrou em campo com um atraso injustificável
por se anfitriã. Com os jogadores e trio de arbitragem perfilado a banda
executou os hinos nacionais, com o hasteamento das bandeiras de Cuba, do Brasil
e da Ferroviária.
Nos
primeiros movimentos notou-se uma AFE quase desmantelada, dando muito espaço
aos jogadores cubanos que tinham maior domínio territorial e que demonstravam
mais velocidade. Logo aos 5 min, mercê do seu domínio e de sua melhor
movimentação, não demorou muito para que Cuba chegasse na meta do arqueiro
afeano. A bola foi lançada na grande área grená, onde Pietro golpeou de cabeça,
para que a bola choca-se contra o travessão do arco guarnecido por Pavão. Num
lance esporádico a bola foi lançada para a área cubana por duas vezes seguidas.
A torcida
não gostava da maneira com que a Ferroviária atuava, com Toquinho não
conseguindo fazer a vigilância no adversário, e com Meinha e Helinho indo muito
a frente, permitindo assim, que os cubanos se movimentassem com facilidade. Aos
31 min, Betão chutou forte, obrigando o goleiro cubano a praticar boa
intervenção, mandando a bola para escanteio. Aos 39 min, Toquinho cobrou
escanteio e Mauro Pastor levou a melhor de cabeça e a bola caiu nos pés de
Valdo, que num lance infeliz, mandou a pelota para o fundo de sua própria rede,
concedendo o empate da Ferroviária.
No
segundo tempo Clérice fez cinco alterações de uma só vez, contudo as mesmas não
surtiram os efeitos desejados, permanecendo a equipe bastante desencontrada e
após reagir e pressionar no final do primeiro tempo voltou a cair de produção
na etapa final. A partida acabou ficando mais equilibrada nos últimos 15 min e
o jogo terminou um mesmo empatada por 1 a 1.
Antes de
chegar na Morada do Sol, os compatriotas de Fidel Castro atuaram em Jundiaí e
Limeira.Após ser recepcionada no hotel Uirapuru, onde comissão técnica e
jogadores ficaram alojados até a iminência da partida.
Ferroviária Futebol S.A. - Origem
A idéia
da criação de uma empresa para a exploração das atividades de futebol da AFE
nasceu no gabinete do Prefeito Municipal de Araraquara, Edinho Silva e foi
pauta de várias reuniões entre o Sr. Prefeito e diversos simpatizantes e
torcedores de futebol da Gloriosa AFE, que queriam ver o clube brilhar ainda
mais. Em 11 de novembro de 2003 realizou-se a Assembléia Geral de Constituição
que declarou formalmente constituída a Ferroviária Futebol S.A., elegendo o
Conselho de Administração da Empresa, que a seguir elegeu a primeira diretoria,
com mandato até Abril de 2004. O contrato foi registrado na Junta Comercial do
Estado em 03/12/2003.
O
primeiro corpo administrativo da Ferroviária S.A. ficou assim definido: Valdir
Massucato (Diretor Presidente), Waldemar Paschoalino Júnior (Diretor
Vice-presidente), Bruno José Ópice de Mattos (Diretor Administrativo/Financeiro)
e Osmar Alberto Volpe (Diretor de Futebol).
No início
da constituição da S.A., algumas parcerias foram fundamentais para o sucesso do
clube-empresa. É importante destacar ações conjuntas entre S/A e empresas como
Lupo, Unimed, Patrezão, Empresa Cruz, Usina Maringá, Uniara, Viação Paraty,
entre outras que de forma direta ou indireta participaram do ressurgimento da
querida Ferroviária de Araraquara.
Ao mesmo
tempo, como compromisso com torcida e a cidade, traçou-se como objetivo o
acesso às divisões superiores do Futebol Paulista em curto espaço de tempo. No
primeiro semestre de 2006, a locomotiva grená quase chegou ao acesso à Série
A2.
Apesar de
não conseguir o acesso em 2006, a diretoria da Ferroviária seguiu firme em
busca dos objetivos traçados, e, como consequência do trabalho honesto,
transparente e de muita competência, a Ferrinha sagrou-se campeã da Copa
Federação Paulista nesse ano, batendo o bicho-papão Bragantino e calando o
estádio Marcelo Estefani, com mais de 10 mil torcedores.
Hoje, a
Ferroviária está na Série A1 do Campeonato Paulista, após brilhante campanha na
Série A2 2015. A Locomotiva também jogará a Copa do Brasil 2016.
MASCOTE MAQUINISTA
Jogadores Ilustres
- Bazzani (maior
jogador e ídolo da Ferroviária)
- Bio
- Caíco
- Caiuby
- Claudinho Macalé
- Dinei
- Dorival Júnior
- Douglas Onça
- Dudu
- Edivaldo Rojas Hermoza (atuou pela Seleção Boliviana de 2011)
- Leandro Donizete
- Fia (comprado
do Paulista de São Carlos)
- Francisco Alex
- Fogueira
- Grafite (atuou
pela Seleção Brasileira de 2010)
- Itamar (comprado
do São
Carlos Clube)
- Julio Cesar Cominotte (Gremio Sãocarlense)
- Lance (artilheiro do Campeonato Paulista 2ª divisão de 1969 pelo São
Carlos Clube)
- Maurinho (atuou
pela Seleção Brasileira de 1954)
- Mauro Pastor
- Pádua (veio
do São
Carlos Clube em 1970)
- Pio (encerrou
carreira jogando no Grêmio
Sãocarlense)
- Peixinho
- Pinheirense
- Renato Cajá
- Rodrigo Tabata
- Sérgio Bergantin
- Sidnei Alástico
- Téia (artilheiro
do Campeonato Paulista de 1968)
- Vail Mota
- Vica
- Volnei (artilheiro
do Campeonato Paulista de 1990)
- Fumagalli
Vale lembrar que Antonio de Oliveira Filho, o Careca;
talvez o araraquarense mais ilustre, ídolo da Seleção Brasileira (participou de
Duas Copas do Mundo FIFA), do São Paulo FC e do Guarani FC, campeão brasileiro
em 1978 e 1986, NUNCA jogou pela Ferroviária, porém declarou que já foi
torcedor, e que frequentava alguns jogos da mesma.
Títulos
Estaduais
Competição Títulos Temporadas
Estádio
O estádio
onde a Ferroviária manda seus jogos é municipal, conhecido como "Arena da Fonte Luminosa", seu nome oficial é Estádio Doutor Adhemar de Barros.
Recentemente
passou por grandes reformas transformando-se numa arena multiuso. A nova
capacidade é de mais de 20.000 torcedores, todos os lugares com cadeiras, com
dimensões de 110m de comprimento por 76m de largura, passando a ser um dos maiores gramados do Brasil,
superando até mesmo o do Maracanã. (O maior gramado do Brasil é o Serra Dourada de Goiânia, que chega ao "absurdo" de medir 118m
por 78m). Hoje muitos estádios tem dimensões de 110 por 75m, tais como: Maracanã, Brinco de Ouro, Prudentão,
Parque Antártica e alguns
outros. Atualmente, como os estádios estão se reformulando para a Copa do Mundo, todos terão obrigatoriamente a dimensão de 105
por 68m, que é a medida oficial usada pela FIFA,
estádios como o Maracanã, Mineirão e outros, que tinham 110 por 75m, mudarão
definitivamente para 105 por 68m.
Com um
sistema computadorizado de última geração, o gramado da Arena recebe um dos
melhores tratamentos do Brasil. Recentemente, no mês de Janeiro de 2010, a
Arena pôde receber um jogo profissional. O time de Itápolis,o Oeste, mandou seu jogo contra o Corinthians para a
Arena, onde perdeu de 2 a 1.
ESTADIO DR. ADHEMAR DE BARROS
Curiosidades
- O primeiro jogo oficial:
Ferroviária
3 x 1 Mogiana; (15/05/1951).
- Autor do primeiro gol:
Henrique
Candido (Fordinho).
- Maior Goleada:
15 x 1
(Velo Clube 1955). Partida válida pela Segunda Divisão de 1955, que terminou com o título da
Ferroviária.[2]
- O primeiro jogo na Fonte
Luminosa:
Ferroviária
0 x 5 Vasco da Gama-RJ; (10/06/1951). Esse foi também o jogo do primeiro gol na
Fonte Luminosa, marcado por Friaça, do Vasco.
- Recorde de público na Fonte
Luminosa:
19.421
pessoas (Ferroviária 0 x 1 Palmeiras-SP, Campeonato Paulista da 1ª divisão;
(22/05/1993))
- Maior público:
46.735
torcedores (Corinthians-SP 3 x 1 Ferroviária); Estádio do Pacaembu
(29/11/1982). Os gols corintianos na partida foram assinalados por Casagrande
(2) e Vladimir, enquanto que Bozó anotou o tento grená.
- Jogos Históricos (Jogados
pela Ferroviária):
1956 (AFE
6 x 3 Botafogo-SP); 1966 (AFE 2 x 2 Cruzeiro-MG); 1967 (AFE 4 x 0
Napoli-Itália) e 2007 (AFE 3 x 1 Juventude-RS)
- O primeiro jogo na Arena
Fonte Luminosa:
Ferroviária
2 x 1 Ituano; (22/10/2009) 21.254 torcedores.
- Jogos Históricos na Arena
Fonte Luminosa:
2009
(Ferroviária 2 x 1 Ituano); 2009 (AFE "Juniores" 2 x 3 Corinthians-SP
"Juniores"); 2010 (Oeste-SP 1 x 2 Corinthians-SP); 2010 (Palmeiras-SP
2 x 2 Rio Branco-SP); 2010 (Palmeiras-SP 0 x 2 Atlético-MG); (Ferroviária 7 X 1
Monte Azul ); (Ferroviária 4 x 0 Novorizontino); (Ferroviária 0 x 0 Guarani) e
(Ferroviária 2 X 2 Corinthians)
- Pelé e a Ferroviária:
Em 22
oportunidades a Ferroviária enfrentou o Santos de Pelé, o Santos venceu 12, a
AFE 6 e foram 4 empates. Pelé sempre retratou que jogar com a Locomotiva na
Arena da Fonte era complicado.
- Ferroviária e os técnicos:
A AFE já
foi comandada por mais de 125 técnicos diferentes.
- Ferroviária em pleno
Olímpico
Vale
lembrar que em 1983, pela Taça do Ouro, a Ferroviária derrotou a equipe do
Grêmio, fora de casa por 3x1, garantindo sua classificação para próxima fase da
mesma.
FERROVIARIA 1951
FERROVIARIA 1952
FERROVIARIA 1952
FERROVIARIA 1953
FERROVIARIA 1953
FERROVIARIA 1955 Em pé Fia - Izã - Cardarelli - Dirceu - Itamar - Pixo e Elcias Agachados Paulinho - Cardozo - Gomes - Bazani e Boquita
FERROVIARIA ANOS 50
FERROVIARIA 1959
FERROVIARIA 1960
FERROVIARIA 1960
FERROVIARIA ANOS 60
FERROVIARIA 1962
FERROVIARIA 1962
FERROVIARIA 1962
FERROVIARIA 1964 em pé rossi rubenssalles toninho beto rodrigues e capitão agachados carlinhos tales osmar bazani e pio
FERROVIARIA ANOS 60 FRENTE A CAMÁRA MUNICIPAL DE ARARAQUARA
FERROVIARIA 1967 antenor - rossi - bebeto - fogueira - baiano - machado - jacquelinemyrna e aldocomito agachados valdir maritaca téia bazani e nei -
FERROVIARIA 1968 fogueira - baiano - fernando - bebeto - rossi e machado agachados valdir maritaca téia bazani e pio mascote do meio é o dorival júnior
FERROVIARIA 1968 PEIXINHO, MARITACA, RUI JULIO E FOGUEIRA
FERROVIARIA 1969
FERROVIARIA X SANTOS EM 1960
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