O Brasília Futebol Clube, ou
simplesmente Brasília, é um clube de
futebol brasileiro,
sediado na cidade de Brasília, no Distrito Federal. Foi fundado em 2 de junho
de 1975,
sob o nome de Brasília Esporte Clube e tornou-se um dos primeiros
clubes-empresa do Brasil, em 8 de novembro
de 1999,
passando a se chamar Brasília Futebol Clube. Suas cores são o vermelho e o
branco, motivo pelo qual também é conhecido como Colorado.
É o clube de futebol profissional
mais antigo em atividade no Distrito Federal, sendo o time do Distrito Federal que mais vezes disputou a
1ª Divisão do Campeonato Brasileiro
com sete participações (1977, 1978, 1979, 1981, 1983, 1984 e 1985). Seus principais
títulos são 1 Copa Verde (2014) e 8 Campeonatos Brasilienses.
Nome Brasília
Futebol Clube
Alcunhas Colorado Candango
Torcedor/Adepto Colorado
Mascote Avião
Fundação
O início
da história do Brasília[1] coincide com o começo da profissionalização do
futebol no Distrito Federal. O futebol na cidade de Brasília vem desde sua construção, quando trabalhadores e
operários das construtoras começaram a formar times que levavam os nomes das
próprias construtoras, como, por exemplo, o Defelê, do Departamento de Força e Luz.
Essas equipes foram disputando campeonatos amadores ao longo dos anos, dado que não havia organização
necessária para a profissionalização do futebol, pois várias equipes eram
extintas à medida que as construtoras deixavam a cidade. Até houve uma
tentativa de profissionalização, quando foram organizados, simultaneamente,
campeonatos profissionais e amadores em 1964, 1965 e 1966, mas a
iniciativa acabou não dando certo e o futebol em Brasília voltou a ser amador.
Essa situação perdurou até 1976, quando o futebol candango se
profissionalizou de vez.
Com a
franca expansão do futebol brasiliense, os membros da Associação Comercial do
Distrito Federal, nos idos de 1969,
planejavam criar uma equipe de futebol, mas esbarravam no receio de a ideia não
dar certo, visto que o futebol local ainda era amador. Vendo que a iniciativa
do CEUB dera certo, sendo a primeira equipe do Distrito
Federal a participar do Campeonato Brasileiro, os empresários da ACDF decidiram, por fim, criar o Brasília Esporte
Clube.
No dia 2 de junho de 1975, numa
reunião na sede da Associação, os empresários, liderados por José da Silva
Neto, votaram o estatuto de criação e elegeram o próprio Silva Neto como
presidente do clube. Na discussão para a escolha das cores do recém-fundado
clube, o ex-dentista da Seleção Brasileira nas Copas de 58 e 62, Mário Trigo, sugeriu que fossem
adotados as cores vermelha e branca, em alusão ao tradicional America do Rio de Janeiro, sugestão essa que foi prontamente acolhida
Apogeu e crise
O
Brasília, mantido pela Associação Comercial do Distrito Federal, manteve a
hegemonia no futebol local, ganhando oito títulos entre 1976 e 1987, recorde
somente superado nos anos 2000 pelo Gama. Foi também o mais frequente
representante do Distrito Federal no Campeonato Brasileiro, com sete
participações na primeira divisão nacional, numa época em que todos os campeões
estaduais tinham vaga assegurada na elite.
No final
dos anos 90, em crise e se aproveitando da Lei Pelé, tornou-se o primeiro
clube-empresa totalmente privado do Brasil. Um grupo de oito sócios liderados
pelo médico Ênio Marques fundou a empresa Brasília Promoções e Participações
Desportivas S/A e comprou, por preço simbólico, o departamento de futebol do
Brasília Esporte Clube, mudando seu nome para Brasília Futebol Clube. As
tradicionais cores vermelha e branca foram trocadas pelo verde, amarelo e azul,
com a justificativa de ter uma identidade maior com o Brasil.[2]
A nova
administração, no entanto, não obteve sucesso. Afundado em dívidas, o Brasília
acabou sendo rebaixado para a segunda divisão local em 2001. Cortando despesas,
o clube passou a ter a estrutura bancada pelo Gama, que cedeu seu elenco de
juniores, em preparação para a Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2002. O presidente do Gama, Wagner Marques,
ex-presidente do próprio Brasília, assumiu todos os custos e trocou as cores do
clube, resgatando as cores originais vermelha e branca. A parceria surtiu
efeito e o clube conseguiu reerguer-se e conquistar a segunda divisão estadual.
[2]
Após um
novo rebaixamento em 2002 e a não-participação no campeonato de 2005, o
Brasília chegou até a então terceira divisão do Distrito Federal em 2006.
Recuperando-se nas temporadas seguintes, chegou a um vice-campeonato em 2009.
Renascimento
Em 2011,
após um novo revés nos campos, o advogado Luis Carlos Alcoforado compra o
clube, dando início a um processo de valorização das categorias de base,
culminando com o título do Campeonato Brasiliense de Juniores de 2013 e com a
campanha na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2014, competição em que foi
eliminado nas oitavas de final, depois de disputa de pênaltis contra o São Paulo. Antes disso, havia eliminado o Botafogo, por 3 a 0. [3]
O time
principal conquistou o acesso em 2012 e foi campeão do primeiro turno do Campeonato Brasiliense de Futebol de 2013 (Taça JK), e teve o privilegio
de inaugurar o novo Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha na grande final daquele ano,
sendo vice-campeão.
Copa Verde
Em 2014, o clube se sagrou o primeiro campeão da Copa Verde, vencendo nas penalidades o Paysandu Sport Club.[4]
Ninguém
acreditava no Brasília, que a princípio era apenas figurante na competição. A
Copa Verde reuniu representantes dos estados das regiões Norte e Centro-Oeste, exceto Goiás, cuja Federação rejeitou a possibilidade de seus
times participarem do torneio. A Federação
Goiana não quis
alterar o calendário do seu campeonato
estadual para que
os times do estado participassem.[5] . A Copa reuniu também um representante do Espírito Santo.
O
Brasília enfrentou apenas campeões estaduais durante a competição e,
surpreendentemente, foi campeão logo no primeiro ano de disputa. O CENE do Mato Grosso do Sul foi o primeiro clube a ser
derrotado pelo Brasília. Em seguida, o Brasília passou em dois jogos
emocionantes pelo Cuiabá, o atual campeão mato-grossense
e que havia rebaixado na última rodada da Série C do ano anterior o rival do colorado, o Brasiliense, ao vencê-lo por 2x1 em pleno Estádio
Boca do Jacaré. O mesmo
Brasiliense enfrentou o Brasília nas semifinais. O jacaré, atual campeão
candango, venceu por 2x0 na ida, porém na volta o colorado se impôs e venceu
sem dificuldades o Brasiliense por 3x0. O jogo ficou marcado pela invasão de
campo da torcida do Brasiliense no fim do jogo, indignada pelo resultado e pela
má-fase que assombrava o time. [6]
Na
decisão, o Brasilia enfrentou o atual campeão paraense Paysandu que figurou como o principal
favorito ao título durante toda a competição. No primeiro jogo da final, em
Belém, com o Mangueirão quase lotado, o Brasília não se intimidou com o
estádio e se lançou ao ataque com rapidez. O Paysandu logo se deu conta que a
partida não seria tão fácil como os torcedores acreditavam, vencendo por apenas
2x1 e deixando a final aberta para o jogo de volta.
No jogo
com o público recorde do campeonato, mais de 50 mil torcedores foram ao estádio
da Copa do Mundo, o Mané Garrincha. Os
torcedores do Paysandu compareceram em peso à capital federal; cerca de 8 mil
torcedores viajaram para Brasília. Os outros 42 mil torcedores candangos
vibraram em um jogo que foi decidido nos pênaltis, após o Brasília vencer por
2x1 a partida no tempo normal. O artilheiro da Copa Verde, Lima, teve a chance de garantir o
título ao Paysandu, mas o goleiro Arthur salvou fazendo grande defesa, se
redimindo, já que nas quatro cobranças anteriores ele sequer havia chegado
perto de defender alguma. O Brasília venceu apenas na oitava cobrança,
garantindo o resultado de 7x6 nas penalidades. Na última cobrança, Fernando, do
Colorado, chutou no local onde o goleiro do Paysandu pulou, porém este espalmou
a bola no travessão que bateu e entrou, para delírio dos mais de 40 mil
torcedores do Colorado.
Com a
conquista, o Brasília também foi o primeiro time do Distrito Federal a
participar de uma competição de nível internacional, a Copa Sul-Americana
de 2015. Esta
final também simbolizou o maior público da história para um jogo de um time de
Brasília.
Porém, no
dia 28 de julho de 2014, o STJD retirou
o título do Brasília, devido à escalação irregular de quatro jogadores na final
do torneio, concedendo o título ao Paysandu.[7] No dia 1 de agosto, contudo, o Brasília conseguiu
um efeito suspensivo da decisão, retomando o título temporariamente.[8] A resolução final do caso seria julgada pelo
Tribunal Pleno do STJD no dia 14 de agosto, mas foi adiada por conta do mau
tempo. Finalmente, depois de muito tempo, o STJD
confirmou que o título e a vaga para a Copa
Sul-Americana de 2015 eram do
Brasília.
HISTORIA DOS ESCUDOS DO BRASILIA FUTEBOL CLUBE
Títulos
REGIONAIS
Competição Títulos Temporadas
METROPOLITANOS
Competição Títulos Temporadas
Uniformes
Uniformes
atuais
BRASILIA 1977
BRASILIA 1977
BRASILIA 1978
BRASILIA 1978
BRASILIA 1980
BRASILIA 1980
BRASILIA 1982
BRASILIA 1983
BRASILIA 1983
BRASILIA 1984
BRASILIA 1987
BRASILIA 1990
BRASILIA 1998
BRASILIA 2014 CAMPEAO DA COPA VERDE
BRASILIA 2014
BRASILIA 2015 NA COPA SUL AMERICANA
BRASILIA 2015
BRASILIA 2015
BANANA
EDMAR
VANDER ARTILHEIRO DO BRASILIA EM 1984
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