O Campeonato
Amazonense de Futebol é a competição organizada pela Federação
Amazonense de Futebol
para disputa do título de campeão estadual entre os clubes profissionais da
modalidade no estado Amazonas. É disputado
desde 1914, sendo que foi amador até 1963, tornando-se profissional a partir de
1964, e em 1967 passou a ser organizado pela FAF. É através deste
que se definem os representantes amazonenses nos torneios nacionais como Copa Verde, Copa do Brasil
de Futebol
e Campeonato
Brasileiro de Futebol - Série D.
RIO AMAZONAS
MANAUS
História do
Campeonato Amazonense
O futebol
chegou no Amazonas entre o final do século XIX e os primeiros anos do século
XX, sendo que, em Manaus, era praticado basicamente por
ingleses. Os primeiros clubes de Manaus surgiram ainda no inicio do século,
sendo que recentemente foi descoberto por um pesquisador local aquele que pode
ser o primeiro clube fundado no estado, o Racing Club Amazonense, em 13 de Maio de 1906. A
existência desse e de outros clubes antes de 1914 mostra que o futebol no
Amazonas surgiu bem antes do primeiro torneio estadual em 1914.
O
campeonato só foi realizado pela primeira vez quase dez anos depois, já sem a
existência do Racing. Era composta por cinco clubes principais e mais três ou
cinco que integrariam a segunda divisão. Nessa época, o Manaos Athletic Club se orgulhava de ser composto
unicamente por britânicos e se consideravam "Os imbatíveis". Neste
mesmo período, o desenvolvimento do esporte foi chamando a atenção da elite
jovem desportista da cidade.
Os jogos
eram realizados nas praças públicas e no bosque municipal, geralmente
acontecendo no final da tarde. O "horário nobre" dos jogos era às
16h30, quando os clubes chamados de "primeiros teams" se enfrentavam
. Já nos demais horários, se enfrentavam os clubes dos segundos e terceiros
"teams". Em alguns casos, os clubes dos teams adjacentes se
enfrentavam em horários das 5h da manhã.
As praças
e bosques públicos podiam ser requeridos junto à Intendência Municipal pelos
clubes, e foi isso que o recém-fundado Athletic Rio Negro Club fez para ter direito a atual Praça da Saudade,
onde fazia seus treinos, mandava seus jogos e eventualmente cedia para outros
clubes. Nesta época as temporadas duravam quatro meses e não eram consideradas
oficiais.
Por volta
da década de 10, times como o Manaos A.C. já eram raros, o público
interessado pelo futebol era crescente, e o esporte já era divulgado nos
jornais locais. O número de equipes era também muito grande, e logo foi
considerado o fato de ser necessário um torneio oficial no estado. Por isso, em
10 de janeiro de 1914 foi fundada a Liga Amazonense de Football, para gerenciar
o Campeonato Amazonense de Futebol que teria sua primeira edição no mesmo ano.
De 1914 a 1963, período
do amadorismo, muitos clubes surgiam e desapareciam, clubes outrora
tradicionais e também os ligados à colônias estrangeiras hoje completam décadas
afastados do futebol. Casos como o da União
Esportiva Portuguesa, que
extinguiu-se completamente pouco tempo atrás, afastado do futebol desde a
década de 50 e representante dos portugueses, nascido da fusão de dois clubes
lusos, um deles o Club Vasco da Gama, que participou do primeiro
torneio estadual em 1914. Nesse tempo, surgiam as maiores
rivalidades do futebol do estado, das desavenças e brigas pelas taças a partir
dos anos 20, surgia o Clássico Rio-Nal e de um importante cisão nos
anos 30 o Pai e
Filho entre
Nacional e Fast, que seria ao lado do Nacional a grande força do amadorismo
depois do afastamento do Rio Negro, até os anos 70.
Daí em diante
o futebol do Amazonas só cresceu, e teve seus anos
áureos no período da década de 60 a meados do final da década de 80, com médias
de público entre as melhores fora do eixo Sul-Sudeste. Os dias de Rio-Nal eram sinônimos de casa cheia, jogadores de renome
sempre se apresentavam no estado. Além de Nacional e Rio Negro, clubes
como Fast Clube e Olímpico Clube também tinham números expressivos de torcedores.
O maior
palco do futebol amazonense foi o Estádio Vivaldo Lima, que foi demolido para dar lugar
a Arena da Amazônia. Neste estádio foram vistos
grandes públicos, histórias foram feitas e estórias propagadas. O futebol
amazonense começou a decadência no final dos anos 80, com a criação do Clube dos 13 e o início da chamada "Era Dissica", que
perdura por mais de 20 anos e tem como principal marca o afastamento do público
dos estádios e a decadência do apoio aos atletas locais, o que tornou o nível
técnico do campeonato piorado, cheio de goleadas gigantescas, afastamento de
clubes tradicionais.
No ano de
1980, participaram pela primeira vez clubes do interior
do estado, estes eram Penarol de Itacoatiara e Olaria de Humaitá, em 1995 o Princesa do Solimões de Manacapuru foi o primeiro a ser finalista
do torneio e dez anos mais tarde, em 2005 o Grêmio
Coariense foi o
primeiro clube fora de Manaus a ser campeão.
O
Campeonato Amazonense de futebol foi o segundo a ser disputado na
Região Norte na modalidade. A primeira edição foi disputada em 1914 por
cinco equipes de Manaus, sendo organizada pela Liga
Amazonense de Foot-Ball. Nacional e Rio Negro, ambos
da capital, são os únicos times ainda ativos que disputaram aquela primeira
edição do campeonato.
O
campeonato foi organizado pelas seguintes entidades:
- Liga Amazonense de Foot-Ball
(LAFB) - 1914 a 1915
- Liga Amazonense de Sports
Athléticos (LASA) - 1916
- Federação Amazonense de
Desportos Athléticos (FADA) - 1917 a 1965
- Federação Amazonense de
Futebol (FAF) - 1966 até os dias atuais.
Profissionalismo
Em 1964, o
Campeonato Amazonense tornou-se profissional, apesar de antes dessa data os
clubes já pagarem os chamados "bichos" e fazerem contrato e compra de
jogadores. O número de clubes aptos a participar do Campeonato caiu
grotescamente de mais de 20 filiados para 7 clubes, destes mais de 20 clubes,
cerca de 12 nunca mais participaram do Campeonato Amazonense.
Na época
do amadorismo o futebol de Manaus tinha bons públicos e excelentes rendas, mas
os bons jogadores acabavam por desistir da carreira ou ir para outros centros
pela falta de apoio, e mesmo depois do profissionalismo, a maioria dos pequenos
clubes do estado contratava o jogador em troca de empregos extra-esportivos em
alguma empresa parceira.
Com o
profissionalismo o futebol do Amazonas cresceu gradualmente, era um dos mais organizados
das Regiões Norte e Nordeste e sempre alternadamente com o Pará tinha as
melhores médias de público do Norte e Meio Norte (região que compreende aos
estados do Maranhão e Piauí). Na época, Manaus e Belém tinham o mesmo contingente
populacional. Os clubes começavam a se sustentar de rendas e criar patrimônios,
e por este motivo foi construído o Estádio Vivaldo Lima, que fora o maior palco das
grandes glórias do futebol "baré".
FAF
A FAF foi
fundada em 1966 com o intuito de gerir o futebol do estado, sua
fundação fora motivada pela briga entre a ACLEA (Associação dos Cronistas e
Locutores Esportivos do Amazonas) e a antiga FADA. A FAF organizou bastante o
futebol amazonense, nos seus primeiros anos a entidade teve prestigio inclusive
de trazer a Seleção Brasileira para inaugurar o Vivaldão. A trajetória mais
marcante foi no tempo de Flaviano Limongi, que realmente obteve conquistas
memoráveis para o futebol local.
Nos
últimos vinte anos o futebol amazonense entrou em decadência, tempo que
coincide com o início da atual gestão da FAF. Isso é visto por muitos como um
dos motivos de tamanha decadência. Há anos a entidade vem sendo suspeita de
alterar os borderôs e "engolir" rendas, além de administração
fraudulenta e crimes fiscais.
ACPEA
Em 2014, 100
anos depois do primeiro campeonato estadual, os clubes profissionais do Amazonas se uniram para fundar aquela que na teoria seria
uma associação para resgatar o prestigio do futebol Amazonense, apenas na
teoria. A Associação dos Clubes Profissionais do Estado do Amazonas promoveu a
Copa Amazonas de 2015 e levou o estadual de 2016 para o
segundo semestre, o que não acontecia no estado há muitos anos, deixando o
Amazonas completamente desalinhado ao calendário nacional.
- De 1914 a 1963 o Campeonato
foi disputado no regime amador.
- De 1964 em diante foram
disputados campeonatos do regime profissional
Clube Cidade Títulos
Nacional Manaus 43 (1916, 1917, 1918, 1919, 1920, 1922, 1923, 1933, 1936, 1937, 1939, 1941, 1942, 1945, 1946, 1950, 1957, 1963, 1964, 1968, 1969, 1972, 1974, 1976, 1977, 1978, 1979, 1980, 1981, 1983, 1984, 1985, 1986, 1991, 1995, 1996, 2000, 2002, 2003, 2007, 2012, 2014, 2015)
Rio Negro Manaus 17
(1921, 1926, 1927, 1931, 1932, 1938, 1940, 1943, 1962, 1965, 1975, 1982, 1987, 1988, 1989, 1990, 2001)
- Até 2005, apenas Manaus tinha se consagrada campeão com seus clubes.
- Em 2005, o município de Coari (hoje com cerca de 78 mil habitantes) entrou
na lista de cidades campeãs, quebrando um tabu com o Coariese.
- Em 2011, a cidade de Itacoatiara foi a primeira do interior a se sagrar
bicampeã estadual, com o Penarol.
- O Fast Clube mandou seus jogos em Tefé, Itacoatiara, e, recentemente em Manaquiri. Como é um clube fundado e sediado em Manaus, as suas participações contam nas
estatísticas de Manaus.
Clube
|
Títulos
|
Vices
|
Terceiro
|
Quarto
|
- 01° - 31 pontos exatos para
o campeão
- 02° - 21 pontos exatos para
o vice-campeão
- 03° - 11 pontos exatos para
o terceiro colocado
- 04° - 8 pontos exatos para o
4 colocado
- 05° - 5 pontos exatos para o
5° colocado
- 06° - 2 pontos exatos para o
6° colocado
- 07°... - 1 ponto
- Último - 0, independente do
número de clubes, o último colocado sempre ficaria sem pontos.
P Clube Pontos Partipações Média
Artilheiros
Artilheiros do Campeonato Amazonense de Futebol
|
|||
Ano Artilheiro Clube Gols
Santarém
Clássicos do
Campeonato Amazonense
ESTADIO DE MANAUS
- Rio-Nal, clássico em que os maiores campeões do
Amazonas se enfrentam, Rio Negro e Nacional. É o clássico que registra a
maior sequência de grandes públicos do futebol amazonense, é também o mais
antigo em disputa na Região Norte.
- Pai-Filho, protagonizado pelo Fast e pelo Nacional,
onde o filho (Fast Clube) enfrenta o pai (Nacional), o clássico recebe
esta denominação pelo Fast ter sido fundado por dissidentes do Nacional.
Clássico ganhou grande atenção após o afastamento do Rio Negro e na década de 70.
- Rio-Fas, é o clássico onde Rio Negro e Fast se
enfrentam, a rivalidade era grande no passado, hoje tem se amornado mais
devida a má fase do clube alvinegro.
- Galo Preto, disputado pelos vizinhos São Raimundo e Sul América, leva o nome pelos famosos rituais que eram feitos antes dos confrontos.
Classico re pa Edgar Proença, nome do Mangueirão; Rubilar, ex-remador autor do primeiro gol; e Hélio, artilheiro do clássico.
Jogos de
destaque atual
Erroneamente
e costumeiramente, os veículos de informação do Amazonas trata qualquer jogo entre clubes que lideram a
tabela ou campeões recentemente como clássico.
- Nacional x São Raimundo, o
confronto já recebeu o nome de Clássico Azul, porém a rivalidade entre os
dois clubes nunca foi forte e é muito recente. Chamar o confronto de
clássico foi um certo esforço da imprensa local amazonense em por o
confronto em evidencia.
- Rio Negro x São Raimundo, já
chamado de "Clássico da Luta" o confronto decidiu grandes finais
no final dos anos 90. Apesar do bom retrospecto
do São Raimundo nos últimos anos, o clube da colina nunca foi visto com
rivalidade pela torcida barriga-preta.
- Operário x Princesa, o
confronto foi disputado pela primeira vez no campeonato amazonense de
2011. Os clubes ainda não exercem a rivalidade de um clássico, porém
recebeu grande destaque pelo fato de ambos serem do município de
Manacapuru, o que lhes concederia o termo "Derby" muito
utilizado no futebol quando se trata de confrontos municipais.
- Clássico dos Leões(Nacional x Penarol), o confronto não é um clássico, novamente a imprensa local tentando por o confronto em evidencia pelo simples fato dos dois clubes terem características muito parecidas e também por serem equivalentemente competitivos nas ultimas temporadas.
FESTA DE PARINTINS
O
Campeonato Amazonense de
Futebol da Segunda Divisão
Futebol da Segunda Divisão
Começou a ser disputado junto com a criação do
estadual em 1914, devia-se ao fato dos clubes terem dois times ou
clubes "novos" não terem prestigio pra jogar a Liga principal. A
segunda divisão existiu por grande parte do amadorismo quando o campeonato
estadual do Amazonas, em seu ápice, possuía um grande
número de clubes participando. Chegou-se ao numero de mais de vinte(20) clubes
filiados a FADA. Com o intuito de prestigiar a primeira divisão, foi promovida
a divisão, além dos "Segundos Quadros" dos clubes da primeira
divisão, muitos clubes de bairro participaram do torneio até a sua extinção
antes do profissionalismo.
·
Com a instalação
do profissionalismo, muitos clubes não tiveram condições de continuar e se
desfiliaram, e o baixo número de equipes profissionais em atividade, o
campeonato da segunda divisão amazonense deixou de ser disputado. Em 2007, 45 anos
depois do fim do torneio, o campeonato passou a ser disputado novamente, usando
do sistema de acesso e rebaixamento. Em 2014a Série B
foi novamente inativada.
·
A segunda
divisão do Campeonato Amazonense teve sua origem em 1914, disputada com os
mesmos clubes da primeira divisão, só que estes jogavam com os times
"B", ou "segundos quadros" como era comum na época, a
disputa durou bastante tempo, a maior prova disso é que clubes tradicionais que
ingressavam após os dois primeiros torneios, só chegavam à primeira divisão
depois de disputar o "Segundo Escalão". Um exemplo é o Fast Clube fundado em 1930, que ganhou a
segunda divisão em 1931 e estreou na divisão principal
em 1932. Porém, poucos registros existem deste período.
·
Em 1958 a
divisão foi formulada oficialmente para clubes de menor condição que inchavam a
primeira divisão de W.O. por não terem condições de bater de frente com os mais
fortes da época. A segunda divisão durou até 1962 quando o amadorismo já estava
acabando e os clube já tinham de pagar pequenos salários e bichos a seus
jogadores.
·
Em 2007 a
segunda divisão foi recriada e com ela se profissionalizaram novos clubes,
porém, seus públicos ainda eram muito pequenos, com a presença do time B do Nacional, que
chegou à final com determinada facilidade, enfrentando o Holanda, mas acabou perdendo o título, e
como o clube não poderia receber a vaga do acesso, repassou-a ao CEPE.
·
Diferentemente
do Nacional, o Rio Negro disputou
a segunda divisão como rebaixado da primeira divisão de 2008, disputou no mesmo
ano e foi campeão dos dois turnos, na edição que contava ainda com o Penarol e o time B do São Raimundo. O
clube alvinegro voltaria a disputar em 2010 chegando ao acesso e
vice-campeonato, após vencer o segundo turno e perder a final para o Operário.
Em 2014 a história se repetiu e o Galo da Praça da Saudade, após vencer o
primeiro turno e perder o segundo, perde para o Operário e é vice campeão da
Segundona do Barezão. Em 2015 é anunciada a extinção(ou melhor, a inativação
por tempo indeterminado) da Série B do Campeonato Amazonense, dando lugar à Copa
Amazonas de Futebol e com a
Primeira Divisão contando com 15 times.[1]
Títulos Por
Clube
Clube Títulos
Manaos Sporting 2
(1914 e 1915)
Rio Negro 2 (1917 e 2008)
América 2 (1960 e 1962)
Operário 2
(2010) e 2014)
Internacional 1
(1957)
Guarani 1
(1958)
Estrela do Norte 1
(1959)
Labor 1
(1961)
Holanda 1
(2007)
Manaus Compensão 1
(2009)
CDC Manicoré 1 (2011)
Manaus 1
(2013)
CLUBES DO AMAZONAS
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