C.S.A – PARTE 1
Centro Sportivo
Alagoano, também
conhecido pela sigla CSA, é uma agremiação
esportiva brasileira de futebol, da cidade de Maceió, em Alagoas. Fundado em 7 de setembro de 1913 por um grupo de desportistas, o
clube nasceu como Centro Sportivo Sete de Setembro, depois foi rebatizado para
Centro Sportivo Floriano Peixoto e em 1918, ganhou seu nome atual. É o clube
mais vencedor do estado com 37 títulos estaduais.
Nome Centro
Sportivo Alagoano
Torcedor/Adepto Azulino
Marujo
Marujo
HISTORIA DO CSA
O Centro
Sportivo Alagoano foi fundado no dia 7 de setembro de 1913 na
Sociedade Perseverança e Auxiliar dos Empregados no Comércio, quando um grupo
de desportistas, liderado por Jonas Oliveira, se reuniu com o objetivo
de criar a agremiação. Seus fundadores foram os seguintes: Jonas de Oliveira,
Osorio Gatto, Entiquio Gomes Filho, Antenor Barbosa Reis, Francisco Rocha Cavalcante,
Arestides Ataide de Oliveira, Antonio Miguel de Oliveira e Vicente Grossi.
O
primeiro nome do clube foi Centro Sportivo Sete de Setembro, em
homenagem a sua data de fundação, e começou a funcionar na própria sede da
Sociedade Perseverança, onde ficavam guardados os seus primeiros barcos. Ali,
se formou uma verdadeira academia de atletas, pois o clube dispunha de um corpo
de lutadores de boxe, luta greco-romana, além de levantamento de peso, lançamento de dardo e de disco e esgrima. Os esportes náuticos só entraram na história do
clube em 1917 e, durante muitos anos, seus associados usaram a
Lagoa Mundaú para passeios e competições náuticas.
Não
demorou muito tempo e a sede do clube foi transferida para uma das dependências
do Palácio Velho, antigo Palácio do Governo. Em seguida, no ano de 1915, mais
uma mudança ocorreu e a sede azulina passou a funcionar em um prédio na Praça
da Independência, antiga Praça da Cadeia, pertencente ao Tiro de Guerra. Foi
aí, inclusive, que o time realizou seus treinos e jogos. O primeiro jogo dos
azulinos foi contra uma equipe formada por alagoanos que estudavam em Recife e os azulinos venceram por 3 a 0.
Dois anos
após a fundação, aconteceu a primeira modificação do nome do CSA que, de Centro
Sportivo Sete de Setembro passou a se chamar Centro Sportivo Floriano
Peixoto, em 1915, numa homenagem a José Floriano Peixoto, atleta
alagoano de destaque nacional. Torcedores azulinos propuseram, em assembleia
geral, a mudança do nome do clube e a proposta do grupo foi aceita.
Definitivamente,
no dia 13 de abril de 1918, o time
mudou mais uma vez a sua razão social e foi batizado, em assembleia geral, com
o nome de Centro Sportivo Alagoano, que de imediato passou a se
identificar com o povo alagoano.
O
Mutange
O Mutange
foi inaugurado em 22 de novembro de 1922, tendo sido considerado durante muitos
anos o estádio mais moderno do estado, sendo inclusive o único com condições de
receber jogos noturnos pelo fato de ter refletores, tendo sediado em 1951 o
primeiro jogo internacional em Alagoas, o CSA 1 x 1 Velez
Sársfield.
Atualmente, o Centro Sportivo Alagoano passou a disputar suas partidas no Trapichão (propriedade do governo estadual)
e transformou o Mutange num centro de treinamento.
A
marca da rivalidade
A marca
da rivalidade. Certa vez, lá pelos anos 30, o CSA enviou ao CRB, um
"Ofício-convite" para a realização de uma partida amistosa. O clube
da Pajuçara aceitou o desafio, mas, em “Oficio-resposta” solicitava permissão
para incluir em sua equipe alguns jogadores de outros times, já que o jogo era
amistoso. O CSA, entretanto, não aceitou a proposta e nasceu daí, um
desentendimento entre os dois clubes. A partir de então, as hostilidades
aumentaram, tornando-se incontroláveis, sobretudo porque explorada pelas
crônicas dos jornais, divulgando declarações dos dois presidentes. O Jornal
“Correio da Tarde” publicava tudo que dizia Osório Gatto do CSA. O Jornal de
Alagoas, por sua vez, publicava os revides de Ismael Acioli do CRB. E um
simples “convite” para um jogo amistoso, se transformou numa guerra pessoal. Ao
tomar conhecimento numa das crônicas, de uma ofensa direta do presidente
azulino, Ismael Acioli se julgou ofendido e resolveu tomar satisfações
pessoais. Avisado por amigos do “Correio da Tarde” das intenções de Ismael
Acioli, Osório Gatto tratou de se prevenir, armando-se de um revólver. O
encontro dois presidente verificou-se em plena rua do Comércio da Capital.
Antes mesmo de qualquer diálogo, o presidente do CSA sacou da arma e atirou no
presidente do CRB. Um dos disparou atingiu a coxa de Ismael Acioli, que caiu e,
logo com a chegada de diversas pessoas, foi transportado para o Pronto Socorro.
E a guerra não acabou ali. Enquanto esteve hospitalizado, Ismael Acioli recebeu
o apoio irrestrito de todas as facções do clube que dirigia. Tanto que de forma
unânime, toda diretoria regateana prometeu publicamente que, se Ismael Acioli
viesse a falecer, nenhum membro da diretoria azulina ficaria vivo para contar a
história. Ismael Acioli se recuperou gradativamente, ficou fora de perigo e
voltou a vida normal. Mas ficou capengando numa das pernas e carregando a bala
que o atingiu. Somente anos mais tarde, os dois desportistas, num encontro
fortuito, afinal se abraçaram comovidamente. a partir dessa epoca os dois
clubes são rivais eternos.
1931
- A rivalidade no aniversário do CSA
A
crescente rivalidade entre CSA e CRB culminou em um fato ocorrido em
1931. Para participar da festa de seu aniversário, os azulinos convidaram o
time do América de Recife para um jogo amistoso. Tininho, um habilidoso jogador
do CSA, era também um verdadeiro líder dentro do clube. Muitas vezes, se
transformava em treinador do time. Por todas essas qualidades, Tininho era
respeitado pelos dirigentes e querido pela torcida.
Com a
intenção de reforçar a equipe, Tininho convidou dois jogadores do CRB para
integrar o CSA no jogo contra o América. Zequito Porto e Fonseca eram os
convidados. Eles aceitaram e se sentiram honrados em vestir a camisa azulina.
No dia 7 de setembro, no Mutange, antes do jogo, compareceram aos vestiários do
CSA, os jogadores Zequito e Fonseca que foram recebidos por Tininho. A
diretoria azulina já se encontrava nas cadeiras que ficavam nas arquibancadas
do Mutange. Ao saber da novidade, os dirigentes mandaram chamar Tininho para
informar que não concordavam com a presença dos jogadores do CRB. Afirmavam,
inclusive, que temiam a reação da torcida. Pressionado por todos os lados,
Tininho mostrou porque era líder, e decidiu – "Ou aceitam Zequito e
Fonseca ou eu também não jogarei". Esta decisão aumentou a confusão. Mas,
pela personalidade do capitão azulino que assumiu toda responsabilidade, os
dois atletas do CRB jogaram e ajudaram o CSA a vencer o América por 4x2. Dois
dos gols foram assinalados por Fonseca. Zequito Porto nunca negou que se sentiu
orgulhoso ao vestir a camisa do tradicional rival. A rivalidade na época não
permitia que fatos como esse pudesse acontecer. Mas, ele conseguiu quebrar esse
tabu.
1945
- 22 x 0: a grande goleada
Uma das
maiores goleadas do futebol brasileiro e, certamente, a maior do futebol
alagoano, teve a participação do CSA. Aconteceu no campeonato alagoano
de 1945 - CSA 22 x 0 Esporte.
O CSA
tentou transferir o jogo para aceitar um convite e jogar em Garanhuns. O Esporte não aceitou. O mando de campo
era do time de Zé Rodrigues que levou o jogo para o campo da Pajuçara. O CSA tentou levar a
partida para o Mutange, chegando a oferecer toda a
renda para o Esporte. O clube rubro também não aceitou. Comentou-se, na
época, que dirigentes e jogadores do clube azulino fizeram um pacto para fazer
o maior número de gols possíveis dentro da partida. Na semana do jogo, o Tribunal
de Penas da Federação suspendeu quatro jogadores do Esporte. Eles haviam se
envolvido no jogo violento da partida contra o Olavo Bilac no domingo anterior. Dirigentes do clube de Zé
Rodrigues chegaram a pensar em entregar os pontos. Terminaram desistindo.
No dia 28
de janeiro de 1945, no Estádio
Severiano Gomes Filho, jogaram
Esporte Clube Maceió e CSA. Zé Rodrigues que tinha problemas na
escalação do seu time, foi obrigado a colocar em campo quatro atletas que
haviam jogado na partida preliminar: Orlando, Pé de Samba, Mudico e Laurinho.
Mesmo assim, os jogadores do CSA não perdoaram. Fizeram 7 gols no
primeiro tempo e 15 no segundo.
1952
- O Jogo do Xaxado
O
clássico contra o CRB da tarde do dia 16 de setembro de 1952 entrou
para a história do futebol alagoano e ficou conhecido como o "Jogo do
Xaxado". Xaxado é o nome de um ritmo musical do
nordeste brasileiro e, na época, era a música do momento das paradas de
sucesso. Todo o Brasil dançava o xaxado com Luiz Gonzaga.
O CSA
venceu seu mais tradicional adversário pelo placar de 4 a 0. A grande atuação
da equipe fez a torcida azulina bater palmas e gritar, ritmicamente, a palavra
"xaxado". Curiosamente, o CSA aplicou a goleada justamente no dia do
aniversário do rival.
Árbitro: Waldomiro Brêda
|
CRB: - Levino (Luiz), Helio Ramires
(Ferrari) e Miguel Rosas, Netinho, Castanha e Moura, Sansão, Arroxelas (Santa
Rita), Dario, Mourão (Zé Cicero) e Zeca.
CSA: - Almir, Bem e Arestides, Oscarzinho, Zanélio e Neu, Napoleão (Ié), Biu Cabecinha, Dida, Dengoso e Edgar (Bemvindo).
CSA: - Almir, Bem e Arestides, Oscarzinho, Zanélio e Neu, Napoleão (Ié), Biu Cabecinha, Dida, Dengoso e Edgar (Bemvindo).
Muitos gols foram perdidos. Dida, depois de
driblar toda a defesa do CRB, inclusive o goleiro Levino, quase na linha de
gol, preferiu voltar e passar a bola para um companheiro.
|
1973
- Mané Garrincha e o CSA
O grande
jogador Garrincha já vestiu a camisa do CSA. Foi
somente durante noventa minutos, em partida ocorrida no dia 19 de setembro de
1973, num amistoso contra o ASA de Arapiraca, no Trapichão. Garrincha e Dida
jogaram juntos com a camisa azulina. Dias depois, Garrincha jogou outra partida
por um clube alagoano, o ASA de Arapiraca.
"Seu Mané" estava se despedindo da torcida brasileira. Seu
futebol estava chegando ao fim. Suas pernas tortas já não corriam como antes.
Seus dribles já não eram tão eficientes. Mesmo assim, Garrincha jogou e a
torcida alagoana entendeu seu drama. Foi intensamente aplaudido em sua noite de
despedida.
1980-1983
- Taça de Prata
1980
Era a
semifinal da Taça de Prata de 1980. O jogo foi no Estádio Fonte Luminosa e o
resultado de 1x0, deu ao time alagoano o direito de disputar o título de
campeão da Taça de Prata contra o Londrina e, a sua inclusão, no próximo ano,
na divisão de elite do futebol brasileiro.
Para
ganhar da Ferroviária o CSA enfrentou muitas adversidades, desde da pressão da
torcida local até a visível parcialidade do juiz que, no segundo tempo,
expulsou Joca e Alberto Lequelé do clube alagoano. Mesmo com uma ajuda extra,
os paulistas não chegaram a meta de Zé Luiz.
No primeiro
tempo, a Ferroviária, a rigor, atacou mais que o CSA, entretanto encontrou uma
verdadeira barreira na defesa azulina. O CSA, cauteloso, somente ia à frente em
contra ataques rápidos e perigosos. E foi assim que aos 39 minutos, Peu lançou
para Gilmar que fechava para área e o craque azulino chutou por cobertura e
marcou o gol único da partida.
No
segundo tempo, a Ferroviária passou a pressionar na base do desespero e teve
sua grande chance do empate quando Paulo Borges perdeu uma penalidade máxima. Mesmo
com dois jogadores a menos, o CSA soube administrar a vitória.
Público: 5.864 pagantes
Árbitro: Wilson Carlos dos Santos |
Ferroviária - Tião, Carlos (João Carlos),
Sabará, Sérgio Miranda e Zé Rubens, Nande,. Zé Roberto (Bispo) e Douglas, Paulo
Borges, Toninho e Lavinho.
CSA - Zé Luiz, Joca, Paulinho, Dick e Luizinho, Ronaldo Alves, Alberto Carioca e Peu (Rogério), Jorginho, Dentinho (Alberto Lequelé) e Gilmar.
CSA - Zé Luiz, Joca, Paulinho, Dick e Luizinho, Ronaldo Alves, Alberto Carioca e Peu (Rogério), Jorginho, Dentinho (Alberto Lequelé) e Gilmar.
- Londrina: Jorge, Toninho, Gilberto,
Fernando, Zé Antônio, Vanderlei (André), Éverton, Lívio, Zé Dias (Zé
Roberto) e Paulinho. Técnico: Jair Bala
- CSA: Zé Luís, Joca, Paulinho,
Dick, Luisinho, Ronaldo Alves, Alberto Carioca, Alberto Leguelé, Jorginho,
Peu e Gilmar. Técnico: Laerte Dória
1982
A decisão
da Taça de Prata de 1982 foi entre CSA e Campo
Grande do Rio
de Janeiro. A primeira partida foi no Estádio Rei Pelé no dia 11 de abril.
Ficou conhecido como o "jogo da virada".
Um jogo
cheio de grandes lances e a movimentação do marcador mexeu com os nervos da
torcida azulina. O CSA começou bem, atacando com velocidade e explorando o lado
direito do Campo Grande. Foi assim que o clube azulino chegou ao primeiro gol.
Romel lançou Américo em profundidade que foi derrubado na entrada da área. O
mesmo Romel cobrou de forma sensacional e abriu a contagem. A partir dos trinta
minutos, o Campo Grande passou a dominar a partida e o CSA ficou sem saber o
que fazer. O zagueiro Jerônimo começou a fazer bobagens. Fez um gol contra aos
trinta e oito minutos. Perdeu a bola na entrada da área e permitiu que o Campo
Grande marcasse seu segundo gol, e logo depois os cariocas ampliaram para três
a um. Este foi o marcador do primeiro tempo. Os azulinos estavam abatidos,
dominados e não demonstravam chance de reagir.
Uma
conversa no intervalo, entre o técnico Tadeu e jogadores, mexeu com o ânimo dos
jogadores. Zé Carlos entrou no lugar de Freitas e Dentinho substituiu Américo.
Duas substituições que mudaram o panorama da partida.
A reação
começou aos vinte três minutos. Dentinho sofreu uma falta perto da área. Romel
cobrou com categoria: 3x2. Os azulinos jogavam bem, dominavam e os cariocas
procuravam manter o resultado. Mais cinco minutos e novamente Dentinho foi
derrubado dentro da área. E na área é penalti. O grande nome do jogo, Romel,
perdeu a penalidade máxima. Chutou e o goleiro Ronaldo defendeu. O jogo seguiu
com o CSA procurando o empate. E ele veio numa bola lançada por Zezinho para a
área adversária. Romel dominou e com um leve toque deslocou o goleiro carioca.
O empate ainda era bom resultado para o Campo Grande. O CSA, porém, queria
mais.
O tempo
passava. As oportunidades surgiam e o gol da vitória não chegava. Jorginho se
contundiu e teve que sair de campo. O treinador Tadeu José da Costa Lima já
tinha feita as duas substituições e o CSA ficou com menos um. Aos trinta e sete
minutos uma falta em Dentinho, na entrada da área, criou um pequeno tumulto que
culminou com a expulsão do zagueiro Jeronimo. O CSA passava a jogar com nove
jogadores. Na cobrança, Ademir tocou para Romel que chutou na barreira. A bola
subiu e quando desceu bateu no travessão e voltou para onde estava Zé Carlos,
que de cabeça, mandou para as redes do Campo Grande. Estava sacramentada a
vitória do CSA. Poucos acreditavam no que viam. A virada de 1x3 para 4x3 estava
estampada nos torcedores presentes no Rei Pelé. Logo depois do gol, Dentinho
fez falta violenta e foi expulso. Com oito jogadores, foi um sufoco para o CSA
garantir o marcador.
- Campo Grande: Ronaldo, Paulinho,
Pirulito, Mauro, Ramírez, Serginho, Lulinha, Pingo (Ailton), Tuchê,
Luisinho e Luís Paulo. Técnico: Décio Esteves
- CSA: Joseli, Flávio, Jerônimo,
Fernando, Zezinho, Ademir, Zé Carlos (Josenílton), Veiga, Américo
(Freitas), Dentinho e Mug. Técnico: Jorge Vasconcellos
1983
Pela
terceira vez o CSA foi para a final da Taça de Prata, novamente ficou com o
segundo lugar.
- Juventus: Carlos, Nelson, Deodoro, Nelsinho, Bizi,
Paulo Martins, César, Gatãozinho, Sidnei, Ilo (Bira) e Cândido (Mário). Técnico:
Candinho.
- CSA: Adeíldo, Humberto, Café,
Dequinha, Cícero (Veiga), Ademir, Jorginho, Romel, Américo, Josenílton e
Jacozinho. Técnico: China
1999
- A Copa Conmebol
Primeira
fase
O ano de 1999 foi
histórico e inédito para o futebol alagoano. Pela primeira vez, um clube de Alagoas participava de uma competição internacional: a Copa Conmebol.
O
regulamento da competição sul-americana naquele ano previa que os
representantes brasileiros seriam os campeões de cada competição regional. Como
os finalistas da Copa do Nordeste, Vitória e Bahia (campeão e vice,
respectivamente), desistiram de participar da Copa Conmebol, a vaga seria destinada então ao 3º colocado do
regional, o Sport. Porém, este também recusou o
convite, o que levou o CSA a ficar com a vaga, já que havia chegado às
semifinais da Copa do Nordeste de 1999.
Na
estreia, dia 13 de outubro, o CSA enfrentou no Estádio Rei Pelé o também brasileiro Vila Nova de Goiás. A equipe venceu por 2 a 0, com dez jogadores em
campo (o lateral Souza havia sido expulso no primeiro tempo), gols de Missinho
e Mazinho. Na partida do dia 20, o Vila Nova delvolveu o placar de 2 a 0, porém
o CSA venceu na cobrança de pênaltis por 4 a 3 e avançou à fase seguinte. Pela
primeira vez em sua história, o CSA faria uma viagem internacional.
Quartas-de-final
O adversário
seguinte foi o venezuelano Estudiantes de Mérida. Entretanto, a diretoria do clube foi surpreendida ao descobrir que a maioria
dos seus jogadores não possuía passaporte. Após resolver o problema, a
delegação embarcou no ônibus rumo à Mérida, escoltado por dois batedores.
No
confronto na Venezuela, em 3 de novembro, um empate sem gols. Em Maceió, dia 9, o CSA derrotou o adversário por 3 x 1.
Durante a partida, o árbitro paraguaio Bonifacio Núñez expulsou seis jogadores, sendo
quatro do Estudiantes de Mérida e dois do CSA. Mimi abriu o placar logo aos 4
minutos de jogo, cobrando pênalti. O time venezuelano empataria aos 23 minutos,
através de Ruberth Morán, também convertendo a penalidade. Pouco tempo depois,
Márcio Pereira fez outro gol para o CSA, em cobrança de falta. A bola ainda
desviou no zagueiro Gavidia, do Estudiantes de Mérida, antes de entrar. Márcio
Pereira faria mais um, classificando a equipe à fase seguinte.
Semifinal
Na
semifinal, outro clube brasileiro no caminho do CSA: o São Raimundo-AM. Em Manaus, derrota azulina por 1x0, dia 17 de novembro. A partida de volta foi dramática. No dia 24 de novembro, jogando em casa, o CSA abriu o marcador aos 14 do
primeiro tempo, com um gol de Fábio Magrão. Para desespero dos cerca de 18 mil
torcedores que lotavam o Rei Pelé, o São Raimundo igualou o placar aos 20
minutos, em falha da defesa do CSA, que Marcelo Araxá soube bem aproveitar. O
resultado eliminava o Azulão. O
CSA ainda empatou no último minuto de jogo, após uma falha do goleiro do São
Raimundo, que deixou a bola escapar. O zagueiro Givago empurrou-a para as redes
e garantiu que a decisão fosse para os pênaltis. O CSA levou a melhor na
cobrança de pênaltis, alcançando um feito inédito. Nenhum outro clube do
Nordeste havia conseguido estar em uma decisão de competição sul-americana.
Final
A decisão
foi contra o Club Atlético Talleres, que fazia boa campanha no Campeonato Argentino daquele ano.
Na
primeira partida da final, dia 1º de dezembro, o CSA surpreendeu e aplicou 4 a
2 no adversário, ficando muito perto da conquista. Missinho marcou 3 gols para
o CSA, Fabio Magrão marcou outro, enquanto que Aguilar e Astudillo descontaram
para o Talleres.
Na Argentina, o CSA sentiu a catimba do adversário logo no
desembarque na cidade de Córdoba. Os dirigentes do CSA foram
abordados por representantes do Talleres, que afirmavam ter interesse no
lateral-esquerdo Williams e em outros jogadores do clube. Também não foi
permitido ao CSA treinar no Estádio Olímpico de Córdoba. Eram demonstrações claras da
guerra que o clube alagoano enfrentaria na grande decisão do dia 8 de dezembro.
Com
apenas quatro minutos de jogo, o CSA já estava com dez em campo. O juiz
paraguaio Ricardo Grance expulsou Fábio Magrão por reclamação. O CSA sentiu-se intimidado
com a pressão feita pelos argentinos e o técnico Otávio Oliveira recuou o time
todo. A modificação no esquema tático do time não obteve êxito: aos 39 minutos,
Ricardo Silva abriu o placar para o Talleres. No segundo tempo, Gigena ampliou.
E como que dando um tiro de misericórdia, Maidana de cabeça fez 3 x 0. No
resultado agregado, o Talleres ficou com o título. Terminava assim o sonho do
CSA de se tornar a primeira equipe do Nordeste brasileiro a conquistar uma
competição internacional.
2003
e 2009- A queda do CSA para a "Segundona"
O CSA
entrou em campo num domingo, no Rei Pelé, precisando derrotar o rival CRB, e
dependia também do Murici não ganhar do CSE. Nenhum resultado foi favorável,
e a fragilidade da equipe fez com que o CRB ganhasse a partida.
Logo no
começo do jogo, o CRB marcou o primeiro gol, através de Binho, ao receber passe
de Marcelinho. O CSA reagiu para empatar aos 24 minutos, num cruzamento de
Ramon. Alessandro se antecipou ao zagueiro Carlão e cabeceou no ângulo esquerdo
de Wanderley. Aos 39 minutos, Gaspar foi à linha de fundo e cruzou da esquerda
para Marcelinho marcar de cabeça.
No
segundo tempo, logo aos três minutos, Reinaldo, que entrou no intervalo no
lugar de Ailton, desviou um cruzamento de Marcelinho para marcar o terceiro. O
quarto gol foi quatro minutos depois, num pênalti cometido pelo goleiro Santos
sobre Reinaldo. Marcelinho cobrou com perfeição. Aos 43 minutos, o zagueiro
Carlão colocou a mão na bola dentro da área, sendo expulso. O pênalti foi
cobrado e convertido por Nélson.
O CRB
precisava vencer e venceu, 4x2, sobre o CSA, assegurando sua classificação para
o quadrangular decisivo do Estadual - 2003, sendo beneficiado também pela
derrota do CSE para o Murici. Os dois resultados foram ruins para o CSA, que
foi rebaixado para a segunda divisão do ano seguinte só conseguindo retornar
para a primeira divisão em 2005.
- CRB – Wanderley; Saulo, Bruno,
Róbson e Edílson; Carlão, Gaspar, Marcelinho (Fernando Pilar) e Eduardo
Potiguar (Paulo Roberto); Binho e Ailton (Reinaldo).
- CSA – Santos; Edmílson,
Sinval (Bel), Alex Martins e Ramon; Nélson, La Bamba, Cassio (Jairon) e Da
Silva (Sandrinho); Tiago e Alessandro.
- Árbitro – Jorge Luiz da Silva.
No ano de
2009, novamente contra o seu maior rival, o CSA entra em campo precisando
vencer para assim poder escapar do tão temido rebaixamento. Mas o CSA não
conteve seu maior rival e perdeu a partida por 2X1, sendo o último gol feito
por Da Silva, ex-jogador do CSA, que teve que amargar o rebaixamento e as vaias
da torcida pelo segunda vez em sua história.
CSA
elimina o Santos
Correndo
o risco de ser rebaixado a segunda divisão alagoana, o CSA teria uma dura
missão na Copa do Brasil. Eliminar o Santos. A situação
ficou ainda mais difícil com o empate em 0x0 no Estádio Rei Pelé. Mas na
segunda partida o CSA entrou determinado e derrotou o Santos na Vila Belmiro
por 1x0 e assim eliminou a equipe paulista, que foi finalista do Campeonato Paulista de 2009.
2008:
Campeão Alagoano
Em 2008 o CSA
põe fim ao jejum de 9 anos sem títulos na primeira divisão, conquistando o
Campeonato Alagoano. A equipe bateu o ASA na decisão. No primeiro jogo o azulão
derrotou a equipe alvinegra por 2 x 1 no Fumeirão, em Arapiraca. Coube ao CSA
jogar pelo empate no segundo jogo. O Azulão cumpriu sua missão. Com um empate
por 2 x 2 no Rei Pelé o CSA garantiu o título de campeão alagoano de 2008.
2010
- Presente
No ano de
2010 o CSA foi a semifinal da Copa do Nordeste e foi campeão do Campeonato
Alagoano - Série B, pela segunda vez em sua história.
Em 2012 o
CSA fazia uma boa campanha na Série D, mas foi eliminado pelo Sampaio Corrêa.
Em 2013 o
time azulino foi vice-campeão do Campeonato Alagoano no ano de seu centenário.
A final foi contra o CRB, que venceu nos pênaltis. Na Copa do Brasil de 2013
foi eliminado em casa na primeira fase pelo Cruzeiro.
Em 2014
disputou a Copa do Nordeste, o Campeonato Alagoano e a Copa do Brasil. O CSA
não teve êxito em nenhuma dessas competições. Perdeu o estadual na primeira
fase, caiu nas quartas da Copa do Nordeste, e na primeira fase da Copa do
Brasil.
Em 2015
foi finalista do primeiro turno do Campeonato Alagoano, mas perdeu a final para o ASA de Arapiraca nos pênaltis. No segundo turno o CSA foi
semifinalista, mas foi eliminado pelo Coruripe, sendo derrotado nos dois jogos
por 2x1, assim ficou sem a vaga no Campeonato Brasileiro - Série D, e sem a
vaga na Copa do Brasil.
Em 2016 o CSA
tinha tudo para voltar a ser campeão do Campeonato Alagoano. Dono da melhor campanha na primeira fase (10 jogos, 9 vitórias e 1
empate) e no hexagonal final (5 jogos, 4 vitórias e 1 derrota), o CSA
contava com um time forte, com jogadores técnicos, e chegava à decisão como o
grande favorito ao título, depois de eliminar o Murici na semifinal. Entretanto na
final o time azulino não foi capaz de superar o seu rival, CRB, perdendo
por 2 a 0 o primeiro jogo e por 1 a 0 no jogo de volta. O jogo de volta ficou
marcado por um episódio de violência onde torcedores invadiram o campo de jogo
e proporcionaram cenas de agressões.[5]
Curiosidades
- No CSA já passaram grandes profissionais, como exemplo o ex-presidente da república Fernando Collor de Mello que já foi presidente do mesmo.
FERNANDO COLLOR DE MELLO
- O cantor Djavan quando garoto, já jogou no clube, mas a
música o tirou do futebol.
- O técnico campeão mundial
com a Seleção Brasileira Luiz Felipe Scolari foi campeão alagoano em
1981 jogando na posição de zagueiro. No ano seguinte após abandonar a
carreira, começou a ser técnico no próprio CSA, onde foi campeão mais uma
vez.
- O meia luso-brasileiro Deco também já passou pela equipe. Após começar a
carreira profissional no Corinthians foi transferido para o CSA, onde foi destaque
e logo em seguida foi revelado para o mundo.
- O CSA revelou grandes
jogadores como por exemplo o atacante Dida que era o camisa 10 do Brasil, titular absoluto até a Copa de 1958. Uma
contusão (que hoje teria uma recuperação bem rápida) o deixou no banco de
reservas e abriu vaga para o jovem Pelé. Também foi revelado pelo CSA o goleiro Flávio,
único jogador que ganhou todas as divisões do Campeonato Brasileiro
(exceto a então inexistente Série D). Outra cria do CSA foi o atacante Pêu e os meias Souza, Cleiton Xavier e Adriano Gabiru, este último que fez um dos
gols mais importantes da história do Internacional, na vitória por 1 a 0 diante do poderoso Barcelona pelo Mundial de Clubes de 2006.
·
Títulos
·
Futebol Profissional
ESTADUAIS
Competição Títulos Temporadas
Campeonato Alagoano de Futebol 37 1928, 1929, 1933, 1935, 1936, 1941, 1942, 1944, 1949, 1952, 1955, 1956, 1957, 1958, 1960, 1963, 1965, 1966, 1967, 1968, 1971, 1974, 1975, 1980, 1981, 1982, 1984, 1985, 1988, 1990, 1991, 1994, 1996, 1997, 1998, 1999 e 2008
Torneio
Início de Alagoas 14 1927, 1928, 1929, 1930, 1933, 1935, 1940, 1946, 1949, 1957, 1961, 1965 e 1972
DESTAQUES
Competição Posição Temporadas
OUTRAS CONQUISTAS
Competição Títulos Temporadas
Mais
jogos e gols
Pos. Nome Posição Período Jogos
Pos. Nome Período Gols
Grandes
ídolos Azulinos
Escudo
- No canto superior esquerdo,
as iniciais “CSA” entrelaçadas (CSA – Centro Sportivo Alagoano)
- Uma faixa com o lema do clube:
“União e Força”
- Listras azuis e brancas, as
cores oficiais do CSA
Mascote
Estatuto
do CSA, "art. 5º, IV - o mascote
é a águia (ave), denominada de Azulão
Bandeira
CSA 1922 nove anos após a sua fundação Foto Museu dos Esportes de Alagoas
CSA 1923 em pé Bráulio Alírio Murilo Odulfo e Nelcino Ajoelhados Campelo Mimi e Geraldo Sentados Hilário Mendes e Osvaldo museu dos esportes
CSA 1931 Em pé Mendes Zequito DocaLoureiro JoãoReis Netário e Tininho Ajoelhados Fontan ArturReis e Roberto Sentados barthô e fonseca Foto museu dos esportes de alagoas
CSA 1941
CSA 1949 - campeão em pé doquinhatécnico nivaldo castelar euclides carijó jau paulomendes e segismundo agachados luda tonheiro cão macaquinho e zé maria foto museu
CSA 1951 VERSUS VELEZ SARSFIELD DA ARGENTINA
LANCE DO JOGO : CSA 1 X 1 VELEZ SARSFIELD (ARGENTINA)
EMPATE CSA X VELEZ 1951
CSA 1951 paulomendes carijó nildo zanélio neu e edezionunesedinho biu cabecinha zémaria edgar e pitota foto museu
CSA 1952 campeão em pé neu bemvindo dengoso mogi dudu e zanélio agachados biu cabecinha edgar déo e oscarzinho
CSA 1953
CSA 1955 Campeão em pé oscarzinho tadeu jedir epaminondas nivaldo yantay e orizon agachados perereca italo davino bemvindo e zeca foto museu
CSA 1955
CSA 1955
CSA 1955
CSA 1957
CSA 1958
CSA 1959 em pé marreco almir chiquinho zanélio paulosantos e beto agachados santos perereca humaitá deda e tonholima foto museu
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