miércoles, 25 de enero de 2017

CRUZEIRO * PARTE 1

CRUZEIRO * PARTE 1

Cruzeiro Esporte Clube é uma associação polidesportiva brasileira, com sede em Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais. Fundado em 1921 com o nome de Sociedade Esportiva Palestra Itália, foi rebatizado para seu nome atual em 1942 - em referência ao Cruzeiro do Sul - por imposição do governo federal à época proibiu o uso no país de quaisquer símbolos de Alemanha, Itália e Japão, nações inimigas do Brasil no contexto da Segunda Guerra Mundial.[4] É um dos clubes mais populares do Brasil.[5] [6] Seu maior rival é o Atlético Mineiro, com quem faz um dos maiores clássicos do futebol brasileiro. Em menor grau, há também rivalidade com o América.[7]
Reconhecido como um dos maiores clubes do futebol brasileiro e internacional, o Cruzeiro foi duas vezes vice-campeão mundial e tem no seu currículo continental dois títulos da Copa Libertadores da América, dois da Supercopa da Libertadores, um da Recopa Sul-Americana, um da Copa Ouro e um da Copa Master da Supercopa. No âmbito nacional, o time celeste detém quatro conquistas no Campeonato Brasileiro (uma delas como Taça Brasil)[nota 1] e quatro da Copa do Brasil, em âmbito regional foi bicampeão da Copa Sul-Minas e campeão da Copa Centro-Oeste, e em âmbito estadual possui 55 conquistas. Foi ainda a primeira e única equipe brasileira a conquistar a tríplice coroa nacional, tendo vencido um campeonato estadual, uma Copa do Brasil e um Campeonato Brasileiro na temporada de 2003.[9] Em 2009, a IFFHS elaborou o ranking de clubes da América do Sul, com dados estatísticos de 1901 a 2000, no qual o Cruzeiro se destacou como o melhor clube brasileiro do século XX[10] e, em 2015, a Revista Placar elaborou o ranking dos maiores campeões absolutos do Brasil, em qual o Cruzeiro e o Internacional estão na primeira colocação,[11] como os clubes com o maior número de títulos oficiais do futebol brasileiro.
O Cruzeiro é o clube brasileiro com o maior número de vitórias na Copa Libertadores da América, com 86 vitórias,[12] e com 586 vitórias é o clube com o maior número de vitórias na história do Campeonato Brasileiro de Futebol (soma dos campeonatos de 1959 a 2015). Também é um dos 5 clubes que nunca foram rebaixados à 2º Divisão do Campeonato Brasileiro. Além disso, é o terceiro do Ranking Nacional de Clubes[13] (o Ranking da CBF) e o segundo do Ranking Histórico de Pontos.[14] No Campeonato Brasileiro de Futebol, o Cruzeiro fez a melhor campanha 6 vezes (66, 74, 00, 03, 13 e 14), disputou 8 semifinais (66, 67, 68, 75, 87, 95, 98 e 00), 4 fases finais (69, 70, 73 e 74), 4 finais (66, 74, 75 e 98), com 5 vice-campeonatos (69, 74, 75, 98 e 10) e 4 títulos de campeão (66, 03, 13 e 14). Historicamente, o Cruzeiro é o clube com o maior número de colocações entre os quatro primeiros (19 vezes) e desde 2003, quando o Brasileirão passou a ser disputado por pontos corridos, o Cruzeiro apresenta o segundo melhor desempenho, com 833 pontos, atrás apenas do São Paulo Futebol Clube com 875 pontos (pontuação acumulada até 2015).
Em outros esportes, o Cruzeiro se destaca também no Vôlei, em 2009 firmou parceria com a Associação Social e Esportiva Sada para formar uma equipe masculina de voleibol, o Sada Cruzeiro, que tem sido uma das mais importantes do país, sendo a única equipe brasileira a ter conquistado o Campeonato Mundial de Clubes de Voleibol, entre vários títulos importantes, como: três Superligas Nacionais (temporadas 2011-12, 2013-14 e 2014-15), uma Copa Brasil de Voleibol (2014), dois Sul-Americanos (2012 e 2014) e seis estaduais. No atletismo o Cruzeiro também tem um time forte, fazem parte de sua equipe vários atletas importantes, disputando as mais diversas corridas de nível nacional e mundial.
SEDE DO CRUZEIRO ESPORTE CLUBE

Nome                       Cruzeiro Esporte Clube
Alcunhas                
La Bestia Negra
Time do Povo
Celeste
Raposa
Palestra Mineiro
Maior de Minas
Zeiro
Torcedor/Adepto   Cruzeirense
Mascote                   Raposa
Fundação                2 de janeiro de 1921 (95 anos)
Estádio                    Mineirão (Proprietário) [1] [2]
Capacidade            62.160 Pessoas
Localização             Belo Horizonte, MG,  Brasil
Presidente               Gilvan de Pinho Tavares
Treinador               Deivid
Patrocinador          Alpi Medic
Brahma
Caixa
Cemil
Super 8
Supermercados BH
TIM
Vilma Alimentos
Voxx Suplementos
Material esportivo Umbro

HISTORIA DO CRUZEIRO

A história do Cruzeiro Esporte Clube tem início no dia 2 de janeiro de 1921, quando o clube foi fundado por Desportistas da Colônia Italiana de Belo Horizonte, com o nome de Societá Sportiva Palestra Itália.
No início do século XX, a colônia italiana de Belo Horizonte tentava, sem sucesso, formar um time de futebol que pudesse disputar os torneios locais. Pouco depois, foi a vez do Palestra Brazil (1918), que nem chegou a ser implantado, ficando apenas no projeto.
Em 1920, aproveitando a presença do cônsul italiano na capital mineira, alguns desportistas da colônia levaram-lhe a ideia da criação do clube, nos mesmos moldes do Palestra Itália, de São Paulo, o atual Palmeiras. A resolução foi acertada depois que algumas das principais 'famílias italianas', principalmente as abastadas, se prontificaram a participar do projeto de fundação do clube, que deveria representar a colônia em Belo Horizonte. Na fábrica de materiais esportivos e calçados de Agostinho Ranieri, situada à rua dos Caetés, ficou decidida a fundação do clube que deveria fazer frente aos três grandes da capital: Atlético Mineiro, América e Yale. Nascia, naquele momento, a Società Sportiva Palestra Itália, criada no dia 2 de janeiro de 1921. A reunião contou com a presença de 95 fundadores pelos presentes o escudo e uniforme que faziam referência às cores italianas, e cuja inscrição SSPI seria gravada no centro do escudo. Outra definição acertada era que apenas membros da colônia italiana poderiam vestir a camisa do time. Aurélio Noce foi eleito o primeiro Presidente o vice Giuseppe Perona. Bruno Piancastelli, secretário; Aristóteles Lodi, tesoureiro; Domingos Spagnulo, João Ranieri e Antonio Pace, comissão de esportes.

O Palestra Itália surgia como o representante da colônia italiana. Além de se caracterizar como uma equipe de descendentes de italianos, o Palestra também se destacava por possuir elementos da classe trabalhadora de Belo Horizonte, ao contrário do Atlético e do América, que tinham o seu plantel constituído de estudantes universitários procedentes das famílias influentes e ricas da cidade. No elenco do Palestra figuravam atletas que exerciam a profissão de pedreiros, pintores, caminhoneiros, comerciantes e marceneiros, que eram os filhos dos imigrantes que vieram construir a nova capital e que herdaram de seus pais a mesma profissão. Outra característica marcante era o fato do time ser todo nascido em Belo Horizonte. O novo clube tinha, na sua maioria, membros ligados à Casa de Itália, um prédio da Rua Tamóios que era um espécie de embaixada italiana na capital e que acabou se tornando a primeira sede do clube. A implantação do Palestra Itália foi rápida. Primeiro,em 12 de março de 1921 o clube se inscreveu na Liga Mineira de Desportos Terrestres (LMDT), para participar do campeonato local, ainda no ano de 1921. A formação do quadro de jogadores foi mais fácil do que se esperava, pois recebeu a inscrição de 16 atletas do Yale – time com certa predominância de italianos – se transferiram para o novo clube, logo que souberam da sua criação. A debandada provocou um mal estar entre os clubes. Três meses depois de fundado, o Palestra realizou a sua primeira partida,em em 3 de abril de 1921 no estádio do Prado Mineiro,teve lotação máxima com 1500 torcedores, enfrentando um combinado entre Villa Nova e Palmeiras, times de Nova Lima. O atacante João Lazarotti, conhecido por Nani, marcou os gols que deram a vitória ao Palestra.
A primeira conquista do Palestra veio duas semanas após a partida de estreia, quando enfrentou o Atlético,no dia 17 de abril de 1921 em partida promovida pela Associação Mineira de Cronistas Desportivos (AMCD). Em um campeonato oficial, a primeira participação do clube aconteceu no Mineiro de 1921. Depois de passar por uma seletiva, o Palestra conseguiu chegar à fase final, jogando contra os considerados “grandes”.
Em 1923 o clube já tinha comprado um quarteirão inteiro da Prefeitura por cerca de 50 mil réis. O adversário na estreia do estádio foi o Flamengo. A partida foi marcada para o dia 23 de setembro, próximo à comemoração do dia nacional da Itália (20/9). O time mineiro, que tinha em sua linha de frente, formada por Piorra, Nani, Heitor, Ninão e Armandinho, a sua grande arma, foi reforçado por três atletas do Palestra Itália de São Paulo: o zagueiro Gasparini, o meio-campista Severino e o atacante Heitor. Os gols da equipe mineira foram de Ninão (2) e Heitor, enquanto Benevenuto, Agenor e Mário anotaram para os cariocas.
Em maio de 1923, a Federação Mineira decide oficializar os estádios do Cruzeiro e do América como sedes dos jogos da Serie A do Campeonato da Cidade, enquanto o Estádio do Prado passou a abrigar apenas as partidas da Série B. No dia 1 de julho de 1923, o Cruzeiro disputou sua primeira partida oficial, em seu próprio estádio, na goleada de 6 a 2 sobre o Palmeiras.
Pela primeira vez, em 16 de julho de 1925, dois jogadores do Cruzeiro integram a Seleção Mineira na disputa do Campeonato Brasileiro de Seleções. O ponta direita Piorra e o meia direita Ninão fizeram parte da equipe titular que goleou a Seleção do antigo estado do Rio, que era composto por jogadores dos clubes de Niterói, por 6 a 0, no estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro.
Nos dias 2 e 3 de maio de 1926, o[Cruzeiro disputou seus primeiros jogos fora de Minas Gerais. Ambos foram na cidade de Caçapava-SP. No primeiro contra a Caçapavense, foi derrotado por 2 a 1 e o segundo contra a Seleção de Caçapava empatou em 1 a 1. No retorno a capital, o clube foi suspenso por seis meses por ter disputado os amistosos sem o consentimento da Federação Mineira.
Em abril de 1927 o Cruzeiro inaugurou sua primeira sede no segundo andar do edifício do Banco Pelotense na Praça 7, no centro da capital. Anteriormente, o clube usava o salão da Casa d'Italia, na rua Tamoios, para reuniões e assembleias.
Há uma confusão no que diz respeito a um clube existente na capital chamado Yale. Muitos imaginam que este deu origem ao Palestra e posteriormente ao Cruzeiro. O Yale também era um clube fundado por descendentes de italianos, que surgiu anos antes do Palestra. Mas, após uma crise, e com o crescimento do outro clube de imigrantes em Belo Horizonte, grande parte dos associados e jogadores do Yale migraram para o Palestra. Foram registrados até hoje apenas quatro jogos entre os clubes, com as datas de 17 de julho de 1921 Palestra 0 x 1 Yale, 6 de novembro de 1922 Palestra 0 x 0 Yale, 7 de maio de 1922 Palestra 0 x 0 Yale e 5 de agosto de 1923 Palestra 3 x 2 Yale. Todos os jogos válidos pelo Campeonato da Cidade.

Familia Fantoni
Atitudes pioneiras
Dois fatos importantes na história o Palestra/Cruzeiro, que são estandartes a aumentar nosso orgulho e admiração pela nação celeste:
  • Em (1925), por iniciativa interna, jogadores e dirigentes, decidiram suprimir dos estatutos a cláusula que tornava a agremiação exclusiva de italianos e descendentes. Isso ensejou o registro do jogador sírio-libanês Nereu, na esquadra do Barro Preto. Abria-se definitivamente para o mundo as portas do clube.
A trajetória do Palestra já era surpreendente até então, e o primeiro título mineiro não demorou a chegar, embora tenha ocorrido de um modo confuso. A falta ao jogo em Minas Gerais valeu ao Palestra uma suspensão de seis meses da Liga mineira, que inviabilizou a disputa do campeonato de 1926. Sem se intimidar, os dirigentes do clube solucionaram o problema com a criação de uma outra Liga, que organizou o próprio campeonato. No final do ano, o estadual teve dois vencedores, o Atlético por um lado e o Palestra pela outra Liga, e como eram ligas de organizações diferentes nunca foi atribuída divisão (1º e 2º) para as mesmas.
A Liga criada pelo Palestra ganhou o reconhecimento da CBD. Ao ver que os dirigentes do clube não voltariam atrás, a LMDT recuou em 1927, depois de ameaçar tirar banir o Palestra, e repatriou a equipe do Barro Preto, que exigiu a inclusão dos clubes integrantes da AMET no campeonato.
Em 17 de junho de 1928, o Cruzeiro aplica a maior goleada de sua história: 14 a 0 sobre o Alves Nogueira de Sabará, no Barro Preto. O atacante Ninão fez 10 gols na partida e se tornou o maior artilheiro em uma só partida da história dos campeonatos organizados pela Federação Mineira. Com a goleada por 6 a 1 sobre o Villa Nova, no Barro Preto, no dia 6 de janeiro de 1929, o Cruzeiro conquistou o Campeonato da Cidade de 1928. O empate surpreendente, do Atlético com o Alves Nogueira, em 3 a 3, na preliminar, beneficiou o time cruzeirense, pois o Galo, que ainda tinha um jogo a cumprir contra o Villa Nova, ficou a três pontos na tabela de classificação e sem chances de alcançar o Cruzeiro na liderança.
Um ano após a conquista do tricampeonato mineiro, o Palestra perdeu os jogadores Ninão e Nininho, que se transferiram para o futebol europeu, além de outros cinco astros da máquina que empolgara a torcida na recente façanha: Nereu e Rizzo haviam pendurado as chuteiras, Pires retornou para Nova Lima, Carazzo foi para o futebol paulista, e o zagueiro Bento morreu. Surgia então um novo Fantoni, o atacante Niginho, irmão de Ninão e primo de Nininho, que havia participado do time anterior, mas só agora ganharia a condição de titular.
Ítalo Frattesi, o Bengala, que era titular do time de futebol, e Aristóteles Lodi organizam as primeiras equipes de basquete e vôlei em 1930
Em março de 1931, os primos Ninão (atacante) e Nininho(lateral esquerdo), são contratados pela Lazio da Itália. Foram os primeiros jogadores do futebol brasileiro contratados pelo futebol europeu.
Como era o tricampeão de 1928-1929-1930, o Cruzeiro Esporte Clube reivindicou a Taça Liga Mineira, junto a Federação, em janeiro de 1931. Segundo o regulamento, o troféu, instituído em 1922, ficaria de posse definitiva da equipe que conquistasse três vezes consecutivas ou quatro alternadas o Campeonato da Cidade. Em vista do descaso do presidente da entidade, Tomaz Neves, que também era presidente do Atlético, a diretoria cruzeirense colocou uma bola na vitrine da sede em cujo coro vinha a seguinte inscrição: Palestra 5, Atlético 2, em alusão a goleada que definiu o Campeonato de 1929. No dia 25 de fevereiro de 1931, a Federação Mineira finalmente fez a entrega da Taça Liga Mineira ao Cruzeiro e descobriu que o clube já teria direito ao prêmio, quando conquistou o título de 1929, pois em 1927, uma reforma nos estatutos da Federação diminuiu de três para dois anos consecutivos a posse definitiva do troféu. Quanto a conquista do título de 1930, a posse da taça seria temporária.
A segunda partida da decisão do Campeonato da Cidade, que deveria ser disputada no dia 6 de dezembro de 1931, no estádio de Lourdes, contra o Atlético, não acontece porque a diretoria do Galo não conseguiu acertar a contratação de um árbitro carioca para apitar a partida, conforme acordo entre os clubes. Na preliminar entre os times B, os jogadores cruzeirenses foram agredidos por torcedores do Atlético. Por causa dos incidentes a diretoria do Cruzeiro rompeu relações com o Atlético. Jogadores de Atlético e Cruzeiro à revelia de ambas as diretorias dos clubes que estavam em litígio organizam amistosos em nome da paz entre os clubes. O primeiro em 27 de dezembro de 1931, no estádio de Lourdes, terminou empatado em 1 a 1.
Em 1932, Cruzeiro, América, Atlético, Florestina e Associação Mineira de Moços-AMA, fundam a Federação Mineira de Basquete. O Cruzeiro sagrou-se o primeiro campeão de Belo Horizonte com a seguinte formação: Bengala, China, Manoel, Bolão, Bruno e Quinquim. Bengala que já havia sido tricampeão da cidade de futebol, também se tornou campeão de basquete como jogador e técnico
O atacante Niginho é contratado pela Lazio, da Itália, em julho de 1932.
No dia 23 de maio de 1933, Cruzeiro, Atlético, Villa Nova e Siderúrgica adotam o regime profissional. Ambos se desfiliaram da Confederação Brasileira do Desporto-CBD, que não admitia o futebol profissional e passaram a fazer parte da Federação Brasileira de Futebol-FBF, que foi criada pelos clubes profissionais do país naquele ano. A FIFA não reconheceu a FBF. O Cruzeiro venceu o clássico contra o Atlético por 2 a 1, em 28 de maio de 1933, no Barro Preto. Foi o primeiro jogo da era do regime profissional
Após a goleada de 4 a 1 sofrida para o Tupybambas, em Juiz de Fora, pelo Campeonato Mineiro, em 1 de outubro de 1933, o diretor Nello Nicolai, do Cruzeiro, denunciou o árbitro Cid Roso de ter sido subornado para manipular o resultado o jogo. Semanas após a partida, o árbitro foi flagrado por dirigentes do Atlético e do Siderúrgica, no bar Tip Top, em Belo Horizonte, pedindo dinheiro para manipular o resultado de um jogo. O árbitro foi banido do futebol mineiro.
Em 1933 o profissionalismo chega ao futebol. O Palestra, bem enfraquecido, não conseguia repetir o sucesso do final da década de 1920, quando tinha um excelente time. As suas estrelas se limitavam ao goleiro Geraldo Cantini e aos atacantes Piorra, Bengala e Armandinho. A intenção do grupo era mudar o nome do clube que já havia deixado de ser uma associação exclusiva da colônia italiana e por isso não havia mais sentido em se usar o nome Itália. A ideia sofreu resistências mas acabou ganhando aliados.
Em 2 de dezembro de 1934, Cruzeiro e Atlético marcaram um amistoso no Barro Preto. Antes do início da partida, uma chuva forte deixou o campo alagado e impraticável para o futebol. Por causa do grande público que compareceu ao estádio, os clubes decidiram fazer um jogo de 55 minutos de duração. Estranhamente, o árbitro José Pedro Rizzo (ex-jogador do Cruzeiro) anulou um gol marcado por Carlos Alberto (Cruzeiro) e Lola (Atlético), alegando que as poças d’água haviam atrapalhado os goleiros. No dia seguinte, os dirigentes de ambos os clubes admitiram, publicamente, que orientaram o árbitro a anular gols de qualquer natureza.
Em março de 1935, o atacante Niginho que havia sido convocado pelo exército italiano para a guerra na abissínia, foge para o Brasil. Vários dirigentes de clubes cariocas estiveram presentes no desembarque do jogador no Rio de Janeiro, mas Niginho recusou todas as propostas e optou em voltar ao Cruzeiro justificando que ele era uma extensão do clube.
Em 31 de março de 1935 o Cruzeiro estreou no Campeonato da Cidade contra o Retiro, de Nova Lima, no Barro Preto. O jogo teve a presença de dois árbitros em campo: Dunorte André e Edgar Pernambuco. Cada um era responsável por uma metade do campo. A experiência da Federação Mineira foi extinta no returno do Campeonato.
Jogadores e dirigentes do Cruzeiro foram vítimas de um massacre no estádio da Praia do Ó, em Sabará, em 2 de junho de 1935, numa partida pelo Campeonato da Cidade. Na metade do segundo tempo, quando o time sabarense vencia por 7 a 3, torcedores invadiram o campo dando início a uma série de agressões aos atletas cruzeirenses. Após vários minutos de interrupção, o jogo recomeçou e o Cruzeiro ainda diminuiu o placar marcando mais dois gols. Durante a semana, as relações com o Siderúrgica foram rompidas. O saldo foi de mais de 20 feridos, entre jogadores, comissão técnica e torcedores.

Em maio de 1936 o Cruzeiro inaugura a sua quadra de basquete. Em 28 de outubro de 1936 o Cruzeiro decide desfiliar-se da Federação Mineira sob a alegação de que estava sendo perseguido pelos poderes da entidade. Consequentemente, abandona o Campeonato da Cidade que ainda estava em andamento.
No dia 9 de novembro, Cruzeiro Esporte Clube e América (que também havia abandonado o Campeonato e se desfiliado da Federação Mineira) decidem retornar a Confederação Brasileira do Desporto - CBD e abandonam a Federação Brasileira de Futebol.
Com o retorno do Cruzeiro à CBD, que era reconhecida pela FIFA, o atacante Niginho foi convocado para a Seleção Brasileira de Futebol para a disputa do Campeonato Sul-americano, na Argentina, em dezembro de 1936. O Brasil estreou no Campeonato Sul-americano com uma vitória por 3 a 2 sobre o Peru, no estádio La Bombonera, em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936. O atacante Niginho, do Cruzeiro, tornou-se o primeiro jogador de um clube mineiro a jogar e a marcar um gol pela Seleção Brasileira.
O departamento de basquete é reorganizado em 1938. Um grupo de sócios, dirigentes e atletas formam a ala renovadora em 30 de setembro de 1939. A proposta principal do grupo era nacionalizar o clube e alterar o nome Palestra Itália e as cores da bandeira italiana no uniforme por símbolos brasileiros.
Palestra Itália torna-se Cruzeiro
A má fase Palestrina só teve fim no ano de 1940, quando o time voltou a conquistar o título mineiro. Após muita confusão durante a competição, o time decidiu o campeonato com o Atlético, já em 41, numa melhor de três. O Palestra venceu a primeira partida por 3 x 1, e o Atlético deu o troco, fazendo 2 x 1 no segundo jogo. No terceiro e último duelo, Nibinho e Alcides fizeram os gols que garantiram a vitória por 2 x 0 e o título do Campeonato. Esta seria a última partida do time com o nome de Sociedade Esportiva Palestra Itália.
Em janeiro de 1941, toma posse o presidente Ennes Ciro Poni, que era um dos integrantes da Ala Renovadora. Ele inicia o processo de reorganização e nacionalização do clube. Com a Segunda Guerra Mundial, em 1941, o Governo Brasileiro declarou guerra aos países do Eixo (Alemanha, Japão e Itália). O Estádio do clube sofreu ameaça de ser incendiado, salvando-se graças à intervenção da Polícia Militar. Em 30 de janeiro de 1942,neste dia então o Palestra Itália passou a se chamar Palestra Mineiro, a situação ficou insustentável, e o Palestra teve o mesmo destino do seu homônimo paulista: foi obrigado a mudar de nome, pois o governo federal decretou uma lei proibindo o uso de termos que fizessem referência a algum dos países do Eixo. A ideia de se transformar o clube numa entidade totalmente brasileira só foi concretizada em 29 de setembro de 1942, quando numa no dia 2 de outubro de 1942, o presidente Ennes Ciro Poni convocou uma assembleia geral reunindo a diretoria, foi aprovada uma nova mudança no nome do clube que passou a se chamar Ypiranga.
Entre os dias 3 e 7 de outubro de 1942 os jornais da cidade passaram a se referir ao clube como Ypiranga, porque pensavam que o nome sugerido pelo presidente Ennes Ciro Poni é o que seria aprovado na assembleia. Na assembleia geral, em 7 de outubro de 1942, os conselheiros e sócios mantiveram o regime profissional e aprovaram a sugestão de se alterar o nome e as cores do clube. Foram sugeridos nomes como Yale e Ypiranga, mas Cruzeiro Esporte Clube acabou sendo escolhido em homenagem ao símbolo maior da pátria brasileira, a constelação do Cruzeiro do Sul. O uniforme passou a ser azul, em homenagem a cor oficial da residência da realeza italiana, a Casa de Saboia. Assim, o clube passou a ostentar os símbolos das duas pátrias e que, inclusive, eram presentes nos uniformes das seleções esportivas de ambos os países. No entanto, o clube continuou jogando com o nome e o uniforme do Palestra Mineiro até 1943.
Em 17 de dezembro de 1942 Mário Grosso foi eleito pelo Conselho para presidente do Cruzeiro (era o primeiro desde o surgimento do novo nome). O primeiro jogo da equipe com o nome Cruzeiro aconteceu no final de 1942, diante do América. O nome deu sorte, e o Cruzeiro venceu por 1 x 0, gol de Ismael.


O Cruzeiro sagrou-se o primeiro campeão da categoria júnior de Minas Gerais. Após golear o Sete de Setembro por 5 a 1, na última rodada, em 5 de dezembro de 1943, o time estrelado levantou o primeiro caneco da categoria. O time revelou o zagueiro Duque e o atacante Alvinho. Com a goleada por 5 a 1 sobre o Siderúrgica, no estádio da Praia do Ó, em Sabará, em 19 de dezembro de 1943, o Cruzeiro confirmou o título de campeão da cidade. A torcida cruzeirense alugou um trem especial para a cidade vizinha sendo chamado de "Trem da vitória". Em 10 de setembro de 1944, o Cruzeiro sagrou-se bicampeão da categoria júnior ao derrotar o Siderúrgica na última rodada.
O Cruzeiro venceu o Siderúrgica por 2 a 1, no estádio da Alameda, em 21 de janeiro de 1945, e conquistou o bicampeonato da cidade de 1943-1944 com uma rodada de antecipação.
O time juvenil de basquete sagrou-se campeão metropolitano de 1944
Em 1945, o cartunista Mangabeira (Fernando Pieruccetti), do jornal Folha de Minas, criou as mascotes dos clubes que disputavam o campeonato da cidade. Ele escolheu uma Raposa' para representar o Cruzeiro, devido a astúcia do clube em descobrir jovens talentos do nosso futebol antes dos rivais.
MUSEU DO CRUZEIRO

Reinaguração do Estádio
Apesar da estreia do nome Cruzeiro ter sido no final de 1942, foi só em 1943 que o time passou a usar o novo uniforme: camisas azuis, com golas brancas, calções brancos e meias em azul e branco. O símbolo agora era a Constelação do [[[Cruzeiro do Sul]]. A estreia deu-se num amistoso diante do São Cristóvão, do Rio de Janeiro. Além dos novos atletas, continuavam no elenco grandes jogadores, como Alcides e Geraldo II. O novo time era melhor que o anterior e conquistou o título do Campeonato Mineiro de 43, o primeiro da Era Cruzeiro. Ninguém retratava melhor estas dificuldades e a determinação dos cruzeirenses (ex-palestrinos) do que um brasileiro chamado Geraldo Domingos e, para nós cruzeirenses, imortalizado como Geraldo II.
Ele, como pedreiro, trabalhara, muitas vezes de graça, construindo com suas próprias mãos e suor, no Barro Preto, o Estádio JK. No campeonato de 1944 Geraldo II nos brindaria com sua maior apresentação, o Cruzeiro vinha em segundo no campeonato e revolucionara o futebol regional com um esquema onde todos ajudavam na marcação.
O simpático Siderúrgica de Sabará era uma das potências do Estado à época e naquela partida decisiva do campeonato viera com tudo buscando superar o Cruzeiro e seguir rumo ao título. Jogo começara e logo a Siderúrgica veio para cima e logo no primeiro ataque contra o gol de Geraldo II, o "Esquadrão de Ferro" balançou as redes do Cruzeiro, foi um bombardeio à meta do Geraldo II, 34 defesas durante a partida, número que impressiona. O time bairro preto conseguiu, heroicamente, virar aquele jogo. Depois, aos 39 minutos do segundo tempo, Niginho recebeu passe de Ismael e com um toque de craque colocou a bola no canto esquerdo do gol de Princesinha revertendo o placar.
Em 1 de julho de 1945, o Cruzeiro estreia seu novo estádio. O gramado também sofreu alterações, com a implantação do novo sistema de drenagem. O jogo de inauguração do estádio Juscelino Kubitschek, nome dado em homenagem ao então prefeito de Belo Horizonte, foi contra o Botafogo: empate em 1 x 1, com gols de Niginho para o Cruzeiro e Heleno de Freitas para o alvinegro.
No dia 21 de novembro do mesmo ano, foram inaugurados os refletores do estádio. O Cruzeiro recebeu o América-RJ e não foi exatamente um bom anfitrião, goleando os cariocas por 4 x 0, com 3 gols de Braguinha e um de Niginho.Seu portão de entrada,ainda continua igual na entrada da sede Urbana do Cruzeiro Esporte Clube.
Em 3 de janeiro de 1946 o Cruzeiro empatou em 2 a 2, com o Libertad, do Paraguai, no Barro Preto. Foi o primeiro jogo do clube contra uma equipe do exterior. Os paraguaios vinham invictos de uma excursão a São Paulo.
Por iniciativa do diretor José Fialho Pacheco, o clube passou a alugar um trem para os torcedores acompanhar os jogos do time pelo interior no Campeonato da Cidade. O "Trem da Vitória", como passou a ser chamado, duraria até o início dos anos 1960 e a sua estreia foi na partida contra o Siderúrgica, em 24 de março de 1946, no estádio da Praia do Ó, em Sabará.
Crise financeira
A partir de meados da década de 1940, após os títulos de 1943, 1944 e 1945, o Cruzeiro entrou numa grave crise financeira, mergulhado num mar de lama. O difícil para esses jovens era como atuar muito perto da direção do clube. A solução encontrada, que parecia poder ajudar o Cruzeiro a sair do fundo do poço, era a prática de esportes especializados.
Em 1955 o Conselho levou a pauta da assembleia geral a retirada do clube do futebol e a extinção do esporte no clube, estando registrado no edital de convocação.
Mas, apesar do fortalecimento de outros esportes, é claro que o futebol do Cruzeiro continuou na ativa, participando dos campeonatos estaduais, porém sem grandes conquistas. O destaque do time dessa vez não estava no ataque, mas no gol: era o experiente goleiro Geraldo II.

Sede Social
Depois do sucesso do chamado esporte especializado do Cruzeiro, o pessoal do futebol passou a dar importância à Ala Jovem, permitindo que seus membros entrassem para o Conselho Deliberativo do clube. Em meio à crise financeira, a presidência cruzeirense ficou vaga, com a saída de José Greco. A Ala Jovem, atuando dentro do clube, dava início ao projeto de construção de uma Sede Social para o Cruzeiro, com a ajuda novamente da Loteria do Estado, que havia liberado verba para a construção do prédio. No final de 1954, a construção da Sede Social do Barro Preto foi finalizada, já no mandato de Eduardo Bambirra (terceiro presidente do clube em 1954). Confirmando os planos da Ala Jovem, a Sede Social veio como uma salvação para o clube. No final das contas, o Cruzeiro] acabou reconquistando o título de campeão mineiro, que não obtinha desde 1945. Mas tudo acabou, no final, em pizza. Apesar de ter sido declarado campeão de 1956 pela justiça, em 1958 o Cruzeiro aceitou dividir o título com o ainda inconformado Atlético.
Duas fações passaram a disputar o poder no Cruzeiro, no final da década de 1950. Uma corrente era a do Barro Preto, formada por pessoas ligadas ao esporte especializado. A outra era dos chamados oriundi, onde sobressaíam Antonino Pontes, Hélio Volpini, Carmine Furletti e Felício Brandi, homens ligados ao futebol do clube. O time foi reformulado, recebendo jogadores vindos do interior e da várzea, casos dos zagueiros Procópio e Massinha, do meia-direita Nelsinho e do atacante Gradim, entre outros. O Cruzeiro conquistou o título de 1959. Em 1960, estreando um novo uniforme, com pequenas modificações, o Cruzeiro conquistou o bicampeonato.

Era Felício Brandi
Em 1961 Felício Brandi assume a presidência do clube, em substituição de Antonino Pontes. O time, até então conhecido nacionalmente, passaria a se notabilizar no cenário internacional. Já no primeiro ano no comando do clube, o presidente viu seus atletas conquistarem mais um tricampeonato para a história cruzeirense. A construção da sede Campestre foi feita com a venda de cotas que garantiram o início das obras. A inauguração ocorreu em 1961. O clube havia ganho um terreno da Prefeitura no final dos anos 40 e ainda não construíra nada no local. Em 1961, a primeira parte da Sede Campestre ficou pronta, já com 4000 associados.
Em 1964 começou a ser formado o maior time do Cruzeiro de todos os tempos, que mais tarde viria a conquistar diversos títulos importantes. O sonho do presidente Felício Brandi era o de transformar o Cruzeiro em uma equipe tão forte e competitiva quanto o Santos de Pelé. Naquele ano de 64, chegaram ao Cruzeiro o zagueiro William e o meia Hilton Chaves, que pertenciam ao América, e o jovem Wilson Piazza, do Renascença. O técnico Marão foi responsável pela descoberta de muitos craques, mas foi substituído por Aírton Moreira, depois que o seu time fracassou no Estadual daquele ano. Aírton foi testando os jogadores e montando a fabulosa equipe que pouco tempo depois escreveria as mais belas páginas do Cruzeiro no mundo do futebol brasileiro e internacional.
Era Mineirão
A partir de meados da década de 60, mais precisamente 1965, o Cruzeiro começa a surgir no cenário nacional e internacional como uma grande potência. A história do clube pode ser dividida entre antes e depois daquele ano. O curioso é que essa data permite também a divisão da história do futebol mineiro, pois também em 1965 é inaugurado o estádio José de Magalhães Pinto, o Mineirão. O Campeonato Mineiro de 1965 teve início no mês de julho, dois meses antes da inauguração do Mineirão. Até então, o Cruzeiro não havia engrenado e fazia uma campanha irregular no certame. Depois da inauguração, tudo mudou. Como que inspirado no novo estádio, o time se transformou, passando a desfilar um futebol empolgante. A diretoria cruzeirense, trabalhando em sintonia com o time campeão de 1965, investiu ainda mais para a temporada de 66, fortalecendo a equipe. Trouxe o zagueiro Cláudio, que atuava no Grêmio, o atacante Evaldo, jogador do Fluminense, e o goleiro Raul, até então um mero reserva do São Paulo. Raul foi para o Cruzeiro graças à negociação do colega Fábio, que saíra transferido para Tricolor paulista. O presidente Felício Brandi recebeu informações sobre o goleiro reserva do Morumbi e, por meio de uma ligação para Vicente Feola, responsável pelo futebol do São Paulo, acertou a contratação do jovem goleiro. Primeiro veio a conquista do bicampeonato mineiro. O Cruzeiro sobrou no estadual, conquistando o título com duas rodadas de antecedência. O clube fez uma ótima campanha na Taça Brasil até chegar às finais, quando enfrentaria o temível Santos. Na primeira partida, o Cruzeiro arrasou os paulistas, fazendo um surpreendente 6 x 2 no Mineirão. O primeiro passo já havia sido dado, mas havia ainda o jogo em São Paulo. Os garotos cruzeirenses precisavam arrancar ao menos um empate na Terra da Garoa para ficar com a Taça.Todos acreditavam que a derrota humilhante do último jogo seria devolvida. A confiança era tanta que no intervalo da partida, dirigentes paulistas procuraram o presidente do Cruzeiro para marcar a terceira partida para o Maracanã. O técnico Aírton Moreira utilizou a atitude prepotente dos paulistas como estímulo aos seus jogadores. Após perder o primeiro tempo por 2 x 0, o Cruzeiro se recuperou na segunda etapa. Os gols dos mineiros foram marcados por Tostão, Dirceu Lopes e Natal, enquanto Pelé e Toninho fizeram para o time da casa. A conquista foi de tamanha repercussão que, no ano seguinte, o Torneio Rio-São Paulo teve que abrigar clubes de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, criando o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o "Robertão", embrião do atual Campeonato Brasileiro. Ainda em 1967, devido à Taça Libertadores da América, o Cruzeiro disputa sua primeira partida oficial no exterior, contra o Deportivo Galicia, da Venezuela, em Caracas, vencendo por 1 a 0.
Nesse período, surgem os primeiros grandes ídolos do clube: Tostão, Dirceu Lopes, Wilson Piazza e Raul Plassmann. Em 1966, Tostão foi o primeiro jogador de um clube mineiro a disputar uma Copa do Mundo. Em 1970, quatro jogadores conquistam o Tri pela Seleção: Tostão, Piazza, Fontana e Brito (ex-Vasco da Gama). O Campeonato Mineiro de 1967 foi um dos mais disputados da década, com o Atlético chegando a abrir cinco pontos na frente da Raposa, que se recuperou no final e conseguiu terminar a primeira fase empatada com o seu grande rival. A decisão do Estadual aconteceu no início de 1968 e colocou frente a frente os dois mais tradicionais times do Estado. Pela primeira vez, Atlético e Cruzeiro faziam uma final no Mineirão. O time de Tostão, Dirceu Lopes e companhia voltava a fazer o Cruzeiro tricampeão Mineiro.
Taça Brasil de 1966
Após 22 partidas pelo Campeonato Mineiro de 1965 e 6 pela Taça Brasil 1966, em 30 de novembro de 1966, o Cruzeiro começava a escrever contra o Santos uma das páginas mais importantes de sua história, seu primeiro título nacional. É bem verdade que ao se tornar o primeiro campeão brasileiro em março de 1960, no Maracanã, o Bahia já havia iniciado a demolição da velha ordem. Mas foi com a vitória do Cruzeiro sobre o Santos que o Eixo teve de se curvar, colocar ponto final em seu torneio Rio-São Paulo e, humildemente, passar a disputar títulos nacionais contra o resto do país.
Que Santos era aquele?
Vencedor de 11 dos 15 campeonatos paulistas disputados entre 56 e 69, 5 vezes campeão brasileiro nos Anos 60 (61, 62, 63, 64 e 65), bicampeão sul-americano e mundial em 62 e 63, o Santos foi o maior time do mundo entre o final dos Anos 50 e o final dos 60. Quase todos os santistas que atuaram naquelas duas partidas finais da Taça Brasil, eram de Seleção Brasileira: Gilmar, Mauro Ramos, Zito e Pepe foram bicampeões em 1958 e 1962. Pelé, tricampeão, em 1958, 1962 e 1970. Carlos Alberto Torres, campeão em 1970. Havia ainda Toninho Guerreiro, artilheiro da competição (ele e Bita, do Náutico, com 10 gols), pentacampeão paulista, entre 67 e 71.
1° Jogo - Em Minas Gerais
1° Tempo
A história do 1º tempo só pode ser contada por meio dos fantásticos cinco gols da Academia Celeste. No 1 minuto, Evaldo recebeu passe de Tostão no meio de campo e percebeu Dirceu correndo em direção ao gol. O lançamento saiu preciso. Quando o meia se preparava para concluir, o lateral-esquerdo Zé Carlos, tentando desarmá-lo, marcou contra: 1 x 0. Aos 5, Dirceu recebeu de Evaldo e serviu a Natal. O ponteiro driblou Zé Carlos e chutou forte: 2 x 0. Aos 20, Oberdan saiu jogando, perdeu a bola para Dirceu, levou dois dribles e saiu de cena. Com a visão desimpedida, o Dez de Ouros chutou violentamente de fora da área: 3 x 0. O terceiro coube a Dirceu Lopes. Aos 41, Dirceu driblou Mauro dentro da área e foi derrubado por Oberdan. Pênalti. Tostão fez inacreditáveis 5 x 0.
Intervalo - A Fúria do Rei
No final do 1º tempo, a caminho do vestiário, Pelé ouve o couro provocador da torcida mineira: “Cadê Pelé? Cadê Pelé?”. O Rei acenou para a torcida com a mão espalmada. Cinco gols? Não, cinco vezes campeão brasileiro, ele explicou. A verdade, contudo, é que, naquela noite, marcado individualmente por Piazza, Pelé não viu a cor da bola.
2° Tempo
O Cruzeiro voltou relaxado pensando em barganhar o jogo: tocaria a bola e o adversário se contentaria em evitar mais gols. Mas, ao invés de aceitar o fato consumado da derrota, o Santos foi à luta pensando em remontar o placar. Aos 6 e aos 10, Toninho Guerreiro marcou: 5 x 2. A torcida assustou-se. Pelé tinha fama de, quando provocado, superar-se e virar resultados tidos como definitivos. Mas Tostão, Dirceu e Piazza retomaram o controle do jogo. E a pá de cal sobre o pentacampeão brasileiro foi atirada aos 27 minutos. Evaldo recebeu passe de Tostão, driblou Oberdan e chutou forte, Gilmar deu rebote. Dirceu apareceu do nada para tocar para as redes: 6 x 2. Daí em diante, os times limitaram-se a exibir sua técnica refinada sob aplausos ininterruptos da torcida.
2° Jogo - Em São Paulo'
Chuva forte, campo enlameado, poças d’água por todos os lados. Com amplo domínio do jogo, o Santos abriu o placar aos 23. Pelé driblou William e chutou no canto: 1 x 0. Aos 25, após receber passe de Pelé, Toninho invadiu a área e deslocou Raul: 2 x 0. Piazza recuou e voltou a colar em Pelé. O Cruzeiro respirou, começou a tocar a bola. O Santos arrefeceu um pouco seu poder ofensivo. Após descansar um pouco, voltou a atacar furiosamente nos últimos 5 minutos. Aos 40, Pelé passou por Piazza e lançou Toninho entre Procópio e William. Raul saiu do gol e defendeu nos pés do centroavante. Um minuto depois, Toninho acertou a trave. Aos 44, Pelé ficou cara-a-cara com Raul. O goleiro fez milagre. Ficou no 2 x 0.
Intervalo
Aírton Moreira, que na chegada a São Paulo, recebera apoio dos irmãos mais famosos, Aymoré e Zezé, estava perplexo. “Tá tão ruim que nem eu sei como consertar. Façam o que vocês acharem melhor”, recomendou aos jogadores. Para piorar, num gesto de provocação, Mendonça Falcão, presidente da Federação Paulista de Futebol e Athiê Jorge Cury, presidente do Santos, procuraram Felício Brandi para acertar data e local do terceiro jogo. Foram enxotados, aos berros, do vestiário.
2° Tempo - A demolição do pentacampeão brasileiro
Já no início Piazza procurou parar Pelé. E sem a companhia do melhor do mundo, Toninho virou presa fácil para os compadres William e Procópio. Dirceu e Tostão começaram a cair pelos lados do campo. Sem o fôlego dos garotos celestes, Zito e Mengálvio se perderam na marcação. Sob pressão, a defesa santista começou a falhar. Aos 12, Hilton serviu Evaldo que foi derrubado na área por Oberdan. Pênalti. Tostão bateu mal. Cláudio defendeu. A torcida santista se assanhou à toa. Apesar do gol perdido, o Cruzeiro continuava controlando o jogo. Aos 18, Lima derrubou Natal na lateral da área. Falta para cruzamento. Mas Tostão bateu direto. De curva: 1 x 2. A partir daí, o Cruzeiro esqueceu-se de qualquer cuidado defensivo e dedicou-se a atacar. Dirceu exibiu seu repertório de gingas e dribles. Aos 28, tirou Joel de sua frente com um drible de corpo e fuzilou Cláudio: 2 x 2. Aos 44 pelo lado esquerdo Tostão passou por Lima e Zé Carlos e cruzou para trás. Chegando na corrida, Natal apenas cumprimentou Cláudio: 3 x 2.
Enlameado, Piazza levantou a Taça Brasil, o troféu mais importante da história do futebol mineiro até então.
Torcida “China Azul”
Com a conquista da Taça Brasil de 1966 e do pentacampeonato mineiro de 1965 a 1969, o clube passou a ter a maior torcida do estado. Era tão visível o aumento progressivo da torcida cruzeirense que o então escritor Roberto Drummond, que era atleticano, comparou o aumento ao índice demográfico anual da China, que é o país mais populoso do mundo, fazendo com que a crônica esportiva mineira passasse a se referir à massa cruzeirense como a “China Azul”.
E, após o título da Taça Libertadores de 1976, a paixão pelo Cruzeiro ultrapassou as fronteiras de Minas Gerais e o time comandado por nomes como Raul, Nelinho, Palhinha, Joãozinho e Zé Carlos passou a ser um dos clubes mais respeitados do futebol mundial.
O time dos sonhos
A década de 1970 começou com o Cruzeiro perdendo a hegemonia no Estado. Depois da conquista do pentacampeonato de 1965 a 1969, o time foi superado nos campeonatos de 1970 e 1971. Mesmo assim, a equipe não perdeu a sua força, pois contava agora com com a habilidade de Palhinha, Nelinho, Joãozinho, Roberto Batata e um reforço argentino, considerado um dos melhores zagueiros do mundo: Roberto Perfumo. O Cruzeiro recuperou seu prestígio em Minas Gerais, vencendo a maior competição do Estado novamente em 1972, 1973 e 1974, mais um tricampeonato.
Enquanto a equipe cruzeirense conquistava os títulos estaduais, a diretoria tratava de engrandecer ainda mais o clube. A intenção do presidente Felício Brandi de fazer do time um dos melhores do país já era realidade, mas nem por isso se dava por satisfeito. No dia 3 de fevereiro de 1973, foi inaugurada a Toca da Raposa, o mais completo e moderno centro de treinamentos do Brasil. Com a inauguração da Toca, o Cruzeiro foi o primeiro clube mineiro a organizar um departamento médico especializado para dar assistência aos jogadores de futebol. O tetracampeonato Mineiro em 1975, quando a equipe jogou parte da competição com o Expressinho da Vitória, um time misto, viria novamente dar alegria aos torcedores azuis.
O vicecampeonato no Brasileiro de 1975 rendeu ao Cruzeiro mais uma participação na Copa Libertadores da América, no ano seguinte. Pela terceira vez, a equipe mineira chegava ao mais tradicional torneio das Américas. Com uma campanha impecável, o Cruzeiro atropelou seus adversários e chegou à decisão contra o River Plate, da Argentina. O Cruzeiro sagrou-se campeão, proporcionando à torcida a maior alegria desde a fundação do clube, nos longínquos anos 20. O título da Libertadores, dedicado ao atacante Roberto Batata, veio coroar o trabalho do presidente Felicio Brandi, que fez do Cruzeiro um celeiro de craques desde a década de 60.
Passada a alegria do título da Libertadores, era hora de pensar na disputa do título mundial. O Cruzeiro enfrentou o alemão Bayern Munique. A primeira partida foi na Alemanha, em pleno inverno, e os mineiros acabaram não resistindo ao jogo dos europeus. O Bayern, de Beckenbauer, Müller,Rummenigge e Mayer, foi superior e fez 2 x 0. No jogo de volta, realizado no Mineirão para quase 115000 pessoas, o Cruzeiro pressionou sem conseguir vencer o goleiro Seep Mayer, o maior do mundo na época. O placar de 0 x 0 deu o título aos alemães, e a tristeza tomou conta da frustrada torcida.

Em 1977, o Cruzeiro teve que se contentar com o título mineiro. O Atlético era dono de um elenco forte, e as dificuldades aumentaram com o desânimo pela eliminação na Libertadores. A força atleticana foi comprovada na primeira partida, com o placar de 1 x 0, mas o Cruzeiro não se entregou e buscou a recuperação no segundo jogo. Venceu por 3 x 2, de virada, com três gols do atacante Revetria. No terceiro e decisivo duelo, a Raposa provou que não estava morta e fez 3 x 1, na prorrogação.
A grande máquina do Cruzeiro chegou ao fim no crepúsculo dos anos 70 e início da década de 80. Os jogadores foram se debandando. Palhinha, Jairzinho e o treinador Zezé Moreira já haviam saído depois da conquista do Mineiro de 1977. Raul foi vendido ao Flamengo, mesmo ano que o Guarani levou Zé Carlos. No início de 1980 só restavam no time Joãozinho e Palhinha, que retornara do futebol paulista. Neste momento, o Cruzeiro era reconhecido como uma potência mundial. O ano de 1984 foi também aquele em que a família Masci assumiu o comando do clube, com a posse de Benito Masci, em substituição a Carmine Furletti. As estrelas das décadas de 60 e 70 davam lugar a um time mediano, com poucos destaques. Em 1987, com uma equipe formada basicamente nas divisões de base, com contratações de pouco impacto, o Cruzeiro venceu o Atlético nas finais. Após empate de 0 x 0 no primeiro jogo, uma vitória celeste por 2 x 0 na segunda partida selou a decisão. O destaque do time foi o ataque, formado por Róbson, Careca e Édson. No meio de campo, Douglas e Ademir ditavam o ritmo. Na final, o time bateu o Atlético por 1 x 0, gol de Careca.

O Bicampeonato da Supercopa
A Supercopa libertadores foi a melhor das competições organizadas pela Confederação Sulamericana, além da Copa Libertadores da América e que deixou muitas saudades entre os torcedores argentinos, uruguaios e brasileiros. O torneio reuniu entre 1988 e 1997 os campeões da Libertadores.A edição de 1991 foi a quarta da Supercopa e contou com um novo participante, o Colo Colo, do Chile, que havia conquistado a Libertadores no mesmo ano e que acabou sendo o primeiro adversário do Cruzeiro. A Supercopa libertadores começou no mês de outubro e o Cruzeiro buscava se reabilitar na temporada.O time campeão estadual no ano anterior foi reforçado para a temporada de 1991, com as chegadas de Charles e Nonato. Apesar de perder a disputa regional para o arquirrival. A confiança e o bom futebol foram resgatados com as contratações do treinador Enio Andrade e do ponteiro direito, Mário Tilico, que havia sido o herói do São Paulo, na conquista do título brasileiro, ao marcar o gol tricolor na decisão contra o Bragantino.
A diretoria cruzeirense promoveu o jogo da estreia, no Mineirão, em 2 de outubro, espalhando outdoors na capital convocando a torcida para o desafio contra o campeão da Libertadores e até os ingressos foram personalizados com os escudos dos dois times, o que não era comum naquela época. Mais de 60 mil cruzeirenses responderam ao desafio e encheram o Mineirão. O Cruzeiro dominou toda a partida, mas não conseguiu traduzir a superioridade em gols e o placar não saiu do zero.Após o jogo, o presidente César Masci reclamou do árbitro Juan Carlos Crespi por ter anulado um gol do zagueiro Adilson, enquanto o técnico do Colo Colo, Mirko Jozic, protestou contra os coros de baixo calão da torcida do Cruzeiro.
No jogo da volta em Santiago, em 9 de outubro, as equipes fizeram um jogo aberto e com lances de gols para cada lado, mas novamente terminou empatada sem gols. Os torcedores do Colo Colo sequer imaginavam que aquela seria a primeira de uma série de eliminações que o Cruzeiro iria impor ao time chileno nas competições sul-americanas. O Nacional de Montevidéu, que havia eliminado o Boca Juniors, na fase de oitavas de final, foi o adversário do Cruzeiro nas quartas de final.Com a eliminação do Grêmio pelo River Plate nas oitavas de final, restaram apenas o Cruzeiro, o Santos e o Flamengo como representantes brasileiros na disputa.
O primeiro contra os uruguaios jogo foi no dia 16 de outubro, no Mineirão, e a dupla de ataque Charles e Mário Tilico, brindou os 60 mil cruzeirenses presentes com uma exibição antológica.O Cruzeiro imprimiu um ritmo forte no início do jogo e abriu uma vantagem de 2 a 0, no primeiro tempo. Charles marcou duas vezes. Aos 7 minutos, o goleiro Seré rebateu uma cobrança de falta e o camisa 9 não perdoou. Aos 20 aproveitou um passe de Tilico, após uma avançada rápida pela ponta direita.O time uruguaio passou a cadenciar o jogo e a valorizar a posse de bola, pois acreditavam que poderiam reverter a vantagem em Montevidéu, mas aos 35 minutos do segundo tempo, o meia Boiadeiro driblou um marcador e da intermediária mandou um bola indefensável no ângulo esquerdo. Nos minutos finais, em outra arrancada de Tilico pela ponta direita, Charles aproveitou o cruzamento para a área e fechou a goleada de 4 a 0. A dupla saiu consagrada do Mineirão. “Foi fácil entrosar com o Tilico. Ele era velocista, do jeito que a torcida gostava, e tanto naquela partida, com em toda a campanha, nossa sintonia foi muito boa”, recordou o centro-avante Charles, que atualmente é o secretario de esportes da prefeitura de Itapetinga. O Nacional abriu o placar, aos 26 minutos, com um gol do experiente atacante Cabrera, mas só chegou ao segundo gol, graças a marcação de um pênalti duvidoso, aos 29 do segundo tempo, que foi convertido por Venancio Ramos.A conivência do trio de arbitragem paraguaio com o anti-futebol e a violência dos jogadores do Nacional transformou a partida, aparentemente fácil, num verdadeiro drama para o time cruzeirense. Os bandeirinhas fingiam não ver nada e o árbitro mandava seguir a pelota”, recorda o ex-meia Luiz Fernando, que hoje trabalha como auxiliar-técnico do Goiás.Aos 45 minutos o Nacional marcou o terceiro gol com Nuñez e, inexplicavelmente, a arbitragem deu quatro minutos de descontos, mas o Cruzeiro segurou o resultado e conquistou a classificação.“Levamos socos e cotoveladas fora da disputa pela bola. Além da qualidade dos times, que tinham jogadores das Seleções de seus países, a arbitragem era sempre contra nós”, recorda o ex-atacante Mario Tilico, que atualmente trabalha como técnico.
Após passar pela batalha de Montevidéu, o adversário do Cruzeiro na semifinal foi o Olimpia, que havia eliminado o Independiente, da Argentina, nas quartas de final. Com as eliminações do Flamengo pelo River Plate e do Santos para o Peñarol nas quartas de final, o Cruzeiro passou a ser o único representante do futebol brasileiro na disputa.
A primeira partida contra o Olímpia foi disputada no Mineirão, no dia 31 de outubro e, mais uma vez, a torcida cruzeirense encheu o Mineirão, para empurrar o time para a final. O ponta esquerda Marquinhos abriu o placar, logo aos 10 minutos, numa tentativa de cruzar a bola para a área, que acabou entrando no ângulo do gol defendido pelo goleiro Battaglia. No segundo tempo, o treinador Aníbal Ruiz colocou em campo o astro Romerito, aquele que foi campeão brasileiro de 1984, pelo Fluminense e que até hoje é considerado como um dos maiores ídolos da torcida tricolor. Ele voltava ao futebol paraguaio, após duas temporadas no Barcelona Futebol Club, da Espanha. Os paraguaios equilibraram o jogo e, aos 25 minutos do segundo tempo, Guirland empatou a partida.O jogo terminou com o placar de 1 a 1, muito comemorado pelos jogadores do Olímpia. Já os cruzeirenses saíram de campo lamentando as várias chances de gol desperdiçadas. Todos os jogadores eram muito técnicos e jogávamos com a bola no chão, como é a tradição no Cruzeiro. Era incrível como conseguíamos criar tantas chances de gol contra equipes de alto nível técnico, como naquela partida contra o Olimpia e nas outra pela Supercopa”, recorda o ex-atacante Charles.
O jogo da volta foi disputado no estádio Defensores del Chaco, em Assunção, no dia 6 de novembro. Ênio Andrade surpreendeu ao escalar o volante Andrade no lugar do atacante Marquinhos, mas mesmo assim o time manteve a ofensividade. Com a expulsão do zagueiro Paulão, no segundo tempo, Ênio surpreendeu de novo e trocou o meia Luiz Fernando pelo veloz atacante Paulinho, para puxar os contra-ataques.A partida teve lances de gol de lado a lado, mas o placar não saiu do zero e o Cruzeiro, novamente, decidiu a vaga na disputa de tiros livres. Guirlan desperdiçou a primeira cobrança do Olímpia, enquanto o Cruzeiro aproveitou todas e venceu por 5 a 3.
Assim como aconteceria com o Colo Colo, esta também foi a primeira de uma série de eliminações que o Cruzeiro iria impor ao Olimpia nas competições sul-americanas e foi na imprensa paraguaia que o time estrelado ganhou a referência de “La Bestia Negra”.
A decisão da Supercopa foi contra o River Plate, que vinha sendo o algoz dos times brasileiros, ao eliminar o Grêmio nas oitavas e o Flamengo nas quartas. Os argentinos chegaram a final após passarem pelo Peñarol, na semifinal.O primeiro jogo da final foi em Buenos Aires, no dia 13 de novembro, e o River conquistou um placar de 2 a 0, com um gol de pênalti do zagueiro Rivarola, aos 31 minutos e outro de cabeça do lateral esquerdo Higuaín, aos 45 minutos. Um resultado confortável que poderia ser facilmente mantido para o segundo jogo. “Vai ser difícil, embora temos demonstrado que nos damos muito bem neste tipo de decisão”, previa o atacante Ramon Medina Bello, na saída de campo, após a vitória por 2 a 0. No jogo da volta, em Belo Horizonte, o time de Ênio Andrade precisava devolver a vitória por dois gols de diferença para levar a decisão para os pênaltis.O otimismo da torcida e do plantel “milionário” (como são chamados torcedores e jogadores do River Plate) se justificava pelas campanhas na Supercopa e no Torneio Apertura do Campeonato Argentino, que havia conquistado com quatro rodadas de antecedência. “O Ênio Andrade foi fundamental na preparação da equipe para o segundo jogo. Ele nos convenceu de que era possível reverter o resultado e passou muita confiança para a gente”, recorda o ex-atacante Charles.O que ninguém poderia imaginar é que o Cruzeiro aplicaria um dos maiores bailes sobre o River Plate. O time imprimiu um ritmo alucinante do primeiro ao último minuto de jogo e com um toque de bola envolvente, transformou o onze milionário num mero espectador.O volante Ademir abriu o placar aos 34 minutos, ao desviar de cabeça uma cobrança de escanteio. Segundo uma estatística levantada pela revista El Grafico, da Argentina, o lance do gol de Ademir foi a 13.ª das 18 chances de gol criadas pelo Cruzeiro, somente, no primeiro tempo.O show de bola continuou na segunda etapa e, aos seis minutos, Mario Tilico ampliou ao desviar para gol, um lançamento do meia Macalé, que havia entrado na vaga de Luiz Fernando, que saiu machucado no primeiro tempo. O gol do título foi aos 29 minutos, numa arrancada de Charles que partiu com a bola, desde o meio de campo, e terminou com o toque final de Tilico para as redes. “Acho que foi a única vez que fiz uma jogada como aquela”, recorda o ex-atacante Charles.Ninguém acreditava que o Cruzeiro pudesse reverter aquele resultado e a torcida do River não se conforma até hoje”, recorda o ex-lateral esquerdo Sorin, que na ocasião jogava nas categorias de base do River.


Aquele jogo é tratado na Argentina como “la pesadilla del Mineirao (o pesadelo do Mineirão)”. O Cruzeiro, com uma ótima campanha, chegou ao título da Supercopa dos Campeões da Libertadores. A atuação de Charles impressionou o astro Maradona, que acompanhou as finais. No ano seguinte, o meia do Napoli, da Itália, pagou 1,2 milhão dólares do próprio bolso pelo jogador e o cedeu ao Boca Juniors. “Se não posso jogar no Boca, que jogue este fenômeno”, justificou o ídolo argentino.“Aquele título representou uma nova era no Cruzeiro, que já tinha um título Brasileiro e uma Libertadores, mas há muitos anos não conquistava um título de expressão. Cresceu estruturalmente, formou times fortes e ganhou títulos em sequência”, analisa o ex-camisa 10, Luiz Fernando.
Em 1992, contando com estrelas do futebol brasileiro, entre elas Renato Gaúcho, Luizinho e Roberto Gaúcho, além do treinador Jair Pereira,Agora o Cruzeiro vinha com tudo,para que o bicampeonato viesse para Minas Gerais. A torcida estava muito empolgada com o novo time e o recorde mundial de média de público como mandante foi estabelecido pela China Azul na Supercopa de 1992.

A primeira vítima celeste foi o time colombiano Nacional de Medellín. A partida, disputada em Medellín terminou com um empate de 1 a 1 e o Cruzeiro só precisaria de uma vitória simples no Mineirão para seguir em frente na competição. Mas ao invés de um vitória simples, o maior de Minas, com o apoio de 70 mil torcedores que compareceram ao estádio em um jogo de primeira rodada e no meio da semana venceu o time colombiano por 8 a 0. Só Renato Gaúcho marcou 5 dos 8 gols cruzeirenses.
Na segunda partida, mais uma vez o River Plate cruzou o caminho do Cruzeiro. A primeira partida entre os dois times foi disputada em Belo Horizonte e terminou com um placar de 2 a 0 para o Cruzeiro. Os argentinos contaram com a ajuda do árbitro nos noventa minutos disputados na Argentina e a etapa normal de jogo terminou com um placar de 2 a 0 a favor dos argentinos, sendo que os 2 gols foram marcados de pênalti nos últimos cinco minutos. Além disso, três jogadores do Cruzeiro tinham sido expulsos. A vaga para seguir em frente na competição seria disputada nos pênaltis. Enquanto o River Plate desperdiçou uma das suas cinco cobranças o Cruzeiro marcou os cinco gols. O Cruzeiro venceu o River mais uma vez e seguiu para a semi-final.
A semi-final foi disputada conta o Olímpia do Paraguai. A segunda partida disputada no Mineirão terminou com um empate de 2 a 2 e o Cruzeiro se classificou mais uma vez para a final da Supercopa.

Argentinos e revanche novamente! Só que desta vez o sentimento de revanche era por parte dos cruzeirenses, uma vez que a final do torneio foi disputada contra o Racing, que ganhou a Supercopa da Libertadores de 1988 em cima do Cruzeiro. Como em todo o torneio a China Azul compareceu em peso no primeiro jogo da final, mais de 90 mil pessoas compareceram ao Gigante da Pampulha (Mineirão). Estes 90 mil apaixonados presenciaram um show azul do início ao fim. Aos 31 minutos Roberto Gaúcho chutou forte, contou com o desvio do zagueiro argentino Reinoso e marcou o primeiro gol azulado para a alegria dos cruzeirenses. Festa total! Era o primeiro gol rumo ao bi! O segundo gol saiu aos 12 minutos do segundo tempo quando Renato Gaúcho cruzou a bola para Roberto Gaúcho mandá-la de cabeça para dentro das redes! A alegria agora era maior, o Cruzeiro tinha um pouco mais de 30 minutos para aumentar sua vantagem e logo aos 25 minutos da etapa complementar o terceiro gol azul foi marcado por Luis Fernando depois de uma bela jogado de Roberto Gaúcho. Se os argentinos quisessem ser campeões teriam que ganhar por cinco gols na Argentina, uma tarefa quase impossível. A segunda partida disputada em Buenos Aires terminou com um placar de 1 a 0 a favor do Racing e o Cruzeiro mais uma vez ganhou um torneio internacional! Com muita raça, amor e emoção o Guerreiro dos Gramados trouxe mais um título para Minas Gerais, a equipe estrelada conquistou o Campeonato Mineiro e o bi da Supercopa. Na competição Sul-Americana, o Cruzeiro passou por Nacional de Medellín, River Plate e Olímpia, antes de enfrentar o Racing na final.
Ronaldo: da Toca para o mundo
No primeiro semestre de 1993, o Cruzeiro confirmou a sua condição de time copeiro, conquistando a Copa do Brasil em cima do Grêmio. O empate no Olímpico, em 0 x 0, e a vitória mineira em Belo Horizonte por 2 x 1 garantiram à Raposa o título do torneio.
No segundo semestre de 1993, um novo talento surgia na Toca, despontando para o futebol mundial e a caminho de tornar-se o maior jogador do planeta. O garoto Ronaldo, de apenas 16 anos, começou a despertar o interesse de clubes e empresários de todo o mundo com suas atuações no Campeonato Brasileiro e na Supercopa de 1993. Em 14 jogos disputados pelo Brasileiro de 1993, Ronaldo marcou 12 gols. O atacante continuou balançando as redes no primeiro semestre de 94, quando a Raposa faturou o Campeonato Mineiro diante do Atlético, que havia montado um supertime, batizado de “Selegalo”. Na final do Estadual, o experiente time atleticano se curvou diante do jeito moleque de jogar da nova sensação do futebol brasileiro. Com 3 gols de Ronaldo, o Cruzeiro fez 3 x 1 no Galo e ficou com mais um título. O rápido sucesso do atacante e a sua convocação para a Seleção, acabaram tirando-o da Toca. O Cruzeiro vendeu seu passe para o PSV Eindhoven, da Holanda, por US$ 6 milhões, quantia irrisória perto do que passou a valer o supercraque brasileiro.
Desbancando o Palmeiras
No ano de 1995, o empresário José de Oliveira Costa, o Zezé Perrella, assumiu a presidência do clube, pondo fim ao reinado da família Masci. As primeiras conquistas do Cruzeiro nessa gestão vieram no primeiro semestre de 1996. O clube conquistou o Campeonato Mineiro de forma surpreendente. Outra conquista marcante do clube foi a vitória sobre o Palmeiras, em pleno Parque Antártica, quando a Copa do Brasil ficou novamente em posse do Cruzeiro. Depois de atropelar adversários de alto nível, como Corinthians e Vasco, o time azul disputou a final da competição contra o todo-poderoso alviverde paulistano. Na primeira partida, houve empate no Mineirão em 1 x 1, mas o Cruzeiro superou o Palmeiras por 2 x 1, de virada, na capital paulista. Roberto Gaúcho e Marcelo Ramos garantiram a vitória e o título para o Cruzeiro, um dos mais marcantes da história do clube, não apenas pela dificuldade do adversário, o melhor time do país na época, mas pela nova chance de disputar a Copa Libertadores da América.
O Campeonato Mineiro de 1997 terminou com o Cruzeiro na final diante do inesperado Villa Nova, que havia eliminado o Atlético. Com uma campanha irregular, poucos acreditavam no sucesso do time de Paulo Autuori. O adversário foi o time peruano do Sporting Cristal. Com um empate e uma vitória, o Cruzeiro garantiu o bicampeonato da Libertadores.
A campanha na Libertadores e a final do Mundial Interclubes, em Tóquio, foram prioritários para o Cruzeiro em 1997, que investiu todas as suas fichas nessas competições. Mesmo porque o time não estava mostrando um bom desempenho naquele momento. Tanto que ele só fugiu do rebaixamento no Brasileirão na última rodada. Mesmo tendo beliscado o bi Sul-Americano, a diretoria resolveu mexer na equipe e contratou alguns jogadores só para a disputa do Mundial, em Tóquio, diante do Borussia Dortmund, da Alemanha. A conquista do Campeonato Mineiro de 1998, diante do Atlético, serviu para apagar a tristeza pela derrota no Mundial. Com três gols de Fábio Júnior na primeira partida da final, o Cruzeiro venceu o Galo por 3 x 2, revertendo a vantagem do rival. No jogo decisivo, o placar apontou um empate em 0 x 0, que garantiu aos cruzeirenses o tricampeonato. A diretoria contratou grandes jogadores para a disputa do Brasileirão de 1998, fazendo do Cruzeiro um dos maiores times do país. Entre os veteranos, o destaque foi o atacante Müller, que apresentou um excelente futebol, digno dos seus melhores tempos de São Paulo. A equipe chegou à final diante do Corinthians e acabou sendo vice-campeã. Dois empates nos primeiros jogos e uma derrota na partida final adiaram o sonho do torcedor celeste de conquistar o Campeonato Brasileiro, único título que o clube ainda não possui. A temporada se encerraria com mais dois vice-campeonatos: na Copa Mercosul e na Copa do Brasil, em ambas finais derrotado pelo Palmeiras.
O final de 1998 marcou a despedida do goleiro Dida do Cruzeiro. O grande ídolo da torcida não quis se reapresentar no início de 1999, alegando ter recebido proposta oficial do Milan. O caso envolvendo o atleta e o clube acabou na Justiça. Antes amado pela torcida, Dida passou a ser hostilizado quando jogava em Minas, por causa do episódio. Outro desfalque para a temporada de 1999 foi o atacante Fábio Júnior, vendido para a Roma, da Itália, por US$ 15 milhões, transformando-se na maior negociação do clube em toda sua história.
No primeiro semestre de 1999, o Cruzeiro venceu a Copa dos Campeões de Minas Gerais, vencendo o Atlético na final por 5 x 1, a maior goleada do clube sobre o seu rival. A conquista da Copa dos Campeões levou o time à disputa da Copa Centro-Oeste, que também foi conquistada pela equipe. No Campeonato Mineiro, o time parou na semifinal, eliminado pelo Galo. Com a base do time de 1998 mantida, restava a missão de conquistar o Brasileirão. A campanha na primeira fase da competição foi excelente. O time se classificou em segundo lugar. O técnico Levir Culpi foi demitido após ficar dois anos no comando do time. A boa notícia para a torcida no segundo semestre foi a assinatura do contrato com a HMTF (Hicks, Muse, Tate & Furst), que injetou R$ 40 milhões no clube..
Vivendo uma nova realidade, o torcedor cruzeirense entrou no ano 2000 na expectativa de novas conquistas. A diretoria montou um bom time, já utilizando recursos da parceria com a HMTF. O início de 2000, porém, não foi bom para o clube, que perdeu a decisão da Copa Sul-Minas para o América e teve seu técnico Paulo Autuori dispensado após a derrota diante do Atlético por 4 x 2, pelo Campeonato Mineiro.
Conquista histórica
Após a conquista da Copa do Brasil em 2000, o Cruzeiro passou a viver uma época dos grandes técnicos. Marco Aurélio, que depois voltaria a ocupar o cargo, não teve tempo nem para comemorar o título, pois foi substituído no dia seguinte por Luiz Felipe Scolari, o Felipão, que em 2002 comandaria a Seleção Brasileira na conquista do Pentacampeonato Mundial no Japão e Coreia do Sul.
Mas foi sob a direção de outro treinador renomado, Vanderlei Luxemburgo, que o Cruzeiro se destacaria no início do século XXI. Em 2003, o time celeste colheu os frutos do trabalho iniciado pelo treinador no ano anterior. Quando Luxa assumiu o cargo, a Raposa estava ameaçada de rebaixamento no Brasileiro de 2002. Não caiu, teve uma boa reação na competição e foi formada a base do time que ganharia tudo no ano seguinte. O Cruzeiro, em 2003, foi campeão mineiro, da Copa do Brasil – superou o Flamengo na final –, do primeiro Campeonato Brasileiro por pontos corridos da história da competição. Fez barba, cabelo e bigode na conquista da Tríplice Coroa, como ficou conhecido o feito. O então auxiliar-técnico Paulo César Gusmão assumiu o cargo, iniciando sua carreira como treinador e levou o time celeste ao título mineiro. Não conseguiu levar o time mais longe na Libertadores daquele ano e acabou dispensado.
A aposta da diretoria cruzeirense foi em outro técnico medalhão. No ano passado, não conseguiu um único título, quebrando uma sequência de 15 anos de conquistas.Em 2006, com a manutenção de Paulo César Gusmão, que foi contratado durante o Brasileiro de 2005, o clube celeste voltou a ser campeão, ao superar o parceiro Ipatinga, que o havia batido na final do Mineiro de 2005. Dessa forma, o clube celeste volta a conquistar a hegemonia mineira.

Na mesma temporada de 2009 o Cruzeiro chegou na final da Libertadores contra o Estudiantes, o mesmo adversário que tinha enfrentado na fase de grupos. Na primeira partida final, um empate em 0x0 que deixou o Cruzeiro muito próximo do tricampeonato, mas no jogo de volta no Mineirão com 64800 pessoas, o Cruzeiro perderia para o Estudiantes depois de ter feito 1x0, ao final do jogo, 2x1 de virada para o Estudiantes e fim do sonho do tricampeonato e do sonho de ser campeão mundial, título que o clube havia disputado por duas vezes (ainda nos tempos da Copa Intercontinental ao conquistar a Libertadores, em 1976 e 1997) mas perdeu em ambas as ocasiões, em que enfrentou clubes alemães: em 1976 o Bayern de Munique e em 1997 para o Borussia Dortmund.
Fim da Era Perrela
Na temporada de 2010 o Cruzeiro foi regular e terminou o Mineiro na 3.ª colocação, foi até às quartas-de-final da libertadores e foi vice-campeão brasileiro. Com esse estilo de jogar, o Cruzeiro fez sua estreia na Copa Libertadores da América contra o Estudiantes, time que desbancou o Cruzeiro na final da Libertadores de 2009, na Arena do Jacaré, e aplicou uma goleada de 5x0 no time argentino, com uma atuação praticamente impecável de todo o elenco, se vingando com estilo da perda do título de 2009 e colocando o Cruzeiro já como favorito à conquista do torneio. Na sequência da competição, o time derrotou o Guarani-PAR em casa por 4x0, empatou fora com o Deportes Tolima-COL por 0x0 (com o goleiro Fábio, ídolo da torcida celeste, defendendo um pênalti e evitando a derrota), construiu mais um resultado de expressão contra o Tolima em casa, por 6x1, derrotou o Guarani fora por 2x0 e surpreendeu no último jogo da fase de grupos, jogando contra o Estudiantes fora de casa, jogo que era temido que o Cruzeiro não conseguisse a vitória, mas o time surpreendeu a todos com um placar de 3x0, mais uma vez com uma ótima atuação da equipe, consolidando a supremacia da equipe celeste na 1ª fase e selando a classificação às oitavas-de-final como melhor 1º colocado da fase de grupos, com uma campanha arrasadora e que colocava o time como favorito absoluto à conquista do torneio.
Mesmo priorizando a Libertadores, o Cruzeiro conseguiu, ao mesmo tempo, manter o bom aproveitamento também no Campeonato Mineiro, terminando a 1ª fase da competição em 1º, com um ótimo aproveitamento e saldo de gols.
Na sequência da Libertadores, o Cruzeiro enfrenta o Once Caldas-COL, pior 2º colocado da fase de grupos, com a 1ª partida sendo disputada na Colômbia. Mesmo com as adversidades e desfalques, o Cruzeiro conseguiu a vitória de 2x1, sofrendo um gol no final do jogo. A derrota para o Once Caldas por 2x0 dentro de casa, depois de uma exibição pífia da equipe dentro de campo, encerrou, de forma inesperada, a participação do Cruzeiro na competição.
Ainda sem se recuperar do baque da eliminação da Libertadores, o time entra em campo, 4 dias depois, para a disputa do jogo de ída da final do Campeonato Mineiro de 2011, e ainda por cima contra o arquirrival Atlético. Visivelmente abatido pela eliminação, o time sofreu derrota por 2x1 para o rival, o que deixou alguns torcedores já entregando o ouro, apesar do time precisar apenas de uma vitória simples no jogo de volta, mas pelo que o time havia apresentado, que estaria longe de conseguir a vitória.
Passada uma semana, era o dia do jogo de volta, a decisão do título. E a equipe mostrou superação dentro de campo, vencendo o rival por 2x0 assim, conquistando, Campeonato Mineiro 2011, apagando um pouco a tristeza da eliminação e ganhando confiança para a disputa do Campeonato Brasileiro.
Ao contrário do ano anterior, o Cruzeiro foi mal no Campeonato Brasileiro, correndo um risco enorme de ser rebaixado para a disputa da série B do ano seguinte, fato que nunca aconteceu com a equipe, já que o time é um dos poucos que disputaram todas as edições do campeonato nacional na série A. Na última rodada do torneio, a equipe celeste só dependia de si mesma para permanecer na 1ª divisão, mas enfrentaria seu arquirrival Atlético-MG, que poderia rebaixar o Cruzeiro, caso um outro time do campeonato, o Ceará, conseguisse vencer seu jogo também. Mas o Cruzeiro aplicou uma sonora goleada de 6 x 1, escapando do rebaixamento e conseguindo a sua maior vitória em clássicos.
Em 2011 ficou também marcada,pelo o fim da ‘’Era Perrela’’,que ficaram mais de 15 anos no cargo mais alto do clube,sua saída foi muito conturbada, pois todos o colocavam a responsabilidade em cima dele pela campanha muito ruim em 2011.
Início da Gestão Gilvan De Pinho Tavares
Depois de um final de campeonato brasileiro melancólico para a grandeza do Cruzeiro Esporte Clube, salvo pela goleada histórica sobre o rival na última rodada, em janeiro de 2012, dá-se início à gestão do presidente Gilvan de Pinho Tavares. Com proposta inicial de corte de gastos e redução da folha salarial, aliado ao fechamento do Mineirão visando a reforma para a Copa do Mundo, o primeiro ano de gestão pode ser considerado mediano. Com vários jogadores vendidos da temporada passada, e contratações de baixo nível técnico, o Cruzeiro não conseguiu manter um nível satisfatório no primeiro semestre de futebol. O time perdeu a classificação para a final do mineiro para o América, o que acarretou mudanças na equipe. Apesar disso, o treinador foi mantido ate a posterior eliminação na Copa do Brasil pelo Atlético-PR, que definiu o fim da linha para o técnico Vagner Mancini. Sob muitas criticas, Celso Roth se tornou o novo treinador Celeste para o restante do Campeonato Brasileiro. Com uma campanha razoável, este treinador permaneceu na toca da Raposa ate o fim do ano, não correndo risco de rebaixamento. Mais de um ano e meio sem seu estádio, em reformas para a Copa do Mundo 2014, o Mineirão estava chegando em fase final de obras.
Reformulação e Bicampeonato Brasileiro Inédito
Chega 2013 e, amparado pelo surpreendente crescimento do número de associados e pelo retorno ao Mineirão, o que daria maiores públicos, renda e reaproximaria o time de sua torcida, o Cruzeiro retoma suas conquistas. Após um 2012 de reformulação e contratações ruins, o Cruzeiro modificou bastante seu plantel, trazendo jogadores conhecidos, como Diego Souza, Dedé e Dagoberto, e desconhecidos, como Everton Ribeiro e Ricardo Goulart, que posteriormente seriam os grandes destaques do bicampeonato. A parceria entre torcida e time se tornou ainda mais sólida após a perda do campeonato mineiro de maneira injusta, visto que o Cruzeiro venceu quase todas as partidas, e uma única tarde infeliz impediu que o time se sagrasse campeão. O início do Brasileiro desse ano foi razoável com alguns tropeços, apesar de bom futebol. E, após uma 1° partida espetacular, com direito a golaço de Everton Ribeiro, um gol aos 40 do segundo tempo impedem o sonho do penta da Copa do Brasil. Pronto. Mais um baque que serviu para fortalecer cada vez mais um time bom, mas que precisava dar resposta à sua torcida, que não via o Cruzeiro levantar uma taça nacional desde a tríplice coroa de 2003. Com a contratação de Willian e grandes partidas de Everton Ribeiro, Nílton, Goulart e Fábio, a equipe celeste volta a ser campeã. As perspectivas para 2014, após um ano excelente, eram as melhores. Mas, apesar de boas partidas na libertadores e do título mineiro de forma invicta, faltou novamente o tri da maior competição de clubes da América. O Cruzeiro então reforçou seu plantel, com Manoel e Marquinhos, e, com a base do ano passado, partiu em busca do tetra, sendo o primeiro bi de maneira consecutiva. 80 pontos, recorde até então desde 2006, e mais uma vez grandes exibições de Moreno, Goulart, Ribeiro, Lucas Silva e Henrique. Nem a perda da Copa do Brasil para o maior rival desanimaram a torcida, que queria mais uma tríplice coroa naquele ano. Para 2015, novamente, as perspectivas eram boas, mas as saídas de atletas como Everton Ribeiro, Ricardo Goulart, Lucas Silva e Marcelo Moreno fizeram com que a equipe não chegasse nem na final do estadual, e novamente ficou pelo caminho na Libertadores. Após um início ruim de Brasileiro, a diretoria resolveu demitir o técnico bicampeão brasileiro Marcelo Oliveira, o substituindo por Vanderlei Luxemburgo, herói em 2003, mas que virou vilão após sucessivas derrotas e más atuações de sua equipe. Com a vinda de Mano Menezes, o Cruzeiro ficou 13 jogos sem perder, se recuperou e por pouco não voltou à Libertadores no ano seguinte. Mano Menezes aceitou oferta milionária do Shandong Luneng, da China, e o Cruzeiro decidiu efetivar o então auxiliar Deivid a treinador. 2016 passaria a ser, como 2015, um ano de incógnita.
Torcida

A torcida do Cruzeiro também é conhecida como Nação Azul ou China Azul devido à sua imensidão e ao grande crescimento nas últimas décadas. Curiosamente, este apelido foi dado pelo escritor atleticano Roberto Drumond, que reconhecera insofismavelmente em um de seus artigos, o crescimento incessante e a previsão da hegemonia da torcida cruzeirense em BH, Minas Gerais e no Brasil. Tal previsão está sendo comprovada nos dias de hoje quando todas as pesquisas dos mais sérios institutos de pesquisas como Ibope, Datafolha e Vox Populi dentre outros, apontam para quase o dobro da torcida azul frente ao rival Atlético Mineiro.
O clube possui cerca de 8,5 milhões de torcedores espalhados pelo país, o que representa aproximadamente 4,5% da população nacional. É a primeira torcida no Brasil fora do eixo Rio-São Paulo. No estado de Minas Gerais, é o clube mais popular, ou seja, o clube de maior torcida no estado (na Região Metropolitana de BH, e no interior).
Em 26 de março de 1931, o jornal Estado de Minas publicou resultado parcial de uma enquete (os votos eram depositados em urnas) que ajuda a compreender o porte das torcidas de Belo Horizonte naquela época. Computados mais de 800 votos, os resultados apontavam: Atlético, 46,2%; Cruzeiro (na época ainda denominado Palestra), 35,9%; e América, 10,8%.[19]
Na edição de 31 de dezembro de 1971, a revista Placar publicou pesquisa feita, em Belo Horizonte, pelo Instituto Gallup. O resultado já indicava uma tendência de inversão na ordem das maiores torcidas da cidade: Atlético, 43%; Cruzeiro, 42%; e América, 5%. Na faixa entre 10 e 17 anos, o Cruzeiro já liderava com 46% contra 44% do rival Atlético.
Em 10 de dezembro de 2004 em outra pesquisa de opinião, publicada pelo jornal Estado de Minas, a torcida do Cruzeiro também apareceu como a maior de Belo Horizonte, com 48% de preferência entre os belorizontinos.[21] De acordo com o Ibope, em 1998, 26% dos mineiros torciam para o Cruzeiro, e 16% para o Atlético. Em 2004, 32,8% dos mineiros torciam para o Cruzeiro, e 16,9% para o Atlético.[22] De acordo com uma pesquisa feita pela Datafolha em 2009, 31% dos Mineiros torcem para o Cruzeiro, e apenas 15% para o Atlético.[23]
AGNALDO TIMOTE CANTOR CRUZEIRENSE


VITOR E LEÓ, SERTANEJO UNIVERSITARIO CRUZEIRENSE

JUSCELINO KUBISTCHECK PRESIDENTE DO BRASIL  E TORCEDOR AZUL

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Maiores públicos
Nas partidas em Belo Horizonte, os maiores índices de torcedores presentes foram:[24]
Cruzeiro 1 x 0 Villa Nova, 22 de janeiro de 1997, (132.834), recorde do Mineirão
Cruzeiro 0 x 0 Bayern München (ALE), 21 de dezembro de 1976, (113.715), recorde da Copa Intercontinental
Cruzeiro 3 x 1 Portuguesa, 29 de outubro de 1998, (103.294)
Cruzeiro 1 x 0 Sporting Cristal (PER), 13 de agosto de 1997, (95.472), recorde da Libertadores
Cruzeiro 2 x 2 Corinthians, 13 de dezembro de 1998, (92.859)
Cruzeiro 1 x 0 Nacional (URU), 3 de junho de 1988, (90.946)
Recordes
  • Maior média de público na história de um torneio na história do futebol: 73 mil pagantes por jogo na Supercopa de 1992.
  • Recorde absoluto de público presente em uma partida no Mineirão, 132 834 pessoas na partida contra o Villa Nova-MG realizada em 22 de junho de 1997, sendo cerca de 52 mil não pagantes, dentre eles mulheres e crianças, e sendo a capacidade máxima do estádio Mineirão na época cerca de 130 mil, ou seja, algo inédito e inacreditável.
  • Maior público no Mineirão em uma partida internacional oficial: Final do Intercontinental: 117 mil contra o Bayern de Munique, em 1976
  • Maior público de uma final de Taça Libertadores da América: 95 472 pessoas na partida contra o Sporting Cristal, em 1997.
  • Segundo maior público pagante numa final de Copa do Brasil: 85 841 pessoas na partida contra o São Paulo, em 2000, atrás apenas de Botafogo 0 x 0 Juventude, em 1999, que teve 101 581 presentes (90 217 pagantes).
  • Recorde absoluto de público de todas as divisões do futebol brasileiro em 2003, com 597.563 pagantes em 23 jogos no Campeonato Brasileiro, média de 25.981 pagantes por partida.
  • Grupo seleto de clubes que venderam mais de 10 milhões de ingressos em campeonatos brasileiros.[26]
Títulos
Time principal
HONORÁRIOS
               Competição               Títulos   Temporadas
               Tríplice Coroa          1            2003
               Melhor Clube Brasileiro do Século XX 1          2009
CONTINENTAIS
               Competição               Títulos   Temporadas
               Copa Libertadores da América  2          1976 e 1997
               Supercopa Sul-Americana     2   1991 e 1992
               Recopa Sul-Americana          1   1998Cscr-featured.png
               Copa Ouro Sul-Americana    1   1995
               Copa Master da Supercopa   1   1995Cscr-featured.png
NACIONAIS
               Competição               Títulos   Temporadas
               Campeonato Brasileiro          4   1966, 2003, 2013 e 2014
               Copa do Brasil          4            1993, 1996, 2000Cscr-featured.png e 2003Cscr-featured.png
TÍTULOS AMISTOSOS INTERNACIONAIS
               Competição               Títulos   Temporadas
               Troféu Osmar Santos             2   2013 e 2014
               Troféu João Saldanha            2   2009 e 2013
               Torneio Verão/Copa Bimbo  1   2009
               Torneio do México   1            2001
               Copa do Imperador 1            1996
               Tokyo Dome Cup     1            1994
               Troféu Ciudad de Pamplona 1   1986
               Torneio de Alicante  1            1986
               Torneio 20 anos do Estádio Mineirão   1          1985
               Troféu Cidade de Valladolid 1   1982
               Torneio de Zaragoza              1   1982
               Torneio de Santander            1   1982
               Torneio de Lagos     1            1980
               Troféu Cidade de Vigo          1   1978
               Taça Independência 1            1978
               Troféu Triangular de Caracas   1          1977
               Torneio Villa de Madrid        1   1976
               Torneio da Corunha              1   1975
               Taça Miller               2            1972 e 1973
               Torneio de Djacarta 1            1972
               Torneio Hong Kong 1            1972
               Torneio Tailândia    1            1972
               Torneio 11 de Outubro          1   1971
               Troféu Triangular de Caracas   1          1970
               Torneio do México   1            1967
               Torneio Quadrangular          1   1966
               Taça Rio Branco      1            1966
INTERESTADUAIS
               Competição               Títulos   Temporadas
               Copa Sul-Minas        2            2001Cscr-featured.png e 2002Cscr-featured.png
               Copa Centro-Oeste   1            1999
ESTADUAIS
               Competição               Títulos   Temporadas
Campeonato Mineiro              37          1926, 1928, 1929Cscr-featured.png, 1930Cscr-featured.png, 1940, 1943, 1944Cscr-featured.png, 1945, 1956, 1959, 1960, 1961, 1965, 1966, 1967, 1968Cscr-featured.png, 1969Cscr-featured.png, 1972, 1973, 1974, 1975, 1977, 1984, 1987, 1990, 1992Cscr-featured.png, 1994Cscr-featured.png, 1996, 1997, 1998, 2003Cscr-featured.png, 2004, 2006, 2008, 2009Cscr-featured.png, 2011 e 2014Cscr-featured.png
Taça Minas Gerais                  5            1973, 1982, 1983, 1984 e 1985
Copa dos Campeões Mineiros              2   1991 e 1999
Supercampeonato Mineiro     1            2002
Torneio Início                          10          1926, 1927, 1929, 1938, 1940, 1941, 1943, 1944, 1948 e 1966
MUNICIPAIS
               Competição               Títulos   Temporadas
               Copa Belo Horizonte              1   1960
  • Títulos no mesmo ano
  1. Campeonato Mineiro 2003
  2. Copa do Brasil 2003
  3. Campeonato brasileiro 2003 (primeiro por pontos corridos)
Estas conquistas no mesmo ano, deram à brilhante equipe do cruzeiro, a TRÍPLICE COROA.
A Tríplice Coroa, em esportes, é um título não oficial dado a uma equipe ou esportista que conquista três importantes títulos, geralmente em sequência ou em uma mesma temporada. Durante um bom tempo, a "Tríplice Coroa", nos moldes europeus, não podia ser aplicada no Brasil - já que, entre 2003 e 2012, os clubes brasileiros que estivessem na disputa daCopa Libertadores da América eram impedidos de participar da Copa do Brasil na mesma temporada. Mas, como aqui existem competições regionais, adaptou-se o conceito de "Tríplice Coroa" para o clube que vencer, na mesma temporada, o Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil e o seu Campeonato Estadual.
Desde 1989, quando foi criada a Copa do Brasil, apenas um clube conseguiu a "Tríplice Coroa do Futebol Brasileiro": o Cruzeiro em 2003.
Cscr-featured.pngCampeão Invicto
A Recopa Sul-Americana de 1998 foi disputada em 1999. A Taça Minas Gerais de 1982 foi relativa ao título da 1ª fase do Campeonato Mineiro; a de 1983 ao título do 2º turno; e as de 1984 e 1985 ao título do 1º turno. Em 1984 o Cruzeiro ficou com a posse definitiva da Taça Minas Gerais (instituída pela Federação Mineira em 1973) por tê-la conquistado três vezes consecutivas. Em 1926 o Cruzeiro disputou dois Torneios Início promovidos por duas federações distintas sagrando-se campeão pela Associação Mineira de Esportes Geraes e vice pela Liga Mineira de Desportos Terrestres. Em 1926 houve dois campeonatos, organizados por duas ligas. O Atlético Mineiro venceu o campeonato da LMDT e o Palestra Itália (Cruzeiro) venceu o campeonato da AMET. Ambas as ligas eram filiadas à CBD. O Cruzeiro alega que o título do Palestra de 1926 fora reconhecido em 1998 pela Federação Mineira, porém desmentido em 2010. O Cruzeiro conquistou o título do inédito do Supercampeonato Mineiro,competição que foi administrada pelos próprios times participantes, mas este não é reconhecido pela FMF, já que a Federação apenas apoiou a organização do evento e não foi um torneio oficial da entidade.
Estádio
Estádio JK
Foi o primeiro estádio do Clube, que na época ainda era Palestra. Construído em um terreno adquirido pela diretoria com recursos próprios no Barro Preto em 1922 o estádio foi muito importante para Clube, foi o local da conquista dos primeiro títulos. O Palestra estreou o estádio no dia 1º de julho com uma goleada de 6x2 sobre o Palmeiras de Santa Efigênia. A inauguração oficial foi em setembro, coincidindo com as festas da colônia italiana, em comemoração da unificação da Itália. O primeiro jogo oficial foi em 23 de setembro de 1923 contra o Flamengo e terminou em 3x3.
O Mineirão
Considerado a casa do time desde sua inauguração em 1965, o estádio Mineirão, foi palco de várias conquistas da equipe estrelada, como a Libertadores de 1997, o Campeonato Brasileiro de 2003 e a Copa do Brasil do mesmo ano. Entre 2010 e 2011, com o estádio fechado por causa das obras para a Copa de 2014, o Cruzeiro passou a mandar seus jogos em estádios do interior, como a Arena do Jacaré, em Sete Lagoas e o Parque do Sabiá, em Uberlândia.[28] [29] Em 2012 voltou a mandar seus jogos na capital, no Estádio Independência.[30] No mesmo ano, o então presidente do clube Gilvan de Pinho Tavares e o diretor-presidente do consórcio Minas Arena, Ricardo Barra, assinaram um acordo para que o clube mandasse todos os seus jogos no Mineirão durante 25 anos.[31] [32]
Partidas históricas

Primeiro jogo do Palestra.
3 de abril de 1921 Palestra 2 - 0     Combinado Villa Nova/Palmeiras de Nova Lima Estádio do Prado Mineiro, Belo Horizonte, MG
Primeiro clássico.  17 de abril de 1921 Palestra 3 – 0 Atlético Mineiro Estádio do Prado Mineiro, Belo Horizonte, MG
Inauguração do estádio do Barro Preto. 23 de setembro de 1923    Palestra 3 – 3 Flamengo       Estádio do Barro Preto, Belo Horizonte, MG
Maior goleada da história do clube; 10 gols do atacante Ninão.[33] 17 de junho de 1928Palestra 14 - 0   Alves Nogueira Estádio do Barro Preto, Belo Horizonte, MG
Primeiro jogo da final da Taça Brasil de 1966. 30 de novembro de 1966   Cruzeiro 6 – 2 Santos Mineirão, Belo Horizonte, MG
Final da Taça Libertadores da América de 1976 - Segundo time Brasileiro a Conquistar a Libertadores. 30 de julho de 1976  Cruzeiro 3 – 2 River Plate Estádio Nacional, Santiago, Chile
Final da Taça Intercontinental de 1976 - Jogo de maior público da história dos Mundiais. 21 de dezembro de 1976               Cruzeiro                   0 – 0 Bayern de Munique        Mineirão, Belo Horizonte, MG Público: 113 715
Final da Supercopa da Libertadores de 1991. 20 de novembro de 1991 Cruzeiro 3 – 0 River Plate            Mineirão, Belo Horizonte, MG
Final da Copa do Brasil de 1993 - Primeiro título da Copa do Brasil.
3 de junho de 1993 Cruzeiro 2 - 1 Grêmio    Mineirão, Belo Horizonte, MG
Final do Campeonato Mineiro de 1997 - Jogo de maior público presente no Mineirão.
22 de junho de 1997 Cruzeiro 1 – 0 Villa Nova Mineirão, Belo Horizonte, MG
Público: 132 834
Final da Taça Libertadores da América de 1997.
13 de agosto de 1997 Cruzeiro 1 – 0 Sporting Cristal Mineirão, Belo Horizonte, MG
Final da Recopa Sul-Americana de 1998.
23 de Setembro de 1999 River Plate 0 – 3 Cruzeiro Monumental de Nuñez, Buenos Aires, ARG
Final da Copa do Brasil de 2000 9 de julho de 2000            Cruzeiro 2 – 1 São Paulo Mineirão, Belo Horizonte, MG
Final da Copa Sul-Minas de 2002. 12 de maio de 2002 Cruzeiro 1 – 0 Atlético Paranaense      Mineirão, Belo Horizonte, MG
Final da Copa do Brasil de 2003 - Quarto título da Copa do Brasil.
11 de junho de 2003 Cruzeiro 3 – 1 Flamengo Mineirão, Belo Horizonte, MG
Jogo que garantiu o título do Campeonato Brasileiro de 2003 com duas rodadas de antecedência.
30 de novembro de 2003 Cruzeiro 2 – 1 Paysandu Mineirão, Belo Horizonte, MG
Jogo de ida da Final do Campeonato Mineiro - Maior goleada contra o arquirrival até então.
27 de abril de 2008 Atlético Mineiro 0 - 5     Cruzeiro Mineirão, Belo Horizonte, MG
Jogo de ida da Final do Campeonato Mineiro - Maior goleada contra o arquirrival até então, repetindo o feito de 2008.
26 de abril de 2009 Cruzeiro 5 – 0 Atlético Mineiro Mineirão, Belo Horizonte, MG
Primeira fase (Pré-Libertadores) da Libertadores de 2010 - Maior goleada do Cruzeiro em uma Copa Libertadores.
3 de fevereiro de 2010 Cruzeiro     7 – 0 Real Potos Mineirão, Belo Horizonte, MG
Final do Campeonato Brasileiro de 2011, Maior goleada do Cruzeiro no arquirrival de todos os tempos.[34]
4 de dezembro de 2011 Cruzeiro    6 – 1 Atlético Mineiro Arena do Jacaré, Sete Lagoas, MG
Jogo que garantiu o título do Campeonato Brasileiro de 2013 com quatro rodadas de antecedência.
13 de novembro de 2013 Vitória    1 – 3 Cruzeiro Barradão, Salvador, BA
Milésima vitória do Cruzeiro no Mineirão.[35]
27 de agosto de 2014 Cruzeiro       5 – 0 Santa Rita Mineirão, Belo Horizonte, MG
Jogo que garantiu o título do Campeonato Brasileiro de 2014 com 2 rodadas de antecedência.
23 de novembro de 2014 Cruzeiro 2 – 1 Goiás Mineirão, Belo Horizonte, MG
Hino

O hino oficial foi escrito por Jadir Ambrósio, que fez o hino do seu time de coração em 1965, ao participar de um concurso na rádio Inconfidência. Na época, a diretoria cruzeirense, comandada pelo presidente Felício Brandi, conclamava os compositores mineiros a criarem um hino para o clube celeste que até aquele momento não tinha aquela composição.
Ambrósio foi o vencedor e tocou pela primeira vez o hino que levou o nome "Hino ao Campeão Cruzeiro Esporte Clube" no programa do radialista Aldair Pinto, no seu programa "Roteiro das Duas".[68]
Hino ao Campeão Cruzeiro Esporte Clube

Existe um grande clube na cidade
Que mora dentro do meu coração
Eu vivo cheio de vaidade
Pois na realidade é um grande campeão
Nos gramados de Minas Gerais
Temos páginas heroicas, imortais
Cruzeiro, Cruzeiro querido
Tão combatido, jamais vencido!
Mascote
A RAPOSA MASCOTE CRUZEIRENSE


A Raposa é o mascote do Cruzeiro.
O mascote do Cruzeiro é raposa. Foi desenhada pelo chargista Fernando Pieruccetti (mais conhecido como Mangabeira) no ano de 1945, que se inspirou em Mário Grosso, ex-presidente do clube, conhecido por sua esperteza e astúcia no comando dos negócios do Clube [69] e pelo fato da raposa ser o animal que se alimenta de galináceos, numa clara alusão ao seu rival regional.[carece de fontes]
Camisa

O primeiro manto do Palestra foi verde, com frisos em vermelho na ponta das mangas e o logotipo no peito com o “PI” entrelaçado em um losango vermelho e verde com fundo branco, calção branco e meias verdes. Entre 1922 e 1927, a equipe adotou uma camisa num tom de verde mais claro e mudou algumas vezes seu logotipo até vestir uma camisa num de verde ainda mais claro entre 1928 e 1939. Nesse período, uma Ala Renovadora já tentava articular uma mudança no nome do clube pelo fato de ele já não ser uma associação exclusiva dos italianos. Entre 1940 e 1942, o Palestra utilizou seus últimos uniformes italianos e mudou radicalmente sua vestimenta ao adotar uma camisa verde com faixas horizontais em branco e vermelho escuro, cores que deram ao clube o apelido de tricolor.
Em 1942, a nacionalização do clube aconteceu graças ao Governo Brasileiro, que proibiu qualquer menção aos países inimigos durante a II Guerra Mundial, sendo a Itália uma dessas nações.[70] Com isso, o time escolheu a cor azul com listras brancas na horizontal e o nome temporário de Ypiranga, em homenagem ao local onde foi proclamada a Independência do Brasil. Em outubro do mesmo ano, uma assembleia definiu que o clube passaria a se chamar Cruzeiro Esporte Clube, com camisa toda azul, golas e punhos brancos, calção branco e meias brancas, com a constelação do Cruzeiro do Sul, o maior símbolo da pátria brasileira, no peito.
Nos anos 50, a equipe lançou sua tradicional camisa branca, acompanhada de calção azul e meias brancas, para jogos noturnos, tática que beneficiaria a identificação dos jogadores nos acanhados – e pouco iluminados – estádios brasileiros da época. Em 1956, o clube inovou com uma camisa listrada na horizontal em azul e branco, utilizada poucas vezes, mas foi em 1959 que o Cruzeiro adotou a camisa totalmente azul apenas com as estrelas como escudo, padrão que inspirou fases douradas da equipe nos anos 60 e 70.
Os anos se passaram e poucas mudanças ocorreram no uniforme da Raposa, a não ser pela entrada de patrocinadores nos anos 80 e tradicionais camisas cheias de desenhos geométricos ou brilhantes nos anos 90, como a camisa azul cheia de detalhes utilizada entre 1992 e 1996, e a camisa branca com vários tons de azul feita pela Finta, em 1996. Em 1997, ano de mais uma Libertadores do clube, o azul ganhou mais estrelas espalhadas pelo uniforme e a volta das golas na cor branca. Em 1998, o clube começou a usar o escudo no lugar das estrelas no peito, algo que se tornaria padrão a partir dos anos 2000, época da Tríplice Coroa.
Desde então, o Cruzeiro segue tradicional e só deixa a inovação para os terceiros uniformes, que vez ou outra são na cor amarela ou verde.[71]
Material esportivo
O material esportivo do Cruzeiro já foi fornecido por diversas empresas. Abaixo encontra-se uma lista delas com seus respectivos anos.
·         Topper (19841985)
·         Adidas (19861989)
·         Finta (19901996)    
·         Rhumell (19971998)
·         Topper (19982005)
·         Puma (20062008)   
·         Reebok (20092011)
·         Olympikus (20122014)
·                                Penalty (2015–atualmente)
Uniformes
AS CAMISAS DO CRUZEIRO

Uniformes dos jogadores
  • 1º - Camisa azul, calção branco e meias azuis;
  • 2º - Camisa branca, calção azul e meias brancas.
  • 3º - Camisa azul, calção branco e meias azuis

Maiores artilheiros
Jogadores com mais gols
* Jogadores que fizeram mais de 50 gols
Goleadores
Pos.         Atleta        Gols Pos.  Atleta       Gols    Pos.     Atleta  Gols                           
Tostão    249 Gol marcado    13º    Nelinho 105 Gol marcado  25º       Dirceu 72 Gol marcado                                       
Dirceu Lopes       223 Gol marcado        14º Tostão II  97 Gol marcado 26º Hamilton 71 Gol marcado                        
Niginho  207 Gol marcado    15º    Pelau    94 Gol marcado     27º       Natal   71 Gol marcado                                      
Bengala  168 Gol marcado    16º    Sabu    90 Gol marcado     28º       Seixas  65 Gol marcado                                       
Ninão 167 Gol marcado         17º    Cleison 87 Gol marcado     29º       Alex    64 Gol marcado                                       
Marcelo Ramos  162 Gol marcado 18º  Guerino 86 Gol marcado 30º Elmo   64 Gol marcado                                       
Palhinha 145 Gol marcado    19º    Orlando Fantoni 84 Gol marcado 31º Roberto César 64 Gol marcado                   
8º Alcides lemos      144 Gol marcado        20º Zé Carlos       83 Gol marcado     32º Carlinhos 60 Gol marcado   
Joãozinho   118 Gol marcado    21º Abelardo        82 Gol marcado    33º       Áureo 58 Gol marcado                                       
10º Raimundinho    112 Gol marcado 22º  Mauro      79 Gol marcado    34º Ronaldo   56 Gol marcado                           
11º Roberto Batata 110 Gol marcado 23º  Fábio Júnior 79 Gol marcado 35º    Edmar 55 Gol marcado                          
12º Evaldo  108 Gol marcado    24º    Wellington Paulista    78 Gol marcado     36º Fred         55 Gol marcado                                                  

 IDOLOS: TOSTAO, RONALDO, ALEX, SORÍN, WAGNER, FABIO, MONTILLO E WALLYSON 
Jogadores que mais atuaram
* Jogadores que atuaram em mais de 245 jogos
Mais Jogos
Pos.       Atleta           Jogos         Pos.   Atleta Jogos         Pos.     Atleta  Jogos  Pos.     Atleta  Jogos             
Fábio     672          16º    Pedro Paulo   393 31º Alcides Lemos           289      46º       Natal   247                 
Zé Carlos  633     17º    Douglas    390     32º  Sabu   287                                                    
Dirceu Lopes        610    18º   Nonato   388 33º Roberto Batata         285                                                    
Piazza    566          19º    Tostão  373    34º Guerino   284                                                    
Raul 549    20º      Marcelo Ramos 360     35º  Cleison           283                                                    
6º Eduardo    544     21º    Geraldo II      354 36º Édson 281                                                    
7º Vanderlei  538     22º    Raimundinho      344 37º       Luiz Fernando          273                                             
Joãozinho  485     23º    Hilton Oliveira    330 38º       Morais            264                                                    
Palhinha    457     24º    Eduardo   311     39º  Paulo César   263                                                    
10º         Ademir        442    25º   Henrique     305 40º       Cris     263                                                    
11º         Ricardinho  440    26º   Zezinho Figueroa         305      41º       Niginho          259                                           
12º         Vavá 411     27º    Dida 304    42º Luís Cosme    257                                                    
13º         Nelinho        410    28º   Carlinhos Sabiá            302      43º       Neco   251                                             
14º         Adelino        409    29º   Balu  299     44º  Célio Lúcio    249                                                    
15º         Darci           402    30º   Evaldo   294 45º Bengala          248                                                    

Maiores treinadores
Treinadores
Pos.  Treinador Jogos  Pos.  Treinador Jogos  Pos.  Treinador     Jogos                    
1º      Ilton Chaves        362   6º               Ênio Andrade                  187      11º Bengala 128                                                                             
2º      Levir Culpi          257   7ª               Orlando Fantoni              172      12º Carlos Alberto Silva   121                                                                                  
3º      Niginho     247     8º      Adilson Batista    170   13º                 Gérson Santos  118                                                                                  
4º      Airton Moreira   200   9º               Marcelo Oliveira              168      14º Vanderlei Luxemburgo         114                                                                                            
5º      Matturio Fabbi   190   10º             Zezé Moreira                    131      15º Iustrich 105                                                                             
Presidentes
Presidentes
Pos.    Presidentes Títulos                                                                                            
                                Futebol   Esportes Especializados  Total                                       
1º        Zezé Perrella              80                     207      287                                               
2º        Alvimar Perrella       52                     12        64                                                 
3º        Felicio Brandi            54                     0          54                                                 
4º        Gilvan Tavares          10                     11        21                                                 
3º        Benito Masci              13                     0          13                                                 
6º        César Masci               11                     1          12                                                 
Este ranking contempla os títulos conquistados na gestão de cada presidente:
  • Os títulos no futebol levam em consideração as equipes profissional e de base;
  • Os títulos em esportes especializados levam em consideração todas as modalidades disputadas pelo clube, que não o futebol, em todas as suas respectivas categorias

ESCUDOS DO CRUZEIRO


Estrutura
O complexo estrutural do clube é o maior e mais moderno de Minas Gerais e um dos mais modernos do Brasil e da América Latina.Com menos de cem anos de vida, o Cruzeiro dispõe de dois centros de treinamentos (um para os jogadores profissionais e um para as categorias de base), uma sede administrativa e os complexos esportivos (sede urbana e sede campestre).[72]
Toca da Raposa I
CENTRO DE TREINAMENTO : "TOCA DA RAPOSA" USADO MUITAS VEZES PELA SELECAO BRASILEIRA

Toca da Raposa I Inaugurada na gestão de Felicio Brandi, até 2002 servia como centro de treinamento da equipe profissional. Hoje em dia é dedicada exclusivamente às divisões de base. A Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 1982 escolheu o CT para se preparar e se concentrar antes de embarcar para a Espanha, devido à sua modernidade e estrutura. O local de conta com quatro campos de treinamento, sendo um de grama sintética, piscina, academia, departamentos médico, odontológico e de nutrição, escritórios administrativos, biblioteca, refeitório, auditório e sala de vídeo, alojamentos e vestiários, um moderno hotel para o programa de intercâmbios e uma escola com ensino fundamental e médio para viabilizar a formação educacional dos atletas.
Toca da Raposa II
Toca da Raposa II: Inaugurada em 2002, e direcionada exclusivamente para os jogadores profissionais, considerada como uma das mais modernas estruturas de futebol de todo o mundo. A área total da Toca II é de 83 mil metros quadrados, com 4,2 mil metros quadrados de espaço edificado. Neste espaço encontram-se quatro campos de treinamento, piscina térmica, quadra poliesportiva, solarium, restaurante, hotel com 26 apartamentos, salão de jogos, sala de cinema, escritórios administrativos, além de modernos departamentos de nutrição e médico, composto por consultórios de clínica geral, ortopedia, odontologia, fisioterapia, fisiologia e sala de raio X.
Sede administrativa
Inaugurado em 5 de agosto de 2003, o prédio localizado no Barro Preto ocupa uma área de 4300 m². O edifício possui oito andares, que abrigam todos os setores administrativos do clube. Projetado pelo arquiteto Fernando Oliveira Graça, o prédio é todo revestido de vidro azul laminado, espelhado, ajustado a uma torre de circulação vertical revestida em porcelanato branco. A sede destaca as cores oficiais do clube. Sua estrutura física abriga uma garagem coberta para 54 veículos e um hall para os serviços de atendimento aos sócios. Do quarto ao sexto andares, funcionam os setores de Relações Públicas, Marketing, Tecnologia, Superintendências, Gerência Administrativa, Departamento de Pessoal, Contabilidade, Financeiro, Compras e Cobranças. No sétimo andar, estão instalados os gabinetes do presidente, dos vice-presidentes, sala de reuniões e sala da Presidência do Conselho. No oitavo andar, fica a sala de reuniões do Conselho Deliberativo e área de treinamento pessoal.
Sede campestre
Ocupa um terreno de 60 mil metros quadrados na região da Pampulha. As obras foram concluídas no final da década de 1970. Hoje, a Sede Campestre do Cruzeiro é um complexo esportivo com sete piscinas, 6 quadras de futebol de salão e basquete, um campo de futebol society com grama sintética, 3 quadras de vôlei, 14 quadras de peteca, dois campos de futebol com dimensões menores, também com gramado sintético, ginásio, canchas de bocha, pistas de boliche, salão de jogos, sauna, bares, restaurantes, salão de festas e estacionamento. O associado conta, ainda, com um centro de recuperação física.
Sede urbana
O espaço de lazer - Parque Esportivo Barro Preto - foi inaugurado em 1985 durante a administração Benito Masci. Nasceu em um local histórico, o estádio Juscelino Kubitschek, onde no passado o Cruzeiro alcançou suas primeiras conquistas. Pela localização privilegiada, o número de associados foi aumentando durante os anos. Hoje, a estrutura conta com três piscinas semi-olímpicas, sendo duas com aquecimento, três piscinas infantis, quatro quadras poliesportivas, sete quadras de peteca, restaurante e um ginásio coberto. Na administração Alvimar de Oliveira Costa, que se iniciou em 2003, o complexo passa por uma reforma para oferecer maior conforto aos freqüentadores.
Ídolos
ESTRELAS CRUZEIRENSES

Alguns jogadores que se destacaram na história do clube:
Abelardo - atacante - 1946/1949, 1952, 1956/1957
Ademir - volante - 1986/91, 1993/95
Alex - meio campo - 2001, 2003/04
Aristizábal - atacante - 2003 - disputou as Copas de 1994 e 1998 pela Colômbia
Bengala - atacante - 1927/1939
Boiadeiro - meio campo - 1991/93
Cris - zagueiro - 1999/2004 - atualmente está sem clube - disputou a Copa de 2006 pelo Brasil
Dida - goleiro - 1994/98 - atualmente está sem clube - disputou as Copas de 1998, 2002 e 2006 pelo Brasil
Dirceu Lopes - meio campo - 1964/76
Douglas - volante - 1981/87 - 1992/94
Edu Dracena - zagueiro - 2003/06 - atualmente no Palmeiras
Evaldo - atacante - 1966/1971
Fontana - zagueiro - 1969/1972 - disputou a Copa de 1970 pelo Brasil
Fábio - goleiro - 2005/atualmente no Cruzeiro - disputou a Copa América 2004 pelo Brasil
Fábio Júnior - Atacante atualmente no Villa Nova
Fabrício - volante - 2008/2011 - atualmente está sem clube
Fred - atacante - 2004/2005 - atualmente no Fluminense - disputou as Copas de 2006 e 2014 pelo Brasil
Gomes - goleiro - 2001/2004 - atualmente no Watford - disputou a Copa de 2010
Geovanni - meia atacante - 1997/2001, 2006/2007
Jairzinho - atacante - 1976 - disputou as Copas de 1966, 1970 e 1974 pelo Brasil
Joãozinho - ponta esquerda - 1972/86
Luisão - zagueiro - atualmente no Benfica - disputou a Copa de 2006 pelo Brasil Marcelo Ramos - atacante
Natal - ponta direita - 1964/71                      
Nelinho - lateral direito - 1973/82 - disputou as Copas de 1974 e 1978 pelo Brasil
Niginho - atacante - 1929/32, 1935/36, 1939/47 - disputou a Copa de 1938 pelo Brasil
Ninão - atacante - 1923/1930, 1935/1938
Nininho - lateral esquerdo - disputou a Copa de 1934
Nonato - lateral esquerdo - 1990/97
Palhinha - atacante - 1968/76, 1983/84
Palhinha - meio campo - 1996/97
Roberto Perfumo - zagueiro - 1971/1975 - disputou as Copas de 1966 e 1974 pela Argentina
Piazza - meio campo - 1964/77 - disputou as Copas de 1970 e 1974 pelo Brasil
Procópio - zagueiro - 1959/61, 1966/68, 1973/74
Raul Plasmann - goleiro - 1966/78
Ricardinho - volante - 1994/2002, 2007
Revétria - atacante - 1977/1978
Roberto Batata - atacante - 1971/1976,
Roberto Gaúcho - meio campo - 1992/96
Sorín - lateral esquerdo - 2000/2002, 2004, 2009 (último ano da carreira) - disputou as Copas de 2002 e 2006 pela Argentina
Tostão - atacante - 1963/72 - disputou as Copas de 1966 e 1970 pelo Brasil
·         Zé Carlos - meio campo - 1966/77


      TIMES DOS SONHOS DO CRUZEIRO- CRUZEIRO DE TODOS OS TEMPOS-   CRUZEIRO IDEAL




Zé Carlos, Nelinho, Procópio, Raul, Perfumo e Sorín, Tostão, Palhinha, Dirceu Lopes e Joãozinho.

TIME FEITO EM 1982




Rivalidades
Os principais rivais do Cruzeiro a nível estadual são o Atlético-MG, com quem disputa o Superclássico Mineiro, o América-MG, com quem disputa o Coelho versus Raposa, e o Villa Nova, com quem disputa o clássico Raposa versus Leão. A nível nacional são importantes os confrontos com o Palmeiras, Grêmio, São Paulo e Corinthians.
Recordes e façanhas históricas
  • Único clube brasileiro a conquistar a Tríplice Coroa nacional, quando ganhou no mesmo ano de 2003, o Campeonato Estadual e as duas principais competições do país: a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro.
  • Primeiro clube mineiro a sagrar-se Campeão Brasileiro (1966), Bicampeão Brasileiro (2003), Tricampeão Brasileiro (2013) e Tetracampeão Brasileiro (2014) - O primeiro Campeão Brasileiro foi o Esporte Clube Bahia em 1959, ao conquistar a primeira edição da Taça Brasil, torneio nacional reconhecido em dezembro de 2010 pela CBF como "Campeonato Brasileiro".
  • Único clube a derrotar todos os adversários, pelo menos uma vez no Campeonato Brasileiro. Tal façanha ocorreu no ano de 2013.
  • Juntamente com São Paulo, o Cruzeiro é o clube que conquistou o Campeonato Brasileiro com a maior antecipação da era dos pontos corridos. No ano de 2013, foi campeão com quatro rodadas de antecedência.
  • Clube com recorde de pontos e vitórias em uma edição de pontos corridos com 20 participantes.[73]
  • Primeiro clube mineiro a sagrar-se Campeão da Taça Libertadores (1976) e Bicampeão (1997)
  • Primeiro clube Brasileiro a sagrar-se Bicampeão da Supercopa dos Campeões da América (1991)(1992)
  • Primeiro clube Brasileiro a sagrar-se Campeão da Copa Ouro (1995)
  • Primeiro clube Brasileiro a sagrar-se Campeão da Copa Master (1995)
  • Primeiro clube mineiro a sagrar-se Campeão da Recopa (1997)
  • Primeiro clube mineiro a sagrar-se Campeão e Tetracampeão da Copa do Brasil (1993/1996/2000/2003)
  • Único time brasileiro a conquistar pelo menos um título por ano durante quinze anos consecutivos (1990-2004). Esta façanha até então só havia sido alcançada por grandes clubes europeus, como Real Madrid e Manchester United.
  • Primeiro clube a vencer o Campeonato Brasileiro de Futebol no modelo de pontos corridos e o único a atingir a marca de cem pontos, sendo assim o maior pontuador da história em uma edição.
  • Juntamente com Flamengo, São Paulo e Internacional, o Cruzeiro é um dos quatro clubes que disputaram todas as edições do Campeonato Brasileiro na Série A.
  • Juntamente com Grêmio e Palmeiras, é o segundo clube brasileiro que mais participou da Copa Libertadores da América, com 15 presenças, jamais sendo eliminado da fase de grupos.[74]
  • Maior vencedor da Copa do Brasil juntamente com o Grêmio, com quatro conquistas.
  • Maior média de público na história de um torneio na história do futebol: 73 mil pagantes por jogo na Supercopa de 1992.[carece de fontes]
  • Segundo maior público de uma final de Taça Libertadores da América: 95 472 pessoas na partida contra o Sporting Cristal, em 1997. O recorde é a final entre São Paulo F.C 1 x 0 News Old Boys, com 105 185 pagantes em 1992.
  • Segundo maior público pagante numa final de Copa do Brasil: 85 841 pessoas na partida contra o São Paulo, em 2000, atrás apenas de Botafogo 0 a 0 Juventude, em 1999, que teve 101 581 presentes (90 217 pagantes).
  • Recorde absoluto de público presente em uma partida no Mineirão, 132 834 pessoas na partida contra o Villa Nova/MG realizada em 22 de junho de 1997.
  • Em 1984 o Cruzeiro ficou com a posse definitiva da Taça Minas Gerais (instituída pela Federação Mineira em 1973) por tê-la conquistado três vezes consecutivas.
  • No dia 12 de outubro de 2009 o Cruzeiro completou 1.000 jogos pelo Campeonato Brasileiro da Série A, sendo o primeiro clube de Minas Gerais a conseguir tal façanha.
  • Melhor time brasileiro do século XX e o 4° melhor da América Latina de acordo com a Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS).

O GRANDE CRUZEIRO


REVISTA CRUZEIRO


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