ANOTANDO FUTBOL

miércoles, 11 de junio de 2014

MUNDIAL 1950 * PARTE 4

HISTORIA DE LOS MUNDIALES DE FÚTBOL
MUNDIAL 1950 –
COPA DO MUNDO 1950- WORLD CUP 1950 * PARTE 4

MARACANAZO Y ALGO MÁS

DE LA FINAL
Los defensores conformaron la famosa “Jaulita celeste” para marcar a los delanteros brasileños, un empate le valía a los locales para ser campeones. Friaca abrió el marcador a favor de la verde amarelha. Obdulio tomó la pelota, protestó para enfriar el partido y a los veinte minutos empató Schiaffino tras un desborde de Ghiggia. Nuevamente Ghiggia sobre el final derrotó otra vez a Barbosa y coronó a Uruguay por segunda vez campeón del mundo y fue el histórico Maracanazo.
“Al ingresar a la cancha todos recuerdan las instrucciones del tecnico: Matias Gonzalez no puede pasar de la medialuna de su propia area para impedir ingreso de Zizinho, Ademir y Jair , Gambetta no debe dejar espacios libres al puntero Chico; Rodriguez Andrade no puede descuidar a Friaca”.
Luego del uno a cero de Brasil Obdulio con la pelota en sus manos comenzo una serie de interminables consulatas; protesta el gol brasileño, dialoga con un juez de linea, cabildea con el arbitro ingles Reader, cruza toda la cancha con paso lento, como si el tiempo no estuviera a favor de Uruguay y cambia impresiones con el otro linea. Ya habia enfriado los animos en el equipo local tras la euforia del gol, se quiebra el ritmo del partido y entonces Obdulio acepta la orden del juez , a partir de ahí Brasil acusara el clima creado por Obdulio “.

PALABRAS DE OBDULIO JACINTO VARELA
“...Ahí me di cuenta que si no enfriábamos el juego, si no lo aquietábamos, esa máquina de jugar al fútbol nos iba a demoler. Lo que hice fue demorar la reanudación del juego, nada más. Esos tigres nos comían si les servíamos el bocado muy rápido. Entonces a paso lento crucé la cancha para hablar con el juez de línea, reclamándole un supuesto off-side que no había existido, luego se me acercó el árbitro y me amenazó con expulsarme, pero hice que no lo entendía, aprovechando que él no hablaba castellano y que yo no sabía inglés. Pero mientras hablaba varios jugadores contrarios me insultaban, muy nerviosos, mientras las tribunas bramaban. Esa actitud de los adversarios me hizo abrir los ojos, tenían miedo de nosotros. Entonces, siempre con la pelota entre mi brazo y mi cuerpo, me fui hacia el centro del campo de juego. Luego vi a los rivales que estaban pálidos e inseguros y les dije a mis compañeros que éstos no nos pueden ganar nunca, los nervios nuestros se los habíamos pasado a ellos. El resto fue lo más fácil”.

PALABRAS DE JULES RIMET
“...Todo estaba previsto, excepto el triunfo de Uruguay. Al término del partido yo debía entregar la copa al capitán del equipo campeón. Una vistosa guardia de honor se formaría desde el túnel hasta el centro del campo de juego, donde estaría esperándome el capitán del equipo vencedor (naturalmente Brasil). Preparé mi discurso y me fui a los vestuarios pocos minutos antes de finalizar el partido (estaban empatando 1 a 1 y el empate clasificaba campeón al equipo local). Pero cuando caminaba por los pasillos se interrumpió el griterío infernal. A la salida del túnel, un silencio desolador dominaba el estadio. Ni guardia de honor, ni himno nacional, ni discurso, ni entrega solemne. Me encontré solo, con la copa en mis brazos y sin saber qué hacer. En el tumulto terminé por descubrir al capitán uruguayo, Obdulio Varela, y casi a escondidas le entregué la estatuilla de oro, estrechándole la mano y me retiré sin poder decirle una sola palabra de felicitación para su equipo... ”.
A los empujones, Jules Rimet entregó la copa a los empujones. El francés, se enojó porque no se siguió nada de lo pactado, de los himnos, mástiles, del protocolo, pero no se resignó a entregar la copa frente a las cientos de miles de brasileros absortos.
LOS ORGANIZADORES DE LA CONFEDERACIÓN BRASILEÑA C.B.D Y JULES RIMET

REGRESO : Según algunas fuentes la delegacion celeste campeona del mundo debio escaparse en avion en una de las calurosas noches cariocas para luego de varios dias poder ir a su tierra a festejar el triunfo.

CUANDO 11 DERROTARON A 200.000
UNA DE LAS PRINCIPALES REVISTAS DEPORTIVAS DEL MUNDO LA “Miroir Dufootball” DE ORIGEN FRANCES Y DIRIGIDA POR UNO DE LOS MAS FAMOSOS PERIODISTAS : Francois Thebaud titulaba en sus paginas la famosa frase “CUANDO ONCE DERROTARON A DOSCIENTOS MIL”

TESTIMONIO DE UNA DERROTA

Divã de presídio

Geneton Moraes Neto foi aos jogadores das seleções de Brasil e Uruguai para entender o fiasco da Copa do Mundo de 1950. Por Rosane Pavam
Quando o estádio fica vazio durante uma partida, o jogador ouve xingamentos, ensinou Zizinho. Quando fica cheio, um zunido. Mas no Maracanã de 200 mil torcedores, em 16 de julho de 1950, ocorreu o inesperado. Ninguém xingou ou zuniu após o gol decisivo do uruguaio Ghiggia. A falta de incentivo, acreditam muitos, contribuiu para que o Brasil tivesse perdido ali sua primeira final de Copa do Mundo. Contudo, jogador naquela partida, Zizinho mal se lembrava do silêncio de tumba 13 minutos antes do fim. Ademais, ele sempre soube que quem ganha ou perde é o time, não a torcida.
Seu modo de ver as coisas, contudo, jamais representou consenso. Depois da derrota, os jogadores se viram aturdidos, inclinados a recuperar mentalmente os fatos, como num tribunal, e as memórias se desencontraram. O ponta-direita Friaça, por exemplo, ficou ausente de si mesmo por dois dias após a final, até se ver debaixo de uma jaqueira em Teresópolis. Todos tiveram sonhos terríveis, alguns por décadas a partir dali, presos a uma espécie de divã de presídio. Eles se lembravam de uma partida diferente daquela que ninguém filmou.
Futebol é guerra. E os jogadores se viram encarcerados nesse inconsciente de lutador. 1950 encenou a maior e mais simbólica derrota futebolística brasileira, por ocorrer quando o País tentava anular os desmandos do Estado Novo. Os jogadores deveriam ser tão elegantes quanto essa nova sociedade, pensava o técnico Flávio Costa. Perdemos por isso? Entre 1986 e 1987, Geneton Moraes Neto ouviu técnico e jogadores brasileiros. Na reedição de um dossiê ampliado pela entrevista feita neste ano com Ghiggia, ele investigou os desencontros entre as impressões.
Quem lê o livro desenha razões técnicas para o Uruguai ter jogado melhor que o Brasil. Juvenal não combateu Ghiggia, que antes ultrapassara Bigode na corrida. E havia um inesperado segundo uruguaio plantado entre o artilheiro Ademir e o gol. Mas o culpado amplamente parece ter sido aquele de sempre. Em apoio a um projeto político, e também a alguns políticos, a imprensa proclamou o Brasil campeão antes do jogo. E, não contente, comprou a versão de Juvenal para a derrota. Ainda em campo, o jogador eximiu-se da culpa para jogá-la sobre o técnico Flávio Costa,  o goleiro Barbosa e o zagueiro Bigode.
TRUCO URUGUAYO 

NILTON SANTOS – “PERDIMOS POR CULPA DEL TECNICO Y DE LA SOBERBIA”
Nilton Santos afirma: "perdemos por culpa do técnico"  Por Lello Lopes
Considerado por muitos o melhor lateral-esquerdo de todos os tempos, Nilton Santos acompanhou do banco de reservas a ascensão e queda da seleção brasileira em 1950. Para ele, o maior culpado da tragédia no Maracanã foi o técnico Flávio Costa.
Antes da Copa você já era considerado um dos melhores jogadores do mundo. Por que você ficou na reserva?
Eu não disputei nenhum jogo por causa do Flávio Costa. Ele era mandão à beça e eu nunca gostei dele. Primeiro ele implicou com a minha chuteira, que era macia. Ele achava que jogador de defesa tinha que jogar com chuteira de bico duro. Então eu fiz uma brincadeira, falei que eu não precisava dar chutão na bola porque não tinha raiva dela. Ele ficou bravo e não me colocou no time. Sabia com certeza absoluta que não ia jogar nunca.
No seu lugar, entrou o Bigode, que foi muito criticado na partida final contra o Uruguai. Você acha que tinha mais condições de estar no time do que ele?
Nunca perdi uma final. Até por superstição, por ser um cara de sorte, eu tinha que jogar. Mas vi que o Flávio Costa não iria me colocar em campo. Eu já era campeão carioca, sul-americano e brasileiro. Sempre que comecei a jogar futebol eu me divertia em jogar pra frente. Não gostava da minha posição. Eu tinha recursos, um bom domínio de bola. Era a minha vantagem.
O Barbosa e o Bigode são considerados os maiores culpados pela derrota. Eles realmente falharam nos gols do Uruguai?
A culpa da derrota foi do Flávio Costa. Qualquer um da defesa pode ser driblado. O Nena era melhor do que o Juvenal e o Flávio queria fazer média porque o Nena jogava no Inter e o Juvenal no Flamengo. O Bigode foi driblado no meio do campo e o Juvenal tinha que cobrir, mas só ficou acompanhando.
Mas o Barbosa falhou nos lances ou não?
Coitado do Barbosa. Ele carregou uma cruz uma vida inteira. A gente se encontrava num time de vetereanos e os caras falavam que era esse o Barbosa que levou o gol na Copa do Mundo. Já o Juvenal nem ligou. Dizem que na semana da decisão ele foi para o Cabaré Brasil, na Lapa, e tomou um porre. Nem sei se ele mereceria ser campeão do mundo.
Quem decidiu tirar o time da Barra da Tijuca e levá-lo para São Januário nas vésperas do jogo final? E até que ponto isso atrapalhou o desempenho do time?
Isso foi resolvido pelo Flávio Costa, que tomava essas decisões e gostava de mandar em tudo. Tinha também um dirigente que ficava com a bandeira pra cima e pra baixo querendo que a gente beijasse. Acho que patriotismo nao é isso. Há 50 anos a Barra da Tijuca era um local completamente isolado. Você dormia, descansava, não tinha ninguém para encher o saco. Em São Januário, nós não tínhamos sossego.
O excesso de confiança dos jogadores brasileiros atrapalhou o desempenho da seleção na partida?
Influenciou sim, talvez pela convivência com a imprensa e a torcida. O time do Uruguai não era melhor do que o nosso. No dia do jogo um jornal do Rio publicou que o Brasil já era campeão do mundo. O Obdulio Varela comprou o jornal e mexeu com o brio dos uruguaios. Dois anos depois a gente ganhou deles. E o Ghiggia nunca fez um gol quando joguei contra ele.
Você viu a suposta agressão do Obdulio Varela no Bigode?
Isso eu sempre ouvi falar, mas estava lá assistindo ao jogo e não vi nada. O Obdulio poderia até tentar, porque estava no desespero. Mas eu não vi agressão nenhuma.
O que você sentiu quando acabou o jogo contra o Uruguai?
Aquela solidão. Um olhou pra cara do outro sem ter explicação. Eu fiquei embasbacado, mas intimamente sabia por que tínhamos perdido. Nunca falei nada para não sacanaer ninguém. Houve um culpado: o Flávio Costa. Ele se achava um deus. Perdemos pela vaidade, pelo já ganhou. Ninguém ganha nada na véspera. Primeiro você ganha, depois você banca. Se começa a falar muito você instiga o adversário.
Diz a lenda que as 200 mil pessoas que estavam no Maracanã ficaram em silêncio quando o Uruguai virou a partida. Até que ponto isso é verdade?
É totalmente verdade. Parece que algumas pessoas até enfartaram. Depois do jogo, o público continuou sentando, mesmo com os jogadores já no túnel. O público ficou esperando o quê? Eles queriam comemorar, mas não tinha mais nada a fazer.
O Zizinho dizia que não sabia como tinha chegado em casa após a partida. E você, como fez para voltar para casa depois do jogo?
Do Maracanã nós fomos todos para São Januário. Eu morava em Copacabana e pedi um táxi. Perguntei ao Zizinho onde ele ia e ele me respondeu que ia para a Praça XV. Fomos juntos de táxi. Deixei ele lá na Praça XV e fui embora para Copacabana. Ninguém falou nada no táxi. Foi um silêncio absoluto.
O resultado da Copa foi injusto? O Uruguai era melhor?
Nós éramos melhores. O negócio foi o já ganhou. Só isso. Eu acho que se a gente ganhasse aquela Copa talvez não ganhasse as outras. Quando perde, a gente tem que procurar melhorar. O Brasil tem um nome a zelar. Só lamento pelo Zizinho, pelo Ademir, pelo Danilo, grandes jogadores que nunca foram campeões do mundo

¿ VALE LA PENA O NO ORGANIZAR UNA COPA DEL MUNDO ?
Terminada a quarta edição da Copa do Mundo, o Brasil se pergunta se valeu a pena ter investido tanto dinheiro no evento. A média de público do torneio foi de 47511 torcedores. Mas, se tirarmos as partidas disputadas no Rio de Janeiro e em São Paulo, a média dos demais jogos em Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Curitiba despenca para 7918 torcedores.
Dois novos estádios foram construídos especialmente para a competição: o Independência, do Sete de Setembro, em Belo Horizonte, e o Estádio Municipal, no Rio de Janeiro.
Apesar de o Brasil ter sido escolhido anfitrião do torneio no dia 25 de junho de 1946, as providências começaram muito tarde. As obras do Estádio Municipal foram iniciadas somente em agosto de 1948. A sorte do Brasil foi que a Copa do Mundo, inicialmente agendada para 1949, foi transferida para 1950 – ou teríamos dado vexame. Toda a preparação foi praticamente deixada para o início deste ano e as obras foram feitas às pressas.
Vale lembrar que Porto Alegre e Recife foram escolhidas como sedes apenas dois meses antes do início da competição. Tanto que, nos meses de abril e maio, os sócios do Sport Club do Recife, donos do Estádio Ilha do Retiro, se mobilizaram para fazer as reformas necessárias para a Copa do Mundo. O estádio recebeu apenas uma partida (veja o quadro).
A construção do gigantesco Estádio Municipal suscitou uma grande briga entre Ângelo Mendes de Morais, prefeito do Rio de Janeiro (Distrito Federal), e o jornalista e deputado federal Carlos Lacerda, que fazia oposição a ele. Lacerda queria que o estádio fosse construído em Jacarepaguá, região totalmente desabitada, distante 30 quilômetros do centro. Morais bateu o pé e, apoiado pelo vereador Ary Barroso, famoso compositor e locutor esportivo, preferia construir o estádio no terreno antes ocupado pelo Derby Club, hipódromo desativado depois da fusão da entidade com o Jockey Club na década de 30. O local fica exatamente no centro geométrico da cidade. Morais contou ainda com a força do jornalista Mário Rodrigues Filho, dono do Jornal dos Sports. O irmão de Nelson Rodrigues divulgou uma pesquisa popular em seu periódico em que ganhou a proposta do prefeito. Mário Filho teve, portanto, papel fundamental em favor da construção do estádio no bairro do Maracanã.
No meio do fogo cruzado, Carlos Lacerda usou seu jornal, Tribuna da Imprensa, para espalhar o boato de que o estádio tinha problemas estruturais e não resistiria ao primeiro jogo. Cerca de 3000 funcionários foram convocados para pular nas arquibancadas e mostrar que tudo não passava de intriga da oposição.
Quinhentos mil sacos de cimento, seis empreiteiras e 4500 operários trabalhando nos meses finais foram necessários para a construção do Estádio Municipal. A obra do maior estádio do mundo durou 667 dias. O estádio foi projetado para receber 155000 pessoas (93500 nas arquibancadas, 30000 nas cadeiras, 1500 nos camarotes e 30000 em pé, no chamado setor das “gerais”).
Além de ter sido entregue com dois meses de atraso, o Estádio Municipal não estava totalmente terminado durante a Copa. Havia andaimes em parte das arquibancadas. Torcedores chegaram a usar tijolos empilhados para ter uma visão melhor do gramado. Tivemos também problemas com o controle das catracas. O jogo Brasil 4 x 0 México, estreia brasileira na Copa, teve um público oficial de 81664 pagantes, mas acredita-se que tenha ultrapassado 120 000 pessoas.

FLAVIO COSTA “YO SOY LA DERROTA”
RIO - Ao chegar para a noite de autógrafos do livro “Anatomia de uma derrota”, em que Paulo Perdigão narrava o dramático insucesso brasileiro na Copa do Mundo de 1950, Flávio Costa foi abordado por uma desinformada repórter de TV:— O senhor é o autor? — perguntou ela.
— Não, eu sou a derrota — respondeu ele.
Trinta e cinco anos se haviam passado desde o 16 de julho em que, sob seu comando, a seleção brasileira perdera de 2 a 1 a final com o Uruguai, em pleno Maracanã. Portanto, tempo suficiente para que ele olhasse com humor o s maior fracasso de sua carreira de técnico.
Flávio Rodrigues Costa (1906-1999) foi muito mais do que um técnico futebol à frente da seleção. Foi, em vários sentidos, uma espécie de dono do futebol brasileiro. Tinha mais força do que qualquer membro do alto comando da CBD (futura CBF). Convocava e escalava os jogadores, definia sistemas e táticas, cuidava do preparo físico, decidia onde seus comandados deveriam se concentrar, controlava pessoalmente seus horários, o que vestir, onde e o quê comer. Tirando o médico, ninguém sabia mais do que ele, fosse qual fosse o assunto.
Para defender seus pontos de vista, Flávio não hesitava em apelar para a força física. Foi o que o levou a desarmar Heleno de Freitas, quando este, revólver na mão, foi desafiá-lo em São Januário. Foi quem, a tapas, obrigou Ipojucan a voltar a campo, depois de um chilique no vestiário, no intervalo de uma partida decisiva.

Fama de disciplinador

Foram exatamente essas “qualidades” que levaram a CBD a entregar a ele a seleção brasileira, num amistoso com o Uruguai, em 1944, e mantê-lo no cargo até a Copa do Mundo que o Brasil sediaria seis anos depois. Como se dizia, “Flávio Costa é ótimo disciplinador”. Como se disciplina fosse, mesmo, tudo que o futebol brasileiro precisava para se modernizar naquele pós-guerra. Em outras palavras, evitar repetir toda sorte de erros cometidos em 1938, na França. Disciplina no usar o uniforme (nada de meias arriadas, camisa para fora do calção, gorrinho, branco ou com as cores do clube) e no conhecimento da técnica e das leis do jogo.
O problema das leis, que tinham levado os jogadores brasileiros a humilhantes atitudes na Copa anterior, Flávio o resolveu fazendo a CBD contratar árbitros ingleses que, a partir de 1948, vieram ensinar aos nossos como se fazia. Já quanto à técnica — ou melhor, os sistemas e táticas em que os brasileiros tinham sido tão primários em 1938 — Flávio se considerava perfeitamente em dia com o assunto. Desde que aprendera com o húngaro Dori Kruschner, no Flamengo, que existia algo chamado WM, Flávio o adaptara aos seus times (no tricampeonato do Flamengo e no bi do Vasco), transformando-o em algo mais ou menos híbrido a que deu o nome de “diagonal”. Nesse ponto, numa injustificada autossuficiência, uma ilusória pretensão de saber tudo, é que Flávio cometeu o primeiro grande erro em 1950.

Mais títulos em clubes

Sua carreira até ali era mesmo vitoriosa, mas em clubes. De 1942 a 1949, ganhara cinco dos oito campeonatos cariocas que disputara (só perdera o de 1945 para o Vasco de Ondino Viera, o de 1946 para o Fluminense de Gentil Cardoso e o de 1948 para o Botafogo de Zezé Moreira). Mas, em seleção, não tivera a mesma sorte. Altos e baixos nas taças com Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile e apenas um Campeonato Sul-Americano, o de 1949, em casa, assim mesmo depois de inesperada derrota para os paraguaios (salvou-o ter voltado atrás no castigo imposto a Ademir, barrado por ter ousado não cumprir ordem do “professor”, mas presente e autor de três gols na vitória que deu o título à seleção brasileira).
Com tudo isso, não se pensava em outro nome para dar, como se esperava, o primeiro título mundial ao Brasil. Ele mesmo acreditava que sim. Carioca, com curso de sargento do Exército, tinha jogado como center-half pelo Flamengo, em fins da década de 20, quando ganhara o apelido de Alicate (por seu temível carrinho de pernas cruzadas). Em 1939, já como técnico (e figura influente na política do clube), levou o Flamengo a ganhar seu primeiro Campeonato Carioca na era do profissionalismo.
Mas outros erros esperavam Flávio na Copa que ele tinha como quase certa. Um deles, fazer o Brasil jogar num WM clássico, só que marcação por homem, cada um com o seu. Funcionou até a final, mas resultou em desastre quando, na hora de decisão, Bigode ficou sozinho para marcar Gigghia, Juvenal perdido diante de Miguez, Augusto tonto com Schaffino caindo para o lugar onde ele deveria marcar apenas Moran. Pelo menos, foi como um dos craques do Brasil, Zizinho, comentaria anos depois, já como técnico e estudioso das táticas do jogo.
Erros também como cartola
Flávio, na verdade, cometera erros até como cartola, papel que assumiu desde os primeiros dias de concentração em Araxá. Foi o cartola, mais político que técnico, que cometeu a ousadia de escalar uma base paulista em São Paulo, contra a Suíça, na segunda rodada da primeira fase da Copa. Por pouco o Brasil não perde (teria de enfrentar a Iugoslávia, três dias depois, com a obrigação de vencer). E foi o cartola, agora pensando em eleger-se vereador no próximo outubro, quem, na véspera da grande final, tirou os jogadores da tranquilidade da concentração no Joá para um São Januário onde outros candidatos faziam promessas, discursavam e tiravam fotos com os “futuros campeões do mundo”. Se não estava totalmente certo, estava perto disso quando se apresentou à repórter: “Eu sou a derrota...”.
Sua carreira não acabaria ali. Ainda seria campeão pelo Vasco. E ainda teria importante missão na seleção brasileira: dirigi-la numa excursão à Europa, em 1956, a primeira da história, viagem de estudos para a Copa que se realizaria na Suécia dali a dois anos. Provavelmente não pensava em si mesmo (mas bem que podia) ao dizer sua frase mais conhecida: “O futebol brasileiro só evoluiu da boca do túnel para dentro do campo”.

MOACYR BARBOSA EL QUE CARGÓ LA CRUZ DE LA DERROTA
Cuentan la leyenda negra de Moacyr Barbosa, el golero brasileño, tildado como el responsable del fracaso de su selección.
Así, se recuerda cuando en 1963 Barbosa quemó en su casa los postes de madera del arco de Maracaná. Tras perder la final y retirarse del fútbol, el golero trabajó en el estadio y su jefe le regaló los palos cuando se los cambio por arcos de metal. “Son los postes del Maracanazo, la final del Mundial de 1950 que Brasil, dijeron todos, perdió por su culpa.
Cantó Tabaré Cardozo: "Quema los palos Barbosa/ del arco de Brasil/ la condena del Maracaná/ se paga hasta morir"”, señala el periodista.
Fernández Moores cita a Eduardo Galeano, quien escribió sobre los postes y señaló que “el exorcismo  no lo salvó de la maldición”, al golero.
Es que tras la final de 1950, Barbosa cargó con una cruz que aún, fallecido, no se puede sacar. "En Brasil -dijo una vez Barbosa, después de que, en 1993, supuestamente, le prohibieron ingresar a una concentración de la selección, por mufa-, la pena mayor por un crimen es de treinta años de cárcel. Hace 43 años que yo pago por un crimen que no cometí", dijo el guardameta, según repasa la nota de Canchalllena.
¿Fue el único culpable?
"Todos señalan a Barbosa, pero esa tarde yo volví loco a Bigode", le dijo Ghiggia a Fernández Moores. El zaguero que debía marcar al delantero uruguayo no lo pudo parar en los dos goles del partido y una vez finalizado fue el primer culpado por la derrota. “Pasó dos años dentro de su casa. Sólo salía para ir a entrenarse”, indica la nota.
En tanto, el DT brasileño Flavio Costa y el plantel señalaron siempre a Juvenal, porque falló en ambas coberturas. Ese jugador había salido la noche anterior a la final, con permiso, y regresó borracho a la concentración, tarde, tras estar en el Dancing Avenida, un cabaret en el centro de Río. “Mantuvo el puesto sólo porque el suplente Nena estaba lesionado”, se agrega.
“La reconstrucción del día final desnuda que la derrota pudo haberse debido a algo más que a las fallas de dos jugadores negros (Barbosa y Bigode) y de un mulato (Juvenal)”, destaca el periodista argentino, quien enumera una serie de hechos que ocurrieron en la previa del partido:
“A las 7 de la mañana, los jugadores asisten a una misa organizada por una radio. "Éstos -los presenta en portada el diario O Mundo- son los campeones del mundo." A las 11 comienza el almuerzo, pero hay que pararse porque llega Cristiano Machado, candidato a presidente. "Están a un paso de dar a nuestra patria un trofeo que figurará bien alto en el pedestal de la inmortalidad", les dice el político. Le sigue Adhemar de Barros, candidato a senador. Y luego Eduardo Rios, ministro de Educación. Los socios de Vasco da Gama -la concentración es en Sao Januario- reclaman a Adhemir, su ídolo. Un desconocido invoca misión oficial y hace firmar a los jugadores decenas de fotos que luego planea revender a precio de oro. "Vámonos ya mismo al Maracaná", decide Costa. El micro toca un portón y Augusto, el capitán, se raspa la cabeza. Una versión indica que los jugadores debieron bajarse para empujar el ómnibus. Costa dispone colchones en el piso del vestuario, apaga la luz y hace sándwiches de queso para los que ni siquiera pudieron almorzar. Faltan tres horas para el partido. Ya cerca del inicio, la charla final de Costa es interrumpida porque llega Angelo Mendes de Morais. "Ustedes -dice el alcalde por los 254 altavoces del estadio-, que en pocas horas serán aclamados campeones por millones de compatriotas. Ustedes, que no tienen rivales en todo el hemisferio? Ya los saludo como vencedores. Yo cumplí mi promesa construyendo este estadio. ¡Ahora cumplan con su deber, ganando la Copa del Mundo!".
Su busto, fuera del estadio, cae destruido tras la derrota. Es el único daño de la multitud en luto. "Prepararon la fiesta para coronar al rey, pero el rey -diría luego Barbosa- murió antes de tiempo".
Pese a los otros culpables, con el paso de los años el golero quedó como el principal responsable del fracaso más grande en la historias de los mundiales por su actuación en la final de 1950, Mundial en el que –paradójicamente- fue elegido como el mejor  arquero.
El Maracanazo borró todo lo que había logrado, lo que es destacado por el periodista argentino: ganar todo con Vasco Da Gama, sus atajadas formidables, los 1.300 partidos jugados hasta retirarse a los 42 años, las seis fracturas en la mano izquierda y cinco en la derecha, que atajaba sin guantes, que se rompió tres rodillas y que se perdió el Mundial de 1954 por haberse fracturado la rodilla.

EL MARACANAZO SEGUN ATILIO GARRIDO
Brasil no existía, solo tenía tres títulos sudamericanos y los había conseguido jugando en su propia casa, y dos en condiciones muy particulares. En 1922 comprando los jueces, llegaron a la final con Paraguay y Uruguay y los uruguayos no jugaron, se vinieron por el robo en el campeonato”. Garrido sostuvo que “en el 49 cuando salieron campeones sudamericanos con el equipo que después jugaría el Mundial, Uruguay concurrió con juveniles y cuatro jugadores que rompieron la huelga de futbolistas. Lo que demuestra que aquel equipo de Brasil no era invencible ni mucho menos, era el miedo que tenía los brasileños de jugar contra Uruguay, el juez increíblemente era brasileño...y Uruguay a los 10 minutos con un equipo juvenil se pone en ganancia 1 a 0, después perdimos 5 a 1 pero si vamos a las crónicas del partido un periodista de El Diario relata que de los cinco goles, cuatro fueron de pelota quieta, de infracciones que no existieron”. Continuó relatando que “Brasil sabía que el mejor fútbol estaba en el Río de la Plata, entonces llevó entrenadores uruguayos para enseñar fútbol, uno de los más renombrados fue Ondino Viera y también llevaban enorme cantidad de jugadores. Con esta escenografía se demuestra que no era imposible que Uruguay le ganara a Brasil...además la superioridad entre los equipos de Uruguay con los brasileños era muy elocuente”.
“Nosotros somos campeones”
El periodista destaca que “el 6 de mayo de 1950 a 42 días del Mundial Uruguay jugó con Brasil, sin técnico porque Nacional y Peñarol se estaban peleando a ver quien dirigía la selección. Ese día Uruguay y Brasil con todos los integrantes que después jugarían el Mundial termina ganando la celeste 4 a 3, fue un escándalo. Ese día Ghiggia se convierte en una figura única en el fútbol mundial, porque ese día debuta en la selección y 72 días después se consagra campeón del mundo. No Pelé, ni Maradona, ni Messi pudieron conseguir eso. La revancha se jugó en Brasil, en Río, y los brasileños que no podían perder pusieron un juez inglés y los propios uruguayos me confirmaron que les afanó el partido. Ganó Brasil 3 a 2 y se jugó un tercer partido definitorio y ponen al mismo juez y gana Brasil 1 a 0, un partido más normal, aunque con deficiencias del juez”. Garrido revela que cuando el plantel uruguayo vuelve de los encuentros jugados con Brasil, declaran que “no es ningún cuco, nosotros le podemos ganar, si nos concentramos y nos ordenamos le hacemos cinco goles”. Uno de los elementos más importantes para ganar el Mundial del 50 era “la certidumbre que tenían los jugadores uruguayos, estaban convencidos que a Brasil le ganaban”. En cuanto a la elección del técnico, ni Nacional ni Peñarol colocaron a sus entrenadores y se pusieron de acuerdo en designar a Juan López que “era un muchacho bonachón, una persona muy buena, de buen carácter que de fútbol sabía poco y nada, pero que sin embargo tenía algunos conocimientos interesantes”. En la presentación del libro que evoca el Maracanazo, el experiente comunicador revela que “nadie pensaba que estos jugadores pudieran hacer algo en el Mundial, solo ellos creían, los dirigentes antes del partido le manifestaron al plantel que “con cuatro estamos cumplidos”, pero en forma inmediata el capitán Obdulio Jacinto Varela el referente del equipo contestó: “nosotros somos campeones”.
EL DELANTERO URUGUAYO JORGE PALLEIRO  MUESTRA LA CAMISETA CELESTE QUE LLEVA DEBAJO DE SU INDUMENTARIA  RECORDANDOLE AL JUGADOR DEL VASCO EL TRIUNFO DEL 50- EL HECHO FUE EN 1953

ALGUNAS EXPLICACIONES DE LA DERROTA BRASILEÑA
O Brasil fez o oposto. O técnico Flávio Costa isolou os jogadores primeiro em Araxá (MG), e depois em uma mansão no Joá, longe da euforia que tomou o Rio. Seria o ambiente perfeito, não fosse a intervenção dos políticos que tentaram se promover às custas da seleção na Copa.
— Criou-se um “Já ganhamos” empurrado pelo prefeito (Mendes de Morais) e pelo (presidente) Marechal Dutra. Empurrado por toda essa gente, comete-se a burrada de 13 de julho (três dias antes da final): em vez de voltar para a concentração, dão folga aos jogadores. E, depois, vão para São Januário, onde passam sexta, sábado e domingo em encontros políticos — conta o autor do livro, Atílio Garrido, enumerando ainda outros fatores para a derrota brasileira: a dificuldade de encontrar um time titular, a fragilidade da defesa e a falta de jogos internacionais na preparação.
A semana que antecedeu a decisão foi uma aula de como se perder uma Copa. O livro descreve que, após a goleada por 7 a 1 sobre a Suécia, pelo quadrangular final, Flávio Costa e um dos massagistas da delegação aceitaram se candidatar a vereador nas eleições que ocorreriam três meses depois. Para completar, além das visitas de políticos, os jogadores passaram as horas prévias à decisão ganhando brindes de empresas interessadas em tê-los como garotos-propaganda. No domingo, quando o ônibus que os levava ao Maracanã enguiçou, eles tiveram que ajudar a empurrá-lo. Para completar, a preleção não foi dada só pelo técnico, mas também pelo prefeito.
— O mais interessante é que, primeiro, o Brasil não tinha mais time que o Uruguai. E que o Uruguai não se deu conta de que, novamente, tinha o melhor time do mundo. Portanto, (os brasileiros) não deveriam recriminar tanto os jogadores de 1950 porque perderam. Eles não eram invencíveis — afirma Garrido.

URUGUAY Y SUS CINCO DIRECTORES TECNICOS
Troca-Troca
Nos sete meses que antecederam a Copa de 1950, o Uruguai teve cinco treinadores: Pedro Cea, Romeo Vazquez, Enrique Fernandez, Emérico Hirschl e Juan López, que foi campeão com o time no torneio.
JUAN LOPEZ ENTRENADOR URUGUAYO CAMPEÓN DEL MUNDO

ELIMINATORIAS TRANQUILAS PARA LA CELESTE
Sem Eliminatórias
A vaga uruguaia para o Mundial de 1950 foi obtida sem esforço. Equador e Peru desistiram de participar, e a Celeste e o Paraguai se classificaram automaticamente.

ARGENTINA & BANGÚ
Argentina e Bangu
Os argentinos anunciaram que, em protesto, não disputariam as Eliminatórias após a CBD proibir o Bangu de fazer excursão no país. Com isso, ficaram fora do Mundial.

GHIGGIA UN DESCONOCIDO
Ghiggia, um anônimo
Treze meses antes da Copa, Ghiggia era um desconhecido. No terceiro escalão do elenco do Peñarol, teve chance entre os titulares devido à greve de jogadores.
ALCIDES GHIGHIA RODEADO DE NIÑOS

LA PREVIA DE LA FINAL
Entre os torcedores, a questão era apenas de quanto seria o placar. Os famosos bolões recebiam palpites de quatro, cinco ou mais gols. Após o jogo contra a Espanha, a seleção deixou a concentração isolada no bairro do Joá para habitar São Januário.
A sede do Vasco da Gama então abrigou uma verdadeira festa nas 48 horas que antecederam a final, com portas abertas para torcida, oportunistas de todos os tipos e até candidatos à presidência da República. Um clima de “já ganhou” que acompanharia o escrete da casa até o gramado do Maracanã.
A pé, de bonde ou até com alguns carros luxuosos. Desta forma a torcida chegou cedo ao Maracanã no dia 16 de julho de 1950. Nas ruas dos arredores do estádio o clima era de carnaval. Dentro do estádio, os alto falantes ecoavam canções populares na época, com marchinhas e músicas de Luiz Gonzaga. Oficialmente, a final da Copa recebeu 173.850 pessoas. Mas a segurança não pôde conter a euforia da torcida da casa. Muito mais gente passou pelas catracas, em multidão que faz de Brasil x Uruguai até hoje a partida com maior público da história do futebol. Acredita-se que mais de 200 mil testemunharam o Maracanazo.
PASEO PREVIO A LA FINAL: ANIBAL PAZ, MATÍAS GONZÁLEZ, JUAN LOPEZ, RAÚL PINI Y SHUBERT GAMBETTA POCO ANTES DE LA GRAN FINAL DEL 50

                 ADEMIR Y DOMINGOS DA GUIA EN LA CONCENTRACIÓN DE BRASIL

NIÑOS Y MUJERES PRESENTES
Mulheres e crianças na frente
Até a Copa de 50, o futebol era um universo masculino para os torcedores do Rio de Janeiro. Mas a euforia da Copa em casa, com a chance do primeiro título brasileiro, levou muitas mulheres pela primeira vez ao estádio. Muitas delas acompanharam a final. Uma das cenas mais clássicas do Maracanazo é a que mostra seis meninas vestindo blusas com letras grandes, para formar a palavra "Brasil".
"MENINO LOUCO POR FUTEBOL"

ROPA FORMAL
Com que roupa eu vou
Não existia ainda o hábito de se vestir a camisa do time ou da seleção do coração. Mesmo as bandeiras do Brasil eram raras entre os torcedores. A moda vigente das arquibancadas eram roupas sociais sóbrias. Muitos fãs acompanharam a Copa no Rio vestidos com terno, gravata e chapéus. Entre as mulheres, vestidos formais de saias longas, sem nenhum sinal de ousadia dos tempos atuais

MÚSICA Y FIESTA FUTBOLERA
É música, é charanga
Nas horas que antecederam a grande decisão, a torcida relevou o aperto das arquibancadas se distraindo com canções populares da época. Foram executados Paraíba, Assum Preto e Baião, músicas de Luiz Gonzaga, além de O Brasil há de ganhar, composição de Ary Barroso, gravada por Linda Batista. Destaque ainda para A marcha do escrete brasileiro, de Lamartine Babo.
ARY BARROSO NUNCA MÁS RELATÓ FÚTBOL TRAS EL MARACANAZO

MERECIMOS MEJOR SUERTE CONTRA URUGUAY
Tiene la palabra Antonio Ramallets golero de la selección de España : “ Volamos a Sao Paulo para enfrentarnos a Uruguay, y , como todo el mundo sabe el encuentro termino con empate a dos goles. Merecimos mejor resultado. El infortunio nos privó de una victoria que debió ser nuestra. Aquí quiero mencionar a dos personas que dijeron la verdad sobre lo ocurrido. Me refiero a Matías Prat y a Pedro Escartín, quienes en sus comentarios afirmaron repetidas veces que yo, al haber recibido un golpe en la espalda, a ra{iz de una brusca entrada de un delantero uruguayo momentos antes de que nos maracaran el segundo gol, quedé en inferioridad de condiciones. Esa es la verdad. Si hubiese estado en plena forma física, Obdulio Varela no habría convertido el gol del empate. Estoy seguro de ello, puesto que ni siquiera el césped resbaladizo impidió que rozase, con la punta de mis dedos, el balón impulsado por su fuerte disparo. Con lo dicho no quiero restar méritos a ese gran jugador que fue Varela, desbordante de amor propio y clase, sin dudas uno de los mejores hombres del equipo campeón”.

GOL DEL HINCHA
¡ Tirá, Negro tirá ¡ se escucho el grito enloquecido de la tribuna y el “Negro Jefe” Obdulio Varela tiró con rabia el shot electrizante superó a Ramallets y … a los fotografos que no tuvieron tiempo de captar el momento en que el balón rebasaba la goal-line.

ESTADOS UNIDOS DEL MUNDO
Los norteamericanos presentaron un curioso equipo integrado por el portero italiano Borghi, el defensa belga Maca, los atacantes portugueses Souza y el haitiano Larry Gaetjenes este último autor del gol frente a Inglaterra, merced a ese gol Gaetjens se convirtió en un personaje popular en medio mundo y unos meses después de la competición march{o a Francia contratado por el Racing de Paris. A su llegada a la capital francesa, Gaetjens manifestó: “Yo nunca he tenido la ciudadania norteamericana”

LAS PERIPECIAS DE LOS BICAMPEONES
Italia llegó a Brasil en el transatlántico Sises, de la línea regular de Nápoles a Santos . Este seleccionado fue el único europeo que no utilizó el avión para desplazarse a Brasil: la reciente catastrofe de Superga (cerca de Turín) en la que habian perdido la vida algunos de los internacionales de más renombre del Torino como Bacigalupo, Mazzola, Gabetto, Rigamonti Locik o Ballarin habia hecho desistir a los jugadores de utilizar el avión como medio de transporte para cruzar el Atlántico.

GLOSAS DEPORTIVAS URUGUAYAS
Las horas de concentración se sobrellevaban con varios entretenimientos el más lindo estaba a cargo del inolvidable compañero Nobel Valentíni, de su audición de radio “Glosas Deportivas” llegaban cintas grabadas con saludos de familiares y amigos de los jugadores. La voz de los seres queridos estimulaba fuertemente a los muchachos

EL URUGUAY X BRASIL SEGÚN LA PRENSA
Alexandre Balkowski corresponsal de la Agencia France Press en Brasil calificó a Uruguay “como verdadero cuco del torneo”. Y Flavio Costa, el técnico brasileño, comentó a Dionisio Alejandro Vera (Davy), envíado de “El País”, que el conjunto celeste “es para nosotros el mismo de siempre y mucho mejor de lo que creen sus compatriotas”.
“O Globo” dijo : “Porque conocemos muy bien a los orientales no debemos facilitarles”
“O Estado de Sao Paulo” en tanto advirtió contra la suficiencia “… la confianza excesiva es, bajo todo punto de vista perjudicial. Esperamos que Bauer y sus compañeros se compenetren de que el partido se decide en el campo y no en las tribunas . Y convengamos que el cuadro oriental no puede ser menospreciado”.
Una de las voces del triunfalismo fue el diario “O Mundo”, que en la vispera del partido decisivo público la foto de los once titulares brasileños bajo el título “Estos son los campeones del mundo”

EL MONO DORMIDO
El día de la final de Maracana, los uruguayos abandonaron el hotel con mucha anticipación previendo “tapones” en el tránsito de Río que los complicaría su llegada al estadio a una hora prudente . En el flamante y confortable vestuario había unas colchonetas irresistitbles para echarse a descansar . Gambetta se zambullo y se quedó profundamente dormido. Hubo que despertarlo para que se pusiera el equipo, pues faltaba menos de una hora para el comienzo de la lucha.

NO COBRA PENALES
A pocos minutos de inciarse la final “levantaron” a Miguez en el área peligrosa de Brasil. El árbitro inglés ni se enteró.
Matías González miró a Tejera :
-         “Cato”… (le dijo) … parece que no cobra penales…
-         Parece … (respondió Tejera).
Al rato, Ademir entró al área uruguaya con la pelota dominada. Era el goleador del certamen y dejarlo tirar equivalía a un suicidio.
Matías y Tejera lo trancaron y Ademir recibió la primera lección de un curso aereo. Por suerte Mr Reader estaba leyendo, distraído, lejos de la jugada.

PELOTA DEBAJO DEL BRAZO
A los 3 minutos de la final, el puntero derecho Friaza culmino un ataque fulminante y batió a Roque Maspoli. Maracaná se convirtió entonces en una caldera hirviente.
Cientos de cohetes ensordecedores se confundieron con los gritos de 200 mil gargantes.
Tras el gol el capitan celeste Obdulio Varela- zorro viejo de mil batallas futbolisticas- sabía que reanudar enseguida el juego en aquellas circunstancias era letal para los intereses celestes, así que fue a buscar la pelota entre las redes , la tomó en sus manos (o la puso debajo del brazo) y comenzó a reclamar al arbitro Readers por supuesta posición fuera de juego del autor del gol. El juez era ingles y no entendía lo que Varela le recriminaba, por lo que llamó a un interprete. Entonces Varela, que todo lo que quería era enfriar a Maracana, fue también hacía donde estaba el linea y le hablo mientras le hacia gestos de recriminación.
Luego cruzó la cancha y discutió con el otro línea. Las consultas se hicieron interminables, Obdulio lo hacía todo parsimoniosamente, sabiendo que el tiempo enfriaba al estadio.
La estrategia del “Negro Jefe” funcionó. La demora en retomarse el juego fue suficiente para desactivar la presión de la tribuna y desacelerar la adrenalina de los rivales. Cuando Oscar Miguez movió desde la mitad de la cancha para reanudar el juego, el estadio estaba ya casi en silencio. Según el periodista Franklin Morales, el caso es tema en la Facultad de Psicología de San Paulo de como ejemplo del poder de un hombre dominando a una multitud.

ENTEREZA DE MACHOS, JUEGO PULIDO Y GENIAL – Por DAVY – Columnista uruguayo.- EXTRACTOS
“Los uruguayos somos patriotas solo cuando debemos serlo. Y en los grandes momentos lo somos más que nadie “ . “Surgió algo grande y nítido. Los sistemas europeos podían caer frente al juego improvisado. Un juego genial, desconocido en el viejo Mundo, rico en sus facetas más diversas, bello como espectáculo.-. Europa nos presentaba la frialdad de maquina, perfección en el trabajo, pero, faltaba ese algo nuestro, que en un instante puede decidir un partido y que no cabe en los planes previos y en los pizarrones de los entendidos en la nueva ciencia del futbol”. Suecia el Susto – “Jamás habíamos visto un seleccionado celeste jugar tan mal. Nunca había mostrado tanto abulia, tanta desorientación y falta de nervio. El coraje tradicional de nuestros bravos combinados apenas rondando por unos segundos en Pacaembú. El cuadro era el vivo desorden de una cosa sin consistencias. Suecia no hacía nada y nosotros hacíamos menos. Tenían ellos otra vez los tres zagueros muy abiertos y un volante pesado. Cada vez que haciamos algo bueno,, Suecia se abría. Pero llegaba el error nuestro que ponía a Suecia en el camino del triunfo… Se gano al final con angustias y con muchos sustos.”.
“Uruguay es la sombra de Brasil, se nos dijo siempre en Rio. “Queremos cualquier equipo para  la final menos a Uruguay”, nos dijeron convencidos los colegas cariocas y paulistas".
“A los quince minutos en nuestra bancada, hablamos con los señores Carlos Scheck y Luis Franzini. Nos dimos vuelta y explicamos “Uruguay está marcando como nunca. Está tranquilo. Podemos ganar. A la media hora, el intercambio de palabras con estos señores era este: “Ya no perderemos. Por lo menos empatamos. Ellos ya no ganan “ “ ¿ Por qué el optimismo ? Había que estar así. Uruguay jugaba tranquilo pero con rabia. En las trancadas, saltaban los brasileños, en los choques caían ellos. El primer lesionado fue Chico. A Perez lo revolcaron y se levantó furioso. Obdulio gritaba y reía. Maspoli era una estatua de acero. Schiaffino- por primera vez- toreaba y se iba . Ghiggia era una tromba y ya Bigode estaba en el suelo, vencido. Uruguay dominaba. Cuando nos metieron el primer gol, el cuadro levanto con coraje único tal vez como lo hicieron las viejas glorias en Holanda. El primer tiempo fue de ellos, pero sabiamos ya que ganaríamos . El público siguió gritando, pero más bajo. Los cohetes reventaron menos. A los quince minutos el público se había callado. A la media hora se iban muchos. Uruguay estaba dictando su lección olímpica. Los viejos laureles de dos olimpíadas reverdecían en Maracaná. ¡ Gol de Schiaffino ¡ . La apoteosis entre el puñado de uruguayos aún sin llanto en los ojos . Solo en el trepidar acelerado de los pobres corazones nuestros. ¡ Gol de Ghiggia ¡.
EL GIGANTE MARACANA

EXPLICACIÓN DEL RESULTADO
Para : Juan Carlos Urta Melián – Columnista de Diario “El Pais” de Uruguay
“En primer lugar esa calidad del fútbol uruguayo que siempre que se emplea a fondo brila con inequivoca nitidez. Luego, una estupenda preparación fisica porque solo así se puede marcar como lo hizo el equipo uruguayo a un cuadro de la movilidad endeoniada y el entrenamiento perfecto del cuadro brasileño. Y por último, el factor más importante porque no puede adquirirse ni con entrenamiento ni con tácticas; el factor que nos distingue por encima de todos los equipos del mundo y que nos hace imbatibles en cualquier terreno. Me refiero al factor anímico, a ese “algo maravilloso” que tantos han llamado “sangre charrua” y que yo llamaría más correctamente “alma uruguaya”… a esa aleación de ímpetu indígena de fe española y de guapeza criolla.
También merece un párrafo aparte este mellizo Lopez, tan grande ya como la Torre de los Homenajes. En este campeonato se habló mucho de tácticas y sistemas d juego. Como en todos los ordenes de la vida el “snobismo” invadió el deporte . Por suerte para el fútbol uruguayo, Juancito Lopez no se mareó. Es evidente la necesidad de un sistema de juego pero sin exagerar, sin mecanizar a los jugadores hasta el grado de transformarlos en autómatas, sin decisión propia e incapaces de obedecer a la sugestión muchas veces decisiva de una súbita inspiración. Implantar esa tecnica seria renegar del genio latino y se cometería la más grande de las injusticias.
Por eso, Lopez concilio en forma sumamente inteligente la necesidad de una táctica, con la capacidad de improvisación de nuestros jugadores, caracteristica que los ha consagrado siempre como unicos en el mundo .
De la mitad de la cancha hacía el arco de Maspoli, estricta marcación de hombre a hombre; de la mitad de la cancha hacía el arco brasileño, libertad de acción sobre la base lógica del
frecuente tiro al arco. Y con respecto a la dinámica del juego, esperar el ataque rival para actuar de contragolpe.
He ahí la obra de  un hombre que sabe de verdad, y que tiene también “alma uruguaya””

NI MARACANAZO EXLUSIVO
– Por Rebar – Extractos
“En julio del 50 yo estaba desempeñando, interinamente, la Secretaria de la Facultad de Humanidades y Ciencias, en el ya histórico edificio de Cerrito y Juan Lindolfo Cuestas.
El Decano era el talentoso jurista y apreciado amigo, Dr Justino Jiménez de Aréchaga.
Los empleados venían filándose las uñas para saltarse a la torera el lunes “sándwich” que quedaría entre el domingo 16 y el martes 18 julio, colmao en la mañana del sábado  15, y yo calculaba que el ausentismo por gripe, muerte de parientes cercanos, tos convulsa de los chicos y un viaje al interior – imprevisto – para ir a ver a un familiar enfermo, redondearía cifras importantes . O sea : que el lunes 17 seríamos cuatro gatos locos, y nos pasariamos jugando al truco. Concebí entonces una estrategia para dejar a todos contentos, yo el primero, naturalmente.
A media mañana llamé a mi despacho al Jefe de Personal y le dije: - Señor Wolf… Mañana, en Brasil, los uruguayos van salir Campeones del Mundo. El país entero será una locura, y nadie vendrá a trabajar el lunes . Para evitarle a usted el mal momento de aplicar sanciones por faltas sin causas justificadas, he decidido que el lunes “sándwich” el persona goce de día libre.
Soprendido, el bueno de Don Justino me llamo por el interno: acudi a su despacho;
-         El señor Wolf acaba de comunicarme que usted le concedió el lunes libre al personal, porque como piensa que los uruguayos van a ganar mañana, nadie vendrá a trabajar al día siguiente .
-         -Le informó bien, Decano…
-         Hubo una pausa. Me miró fijamente y me dijo:
-         Yo no puedo revocar esa decisión, porque eso significaría desautorizarlo. Pero quiero confesarle que la locura es doble; por lo que hizo y porque es la primera persona a la que oigo decir que los uruguayos saldran campeones “.

UNA EN CIEN
Según Obdulio Varela de cien veces que aquella selección uruguaya jugara contra aquella selección de Brasil, perdía 99, pero aclaró que esa vez, en aquellas mismas condiciones, Uruguay la ganaría siempre.
Una de las veces que lo dijo fue en un reportaje que le realizara el periodista Franklin Morales en mayo de 1968 en el desaparecido diario “Hechos”, Obdulio se refirió en los siguientes terminos al encuentro de Maracaná : “Ganamos porque ganamos, nada más. Nos llenaron a pelotazos, fue un disparate. Jugamos cien veces y solo ganamos esa. Adelante fracasaron todos, menos Ghiggia y Julio Perez. Schiaffino tuvo la suerte de hacer un gol. Omar Miguez fue siempre un caprichoso enorme, un jugador lindo para ver. La defensa era fuerte. Tuvimos la fortuna de un Matías González atrás. Una barbaridad. El “Mono” Gambetta también. Los brasileños sintieron el rigor. Hasta cambiaban de color… (…) conocer a los hombres vale mucho: en Maracana lo aprovechamos bien, fuimos a la cancha a darles unas cuantas de entrada. Por ahí nos infiltramos”.
LA GLORIOSA CELESTE DEL "NEGRO JEFE" OBDULIO JACINTO VARELA

MANO PERO NO FUE PENAL
Pitazo final con la pelota en el Aire, Gambetta agarró el balón con las dos manos pero no fue penal.
El juez Reader pitó el final del partido cuando la pelota iba en el aire sobre la valla uruguaya, impulsada por Friaza desde el punto del corner. Pepe Schiaffino relato años después la jugada con proverbial acierto: “La última jugada de ese encuentro final, que jamás podré olvidarme, fue en la hora de terminación a raíz de un tiro de esquina cedido por Eusebio Tejera. Todo Brasil en nuestro arco y todos nosotros defendiendo; Friaza lo ejecutó y cuando el balón estaba llegando sobre nuestra valla, sentimos el pitazo del arbitro. . En ese preciso momento, Schubert Gambetta, a la manera de un golero, tomó el útil con las manos y anticipó así el trijnfo celeste.
Parece penal, claro está , pero como dijo Schiaffino el juez ya había tocado el pito.

LA PENA DEL PEPÉ
Schiaffino contó en el mismo reportaje los instantes posteriores al pitazo final “Después el posterior festejo por nuestro lado con lágrimas en los ojos pero de alegría, mientras nuestros adversarios acongojados y llorando por la amargura que representaba la derrota. En cierto momento sentí pena por lo que estaba viendo dentro del campo de juego.

EL AUTO DE LA PARRANDA
Contaba Juan Alberto Schiaffino que mientras los jugadores brasileños recibieron obsequios fabulosos los uruguayos solo disponian en la noche de un automóvil si querian salir de “parranda” . Ademas, nada sabían ni remotamente, del monto del premio que les tocaria en el caso de lograr el triunfo. “No existía ningún convenio previo entre dirigentes y futbolistas”, dijo el Pepe.

CON GARRA PERO LEAL
En la final de Maracana, Uruguay solo cometió 11 faltas contra el equipo brasileño, lo que prueba que la “garra” exhibida en aquel partido no tuvo nada que ver con golpes amedrentadores y exagerados ni el culto de pegar alevosamente al adversario.

SAN CONO
Las camisetas que usaron Alcides Ghiggia y Julio Perez en la final están hoy en San Cono, Florida, llevadas por el “Pata Loca” a los pocos días de la final.

LA CONFESIÓN DE JULES
Rimet tenía el discurso escrito en portugues, en el trayecto al túnes se perdió el gol de Ghiggia. Cuando llegó a la cancha, el partido ya estaba terminado. Lo que pasó entoncs lo contó así “De repente me hallé solo en medio de la multitud, empujado hacía todos los costados, con la copa en mis brazos, sin saber que hacer. Terminé por descubrir al capitán uruguayo y le entregué, casi a escondidas, la copa estrechandole la mano, sin poder decirle una sola palabra.

ACUARELA DE UNA DERROTA
Uno de los más afamados compositores populares brasileños, fue Ary Barroso. Bastaría agregar que es el autor de “Acuarela do Brasil” y era el relator de fútbol más escuchado en su pais donde nunca ocultó su fanatismo por Flamengo.
A los 34 minutos del segundo tiempo de la final Ghiggia confirmó aquel temor. Surgió entonces de sus labios una frase breve pero de una tremenda intensidad dramática .
“Eu ja sabía” … “Eu ja sabía” repetía sin agregar más palabras a la descripción de los últimos minutos “.
Finalizada la contienda dijo con absoluta convicción : “No relato más” Y nunca más lo hizo.

CAUDILLO BOHEMIO
El mayor caudillo de la historia del título de 1950 sin dudas fue Don Obdulio Varela, el mismo había sido adquirido por Peñarol en 1943 proveniente de Wanderers.

LA BORRACHERA DEL “NEGRO JEFE”
En un reportaje de 1968 Obdulio le contó a Franklin Morales “Después del partido, en el hotel, hubo una fiesta enorme y dieron orden que no saliera nadie. ¡ Que me van a sacar la libertad ahora ¡ Mando yo. Le pregunté a don Américo Gil que se podía hacer allí y me dijo que hiciera lo que quisiera. Los dirigentes se fueron a un cabaret y que querían tenernos encerrados, ¡ por favor ¡ . Con Mathucho Figoli quedamos dueños de todo y empezamos a tomar vino. Y otra botella. Y otra botella. Yo estaba para cualquier cosa. Después salimos a caminar y llegamos a la cerveceria de un amigo. Ahí me encontré con todos los cronistas que estaban cenando. Me presentaron a periodistas de Francia, de Italia, ¡ que se yo ¡ . Nos invitaron pero fuimos a sentarnos en el mostrador y empezamos con la cerveza. Al rato pedí un par de frankfurters, cuando nos íbamos le dije a Matucho: “Bueno, pagá vos que yo no traje plata”. “¡ Yo tampoco ¡ me dijo. No teníamos un centésimo… ¡ lo que son las cosas ¡ ¡ que calor ¡ Menos mal que eran amigos y les dije “mañana vuelvo a pagarte”. En eso cae un grupo de brasileños que habían venido al partido desde el interior, llenos de banderines. Empezaron a hablar del partido con el dueño. “Que yogador ese Obidulio” y que de aquí y que de alla. “¿ Saben quien es ese ? – les dice de repente el dueño – el mismisimo Obidulio”. Se pusieron a llorar los bayanos. “Que yogador voce” y de aquí y de allá.
Me invitaron a salir con ellos a tomar un whisky. Le digo a Matucho: “Mirá, voy a ir para que no crean que tengo miedo, pero capaz que quierern tirarme al río”.
Volví al hotel a las siete de la mañana pensando encontrar a todos durmiendo. ¡ Cristo madonna ¡ ¡ Que durmiendo ¡ De la emoción no había dormido nadie esa noche”.
MUSEO DEL FÚTBOL: LOS BOTINES DEL 50 DE OBDULIO

EL HEROE DE MARACANA
Alcides Edgardo Ghiggia autor del gol del triunfo tenía apenas un año en Primera DIvisón cuando fue llevado al Mundial de 1950. Había jugado en Sud America con Miguez en el 47, alternando entre la Tercera y la Divisional mayor, en el 48 pasó a Peñarol, jugando luego 9 años en la Roma, dos en el Milan, terminando su carrera a los 41 años jugando contra Danubio.

DE MARACÁNA AL CAMPITO
Alcides Edgardo Ghiggia contaba que a los pocos días que llegaron a Montevideo había un campeonato nocturno amateur en una canchita ubicada en Gral Flores y Propios, por la liga barrial. Ghiggia cayó de improviso de visita a lo de Oscar Omar Miguez y este le preguntó si no tenía ganas de jugar al fútbol. Ante la respuesta positiva, el “Cotorra” le dijo : “Bueno, traé los zapatas que acá hay una final”. Aquel dia jugaron cuatro campeones mundiales: Ghiggia y Miguez en el Galloway y Matías González y Vilches (que además era la pareja títular de backs de Cerro) en el equipo rival. Ganaron los primeros 4 a 2.

ARREPENTIMIENTO Y PICO
Walter Gomez, un petiso de tecnica extraordinaria y goleador excepcional iba a ser seguro titular de la selección uruguaya que disputó el torneo Mundial de 1950, pero una piña y un puntapié aplicados a un juez en un clásico terminó por alejarlo de la actividad local durante un año, y en consecuencia de la posibilidad de integrar aquella delantera campeona del mundo.
El temperamental Walter Gómez excediendose en las protestas agredió al arbitro Anibal Bochetti aplicandole una patada.
En la tarde del 16 de julio de 1950, cuando Uruguay enfrentó a Brasil en el Estadio Maracána de Rio Janeiro, River Plate jugó contra San Lorenzo por el campeonato argentino, a los altavoces dar a conocer el resultado de la final de Maracana, la multitud empezó a gritar al unísono “¡ U-ru-gua-yo ¡- ¡U-ru-gua-yo¡ al extremo de que el juez paró el partido y, al igual que los otros 21 jugadores que protagonizaron el cotejo, se acercaron a saludar al futbolista que, con lagrimas en los ojos hizo como propia la hazaña conseguida.

SE MIRA Y NO SE TOCA
La Copa Rimet ganada por Uruguay estuvo en la Sección Valores del Banco República y antes de llevarla a Suiza para el Mundial 1954, estuvo 10 dias en exhibición en una vidrieria de Cambio Uruguay Viajes, en la esquina de Colonia y Julio Herrera.

DESARROLLO DEL JUEGO EN LA GRAN FINAL POR JO SOARES                    (RELATO DE UN BRASILEÑO)
Depois do louco afã de gols dos jogos anteriores, o Brasil foi bastante tímido no primeiro tempo contra o Uruguai. Artilheiro da Copa com nove gols, Ademir de Menezes foi praticamente anulado por Matías González, que ficaria conhecido em seu país como o “Leão do Maracanã”. Aos 34 minutos, o polêmico lance em que o capitão uruguaio Obdulio Varela teria atingido o brasileiro Bigode com um tapa. Ainda antes do intervalo, Míguez acerta a trave de Barbosa. O segundo tempo mal começa e o Brasil sai na frente com um gol de Friaça, após jogada pela direita com Bauer. O Uruguai passa a dominar as ações a partir dali e empata aos 21 minutos com Schiaffino. Aos 34, a jogada mais célebre da quarta Copa da Fifa: Alcides Ghiggia ganha de Bigode na corrida e, quase sem ângulo, bate entre Barbosa e a trave esquerda. A seleção da casa tem então pouco mais de dez minutos para empatar, em resultado que garantiria o título. No entanto, tomada pelo nervosismo, a equipe de Flávio Costa não consegue mais ameaçar a meta adversária. O jogo acaba após um escanteio mal sucedido na área uruguaia, quando a bola passa a um palmo da cabeça de Jair. Um dos mitos do jogo conhecido como Maracanazo é o silêncio das arquibancadas superlotadas do estádio carioca. Segundo relatos de quem esteve lá, ele começou logo no gol de empate do Uruguai. Não se acreditava que a seleção que conseguira goleadas impressionantes nas partidas anteriores pudesse ser ameaçada daquela forma - foi um choque. Dali até o final do jogo a multidão quase não se manifestou. Já na saída do estádio, um choro coletivo copioso tomou as rampas do Maracanã. Dentro de campo o volante Danilo também derramava suas lágrimas, de cabeça baixa, em uma imagem consagrada da derrota brasileira.                                                                   Tinha 12 anos. Chorei uma barbaridade, eu e 200 mil pessoas chorando. Assisti em cadeira numerada. Estava sentado do lado oposto ao do gol do Ghiggia. Não inteiramente do lado oposto, pois estava quase no meio-campo.
Lembro que eu chorava e chorava. Para mim, eu era um adulto, com quase 12 anos, você acha que já sabe tudo e que você mesmo toma suas decisões. Achei graça que meu pai olhava para mim com uma ternura e dizia: ‘você está chorando meu filho, olha só’. Para ele eu era um bebê, chorava copiosamente.
O que foi realmente inesquecível foi o silêncio. 200 mil pessoas saindo em total silêncio. Foi a comemoração de gol mais muda que já vi na minha vida. Sem dúvida o silêncio foi o que mais me marcou naquele jogo. Teve um silêncio menor, que foi na hora do empate, mas ainda a gente ganhava com o empate. Era impensável aquilo.                                                                                       O Barbosa levou a culpa totalmente injustamente. A culpa foi que os uruguaios já eram campeões do mundo, tinham uma fibra incrível, um capitão que era o Obdulio Varela, que quando tinha uma briga ia lá e dava tapas, tanto nos uruguaios quanto nos brasileiros. Já tinham as manchetes ‘Brasil campeão do mundo’. Ele levou para o vestiário, botou no chão, mostrou e todos eles mijaram em cima da manchete. Isso te enche de uma fibra.A sofrida derrota em casa em 1950 iria inspirar teorias das mais diversas, que refletiam sobre a suposta “deficiência da raça brasileira”. Textos de craques das letras como Nelson Rodrigues e José Lins do Rego discorriam a respeito. Mas há quem acredite que a decepção do Maracanã fomentaria a primeira geração vencedora do futebol nacional, bicampeã do mundo pouco adiante, em 1958 e 1962. O próprio Pelé diz ter sido impactado pelo Maracanazo. O maior jogador da história da seleção já relatou inúmeras vezes que, ao ver o pai chorar com a derrota para o Uruguai, prometeu que venceria uma Copa. Na época o Rei era um menino de 9 anos da idade.
MINO PERIODISTA ITALIANO HABLA DEL MUNDIAL DEL 50

MINO CARTA CONTA A COPA DE 50: “A FIFA NÃO ERA ESTA COISA VERGONHOSA”

Em entrevista à Pública, o jornalista e diretor de redação da Carta Capital lembra a cobertura que fez aos 15 anos para veículos italianos sobre a primeira Copa depois da Segunda Guerra: “O Brasil era o país ideal”. Ali começaria sua longa carreira como jornalista.
Mino fala das muitas mudanças que ocorreram nesses 62 anos no mundo do futebol. A Fifa, por exemplo, não tinha nada a ver com esta de hoje, “que se tornou o que é graças a João Havelange, que, digamos, na Sicília estaria perfeito, dirigindo a máfia”.
E explica que apesar do “Maracanaço”, como ficou conhecida a dolorosa vitória do Uruguai sobre o Brasil no estádio com quase 200 mil pessoas, aqueles eram tempos tranquilos e felizes para o país.
Você cobriu a Copa de 50 aos 16 anos. Foi seu primeiro trabalho? Como foi parar lá?
Na verdade, foi assim: meu pai detestava futebol e recebeu um pedido de jornais italianos para escrever uma série de artigos sobre a preparação para o Campeonato Mundial de 1950. Eu ainda tinha 15 anos, meu pai detestava o balípodo [futebol]. Me convocou e disse: “Olha, você que gosta dessa porcaria, você gostaria de escrever algo a respeito?”. Eu disse: “Quanto vale?”. Ele disse x e como esse x daria para encomendar um terno azul marinho num alfaiate de muita boa qualidade, eu disse “perfeito!”. Nesse tempo íamos aos bailes de sábado de terno e gravata. 
O terno azul era o objeto de desejo?
No meu caso, era o terno azul marinho. Então eu escrevi seis artigos sobre a preparação da Copa. Fui pago, fiz o terno azul marinho e depois quando vieram as equipes dos jornais para os quais eu tinha escrito– que, na verdade, eram dois jornais irmãos, um de Roma e outro de Gênova – o pessoal me usou como intérprete, como ajudante, como contínuo, mil coisas. 
A Fifa era menos exigente?
A Fifa não era essa Fifa, que se tornou o que é graças a um brasileiro ilustre que se chama João Havelange, que, digamos, é um concorrente do Totò Riina, do Provenzano. Ele na Sicília estaria perfeito, dirigindo a Máfia. A diferença é que ele está solto e Totò Riina e Bernardo Provenzano estão na cadeia. Esse Blatter é outro. Esse Ricardo Teixeira é outro. Aliás, aprenderam tudo com o João Havelange, que foi o autor desta Fifa vergonhosa. Agora, o campeonato de 1950 funcionou muito bem. Não houve problema algum. 
Foram construídos estádios na época?
O Maracanã. Basicamente, o Maracanã, que eu saiba. Eu me lembro porque São Paulo tinha o Pacaembu, que havia sido construído em 1942 e que era um estádio novo e bonito. O Pacaembu aguenta 50 mil espectadores com tranquilidade. São Paulo, nesse momento, beirava os 2 milhões de habitantes. Era um outro mundo. São Paulo tinha 50 mil carros. A gente se locomovia pela cidade com perfeição. Ainda funcionavam os bondes.
O Brasil não parou por causa da Copa, então?
De jeito nenhum. E veio muita gente de fora. O jogo da final, no Maracanã, que foi uma tristeza, um momento de enorme tristeza… Mas também, sabe?, o jogo começou com a distribuição de postais que mostravam o time brasileiro como se já fosse campeão.
Foi mais vergonhoso…
Não, não foi vergonhoso, porque o Uruguai, além de tudo, tinha um time excelente. O Uruguai tinha um time melhor que o do Brasil. Você não perde por acaso. Você perde porque tem pela frente um time que pelo menos, naquele jogo, jogou melhor. Tinha craques incríveis o time do Uruguai, jogadores excelentes. E o Brasil, como frequentemente acontece, era um time desequilibrado. Na defesa, havia muitas falhas. Tinha atacantes excepcionais e uma defesa… Um meio campo muito bom e uma defesa que deixava a desejar. Bom, não foi culpa do goleiro. O marcador do ponta direita do Uruguai não segurava o homem, chamava-se Bigode, o nosso. O outro chamava Ghiggia e corria bem mais. Então, é por aí. Mas enfim, foi um campeonato tranquilo, sem desordem. 
O senhor estava lá?
Estava. Triste, foi muito triste. O que tinha de gente chorando na rua era impressionante… 
Como foi o clima do estádio nessa hora?
Silêncio. Silêncio aterrador. A alegria de uma pequena torcida uruguaia e silêncio. Porque também os estrangeiros torciam pelo Brasil, os que tinham vindo e tinham ficado muito impressionados. Sobretudo com as duas vitórias por goleada e a exibição de gala, então imagine… Foi triste.
Os torcedores eram pessoas comuns? Os ingressos eram baratos?
Totalmente. Mas olha, o que é impressionante é que (risos) Eu lembro quando eu ia ao Pacaembu, antes quando eu era menino, tinha uns 13, 14 anos, uma ofensa dirigida ao árbitro que eventualmente, na opinião do torcedor, roubava contra o time dele era “tuberculoso!”. Era muito raro ouvir um palavrão no estádio. As pessoas portavam-se de outra maneira. O Brasil virou um país muito vulgar. 
O senhor torcia para o Brasil?
Nesse tempo, sim. Hoje eu mudei muito minha postura. Me irrita pensar que em 70 os presos da ditadura gritavam gol juntamente com os carcereiros. Essa debilidade moral me irrita sobremaneira, hoje em dia. Naquele tempo, não. Ao contrário: eu torcia, sim, pelo Brasil. É claro, lógico. Mas eu tentava ser frio na análise. Porque, realmente, por exemplo, o Uruguai tinha um grande time. Tinha alguns jogadores ali soberbos. No fundo, melhores que os nossos. Schiaffino era um jogador excepcional, por exemplo. Muita cabeça, muita inteligência, via o jogo. Não era só habilidade individual, era capacidade de mentalizar, de no campo mudar a estratégia. Então tinha alguns jogadores excepcionais.
A gente pode dizer que a Copa de 50 foi benéfica pro Brasil?
Foi ótima. Pena que muita gente chorou. Isso que foi pena.
E a segurança? Como era feita?
O Brasil era um país ideal. As pessoas viviam numa boa. Não existiam os medos e receios de hoje. 

OTRA VISIÓN DE LA GRAN FINAL DE 1950
Maracanã, 16 de julho de 1950. Augusto, capitão da seleção brasileira, surgiu no túnel e as duzentas mil pessoas que lotavam o estádio quase entraram em delírio. Aquela tarde de domingo tinha sido reservada para o Brasil ser campeão do mundo. Bastava um empate contra os uruguaios.
Mas, ninguém falava em empate. Afinal, o Brasil havia vencido o México por 4x0, a Iugoslávia por 2x0, a Suécia por 7x1 e a Espanha por 6x1. Um empate com a Suíça já tinha sido um erro de percurso. Era o que todos pensavam naquela tarde. O maracanã também havia sido construído para a festa da vitória.
O jogo começou e os uruguaios foram resistindo. Resistiram o primeiro tempo e, até aos quatro minutos do segundo, quando Friaça abriu a contagem para o Brasil. Um gol que quase desencadeou uma alucinação coletiva. Na Tribuna de Honra, trazendo na mão um pedacinho de papel, o velho Jules Rimet, Presidente da FIFA, ainda tentava decorar uma pequena saudação, em português, quando entregasse a taça ao capitão Augusto. Mas, dezessete minutos depois, os uruguaios empataram e, a nove minutos do final, fizeram o segundo gol. Um gol que provocou paradas cardíacas e tentativas de suicídios por todo o país.
Jules Rimet viu o jogo até o gol de empate. Em seguida, com a taça na mão, tomou o elevador para descer até o campo. No gramado haveria uma guarda de honra e, perfilado ao lados dos campeões, ele ouviria o hino nacional. O empate favorecia ao Brasil e quando Jules Rimet descia, o estádio se agitava como numa tempestade que se abate sobre o mar, e as vozes se avolumavam como os rumores de um furacão. Cinco minutos depois, quando o presidente da FIFA chegou a boca do túnel, um silêncio de morte havia substituído todo aquele tumulto. Quando o jogo acabou, Jules Rimet se viu sozinho, com a taça na mão e sem saber o que fazer com ela. Terminou por descobrir o capitão Obdulio Varela e lhe entregou a taça sem nenhum discurso. A festa era dos uruguaios. Realmente, o 16 de julho de 1950, a partir daquele momento, entraria na história esportiva do Brasil como um novo dia de finado. O titulo a caminho de Montevidéu era mais que uma lição.
Flávio Costa e os jogadores, de heróis, se transformaram em réus. O tribunal da opinião publica os condenou como autores de um crime monstruoso. O crime de perder a ultima batalha. E o maracanã, construído para a vitória, somente para a vitória, ficou marcado para sempre pelo gol de Gighia. Foi uma lembrança eterna e triste de uma tarde que os campeões do mundo deixaram de ser campeões para ser pobres e desacreditados vice campeões.
Quando o juiz inglês George Readers apitou o final do jogo, o goleiro Moacir BARBOSA correu os olhos pelas arquibancadas superlotadas do maracanã e procurou o placar. Lá estava: Brasil 1 x Uruguai 2. Voltou os olhos para o campo e viu o inicio da festa dos uruguaios. Procurou novamente o placar, para se certificar. Não havia duvidas – Brasil 1 x Uruguai 2. Barbosa ainda jogou futebol até o ano de 1962 com 42 anos de idade. Morreu carregando a acusação de ter sido um dos culpados pela derrota.


URUGUAY X BRASIL - LA FINAL DEL SIGLO


LOS JUGADORES BRASILEÑOS DESPUES DE LA FINAL
AUGUSTO da Costa dormiu sonhando com o titulo de campeão do mundo. E sonhava acordado com a taça na mão e um estádio lotado aplaudindo a seleção brasileira. Um sonho que se transformou em pesadelo para o resto de sua vida. Augusto saiu do maracanã direto para sua casa na Ilha do Governador. Não sabia o que falar. Nessa hora não existem palavras capazes de evitar aquela coisa que nos destrói por dentro. Um dia depois, voltou ao trabalho normalmente. Era da Policia Especial e, na sua repartição teve que aturar a gozação de seus colegas. Foi sua primeira e ultima Copa do Mundo.
JUVENAL Amarijo sempre culpou Barbosa e Bigode pela derrota do Brasil contra os uruguaios. Chega mesmo a afirmar que Obdubio Varela teria dado um tapa no rosto de Bigode. Juvenal passou décadas fazendo contas. Naquele 16 de julho, ele se sentiu campeão do mundo por três vezes. Quando o placar estava 0x0. Quando o Brasil fez 1x0 e quando o Uruguai empatou 1xl. O empate dava o titulo ao Brasil. Ele passou 14 dias dentro de casa, sem ouvir rádio ou ler jornais. Não queria ver ninguém.
José Carlos BAUER foi considerado o maior jogador da Copa de 1950, o Monstro do Maracanã. Ele desmente que Barbosa e Bigode tenham sido culpados. Afirma até, que os uruguaios entraram em campo apavorados. Quando empataram o jogo é que eles sentiram que poderiam ganhar. Os culpados foram todos os jogadores, dirigentes e a imprensa que antecipou uma vitória que ainda não tinha acontecido. Bauer saiu de São Paulo para ser campeão mundial. Jamais imaginava que iria fazer a viagem de volta, derrotado e dormindo no chão de um trem. Precavido, ele comprou uma passagem de trem para domingo à noite. Queria fazer a festa com seus pais em São Paulo. Um repórter o procurou para dizer que não poderia viajar no domingo. Haveria uma comemoração na sede da revista “O Cruzeiro” com todos os campeões depois do jogo e, ele não poderia faltar. O repórter o convenceu e Bauer devolveu a passagem. No domingo, quando a tragédia calou o maracanã, a comemoração virou pesadelo. Não tinha revista, não tinha repórter, não tinha ninguém ao seu lado e, também não tinha mais a passagem. Em companhia do falecido narrador esportivo, Geraldo José de Almeida e de um amigo, foram até a estação e embarcaram no trem de volta para São Paulo. A cabine era de dois e, o vice campeão do mundo Bauer teve que dormir no chão enrolado em um cobertor.
DANILO Alvim nunca conseguiu entender aquela derrota. Quando o Brasil estava ganhando de 1x0, o negócio parecia liquidado. O Uruguai continuava se defendendo para não perder de muito e os brasileiros continuavam atacante para golear. Danilo declara que ouviu o treinador Flavio Costa ordenar que os brasileiros voltassem um pouco mais. O segundo gol dos uruguaios foi um choque. O carnaval estava pronto. A torcida não foi ao maracanã assistir a um jogo de futebol. Foi ver o Brasil ser campeão do mundo. Danilo saiu chorando do maracanã amparado pelo locutor Jaime Moreira. Ele não conseguiu segurar as lagrimas. Depois da derrota apareceram as explicações. Umas verdadeiras, outras não.
João Ferreira, O BIGODE, nascido em Belo Horizonte, nunca esqueceu o lance que aconteceu aos trinta e seis minutos do segundo tempo. Uma bola lançada em profundidade para o ponteiro Gighia que havia dominou o próprio Bigode na corrida. O lateral brasileiro ficou na duvida, se dava um carrinho para tirar a bola, se fazia uma falta, ou se esperava a cobertura de Juvenal que não houve. E nessa indecisão, Gighia se tornou o herói uruguaio. Nenhum outro jogador brasileiro sofreu tanto como Bigode. A fama de covarde se espalhou pelo mundo inteiro com a mesma rapidez que haviam se espalhados os gritos antecipados de “Brasil campeão do mundo”. Bigode deixou que as duzentos mil pessoas saíssem do maracanã e, quando já era noite, tomou um ônibus e foi para casa. O trauma de 1950 jamais foi superado por Bigode.
Albino FRIAÇA Cardoso era o coringa da seleção. Deslocado para a ponta direita, ele se sentiu um deus quando marcou o primeiro gol do jogo. Naquele momento o maracanã enlouqueceu e Friaça também. A emoção foi tão grande que ele só se lembra de uma pessoa que veio abraçá-lo: o locutor Cesar de Alencar que estava atrás do gol. E ficou pensando: “O Brasil precisa somente de um empate e eu fiz o gol que amplia a vantagem. Então o jogo estava liquidado”. Quando Friaça saiu do maracanã foi para São Januário, estádio do Vasco. Foi dormiu e quando acordou estava em Teresópolis onde passou dois dias. Sua família estava procurando o jogador no Rio, em São Paulo e não sabia onde encontrá-lo. Dois dias depois é que Friaça foi se reencontrar com a família.
Thomaz Soares da Silva, o ZIZINHO, debita a derrota aos dirigentes que transferiram, depois da vitória sobre a Espanha por 6x1, a tranqüila concentração da Barra da Tijuca para o tumultuado São Januário. O estádio do Vasco foi invadido por torcedores que já consideravam os brasileiros campeões. Por políticos que queriam se promover as custas dos campeões e a imprensa que queria tirar fotos dos jogadores com faixa de campeão. A tranqüilidade dos atletas acabou ali. O próprio prefeito do Rio de Janeiro, General Mendes de Moraes, declarou antes do inicio do jogo: “Cumpri minha promessa construindo esse estádio. Agora, façam o seu dever ganhando o campeonato”. Durante muitos anos, Zizinho sonhava com o jogo. A derrota para os uruguaios tinha sido um pesadelo. O jogo de verdade ainda ia acontecer. Quando acordava sentia a realidade da vida.
ADEMIR Marques de Menezes, o artilheiro do mundial, foi quem fez também, o primeiro gol oficial no maracanã. Foi na estréia do Brasil contra o México. O exagero da torcida e da imprensa atrapalhou a seleção. Um fotografo pediu aos jogadores para tirar fotos que serviria como propaganda para a Antártica faixa azul que estava sendo lançada. Como existem truques para tudo, aproveitaram a faixa e colocaram os campeões mundiais. As fotos saíram nos jornais de sábado. Os jogadores brasileiros ficaram aborrecidos e os uruguaios também. Obdulio se aproveitou para mostrar aos companheiros que eles apenas iriam participar da festa. Os campeões já eram os brasileiros. Dentro dos vestiários, quando os jogadores estavam se preparando, foram obrigados a parar para atender a políticos que falaram que o nome do Brasil estava em jogo e que todos jogassem com disciplina porque os uruguaios poderiam acabar com o jogo antes do tempo.
JAIR da Rosa Pinto acredita que o time do Uruguai era muito bom. Tinha três atacantes que não ficava nada a dever aos nossos Zizinho. Ademir e Jair. Os uruguaios tinham Julio Perez. Miguez e Schiafino que eram craques. Maspoli era um goleiro excepcional. Além disso, o time era muito raçudo. Não tinha bola perdida. Para Jair, quem perdeu a Copa de 50, não foi Bigode ou Barbosa. Foram os onze jogadores. A responsabilidade era de todos, na vitória ou na derrota. Futebol não se ganha na véspera. Se ganha no campo. O Brasil fez tudo para vencer o jogo. Nunca passou pela cabeça de Jair a possibilidade de perder aquela partida.
Francisco Aramburú, o CHICO, conta que sentiu um mal pressentimento quando entrou em campo. Quando o jogo estava 1x1, Chico sentiu que Obdulio Varela comandava seu time no grito. Com um pressentimento ruim, ele correr até Ademir e Zizinho e disse que iria provocar Obdulio para que os dois fossem expulsos. Os companheiros lembraram que os dirigentes queriam muita disciplina dentro do campo. Quando o jogo terminou, Chico não chorou, mas teve uma emoção tão grande que não sabe explicar. Foi para casa e não saiu. Ver o Danilo chorando traumatizou o ponteiro. Passou dias sem dormir. Chico tinha como certa a conquista da Copa do Mundo de 1950. Depois da derrota, passou a ver tudo de uma maneira diferente. Não existiu facilidade. Naquele tarde, a seleção foi obrigada a aprender o que é o amargor de uma derrota.
FLAVIO COSTA, o treinador, foi apontado como um dos principais culpados. Para ele a imprensa mundial indicava a seleção brasileira como a grande favorita. Era um time muito bom. Venceu quatro jogos de forma convincente e emocionou ao mundo inteiro. Perdeu o jogo que não poderia perder. Mesmo assim, a derrota não tira o brilha de uma seleção que encantou a imprensa européia que viu um futebol diferente daquele que conhecia. Era um futebol rápido e alegre, diferente do futebol medido e compassado que se jogava na Europa. Para Flavio Costa a derrota não tem explicação. Ninguém perde porque quer. Foi uma fatalidade. Estava escrito que, naquela tarde, o vencedor seria o Uruguai.

DESDE LA FRONTERA URUGUAY-BRASIL LLEGO UN LEÓN – EL ARTIGUENSE MATÍAS GONZALEZ “LEÓN DE MARACANÁ”
NUESTRO COTERRANEO Matías González: El león de Maracaná * EL NEGRO POTOTO
EVOCACIÓN DE MATIAS GONZALES A 38 AÑOS DE MARACANÁ (Escrito en 1988)
Por el Profesor : Raúl Mello (Literato)

Nació para campeón. El destino se empeñó en encumbrarlo. Una y otra vez le limpió el camino de obstáculos y barreras. De su Independencia local al partido final en Maracaná una urdimbre de circunstancias colaboró en su consagración.
Tal la huelga de jugadores de 1949, que le permitió lucir sus condiciones.
Luego, aunque no fue originalmente citado para integrar la selección de 1950, terminó integrándola finalmente porque Raúl Pini, uno de los citados es trasferido al Millonarios de Colombia, J. Bermúdez, otro de los citados, también defecciona por lesión, y Muñiz, también convocado, sufre un quebranto de salud. Entonces, el morocho defensor de Cerro, es llamado junto a Eusebio Tejera a integrar el cuadro celeste. 
Además, bajas actuaciones de Willam Martínez en la Copa Roca disputada anteriormente le aseguran la indiscutida titularidad. 
Brasil. Copa del Mundo. Contra Bolivia Uruguay gana 7 a 0 y Matías González es ya figura destacada. 
Y llega la tarde señera del 16 de julio de 1950. Hace 38 años.
Brasil, amplio favorito. La victoria es fija nacional. La máquina norteña ha venido goleando a sus escuadras rivales. Por anticipado se prepara el carnaval de las celebraciones. 
El Maracaná gigantesca olla de cemento, se estremece con 200.000 "torcedores" eufóricos. En la cancha 11 uruguayos. Entre ellos Matías González. Y se obró el milagro. Uruguay Campeón. 
Los que siguieron por radio aquel partido, lo refieren a sus hijos como una gesta deportiva y patriótica, verdadero orgullo nacional, que el tiempo ha ido convirtiendo en mito dorado.
Matías González neutraliza al goleador Ademir, y es figura descollante.
Para usar un concepto borgeano, el destino glorioso se le revela esa tarde, más que en ningún otro momento fue tan él mismo.
Luego continuará sin brillar tiempo más en actividad. Pero no importa. Cuando debió ser grande lo fue en la hora justa.
La prensa lo llamó desde aquella tarde "el león de Maracaná". 
Hace algunos años nos dejó para siempre para unirse a otros grandes del pasado.
El reciente recuerdo de la fecha de Maracaná actualiza una inquietud que viene promoviendo su amigo Ariel Torterola, en el sentido que las autoridades municipales den el nombre de Matías González a nuestro estadio.
Sería la forma de hacer justicia a un artiguense, nuestro único campeón mundial, un ungido de la gloria deportiva.
Nota de edición:
Ese mismo año, precisamente el 20 de diciembre en la Junta Departamental 
se aprobó bautizar a nuestro estadio municipal con el nombre de Matías González 


Años más tarde Raúl Mello volvió a escribir sobre el Negro Pototo. 
En su postrer libro "San Eugenio, memorias y adioses" hay un poema que debemos compartir con todos los artiguenses.
A dos días del 18 de julio, fecha patria de la República Oriental del Uruguay por cumplirse un nuevo aniversario de su primera Constitución, hay otro “feriado” ineludible y está estrechamente vinculado al fútbol: 16 de julio, fecha de Maracaná y todo dicho. Video
Este sábado se cumplen 61 años de la gesta de Maracaná. Que fue, es y será la máxima hazaña de la historia de los mundiales, no hay dudas. Que nunca se repetirá una situación así en Copas del Mundo, tampoco.
La celeste, mal preparada en lo previo al torneo, con problemas internos y enfrentando a un rival que parecía considerablemente superior, siguió estirando una leyenda que había dado inicio algunas décadas atrás.
Pero la consagración no se limita a esa mágica tarde del 16 de julio de 1950, cuando más de 180.000 personas fueron testigos de una tragedia que para tres millones sigue siendo motivo de orgullo.
El antes
No es exclusividad de los tiempos modernos el hecho de que una selección uruguaya llegue mal preparada a un Mundial, pero como habitualmente se dice, “los triunfos tapan todo”.
El entrenador asumió en su cargo 15 días antes del inicio del certamen, ya que la dirigencia uruguaya no lograba ponerse de acuerdo en la designación de un director técnico.
Los partidarismos no hacían posible que hubiera consenso, por lo que los nombres del húngaro Emérico Hirsch (Peñarol) y de Pedro Cea (Nacional) quedaban por el camino. Enrique Fernández aceptó el desafío pero renunció rápidamente, y José Nasazzi tenía influencia en las decisiones vinculadas a la selección, pero también rechazó asumir la dirección técnica.
Por ello, se llegó al nombre de Juan López, de Central Español, que fue asistido por el profesor Romeo Vázquez y tres kinesiólogos, entre los que estaba el amuleto Ernesto “Matucho” Fígoli, el único uruguayo protagonista de las cuatro consagraciones celestes a nivel mundial.
Todas esas dificultades se sumaron a la huelga de 1948 y sus secuelas. El cese de actividades entre octubre de 1948 y abril del año siguiente, dejó trunco un torneo y tirantes varias relaciones.
En el medio, Uruguay se presentó a un Sudamericano en Brasil, con jugadores amateurs y algún profesional que no acató el paro. Entre ellos estaba Matías Gonzales, a quien los compañeros dejaron de dirigirle la palabra, y no lo querían en el equipo.
Sin embargo, Nasazzi como integrante de la comisión de selección, dijo que “si Uruguay quiere ser campeón, el back derecho debe ser Matías Gonzales”, y como el hombre “algo” del puesto entendía, se hicieron las gestiones para lograr una solución.
Charlaron el Mariscal y el Negro Jefe, y hubo humo blanco. Obdulio reunió a los suyos antes de partir hacia suelo brasileño y fue bien claro: “con Matías estuvimos en veredas opuestas, pero hoy tenemos que estar todos juntos. Ahora le voy a dar la mano, y luego lo harán todos". Punto final al conflicto.
El torneo
Sin su mejor forma futbolística ni partidos amistosos que sirvieran de preparación, llegaba la celeste a Brasil con la suerte que a veces se necesita. Es que en las eliminatorias no se presentaron Ecuador ni Perú, por lo que Uruguay y Paraguay quedaron automáticamente clasificados.
El debut en Belo Horizonte el 2 de julio fue más fácil de lo esperado, y se logró un contundente 8-0 que daba el pase a la fase final, ya que por dos deserciones el grupo 4 quedó reducido a dos participantes.
El resto de la historia es más conocida. Empate a dos con España con gol de Obdulio Varela desde 35 metros para igualar a los 73' en Pacaembú (Sao Paulo), y sufrido triunfo ante Suecia en el mismo escenario por 3-2, con doblete de Oscar Míguez a los 77' y 85' para dar vuelta el score adverso.
La final
Tres días después llegó la final y la decepción brasileña. Decir que los goles los marcaron Alcides Ghiggia y Juan Alberto Schiaffino resulta una obviedad, tal como recordar que aquellos dirigentes que no se ponían de acuerdo para designar un técnico y luego se votaron medallas de oro (y a los jugadores de plata), recordaron a los futbolistas que “perdiendo por tres está bien”.
Es que el dueño de casa venía de golear a los mismos rivales que a la celeste le costó sangre, sudor y lágrimas doblegar. Por ser un cuadrangular y no una final como las de la actualidad, a los norteños les alcanzaba con el empate para levantar la Copa.
“Cumplidos sólo si ganamos”, fue la palabra del Negro Jefe, que pidió a los suyos “no mirar para arriba. El partido se juega abajo y los de afuera son de palo”. Y se ganó metiendo pero también jugando. Un grande lloró, y un pequeño gigante festejó un triunfo que hasta hoy genera sentimientos de nostalgia.
Las voces de Carlos Solé, Heber Lorenzo (CX 8 Radio Sarandí), Duilio De Feo, César Luis Gallardo (CX 24), Chetto Pelliciari y Luis Víctor Semino (CX 18 Sport) fueron las encargadas de relatar una victoria que sacó a la gente a las calles.
Para el rival fue la última vez con la camiseta blanca, y para el mundo entero una sorpresa. Incluso para el presidente de la FIFA Jules Rimet, que no sabía bien qué hacer a la hora de la ceremonia, con un papel guardado en un bolsillo con un discurso para agasajar al campeón, que no podía ser otro que Brasil.
“Con la copa o sin ella, somos campeones igual”, dijo Obdulio antes de recibir el trofeo y festejar con los suyos.
Roque Máspoli; Matías Gonzales, Eusebio Tejera; Schubert Gambetta, Obdulio Varela, Víctor Rodríguez Andrade; Alcides Ghiggia, Julio Pérez, Omar Míguez, Juan Alberto Schiaffino y Ruben Morán fueron los 11 elegidos por el destino para llevar adelante aquella hazaña.
Aníbal Paz, Juan Carlos González y Ernesto Vidal lo hicieron en otros encuentros, y también integraron aquel plantel Williams Martínez, Héctor Vílchez, Rodolfo Pini, Washington Ortuño, Julio César Britos, Carlos Romero, Luis Rijo y Juan Burgueño.
Para todos ellos, el eterno agradecimiento de un pueblo que se enorgullece de su historia, y no por ello dejará de ilusionarse con repetir viejos logros para poder festejar un nuevo título mundial.

¿ OBDULIO VARELA ERA BRASILERO ?
Ghiggia diz que Obdulio Varela, capitão uruguaio em 50, era brasileiro

Em entrevista a estudantes, autor do gol de derrubou a Seleção no Maracanã garante que destaque da Celeste nasceu no Brasil. Registros oficiais mostram o contrário

U OBEDULIO

OBDULIO EL GRAN CAPITÁN
FRASE DEL GRAN OBDULIO  -- "No piensen en toda esa gente, no miren para arriba, el partido se juega abajo y si ganamos no va a pasar nada, nunca pasó nada. Los de afuera son de palo y en el campo seremos once para once. El partido se gana con los huevos en la punta de los botines”
Aquel día de 1950 el 'Negro Jefe' Obdulio se encargó de echar hielo puro al infierno brasileño. Iban a una 'muerte deportiva' segura, pero Obdulio se rebeló y en el mismo túnel gritó a sus compañeros: "No piensen en toda esa gente, ni en el ruido, no miren para arriba. El partido se juega abajo... ¡Los de afuera son de palo!". Y también durante el partido, tras el gol del brasileño Friaça, y en el colmo de la valentía, se le ocurrió la treta de todos los tiempos. El libro del periodista deportivo uruguayoJuan Pippo ('Obdulio Varela: desde el alma') lo pone en primera persona: "¿La verdad? Yo había visto al juez de línea levantando la bandera. Claro, el hombre la bajó enseguida, no fuera que lo mataran. Yo cogí la pelota y me fui a hablar con él. Me insultaba el estadio entero con la pelota en la mano, obviamente por la demora. ¡Si me banqué aquellas luchas en canchas sin alambrado, de matar o morir, me iba a asustar allí, que tenía todas las garantías! Sabía lo que estaba haciendo. Ahí me di cuenta que si no enfriábamos el juego esa máquina de jugar al fútbol nos iba a demoler. Lo que hice fue demorar, nada más. Esos tigres nos comían si les servíamos el bocado muy rápido". Dicho y hecho: Varela se convirtió en el dueño de la pelota, ordeno y mando del mediocampo. Y Juan Schiaffino y Alcides Ghiggia, en los verdugos de los últimos minutos con sus dos goles para la Historia.

“CLEMENCIA PARA LOS VENCIDOS” OBDULIO VARELA

Celebración consolando a los tristes caídos

El parrandero Obdulio, que cuenta la leyenda entrenaba las gambetas en el césped bailando con mujeres en los bares, también dejó algunas anécdotas después del choque del siglo. No fue a celebrarlo con los suyos sino que se perdió por las barras de Río, invitando a cerveza, consolando a sus hermanos de raza. "La tristeza de la gente fue tal que terminé sentado en un bar bebiendo con ellos. Cuando me reconocieron, pensé que me iban a matar. Por suerte fue todo lo contrario, me felicitaron y nos quedamos bebiendo juntos".
Antonio Mercader (quien fuera Ministro de Educación de Uruguay) escribió en 1974 sobre la integridad del hombre que se disfrazó deHumprey Bogart (Galeano dixit en 'Fútbol a sol y sombra') en la revista 'Siete Días': "Desde que volvió de Maracaná le huye a la fama. En 1950 bajó del avión en el aeropuerto de Carrasco, pidió un sombrero y se lo calzó hasta los ojos; levantó las solapas del impermeable y así camuflado se escurrió entre la gente. Se aisló, rehuyó a los periodistas que sitiaron su casa y durmieron en la vereda, esperándolo. Todavía sigue en la misma. '¿Entrevistas? ¿Para qué?".
Como premio de la mayor proeza de la historia fútbolística recibió una medallita de plata y un dinerillo que le valió para comprar un Ford del año 1931 que le robaron a la semana. "No se le oyó una queja nunca". Así era Obdulio. Cuando los dueños de Peñarol pusieron la primera publicidad en las camisetas de su historia, Obdulio se negó diciendo: "Ya pasó el tiempo en el que a los negros nos señalaban con argollas", y salió con su 'saco' de siempre.

UN POCO DE BIOGRAFÍA DEL “NEGRO JEFE” CAPITÁN CELESTE EN 1950
Obdulio Varela: empatía y tristeza de un campeón                                                                 
Obdulio Varela (Obdulio Jacinto Muiño Varela)
 Este gran deportista nació en 1917 en la ciudad de Montevideo, R.O. del Uruguay. Se crió en un barrio de personas económicamente humildes y apenas si fue algunos pocos años a la escuela primaria. Era un chico asmático e hijo de padres separados. Comenzó a jugar al fútbol en los potreros de su barrio, luego en el club Deportivo Juventud, y en el año 1937 pasó a ser un jugador semi profesional en el legendario Club Montevideo Wanderers. En 1943 lo adquirió el Club Atlético Peñarol, institución que lo contó en sus filas hasta su retiro, en 1955. Debutó en el seleccionado uruguayo en 1939 y en 1942 fue campeón sudamericano.
 ¿Cómo era Obdulio Varela desde el punto de vista técnico? Ocupaba lo que ahora se designa como "volante", pero que en aquellas épocas se designaba como "centre hall" (o el dicho común rioplatense de "centrojá"). Su rendimiento técnico era nada más que aceptable, o quizás solamente bueno. No era muy veloz al correr, tampco corpulento, dominaba los distintos recursos técnicos dentro de lo que se esperaría normalmente de un jugador de primera división y nada más. En ese aspecto no sobresalía. Pero, ¿en donde estibaba entonces el hecho de que se haya convertido en un personaje futbolístico que llegó a trascender a través de la historia deportiva del mundo? En su personalidad. Ello significó ganarse el apodo de "negro jefe". Sin gritos y sin histerias sabía poner en vereda con severidad a sus compañeros de equipo cuando éstos no hacían las cosas como debían; bastaban unas pocas palabras, o quizás una mirada llena de rigor como la de un padre severo con sus hijos para darse cuenta que se tenía que poner mayor empeño en tal o cual aspecto del juego. Asimismo fue muy respetado por sus rivales ocasionales, los cuales sabían que con este "gran negro" no era conveniente buscar problemas. Aunque Obdulio Varela fue un jugador del tipo recio, siempre fue partidario del juego limpio, sin mañas, desdeñando la brutalidad. En cierta ocasión, como capitán del conjunto de Peñarol, un adversario golpeó brutalmente y con toda alevosía a uno de sus compañeros. La agresividad de ese contrario ameritaba la expulsión inmediata del juego, ello era evidente. Pero de forma inexplicable, dicha falta se sancionó como una simple contingencia del juego. Obdulio Varela tomó de inmediato el balón, se dirigió al juez, y de manera respetuosa le observó que si en algún momento algún jugador de su equipo, es decir, de Peñarol, cometía semejante acto de brutalidad, le pedía por favor que lo expulsara de la cancha, puesto que él, como capitán, no podría tolerar que uno de los suyos realizara semejante acto tan desdeñable.
    Pero la gran personalidad de Obdulio Varela se pudo plasmar con nitidez en lo ocurrido en Julio del año 1950, en ocasión del IV Campeonato Mundial de Fútbol disputado en la ciudad de Río de Janeiro. Su actuación en dicho torneo fue lo que lo catapulto realmente a la gran historia del mundo futbolístico, y quizás de todo el deporte. Aquí se pudo palpar por parte de este hombre sus recursos psicoemocionales, la verdadera astucia, el conocimiento o la perspicacia para llegar a percibir las virtudes y también el "talón de Aquiles" de los adversarios, y de acuerdo a ello determinar la forma adecuada para manipular o aprovechar las distintas reacciones de los mismos en beneficio propio.

OBDULIO VARELA Y LA GRAN FINAL
    El estadio de Maracaná ya estaba lleno desde tempranas horas de la mañana, dado que para los brasileños la final del campeonato mundial se convirtió en una verdadera fiesta nacional. Tenían todas las de ganar puesto que su escuadra estaba demostrando una eficiencia de primerísimo nivel; ¡qué se podría esperar del equipo uruguayo, el cual apenas si pudo con rivales que ellos, los brasileños, prácticamente demolieron con toda facilidad!
    Es muy interesante lo que se desarrolló en el vestuario de los orientales previo a su salida a la cancha. Uno de los dirigentes entró a dicho recinto para "alentar" a los jugadores y les expresó que "perdiendo por menos de cuatro goles de diferencia se salvaba el honor". Rápidamente Obdulio Varela salió al cruce y respondió con verdadera autoridad: "¿perder?... ¡Nosotros vamos a ganar este partido! ". También de ese ambiente salió una famosa frase en cuanto a que "Los de afuera son de palo". Algunos se la han atribuido a Obdulio Varela, mientras que otros a uno de los marcadores de punta, el recordado Schubert Gambeta (1920 - 1991). En realidad no importa de quien se originó dicha frase, pero ese era el espíritu de todo el conjunto uruguayo al salir a la cancha: "¡¡los de afuera son de palo!! ". Obdulio Varela agregó algo muy importante antes de salir al campo, "muchachos, si los respetamos a los brasileños, nos caminan por arriba… ¡vamos a salir a ganar el partido! ".
La salida a la cancha
    El mismo Varela reconoció años más tarde que estaba muy conciente de lo que sería salir al campo de juego, de enfrentarse a esa "olla caliente" del estadio de Maracaná ocupada por casi doscientas mil personas ? el estadio deportivo más grande del mundo, comparándolo inclusive con el de Berlín, en donde se habían realizado los Juegos Olímpicos del año 1936 ? las cuales alentarían a su equipo, que era favorito y en el cual prácticamente no habrían partidarios para el conjunto uruguayo. Teniendo esto en cuenta, Obdulio Varela, que obviamente era el capitán del equipo, los reunió poco antes de entrar al túnel que los conduciría a la cancha y con toda claridad les dio la siguiente instrucción: "Salgan tranquilos, no miren para arriba. Nunca miren a la tribuna… EL PARTIDO SE JUEGA ABAJO". 
    Con estas directivas del gran capitán, el equipo salió a la cancha, incluso lo hicieron despacio, caminando, como dando a entender que estaban muy, pero muy tranquilos. Obviamente la entrada de los locales fue verdaderamente apoteósica, ello se pudo percibir por las distintas estaciones radiales que transmitían el partido tanto para Brasil como el Uruguay y en donde apenas si se pudieron escuchar las palabras de los locutores debido al ruido ensordecedor que emanaba desde las tribunas.
El desarrollo del partido, un hecho insólito y el triunfo
    El comienzo del encuentro fue muy favorable al equipo brasileño, el cual, mediante su accionar estaba demostrando claramente que era el favorito, jugadas claras, de gran precisión, lo que de alguna forma hizo lucir reiteradas veces al arquero uruguayo Roque Gastón Máspoli (1917 - 2004). Brasil seguía dominando el juego, atacando constantemente; pero estaba ocurriendo algo llamativo: los locales no podían convertir ningún gol. Es cierto que dominaban el juego, que ellos eran los que tenían en forma repetitiva el balón en sus pies, pero la defensa uruguaya era un verdadero muro de acero. De esta forma concluyó el primer tiempo de juego: 0 - 0, lo que de todas formas ya otorgaba la copa Jules Rimet a los locales: con sólo empatar ya eran campeones.
    Comenzó el segundo tiempo, y ante un descuido de la defensa uruguaya, apenas a los 2 minutos de iniciado el juego el equipo brasileño convierte un gol. Si la entrada de estos al estadio había sido apoteósica, en esta ocasión el grito eufórico de los asistentes al encuentro se escuchó prácticamente a varios kilómetros del estadio. Todo Brasil estaba radiante, eufórico, ¡ya podían comenzar a festejar!
    Pero a continuación ocurrió un hecho insólito, sumamente llamativo y que tomó a todos por sorpresa. Fue una situación que verdaderamente hizo historia, que de cierta forma "paralizó" tanto a brasileños como uruguayos y que causo una especie del "quiebre" en el desarrollo del encuentro, que revirtió todo lo realizado hasta ese momento por ambos contrincantes. Fue una situación que nadie hubiera imaginado. ¿Qué fue entonces lo que sucedió? No bien el jugador Albino Cardoso Friaça (1924 - ) convirtió su tanto, Obdulio Varela tomó rápidamente la pelota, y sin desprenderse de ella se dirigió al juez, Mr. George Harris (de Inglaterra) para quejarse dado que para él, ese gol debía de anularse, había sido hecho en situación de "fuera de juego", es decir, "off side". Obviamente el "negro jefe" hizo su reclamo en el idioma español, pero como el árbitro de las Islas Británicas no hablaba dicho idioma, hubo que llamar a un intérprete; este tardó en llegar, con lo cual el tiempo estaba pasando y por dicho motivo el reinicio del juego se demoraba . Según se relata en el libro del periodista deportivo uruguayo Juan Pippo titulado "Obdulio Varela: desde el alma", "¿La verdad? Yo había visto al juez de línea levantando la bandera. Claro, el hombre la bajó enseguida, no fuera que lo mataran… me insultaba el estadio entero ? obviamente por la demora del juego ? pero no tuve temor... ¡Si me banqué aquellas luchas en canchas sin alambrado, de matar o morir, me iba a asustar allí, que tenía todas las garantías! Sabía lo que estaba haciendo", agregó. "(...) "Ahí me di cuenta que si no enfriábamos el juego, si no lo aquietábamos, esa máquina de jugar al fútbol nos iba a demoler. Lo que hice fue demorar la reanudación del juego, nada más. Esos tigres nos comían si les servíamos el bocado muy rápido".
    El parlamento entre el capitán de los uruguayos y el árbitro del partido se prolongó durante varios minutos; ello causó lo que Obdulio Varela esperaba, el objetivo tan deseado, dado que él sabía muy bien lo que ello significaría: enfriar a los brasileños, tanto jugadores como también al público. Luego de ello les dijo a sus compañeros con un espíritu muy, pero muy positivo, "bueno, se acabó, ahora vamos a ganarles a estos 'japoneses'", término que utilizaba con frecuencia para referirse a cualquier extranjero. De esta forma el "negro jefe" le entregó el balón a Mr. Harris para reiniciar el juego. El escritor Osvaldo Soriano comentó sobre la perspicacia de obdulio Varela: "No tuvo oído para los brasileños que lo insultaban porque comprendían su maniobra genial: Obdulio enfriaba los ánimos, ponía distancia entre el gol y la reanudación para que, desde entonces, el partido ? y el rival ? fueran otros. Hubo un intérprete, una estirada charla, algo tediosa, entre el juez y el morocho. El estadio estaba en silencio. Brasil ganaba uno a cero, pero por primera vez los jóvenes uruguayos comprendieron que el adversario era vulnerable. Cuando movieron la pelota, los orientales sabían que el gigante tenía miedo". Todo esto era muy cierto dado que Obdulio Varela tuvo toda la razón. Los uruguayos comenzaron a dominar el juego, de tal forma que a los 17 minutos del segundo tiempo Juan Alberto Schiaffino (1925 - 2002) produjo el empate. Los brasileños no lo podían creer, ¡les habían igualado en el marcador! Estos ya no eran ni sombra de lo que había sido en los encuentros anteriores y tampoco como se habían manejado durante el primer tiempo de este encuentro: estaban como "congelados" y en cierta forma como asustados. Esto mismo lo destacó el arquero uruguayo Máspoli más adelante: "ellos no respondían…en una jugada, un muchacho brasileño se cayó, lo ayudé a levantarse y le palmeé la cara, porque nos conocíamos todos, ¡Estaba helado, pálido! El empate los mató". De todas maneras, con sólo mantener el empate, ya eran virtualmente los campeones del mundo. Pero faltando diez minutos para finalizar el partido se produjo la verdadera catástrofe deportiva para ellos. El puntero derecho uruguayo Alcides Edgardo Ghiggia (1926 - ) recibe un pase, amaga tirar la pelota hacia el centro del área. El arquero brasileño reacciona como era debido dado que comienza a desplazarse desde el palo izquierdo hacia el centro en espera de que el puntero uruguayo levante el centro y cubrir de esta forma todo el arco. Pero éste hace todo lo contrario, lo que no se esperaba, dado que patea directamente al arco y el balón entra hasta el fondo de la red entre el arquero Moacir Barboza (1921 - 2000) y el palo izquierdo, un espacio que no fue mayor a un metro. Más adelante el jugador uruguayo comentaría "Barboza hizo lo lógico y yo lo ilógico", aunque también agregó, "sólo tres personas silenciaron el Maracaná: el Papa, Frank Sinatra… y yo". A partir de ese momento se presentaron dos tendencias psicológicas distintas, dos formas antagónicas de ver el partido; para los brasileños el tiempo que quedaba hasta el final se veía sumamente reducido, los minutos corrían para ellos a gran velocidad; para los uruguayos, en cambio, especialmente los que escuchaban el encuentro a través de la radiofonía, ese mismo lapso se convirtió en una eternidad. ¡Para Brasil y Uruguay las manecillas del reloj "se desplazan a distintas velocidades"! 
  Sobre la finalización del encuentro el equipo de Brasil creó algunas situaciones de riesgo para los orientales, pero finalmente el tanteador no se modificó: 2 a 1 a favor de estos últimos. Cuando Mr. Harris tocó la pitada dando por finalizado el encuentro obviamente las reacciones fueron diametralmente opuestas. La alegría y euforia para los uruguayos y la enorme desazón, tristeza y estupor para todo el Brasil. Era inconcebible lo que había sucedido dado que la Copa "Jules Rimet" prácticamente se les había "resbalado" de sus manos. De todas formas el público brasileño que llenaba el estadio se comportó de manera sobresaliente, ejemplar, ni un grito adverso, violencia, o alguna palabra de más. El reconocimiento a los jugadores orientales llegó a tal nivel, que al día siguiente del encuentro, al ir éstos de compras por la ciudad, los comerciantes hasta les regalaron lo que querían comprar. El público brasileño mereció el mayor de los encomios por su conducta.

OBDULIO LUEGO DE LA FINAL
La situación después del encuentro final: la empatía de un gran jugador
    Dentro del protocolo de los campeonatos mundiales de fútbol está determinado que una vez finalizado el encuentro final, el presidente de la Federación Internacional de Fútbol Asociado, FIFA, debe entregar la copa que se adjudica al ganador del torneo o partido final. En este caso se trataba de la "taça" Jules Rimet (1873 - 1955), debido a que dicho persona era el que en ese momento ocupaba esa posición de privilegio. Pasado cierto tiempo él mismo relató lo que le ocurrió en aquella ocasión de la final del Campeonato Mundial.
    "...Todo estaba previsto, excepto el triunfo de Uruguay. Al término del partido yo debía entregar la copa al capitán del equipo campeón. Una vistosa guardia de honor se formaría desde el túnel hasta el centro del campo de juego, donde estaría esperándome el capitán del equipo vencedor (naturalmente Brasil). Preparé mi discurso y me fui a los vestuarios pocos minutos antes de finalizar el partido (estaban empatando 1 a 1 y el empate clasificaba campeón al equipo local). Pero cuando caminaba por los pasillos se interrumpió el griterío infernal. A la salida del túnel, un silencio desolador dominaba el estadio. Ni guardia de honor, ni himno nacional, ni discurso, ni entrega solemne. Me encontré solo, con la copa en mis brazos y sin saber que hacer. En el tumulto terminé por descubrir al capitán uruguayo, Obdulio Varela, y casi a escondidas le entregué la estatuilla de oro, estrechándole la mano y me retiré sin poder decirle una sola palabra de felicitación para su equipo... ".
    Es de hacer notar que el "negro jefe" se dio cuenta de la sorpresa del Dr. Jules Rimet al aparecer en la cancha, pudo percibir su incertidumbre dado que éste empezó a deambular de un lado para el otro sin saber qué era lo que tenía que hacer. Obviamente el presidente de la FIFA estaba preparado para un protocolo específico, pero ahora se encontraba sorpresivamente ante un libreto completamente cambiado, diferente. Obdulio Varela se dio cuenta que Rimet estuvo por darle la copa al capitán de los brasileños: aparentemente el Presidente de la FIFA no se había enterado que los uruguayos había convertido el segundo gol y habían ganado el partido. Por dicho motivo el "negro jefe" se dirigió hacia él y prácticamente tuvo que sacarle el trofeo de las manos. Dentro del campo de juego había inclusive una banda, la cual tocaría el himno del país que se adjudicaba el torneo, es decir, estaba preparada para ejecutar el himno del Brasil junto a un podio que se instalaría no bien finalizara el encuentro. Dada las inesperadas circunstancias el mismo no se instaló ni tampoco se tocó himno alguno. El cuerpo de custodia que acompañó a Jules Rimet a la cancha lo hizo prácticamente llorando. Este fue pues el desenlace final del partido.
    Pero, ¿qué fue lo que hicieron los jugadores uruguayos una vez que finalizó la "ceremonia" de entrega de la Copa y se retiraron del estadio? Salieron a divertirse y festejar el triunfo en la costanera de la hermosa playa de Copacabana. Obviamente tenían todos los merecimientos para ello. Pero en dicho grupo faltó alguien; fue nada menos que el personaje que cargó sobre sus espaldas la gran responsabilidad del triunfo, uno que mediante el empuje de su personalidad había hecho revertir algo que se consideraba como una "misión imposible": Obdulio Varela. Éste se dio cuenta de cuáles habían sido las consecuencias del triunfo de los orientales. Sin que sus compañeros se dieran cuenta, prácticamente se escapó del modesto hotel en donde se habían alojado y comenzó a deambular en solitario por la ciudad carioca, las cuales prácticamente también estaban vacías. Según él mismo lo relató más adelante, entró a un bar y "me puse a tomar 'caña' (aguardiente de caña) esperando que no me reconocieran, porque creía que si eso sucedía me matarían. Pero me reconocieron enseguida y, para mi sorpresa, me felicitaron, me abrazaron y muchos de ellos se quedaron bebiendo conmigo hasta la madrugada", contó a la agencia dpa en una entrevista realizada en 1993. ¿Cuál fue el motivo de esta conducta por parte del capitán del equipo oriental? El sentir que en cierta forma él fue muy responsable del triunfo ante el equipo brasileño, de la gran tristeza que embargaba a toda esa nación, de la enorme desazón que se les había provocado por la derrota ante los uruguayos; se supo de casos de infartos y hasta suicidios. El "negro jefe" sintió gran empatía por el dolor de toda esa gigantesca nación; él mismo sintió una enorme pena, la cual llegó a ser más intensa que la euforia por la cual pasó no bien había finalizado el encuentro con los brasileños.
    Obdulio Varela regresó al hotel en donde estaban alojados cuando ya estaba despuntando el alba.

UN POCO MÁS DE LA VIDA DEL GRAN OBDULIO VARELA
Epílogo
    Además, es necesario destacar el elemento ético de Obdulio Varela ante la vida y según fue pasando el tiempo hasta su fallecimiento. Se retiró en el año 1955 para dedicarse a su muy querida esposa, a sus seres queridos. El mayor espacio de su vida era para su familia y sus amigos más cercanos. Durante el resto de su vida fue muy requerido por la prensa, la escrita, radial y luego también la televisiva. Casi siempre rehusó a la misma. En las varias décadas que siguieron a su retiro, en muy pocas ocasiones se pudo conversar con él para algún reportaje. Dentro de esa gran personalidad, vital en todo sentido, de postura firme, sólida, se ocultaba también un hombre humilde, el cual nunca quiso que lo endiosaran dado que también reconocía sus limitados alcances como ser humano. Es indudable que detrás de todas aquellas personalidades que buscan el primer plano a cualquier costo, la necesidad imperiosa de ser reconocidos, de ser entrevistados, mostrados, existe alguna debilidad emocional, búsqueda de afirmación de la personalidad. Sin la misma se encuentran como "vacíos", desprotegidos, débiles y aparentemente sin asidero en la vida. Obdulio Varela no necesitaba de estos "puntos de apoyo" debido a que se encontraba muy por encima de todas esas carencias. Su propia persona, sus seres queridos y sus pocos amigos de la intimidad eran suficientes para encontrar la dicha en la vida. Sin embargo, este hombre que hasta podía asustar al mismísimo diablo cuando se ponía serio, era también de una personalidad muy sensible. En 1996 fallece el gran amor de su vida, su esposa Catalina. Obdulio Varela no pudo soportar la pérdida de ésta, y a los pocos meses, exactamente el 2 de agosto del mismo año él también sucumbe ante la muerte. El Presidente de la República, en ese momento el Dr. Julio María Sanguinetti dispuso que se le tributaran honores especiales. Prácticamente todo el Uruguay estuvo de duelo y lloró por la pérdida del famoso "negro jefe".


TRISTEZA NAO TEM FIM – ASÍ SE VIVIÓ LA FINAL EN LA FAMILIA ARANTES DO NASCIMENTO (Familia del “Rey” Pelé)
AÑOS DESPUÉS

Pelé siempre dijo que lo que lo motivo a jugar fútbol fue para vengar la la tristeza que sintió su padre en el Maracanazo. 
En su libro "Mi Legado" dice; "En julio de 1950 yo tenía nueve años. Estaba jugando en la calle, como siempre, y Dondinho me llamó: "adentro, que ya empieza la final". ¿Qué final?, pregunté. "La final del mundo entre Brasil y Uruguay". -¿Y qué pasa?, insistí. "Que va a ganar Brasil y vamos a celebrar", respondió. Papá, tío Jorge y varios amigos escuchaban el juego por radio. Cuando terminó, con el triunfo de Uruguay por 2 a 1, Dondinho lloraba. Nunca había visto a mi padre llorar y le dije, por esas cosas de niños, para consolarlo: -No llore, papá. Yo voy a ganar una Copa del Mundo para usted, se lo prometo". 
Pele, es producto de la hazaña mas grande que conoce el futbol. El dolor de su padre lo obsesionó a convertirse en lo que fue, el mejor del mundo en su tiempo.
Ahora quiere la oportunidad de sentirlo en carne propia, pero hay un detalle.... 
Si Uruguay y Brasil llegarán a la final del Mundial del 2014, eso nunca seria una revancha porque las condiciones son diferentes. 
En 1950 Brasil con empatar era campeón y eso no se va a volver a dar nunca en la vida. 
Pero...¿Quien dice que Pele no termine como nacio?
”Eu tinha sete para oito anos e vi o meu pai chorando porque o Brasil perdeu a Copa como favorito. Ninguém pensava que a gente poderia perder.


DOS JOYAS FOTOGRAFICAS

URUGUAY EN LA CIUDAD DE ARTIGAS 1950


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