FUTEBOL DO BRASIL – PARTE
5
CAMPEOES
Campeonato Brasileiro de
Futebol
(conhecido popularmente como Brasileirão
e, por questões de patrocínio, como Brasileirão
Chevrolet) é o principal
torneio entre clubes de futebol do Brasil, disputado anualmente desde 1959.
SANTOS DE PELÉ E PEPE
BOTAFOGO DE DIDI E GARRINCHA
Taça do
Brasil
1959 -
Esporte Clube Bahia (Salvador)
2nd: Santos Futebol Clube (Santos)
1960 -
Sociedade Esportiva Palmeiras (São Paulo)
2nd: Fortaleza Esporte Clube
(Fortaleza)
1961 - Santos
Futebol Clube (Santos)
2nd: Esporte Clube Bahia (Salvador)
1962 - Santos
Futebol Clube (Santos)
2nd: Botafogo de Futebol e Regatas
(Rio de Janeiro)
1963 - Santos
Futebol Clube (Santos)
2nd: Esporte Clube Bahia (Salvador)
1964 - Santos
Futebol Clube (Santos)
2nd: Clube de Regatas Flamengo (Rio
de Janeiro)
1965 - Santos
Futebol Clube (Santos)
2nd: Clube de Regatas Vasco da Gama
(Rio de Janeiro)
1966 -
Cruzeiro Esporte Clube (Belo Horizonte)
2nd: Santos Futebol Clube (Santos)
1967 -
Sociedade Esportiva Palmeiras (São Paulo)
2nd: Clube Náutico Capibaribe
(Recife)
1968 -
Botafogo de Futebol e Regatas (Rio de Janeiro)
2nd: Fortaleza Esporte Clube
(Fortaleza)
Taça Roberto
Gomes de Pedrosa
1967 -
Sociedade Esportiva Palmeiras (São Paulo)
2nd: Sport Club Internacional (Porto
Alegre)
1968 - Santos
Futebol Clube (Santos)
2nd: Sport Club Internacional (Porto
Alegre)
1969 -
Sociedade Esportiva Palmeiras (São Paulo)
2nd: Cruzeiro Esporte Clube (Belo
Horizonte)
1970 -
Fluminense Futebol Clube (Rio de Janeiro)
2nd: Sociedade Esportiva Palmeiras
(São Paulo)
CAMPEONATO BRASILEIRO
Official Brazilian (organised by CBF and CBD)
championships champions
1971 - Clube
Atlético Mineiro (Belo Horizonte)
2nd: São Paulo Futebol Clube (São
Paulo)
1972 -
Sociedade Esportiva Palmeiras (São Paulo)
2nd: Botafogo de Futebol e Regatas
(Rio de Janeiro)
1973 -
Sociedade Esportiva Palmeiras (São Paulo)
2nd: São Paulo Futebol Clube (São
Paulo)
1974 - Clube
de Regatas Vasco da Gama (Rio de Janeiro)
2nd: Cruzeiro Esporte Clube (Belo
Horizonte)
1975 - Sport
Club Internacional (Porto Alegre)
2nd: Cruzeiro Esporte Clube (Belo
Horizonte)
1976 - Sport
Club Internacional (Porto Alegre)
2nd:
Sport Club Corinthians (São Paulo)
1977 - São
Paulo Futebol Clube (São Paulo)
2nd: Clube Atlético Mineiro (Belo
Horizonte)
1978 -
Guarani Futebol Clube (Campinas)
2nd: Sociedade Esportiva Palmeiras
(São Paulo)
1979 - Sport
Club Internacional (Porto Alegre)
2nd: Clube de Regatas Vasco da Gama
(Rio de Janeiro)
1980 - Clube
de Regatas Flamengo (Rio de Janeiro)
2nd: Clube Atlético Mineiro (Belo
Horizonte)
1981 - Grêmio
Foot-ball Portoalegrense (Porto Alegre)
2nd: São Paulo Futebol Clube (São
Paulo)
1982 - Clube
de Regatas Flamengo (Rio de Janeiro)
2nd: Grêmio Foot-ball Portoalegrense
(Porto Alegre)
1983 - Clube
de Regatas Flamengo (Rio de Janeiro)
2nd: Santos Futebol Clube (Santos)
1984 -
Fluminense Futebol Clube (Rio de Janeiro)
2nd: Clube de Regatas Vasco da Gama
(Rio de Janeiro)
1985 -
Coritiba Futebol Clube (Curitiba)
2nd: Bangu Atlético Clube (Rio de
Janeiro)
1986 - São
Paulo Futebol Clube (São Paulo)
2nd: Guarani Futebol Clube (Campinas)
2nd: Guarani Futebol Clube (Campinas) [1]
Clube dos Treze (organisation of the top Brazilian
clubs) tournaments champions
1987 - Clube
de Regatas Flamengo (Rio de Janeiro)
2nd: Sport Club Internacional (Porto
Alegre) [1]
1988 -
Esporte Clube Bahia (Salvador)
2nd: Sport Club Internacional (Porto Alegre)
1989 - Clube
de Regatas Vasco da Gama (Rio de Janeiro)
2nd: São Paulo Futebol Clube (São
Paulo)
1990 - Sport Club Corinthians (São Paulo)
2nd: São Paulo Futebol Clube (São
Paulo)
1991 - São
Paulo Futebol Clube (São Paulo)
2nd: Clube Atlético Bragantino
(Bragança Paulista)
1992 - Clube
de Regatas Flamengo (Rio de Janeiro)
2nd: Botafogo de Futebol e Regatas
(Rio de Janeiro)
1993 -
Sociedade Esportiva Palmeiras (São Paulo)
2nd: Esporte Clube Vitória (Salvador)
1994 -
Sociedade Esportiva Palmeiras (São Paulo)
2nd:
Sport Club Corinthians (São Paulo)
1995 -
Botafogo de Futebol e Regatas (Rio de Janeiro)
2nd: Santos Futebol Clube (Santos)
1996 - Grêmio
Foot-ball Portoalegrense (Porto Alegre)
2nd: Associação Portuguesa de
Desportos (São Paulo)
1997 - Clube
de Regatas Vasco da Gama (Rio de Janeiro)
2nd: Sociedade Esportiva Palmeiras
(São Paulo)
1998 - Sport Club Corinthians (São Paulo)
2nd: Cruzeiro Esporte Clube (Belo
Horizonte)
1999 - Sport Club Corinthians (São Paulo)
2nd: Clube Atlético Mineiro (Belo
Horizonte)
2nd: Associação Desportiva São
Caetano (São Caetano do Sul) [2]
2001 - Clube
Atlético Paranaense (Curitiba)
2nd: Associação Desportiva São
Caetano (São Caetano do Sul)
2002 - Santos Futebol Clube (Santos)
2nd: Sport Club
Corinthians (São Paulo)
2003 -
Cruzeiro Esporte Clube (Belo Horizonte)
2nd: Santos Futebol Clube (Santos)
2004 - Santos
Futebol Clube (Santos)
2nd: Clube Atlético Paranaense
(Curitiba)
2005 - Sport Club Corinthians (São Paulo)
2nd: Sport Club Internacional (Porto
Alegre)
2006 - São
Paulo Futebol Clube (São Paulo)
2nd: Sport Club Internacional (Porto
Alegre)
2007 - São
Paulo Futebol Clube (São Paulo)
2nd: Santos Futebol Clube (Santos)
2008 - São
Paulo Futebol Clube (São Paulo)
2nd: Grêmio Foot-ball Portoalegrense
(Porto Alegre)
2009 - Clube
de Regatas Flamengo (Rio de Janeiro)
2nd: Sport Club Internacional (Porto
Alegre)
2010 -
Fluminense Futebol Clube (Rio de Janeiro)
2nd: Cruzeiro Esporte Clube (Belo
Horizonte)
2011 - Sport Club Corinthians (São Paulo)
2nd: Clube de Regatas Vasco da
Gama (Rio de Janeiro)
2012 -
Fluminense Futebol Clube (Rio de Janeiro)
2nd: Clube Atlético Mineiro (Belo
Horizonte)
2013 -
Cruzeiro Esporte Clube (Belo Horizonte)
2nd: Grêmio Foot-ball Portoalegrense
(Porto Alegre)
2014 -
Cruzeiro Esporte Clube (Belo Horizonte)
2nd: São Paulo Futebol Clube (São
Paulo)
2015 - Sport Club Corinthians (São Paulo)
2nd: Clube Atlético Mineiro (Belo
Horizonte)
TÍTULOS
Y VICECAMPEONATOS
6 [ 6] São Paulo
6 [ 3] Corinthians
5
Flamengo
4 [ 2] Palmeiras
3 [ 4] Cruzeiro
3 [ 4] Internacional
3 [ 3] Vasco da Gama
3
Fluminense
2 [ 4] Santos
2 [ 3] Grêmio
1 [ 5] Atlético Mineiro
1 [ 2] Botafogo
1 [ 2] Guarani
1 [ 1] Atlético Paranaense
1
Bahia
1
Coritiba
1
Sport Recife
[ 1] Bangu
[ 1] Bragantino
[ 1] Portuguesa
[ 1] São Caetano
[ 1]
Vitória
Total de temporadas entre os quatro primeiros
colocados (1959 a 2012)
Clube
|
Total
|
Palmeiras 18
Grêmio 17
Botafogo 11
Flamengo 8
Bahia 5
Náutico 3
America 2
Bangu 1
Campeões invictos
·
No
período em que o Campeonato Brasileiro era disputado em sistema
eliminatório
(1959-1968), foram campeões invictos o Palmeiras (1960), Santos (1963, 1964 e 1965) e Cruzeiro (1966).[35]
·
No
período em que era adotado sistemas mistos (1967-2002), o único campeão
invicto foi o Internacional em 1979.
·
Desde que
passou para o sistema de "todos contra todos" (2003), nenhuma equipe conseguiu
ser campeã invicta.
Sobre os campeões
·
O São Paulo é o único tricampeão
(consecutivo) da competição por pontos corridos, isto em 2006/2007/2008.
·
Por 7
vezes houve um bicampeonato: 1967 (Taça
Brasil)/1967
(Robertão) com o Palmeiras, 1972/1973 com o Palmeiras, 1975/1976 com o Internacional, 1982/1983 com o Flamengo, 1993/1994 com o Palmeiras, 1998/1999 com o Corinthians, 2013/2014 com o Cruzeiro.
·
Desde 1961, somente duas equipes de cidades
que não são capitais de estado conquistaram o título: Santos, em 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1968, 2002 e 2004, além de Guarani de Campinas, em 1978.
·
Em 1977, o São Paulo foi campeão ao vencer o Atlético/MG na decisão por pênaltis, após
empate por 0 a 0. Mas tanto Atlético/MG, vice-campeão, como Botafogo, 5° colocado, terminaram o
campeonato invictos.
·
O Santos
é o único time que conseguiu vencer a Taça
Libertadores da América e o Campeonato Brasileiro no mesmo ano, feito realizado em 1962 e 1963.
·
Em 2003, o Cruzeiro foi o primeiro time a conquistar
a "Tríplice Coroa" ao vencer no mesmo ano o título de seu estado (no
caso o Campeonato Mineiro), a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro.
·
Por 15
vezes o campeão brasileiro também venceu o campeonato estadual no mesmo ano: Cruzeiro (1966, 2003 e 2014), Palmeiras (1972, 1993 e 1994), Internacional (1975 e 1976), Fluminense (1984 e 2012), Bahia (1988), São Paulo (1991), Grêmio (1996), Corinthians (1999), Atlético
Paranaense (2001), Flamengo (2009).
·
Vanderlei Luxemburgo é o técnico que mais vezes foi
campeão brasileiro pós-1971: 5 vezes: 1993 e 1994 pelo Palmeiras, 1998 pelo Corinthians, 2003 pelo Cruzeiro e 2004 pelo Santos.
·
Paulo César Carpegiani, Muricy Ramalho, Emerson Leão e Andrade foram os únicos a serem campeões
como jogadores e como técnicos. Carpegiani foi três vezes campeão como jogador
(em 1975 e 1976 pelo Internacional e em 1980 pelo Flamengo) e uma vez como técnico (pelo Flamengo, em 1982). Muricy foi uma vez campeão
como jogador, em 1977, e quatro como técnico, em 2006, 2007 , 2008 e 2010, sendo que três são pelo São Paulo e a outra pelo Fluminense. Leão, assim como Carpegiani,
foi três vezes campeão como jogador (em 1972 e 1973 pelo Palmeiras e em 1981 pelo Grêmio) e duas
como técnico (em 1987 pelo Sport e em 2002 pelo Santos). Andrade foi 4 vezes como
jogador (1980, 1982 e 1983 pelo Flamengo; 1989 pelo Vasco) e em 2009 como
técnico, novamente pelo Flamengo.
·
Em 1987, Emerson Leão estava inscrito
como goleiro no Sport, mas desistiu da profissão de
jogador para iniciar a sua carreira como técnico. Numa partida, o goleiro do
seu time se machucou e Leão teve que voltar ao gol.
·
O jogador
que mais venceu o Campeonato Brasileiro pós-1971 é Dagoberto Pelentier, uma vez pelo Atlético
Paranaense (2001),
duas vezes pelo São Paulo (2007 e 2008) e duas vezes pelo Cruzeiro (2013 e 2014). Na fase prévia,
foi Pelé, com seis títulos pelo Santos em 1961, 1962, 1963, 1964, 1965,
1968.
·
O Internacional foi o campeão com o melhor
aproveitamento: em 1976 conseguiu 84,1% dos pontos
disputados em 23 partidas. Já o Coritiba foi o com o aproveitamento mais baixo,
obtendo 49,4% dos pontos disputados em 29 jogos.
·
Desde
quando o campeonato passou a ser disputado por pontos corridos, em 2003, o Corinthians, o Cruzeiro e o São Paulo FC foram os que mais venceram, em 2005/2011/2015, 2003/2013/2014 e 2006/2007/2008
respectivamente.
·
O clube
que mais pontuou em um único campeonato brasileiro foi o Cruzeiro em 2003, com um
total de 100 pontos.
·
Em 2012,
o Sampaio
Corrêa Futebol Clube se
tornou o único a conquistar as três divisões inferiores à elite do futebol
nacional, já que tinha sido campeão da Série B, em 1972, e da Série C, em 1997.[36]
·
Em 2013,
o Cruzeiro se tornou o único clube a vencer
todos os adversários do campeonato pelo menos uma vez.
·
Em 2015,
o Corinthians realizou
a melhor campanha da história dos (81)pontos corridos, com formato de 20
equipes, adotado a partir de 2006. Tendo o melhor ataque com 71 gols, a defesa
menos vazada com 31 gols e não levou sequer um gol de seis adversários.
Sobre as partidas finais
·
De 1972 a 2002, quando existiram os confrontos
finais entre apenas dois clubes, nunca houve um confronto repetido. Foram
trinta partidas finais diferentes.
·
Os
campeonatos de 1971 e 1973 não tiveram um único confronto
final: o de 1971 foi decidido num triangular
entre Atlético Mineiro, São Paulo e Botafogo; o de 1973 foi decidido num quadrangular
entre Palmeiras, São Paulo, Cruzeiro e Internacional.
·
A final
de 1980 entre Atlético-MG e Flamengo, disputada em
ida-e-volta, foi a que teve mais pagantes, 269.497:
·
O Santos
é quem mais participou de finais seguidas (6): 1961, 1962, 1963, 1964, 1965 e 1966, vencendo de 1961 a 1965.
·
Fluminense e Vasco fizeram a primeira final entre
clubes de uma mesma cidade, no Campeonato
Brasileiro de 1984. Como os
dois clubes haviam levado quase 120.000 pagantes em seus jogos com mando de
campo pelas semifinais, as duas diretorias optaram por um grande aumento no
preço dos ingressos para evitarem-se tumultos, numa época em que não era comum
a venda antecipada de ingressos para as partidas.
·
Em apenas
duas finais não houve participação de equipes paulistas ou cariocas: Em 1975 (Internacional versus Cruzeiro)
e 1988 (Bahia versus Internacional).
·
Em 8
vezes, a final foi disputada por equipes do mesmo estado:
o
Palmeiras versus São Paulo definiu o título de 1973, mas se tratava de jogo pela
última rodada de um quadrangular.
·
Desde 2003, o Campeonato Brasileiro é
disputado por pontos corridos, como na maioria dos países filiados à FIFA, sendo o
Cruzeiro e o São Paulo os clubes que mais venceram, respectivamente, (2003, 2013 e 2014) e (2006, 2007 e 2008) desde
então, não havendo mais uma decisão entre apenas duas equipes.
Sobre clássicos
·
O
Palmeiras detém o maior tabu da história da competição em clássicos, com 25
jogos de invencibilidade sobre o São Paulo de 20 de fevereiro de 1974 a 2 de setembro de 2000, quando
perdeu por 3 a 0 para o Tricolor. Durante o período foram 11 vitórias
palmeirenses e 14 empates.[37]
Ranking de Pontos do Campeonato
Brasileiro (1971-2015)
Clube Pontos
Taça Brasil foi oficialmente a primeira competição
nacional entre clubes, criada pela CBD para substituir o
deficitário Campeonato Brasileiro de
Seleções Estaduais. Ela foi uma competição de futebol disputada
em sistema de copa entre 1959 e 1968,
e segundo João Havelange, seu criador, foi disputada nesse
formato devido às dificuldades de locomoção e transporte da época, impedindo
que existisse um torneio nacional mais integrado. Reunia as equipes campeãs
estaduais do Brasil. Ela foi criada pela CBD em 1959 para definir o
campeão brasileiro de clubes (algo ainda inédito no Brasil) e indicar os
representantes brasileiros na Taça Libertadores da América,[1]
que teve sua origem no Congresso da Confederação
Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) realizado no Rio de Janeiro em 1958, onde ficou
definido que haveria participação de todos os campeões nacionais da América
do Sul: Campeão argentino, campeão uruguaio, campeão paraguaio, campeão
chileno, campeão boliviano, campeão colombiano e campeão brasileiro. Ainda que
tenha sido criada apenas em 1959, a proposta original de criação da Taça Brasil
data do início da década de 1950, para conciliar e integrar os clubes dos
demais estados, haja vista que apenas clubes cariocas e paulistas tinham acesso
à Copa Rio Internacional e ao Torneio Rio-São Paulo.[2]
[3]
Em dezembro
de 2010, a CBF resolveu unificar os
títulos nacionais, equiparando oficialmente todas as edições da Taça Brasil ao Campeonato Brasileiro de Futebol.[4]
É considerada a primeira competição nacional do Brasil e ao lado do Torneio
Rio-São Paulo (cujo nome oficial era Torneio Roberto Gomes Pedrosa[5]
), foi precursor de sua versão ampliada, o Robertão, que por sua vez foi
o precursor do Campeonato Brasileiro de Futebol. Somadas todas as suas edições,
teve 452 jogos, com 1.341 gols (média de 2,99 gols por jogo).[6]
Participavam da Taça Brasil as equipes campeãs
estaduais de todo o país, porém as equipes mais fortes disputavam apenas as
fases finais. Em 1965 a Taça
Guanabara foi criada e passou a definir o representante do então Estado da Guanabara
(atual município do Rio de Janeiro). Até 1964 o representante da Guanabara era
definido pelo Campeonato Carioca. Já o representante do Estado
do Rio de Janeiro era definido pelo Campeonato Fluminense.[7]
Normalmente apenas uma equipe de cada estado
disputava a competição, porém as edições de 1961, 1964, 1965 e 1966 contaram
com dois representantes do futebol paulista, enquanto que em 1967 houve a
participação de duas equipes mineiras. Em 1968, último ano da competição,
nenhuma equipe paulista disputou a competição.
As edições de 1965 e 1968 não indicaram nenhuma
equipe para a Taça Libertadores da América. No
primeiro caso, pois o Brasil entendia que a competição havia sido
descaracterizada pela inclusão dos vice-campeões nacionais. No segundo, o
Brasil não participou da Libertadores em protesto às mudanças das regras da
competição. Neste ano as duas equipes brasileiras seriam indicados pelo Torneio
Roberto Gomes Pedrosa devido a atrasos na realização da Taça Brasil daquele
ano, que só terminou após o início da Libertadores.[8]
Assim o Brasil não participou da competição sul-americana em 1966 e 1969.
Até 1959, ao
contrário dos demais países sul-americanos com tradição no futebol, o Brasil era o único a não ter uma competição nacional para
eleger o seu campeão, até a década de 1960, o grande entrave para o surgimento de uma
competição de nível nacional era a dificuldade de locomoção e transporte em um
país com dimensões continentais. Além das dificuldades de
locomoção, as distâncias entre as principais cidades do país tornava uma
competição nacional inviável também por questões econômicas, além dos problemas
como a ausência de datas disponíveis, uma vez que os campeonatos estaduais e as
excursões, principalmente ao Exterior, altamente lucrativos para os clubes
preenchiam o calendário desportivo, recrudescidos ainda pela falta de recursos
da CBD e, por isso, a estruturação do futebol no Brasil aconteceu por meio dos campeonatos estaduais. Os torneios interestaduais eram restritos a poucos clubes, geralmente
do Rio de Janeiro e de São Paulo, cidades próximas e com melhor
infraestrutura.[9] [10]
Outro motivo para a demora na
criação de um torneio nacional de clubes foi a existência de uma competição
considerada como Campeonato Brasileiro. Entre 1922 e 1959, era o
torneio de futebol que carregava o status de mais importante do país e reunia
as seleções estaduais.[9] [11] "O Brasil era mais provinciano e as seleções,
ainda que tomassem como base o clube que os jogadores defendiam, eram quase dos
estados de nascimento", explica o jornalista Roberto Assaf.[9] Essa identificação ajudava a legitimar o torneio e
a lhe dar relevância diante do público. Nos anos de 1934 e 1935, no auge
da disputa entre amadorismo e profissionalismo, entidades ligadas aos dois
lados organizaram suas próprias versões. "Era um torneio oficial muito
respeitado, mas, como não envolve a paixão clubística, hoje ninguém tem
interesse em recuperá-lo", comenta o jornalista, historiador e escritor Odir Cunha.[9]
Vários fatores explicam a queda
de popularidade do torneio. O fato de cariocas e paulistas perderem a hegemonia
para Minas Gerais, em 1962, ajudou a enterrar a competição
(que até teve, em 1987, uma edição extraordinária, vencida pelo Rio de Janeiro,
representado pelo Americano). Mas o Brasileiro de Seleções
já perdia espaço desde a criação, em 1959, da Taça
Brasil.[9]
A primeira ideia de se criar um
campeonato nacional no Brasil está ligado a criação do primeiro Torneio Mundial
de Clubes, que apesar de ter sido proposto pelo então presidente da FIFA Jules Rimet para acontecer em 1939, mas
devido a Segunda Guerra Mundial os planos foram interrompidos
até a Copa do
Mundo de 1950, quando
a ideia foi retomada e, o Brasil se tornou em uma sede natural porque já tinha
a estrutura necessária. O Maracanã e a torcida brasileira haviam
impressionado o presidente da FIFA. Os dirigentes queriam reunir dezesseis
clubes para o torneio, entretanto, posteriormente perceberem que a Copa havia
trazido apenas treze seleções para o país e esse número de clubes era inviável.
Como ainda não existia os torneios continentais, ficou definido, portanto, que
o ideal seria juntar os campeões nacionais da Itália, Inglaterra, Portugal, Áustria, Escócia e Espanha, mas como o Brasil não tinha um campeonato nacional, em 1950, o
dirigente da FIFA Stanley Rous sugeriu a criação do torneio
nacional para definir um campeão para que pudesse haver apenas um clube representativo
de todo o Brasil no Torneio Internacional de Clubes de 1951.[12] Várias ideais foram feitas para contornar o
problema de o Brasil não ter um campeão nacional para disputar o torneio
mundial: como de um torneio improvisado com os vencedores dos estaduais do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul, mas como não existia tempo suficiente no
calendário para elaborá-lo e disputá-lo antes da competição mundial, a ideia foi
adiada. Então, o presidente do conselho técnico da Confederação Brasileira de Desportos (CBD, atual CBF), José
Maria Castelo Branco propôs uma disputa em melhor de três partidas entre o
campeão e o vice dos torneios paulista e carioca. Aí surgiu o problema da
legitimidade já que abria a possibilidade de nenhum campeão estadual
representar o País. Por fim, foi decidido, em um cenário muito polarizado entre
Rio e São Paulo, simplesmente apontar Vasco da
Gama e Palmeiras, os mais recentes campeões
desses Estados, como os dois representantes do país-sede.[13]
Também, devido ao atraso
brasileiro em relação aos outros países, os dirigentes do futebol nacional
começaram a se movimentar para organizar um campeonato nacional de clubes.[13] [10] O ex-presidente da Federação Metropolitana de
Futebol, entidade que dirigia o esporte no Rio de Janeiro, Antônio Gomes de
Avellar, levou a Castelo Branco, que estava à frente do futebol brasileiro
durante as férias de Mário Polo, uma proposta de torneio com doze clubes,
disputado em turno e returno. Para não desagradar demais as federações locais,
ele seria alternado anualmente com os campeonatos estaduais. O presidente do
Conselho Técnico prometeu encaminhar a ideia ao vice-presidente da CBD Mário
Polo quando este voltasse de férias, mas o primeiro campeonato com essas
características seria a Taça Brasil, que só começou a ser disputada vários anos
depois.[13] No dia 11 de setembro de 1952, a CBD
informa que a Copa Rio Internacional não seria disputada no ano de 1953, em
razão da antecipação da mesma para 1952. O conselho técnico da entidade sugere,
então, que ela seja disputada de 4 em 4 anos — e não mais de 2 em 2 anos, como
era o plano original.[12] Em 17 de setembro do mesmo ano, a FIFA autoriza a criação da Taça
Brasil, encarregando a CBD de realizá-la a partir de 1955.[12] No entanto, por conta de uma série de motivos, a
CBD acabou não iniciando a disputa do certame nacional em 1955 e também não
houve a edição de 1956 da Copa (Rio) Internacional de
Clubes, que curiosamente só voltou a aparecer no calendário também quatro anos
depois do previsto, em 1960, com a nomenclatura de Copa Intercontinental e com outra fórmula de disputa,
não sendo mais organizada pela CBD e sim pela CSF/CONMEBOL
(Confederação Sul-Americana) e UEFA
(Confederação Europeia).[12]
No entanto, apesar da primeira
proposta para a criação da Taça Brasil datar do início dos anos 1950, para conciliar e integrar os clubes dos demais
estados, já que apenas clubes cariocas e paulistas tinham acesso à Copa Rio Internacional e ao Torneio Rio-São Paulo,[3] a competição só veio a ser criada apenas em 1959,
após a realização do Congresso da Confederação Sul-Americana de Futebol no Rio de Janeiro, em 1958, onde
foi tomada a decisão de criar a Copa dos Campeões da América (atual Copa
Libertadores da América) e também ficou definido que ocorreria a participação de todos os
campeões nacionais da América do Sul: Campeão argentino, campeão uruguaio, campeão paraguaio, campeão
chileno, campeão boliviano, campeão colombiano e campeão brasileiro. Quando a CBD viu a
necessidade para a criação de uma competição para definir o campeão brasileiro
(já naquela época, o campeão da Taça Brasil era considerado o campeão
brasileiro)[14] [15] [16] [17] [1] para ser indicado como o representante do Brasil
na competição sul-americana.[9] [18] [16] Como ainda havia limitação de data, restrições
econômicas e dificuldades para viagens interestaduais, a competição foi montada
do modo mais econômico possível. Sendo assim, participavam os campeões
estaduais que se enfrentavam em um grande sistema eliminatório.[9] [1] Esta foi a solução encontrada pela CBD, que
utilizou como base, a organização dos tempos do Campeonato Brasileiro de
Seleções Estaduais, ou seja, dividiu-se o país em duas grandes chaves
(Norte/Nordeste e Centro/Sul) e, após os jogos eliminatórios de ida e volta, os
times paulistas e cariocas entrariam, já nas semifinais. Dessa maneira, os
custos seriam diminuídos e, teoricamente, a qualidade dos confrontos seria
maior, vislumbrando-se um torneio democrático. Em sua primeira edição a Taça
Brasil contou com a participação de dezesseis clubes e, tendo como objetivo a
inclusão de representantes de todos os Estados, além do Distrito Federal, de
forma progressiva nas edições seguintes da competição.[10] O modelo de disputa usava como base a Taça da
Europa. Nela,
participavam apenas os campeões nacionais europeus, além do campeão de sua última edição.
Paralelamente, no torneio brasileiro, participavam os campeões estaduais, sendo
os estados brasileiros como os países europeus.[1]
A Taça Brasil foi jogada entre
1959 e 1968 com o mesmo sistema de disputa[19] e contava geralmente com a participação de um
representante por estado:[20] [18] todos os campeões estaduais disputavam o título em
confrontos eliminatórios de melhor de quatro pontos. Devido às dificuldades da
época, a Taça Brasil foi criada não como um confronto dos melhores times do
Brasil, mas como uma disputa de campeões estaduais. Naquela época, tirando sete
ou oito Estados dos 20[1] que existiam, no restante o futebol era semi ou
completamente amador. Nas duas primeiras edições, portanto, contou com 16 e 17
times, respectivamente. A partir da edição de 1961, o
campeão do ano anterior passou a ter vaga garantida para a edição seguinte.
Assim, o Estado de São Paulo teve dois representantes em 1961: Palmeiras (vencedor da Taça Brasil de 1960) e Santos (campeão paulista de 1960),
deixando a competição daquele ano com 18 times.[20]
A competição era disputa de forma
regionalizada, com grupos formados pela proximidade geográfica. Normalmente as
equipes de São Paulo e Rio de Janeiro, continuando uma característica do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, por terem campeonatos estaduais
considerados mais fortes — isso se dava pelo fato desses dois Estados
concentrarem os melhores jogadores e clubes do país, tornando-se algo merecedor
para as circunstâncias da época — tinham o privilégio de entrar a partir das
fases mais avançadas (semifinais e quartas de final) com os clubes que
sobrevivessem ao mata-mata das fases anteriores, assim como acontece atualmente
com a Copa do Mundo de Clubes da FIFA com as equipes sul-americanas e europeias que já
entram nas semifinais. O mesmo direito era conferido ao vencedor da edição
anterior.[20] [18] [16] [1] No entanto, nas edições de 1960 e 1961, foram
os representantes dos Estados de São Paulo e Pernambuco, que ganharam o privilégio de entrar nas
semifinais.[21] [22]
Estas fases eram divididas em
outros subcampeonatos como: Taça Brasil Zona Norte, Zona Central, Zona Sudeste,
etc...[18]
Já em 1959, na sua
primeira edição, a competição teve uma surpresa. Na final, em uma decisão
histórica, o Bahia venceu o favoritíssimo Santos de
Pelé, considerado por muitos o melhor time de futebol
de todos os tempos,[23] consagrando a equipe baiana como o primeiro
vencedor da Taça Brasil e consequentemente o primeiro campeão brasileiro.[24] [25] [26] [17] A conquista também credenciou o Bahia como o
primeiro representante brasileiro na Taça
Libertadores da América.[23] Para a equipe, a conquista é tão importante que é
lembrada pela presença de uma estrela, do mesmo peso da utilizada pela
conquista do Campeonato Brasileiro de 1988, em seu
uniforme. Como não havia outra competição que abraçasse clubes de tantos
Estados, a Taça Brasil era a melhor referência da relação de forças do futebol
de cada região do país. Tanto que o Santos registrou, durante anos, o
pentacampeonato brasileiro de 1961 a 1965 em um muro na Vila Belmiro.[9] [27]
Até 1964, apenas
o vencedor tinha direito a uma vaga na Libertadores, e no caso do vencedor já
ter assegurado esta vaga por ter vencido a Libertadores do ano anterior (caso
do Santos, bicampeão da Libertadores em 1962 e 1963), o
vice-campeão também ganhava uma vaga. A partir de 1965, os dois
finalistas passaram a ser classificados para a Libertadores do ano seguinte, o
que acabou acontecendo apenas em 1967 com Palmeiras e Náutico disputando a Libertadores de 1968, pois a
CBD decidiu não enviar nenhum representante brasileiro para a Taça Libertadores
de 1966, por
entender que a competição havia sido descaracterizada pela inclusão dos
vice-campeões nacionais.[28] E na Libertadores de 1967, só o Cruzeiro disputou, já que o outro
participante, o Santos, desistiu do torneio para dar prioridade ao Torneio
Roberto Gomes Pedrosa e aos
amistosos internacionais.[29]
O representante do então Estado
da Guanabara (atual município do Rio de Janeiro), até a edição
de 1964, era definido pelo Campeonato
Carioca. Porém,
em 1965, com a
criação da Taça Guanabara, a nova competição passou a
definir o representante da Guanabara para disputar a Taça Brasil. Já o
representante do Estado do Rio de Janeiro era definido pelo Campeonato Fluminense.[7]
Em 1967, o Brasil já se
encontrava um pouco mais estruturado, tendo meios de transporte melhores, foi
possível ousar em um formato de competição nacional com mais jogos. Quando foi
posto em prática a ampliação do Torneio Rio-São Paulo e que passou a ser conhecido por
Torneio
Roberto Gomes Pedrosa (que na
verdade era a nomenclatura oficial do Rio-São Paulo desde 1954).[19] [10] Porém, mesmo com a criação do novo campeonato a
principal competição nacional daquele ano foi a Taça Brasil, que indicou o seu
campeão e vice, o Palmeiras e o Náutico, respectivamente,
para a Taça
Libertadores do ano seguinte. Porém,
apesar da maior importância da Taça Brasil até então, o modelo de disputa da
primeira edição do "Robertão" garantiu o sucesso da competição, que
agradou aos clubes participantes, dirigentes e torcedores — a média de público
por jogo foi de mais de vinte mil pessoas.[30] Como a experiência com o Torneio Roberto Gomes
Pedrosa foi boa na concepção da CBD, a mesma decidiu adotar o modelo como o
principal campeonato nacional a partir de 1968. Portanto, a Taça Brasil, que
desde 1959 era a principal competição de futebol do país, acabou perdendo este
status, tornando-se, na edição de 1968, uma competição secundária no cenário
nacional.[16] Com o "Robertão" passando a ser
considerado a mais importante competição de futebol do Brasil,[16] e inclusive devido ao atraso no término da Taça
Brasil,[31] o torneio acabou sendo substituindo pela nova
competição como forma de indicação dos dois representantes brasileiros para a
Taça Libertadores da América.[32] A decisão foi tomada pela CBD pouco antes do fim
da competição.
No entanto, por desentendimentos
entre as confederações Brasileira (CBD) e Sul-Americana (CONMEBOL), o Brasil terminou não participando da
Libertadores em 1969 e 1970, em
protesto às mudanças das regras da competição.[8]
Em 1968, a Taça Brasil após dez edições chegou ao fim
devido ter perdido sua importância como torneio nacional e também acabou sendo
substituída pelo "Robertão", competição esta que na opinião do
jornalista Odir Cunha, representou uma evolução da Taça Brasil.[33] No entanto, a última edição da competição foi
prolongada até outubro do ano seguinte, devido a problemas de
calendário e principalmente ao impasse ocorrido no confronto das quartas de
final entre o Botafogo e o Metropol, que acabou atrasando a
competição em quatro meses.[34] Por conta do longo atraso e da impossibilidade da
Taça Brasil de 1968 acabar antes do início da Libertadores da América de 1969, a CBD
decidiu em caráter especial indicar os melhores colocados do Torneio Roberto
Gomes Pedrosa de 1968 como os representantes brasileiros na competição
continental, em substituição aos vencedores da Taça Brasil. A última edição da
competição que contou com a participação de vinte e três times, nenhuma equipe
paulista disputou o torneio,[35] Palmeiras (campeão da Taça Brasil de 1967) e Santos (campeão paulista de 1967),
desistiram de disputar a competição devido ao atraso e também em razão a um
calendário complicado, e a indefinição sobre a participação de brasileiros nas
Libertadores seguintes foram decisivas, e os clubes comunicaram sua decisão,
conforme notícia do Jornal dos Sports de 15 de fevereiro de 1969: "Santos
e Palmeiras retiraram-se da Taça Brasil e, em consequência, o Fortaleza fica automaticamente classificado
para as finais, pois seria o adversário do Palmeiras e depois quem vencesse
jogaria com o Santos."[19]
Em 1969, a CBD optou
por substituir definitivamente a Taça Brasil pelo Torneio Roberto Gomes
pedrosa/Taça de Prata. Entretanto, antes houve dois anos de sobreposição entre
as duas competições.[19] Por se tratar de um período de transição, em que
uma fórmula de disputa que estava se exaurindo (Taça Brasil) para o início da
nova competição, em 1967 e 1968, o
Brasil assistia a dois campeonatos nacionais oficiais, tendo, portanto, dois
campeões em cada ano. Segundo o historiador Odir Cunha, seria preferível que as
duas competições fossem consideradas campeonatos nacionais, alegando não poder
punir o campeão de uma e privilegiar o de outra — linha esta que é seguida
atualmente pela CBF.[1] [36]
Como no caso dos dois torneios de
1967 que foram conquistados pelo Palmeiras, Cunha considera válidos os dois
títulos e afirma que a Taça Brasil classificava para a Taça Libertadores da
América, mas o Torneio Roberto Gomes Pedrosa tinha um nível melhor. "É
estranho?", perguntou o jornalista, respondendo em seguida. "Mas há
precedentes." Os precedentes que ele citou foram o Campeonato
Carioca, que
teve o Flamengo como campeão duas vezes no ano
de 1979, além de
vários países da América que possuem ou possuíam torneios "Apertura"
e "Clausura", gerando situações como a do River
Plate, duas
vezes campeão argentino em 1997; do Colo-Colo, do Chile, duas
vezes campeão chileno em 2006 e 2007. No Mundial Interclubes, isso ocorreu em
2000: ao mesmo tempo em que o Corinthians foi
campeão do Mundial de Clubes da FIFA, o Boca
Juniors foi
campeão pela fórmula antiga, e os
dois são considerados campeões. "Se você tirasse o título de um ou de
outro, seria injusto", argumenta Odir Cunha.[1] [36]
A Taça Brasil foi importantíssima
para colocar no mapa brasileiro equipes de vários Estados. Foram oitenta clubes
ao todo que a disputaram. Segundo Odir Cunha, todos os times ansiavam participar da Taça
Brasil, mas para isso tinham de ser campeões em seus Estados. Porém era uma
tarefa difícil, e nem todos conseguiam.[37] A competição contou com a participação da grande
maioria dos jogadores campeões das Copas do Mundo de 1958 e 1962, que, segundo Odir Cunha, foi
uma "era áurea" do futebol do País, que possivelmente não voltará a
ocorrer, visto que, atualmente, os melhores jogadores brasileiros vão ainda
jovens para o Exterior, por fins lucrativos.[1] A lisura da Taça Brasil é comprovada por suas
regras que foram levadas ao extremo, não sofrendo mudanças radicais desde sua
primeira edição até a última[1] [38] — ao contrário dos Campeonatos Brasileiros
realizados entre 1971 e 2002 que
tinha sua fórmula de disputa alterada drasticamente praticamente a cada ano.[1] [33] [39] [40] [41] [42] [43] [44] Nenhuma equipe que não foi campeã estadual
participou da competição, a não ser que o campeão estadual houvesse sido
campeão da Taça Brasil, então, no ano seguinte, ele dava vaga para o vice
daquele Estado.[1] Algumas equipes grandes nunca atuaram no torneio,
reservado apenas aos campeões estaduais. Mas o melhor do futebol brasileiro
estava sempre representado. No entanto, clubes como São Paulo e Corinthians, que viviam longo
jejum de conquista do Campeonato Paulista, nunca participaram desta competição.[38] A Taça Brasil também teve outros momentos muito
relevantes para o futebol nacional, como a edição de 1966, quando o Cruzeiro
sagrou-se pela primeira vez campeão brasileiro, tornando-se num marco para a
história do futebol brasileiro, uma vez que se abriram os olhos para potenciais
atletas de outros estados, minimizando a hegemonia do eixo Rio-São Paulo.
Assim, surge à ideia, concretizada em 1967 pelas federações paulista e carioca
de futebol, de ampliar o Torneio Rio-São Paulo (chamado desde 1954 de Roberto
Gomes Pedrosa), com a entrada de grandes clubes dos estados de Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, ficando conhecido como "Robertão".[1]
João Havelange, ex-presidente da CBD que criou tanto a Taça
Brasil, o Torneio
Roberto Gomes Pedrosa e o Campeonato
Nacional de Clubes de 1971,
declarou que as competições representavam a sequência uma da outra e que a Taça
Brasil e o Robertão foram criados para definir o campeão brasileiro, e que o
Campeonato Nacional de Clubes representou o prosseguimento destas competições.[38] [45] Em um evento oficial do Santos, ele afirmou que "se os
títulos existiram é porque as competições foram oficiais e, se foram oficiais,
devem ser respeitadas."[9] Segundo Odir Cunha, o surgimento do Campeonato
Nacional de Clubes não invalidou os títulos brasileiros anteriores.[38] [46] Tanto é, que por muitos anos, a Taça Brasil e o
Torneio Roberto Gomes Pedrosa foram computados nos rankings de clubes que se
fazia. João Havelange, também declarou em 2010 ser favorável à unificação dos
títulos da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa ao Campeonato
Brasileiro.[38]
Após os times vencedores das
competições nacionais antes de 1971 entrarem com pedido na CBF para a entidade
equiparar suas conquistas ao Campeonato Brasileiro,[47] em 22 de dezembro de 2010, a CBF
unificou oficialmente os títulos nacionais, tornando todas as edições da Taça
Brasil — bem como às do Torneio Roberto Gomes Pedrosa — válidas como Campeonato
Brasileiro.[48]
Entretanto, a legitimidade da
Taça Brasil como Campeonato Brasileiro é atualmente um assunto controverso e
permanece dividindo a opinião da imprensa. Uma parte que é contrária a
unificação da competição usam alguns argumentos, como o fato do torneio contar
com a participação geralmente de apenas dos campeões estaduais. Argumento este
que é contestado pela parcela dos jornalistas e historiadores que defendem a
legitimidade da unificação e argumentam que a fórmula de disputa da competição
foi devido a falta de infraestrutura e da situação sócio-econômica do Brasil e
usam como exemplo que, em 1959, foi o primeiro ano da ponte
aérea Rio-São Paulo. A
possibilidade de uma disputa por pontos corridos (como o formato atual) era
praticamente impossível em uma época que não existia sequer um transporte aéreo
aceitável para a situação. Outro ponto importante que caracterizava a época era
o fator financeiro. Economicamente, o futebol brasileiro ainda vivia tempos
precários, apesar do profissionalismo desde meados da década de 1930. Não havia uma política capitalista no meio
futebolístico. O marketing ainda não enxergava o potencial gerador de lucro que
este esporte poderia proporcionar.[1] O próprio presidente da CBD que criou a competição,
João Havelange, declarou que aquele formato
eliminatório foi porque não havia estrutura ou verba para se criar um
campeonato com turno e returno por pontos corridos[21] e, que aquele formato era o único meio viável de
se fazer um certame de abrangência nacional naquela época. Os defensores desta
visão também alegam que o termo abrangência nacional é a melhor forma de
demonstração da ética do campeonato, visto que de 20 estados brasileiros (em
1959), 16 tinham seus respectivos campeões disputando o torneio nacional. Ao
comparar com a edição de 2011 do
Campeonato Brasileiro, que contou com apenas nove estados representados, sendo
27 o número de estados do país. Ou seja, a primeira edição da Taça Brasil
continha 80% dos estados na disputa, contra 30% em 2011.[1]
Devido a Taça Brasil ter sido um
torneio muito semelhante à atual Copa do
Brasil.
Competição esta que foi criada, em 1989, como
competição nacional secundária,[16] trinta anos depois da criação da extinta Taça
Brasil, para dar oportunidades aos clubes que não se classificavam para o
Campeonato Brasileiro.[37] [49] Mas a Taça Brasil era uma disputa regionalizada:
apenas nas fases finais equipes do Norte-Nordeste enfrentavam rivais do
Sul-Sudeste e Centro-Oeste. Por isso, há quem rechace a relação automática que
se faz entre Taça Brasil e Copa do Brasil, ainda que suas fórmulas de disputa e
formas de seleção dos participantes sejam semelhantes. "Comparar os dois
torneios é ver o passado com olhos de hoje. A Taça Brasil era realmente
valorizada. A Copa do Brasil é um torneio secundário, ainda que
importante", defende o jornalista Celso Unzelte.[9] A Copa do Brasil também nunca foi a competição
nacional mais importante do ano, e nunca deu ao seu vencedor o título de
campeão brasileiro. "O vencedor da Taça Brasil era o campeão brasileiro. O
vencedor da Copa do Brasil é o vencedor da Copa do Brasil", afirma Odir Cunha.[37] [19] Outra razão que difere as duas competições é que,
de 1959 a 1969, nenhum time brasileiro participou da Libertadores sem ter sido
campeão ou vice da Taça Brasil. Já a Copa do Brasil hoje é responsável apenas
por apontar 20% das cinco vagas brasileiras à maior competição sul-americana de
clubes.[21]
Outro argumento contra a
unificação da competição e que também é refutado por Odir Cunha, é a questão da
pouca quantidade de jogos que geralmente os times do Rio de Janeiro e São Paulo
tinha que disputar para se sagrar campeão, isso ocorria devido as equipes
cariocas e paulistas por ser mais fortes e contar com os melhores jogadores,
tinham o privilégio de entrar já nas fazes finais da competição. E, como
acontece hoje no Mundial de Clubes da FIFA — onde os representantes da América
do Sul e da Europa já entram nas semifinais —, neste período, os primórdios das
competições nacionais de clubes, também acontecia isso. O historiador cita como
exemplo o Palmeiras, que para chegar à semifinal da Taça Brasil de 1960,
participou de um Campeonato Paulista, no qual fez 41 jogos, sendo os três
últimos contra o Santos de Pelé, em uma super-decisão e, considera esse fato
como uma eliminatória muito difícil para o clube paulista, assim como também
acontecia com o time carioca, para que ele tivesse este privilégio de
participar da Taça Brasil tinha que disputar e ganhar um longo campeonato.[1] Cunha também alega que não é necessário ter
campeonatos longos para se ter um campeão, respeitando condições
sócio-econômicas de um determinado período no tempo e usa como referência a Itália, um país desenvolvido com cultura rica no futebol
durante a sua longa história. O Genoa venceu
nove vezes o Campeonato Italiano, sendo seu último título em 1924, antes do profissionalismo do futebol
no país. Hoje, o clube se encontra em quarto lugar no ranking de campeões
italianos. Seu primeiro título, para se ter uma ideia, foi em 1898, onde
disputara apenas duas partidas, uma contra o Ginnastica Torino e a outra
contra a Internazionale Torino, ao longo de um único dia, sendo que os
jogos foram realizados em um campo com dimensões irregulares em que a prática
se dava através de botas. Assim como o seu segundo título, vencido no ano
seguinte, nas mesmas circunstâncias. "Não se parece nem com um torneio de
várzea atual. Mas é justo equiparar um torneio de várzea com o primeiro
campeonato italiano, jogado em 1898? Claro que não. Isso se chama respeito aos
primórdios, respeito à história. Nenhum clube desmerece o feito conquistado,
apesar das condições que a época proporcionava e, hoje mesmo podendo ser
considerado uma grande injustiça comparar esses títulos do Genoa com os atuais
do Campeonato Italiano, existe um respeito cultural da sociedade italiana ao
contexto da época, pois o torneio era o que se podia fazer naquele período."
Defende Odir Cunha,[1] [19] [38] que também cita como exemplo o fato de que por
algum tempo, o "campeão mundial interclubes" era apontado por um
único jogo.[21]
Campeões
Ano Campeão Vice-campeão 3º
lugar 4º lugar Artilheiro Gols
Títulos
por clube
Títulos Clube Edições
Maiores
públicos
OBS: O jogo Botafogo 3 X 1 Santos
no Maracaña em 1963, além de ser o maior público da competição, também é o
maior público de uma final da era taça Brasil.
·
1 —
Botafogo 3 x 1 Santos, Maracanã, 102.260 pagantes, 31/03/1963
·
2 —
Cruzeiro 6 x 2 Santos, Mineirão, 77.325 pagantes, 30/11/1966
·
3 —
Atlético-MG 1 x 1 Botafogo, Mineirão, 71.997, 15/11/1967
·
4 —
Atlético-MG 1 x 0 Botafogo, Mineirão, 71.174 pagantes, 01/11/1967
·
5 —
Botafogo 0 x 5 Santos, Maracanã, 70.324 pagantes, 02/04/1963
·
6 —
Flamengo 0 x 0 Santos, Maracanã, 52.508 pagantes, 19/11/1964
·
7 —
Grêmio 5 x 1 Palmeiras, Olímpico, 51.100, 27/10/1965
·
8 —
Grêmio 1 x 3 Santos, Olímpico, 50.000 pagantes, 16/01/1964
·
9 —
Cruzeiro 1 x 0 Fluminense, Mineirão, 49.439 pagantes (público total estimado de
55.000 pessoas), 09/11/1966
·
10 —
Fluminense 0 x 1 Palmeiras, Maracanã, público estimado de 50.000 pessoas,
16/11/1960
Maiores
goleadas
#
|
Data
|
Time 1
|
Time 2
|
Estádio
|
FINAIS
1959
[Dec 10 and 30]
Santos 2-3
2-0 Bahia
[Mar 3/60]
Bahia 3-1
Santos
Esporte Clube Bahia were the 1959 Taça Brasil champions.
Details on first leg of final:
10/12/1959 Santos 2-3 Bahia
Pelé 15' (1-0)
Biriba 26' (1-1)
Alencar 57' (1-2)
Pepe (penalty) 77' (2-2)
Alencar 89' (2-3)
Referee: Alberto da Gama Malcher
Att: 23 000
Santos: Manga, Getúlio, Urubatão,
Formiga, Dalmo - Zito, Jair Rosa Pinto
- Dorval, Coutinho, Pelé, Pepe. (Coach: Lula)
Bahia: Nadinho, Leone, Henrique,
Vicente, Beto - Flávio, Bombeiro -
Marito, Alencar, Leo, Biriba.
(Coach: Geninho)
BAHIA 3 x 1 SANTOS
Data: 10/12/1959
Local: Estádio do Maracanã
Árbitro: Frederico Lopes
Renda: Cr$ 641.703,00
Público estimado: 20.000 pagantes
ECB: Nadinho, Beto, Henrique,
Flávio e Nenzinho; Vicente e
Mário; Marito, Alencar, Léo e
Biriba.
Técnico: Carlos Volante
SFC: Lalá, Getúlio, Mauro,
Formiga e Zé Carlos; Zito e
Mário, Dorval, Pagão (Tite),
Coutinho e Pepe
Técnico: Lula
Gols: Coutinho aos 27', Vicente
aos 37', Léo aos 45 '47'' e Alencar aos 76'
Obs: O técnico Efigênio Bahiense,
o "Geninho", era policial e apenas podia comandar
o Bahia quando estava de licença.
Bahia qualified to Taça Libertadores 1960.
1960
FINAL
[Dec 22 and 28]
Fortaleza 1-3
2-8 Palmeiras
PALMEIRAS 8 X 2 FORTALEZA
Data: 28/12/1960
Local: Estádio do Pacaembu
Árbitro: Ricardo Bonadies (CE)
Renda: Cr$ 2.900.650,00
Público estimado : 40.000
SEP.: Valdir de Moraes; Djalma
Santos, Valdemar Carabina, Aldemar e Jorge;
Zequinha e Chinesinho; Julinho
Botelho, Humberto Tozzi, Romeiro e Cruz
Técnico: Oswaldo Brandão.
FEC.: Pedrinho; Mesquita e
Sanatiel; Toinho, Sapenha e Ninoso;
Benedito, Walter Vieira, Moésio,
Charuto e Bececê
Técnico: França
Gols: Charuto aos 6', Zequinha
8', Chinesinho 10', Romeiro 12', Julinho Botelho 21',
Charuto 44', Cruz aos 53' e 59',
Chinesinho aos 69' e Humberto Tozzi aos 77'
Sociedade Esportiva Palmeiras are
the 1960 Taça Brasil Champions
Palmeiras qualified to Taça
Libertadores 1961.
1961
FINAL
[Dec 22 and 27]
Bahia 1-1
1-5 Santos
SANTOS 5 X 1 BAHIA
Data: 27/12/1961
Árbitro: Baymonilso Lisboa
Renda: Cr$ 2.177.700,00
Público: 18.662
SFC: Laércio (Silas); Lima, Mauro
(Olavo) e Dalmo; Calvet e
Zito; Dorval, Tite, Coutinho,
Pelé e Pepe
Técnico: Lula
ECB: Nadinho; Helio, Henrique e
Florisvaldo; Vicente e
Pinguela (Antoninho); Nilsinho,
Alencar, Didico, Mario e Marito
Técnico: Armando Simões
Gols: Pelé (3), Coutinho (2) e
Florisvaldo
Santos Futebol Clube are the 1961
Taça Brasil champions
Santos qualified to Taça
Libertadores 1962.
1962-
FINALS
[Mar 19 and 31/63]
Santos 4-3
1-3 Botafogo
[Apr 2/63]
Botafogo 0-5
Santos
Santos Futebol Clube are the 1962 Taça Brasil champions
Botafogo qualified to Taça Libertadores 1963, "replacing"
Santos, which
was already qualified as champions of Taça Libertadores 1962.
02/04/1963
Botafogo FR 0x5 Santos FC
Local: Maracanã (Rio de Janeiro – GB)
Renda: Cr$ 26.931.732,00
Público: 70.324
Árbitro: Eunápio de Queiroz
Gols: Dorva 24', Pepe 39', Coutinho 54' e Pelé 75' e 80'
BFR: Manga; Rildo (Joel), Zé Maria e Ivan (Jadir); Nilton Santos e Ayrton; Garrincha, Edson, Quarentinha, Amarildo e Zagallo (Jair Bala).
Técnico: Marinho Rodrigues
SFC: Gilmar; Lima, Mauro e Dalmo; Calvet e Zito (Tite); Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe
Técnico: Lula
02/04/1963
Botafogo FR 0x5 Santos FC
Local: Maracanã (Rio de Janeiro – GB)
Renda: Cr$ 26.931.732,00
Público: 70.324
Árbitro: Eunápio de Queiroz
Gols: Dorva 24', Pepe 39', Coutinho 54' e Pelé 75' e 80'
BFR: Manga; Rildo (Joel), Zé Maria e Ivan (Jadir); Nilton Santos e Ayrton; Garrincha, Edson, Quarentinha, Amarildo e Zagallo (Jair Bala).
Técnico: Marinho Rodrigues
SFC: Gilmar; Lima, Mauro e Dalmo; Calvet e Zito (Tite); Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe
Técnico: Lula
1963
FINAL
[Jan 25 and 28/64]
Santos 6-0
2-0 Bahia
BAHIA 0 X 2 SANTOS
Data: 28/01/1964
Local: Estádio da Fonte Nova
Árbitro: Armando Marques
Renda: Cr$ 21.930.000,00
Público: Não disponível
ECB: Nadinho; Hélio, Henrique,
Roberto e Russo (Ivã aos42');
Nilsinho e Mário; Miro, Vevé,
Hamilton e Biriba
Técnico: Geninho
SFC: Gilmar; Ismael, Mauro,
Haroldo, (Joel aos 22') e Geraldino;
Mengálvio e Lima; Dorval,
Coutinho, Pelé e Pepe.
Técnico: Lula
Gols: Pelé aos 28' e 85'
Santos Futebol Clube are the 1963 Taça Brasil champions
Bahia qualified to Taça Libertadores 1964, "replacing" Santos,
which
was already qualified as champions of Taça Libertadores 1963.
1964-
FINAL
[Dec 16 and 19]
Santos 4-1
0-0 Flamengo
Santos Futebol Clube are the 1964
Taça Brasil champions
Santos qualified to Taça
Libertadores 1965
19/12
CR Flamengo 0x0 Santos FC
Local: Maracanã (Rio de Janeiro – GB)
Renda: Cr$ 54.302.808,00
Público: 52.508
Juiz: Armando Marques
SFC: Gilmar; Modesto e Geraldino; Ismael, Haroldo e Zito; Toninho (Lima), Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.
Técnico: Lula
CRF: Marco Aurélio (Renato); Murilo, Ditão, Ananias e Paulo Henrique; Carlinhos e Evaristo; Amauri, Airton (Berico), Paulo Choco e Carlos Alberto.
Técnico: Flávio Costa
CR Flamengo 0x0 Santos FC
Local: Maracanã (Rio de Janeiro – GB)
Renda: Cr$ 54.302.808,00
Público: 52.508
Juiz: Armando Marques
SFC: Gilmar; Modesto e Geraldino; Ismael, Haroldo e Zito; Toninho (Lima), Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.
Técnico: Lula
CRF: Marco Aurélio (Renato); Murilo, Ditão, Ananias e Paulo Henrique; Carlinhos e Evaristo; Amauri, Airton (Berico), Paulo Choco e Carlos Alberto.
Técnico: Flávio Costa
1965
Final
[Dec 1 and 8]
Santos 5-1
1-0 Vasco da Gama
VASCO 0 X 1 SANTOS
Data: 08/12/1965
Local: Estádio do Maracanã
Árbitro: Armando Marques
Renda: Cr$ 45.826.280,00
Público: 38.788
CRVG: Gainete; Joel, Caxias,
Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo; Mário,
Nivaldo (Luizinho), Célio e
Zezinho
Técnico: Zezé Moreira
SFC: Gilmar; Carlos Alberto,
Mauro, Orlando e Geraldino; Lima e Mengálvio;
Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe
(Abel)
Técnico: Lula
Gol: Pelé
Anormalidades: Expulsos Ananias,
Luisinho, Zezinho, Geraldino, Lima, Pelé
e Orlando
Santos Futebol Clube are the 1965
Taça Brasil champions
Santos and Vasco qualified to Taça Libertadores 1966
(later, both teams withdrew from the competition)
1966
FINAL
[Nov 30 and Dec 7]
Cruzeiro 6-2
3-2 Santos
Cruzeiro Esporte Clube are the
1966 Taça Brasil champions
07/12/1966 Santos 2-3 Cruzeiro
Pelé 23' (1-0)
Toninho 25' (2-0)
Tostão 64' (1-2)
Dirceu
Lopes 73' (2-2)
Natal 89' (2-3)
Referee: Armando Marques
Att: 30.000 (estimated)
Santos: Cláudio, Zé Carlos,
Oberdan, Haroldo, Lima - Zito, Mengálvio -
Amauri (Dorval), Toninho, Pelé, Edu. (Coach: Lula)
Cruzeiro: Raul, Pedro Paulo,
William, Procópio, Neco - Piazza, Dirceu
Lopes - Natal, Tostão, Evaldo, Hílton Oliveira. (Coach: Aírton Moreira)
Cruzeiro and Santos qualified to Taça Libertadores 1967
(later, Santos withdrew from the competition)
1967
FINAL
[Dec 20 and 27]
Náutico 1-3
2-1 Palmeiras
[Dec 29] - playoff (played in
Maracanã stadium, Rio de Janeiro)
Palmeiras 2-0
Náutico [att: 16.577]
PALMEIRAS 2 X 0 NÁUTICO
Data: 29/12/1967
Local : Estádio do Maracanã (RJ)
Árbitro : Armando Marques
Renda : Cr$ 43.537,75
Público : 16.577 pagantes
SEP : Perez; Geraldo Scalera,
Baldochi, Minuca e Ferrari; Dudu e
Zequinha; César, Tupãzinho,
Ademir da Guia e Lula
Técnico: Mário Travaglini
CNC : Valter; Gena, Mauro, Fraga
e Clóvis; Rafael e Ivã; Miruca
Ladeira (Paulo Choco), Nino e
Lalá
Técnico: Duque
Gols : César e Ademir da Guia
Sociedade Esportiva Palmeiras are
the 1967 Taça Brasil champions.
1968
Final
[Sep 3 and Oct 4/69]
Fortaleza 2-2 0-4
Botafogo
Botafogo de Futebol e Regatas are
the 1968 Taça Brasil champions
04/10/1969 Botafogo 4-0 Fortaleza
Roberto 7'
(1-0)
Ferretti 53'
(2-0)
Afonsinho 65'
(3-0)
Ferretti 83'
(4-0)
Referee: Guálter Portela Filho
Att: 34 588 (NCr$ 84.575,00) [1]
13 588 (NCr$ 34.006,75) [2]
Botafogo: Cao, Moreira, Chiquinho
Pastor (Leônidas), Moisés, Waltencir - Carlos
Roberto (Nei Conceição),
Afonsinho - Rogério, Roberto, Ferretti, Paulo Cézar. (Coach:
Zagallo)
Fortaleza: Mundinho, William, Zé
Paulo, Renato, Luciano Abreu - Joãozinho,
Luciano Frota - Garrinchinha,
Lucinho, Erandir (Amorim), Mimi. (Coach:
Gilvan Dias)
[1] according to Correio da Manhã
[2] according to Jornal do
Brasil, Última Hora, Gazeta Esportiva and A Tribuna
O Torneio Roberto Gomes Pedrosa ou Taça Roberto Gomes Pedrosa foi uma
competição nacional de futebol no Brasil disputada
de 1967 a 1970, antes da
criação do Campeonato Nacional de Clubes, em 1971, que ficou lembrado por
vários anos como sendo o primeiro Campeonato Brasileiro. Em seus
boletins oficiais entre 1971 e 1973, a CBF colocava as edições do Robertão em igualdade de condições com
as edições posteriores, apenas mantendo os nomes próprios, excluindo esta
informação a partir do boletim de 1974.[1]
O torneio
passou a ser considerado nacional a partir de 1967, quando o antigo Torneio Rio-São Paulo (cujo nome
oficial, a partir de 1954, era Torneio Roberto Gomes Pedrosa)[2] foi
ampliado com clubes de outros estados, passando a ser conhecido como Robertão. O Torneio Roberto Gomes
Pedrosa foi a primeira competição a englobar os principais times do país[3] e também o
primeiro a alcançar uma fórmula vencedora e lucrativa aos seus clubes
participantes, que de certa forma, na opinião do jornalista Odir Cunha,
representou uma evolução da Taça Brasil, primeira competição oficial
a dar ao seu vencedor o título de campeão brasileiro.[4]
Em 1967,
este campeonato foi organizado pelas federações Carioca e Paulista de Futebol;
a partir de 1968, pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos, precursora
da atual CBF).
O nome foi
uma homenagem ao goleiro Pedrosa, do São Paulo e da Seleção Brasileira (na Copa do Mundo de 1934), que
morreu em 1954 como presidente da Federação Paulista.[5] [3] A partir de
1968, o torneio foi denominado pela CBD como Taça de Prata.
Em dezembro
de 2010, a CBF resolveu unificar os títulos nacionais, tornando todas as
edições do Torneio Roberto Gomes Pedrosa válidas oficialmente como Campeonato
Brasileiro.[6] [7]
História
A primeira competição nacional
oficial entre clubes de futebol que definia o campeão brasileiro foi a Taça Brasil, criada pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD, atual CBF) em
1959,[8] [9] [10] [11] [12] porém, devido às dificuldades de locomoção e
transporte em um país com dimensões continentais e às restrições econômicas da
época, a competição foi montada do modo mais econômico possível. Sendo assim,
participavam apenas os campeões estaduais, que se enfrentavam em um grande
sistema eliminatório.[13] A Taça Brasil foi criada não como um confronto dos
melhores times do Brasil, mas como uma disputa de campeões estaduais.[12] Mesmo com esse certame nacional, o futebol
brasileiro necessitava de um campeonato que integrasse as maiores equipes do
País e fosse lucrativo e atrativo aos clubes participante e aos torcedores.
Como em 1967 o Brasil já se encontrava um pouco mais estruturado, tendo meios
de transporte melhores, foi possível ousar em um formato de competição nacional
com mais jogos.[14] [15]
O surgimento do Torneio Roberto
Gomes Pedrosa como campeonato nacional tem uma íntima ligação com o Torneio Rio-São Paulo, que entre 1954 e 1966 foi
chamado oficialmente de Torneio Roberto Gomes Pedrosa.[2] [16] [15]
Após o fiasco da Seleção
Brasileira na Copa do
Mundo de 1966, na Inglaterra, a CBD decidiu pôr em prática planos mais ousados
de integração para o futebol brasileiro.[16] [10] [15] Com isso, em 1967, o Torneio Roberto Gomes
Pedrosa, certame até então regional, foi ampliado para a participação de clubes
de outros estados. O Torneio Roberto Gomes Pedrosa era uma competição de âmbito
nacional, mas com um modelo que visava a incluir a maioria dos grandes clubes
dos principais centros do país,[4] [15] diferentemente da Taça Brasil, que só incluía os
campeões estaduais — obviamente, um clube por Estado,[16] exceto em algumas edições, quando foi permitida a participação
de um segundo clube.
A ampliação do Torneio Rio-São
Paulo também foi proposta devido aos clubes participantes demonstrarem algum
desinteresse pela competição, com a escalação de times mistos por alguns deles.
Para piorar, a edição de 1966 terminou com quatro campeões,
devido à falta de datas para que se jogasse um torneio de desempate. Um plano
para inclusão de clubes mineiros e gaúchos foi divulgado em outubro de 1966,
ainda sem fórmula de disputa definida. Foi sugerido que os campeões paulista e
cariocas aguardassem a disputa de uma primeira fase entre os quatro clubes com
melhores renda tanto de São Paulo como do Rio de Janeiro, além de três clubes mineiros e dois gaúchos, com
um hexagonal final sendo realizado para definir o campeão.[17] A princípio, as rendas seriam divididas igualmente
entre os clubes participantes.[17]
Em dezembro, entretanto, em nova
reunião, clubes paulistas e cariocas exigiram uma compensação quando fossem
jogar em Belo Horizonte ou Porto Alegre. Ficou, então, acertada uma cota fixa de cinco
milhões de cruzeiros para jogos de times paulistas e cariocas nessas
localidades, com o clube mandante bancando ainda as passagens e a estadia de
uma delegação de até 22 pessoas do clube visitante.[18] Os times mineiros foram contra a proposta,[19] mas acabaram tendo de aceitar a dedução de quatro
milhões de cruzeiros do borderô de jogos nessas condições, para cobertura de
gastos.[20] As cotas acabariam, mais tarde, reduzidas para
três milhões de cruzeiros. O presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Rubem Moreira, também participou da reunião e
pleiteou a inclusão de dois clubes de seu estado, mas a distância de Recife em relação às demais cidades e a ausência de um
grande estádio na capital pernambucana sabotaram seus planos.[21]
O escopo final foi decidido em 15
de dezembro, com a inclusão de um clube do Paraná, o Ferroviário, graças
à proposta da Federação Paranaense, que sugeriu que os jogos em Curitiba fossem incluídos como "escala" para
clubes paulistas, cariocas e mineiros.[20] Os representantes mineiros pleitearam mais uma
vaga, para o América,
oferecendo em contrapartida uma sexta vaga tanto para São Paulo como para a Guanabara, o que ainda teria como atrativo o número par de
participantes.[22] Tal mudança abriria vagas para o America do Rio e para o Comercial de Ribeirão Preto, sextos colocados em renda em seus respectivos
estados,[22] mas o presidente da Federação Paulista, João
Mendonça Falcão, rechaçou a ideia, argumentando que pretendia reduzir o número
de clubes no torneio em 1968, então não faria sentido aumentá-lo naquele
momento.[23]
A tabela só foi divulgada em 11
de janeiro de 1967, com previsão de início do torneio para 5 de março, com
cinco jogos, sendo um em cada cidade com clubes participantes. Por motivos de
economia, a distribuição dos jogos foi irregular: por exemplo, o Cruzeiro iria a São Paulo duas vezes, mas
o Atlético Mineiro não iria nenhuma. O Cruzeiro
chegou a cogitar desistir de sua participação no Robertão, para dar prioridade
a sua participação na Libertadores, que
considerava mais viável economicamente, especialmente se aceitasse também
excursões à Europa e aos Estados Unidos, propostas por um empresário.[24] O clube mineiro acabou não desistindo de nenhuma
das competições, ao contrário do Santos, que abriu mão de sua
participação no torneio continental, pois as datas previamente marcadas pela CONMEBOL para
seus jogos conflitavam com uma excursão que o clube pretendia fazer em janeiro
e fevereiro.[25] [26]
Com a entrada de outros estados,
o torneio manteve o mesmo nome oficial de quando englobava apenas clubes de São
Paulo e Rio de Janeiro, mas passaria a ser conhecido extra-oficialmente como
"Robertão". A Federação
Mineira tentou
batizar o torneio de Taça Tiradentes, sem receber apoio ao nome.[27]
Em 1967, a primeira edição do campeonato contou com a
participação de quinze clubes de cinco Estados. Assim, pela primeira vez uma
competição reuniu os principais clubes do Brasil: Corinthians, Palmeiras, Portuguesa, Santos e São Paulo (de São Paulo); Bangu, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama (da Guanabara); Grêmio e Internacional (do Rio Grande do Sul); Atlético Mineiro e Cruzeiro (de Minas Gerais); e Ferroviário (do Paraná).[16] [15]
Porém, mesmo com a criação da
nova competição nacional (o Torneio Roberto Gomes Pedrosa), o principal
campeonato nacional de 1967 foi a Taça Brasil, que indicou seu campeão e vice,
respectivamente Palmeiras e Náutico, para a Taça Libertadores do ano seguinte. Mas, apesar da maior importância da Taça Brasil
até então, o modelo de disputa do "Robertão" garantiu o sucesso da
competição, que agradou a clubes participantes, dirigentes e torcedores — a
média de público por jogo foi de mais de vinte mil pessoas[16] —, tornando-se o primeiro torneio nacional a
conseguir atingir uma fórmula vencedora e lucrativa para suas equipes
participantes.[4]
Em 1968, dezessete clubes de sete Estados disputaram o
torneio, com a inclusão do Bahia (da Bahia) e Náutico (de Pernambuco); o representante do Paraná foi o Atlético
Paranaense.[16] [15]
Como a experiência da primeira
edição do Torneio Roberto Gomes Pedrosa foi boa na opinião da CBD, a entidade
decidiu adotar o modelo como o principal campeonato nacional, já a partir de
1968. Com o nome de "Taça de Prata", o "Robertão" passou a
ser considerado a mais importante competição nacional de futebol do Brasil e,
portanto, a Taça Brasil, que desde 1959 tinha esse status, perdeu-o,
tornando-se, na sua última edição, uma competição secundária no cenário nacional.[10] Inclusive devido ao atraso no término da Taça
Brasil,[28] o campeonato acabou substituindo a antiga competição
como forma de indicação dos dois representantes brasileiros para a Taça
Libertadores da América.[29] A decisão foi tomada pela CBD pouco antes do fim
da competição.
No entanto, por desentendimentos
entre as confederações Brasileira (CBD) e Sul-Americana (CONMEBOL), o Brasil terminou não participando da
Libertadores em 1969 e 1970, como
protesto contra as mudanças das regras da competição.[30] [31] A CBD voltaria a indicar representantes em 1971: Fluminense e Palmeiras, campeão e vice da Taça de Prata de 1970.
Em 1969, o
Torneio Roberto Gomes Pedrosa passou a ser a única competição nacional de
clubes de futebol do Brasil, já que a Taça Brasil não foi mais disputada e acabou
sendo substituída de vez pelo "Robertão", competição esta que na
opinião do jornalista, historiador e escritor Odir Cunha, representou uma evolução da Taça Brasil[4] — outros historiadores, como Celso Unzelte e Paulo Vinicius Coelho,[32] discordam dessa visão. O America substituiu o Bangu como quinto
representante carioca, enquanto os estados do Paraná e Pernambuco foram
representados por seus campeões do ano anterior, Coritiba e Santa Cruz, respectivamente.[16]
Entretanto, apesar de a CBD ter
optado por substituir definitivamente a Taça Brasil pelo Torneio Roberto Gomes
Pedrosa/Taça de Prata em 1969, antes houve dois anos de sobreposição entre as
duas competições.[14] Por se tratar de um período de transição, em que
uma fórmula de disputa que estava se exaurindo (Taça Brasil) para o início de
uma nova competição, em 1967 e 1968, o
Brasil assistia a dois campeonatos nacionais oficiais, tendo, portanto, dois
campeões em cada ano. Segundo Odir Cunha, seria preferível que as duas
competições fossem consideradas campeonatos nacionais, alegando não poder punir
o campeão de uma e privilegiar o de outra — linha esta que é seguida atualmente
pela CBF. Por outro lado, PVC acredita que só a sobreposição nesses dois anos
exigiria um debate à parte, além do já necessário debate sobre a unificação.[32]
Como no caso dos dois torneios de
1967 que foram conquistados pelo Palmeiras, Cunha considera válidos os dois
títulos e afirma que a Taça Brasil classificava para a Taça Libertadores da
América, mas o Torneio Roberto Gomes Pedrosa tinha um nível melhor. "É
estranho?", perguntou o jornalista, respondendo em seguida. "Mas há
precedentes." Os precedentes que ele citou foram o Campeonato
Carioca, que
teve o Flamengo como campeão duas vezes no ano
de 1979, além de
vários países da América que possuem ou possuíam torneios "Apertura"
e "Clausura", gerando situações como a do River
Plate, duas
vezes campeão argentino em 1997; do Colo-Colo, do Chile, duas
vezes campeão chileno em 2006 e 2007. No Mundial Interclubes, isso ocorreu em
2000: ao mesmo tempo em que o Corinthians foi
campeão do Mundial de Clubes da FIFA, o Boca
Juniors foi
campeão pela fórmula antiga, e os
dois são considerados campeões. "Se você tirasse o título de um ou de
outro, seria injusto", argumenta Odir Cunha.[12]
Na edição de 1970, o
Atlético Paranaense voltara a representar seu estado, com a Ponte Preta entrando
no lugar da Portuguesa, entre os paulistas.[16] Em 1970, após quatro edições disputadas, o
Robertão chegou ao fim: em 1971, a CBD
anunciou a transformação da Taça de Prata em Campeonato Nacional de Clubes, com
grande influência política.[12] [15] [33] [34] Esse torneio ficaria conhecido, a partir de 1974,
como a primeira edição do Campeonato Brasileiro, excluindo a versão anterior,
apesar de disputado sob formato similar ao do "Robertão".[5] [12]
A edição do Torneio Roberto Gomes
Pedrosa/Taça de Prata de 1970 foi a base para a criação do Campeonato Nacional
de Clubes, em 1971: as únicas alterações foram a inclusão de um clube do Ceará e de mais uma vaga para Minas Gerais e outra para Pernambuco; ou seja, o campeonato passou a ter vinte clubes,
em vez de dezessete, não sofrendo nenhuma mudança drástica em relação à edição
anterior da Taça de Prata.[35] [13] [36] [4] Alguns autores consideram que "a história do
futebol brasileiro, a partir desse momento, foi deixada para trás".[12] Este novo certame viera com a proposta de dar
oportunidades diretas para times do país inteiro e, devido à política que
ditava o critério de escolha dos participantes, não havia necessidade de as
equipes passarem por campeonatos regionais. A fórmula de disputa seguia a mesma
da competição anterior, com a criação de uma segunda divisão. No entanto, não existia
rebaixamento, mas havia promoção — foi o vice-campeão Remo, e não o campeão Villa Nova, que ficou com a vaga para
disputar o Nacional de 1972.[12] [35]
Existem versões que os motivos da
exclusão da versão anterior foram questões políticas. "O Brasil vivia uma
ditadura que descobria como o futebol podia ser usado para promover o ufanismo
e a imagem de integração nacional", escreveu o jornalista e historiador Roberto Assaf.
"Era interessante para o governo da época vender a ideia de que estava
sendo criado algo inédito."[13] [12] [4] [15] Já segundo Odir Cunha, o surgimento do Campeonato
Nacional de Clubes não invalidou os títulos brasileiros anteriores.[37] [4] Tanto é, que por muitos anos, a Taça Brasil e o
Torneio Roberto Gomes Pedrosa foram computados nos rankings de clubes que se
fazia.[37]
João Havelange, ex-presidente da CBD que criou tanto a Taça
Brasil, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa e o Nacional de 1971, declarou que as
competições representavam a sequência uma da outra e que a Taça Brasil e o
Robertão foram criados para definir o campeão brasileiro, e que o Campeonato
Nacional de Clubes representou o prosseguimento destas competições.[37] [9] João Havelange, também declarou em 2010 ser
favorável à unificação dos títulos da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes
Pedrosa ao Campeonato Brasileiro. Em um evento oficial do Santos, ele afirmou que "se os
títulos existiram é porque as competições foram oficiais e, se foram oficiais,
devem ser respeitadas".[13]
Por outro lado, o mesmo Havelagen
defendia, na época de criação do Robertão, que ele ainda não era um verdadeiro
torneio nacional, como relatado pelo jornal O Estado de S. Paulo em março de 1967: "[Havelange]
disse que o torneio, como foi idealizado e está se processando, é uma
verdadeira preparação para um futuro campeonato nacional, com a participação de
outros clubes, dos mesmos estados e até de outros, desde que as perspectivas
financeiras aconselhem a inclusão."[38] O então presidente da Federação
Paulista de Futebol,
Mendonça Falcão, partilhava da mesma visão, considerando que um dos objetivos
da competição era estudá-la "sob vários ângulos, para transformá-la em
campeonato nacional".[39]
A intenção era de transformar o
Robertão num torneio nacional já em 1968. "[No segundo semestre de
1968] será disputado o Campeonato Nacional de Clubes, que será o atual
Torneio Roberto Gomes Pedrosa ampliado, com a inclusão de pelo menos mais dois
concorrentes", escreveu Aroldo Chiorino, editor de Esportes da Folha de S.Paulo.[40] Mas, em 1968, a ideia já tinha mudado, e Mendonça
Falcão defendia a instituição do Campeonato Nacional, regido pela CBD, apenas
em 1970,[41] com a participação de até trinta clubes, divididos
em grupos, "num processo de integração futebolística".[42] Porém, esta competição planejada só teria início
em 1971, com a
participação de apenas vinte clubes representando somente oito Estados[43] e com o mesmo formato do Torneio Roberto Gomes
Pedrosa[44] [36] — embora a fórmula tenha sido modificada com a
competição em andamento.
A discussão sobre se o Robertão
era, ou não, um campeonato realmente nacional já vinha de anos anteriores. Em
dezembro de 1968, a Folha ainda lamentava o fato de Brasil ser "o
único país sem campeonato nacional",[45] lamento repetido quatro meses depois, seguido de
uma constatação: "Um campeonato brasileiro de futebol, com lei de acesso
atualizada, será a salvação do futebol nacional."[46] Já outros veículos da imprensa tratavam a
competição como um campeonato nacional e consideravam seus vencedores campeões
brasileiros, como a revista Placar, que, em sua edição de 25 de dezembro de 1970,
trazia ampla cobertura das finais do campeonato e estampou em sua capa a
manchete "O Flu é o campeão do Brasil!".[15] Em 1967, após a criação da competição, o Jornal do Brasil defendeu que a realização de um
campeonato de proporções nacionais era um importante momento para a história do
futebol brasileiro e acrescentou: "A esperança de melhores rendas e
espetáculos de qualidade superior àqueles proporcionados pelos estaduais
parecia concretizar-se, uma vez que a criação de um campeonato nacional
racionalizaria o calendário, possibilitando, inclusive, a vinda de clubes
estrangeiros para o Brasil, e fortaleceria a Seleção Brasileira, já que
jogadores de outros centros poderiam ser úteis para o time verde e amarelo, que
tinha perdido a Copa do Mundo em 1966 para os anfitriões ingleses."[15]
Todavia, mesmo com a criação do
Campeonato Nacional de Clubes, a imprensa da época continuou dividida: enquanto
uma parte dos jornalistas era otimista com a nova competição, outra parcela
permanecia debatendo a respeito da falta de um campeonato verdadeiramente
nacional.[13] A revista Placar, que lutara durante todo o
ano de 1970 pela criação do Nacional, acabou adotando uma postura cautelosa
após a criação da nova competição. Sob o título "Até que enfim um
Campeonato Nacional — mas tem que melhorar", a revista criticava a
hegemonia dos fatores políticos em detrimento dos aspectos futebolísticos. Para
a revista, o Nacional "não passava de um Robertão um pouco
diferente", o que não contribuía para alterar a estrutura arcaica do
futebol brasileiro.[15] O Jornal dos Sports também não considerou que houve
grandes mudanças entre os dois certames e, ao falar das equipes cariocas que
disputariam o Campeonato Nacional, apresentou a equipe do Fluminense da
seguinte forma: "Flu parte para o bi com toda a força." Ou seja,
assim como a Placar no ano anterior, o Jornal dos Sports também
tratou o Fluminense como campeão brasileiro mesmo sem a existência oficial do
Campeonato Nacional, considerando o Torneio Roberto Gomes Pedrosa como tal.
Anos mais tarde essa questão viria a ser de grande relevância e alvo de
disputas esportivas e políticas.[15]
O rompimento entre o que já
existia e o que surgiu criou um paradoxo: ao mesmo tempo em que existia a noção
de que os vencedores da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa eram
campeões nacionais, a imprensa da época também permanecia debatendo a respeito
da falta de um campeonato verdadeiramente nacional. "A própria CBF não
sabe o que a CBD determinou na transição de 1970 para 1971", afirma o
jornalista Paulo Vinícius Coelho. "A documentação da época
está na Granja Comary [em Teresópolis, RJ], e o responsável pelo arquivo histórico da
entidade ainda não teve condições de procurar esse material."[13]
O Torneio Roberto Gomes Pedrosa
foi importante por seu pioneirismo em reunir os clubes da elite do futebol
brasileiro em uma única competição, pois, assim como o atual Campeonato
Brasileiro de pontos corridos, o Robertão contava só com a participação das
melhores equipes do Brasil.[12] O certame contou com a participação de todos os
jogadores campeões da Copa do
Mundo de 1970, no México, que, segundo Odir Cunha, foi uma "era áurea"
do futebol do País, que possivelmente não voltará a ocorrer, visto que,
atualmente, os melhores jogadores brasileiros vão ainda jovens para o Exterior,
por fins lucrativos.[12] Também diversos marcos importantes da história do
futebol nacional ocorreram durante os seus quatro anos de disputa, como o
milésimo gol de Pelé, que atraiu atenção da mídia
mundial no jogo contra o Vasco da Gama, em
1969, no Maracanã.[12] A lisura do torneio é comprovada por suas regras,
que foram levadas ao extremo, não sofrendo mudanças radicais desde sua primeira
edição até a última — ao contrário dos Campeonatos Brasileiros realizados entre
1971 e 2002, que tinham suas fórmulas de disputa alteradas drasticamente
praticamente a cada ano.[12] [4] [35] [47] [48] [49] [50]
Após os times vencedores das
competições nacionais antes de 1971 entrarem com pedido na CBF para a entidade
equiparar suas conquistas às do Campeonato Brasileiro,[51] em 22 de dezembro de 2010, a CBF unificou
oficialmente os títulos nacionais, tornando todas as edições do Torneio Roberto
Gomes Pedrosa — bem como as da Taça Brasil — válidas como Campeonato
Brasileiro,[7] assim como a entidade fazia em seus boletins
oficiais entre 1971 e 1973, excluindo esta informação a partir do boletim de
1974.[52]
As quatro edições
Nos quatro anos em que foi
disputado, o "Robertão" teve o mesmo sistema de disputa. A fórmula de
disputa do campeonato já era semelhante à do Campeonato Brasileiro de 1971, com
as equipes divididas em dois grupos, mas todos se enfrentavam todos contra
todos em turno único. Porém, classificavam-se para o quadrangular final os dois
primeiros de cada chave. Em 1967, os quatro clubes classificados para o
quadrangular jogaram todos contra todos em turno e returno e com inversão de
mando de campo, mas, de 1968 a 1970, o quadrangular foi disputado em turno único,
sendo campeão o time que somasse mais pontos. Na primeira edição da competição,
cada clube disputava um mínimo de catorze partidas (os clubes que se
classificaram para o quadrangular final jogaram um total de vinte partidas), o
que já obrigava o campeonato a ter um espaço grande no calendário.[13] [5]
O Palmeiras, que em 1967 também venceu a Taça Brasil, foi no mesmo ano o campeão da primeira edição do
"Robertão". Conquistou o título vencendo o Grêmio por 2 a 1 na última
rodada do quadrangular, enquanto o Internacional vencia o Corinthians por 3 a 0
e sagrava-se vice-campeão. Os goleadores foram César (Palmeiras) e Ademar (Flamengo), com quinze gols.
Em 1968 o Santos de Pelé conquistou o título, ao vencer o Vasco da Gama por
2 a 1 no Maracanã na última rodada do
quadrangular. Novamente o Internacional foi o vice, após vencer o Palmeiras por
3 a 0. O goleador foi Toninho Guerreiro (Santos), com dezoito gols.
Em 1969,
extinguiu-se a Taça Brasil e o "Robertão" passou
a ser a única competição considerada nacional. O Palmeiras sagrou-se campeão
mais uma vez, batendo o Botafogo por 3 a 1 no último jogo. Na mesma rodada, o
Cruzeiro venceu o Corinthians por 2 a 1 e ficou com o vice. O goleador foi Edu (America), com catorze gols.
A última edição do Torneio Roberto
Gomes Pedrosa/Taça de Prata aconteceu em 1970, com o
Fluminense vencendo seu primeiro título nacional ao empatar em 1 a 1 com o
Atlético Mineiro. Os cariocas se classificaram para a Libertadores do ano
seguinte, junto com o Palmeiras, que venceu o Cruzeiro por 4 a 2 na última
rodada, sagrando-se vice-campeão. Goleador: Tostão (Cruzeiro), com doze gols.
FICHAS
TÉCNICAS DE JOGOS QUE DECIDIRAM O TORNEIO ROBERTO GOMES PEDROSA
Chamado na época de Taça de Prata
ou de Torneio Roberto Gomes Pedrosa,
equiparado aos campeonatos
brasileiros pós-1971 pela resolução da CBF
PALMEIRAS 2 x 1 GRÊMIO
Local: Estádio do Pacaembu (SP).
Data: 08/06/1967.
Árbitro: João Carlos Ferrari.
Renda: Cr$ 64.578,00
Público estimado: 28.000 pagantes
SEP: Perez, Djalma Santos,
Baldochi, Minuca e Ferrari; Dudu e Ademir da Guia; Dario
(Zico), Servilio, César e
Tupãzinho (Reinaldo).
Técnico: Aymoré Moreira
GFPA: Arlindo, Everaldo, Ari
Ercílio, Paulo Souza e Ortunho; Áureo (Paíca) e Cléo;
Babá (Loivo), João Severiano,
Beto (Vieira), e Volmir.
Técnico: Carlos Frôner.
Gols: César aos 8' e 24' do
Primeiro Tempo; Ari Ercílio(p) aos 85'.
VASCO 1 x 2 SANTOS
Local : Maracanã.
Data: 10/12/1968.
Árbitro : Arnaldo César Coelho
(RJ).
Renda: Cr$ 144.372,00
Público: 54.994 pagantes.
Vasco : Valdir, Ferreira, Brito,
Moacir (Fernando), Eberval, Benetti, Alcir, Nado,
Valfrido, Bianchini e Danilo
Menezes (Adílson)
Técnico : Paulinho de Almeida.
Santos : Cláudio, Carlos Alberto,
Ramos Delgado, Marçal, Rildo, Clodoaldo, Lima,
Edu, Toninho (Douglas), Pelé e
Abel (Laércio)
Técnico : Antoninho
Gols: Toninho Guerreiro aos 14',
Pelé aos 38' e Bianchini aos 49'.
Expulsões: Bianchini (Vasco) e
Cláudio (Santos) aos 70'.
Obs.: Laércio era o goleiro
reserva, tendo entrado devido a expulsão do Cláudio.
PALMEIRAS 3 x 1 BOTAFOGO
Local: Estádio Cícero Pompeu de
Toledo (Morumbi).
Data: 07/12/1969.
Árbitro: Armando Marques (SP).
Renda: Cr$ 51.210,00
Público: 8.210 pagantes.
SEP: Leão; Eurico, Baldochi,
Nélson, Zeca, Dudu, Ademir da Guia, Cardoso (Copeu),
Jaime, César, Pio (Serginho).
Técnico: Rubens Minelli.
BFR: Cao; Luís Carlos, Chiquinho,
Moisés (Ademir), Valtencir, Leonidas, Afonsinho, Jair,
Humberto, Ferreti, Torino
(Zequinha).
Técnico: Zagallo.
Gols: Ademir da Guia aos 11' e
44', César 27' e Ferreti 56'.
Obs.: Com este resultado e a
derrota do Corinthians para o Cruzeiro, sagrou-se campeão
o Palmeiras.
FLUMINENSE 1 X 1 ATLÉTICO-MG
Local: Estádio do Maracanã (RJ)
Data: 20/12/1970
Árbitro: José Favilli Neto (SP)
Renda: Cr$ 535.419,00
Público: 130.000 (112.402
pagantes).
FFC: Félix; Oliveira, Galhardo,
Assis e Marco Antônio (Toninho); Denilson e Didi;
Cafuringa, Mickey, Cláudio Garcia
e Lula.
Técnico: Paulo Amaral.
CAM: Renato; Nélio (Zé Maria),
Humberto Monteiro, Vantuir e Vanderlei; Odair e
Humberto Ramos; Ronaldo,
Vaguinho, Lola e Tião.
Técnico: Telê Santana.
Gols: Mickey aos 33' e Vaguinho
aos 47'
Campeões
Ano Campeão Vice-campeão 3º lugar 4º
lugar Artilheiro Gols
Titulos por Clube: Palmeiras 2
(1967 e 1969), Santos 1 (1968), Fluminense 1 (1970)
Maiores
médias de públicos por clubes
- 1967 - Cruzeiro
(34 038)
- 1968 - Vasco (37 296)
- 1969 - Cruzeiro (38 024)
- 1970 - Fluminense
(36 942)
Maiores
públicos
- Fluminense 1 a 1
Atlético-MG, Maracanã, 112 403 pessoas, 20/12/1970
- Atlético-MG 1 a 2 Cruzeiro,
Mineirão, 97 928 pessoas, 28/09/1969
- Atlético-MG 0 a 4 Cruzeiro,
Mineirão, 91 042 pessoas, 05/03/1967
- Fluminense 0 a 0 Santos,
Maracanã, 87 872 pessoas, 26/10/1969
- Atlético-MG 0 a 1 Cruzeiro,
Mineirão, 87 360 pessoas, 27/10/1968
Torneio
dos Campeões de 1968- Maringa Campeão dos Campeões.
Em 1968, a CBD organizou ainda um
"Torneio dos Campeões". A competição seria disputada entre os
vencedores do Robertão, da Taça Brasil, do Torneio Centro-Sul e do Torneio
Norte-Nordeste. Na primeira fase, o campeão do Centro-Sul (Maringá) eliminou o campeão do
Norte-Nordeste (Sport) com duas vitórias, e
classificou-se para a segunda fase contra o campeão do Robertão (Santos).
Após dois empates, o Maringá sagrou-se vencedor da segunda fase por
desistência do adversário. Haveria ainda uma terceira fase, contra o campeão da
Taça Brasil (que viria a ser o Botafogo), mas com o atraso do término
dessa competição, tal fase final não foi disputada e o Maringá foi declarado
Campeão dos Campeões.
LEONIDAS DA SILVA, PELÉ E ARTHUR FRIEDENREICH
ARTHUR FRIEDENREICH MAIOR GOLEADOR DA HISTORIA DO FUTEBOL
LEONIDAS DA SILVA, PELÉ E ARTHUR FRIEDENREICH
Excelente trabalho de divulgação e esclarecimento da história do futebol brasileiro e da Unificação dos títulos nacionais a partir de 1959. Parabenizo e envio um forte abraço ao Johny Vasconcelos Fraga.
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