HISTORIA DE LOS MUNDIALES DE FÚTBOL
MUNDIAL 1950 –
COPA DO MUNDO
1950- WORLD CUP 1950 * PARTE 4
MARACANAZO Y ALGO MÁS
Los
defensores conformaron la famosa “Jaulita celeste” para marcar a los delanteros
brasileños, un empate le valía a los locales para ser campeones. Friaca abrió
el marcador a favor de la verde amarelha. Obdulio tomó la pelota, protestó para
enfriar el partido y a los veinte minutos empató Schiaffino tras un desborde de
Ghiggia. Nuevamente Ghiggia sobre el final derrotó otra vez a Barbosa y coronó
a Uruguay por segunda vez campeón del mundo y fue el histórico Maracanazo.
“Al
ingresar a la cancha todos recuerdan las instrucciones del tecnico: Matias
Gonzalez no puede pasar de la medialuna de su propia area para impedir ingreso
de Zizinho, Ademir y Jair , Gambetta no debe dejar espacios libres al puntero
Chico; Rodriguez Andrade no puede descuidar a Friaca”.
Luego
del uno a cero de Brasil Obdulio con la pelota en sus manos comenzo una serie
de interminables consulatas; protesta el gol brasileño, dialoga con un juez de
linea, cabildea con el arbitro ingles Reader, cruza toda la cancha con paso
lento, como si el tiempo no estuviera a favor de Uruguay y cambia impresiones
con el otro linea. Ya habia enfriado los animos en el equipo local tras la euforia
del gol, se quiebra el ritmo del partido y entonces Obdulio acepta la orden del
juez , a partir de ahí Brasil acusara el clima creado por Obdulio “.
PALABRAS DE OBDULIO JACINTO VARELA
“...Ahí me di cuenta que si no enfriábamos el juego, si
no lo aquietábamos, esa máquina de jugar al fútbol nos iba a demoler. Lo que
hice fue demorar la reanudación del juego, nada más. Esos tigres nos comían si
les servíamos el bocado muy rápido. Entonces a paso lento crucé la cancha para
hablar con el juez de línea, reclamándole un supuesto off-side que no había
existido, luego se me acercó el árbitro y me amenazó con expulsarme, pero hice
que no lo entendía, aprovechando que él no hablaba castellano y que yo no sabía
inglés. Pero mientras hablaba varios jugadores contrarios me insultaban, muy
nerviosos, mientras las tribunas bramaban. Esa actitud de los adversarios me
hizo abrir los ojos, tenían miedo de nosotros. Entonces, siempre con la pelota
entre mi brazo y mi cuerpo, me fui hacia el centro del campo de juego. Luego vi
a los rivales que estaban pálidos e inseguros y les dije a mis compañeros que
éstos no nos pueden ganar nunca, los nervios nuestros se los habíamos pasado a
ellos. El resto fue lo más fácil”.
PALABRAS DE JULES RIMET
“...Todo estaba previsto, excepto
el triunfo de Uruguay. Al término del partido yo debía entregar la copa al
capitán del equipo campeón. Una vistosa guardia de honor se formaría desde el
túnel hasta el centro del campo de juego, donde estaría esperándome el capitán
del equipo vencedor (naturalmente Brasil). Preparé mi discurso y me fui a los
vestuarios pocos minutos antes de finalizar el partido (estaban empatando 1 a 1
y el empate clasificaba campeón al equipo local). Pero cuando caminaba por los
pasillos se interrumpió el griterío infernal. A la salida del túnel, un
silencio desolador dominaba el estadio. Ni guardia de honor, ni himno nacional,
ni discurso, ni entrega solemne. Me encontré solo, con la copa en mis brazos y
sin saber qué hacer. En el tumulto terminé por descubrir al capitán uruguayo,
Obdulio Varela, y casi a escondidas le entregué la estatuilla de oro,
estrechándole la mano y me retiré sin poder decirle una sola palabra de
felicitación para su equipo... ”.
A los
empujones, Jules Rimet entregó la copa a los empujones. El francés, se enojó
porque no se siguió nada de lo pactado, de los himnos, mástiles, del protocolo,
pero no se resignó a entregar la copa frente a las cientos de miles de
brasileros absortos.
REGRESO : Según algunas fuentes la delegacion celeste campeona del mundo debio
escaparse en avion en una de las calurosas noches cariocas para luego de varios
dias poder ir a su tierra a festejar el triunfo.
CUANDO 11 DERROTARON A 200.000
CUANDO 11 DERROTARON A 200.000
UNA DE
LAS PRINCIPALES REVISTAS DEPORTIVAS DEL MUNDO LA “Miroir Dufootball” DE ORIGEN
FRANCES Y DIRIGIDA POR UNO DE LOS MAS FAMOSOS PERIODISTAS : Francois Thebaud
titulaba en sus paginas la famosa frase “CUANDO ONCE DERROTARON A DOSCIENTOS
MIL”
TESTIMONIO DE UNA DERROTA
Divã de presídio
Geneton
Moraes Neto foi aos jogadores das seleções de Brasil e Uruguai para entender o
fiasco da Copa do Mundo de 1950. Por Rosane Pavam
Quando
o estádio fica vazio durante uma partida, o jogador ouve xingamentos, ensinou
Zizinho. Quando fica cheio, um zunido. Mas no Maracanã de 200 mil torcedores,
em 16 de julho de 1950, ocorreu o inesperado. Ninguém xingou ou zuniu após o
gol decisivo do uruguaio Ghiggia. A falta de incentivo, acreditam muitos,
contribuiu para que o Brasil tivesse perdido ali sua primeira final de Copa do
Mundo. Contudo, jogador naquela partida, Zizinho mal se lembrava do silêncio de
tumba 13 minutos antes do fim. Ademais, ele sempre soube que quem ganha ou
perde é o time, não a torcida.
Seu modo de ver as coisas, contudo, jamais representou
consenso. Depois da derrota, os jogadores se viram aturdidos, inclinados a
recuperar mentalmente os fatos, como num tribunal, e as memórias se
desencontraram. O ponta-direita Friaça, por exemplo, ficou ausente de si mesmo
por dois dias após a final, até se ver debaixo de uma jaqueira em Teresópolis.
Todos tiveram sonhos terríveis, alguns por décadas a partir dali, presos a uma
espécie de divã de presídio. Eles se lembravam de uma partida diferente daquela
que ninguém filmou.
Futebol é guerra. E os jogadores se viram encarcerados
nesse inconsciente de lutador. 1950 encenou a maior e mais simbólica derrota
futebolística brasileira, por ocorrer quando o País tentava anular os desmandos
do Estado Novo. Os jogadores deveriam ser tão elegantes quanto essa nova
sociedade, pensava o técnico Flávio Costa. Perdemos por isso? Entre 1986 e
1987, Geneton Moraes Neto ouviu técnico e jogadores brasileiros. Na reedição de
um dossiê ampliado pela entrevista feita neste ano com Ghiggia, ele investigou
os desencontros entre as impressões.
Quem lê
o livro desenha razões técnicas para o Uruguai ter jogado melhor que o Brasil.
Juvenal não combateu Ghiggia, que antes ultrapassara Bigode na corrida. E havia
um inesperado segundo uruguaio plantado entre o artilheiro Ademir e o gol. Mas
o culpado amplamente parece ter sido aquele de sempre. Em apoio a um projeto
político, e também a alguns políticos, a imprensa proclamou o Brasil campeão
antes do jogo. E, não contente, comprou a versão de Juvenal para a derrota.
Ainda em campo, o jogador eximiu-se da culpa para jogá-la sobre o técnico
Flávio Costa, o goleiro Barbosa e o zagueiro Bigode.
NILTON SANTOS – “PERDIMOS POR CULPA DEL TECNICO Y DE
LA SOBERBIA”
Nilton
Santos afirma: "perdemos por culpa do técnico" Por Lello Lopes
Considerado
por muitos o melhor lateral-esquerdo de todos os tempos, Nilton Santos
acompanhou do banco de reservas a ascensão e queda da seleção brasileira em
1950. Para ele, o maior culpado da tragédia no Maracanã foi o técnico Flávio
Costa.
Antes da Copa você já era considerado um dos melhores jogadores do mundo. Por que você ficou na reserva?
Eu não disputei nenhum jogo por causa do Flávio Costa. Ele era mandão à beça e eu nunca gostei dele. Primeiro ele implicou com a minha chuteira, que era macia. Ele achava que jogador de defesa tinha que jogar com chuteira de bico duro. Então eu fiz uma brincadeira, falei que eu não precisava dar chutão na bola porque não tinha raiva dela. Ele ficou bravo e não me colocou no time. Sabia com certeza absoluta que não ia jogar nunca.
No seu lugar, entrou o Bigode, que foi muito criticado na partida final contra o Uruguai. Você acha que tinha mais condições de estar no time do que ele?
Nunca perdi uma final. Até por superstição, por ser um cara de sorte, eu tinha que jogar. Mas vi que o Flávio Costa não iria me colocar em campo. Eu já era campeão carioca, sul-americano e brasileiro. Sempre que comecei a jogar futebol eu me divertia em jogar pra frente. Não gostava da minha posição. Eu tinha recursos, um bom domínio de bola. Era a minha vantagem.
O Barbosa e o Bigode são considerados os maiores culpados pela derrota. Eles realmente falharam nos gols do Uruguai?
A culpa da derrota foi do Flávio Costa. Qualquer um da defesa pode ser driblado. O Nena era melhor do que o Juvenal e o Flávio queria fazer média porque o Nena jogava no Inter e o Juvenal no Flamengo. O Bigode foi driblado no meio do campo e o Juvenal tinha que cobrir, mas só ficou acompanhando.
Mas o Barbosa falhou nos lances ou não?
Coitado do Barbosa. Ele carregou uma cruz uma vida inteira. A gente se encontrava num time de vetereanos e os caras falavam que era esse o Barbosa que levou o gol na Copa do Mundo. Já o Juvenal nem ligou. Dizem que na semana da decisão ele foi para o Cabaré Brasil, na Lapa, e tomou um porre. Nem sei se ele mereceria ser campeão do mundo.
Quem decidiu tirar o time da Barra da Tijuca e levá-lo para São Januário nas vésperas do jogo final? E até que ponto isso atrapalhou o desempenho do time?
Isso foi resolvido pelo Flávio Costa, que tomava essas decisões e gostava de mandar em tudo. Tinha também um dirigente que ficava com a bandeira pra cima e pra baixo querendo que a gente beijasse. Acho que patriotismo nao é isso. Há 50 anos a Barra da Tijuca era um local completamente isolado. Você dormia, descansava, não tinha ninguém para encher o saco. Em São Januário, nós não tínhamos sossego.
O excesso de confiança dos jogadores brasileiros atrapalhou o desempenho da seleção na partida?
Antes da Copa você já era considerado um dos melhores jogadores do mundo. Por que você ficou na reserva?
Eu não disputei nenhum jogo por causa do Flávio Costa. Ele era mandão à beça e eu nunca gostei dele. Primeiro ele implicou com a minha chuteira, que era macia. Ele achava que jogador de defesa tinha que jogar com chuteira de bico duro. Então eu fiz uma brincadeira, falei que eu não precisava dar chutão na bola porque não tinha raiva dela. Ele ficou bravo e não me colocou no time. Sabia com certeza absoluta que não ia jogar nunca.
No seu lugar, entrou o Bigode, que foi muito criticado na partida final contra o Uruguai. Você acha que tinha mais condições de estar no time do que ele?
Nunca perdi uma final. Até por superstição, por ser um cara de sorte, eu tinha que jogar. Mas vi que o Flávio Costa não iria me colocar em campo. Eu já era campeão carioca, sul-americano e brasileiro. Sempre que comecei a jogar futebol eu me divertia em jogar pra frente. Não gostava da minha posição. Eu tinha recursos, um bom domínio de bola. Era a minha vantagem.
O Barbosa e o Bigode são considerados os maiores culpados pela derrota. Eles realmente falharam nos gols do Uruguai?
A culpa da derrota foi do Flávio Costa. Qualquer um da defesa pode ser driblado. O Nena era melhor do que o Juvenal e o Flávio queria fazer média porque o Nena jogava no Inter e o Juvenal no Flamengo. O Bigode foi driblado no meio do campo e o Juvenal tinha que cobrir, mas só ficou acompanhando.
Mas o Barbosa falhou nos lances ou não?
Coitado do Barbosa. Ele carregou uma cruz uma vida inteira. A gente se encontrava num time de vetereanos e os caras falavam que era esse o Barbosa que levou o gol na Copa do Mundo. Já o Juvenal nem ligou. Dizem que na semana da decisão ele foi para o Cabaré Brasil, na Lapa, e tomou um porre. Nem sei se ele mereceria ser campeão do mundo.
Quem decidiu tirar o time da Barra da Tijuca e levá-lo para São Januário nas vésperas do jogo final? E até que ponto isso atrapalhou o desempenho do time?
Isso foi resolvido pelo Flávio Costa, que tomava essas decisões e gostava de mandar em tudo. Tinha também um dirigente que ficava com a bandeira pra cima e pra baixo querendo que a gente beijasse. Acho que patriotismo nao é isso. Há 50 anos a Barra da Tijuca era um local completamente isolado. Você dormia, descansava, não tinha ninguém para encher o saco. Em São Januário, nós não tínhamos sossego.
O excesso de confiança dos jogadores brasileiros atrapalhou o desempenho da seleção na partida?
Influenciou
sim, talvez pela convivência com a imprensa e a torcida. O time do Uruguai não
era melhor do que o nosso. No dia do jogo um jornal do Rio publicou que o
Brasil já era campeão do mundo. O Obdulio Varela comprou o jornal e mexeu com o
brio dos uruguaios. Dois anos depois a gente ganhou deles. E o Ghiggia nunca
fez um gol quando joguei contra ele.
Você viu a suposta agressão do Obdulio Varela no Bigode?
Isso eu sempre ouvi falar, mas estava lá assistindo ao jogo e não vi nada. O Obdulio poderia até tentar, porque estava no desespero. Mas eu não vi agressão nenhuma.
O que você sentiu quando acabou o jogo contra o Uruguai?
Aquela solidão. Um olhou pra cara do outro sem ter explicação. Eu fiquei embasbacado, mas intimamente sabia por que tínhamos perdido. Nunca falei nada para não sacanaer ninguém. Houve um culpado: o Flávio Costa. Ele se achava um deus. Perdemos pela vaidade, pelo já ganhou. Ninguém ganha nada na véspera. Primeiro você ganha, depois você banca. Se começa a falar muito você instiga o adversário.
Diz a lenda que as 200 mil pessoas que estavam no Maracanã ficaram em silêncio quando o Uruguai virou a partida. Até que ponto isso é verdade?
Você viu a suposta agressão do Obdulio Varela no Bigode?
Isso eu sempre ouvi falar, mas estava lá assistindo ao jogo e não vi nada. O Obdulio poderia até tentar, porque estava no desespero. Mas eu não vi agressão nenhuma.
O que você sentiu quando acabou o jogo contra o Uruguai?
Aquela solidão. Um olhou pra cara do outro sem ter explicação. Eu fiquei embasbacado, mas intimamente sabia por que tínhamos perdido. Nunca falei nada para não sacanaer ninguém. Houve um culpado: o Flávio Costa. Ele se achava um deus. Perdemos pela vaidade, pelo já ganhou. Ninguém ganha nada na véspera. Primeiro você ganha, depois você banca. Se começa a falar muito você instiga o adversário.
Diz a lenda que as 200 mil pessoas que estavam no Maracanã ficaram em silêncio quando o Uruguai virou a partida. Até que ponto isso é verdade?
É
totalmente verdade. Parece que algumas pessoas até enfartaram. Depois do jogo,
o público continuou sentando, mesmo com os jogadores já no túnel. O público
ficou esperando o quê? Eles queriam comemorar, mas não tinha mais nada a fazer.
O Zizinho dizia que não sabia como tinha chegado em casa após a partida. E você, como fez para voltar para casa depois do jogo?
Do Maracanã nós fomos todos para São Januário. Eu morava em Copacabana e pedi um táxi. Perguntei ao Zizinho onde ele ia e ele me respondeu que ia para a Praça XV. Fomos juntos de táxi. Deixei ele lá na Praça XV e fui embora para Copacabana. Ninguém falou nada no táxi. Foi um silêncio absoluto.
O resultado da Copa foi injusto? O Uruguai era melhor?
Nós éramos melhores. O negócio foi o já ganhou. Só isso. Eu acho que se a gente ganhasse aquela Copa talvez não ganhasse as outras. Quando perde, a gente tem que procurar melhorar. O Brasil tem um nome a zelar. Só lamento pelo Zizinho, pelo Ademir, pelo Danilo, grandes jogadores que nunca foram campeões do mundo
O Zizinho dizia que não sabia como tinha chegado em casa após a partida. E você, como fez para voltar para casa depois do jogo?
Do Maracanã nós fomos todos para São Januário. Eu morava em Copacabana e pedi um táxi. Perguntei ao Zizinho onde ele ia e ele me respondeu que ia para a Praça XV. Fomos juntos de táxi. Deixei ele lá na Praça XV e fui embora para Copacabana. Ninguém falou nada no táxi. Foi um silêncio absoluto.
O resultado da Copa foi injusto? O Uruguai era melhor?
Nós éramos melhores. O negócio foi o já ganhou. Só isso. Eu acho que se a gente ganhasse aquela Copa talvez não ganhasse as outras. Quando perde, a gente tem que procurar melhorar. O Brasil tem um nome a zelar. Só lamento pelo Zizinho, pelo Ademir, pelo Danilo, grandes jogadores que nunca foram campeões do mundo
¿ VALE LA PENA O NO ORGANIZAR UNA COPA DEL MUNDO ?
Terminada a quarta edição da Copa do Mundo, o Brasil se
pergunta se valeu a pena ter investido tanto dinheiro no evento. A média de
público do torneio foi de 47511 torcedores. Mas, se tirarmos as partidas
disputadas no Rio de Janeiro e em São Paulo, a média dos demais jogos em Belo
Horizonte, Porto Alegre, Recife e Curitiba despenca para 7918 torcedores.
Dois novos estádios foram construídos especialmente para a
competição: o Independência, do Sete de Setembro, em Belo Horizonte, e o
Estádio Municipal, no Rio de Janeiro.
Apesar de o Brasil ter sido escolhido anfitrião do torneio
no dia 25 de junho de 1946, as providências começaram muito tarde. As obras do
Estádio Municipal foram iniciadas somente em agosto de 1948. A sorte do Brasil
foi que a Copa do Mundo, inicialmente agendada para 1949, foi transferida para
1950 – ou teríamos dado vexame. Toda a preparação foi praticamente deixada para
o início deste ano e as obras foram feitas às pressas.
Vale lembrar que Porto Alegre e Recife foram escolhidas
como sedes apenas dois meses antes do início da competição. Tanto que, nos
meses de abril e maio, os sócios do Sport Club do Recife, donos do Estádio Ilha
do Retiro, se mobilizaram para fazer as reformas necessárias para a Copa do
Mundo. O estádio recebeu apenas uma partida (veja o quadro).
A construção do gigantesco Estádio Municipal suscitou uma
grande briga entre Ângelo Mendes de Morais, prefeito do Rio de Janeiro (Distrito
Federal), e o jornalista e deputado federal Carlos Lacerda, que fazia oposição
a ele. Lacerda queria que o estádio fosse construído em Jacarepaguá, região
totalmente desabitada, distante 30 quilômetros do centro. Morais bateu o pé e,
apoiado pelo vereador Ary Barroso, famoso compositor e locutor esportivo,
preferia construir o estádio no terreno antes ocupado pelo Derby Club,
hipódromo desativado depois da fusão da entidade com o Jockey Club na década de
30. O local fica exatamente no centro geométrico da cidade. Morais contou ainda
com a força do jornalista Mário Rodrigues Filho, dono do Jornal dos Sports. O irmão de
Nelson Rodrigues divulgou uma pesquisa popular em seu periódico em que ganhou a
proposta do prefeito. Mário Filho teve, portanto, papel fundamental em favor da
construção do estádio no bairro do Maracanã.
No meio do fogo cruzado, Carlos Lacerda usou seu jornal, Tribuna da Imprensa, para
espalhar o boato de que o estádio tinha problemas estruturais e não resistiria
ao primeiro jogo. Cerca de 3000 funcionários foram convocados para pular nas
arquibancadas e mostrar que tudo não passava de intriga da oposição.
Quinhentos mil sacos de cimento, seis empreiteiras e 4500
operários trabalhando nos meses finais foram necessários para a construção do
Estádio Municipal. A obra do maior estádio do mundo durou 667 dias. O estádio
foi projetado para receber 155000 pessoas (93500 nas arquibancadas, 30000 nas
cadeiras, 1500 nos camarotes e 30000 em pé, no chamado setor das “gerais”).
Além de ter sido entregue com dois meses de atraso, o
Estádio Municipal não estava totalmente terminado durante a Copa. Havia
andaimes em parte das arquibancadas. Torcedores chegaram a usar tijolos
empilhados para ter uma visão melhor do gramado. Tivemos também problemas com o
controle das catracas. O jogo Brasil 4 x 0 México, estreia brasileira na Copa,
teve um público oficial de 81664 pagantes, mas acredita-se que tenha
ultrapassado 120 000 pessoas.
FLAVIO COSTA “YO SOY
LA DERROTA”
RIO - Ao chegar para a noite de autógrafos do livro
“Anatomia de uma derrota”, em que Paulo Perdigão narrava o dramático insucesso
brasileiro na Copa do Mundo de 1950, Flávio Costa foi abordado por uma
desinformada repórter de TV:— O senhor é o autor? — perguntou ela.
— Não, eu sou a derrota — respondeu ele.
Trinta e cinco anos se haviam passado desde o 16 de julho
em que, sob seu comando, a seleção brasileira perdera de 2 a 1 a final com o
Uruguai, em pleno Maracanã. Portanto, tempo suficiente para que ele olhasse com
humor o s maior fracasso de sua carreira de técnico.
Flávio Rodrigues Costa (1906-1999) foi muito mais do que
um técnico futebol à frente da seleção. Foi, em vários sentidos, uma espécie de
dono do futebol brasileiro. Tinha mais força do que qualquer membro do alto
comando da CBD (futura CBF). Convocava e escalava os jogadores, definia
sistemas e táticas, cuidava do preparo físico, decidia onde seus comandados
deveriam se concentrar, controlava pessoalmente seus horários, o que vestir,
onde e o quê comer. Tirando o médico, ninguém sabia mais do que ele, fosse qual
fosse o assunto.
Para defender seus pontos de vista, Flávio não hesitava
em apelar para a força física. Foi o que o levou a desarmar Heleno de Freitas,
quando este, revólver na mão, foi desafiá-lo em São Januário. Foi quem, a
tapas, obrigou Ipojucan a voltar a campo, depois de um chilique no vestiário,
no intervalo de uma partida decisiva.
Fama de
disciplinador
Foram exatamente essas “qualidades” que levaram a CBD a
entregar a ele a seleção brasileira, num amistoso com o Uruguai, em 1944, e
mantê-lo no cargo até a Copa do Mundo que o Brasil sediaria seis anos depois.
Como se dizia, “Flávio Costa é ótimo disciplinador”. Como se disciplina fosse,
mesmo, tudo que o futebol brasileiro precisava para se modernizar naquele
pós-guerra. Em outras palavras, evitar repetir toda sorte de erros cometidos em
1938, na França. Disciplina no usar o uniforme (nada de meias arriadas, camisa
para fora do calção, gorrinho, branco ou com as cores do clube) e no
conhecimento da técnica e das leis do jogo.
O problema das leis, que tinham levado os jogadores
brasileiros a humilhantes atitudes na Copa anterior, Flávio o resolveu fazendo
a CBD contratar árbitros ingleses que, a partir de 1948, vieram ensinar aos
nossos como se fazia. Já quanto à técnica — ou melhor, os sistemas e táticas em
que os brasileiros tinham sido tão primários em 1938 — Flávio se considerava
perfeitamente em dia com o assunto. Desde que aprendera com o húngaro Dori
Kruschner, no Flamengo, que existia algo chamado WM, Flávio o adaptara aos seus
times (no tricampeonato do Flamengo e no bi do Vasco), transformando-o em algo
mais ou menos híbrido a que deu o nome de “diagonal”. Nesse ponto, numa
injustificada autossuficiência, uma ilusória pretensão de saber tudo, é que
Flávio cometeu o primeiro grande erro em 1950.
Mais títulos
em clubes
Sua carreira até ali era mesmo vitoriosa, mas em clubes.
De 1942 a 1949, ganhara cinco dos oito campeonatos cariocas que disputara (só
perdera o de 1945 para o Vasco de Ondino Viera, o de 1946 para o Fluminense de
Gentil Cardoso e o de 1948 para o Botafogo de Zezé Moreira). Mas, em seleção,
não tivera a mesma sorte. Altos e baixos nas taças com Argentina, Uruguai,
Paraguai e Chile e apenas um Campeonato Sul-Americano, o de 1949, em casa,
assim mesmo depois de inesperada derrota para os paraguaios (salvou-o ter
voltado atrás no castigo imposto a Ademir, barrado por ter ousado não cumprir
ordem do “professor”, mas presente e autor de três gols na vitória que deu o
título à seleção brasileira).
Com tudo isso, não se pensava em outro nome para dar,
como se esperava, o primeiro título mundial ao Brasil. Ele mesmo acreditava que
sim. Carioca, com curso de sargento do Exército, tinha jogado como center-half
pelo Flamengo, em fins da década de 20, quando ganhara o apelido de Alicate
(por seu temível carrinho de pernas cruzadas). Em 1939, já como técnico (e
figura influente na política do clube), levou o Flamengo a ganhar seu primeiro
Campeonato Carioca na era do profissionalismo.
Mas outros erros esperavam Flávio na Copa que ele tinha
como quase certa. Um deles, fazer o Brasil jogar num WM clássico, só que
marcação por homem, cada um com o seu. Funcionou até a final, mas resultou em
desastre quando, na hora de decisão, Bigode ficou sozinho para marcar Gigghia,
Juvenal perdido diante de Miguez, Augusto tonto com Schaffino caindo para o
lugar onde ele deveria marcar apenas Moran. Pelo menos, foi como um dos craques
do Brasil, Zizinho, comentaria anos depois, já como técnico e estudioso das
táticas do jogo.
Erros também como cartola
Flávio, na verdade, cometera erros até como cartola,
papel que assumiu desde os primeiros dias de concentração em Araxá. Foi o
cartola, mais político que técnico, que cometeu a ousadia de escalar uma base
paulista em São Paulo, contra a Suíça, na segunda rodada da primeira fase da
Copa. Por pouco o Brasil não perde (teria de enfrentar a Iugoslávia, três dias
depois, com a obrigação de vencer). E foi o cartola, agora pensando em
eleger-se vereador no próximo outubro, quem, na véspera da grande final, tirou
os jogadores da tranquilidade da concentração no Joá para um São Januário onde
outros candidatos faziam promessas, discursavam e tiravam fotos com os “futuros
campeões do mundo”. Se não estava totalmente certo, estava perto disso quando
se apresentou à repórter: “Eu sou a derrota...”.
Sua carreira não acabaria ali. Ainda seria campeão pelo
Vasco. E ainda teria importante missão na seleção brasileira: dirigi-la numa
excursão à Europa, em 1956, a primeira da história, viagem de estudos para a
Copa que se realizaria na Suécia dali a dois anos. Provavelmente não pensava em
si mesmo (mas bem que podia) ao dizer sua frase mais conhecida: “O futebol
brasileiro só evoluiu da boca do túnel para dentro do campo”.
MOACYR BARBOSA EL QUE CARGÓ
LA CRUZ DE LA DERROTA
Cuentan la leyenda negra de Moacyr Barbosa, el golero
brasileño, tildado como el responsable del fracaso de su selección.
Así, se recuerda cuando en 1963 Barbosa quemó en su casa
los postes de madera del arco de Maracaná. Tras perder la final y retirarse del
fútbol, el golero trabajó en el estadio y su jefe le regaló los palos cuando se
los cambio por arcos de metal. “Son los postes del Maracanazo, la final del
Mundial de 1950 que Brasil, dijeron todos, perdió por su culpa.
Cantó Tabaré Cardozo: "Quema los palos Barbosa/ del
arco de Brasil/ la condena del Maracaná/ se paga hasta morir"”, señala el
periodista.
Fernández Moores cita a Eduardo Galeano, quien escribió
sobre los postes y señaló que “el exorcismo no lo salvó de la maldición”,
al golero.
Es que tras la final de 1950, Barbosa cargó con una cruz
que aún, fallecido, no se puede sacar. "En Brasil -dijo una vez Barbosa,
después de que, en 1993, supuestamente, le prohibieron ingresar a una
concentración de la selección, por mufa-, la pena mayor por un crimen es de
treinta años de cárcel. Hace 43 años que yo pago por un crimen que no
cometí", dijo el guardameta, según repasa la nota de Canchalllena.
¿Fue el único culpable?
"Todos señalan a Barbosa, pero esa tarde yo volví
loco a Bigode", le dijo Ghiggia a Fernández Moores. El zaguero que debía
marcar al delantero uruguayo no lo pudo parar en los dos goles del partido y
una vez finalizado fue el primer culpado por la derrota. “Pasó dos años dentro
de su casa. Sólo salía para ir a entrenarse”, indica la nota.
En tanto, el DT brasileño Flavio Costa y el plantel
señalaron siempre a Juvenal, porque falló en ambas coberturas. Ese jugador
había salido la noche anterior a la final, con permiso, y regresó borracho a la
concentración, tarde, tras estar en el Dancing Avenida, un cabaret en el centro
de Río. “Mantuvo el puesto sólo porque el suplente Nena estaba lesionado”, se
agrega.
“La reconstrucción del día final desnuda que la derrota
pudo haberse debido a algo más que a las fallas de dos jugadores negros
(Barbosa y Bigode) y de un mulato (Juvenal)”, destaca el periodista argentino,
quien enumera una serie de hechos que ocurrieron en la previa del partido:
“A las 7 de la mañana, los jugadores asisten a una misa
organizada por una radio. "Éstos -los presenta en portada el diario O
Mundo- son los campeones del mundo." A las 11 comienza el almuerzo, pero
hay que pararse porque llega Cristiano Machado, candidato a presidente.
"Están a un paso de dar a nuestra patria un trofeo que figurará bien alto
en el pedestal de la inmortalidad", les dice el político. Le sigue Adhemar
de Barros, candidato a senador. Y luego Eduardo Rios, ministro de Educación.
Los socios de Vasco da Gama -la concentración es en Sao Januario- reclaman a
Adhemir, su ídolo. Un desconocido invoca misión oficial y hace firmar a los
jugadores decenas de fotos que luego planea revender a precio de oro.
"Vámonos ya mismo al Maracaná", decide Costa. El micro toca un portón
y Augusto, el capitán, se raspa la cabeza. Una versión indica que los jugadores
debieron bajarse para empujar el ómnibus. Costa dispone colchones en el piso
del vestuario, apaga la luz y hace sándwiches de queso para los que ni siquiera
pudieron almorzar. Faltan tres horas para el partido. Ya cerca del inicio, la
charla final de Costa es interrumpida porque llega Angelo Mendes de Morais.
"Ustedes -dice el alcalde por los 254 altavoces del estadio-, que en pocas
horas serán aclamados campeones por millones de compatriotas. Ustedes, que no
tienen rivales en todo el hemisferio? Ya los saludo como vencedores. Yo cumplí
mi promesa construyendo este estadio. ¡Ahora cumplan con su deber, ganando la
Copa del Mundo!".
Su busto, fuera del estadio, cae destruido tras la
derrota. Es el único daño de la multitud en luto. "Prepararon la fiesta
para coronar al rey, pero el rey -diría luego Barbosa- murió antes de
tiempo".
Pese a los otros culpables, con el paso de los años el
golero quedó como el principal responsable del fracaso más grande en la
historias de los mundiales por su actuación en la final de 1950, Mundial en el
que –paradójicamente- fue elegido como el mejor arquero.
El Maracanazo borró todo lo que había logrado, lo que es
destacado por el periodista argentino: ganar todo con Vasco Da Gama, sus
atajadas formidables, los 1.300 partidos jugados hasta retirarse a los 42 años,
las seis fracturas en la mano izquierda y cinco en la derecha, que atajaba sin
guantes, que se rompió tres rodillas y que se perdió el Mundial de 1954 por
haberse fracturado la rodilla.
EL MARACANAZO SEGUN ATILIO
GARRIDO
Brasil no existía, solo tenía tres títulos sudamericanos y los había conseguido jugando en su propia casa, y dos en condiciones muy particulares. En 1922 comprando los jueces, llegaron a la final con Paraguay y Uruguay y los uruguayos no jugaron, se vinieron por el robo en el campeonato”. Garrido sostuvo que “en el 49 cuando salieron campeones sudamericanos con el equipo que después jugaría el Mundial, Uruguay concurrió con juveniles y cuatro jugadores que rompieron la huelga de futbolistas. Lo que demuestra que aquel equipo de Brasil no era invencible ni mucho menos, era el miedo que tenía los brasileños de jugar contra Uruguay, el juez increíblemente era brasileño...y Uruguay a los 10 minutos con un equipo juvenil se pone en ganancia 1 a 0, después perdimos 5 a 1 pero si vamos a las crónicas del partido un periodista de El Diario relata que de los cinco goles, cuatro fueron de pelota quieta, de infracciones que no existieron”. Continuó relatando que “Brasil sabía que el mejor fútbol estaba en el Río de la Plata, entonces llevó entrenadores uruguayos para enseñar fútbol, uno de los más renombrados fue Ondino Viera y también llevaban enorme cantidad de jugadores. Con esta escenografía se demuestra que no era imposible que Uruguay le ganara a Brasil...además la superioridad entre los equipos de Uruguay con los brasileños era muy elocuente”.
Brasil no existía, solo tenía tres títulos sudamericanos y los había conseguido jugando en su propia casa, y dos en condiciones muy particulares. En 1922 comprando los jueces, llegaron a la final con Paraguay y Uruguay y los uruguayos no jugaron, se vinieron por el robo en el campeonato”. Garrido sostuvo que “en el 49 cuando salieron campeones sudamericanos con el equipo que después jugaría el Mundial, Uruguay concurrió con juveniles y cuatro jugadores que rompieron la huelga de futbolistas. Lo que demuestra que aquel equipo de Brasil no era invencible ni mucho menos, era el miedo que tenía los brasileños de jugar contra Uruguay, el juez increíblemente era brasileño...y Uruguay a los 10 minutos con un equipo juvenil se pone en ganancia 1 a 0, después perdimos 5 a 1 pero si vamos a las crónicas del partido un periodista de El Diario relata que de los cinco goles, cuatro fueron de pelota quieta, de infracciones que no existieron”. Continuó relatando que “Brasil sabía que el mejor fútbol estaba en el Río de la Plata, entonces llevó entrenadores uruguayos para enseñar fútbol, uno de los más renombrados fue Ondino Viera y también llevaban enorme cantidad de jugadores. Con esta escenografía se demuestra que no era imposible que Uruguay le ganara a Brasil...además la superioridad entre los equipos de Uruguay con los brasileños era muy elocuente”.
“Nosotros
somos campeones”
El periodista destaca que “el 6 de mayo de 1950 a 42 días
del Mundial Uruguay jugó con Brasil, sin técnico porque Nacional y Peñarol se
estaban peleando a ver quien dirigía la selección. Ese día Uruguay y Brasil con
todos los integrantes que después jugarían el Mundial termina ganando la
celeste 4 a 3, fue un escándalo. Ese día Ghiggia se convierte en una figura
única en el fútbol mundial, porque ese día debuta en la selección y 72 días
después se consagra campeón del mundo. No Pelé, ni Maradona, ni Messi pudieron
conseguir eso. La revancha se jugó en Brasil, en Río, y los brasileños que no
podían perder pusieron un juez inglés y los propios uruguayos me confirmaron
que les afanó el partido. Ganó Brasil 3 a 2 y se jugó un tercer partido
definitorio y ponen al mismo juez y gana Brasil 1 a 0, un partido más normal,
aunque con deficiencias del juez”. Garrido revela que cuando el plantel
uruguayo vuelve de los encuentros jugados con Brasil, declaran que “no es
ningún cuco, nosotros le podemos ganar, si nos concentramos y nos ordenamos le
hacemos cinco goles”. Uno de los elementos más importantes para ganar el
Mundial del 50 era “la certidumbre que tenían los jugadores uruguayos, estaban
convencidos que a Brasil le ganaban”. En cuanto a la elección del técnico, ni
Nacional ni Peñarol colocaron a sus entrenadores y se pusieron de acuerdo en
designar a Juan López que “era un muchacho bonachón, una persona muy buena, de
buen carácter que de fútbol sabía poco y nada, pero que sin embargo tenía
algunos conocimientos interesantes”. En la presentación del libro que evoca el
Maracanazo, el experiente comunicador revela que “nadie pensaba que estos
jugadores pudieran hacer algo en el Mundial, solo ellos creían, los dirigentes
antes del partido le manifestaron al plantel que “con cuatro estamos
cumplidos”, pero en forma inmediata el capitán Obdulio Jacinto Varela el
referente del equipo contestó: “nosotros somos campeones”.
EL DELANTERO URUGUAYO JORGE PALLEIRO MUESTRA LA CAMISETA CELESTE QUE LLEVA DEBAJO DE SU INDUMENTARIA RECORDANDOLE AL JUGADOR DEL VASCO EL TRIUNFO DEL 50- EL HECHO FUE EN 1953
ALGUNAS EXPLICACIONES
DE LA DERROTA BRASILEÑA
O Brasil fez o oposto. O técnico Flávio Costa isolou os
jogadores primeiro em Araxá (MG), e depois em uma mansão no Joá, longe da
euforia que tomou o Rio. Seria o ambiente perfeito, não fosse a intervenção dos
políticos que tentaram se promover às custas da seleção na Copa.
— Criou-se um “Já ganhamos” empurrado pelo prefeito
(Mendes de Morais) e pelo (presidente) Marechal Dutra. Empurrado por toda essa
gente, comete-se a burrada de 13 de julho (três dias antes da final): em vez de
voltar para a concentração, dão folga aos jogadores. E, depois, vão para São
Januário, onde passam sexta, sábado e domingo em encontros políticos — conta o
autor do livro, Atílio Garrido, enumerando ainda outros fatores para a derrota brasileira:
a dificuldade de encontrar um time titular, a fragilidade da defesa e a falta
de jogos internacionais na preparação.
A semana que antecedeu a decisão foi uma aula de como se
perder uma Copa. O livro descreve que, após a goleada por 7 a 1 sobre a Suécia,
pelo quadrangular final, Flávio Costa e um dos massagistas da delegação
aceitaram se candidatar a vereador nas eleições que ocorreriam três meses
depois. Para completar, além das visitas de políticos, os jogadores passaram as
horas prévias à decisão ganhando brindes de empresas interessadas em tê-los
como garotos-propaganda. No domingo, quando o ônibus que os levava ao Maracanã
enguiçou, eles tiveram que ajudar a empurrá-lo. Para completar, a preleção não
foi dada só pelo técnico, mas também pelo prefeito.
— O mais interessante é que, primeiro, o Brasil não tinha
mais time que o Uruguai. E que o Uruguai não se deu conta de que, novamente,
tinha o melhor time do mundo. Portanto, (os brasileiros) não deveriam
recriminar tanto os jogadores de 1950 porque perderam. Eles não eram
invencíveis — afirma Garrido.
URUGUAY Y SUS CINCO
DIRECTORES TECNICOS
Troca-Troca
Nos sete meses que antecederam a Copa de 1950, o Uruguai
teve cinco treinadores: Pedro Cea, Romeo Vazquez, Enrique Fernandez, Emérico
Hirschl e Juan López, que foi campeão com o time no torneio.
ELIMINATORIAS TRANQUILAS
PARA LA CELESTE
Sem Eliminatórias
A vaga uruguaia para o Mundial de 1950 foi obtida sem
esforço. Equador e Peru desistiram de participar, e a Celeste e o Paraguai se
classificaram automaticamente.
ARGENTINA & BANGÚ
Argentina e Bangu
Os argentinos anunciaram que, em protesto, não
disputariam as Eliminatórias após a CBD proibir o Bangu de fazer excursão no
país. Com isso, ficaram fora do Mundial.
GHIGGIA UN DESCONOCIDO
Ghiggia, um anônimo
Treze
meses antes da Copa, Ghiggia era um desconhecido. No terceiro escalão do elenco
do Peñarol, teve chance entre os titulares devido à greve de jogadores.
ALCIDES GHIGHIA RODEADO DE NIÑOS
LA PREVIA DE LA FINAL
Entre os torcedores, a questão era apenas de quanto seria o placar. Os famosos bolões recebiam palpites de quatro, cinco ou mais gols. Após o jogo contra a Espanha, a seleção deixou a concentração isolada no bairro do Joá para habitar São Januário.
A sede do Vasco da Gama então abrigou uma verdadeira festa nas 48 horas que antecederam a final, com portas abertas para torcida, oportunistas de todos os tipos e até candidatos à presidência da República. Um clima de “já ganhou” que acompanharia o escrete da casa até o gramado do Maracanã.
A pé, de bonde ou até com alguns carros
luxuosos. Desta forma a torcida chegou cedo ao Maracanã no dia 16 de
julho de 1950. Nas ruas dos arredores do estádio o clima era de carnaval.
Dentro do estádio, os alto falantes ecoavam canções populares na época, com
marchinhas e músicas de Luiz Gonzaga. Oficialmente, a final da Copa recebeu
173.850 pessoas. Mas a segurança não pôde conter a euforia da torcida da casa.
Muito mais gente passou pelas catracas, em multidão que faz de Brasil x Uruguai
até hoje a partida com maior público da história do futebol. Acredita-se que
mais de 200 mil testemunharam o Maracanazo.
PASEO PREVIO A LA FINAL: ANIBAL PAZ, MATÍAS GONZÁLEZ, JUAN LOPEZ, RAÚL PINI Y SHUBERT GAMBETTA POCO ANTES DE LA GRAN FINAL DEL 50
ADEMIR Y DOMINGOS DA GUIA EN LA CONCENTRACIÓN DE BRASIL
NIÑOS Y MUJERES PRESENTES
Mulheres e crianças na frente
Até a Copa de 50, o futebol era
um universo masculino para os torcedores do Rio de Janeiro. Mas a euforia da
Copa em casa, com a chance do primeiro título brasileiro, levou muitas mulheres
pela primeira vez ao estádio. Muitas delas acompanharam a final. Uma das cenas
mais clássicas do Maracanazo é a que mostra seis meninas vestindo blusas com
letras grandes, para formar a palavra "Brasil".
ROPA
FORMAL
Com que
roupa eu vou
Não existia
ainda o hábito de se vestir a camisa do time ou da seleção do coração. Mesmo as
bandeiras do Brasil eram raras entre os torcedores. A moda vigente das
arquibancadas eram roupas sociais sóbrias. Muitos fãs acompanharam a Copa no
Rio vestidos com terno, gravata e chapéus. Entre as mulheres, vestidos formais
de saias longas, sem nenhum sinal de ousadia dos tempos atuais
MÚSICA Y FIESTA FUTBOLERA
É música, é
charanga
Nas horas que antecederam a grande decisão, a torcida
relevou o aperto das arquibancadas se distraindo com canções populares da
época. Foram executados Paraíba, Assum Preto e Baião, músicas de
Luiz Gonzaga, além de O Brasil há de ganhar, composição de Ary Barroso,
gravada por Linda Batista. Destaque ainda para A marcha do escrete brasileiro,
de Lamartine Babo.
ARY BARROSO NUNCA MÁS RELATÓ FÚTBOL TRAS EL MARACANAZO
MERECIMOS MEJOR SUERTE CONTRA URUGUAY
Tiene
la palabra Antonio Ramallets golero de la selección de España : “ Volamos a Sao
Paulo para enfrentarnos a Uruguay, y , como todo el mundo sabe el encuentro
termino con empate a dos goles. Merecimos mejor resultado. El infortunio nos
privó de una victoria que debió ser nuestra. Aquí quiero mencionar a dos
personas que dijeron la verdad sobre lo ocurrido. Me refiero a Matías Prat y a
Pedro Escartín, quienes en sus comentarios afirmaron repetidas veces que yo, al
haber recibido un golpe en la espalda, a ra{iz de una brusca entrada de un
delantero uruguayo momentos antes de que nos maracaran el segundo gol, quedé en
inferioridad de condiciones. Esa es la verdad. Si hubiese estado en plena forma
física, Obdulio Varela no habría convertido el gol del empate. Estoy seguro de
ello, puesto que ni siquiera el césped resbaladizo impidió que rozase, con la
punta de mis dedos, el balón impulsado por su fuerte disparo. Con lo dicho no
quiero restar méritos a ese gran jugador que fue Varela, desbordante de amor
propio y clase, sin dudas uno de los mejores hombres del equipo campeón”.
GOL DEL HINCHA
¡ Tirá,
Negro tirá ¡ se escucho el grito enloquecido de la tribuna y el “Negro Jefe”
Obdulio Varela tiró con rabia el shot electrizante superó a Ramallets y … a los
fotografos que no tuvieron tiempo de captar el momento en que el balón rebasaba
la goal-line.
ESTADOS UNIDOS DEL MUNDO
Los
norteamericanos presentaron un curioso equipo integrado por el portero italiano
Borghi, el defensa belga Maca, los atacantes portugueses Souza y el haitiano
Larry Gaetjenes este último autor del gol frente a Inglaterra, merced a ese gol
Gaetjens se convirtió en un personaje popular en medio mundo y unos meses
después de la competición march{o a Francia contratado por el Racing de Paris.
A su llegada a la capital francesa, Gaetjens manifestó: “Yo nunca he tenido la
ciudadania norteamericana”
LAS PERIPECIAS DE LOS BICAMPEONES
Italia
llegó a Brasil en el transatlántico Sises, de la línea regular de Nápoles a
Santos . Este seleccionado fue el único europeo que no utilizó el avión para
desplazarse a Brasil: la reciente catastrofe de Superga (cerca de Turín) en la
que habian perdido la vida algunos de los internacionales de más renombre del
Torino como Bacigalupo, Mazzola, Gabetto, Rigamonti Locik o Ballarin habia
hecho desistir a los jugadores de utilizar el avión como medio de transporte
para cruzar el Atlántico.
GLOSAS DEPORTIVAS URUGUAYAS
Las
horas de concentración se sobrellevaban con varios entretenimientos el más
lindo estaba a cargo del inolvidable compañero Nobel Valentíni, de su audición
de radio “Glosas Deportivas” llegaban cintas grabadas con saludos de familiares
y amigos de los jugadores. La voz de los seres queridos estimulaba fuertemente
a los muchachos
EL URUGUAY X BRASIL SEGÚN LA PRENSA
Alexandre
Balkowski corresponsal de la Agencia France Press en Brasil calificó a Uruguay
“como verdadero cuco del torneo”. Y Flavio Costa, el técnico brasileño, comentó
a Dionisio Alejandro Vera (Davy), envíado de “El País”, que el conjunto celeste
“es para nosotros el mismo de siempre y mucho mejor de lo que creen sus
compatriotas”.
“O
Globo” dijo : “Porque conocemos muy bien a los orientales no debemos
facilitarles”
“O
Estado de Sao Paulo” en tanto advirtió contra la suficiencia “… la confianza
excesiva es, bajo todo punto de vista perjudicial. Esperamos que Bauer y sus
compañeros se compenetren de que el partido se decide en el campo y no en las tribunas
. Y convengamos que el cuadro oriental no puede ser menospreciado”.
Una de
las voces del triunfalismo fue el diario “O Mundo”, que en la vispera del
partido decisivo público la foto de los once titulares brasileños bajo el
título “Estos son los campeones del mundo”
EL MONO DORMIDO
El día
de la final de Maracana, los uruguayos abandonaron el hotel con mucha
anticipación previendo “tapones” en el tránsito de Río que los complicaría su
llegada al estadio a una hora prudente . En el flamante y confortable vestuario
había unas colchonetas irresistitbles para echarse a descansar . Gambetta se
zambullo y se quedó profundamente dormido. Hubo que despertarlo para que se
pusiera el equipo, pues faltaba menos de una hora para el comienzo de la lucha.
NO COBRA PENALES
A pocos
minutos de inciarse la final “levantaron” a Miguez en el área peligrosa de
Brasil. El árbitro inglés ni se enteró.
Matías
González miró a Tejera :
-
“Cato”… (le dijo) … parece que no cobra penales…
-
Parece … (respondió Tejera).
Al
rato, Ademir entró al área uruguaya con la pelota dominada. Era el goleador del
certamen y dejarlo tirar equivalía a un suicidio.
Matías
y Tejera lo trancaron y Ademir recibió la primera lección de un curso aereo.
Por suerte Mr Reader estaba leyendo, distraído, lejos de la jugada.
PELOTA DEBAJO DEL BRAZO
A los 3
minutos de la final, el puntero derecho Friaza culmino un ataque fulminante y
batió a Roque Maspoli. Maracaná se convirtió entonces en una caldera hirviente.
Cientos
de cohetes ensordecedores se confundieron con los gritos de 200 mil gargantes.
Tras el
gol el capitan celeste Obdulio Varela- zorro viejo de mil batallas
futbolisticas- sabía que reanudar enseguida el juego en aquellas circunstancias
era letal para los intereses celestes, así que fue a buscar la pelota entre las
redes , la tomó en sus manos (o la puso debajo del brazo) y comenzó a reclamar
al arbitro Readers por supuesta posición fuera de juego del autor del gol. El
juez era ingles y no entendía lo que Varela le recriminaba, por lo que llamó a un
interprete. Entonces Varela, que todo lo que quería era enfriar a Maracana, fue
también hacía donde estaba el linea y le hablo mientras le hacia gestos de
recriminación.
Luego
cruzó la cancha y discutió con el otro línea. Las consultas se hicieron interminables,
Obdulio lo hacía todo parsimoniosamente, sabiendo que el tiempo enfriaba al
estadio.
La
estrategia del “Negro Jefe” funcionó. La demora en retomarse el juego fue
suficiente para desactivar la presión de la tribuna y desacelerar la adrenalina
de los rivales. Cuando Oscar Miguez movió desde la mitad de la cancha para
reanudar el juego, el estadio estaba ya casi en silencio. Según el periodista
Franklin Morales, el caso es tema en la Facultad de Psicología de San Paulo de
como ejemplo del poder de un hombre dominando a una multitud.
ENTEREZA DE MACHOS, JUEGO PULIDO Y GENIAL – Por DAVY – Columnista uruguayo.- EXTRACTOS
“Los
uruguayos somos patriotas solo cuando debemos serlo. Y en los grandes momentos
lo somos más que nadie “ . “Surgió algo grande y nítido. Los sistemas europeos
podían caer frente al juego improvisado. Un juego genial, desconocido en el
viejo Mundo, rico en sus facetas más diversas, bello como espectáculo.-. Europa
nos presentaba la frialdad de maquina, perfección en el trabajo, pero, faltaba
ese algo nuestro, que en un instante puede decidir un partido y que no cabe en
los planes previos y en los pizarrones de los entendidos en la nueva ciencia
del futbol”. Suecia el Susto – “Jamás habíamos visto un seleccionado celeste
jugar tan mal. Nunca había mostrado tanto abulia, tanta desorientación y falta
de nervio. El coraje tradicional de nuestros bravos combinados apenas rondando
por unos segundos en Pacaembú. El cuadro era el vivo desorden de una cosa sin
consistencias. Suecia no hacía nada y nosotros hacíamos menos. Tenían ellos
otra vez los tres zagueros muy abiertos y un volante pesado. Cada vez que
haciamos algo bueno,, Suecia se abría. Pero llegaba el error nuestro que ponía
a Suecia en el camino del triunfo… Se gano al final con angustias y con muchos
sustos.”.
“Uruguay
es la sombra de Brasil, se nos dijo siempre en Rio. “Queremos cualquier equipo
para la final menos a Uruguay”, nos
dijeron convencidos los colegas cariocas y paulistas".
“A los
quince minutos en nuestra bancada, hablamos con los señores Carlos Scheck y
Luis Franzini. Nos dimos vuelta y explicamos “Uruguay está marcando como nunca.
Está tranquilo. Podemos ganar. A la media hora, el intercambio de palabras con
estos señores era este: “Ya no perderemos. Por lo menos empatamos. Ellos ya no
ganan “ “ ¿ Por qué el optimismo ? Había que estar así. Uruguay jugaba
tranquilo pero con rabia. En las trancadas, saltaban los brasileños, en los
choques caían ellos. El primer lesionado fue Chico. A Perez lo revolcaron y se
levantó furioso. Obdulio gritaba y reía. Maspoli era una estatua de acero.
Schiaffino- por primera vez- toreaba y se iba . Ghiggia era una tromba y ya
Bigode estaba en el suelo, vencido. Uruguay dominaba. Cuando nos metieron el
primer gol, el cuadro levanto con coraje único tal vez como lo hicieron las
viejas glorias en Holanda. El primer tiempo fue de ellos, pero sabiamos ya que
ganaríamos . El público siguió gritando, pero más bajo. Los cohetes reventaron
menos. A los quince minutos el público se había callado. A la media hora se
iban muchos. Uruguay estaba dictando su lección olímpica. Los viejos laureles
de dos olimpíadas reverdecían en Maracaná. ¡ Gol de Schiaffino ¡ . La apoteosis
entre el puñado de uruguayos aún sin llanto en los ojos . Solo en el trepidar
acelerado de los pobres corazones nuestros. ¡ Gol de Ghiggia ¡.
EXPLICACIÓN DEL RESULTADO
Para : Juan Carlos Urta Melián – Columnista de Diario “El Pais” de
Uruguay
“En
primer lugar esa calidad del fútbol uruguayo que siempre que se emplea a fondo
brila con inequivoca nitidez. Luego, una estupenda preparación fisica porque
solo así se puede marcar como lo hizo el equipo uruguayo a un cuadro de la
movilidad endeoniada y el entrenamiento perfecto del cuadro brasileño. Y por
último, el factor más importante porque no puede adquirirse ni con
entrenamiento ni con tácticas; el factor que nos distingue por encima de todos
los equipos del mundo y que nos hace imbatibles en cualquier terreno. Me
refiero al factor anímico, a ese “algo maravilloso” que tantos han llamado “sangre
charrua” y que yo llamaría más correctamente “alma uruguaya”… a esa aleación de
ímpetu indígena de fe española y de guapeza criolla.
También
merece un párrafo aparte este mellizo Lopez, tan grande ya como la Torre de los
Homenajes. En este campeonato se habló mucho de tácticas y sistemas d juego.
Como en todos los ordenes de la vida el “snobismo” invadió el deporte . Por
suerte para el fútbol uruguayo, Juancito Lopez no se mareó. Es evidente la
necesidad de un sistema de juego pero sin exagerar, sin mecanizar a los
jugadores hasta el grado de transformarlos en autómatas, sin decisión propia e
incapaces de obedecer a la sugestión muchas veces decisiva de una súbita
inspiración. Implantar esa tecnica seria renegar del genio latino y se
cometería la más grande de las injusticias.
Por
eso, Lopez concilio en forma sumamente inteligente la necesidad de una táctica,
con la capacidad de improvisación de nuestros jugadores, caracteristica que los
ha consagrado siempre como unicos en el mundo .
De la
mitad de la cancha hacía el arco de Maspoli, estricta marcación de hombre a
hombre; de la mitad de la cancha hacía el arco brasileño, libertad de acción
sobre la base lógica del
frecuente
tiro al arco. Y con respecto a la dinámica del juego, esperar el ataque rival para
actuar de contragolpe.
He ahí
la obra de un hombre que sabe de verdad,
y que tiene también “alma uruguaya””
NI MARACANAZO EXLUSIVO
– Por
Rebar – Extractos
“En
julio del 50 yo estaba desempeñando, interinamente, la Secretaria de la
Facultad de Humanidades y Ciencias, en el ya histórico edificio de Cerrito y
Juan Lindolfo Cuestas.
El
Decano era el talentoso jurista y apreciado amigo, Dr Justino Jiménez de
Aréchaga.
Los
empleados venían filándose las uñas para saltarse a la torera el lunes
“sándwich” que quedaría entre el domingo 16 y el martes 18 julio, colmao en la
mañana del sábado 15, y yo calculaba que
el ausentismo por gripe, muerte de parientes cercanos, tos convulsa de los
chicos y un viaje al interior – imprevisto – para ir a ver a un familiar enfermo,
redondearía cifras importantes . O sea : que el lunes 17 seríamos cuatro gatos
locos, y nos pasariamos jugando al truco. Concebí entonces una estrategia para
dejar a todos contentos, yo el primero, naturalmente.
A media
mañana llamé a mi despacho al Jefe de Personal y le dije: - Señor Wolf… Mañana,
en Brasil, los uruguayos van salir Campeones del Mundo. El país entero será una
locura, y nadie vendrá a trabajar el lunes . Para evitarle a usted el mal
momento de aplicar sanciones por faltas sin causas justificadas, he decidido
que el lunes “sándwich” el persona goce de día libre.
Soprendido,
el bueno de Don Justino me llamo por el interno: acudi a su despacho;
-
El señor Wolf acaba de comunicarme que usted le concedió
el lunes libre al personal, porque como piensa que los uruguayos van a ganar
mañana, nadie vendrá a trabajar al día siguiente .
-
-Le informó bien, Decano…
-
Hubo una pausa. Me miró fijamente y me dijo:
-
Yo no puedo revocar esa decisión, porque eso significaría
desautorizarlo. Pero quiero confesarle que la locura es doble; por lo que hizo
y porque es la primera persona a la que oigo decir que los uruguayos saldran
campeones “.
UNA EN CIEN
Según
Obdulio Varela de cien veces que aquella selección uruguaya jugara contra
aquella selección de Brasil, perdía 99, pero aclaró que esa vez, en aquellas
mismas condiciones, Uruguay la ganaría siempre.
Una de
las veces que lo dijo fue en un reportaje que le realizara el periodista
Franklin Morales en mayo de 1968 en el desaparecido diario “Hechos”, Obdulio se
refirió en los siguientes terminos al encuentro de Maracaná : “Ganamos porque
ganamos, nada más. Nos llenaron a pelotazos, fue un disparate. Jugamos cien
veces y solo ganamos esa. Adelante fracasaron todos, menos Ghiggia y Julio
Perez. Schiaffino tuvo la suerte de hacer un gol. Omar Miguez fue siempre un
caprichoso enorme, un jugador lindo para ver. La defensa era fuerte. Tuvimos la
fortuna de un Matías González atrás. Una barbaridad. El “Mono” Gambetta
también. Los brasileños sintieron el rigor. Hasta cambiaban de color… (…)
conocer a los hombres vale mucho: en Maracana lo aprovechamos bien, fuimos a la
cancha a darles unas cuantas de entrada. Por ahí nos infiltramos”.
MANO PERO NO FUE PENAL
Pitazo
final con la pelota en el Aire, Gambetta agarró el balón con las dos manos pero
no fue penal.
El juez
Reader pitó el final del partido cuando la pelota iba en el aire sobre la valla
uruguaya, impulsada por Friaza desde el punto del corner. Pepe Schiaffino
relato años después la jugada con proverbial acierto: “La última jugada de ese
encuentro final, que jamás podré olvidarme, fue en la hora de terminación a
raíz de un tiro de esquina cedido por Eusebio Tejera. Todo Brasil en nuestro
arco y todos nosotros defendiendo; Friaza lo ejecutó y cuando el balón estaba llegando
sobre nuestra valla, sentimos el pitazo del arbitro. . En ese preciso momento,
Schubert Gambetta, a la manera de un golero, tomó el útil con las manos y
anticipó así el trijnfo celeste.
Parece
penal, claro está , pero como dijo Schiaffino el juez ya había tocado el pito.
LA PENA DEL PEPÉ
Schiaffino
contó en el mismo reportaje los instantes posteriores al pitazo final “Después
el posterior festejo por nuestro lado con lágrimas en los ojos pero de alegría,
mientras nuestros adversarios acongojados y llorando por la amargura que
representaba la derrota. En cierto momento sentí pena por lo que estaba viendo
dentro del campo de juego.
EL AUTO DE LA PARRANDA
Contaba
Juan Alberto Schiaffino que mientras los jugadores brasileños recibieron
obsequios fabulosos los uruguayos solo disponian en la noche de un automóvil si
querian salir de “parranda” . Ademas, nada sabían ni remotamente, del monto del
premio que les tocaria en el caso de lograr el triunfo. “No existía ningún
convenio previo entre dirigentes y futbolistas”, dijo el Pepe.
CON GARRA PERO LEAL
En la
final de Maracana, Uruguay solo cometió 11 faltas contra el equipo brasileño,
lo que prueba que la “garra” exhibida en aquel partido no tuvo nada que ver con
golpes amedrentadores y exagerados ni el culto de pegar alevosamente al
adversario.
SAN CONO
Las
camisetas que usaron Alcides Ghiggia y Julio Perez en la final están hoy en San
Cono, Florida, llevadas por el “Pata Loca” a los pocos días de la final.
LA CONFESIÓN DE JULES
Rimet
tenía el discurso escrito en portugues, en el trayecto al túnes se perdió el
gol de Ghiggia. Cuando llegó a la cancha, el partido ya estaba terminado. Lo
que pasó entoncs lo contó así “De repente me hallé solo en medio de la
multitud, empujado hacía todos los costados, con la copa en mis brazos, sin
saber que hacer. Terminé por descubrir al capitán uruguayo y le entregué, casi
a escondidas, la copa estrechandole la mano, sin poder decirle una sola
palabra.
ACUARELA DE UNA DERROTA
Uno de
los más afamados compositores populares brasileños, fue Ary Barroso. Bastaría
agregar que es el autor de “Acuarela do Brasil” y era el relator de fútbol más
escuchado en su pais donde nunca ocultó su fanatismo por Flamengo.
A los
34 minutos del segundo tiempo de la final Ghiggia confirmó aquel temor. Surgió
entonces de sus labios una frase breve pero de una tremenda intensidad
dramática .
“Eu ja
sabía” … “Eu ja sabía” repetía sin agregar más palabras a la descripción de los
últimos minutos “.
Finalizada
la contienda dijo con absoluta convicción : “No relato más” Y nunca más lo
hizo.
CAUDILLO BOHEMIO
El
mayor caudillo de la historia del título de 1950 sin dudas fue Don Obdulio
Varela, el mismo había sido adquirido por Peñarol en 1943 proveniente de
Wanderers.
LA BORRACHERA DEL “NEGRO JEFE”
En un
reportaje de 1968 Obdulio le contó a Franklin Morales “Después del partido, en
el hotel, hubo una fiesta enorme y dieron orden que no saliera nadie. ¡ Que me
van a sacar la libertad ahora ¡ Mando yo. Le pregunté a don Américo Gil que se
podía hacer allí y me dijo que hiciera lo que quisiera. Los dirigentes se
fueron a un cabaret y que querían tenernos encerrados, ¡ por favor ¡ . Con
Mathucho Figoli quedamos dueños de todo y empezamos a tomar vino. Y otra
botella. Y otra botella. Yo estaba para cualquier cosa. Después salimos a
caminar y llegamos a la cerveceria de un amigo. Ahí me encontré con todos los
cronistas que estaban cenando. Me presentaron a periodistas de Francia, de
Italia, ¡ que se yo ¡ . Nos invitaron pero fuimos a sentarnos en el mostrador y
empezamos con la cerveza. Al rato pedí un par de frankfurters, cuando nos
íbamos le dije a Matucho: “Bueno, pagá vos que yo no traje plata”. “¡ Yo
tampoco ¡ me dijo. No teníamos un centésimo… ¡ lo que son las cosas ¡ ¡ que
calor ¡ Menos mal que eran amigos y les dije “mañana vuelvo a pagarte”. En eso
cae un grupo de brasileños que habían venido al partido desde el interior,
llenos de banderines. Empezaron a hablar del partido con el dueño. “Que yogador
ese Obidulio” y que de aquí y que de alla. “¿ Saben quien es ese ? – les dice
de repente el dueño – el mismisimo Obidulio”. Se pusieron a llorar los bayanos.
“Que yogador voce” y de aquí y de allá.
Me
invitaron a salir con ellos a tomar un whisky. Le digo a Matucho: “Mirá, voy a
ir para que no crean que tengo miedo, pero capaz que quierern tirarme al río”.
Volví
al hotel a las siete de la mañana pensando encontrar a todos durmiendo. ¡
Cristo madonna ¡ ¡ Que durmiendo ¡ De la emoción no había dormido nadie esa
noche”.
EL HEROE DE MARACANA
Alcides
Edgardo Ghiggia autor del gol del triunfo tenía apenas un año en Primera
DIvisón cuando fue llevado al Mundial de 1950. Había jugado en Sud America con
Miguez en el 47, alternando entre la Tercera y la Divisional mayor, en el 48
pasó a Peñarol, jugando luego 9 años en la Roma, dos en el Milan, terminando su
carrera a los 41 años jugando contra Danubio.
DE MARACÁNA AL CAMPITO
Alcides
Edgardo Ghiggia contaba que a los pocos días que llegaron a Montevideo había un
campeonato nocturno amateur en una canchita ubicada en Gral Flores y Propios,
por la liga barrial. Ghiggia cayó de improviso de visita a lo de Oscar Omar
Miguez y este le preguntó si no tenía ganas de jugar al fútbol. Ante la
respuesta positiva, el “Cotorra” le dijo : “Bueno, traé los zapatas que acá hay
una final”. Aquel dia jugaron cuatro campeones mundiales: Ghiggia y Miguez en
el Galloway y Matías González y Vilches (que además era la pareja títular de
backs de Cerro) en el equipo rival. Ganaron los primeros 4 a 2.
ARREPENTIMIENTO Y PICO
Walter
Gomez, un petiso de tecnica extraordinaria y goleador excepcional iba a ser
seguro titular de la selección uruguaya que disputó el torneo Mundial de 1950,
pero una piña y un puntapié aplicados a un juez en un clásico terminó por
alejarlo de la actividad local durante un año, y en consecuencia de la
posibilidad de integrar aquella delantera campeona del mundo.
El
temperamental Walter Gómez excediendose en las protestas agredió al arbitro
Anibal Bochetti aplicandole una patada.
En la
tarde del 16 de julio de 1950, cuando Uruguay enfrentó a Brasil en el Estadio
Maracána de Rio Janeiro, River Plate jugó contra San Lorenzo por el campeonato
argentino, a los altavoces dar a conocer el resultado de la final de Maracana,
la multitud empezó a gritar al unísono “¡ U-ru-gua-yo ¡- ¡U-ru-gua-yo¡ al
extremo de que el juez paró el partido y, al igual que los otros 21 jugadores
que protagonizaron el cotejo, se acercaron a saludar al futbolista que, con
lagrimas en los ojos hizo como propia la hazaña conseguida.
SE MIRA Y NO SE TOCA
La Copa
Rimet ganada por Uruguay estuvo en la Sección Valores del Banco República y
antes de llevarla a Suiza para el Mundial 1954, estuvo 10 dias en exhibición en
una vidrieria de Cambio Uruguay Viajes, en la esquina de Colonia y Julio
Herrera.
DESARROLLO DEL JUEGO EN LA GRAN FINAL POR JO SOARES (RELATO
DE UN BRASILEÑO)
Depois do
louco afã de gols dos jogos anteriores, o Brasil foi bastante tímido no
primeiro tempo contra o Uruguai. Artilheiro da Copa com nove gols, Ademir de
Menezes foi praticamente anulado por Matías González, que ficaria conhecido em
seu país como o “Leão do Maracanã”. Aos 34 minutos, o polêmico lance em que o
capitão uruguaio Obdulio Varela teria atingido o brasileiro Bigode com um tapa.
Ainda antes do intervalo, Míguez acerta a trave de Barbosa. O segundo tempo mal
começa e o Brasil sai na frente com um gol de Friaça, após jogada pela direita
com Bauer. O Uruguai passa a dominar as ações a partir dali e empata aos 21
minutos com Schiaffino. Aos 34, a jogada mais célebre da quarta Copa da Fifa:
Alcides Ghiggia ganha de Bigode na corrida e, quase sem ângulo, bate entre
Barbosa e a trave esquerda. A seleção da casa tem então pouco mais de dez
minutos para empatar, em resultado que garantiria o título. No entanto, tomada
pelo nervosismo, a equipe de Flávio Costa não consegue mais ameaçar a meta
adversária. O jogo acaba após um escanteio mal sucedido na área uruguaia,
quando a bola passa a um palmo da cabeça de Jair. Um dos mitos do jogo
conhecido como Maracanazo é o silêncio das arquibancadas superlotadas do
estádio carioca. Segundo relatos de quem esteve lá, ele começou logo no gol de
empate do Uruguai. Não se acreditava que a seleção que conseguira goleadas
impressionantes nas partidas anteriores pudesse ser ameaçada daquela forma -
foi um choque. Dali até o final do jogo a multidão quase não se manifestou. Já
na saída do estádio, um choro coletivo copioso tomou as rampas do Maracanã.
Dentro de campo o volante Danilo também derramava suas lágrimas, de cabeça
baixa, em uma imagem consagrada da derrota brasileira.
Tinha 12
anos. Chorei uma barbaridade, eu e 200 mil pessoas chorando. Assisti em cadeira
numerada. Estava sentado do lado oposto ao do gol do Ghiggia. Não inteiramente
do lado oposto, pois estava quase no meio-campo.
Lembro que eu chorava e chorava. Para mim, eu era um adulto, com quase 12 anos, você acha que já sabe tudo e que você mesmo toma suas decisões. Achei graça que meu pai olhava para mim com uma ternura e dizia: ‘você está chorando meu filho, olha só’. Para ele eu era um bebê, chorava copiosamente.
O que foi realmente inesquecível foi o silêncio. 200 mil pessoas saindo em total silêncio. Foi a comemoração de gol mais muda que já vi na minha vida. Sem dúvida o silêncio foi o que mais me marcou naquele jogo. Teve um silêncio menor, que foi na hora do empate, mas ainda a gente ganhava com o empate. Era impensável aquilo. O Barbosa levou a culpa totalmente injustamente. A culpa foi que os uruguaios já eram campeões do mundo, tinham uma fibra incrível, um capitão que era o Obdulio Varela, que quando tinha uma briga ia lá e dava tapas, tanto nos uruguaios quanto nos brasileiros. Já tinham as manchetes ‘Brasil campeão do mundo’. Ele levou para o vestiário, botou no chão, mostrou e todos eles mijaram em cima da manchete. Isso te enche de uma fibra.A sofrida derrota em casa em 1950 iria inspirar teorias das mais diversas, que refletiam sobre a suposta “deficiência da raça brasileira”. Textos de craques das letras como Nelson Rodrigues e José Lins do Rego discorriam a respeito. Mas há quem acredite que a decepção do Maracanã fomentaria a primeira geração vencedora do futebol nacional, bicampeã do mundo pouco adiante, em 1958 e 1962. O próprio Pelé diz ter sido impactado pelo Maracanazo. O maior jogador da história da seleção já relatou inúmeras vezes que, ao ver o pai chorar com a derrota para o Uruguai, prometeu que venceria uma Copa. Na época o Rei era um menino de 9 anos da idade.
Lembro que eu chorava e chorava. Para mim, eu era um adulto, com quase 12 anos, você acha que já sabe tudo e que você mesmo toma suas decisões. Achei graça que meu pai olhava para mim com uma ternura e dizia: ‘você está chorando meu filho, olha só’. Para ele eu era um bebê, chorava copiosamente.
O que foi realmente inesquecível foi o silêncio. 200 mil pessoas saindo em total silêncio. Foi a comemoração de gol mais muda que já vi na minha vida. Sem dúvida o silêncio foi o que mais me marcou naquele jogo. Teve um silêncio menor, que foi na hora do empate, mas ainda a gente ganhava com o empate. Era impensável aquilo. O Barbosa levou a culpa totalmente injustamente. A culpa foi que os uruguaios já eram campeões do mundo, tinham uma fibra incrível, um capitão que era o Obdulio Varela, que quando tinha uma briga ia lá e dava tapas, tanto nos uruguaios quanto nos brasileiros. Já tinham as manchetes ‘Brasil campeão do mundo’. Ele levou para o vestiário, botou no chão, mostrou e todos eles mijaram em cima da manchete. Isso te enche de uma fibra.A sofrida derrota em casa em 1950 iria inspirar teorias das mais diversas, que refletiam sobre a suposta “deficiência da raça brasileira”. Textos de craques das letras como Nelson Rodrigues e José Lins do Rego discorriam a respeito. Mas há quem acredite que a decepção do Maracanã fomentaria a primeira geração vencedora do futebol nacional, bicampeã do mundo pouco adiante, em 1958 e 1962. O próprio Pelé diz ter sido impactado pelo Maracanazo. O maior jogador da história da seleção já relatou inúmeras vezes que, ao ver o pai chorar com a derrota para o Uruguai, prometeu que venceria uma Copa. Na época o Rei era um menino de 9 anos da idade.
MINO
PERIODISTA ITALIANO HABLA DEL MUNDIAL DEL 50
MINO CARTA CONTA A COPA DE 50: “A FIFA NÃO ERA ESTA COISA
VERGONHOSA”
Em entrevista à
Pública, o jornalista e diretor de redação da Carta Capital lembra a cobertura
que fez aos 15 anos para veículos italianos sobre a primeira Copa depois da
Segunda Guerra: “O Brasil era o país ideal”. Ali começaria sua longa carreira
como jornalista.
Mino fala das
muitas mudanças que ocorreram nesses 62 anos no mundo do futebol. A Fifa, por
exemplo, não tinha nada a ver com esta de hoje, “que se tornou o que é graças a
João Havelange, que, digamos, na Sicília estaria perfeito, dirigindo a máfia”.
E explica que
apesar do “Maracanaço”, como ficou conhecida a dolorosa vitória do Uruguai
sobre o Brasil no estádio com quase 200 mil pessoas, aqueles eram tempos
tranquilos e felizes para o país.
Você cobriu a Copa de 50 aos 16 anos. Foi seu primeiro
trabalho? Como foi parar lá?
Na verdade, foi
assim: meu pai detestava futebol e recebeu um pedido de jornais italianos para
escrever uma série de artigos sobre a preparação para o Campeonato Mundial de
1950. Eu ainda tinha 15 anos, meu pai detestava o balípodo [futebol]. Me
convocou e disse: “Olha, você que gosta dessa porcaria, você gostaria de
escrever algo a respeito?”. Eu disse: “Quanto vale?”. Ele disse x e como esse x
daria para encomendar um terno azul marinho num alfaiate de muita boa
qualidade, eu disse “perfeito!”. Nesse tempo íamos aos bailes de sábado de
terno e gravata.
O terno azul era o objeto de desejo?
No meu caso, era
o terno azul marinho. Então eu escrevi seis artigos sobre a preparação da Copa.
Fui pago, fiz o terno azul marinho e depois quando vieram as equipes dos
jornais para os quais eu tinha escrito– que, na verdade, eram dois jornais
irmãos, um de Roma e outro de Gênova – o pessoal me usou como intérprete, como
ajudante, como contínuo, mil coisas.
A Fifa era menos exigente?
A Fifa não era
essa Fifa, que se tornou o que é graças a um brasileiro ilustre que se chama
João Havelange, que, digamos, é um concorrente do Totò Riina, do Provenzano.
Ele na Sicília estaria perfeito, dirigindo a Máfia. A diferença é que ele está
solto e Totò Riina e Bernardo Provenzano estão na cadeia. Esse Blatter é outro.
Esse Ricardo Teixeira é outro. Aliás, aprenderam tudo com o João Havelange, que
foi o autor desta Fifa vergonhosa. Agora, o campeonato de 1950 funcionou muito
bem. Não houve problema algum.
Foram construídos estádios na época?
O Maracanã.
Basicamente, o Maracanã, que eu saiba. Eu me lembro porque São Paulo tinha o
Pacaembu, que havia sido construído em 1942 e que era um estádio novo e bonito.
O Pacaembu aguenta 50 mil espectadores com tranquilidade. São Paulo, nesse
momento, beirava os 2 milhões de habitantes. Era um outro mundo. São Paulo
tinha 50 mil carros. A gente se locomovia pela cidade com perfeição. Ainda
funcionavam os bondes.
O Brasil não parou por causa da Copa, então?
De jeito nenhum.
E veio muita gente de fora. O jogo da final, no Maracanã, que foi uma tristeza,
um momento de enorme tristeza… Mas também, sabe?, o jogo começou com a
distribuição de postais que mostravam o time brasileiro como se já fosse
campeão.
Foi mais vergonhoso…
Não, não foi
vergonhoso, porque o Uruguai, além de tudo, tinha um time excelente. O Uruguai
tinha um time melhor que o do Brasil. Você não perde por acaso. Você perde
porque tem pela frente um time que pelo menos, naquele jogo, jogou melhor.
Tinha craques incríveis o time do Uruguai, jogadores excelentes. E o Brasil,
como frequentemente acontece, era um time desequilibrado. Na defesa, havia
muitas falhas. Tinha atacantes excepcionais e uma defesa… Um meio campo muito
bom e uma defesa que deixava a desejar. Bom, não foi culpa do goleiro. O
marcador do ponta direita do Uruguai não segurava o homem, chamava-se Bigode, o
nosso. O outro chamava Ghiggia e corria bem mais. Então, é por aí. Mas enfim,
foi um campeonato tranquilo, sem desordem.
O senhor estava lá?
Estava. Triste,
foi muito triste. O que tinha de gente chorando na rua era impressionante…
Como foi o clima do estádio nessa hora?
Silêncio.
Silêncio aterrador. A alegria de uma pequena torcida uruguaia e silêncio.
Porque também os estrangeiros torciam pelo Brasil, os que tinham vindo e tinham
ficado muito impressionados. Sobretudo com as duas vitórias por goleada e a
exibição de gala, então imagine… Foi triste.
Os torcedores eram pessoas comuns? Os ingressos eram
baratos?
Totalmente. Mas
olha, o que é impressionante é que (risos) Eu lembro quando eu ia ao Pacaembu,
antes quando eu era menino, tinha uns 13, 14 anos, uma ofensa dirigida ao
árbitro que eventualmente, na opinião do torcedor, roubava contra o time dele
era “tuberculoso!”. Era muito raro ouvir um palavrão no estádio. As pessoas
portavam-se de outra maneira. O Brasil virou um país muito vulgar.
O senhor torcia para o Brasil?
Nesse tempo,
sim. Hoje eu mudei muito minha postura. Me irrita pensar que em 70 os presos da
ditadura gritavam gol juntamente com os carcereiros. Essa debilidade moral me
irrita sobremaneira, hoje em dia. Naquele tempo, não. Ao contrário: eu torcia,
sim, pelo Brasil. É claro, lógico. Mas eu tentava ser frio na análise. Porque,
realmente, por exemplo, o Uruguai tinha um grande time. Tinha alguns jogadores
ali soberbos. No fundo, melhores que os nossos. Schiaffino era um jogador
excepcional, por exemplo. Muita cabeça, muita inteligência, via o jogo. Não era
só habilidade individual, era capacidade de mentalizar, de no campo mudar a
estratégia. Então tinha alguns jogadores excepcionais.
A gente pode dizer que a Copa de 50 foi benéfica pro
Brasil?
Foi ótima. Pena
que muita gente chorou. Isso que foi pena.
E a segurança? Como era feita?
O Brasil era um
país ideal. As pessoas viviam numa boa. Não existiam os medos e receios de
hoje.
OTRA VISIÓN DE LA GRAN FINAL DE 1950
Maracanã, 16 de
julho de 1950. Augusto, capitão da seleção brasileira, surgiu no túnel e as
duzentas mil pessoas que lotavam o estádio quase entraram em delírio. Aquela
tarde de domingo tinha sido reservada para o Brasil ser campeão do mundo.
Bastava um empate contra os uruguaios.
Mas, ninguém falava em empate.
Afinal, o Brasil havia vencido o México por 4x0, a Iugoslávia por 2x0, a Suécia
por 7x1 e a Espanha por 6x1. Um empate com a Suíça já tinha sido um erro de
percurso. Era o que todos pensavam naquela tarde. O maracanã também havia sido
construído para a festa da vitória.
O jogo começou e os uruguaios
foram resistindo. Resistiram o primeiro tempo e, até aos quatro minutos do
segundo, quando Friaça abriu a contagem para o Brasil. Um gol que quase
desencadeou uma alucinação coletiva. Na Tribuna de Honra, trazendo na mão um
pedacinho de papel, o velho Jules Rimet, Presidente da FIFA, ainda tentava
decorar uma pequena saudação, em português, quando entregasse a taça ao capitão
Augusto. Mas, dezessete minutos depois, os uruguaios empataram e, a nove
minutos do final, fizeram o segundo gol. Um gol que provocou paradas cardíacas
e tentativas de suicídios por todo o país.
Jules Rimet viu o jogo até o gol
de empate. Em seguida, com a taça na mão, tomou o elevador para descer até o
campo. No gramado haveria uma guarda de honra e, perfilado ao lados dos
campeões, ele ouviria o hino nacional. O empate favorecia ao Brasil e quando
Jules Rimet descia, o estádio se agitava como numa tempestade que se abate
sobre o mar, e as vozes se avolumavam como os rumores de um furacão. Cinco
minutos depois, quando o presidente da FIFA chegou a boca do túnel, um silêncio
de morte havia substituído todo aquele tumulto. Quando o jogo acabou, Jules Rimet
se viu sozinho, com a taça na mão e sem saber o que fazer com ela. Terminou por
descobrir o capitão Obdulio Varela e lhe entregou a taça sem nenhum discurso. A
festa era dos uruguaios. Realmente, o 16 de julho de 1950, a partir daquele
momento, entraria na história esportiva do Brasil como um novo dia de finado. O
titulo a caminho de Montevidéu era mais que uma lição.
Flávio Costa e os jogadores, de
heróis, se transformaram em réus. O tribunal da opinião publica os condenou
como autores de um crime monstruoso. O crime de perder a ultima batalha. E o
maracanã, construído para a vitória, somente para a vitória, ficou marcado para
sempre pelo gol de Gighia. Foi uma lembrança eterna e triste de uma tarde que
os campeões do mundo deixaram de ser campeões para ser pobres e desacreditados
vice campeões.
Quando o juiz inglês George
Readers apitou o final do jogo, o goleiro Moacir BARBOSA correu os olhos pelas
arquibancadas superlotadas do maracanã e procurou o placar. Lá estava: Brasil 1
x Uruguai 2. Voltou os olhos para o campo e viu o inicio da festa dos
uruguaios. Procurou novamente o placar, para se certificar. Não havia duvidas –
Brasil 1 x Uruguai 2. Barbosa ainda jogou futebol até o ano de 1962 com 42 anos
de idade. Morreu carregando a acusação de ter sido um dos culpados pela
derrota.
LOS
JUGADORES BRASILEÑOS DESPUES DE LA FINAL
AUGUSTO da Costa dormiu sonhando
com o titulo de campeão do mundo. E sonhava acordado com a taça na mão e um
estádio lotado aplaudindo a seleção brasileira. Um sonho que se transformou em
pesadelo para o resto de sua vida. Augusto saiu do maracanã direto para sua
casa na Ilha do Governador. Não sabia o que falar. Nessa hora não existem
palavras capazes de evitar aquela coisa que nos destrói por dentro. Um dia
depois, voltou ao trabalho normalmente. Era da Policia Especial e, na sua
repartição teve que aturar a gozação de seus colegas. Foi sua primeira e ultima
Copa do Mundo.
JUVENAL Amarijo sempre culpou
Barbosa e Bigode pela derrota do Brasil contra os uruguaios. Chega mesmo a
afirmar que Obdubio Varela teria dado um tapa no rosto de Bigode. Juvenal
passou décadas fazendo contas. Naquele 16 de julho, ele se sentiu campeão do
mundo por três vezes. Quando o placar estava 0x0. Quando o Brasil fez 1x0 e
quando o Uruguai empatou 1xl. O empate dava o titulo ao Brasil. Ele passou 14
dias dentro de casa, sem ouvir rádio ou ler jornais. Não queria ver ninguém.
José Carlos BAUER foi
considerado o maior jogador da Copa de 1950, o Monstro do Maracanã. Ele
desmente que Barbosa e Bigode tenham sido culpados. Afirma até, que os
uruguaios entraram em campo apavorados. Quando empataram o jogo é que eles
sentiram que poderiam ganhar. Os culpados foram todos os jogadores, dirigentes
e a imprensa que antecipou uma vitória que ainda não tinha acontecido. Bauer
saiu de São Paulo para ser campeão mundial. Jamais imaginava que iria fazer a
viagem de volta, derrotado e dormindo no chão de um trem. Precavido, ele
comprou uma passagem de trem para domingo à noite. Queria fazer a festa com
seus pais em São Paulo. Um repórter o procurou para dizer que não poderia
viajar no domingo. Haveria uma comemoração na sede da revista “O Cruzeiro” com
todos os campeões depois do jogo e, ele não poderia faltar. O repórter o
convenceu e Bauer devolveu a passagem. No domingo, quando a tragédia calou o
maracanã, a comemoração virou pesadelo. Não tinha revista, não tinha repórter,
não tinha ninguém ao seu lado e, também não tinha mais a passagem. Em companhia
do falecido narrador esportivo, Geraldo José de Almeida e de um amigo, foram
até a estação e embarcaram no trem de volta para São Paulo. A cabine era de
dois e, o vice campeão do mundo Bauer teve que dormir no chão enrolado em um
cobertor.
DANILO Alvim nunca conseguiu
entender aquela derrota. Quando o Brasil estava ganhando de 1x0, o negócio
parecia liquidado. O Uruguai continuava se defendendo para não perder de muito
e os brasileiros continuavam atacante para golear. Danilo declara que ouviu o
treinador Flavio Costa ordenar que os brasileiros voltassem um pouco mais. O
segundo gol dos uruguaios foi um choque. O carnaval estava pronto. A torcida
não foi ao maracanã assistir a um jogo de futebol. Foi ver o Brasil ser campeão
do mundo. Danilo saiu chorando do maracanã amparado pelo locutor Jaime Moreira.
Ele não conseguiu segurar as lagrimas. Depois da derrota apareceram as
explicações. Umas verdadeiras, outras não.
João Ferreira, O BIGODE, nascido
em Belo Horizonte, nunca esqueceu o lance que aconteceu aos trinta e seis
minutos do segundo tempo. Uma bola lançada em profundidade para o ponteiro
Gighia que havia dominou o próprio Bigode na corrida. O lateral brasileiro
ficou na duvida, se dava um carrinho para tirar a bola, se fazia uma falta, ou
se esperava a cobertura de Juvenal que não houve. E nessa indecisão, Gighia se
tornou o herói uruguaio. Nenhum outro jogador brasileiro sofreu tanto como
Bigode. A fama de covarde se espalhou pelo mundo inteiro com a mesma rapidez
que haviam se espalhados os gritos antecipados de “Brasil campeão do mundo”.
Bigode deixou que as duzentos mil pessoas saíssem do maracanã e, quando já era
noite, tomou um ônibus e foi para casa. O trauma de 1950 jamais foi superado
por Bigode.
Albino FRIAÇA Cardoso era o
coringa da seleção. Deslocado para a ponta direita, ele se sentiu um deus
quando marcou o primeiro gol do jogo. Naquele momento o maracanã enlouqueceu e
Friaça também. A emoção foi tão grande que ele só se lembra de uma pessoa que
veio abraçá-lo: o locutor Cesar de Alencar que estava atrás do gol. E ficou
pensando: “O Brasil precisa somente de um empate e eu fiz o gol que amplia a
vantagem. Então o jogo estava liquidado”. Quando Friaça saiu do maracanã foi
para São Januário, estádio do Vasco. Foi dormiu e quando acordou
estava em Teresópolis onde passou dois dias. Sua família estava procurando o jogador no Rio, em
São Paulo e não sabia onde encontrá-lo. Dois dias depois é que Friaça
foi se reencontrar com a família.
Thomaz Soares da Silva, o
ZIZINHO, debita a derrota aos dirigentes que transferiram, depois da vitória
sobre a Espanha por 6x1, a tranqüila concentração da Barra da Tijuca para o
tumultuado São Januário. O estádio do Vasco foi invadido por torcedores que já
consideravam os brasileiros campeões. Por políticos que queriam se promover as
custas dos campeões e a imprensa que queria tirar fotos dos jogadores com faixa
de campeão. A tranqüilidade dos atletas acabou ali. O próprio prefeito do Rio
de Janeiro, General Mendes de Moraes, declarou antes do inicio do jogo: “Cumpri
minha promessa construindo esse estádio. Agora, façam o seu dever ganhando o campeonato”.
Durante muitos anos, Zizinho sonhava com o jogo. A derrota para os uruguaios
tinha sido um pesadelo. O jogo de verdade ainda ia acontecer. Quando acordava
sentia a realidade da vida.
ADEMIR Marques de Menezes, o
artilheiro do mundial, foi quem fez também, o primeiro gol oficial no maracanã.
Foi na estréia do Brasil contra o México. O exagero da torcida e da imprensa
atrapalhou a seleção. Um fotografo pediu aos jogadores para tirar fotos que
serviria como propaganda para a Antártica faixa azul que estava sendo lançada.
Como existem truques para tudo, aproveitaram a faixa e colocaram os campeões
mundiais. As fotos saíram nos jornais de sábado. Os jogadores brasileiros
ficaram aborrecidos e os uruguaios também. Obdulio se aproveitou para mostrar aos
companheiros que eles apenas iriam participar da festa. Os campeões já eram os
brasileiros. Dentro dos vestiários, quando os jogadores estavam se preparando,
foram obrigados a parar para atender a políticos que falaram que o nome do
Brasil estava em jogo e que todos jogassem com disciplina porque os uruguaios
poderiam acabar com o jogo antes do tempo.
JAIR da Rosa Pinto acredita que
o time do Uruguai era muito bom. Tinha três atacantes que não ficava nada a
dever aos nossos Zizinho. Ademir e Jair. Os uruguaios tinham Julio Perez.
Miguez e Schiafino que eram craques. Maspoli era um goleiro excepcional. Além
disso, o time era muito raçudo. Não tinha bola perdida. Para Jair, quem perdeu
a Copa de 50, não foi Bigode ou Barbosa. Foram os onze jogadores. A responsabilidade
era de todos, na vitória ou na derrota. Futebol não se ganha na véspera. Se
ganha no campo. O Brasil fez tudo para vencer o jogo. Nunca passou pela cabeça
de Jair a possibilidade de perder aquela partida.
Francisco Aramburú, o CHICO, conta que sentiu um mal
pressentimento quando entrou em campo. Quando o jogo estava 1x1, Chico sentiu
que Obdulio Varela comandava seu time no grito. Com um pressentimento ruim, ele
correr até Ademir e Zizinho e disse que iria provocar Obdulio para que os dois
fossem expulsos. Os companheiros lembraram que os dirigentes queriam muita
disciplina dentro do campo. Quando o jogo terminou, Chico não chorou, mas teve
uma emoção tão grande que não sabe explicar. Foi para casa e não saiu. Ver o
Danilo chorando traumatizou o ponteiro. Passou dias sem dormir. Chico tinha
como certa a conquista da Copa do Mundo de 1950. Depois da derrota, passou a
ver tudo de uma maneira diferente. Não existiu facilidade. Naquele tarde, a
seleção foi obrigada a aprender o que é o amargor de uma derrota.
FLAVIO COSTA, o treinador, foi
apontado como um dos principais culpados. Para ele a imprensa mundial indicava
a seleção brasileira como a grande favorita. Era um time muito bom. Venceu
quatro jogos de forma convincente e emocionou ao mundo inteiro. Perdeu o jogo
que não poderia perder. Mesmo assim, a derrota não tira o brilha de uma seleção
que encantou a imprensa européia que viu um futebol diferente daquele que
conhecia. Era um futebol rápido e alegre, diferente do futebol medido e
compassado que se jogava na Europa. Para Flavio Costa a derrota não tem
explicação. Ninguém perde porque quer. Foi uma fatalidade. Estava escrito que,
naquela tarde, o vencedor seria o Uruguai.
DESDE
LA FRONTERA URUGUAY-BRASIL LLEGO UN LEÓN – EL ARTIGUENSE MATÍAS GONZALEZ “LEÓN
DE MARACANÁ”
NUESTRO
COTERRANEO Matías González: El león de Maracaná * EL NEGRO POTOTO
EVOCACIÓN DE MATIAS
GONZALES A 38 AÑOS DE MARACANÁ (Escrito
en 1988)
Nació para campeón. El destino se empeñó en encumbrarlo.
Una y otra vez le limpió el camino de obstáculos y barreras. De su
Independencia local al partido final en Maracaná una urdimbre de circunstancias
colaboró en su consagración.
Tal la huelga de jugadores de 1949, que le permitió lucir sus condiciones.
Luego, aunque no fue originalmente citado para integrar la selección de 1950, terminó integrándola finalmente porque Raúl Pini, uno de los citados es trasferido al Millonarios de Colombia, J. Bermúdez, otro de los citados, también defecciona por lesión, y Muñiz, también convocado, sufre un quebranto de salud. Entonces, el morocho defensor de Cerro, es llamado junto a Eusebio Tejera a integrar el cuadro celeste.
Además, bajas actuaciones de Willam Martínez en la Copa Roca disputada anteriormente le aseguran la indiscutida titularidad.
Brasil. Copa del Mundo. Contra Bolivia Uruguay gana 7 a 0 y Matías González es ya figura destacada.
Y llega la tarde señera del 16 de julio de 1950. Hace 38 años.
Brasil, amplio favorito. La victoria es fija nacional. La máquina norteña ha venido goleando a sus escuadras rivales. Por anticipado se prepara el carnaval de las celebraciones.
El Maracaná gigantesca olla de cemento, se estremece con 200.000 "torcedores" eufóricos. En la cancha 11 uruguayos. Entre ellos Matías González. Y se obró el milagro. Uruguay Campeón.
Los que siguieron por radio aquel partido, lo refieren a sus hijos como una gesta deportiva y patriótica, verdadero orgullo nacional, que el tiempo ha ido convirtiendo en mito dorado.
Matías González neutraliza al goleador Ademir, y es figura descollante.
Para usar un concepto borgeano, el destino glorioso se le revela esa tarde, más que en ningún otro momento fue tan él mismo.
Luego continuará sin brillar tiempo más en actividad. Pero no importa. Cuando debió ser grande lo fue en la hora justa.
La prensa lo llamó desde aquella tarde "el león de Maracaná".
Hace algunos años nos dejó para siempre para unirse a otros grandes del pasado.
El reciente recuerdo de la fecha de Maracaná actualiza una inquietud que viene promoviendo su amigo Ariel Torterola, en el sentido que las autoridades municipales den el nombre de Matías González a nuestro estadio.
Sería la forma de hacer justicia a un artiguense, nuestro único campeón mundial, un ungido de la gloria deportiva.
Nota de edición:
Ese mismo año, precisamente el 20 de diciembre en la Junta Departamental
se aprobó bautizar a nuestro estadio municipal con el nombre de Matías González
Tal la huelga de jugadores de 1949, que le permitió lucir sus condiciones.
Luego, aunque no fue originalmente citado para integrar la selección de 1950, terminó integrándola finalmente porque Raúl Pini, uno de los citados es trasferido al Millonarios de Colombia, J. Bermúdez, otro de los citados, también defecciona por lesión, y Muñiz, también convocado, sufre un quebranto de salud. Entonces, el morocho defensor de Cerro, es llamado junto a Eusebio Tejera a integrar el cuadro celeste.
Además, bajas actuaciones de Willam Martínez en la Copa Roca disputada anteriormente le aseguran la indiscutida titularidad.
Brasil. Copa del Mundo. Contra Bolivia Uruguay gana 7 a 0 y Matías González es ya figura destacada.
Y llega la tarde señera del 16 de julio de 1950. Hace 38 años.
Brasil, amplio favorito. La victoria es fija nacional. La máquina norteña ha venido goleando a sus escuadras rivales. Por anticipado se prepara el carnaval de las celebraciones.
El Maracaná gigantesca olla de cemento, se estremece con 200.000 "torcedores" eufóricos. En la cancha 11 uruguayos. Entre ellos Matías González. Y se obró el milagro. Uruguay Campeón.
Los que siguieron por radio aquel partido, lo refieren a sus hijos como una gesta deportiva y patriótica, verdadero orgullo nacional, que el tiempo ha ido convirtiendo en mito dorado.
Matías González neutraliza al goleador Ademir, y es figura descollante.
Para usar un concepto borgeano, el destino glorioso se le revela esa tarde, más que en ningún otro momento fue tan él mismo.
Luego continuará sin brillar tiempo más en actividad. Pero no importa. Cuando debió ser grande lo fue en la hora justa.
La prensa lo llamó desde aquella tarde "el león de Maracaná".
Hace algunos años nos dejó para siempre para unirse a otros grandes del pasado.
El reciente recuerdo de la fecha de Maracaná actualiza una inquietud que viene promoviendo su amigo Ariel Torterola, en el sentido que las autoridades municipales den el nombre de Matías González a nuestro estadio.
Sería la forma de hacer justicia a un artiguense, nuestro único campeón mundial, un ungido de la gloria deportiva.
Nota de edición:
Ese mismo año, precisamente el 20 de diciembre en la Junta Departamental
se aprobó bautizar a nuestro estadio municipal con el nombre de Matías González
Años más tarde Raúl Mello volvió a escribir sobre el
Negro Pototo.
En su postrer libro "San Eugenio, memorias y adioses" hay un poema que debemos compartir con todos los artiguenses.
En su postrer libro "San Eugenio, memorias y adioses" hay un poema que debemos compartir con todos los artiguenses.
A dos días del 18 de julio,
fecha patria de la República Oriental del Uruguay por cumplirse un nuevo
aniversario de su primera Constitución, hay otro “feriado” ineludible y está
estrechamente vinculado al fútbol: 16 de julio, fecha de Maracaná y todo dicho. Video
Este sábado se cumplen 61 años
de la gesta de Maracaná. Que fue, es y será la máxima hazaña de la historia de
los mundiales, no hay dudas. Que nunca se repetirá una situación así en Copas
del Mundo, tampoco.
La celeste, mal preparada en lo previo al torneo,
con problemas internos y enfrentando a un rival que parecía considerablemente
superior, siguió estirando una leyenda que había dado inicio algunas décadas
atrás.
Pero la consagración no se limita a esa mágica
tarde del 16 de julio de 1950, cuando más de 180.000 personas fueron testigos
de una tragedia que para tres millones sigue siendo motivo de orgullo.
El antes
No es exclusividad de los tiempos modernos el
hecho de que una selección uruguaya llegue mal preparada a un Mundial, pero
como habitualmente se dice, “los triunfos tapan todo”.
El entrenador asumió en su cargo 15 días antes del
inicio del certamen, ya que la dirigencia uruguaya no lograba ponerse de
acuerdo en la designación de un director técnico.
Los partidarismos no hacían posible que hubiera
consenso, por lo que los nombres del húngaro Emérico Hirsch (Peñarol) y de
Pedro Cea (Nacional) quedaban por el camino. Enrique Fernández aceptó el
desafío pero renunció rápidamente, y José Nasazzi tenía influencia en las
decisiones vinculadas a la selección, pero también rechazó asumir la dirección
técnica.
Por ello, se llegó al nombre de Juan López, de
Central Español, que fue asistido por el profesor Romeo Vázquez y tres
kinesiólogos, entre los que estaba el amuleto Ernesto “Matucho” Fígoli, el
único uruguayo protagonista de las cuatro consagraciones celestes a nivel
mundial.
Todas esas dificultades se sumaron a la huelga de
1948 y sus secuelas. El cese de actividades entre octubre de 1948 y abril del
año siguiente, dejó trunco un torneo y tirantes varias relaciones.
En el medio, Uruguay se presentó a un Sudamericano
en Brasil, con jugadores amateurs y algún profesional que no acató el paro.
Entre ellos estaba Matías Gonzales, a quien los compañeros dejaron de dirigirle
la palabra, y no lo querían en el equipo.
Sin embargo, Nasazzi como integrante de la
comisión de selección, dijo que “si Uruguay quiere ser campeón, el back derecho
debe ser Matías Gonzales”, y como el hombre “algo” del puesto entendía, se
hicieron las gestiones para lograr una solución.
Charlaron el Mariscal y el Negro Jefe, y hubo humo
blanco. Obdulio reunió a los suyos antes de partir hacia suelo brasileño y fue
bien claro: “con Matías estuvimos en veredas opuestas, pero hoy tenemos que
estar todos juntos. Ahora le voy a dar la mano, y luego lo harán todos".
Punto final al conflicto.
El torneo
Sin su mejor forma futbolística ni partidos
amistosos que sirvieran de preparación, llegaba la celeste a Brasil con la
suerte que a veces se necesita. Es que en las eliminatorias no se presentaron
Ecuador ni Perú, por lo que Uruguay y Paraguay quedaron automáticamente
clasificados.
El debut en Belo Horizonte el 2 de julio fue más
fácil de lo esperado, y se logró un contundente 8-0 que daba el pase a la fase
final, ya que por dos deserciones el grupo 4 quedó reducido a dos
participantes.
El resto de la historia es más conocida. Empate a
dos con España con gol de Obdulio Varela desde 35 metros para igualar a los 73'
en Pacaembú (Sao Paulo), y sufrido triunfo ante Suecia en el mismo escenario
por 3-2, con doblete de Oscar Míguez a los 77' y 85' para dar vuelta el score
adverso.
La final
Tres días después llegó la final y la decepción
brasileña. Decir que los goles los marcaron Alcides Ghiggia y Juan Alberto
Schiaffino resulta una obviedad, tal como recordar que aquellos dirigentes que
no se ponían de acuerdo para designar un técnico y luego se votaron medallas de
oro (y a los jugadores de plata), recordaron a los futbolistas que “perdiendo
por tres está bien”.
Es que el dueño de casa venía de golear a los
mismos rivales que a la celeste le costó sangre, sudor y lágrimas doblegar. Por
ser un cuadrangular y no una final como las de la actualidad, a los norteños
les alcanzaba con el empate para levantar la Copa.
“Cumplidos sólo si ganamos”, fue la palabra del
Negro Jefe, que pidió a los suyos “no mirar para arriba. El partido se juega
abajo y los de afuera son de palo”. Y se ganó metiendo pero también jugando. Un
grande lloró, y un pequeño gigante festejó un triunfo que hasta hoy genera
sentimientos de nostalgia.
Las voces de Carlos Solé, Heber Lorenzo (CX 8
Radio Sarandí), Duilio De Feo, César Luis Gallardo (CX 24), Chetto Pelliciari y
Luis Víctor Semino (CX 18 Sport) fueron las encargadas de relatar una victoria
que sacó a la gente a las calles.
Para el rival fue la última vez con la camiseta
blanca, y para el mundo entero una sorpresa. Incluso para el presidente de la
FIFA Jules Rimet, que no sabía bien qué hacer a la hora de la ceremonia, con un
papel guardado en un bolsillo con un discurso para agasajar al campeón, que no
podía ser otro que Brasil.
“Con la copa o sin ella, somos campeones igual”,
dijo Obdulio antes de recibir el trofeo y festejar con los suyos.
Roque Máspoli; Matías Gonzales, Eusebio Tejera;
Schubert Gambetta, Obdulio Varela, Víctor Rodríguez Andrade; Alcides Ghiggia,
Julio Pérez, Omar Míguez, Juan Alberto Schiaffino y Ruben Morán fueron los 11
elegidos por el destino para llevar adelante aquella hazaña.
Aníbal Paz, Juan Carlos González y Ernesto Vidal
lo hicieron en otros encuentros, y también integraron aquel plantel Williams
Martínez, Héctor Vílchez, Rodolfo Pini, Washington Ortuño, Julio César Britos,
Carlos Romero, Luis Rijo y Juan Burgueño.
Para todos ellos, el eterno agradecimiento de un
pueblo que se enorgullece de su historia, y no por ello dejará de ilusionarse
con repetir viejos logros para poder festejar un nuevo título mundial.
¿
OBDULIO VARELA ERA BRASILERO ?
Ghiggia
diz que Obdulio Varela, capitão uruguaio em 50, era brasileiro
Em entrevista a estudantes, autor do
gol de derrubou a Seleção no Maracanã garante que destaque da Celeste nasceu no
Brasil. Registros oficiais mostram o contrário
OBDULIO EL GRAN CAPITÁN
FRASE DEL GRAN OBDULIO -- "No piensen en toda esa gente, no miren para arriba, el
partido se juega abajo y si ganamos no va a pasar nada, nunca pasó nada. Los de
afuera son de palo y en el campo seremos once para once. El partido se gana con
los huevos en la punta de los botines”
Aquel día de 1950 el 'Negro
Jefe' Obdulio se encargó de echar hielo puro al infierno brasileño. Iban a una
'muerte deportiva' segura, pero Obdulio se rebeló y en el mismo túnel gritó a
sus compañeros: "No piensen en toda esa gente, ni en el ruido, no miren
para arriba. El partido se juega abajo... ¡Los de afuera son de palo!".
Y también durante el partido, tras el gol del brasileño Friaça,
y en el colmo de la valentía, se le ocurrió la treta de todos los tiempos.
El libro del periodista deportivo uruguayoJuan Pippo ('Obdulio Varela: desde el alma') lo
pone en primera persona: "¿La verdad? Yo había visto al juez de línea
levantando la bandera. Claro, el hombre la bajó enseguida, no fuera que lo
mataran. Yo cogí la pelota y me fui a hablar con él. Me insultaba el estadio
entero con la pelota en la mano, obviamente por la demora. ¡Si me
banqué aquellas luchas en canchas sin alambrado, de matar o morir, me iba a
asustar allí, que tenía todas las garantías! Sabía lo que estaba haciendo. Ahí me
di cuenta que si no enfriábamos el juego esa máquina de jugar al fútbol nos iba
a demoler. Lo que hice fue demorar, nada más. Esos tigres nos comían si les
servíamos el bocado muy rápido". Dicho y hecho: Varela se convirtió en el
dueño de la pelota, ordeno y mando del mediocampo. Y Juan Schiaffino y Alcides
Ghiggia, en los verdugos de los últimos minutos con sus dos goles para la
Historia.
“CLEMENCIA PARA LOS VENCIDOS” OBDULIO
VARELA
Celebración consolando a los tristes
caídos
El parrandero Obdulio, que
cuenta la leyenda entrenaba las gambetas en el césped bailando con mujeres en
los bares, también dejó algunas anécdotas después del choque del siglo. No fue
a celebrarlo con los suyos sino que se perdió por las barras de Río, invitando
a cerveza, consolando a sus hermanos de raza. "La tristeza de la gente fue
tal que terminé sentado en un bar bebiendo con ellos. Cuando me reconocieron,
pensé que me iban a matar. Por suerte fue todo lo contrario, me felicitaron y
nos quedamos bebiendo juntos".
Antonio
Mercader (quien fuera Ministro de
Educación de Uruguay) escribió en 1974 sobre la integridad del hombre que se
disfrazó deHumprey Bogart (Galeano dixit en 'Fútbol a sol y
sombra') en la revista 'Siete Días': "Desde que volvió de Maracaná le huye
a la fama. En 1950 bajó del avión en el aeropuerto de Carrasco, pidió un
sombrero y se lo calzó hasta los ojos; levantó las solapas del impermeable y
así camuflado se escurrió entre la gente. Se aisló, rehuyó a los periodistas
que sitiaron su casa y durmieron en la vereda, esperándolo. Todavía sigue en la
misma. '¿Entrevistas? ¿Para qué?".
Como premio de la mayor proeza
de la historia fútbolística recibió una medallita de plata y un dinerillo que
le valió para comprar un Ford del año 1931 que le robaron a
la semana. "No se le oyó una queja nunca". Así era
Obdulio. Cuando los dueños de Peñarol pusieron la primera publicidad en las
camisetas de su historia, Obdulio se negó diciendo: "Ya pasó el tiempo en
el que a los negros nos señalaban con argollas", y salió con su 'saco' de
siempre.
UN POCO DE BIOGRAFÍA DEL “NEGRO JEFE”
CAPITÁN CELESTE EN 1950
Obdulio Varela: empatía y tristeza de un campeón
Obdulio Varela (Obdulio Jacinto
Muiño Varela)
Este gran deportista nació
en 1917 en la ciudad de Montevideo, R.O. del Uruguay. Se crió en un barrio de
personas económicamente humildes y apenas si fue algunos pocos años a la
escuela primaria. Era un chico asmático e hijo de padres separados. Comenzó a
jugar al fútbol en los potreros de su barrio, luego en el club Deportivo
Juventud, y en el año 1937 pasó a ser un jugador semi profesional en el
legendario Club Montevideo Wanderers. En 1943 lo adquirió el Club Atlético
Peñarol, institución que lo contó en sus filas hasta su retiro, en 1955. Debutó
en el seleccionado uruguayo en 1939 y en 1942 fue campeón sudamericano.
¿Cómo era Obdulio Varela
desde el punto de vista técnico? Ocupaba lo que ahora se designa como
"volante", pero que en aquellas épocas se designaba como "centre
hall" (o el dicho común rioplatense de "centrojá"). Su
rendimiento técnico era nada más que aceptable, o quizás solamente bueno. No
era muy veloz al correr, tampco corpulento, dominaba los distintos recursos
técnicos dentro de lo que se esperaría normalmente de un jugador de primera
división y nada más. En ese aspecto no sobresalía. Pero, ¿en donde estibaba
entonces el hecho de que se haya convertido en un personaje futbolístico que
llegó a trascender a través de la historia deportiva del mundo? En su
personalidad. Ello significó ganarse el apodo de "negro jefe".
Sin gritos y sin histerias sabía poner en vereda con severidad a sus compañeros
de equipo cuando éstos no hacían las cosas como debían; bastaban unas pocas
palabras, o quizás una mirada llena de rigor como la de un padre severo con sus
hijos para darse cuenta que se tenía que poner mayor empeño en tal o cual
aspecto del juego. Asimismo fue muy respetado por sus rivales ocasionales, los
cuales sabían que con este "gran negro" no era conveniente buscar
problemas. Aunque Obdulio Varela fue un jugador del tipo recio, siempre fue
partidario del juego limpio, sin mañas, desdeñando la brutalidad. En cierta
ocasión, como capitán del conjunto de Peñarol, un adversario golpeó brutalmente
y con toda alevosía a uno de sus compañeros. La agresividad de ese contrario
ameritaba la expulsión inmediata del juego, ello era evidente. Pero de forma
inexplicable, dicha falta se sancionó como una simple contingencia del juego.
Obdulio Varela tomó de inmediato el balón, se dirigió al juez, y de manera
respetuosa le observó que si en algún momento algún jugador de su equipo, es
decir, de Peñarol, cometía semejante acto de brutalidad, le pedía por favor que
lo expulsara de la cancha, puesto que él, como capitán, no podría tolerar que
uno de los suyos realizara semejante acto tan desdeñable.
Pero la
gran personalidad de Obdulio Varela se pudo plasmar con nitidez en lo ocurrido
en Julio del año 1950, en ocasión del IV Campeonato Mundial de Fútbol disputado
en la ciudad de Río de Janeiro. Su actuación en dicho torneo fue lo que lo
catapulto realmente a la gran historia del mundo futbolístico, y quizás de todo
el deporte. Aquí se pudo palpar por parte de este hombre sus recursos
psicoemocionales, la verdadera astucia, el conocimiento o la perspicacia para
llegar a percibir las virtudes y también el "talón de Aquiles" de los
adversarios, y de acuerdo a ello determinar la forma adecuada para manipular o
aprovechar las distintas reacciones de los mismos en beneficio propio.
OBDULIO VARELA Y LA GRAN FINAL
El
estadio de Maracaná ya estaba lleno desde tempranas horas de la mañana, dado
que para los brasileños la final del campeonato mundial se convirtió en una
verdadera fiesta nacional. Tenían todas las de ganar puesto que su escuadra
estaba demostrando una eficiencia de primerísimo nivel; ¡qué se podría esperar
del equipo uruguayo, el cual apenas si pudo con rivales que ellos, los
brasileños, prácticamente demolieron con toda facilidad!
Es muy
interesante lo que se desarrolló en el vestuario de los orientales previo a su
salida a la cancha. Uno de los dirigentes entró a dicho recinto para
"alentar" a los jugadores y les expresó que "perdiendo por
menos de cuatro goles de diferencia se salvaba el honor". Rápidamente Obdulio
Varela salió al cruce y respondió con verdadera autoridad: "¿perder?...
¡Nosotros vamos a ganar este partido! ".
También de ese ambiente salió una famosa frase en cuanto a que "Los de
afuera son de palo". Algunos se la han atribuido a Obdulio Varela,
mientras que otros a uno de los marcadores de punta, el recordado Schubert
Gambeta (1920 - 1991). En realidad no importa de quien se originó dicha frase,
pero ese era el espíritu de todo el conjunto uruguayo al salir a la cancha:
"¡¡los de afuera son de palo!! ".
Obdulio Varela agregó algo muy importante antes de salir al campo, "muchachos,
si los respetamos a los brasileños, nos caminan por arriba… ¡vamos a salir a
ganar el partido! ".
La salida a la cancha
La salida a la cancha
El mismo
Varela reconoció años más tarde que estaba muy conciente de lo que sería salir
al campo de juego, de enfrentarse a esa "olla caliente" del estadio
de Maracaná ocupada por casi doscientas mil personas ? el estadio deportivo más
grande del mundo, comparándolo inclusive con el de Berlín, en donde se habían
realizado los Juegos Olímpicos del año 1936 ? las cuales alentarían a su
equipo, que era favorito y en el cual prácticamente no habrían partidarios para
el conjunto uruguayo. Teniendo esto en cuenta, Obdulio Varela, que obviamente
era el capitán del equipo, los reunió poco antes de entrar al túnel que los
conduciría a la cancha y con toda claridad les dio la siguiente instrucción:
"Salgan tranquilos, no miren para arriba. Nunca miren a la tribuna… EL
PARTIDO SE JUEGA ABAJO".
Con
estas directivas del gran capitán, el equipo salió a la cancha, incluso lo
hicieron despacio, caminando, como dando a entender que estaban muy, pero muy
tranquilos. Obviamente la entrada de los locales fue verdaderamente apoteósica,
ello se pudo percibir por las distintas estaciones radiales que transmitían el
partido tanto para Brasil como el Uruguay y en donde apenas si se pudieron
escuchar las palabras de los locutores debido al ruido ensordecedor que emanaba
desde las tribunas.
El desarrollo del partido, un hecho
insólito y el triunfo
El
comienzo del encuentro fue muy favorable al equipo brasileño, el cual, mediante
su accionar estaba demostrando claramente que era el favorito, jugadas claras,
de gran precisión, lo que de alguna forma hizo lucir reiteradas veces al
arquero uruguayo Roque Gastón Máspoli (1917 - 2004). Brasil seguía dominando el
juego, atacando constantemente; pero estaba ocurriendo algo llamativo: los
locales no podían convertir ningún gol. Es cierto que dominaban el juego, que
ellos eran los que tenían en forma repetitiva el balón en sus pies, pero la
defensa uruguaya era un verdadero muro de acero. De esta forma concluyó el
primer tiempo de juego: 0 - 0, lo que de todas formas ya otorgaba la copa Jules
Rimet a los locales: con sólo empatar ya eran campeones.
Comenzó
el segundo tiempo, y ante un descuido de la defensa uruguaya, apenas a los 2
minutos de iniciado el juego el equipo brasileño convierte un gol. Si la
entrada de estos al estadio había sido apoteósica, en esta ocasión el grito eufórico
de los asistentes al encuentro se escuchó prácticamente a varios kilómetros del
estadio. Todo Brasil estaba radiante, eufórico, ¡ya podían comenzar a festejar!
Pero a
continuación ocurrió un hecho insólito, sumamente llamativo y que tomó a todos
por sorpresa. Fue una situación que verdaderamente hizo historia, que de cierta
forma "paralizó" tanto a brasileños como uruguayos y que causo una
especie del "quiebre" en el desarrollo del encuentro, que revirtió
todo lo realizado hasta ese momento por ambos contrincantes. Fue una situación
que nadie hubiera imaginado. ¿Qué fue entonces lo que sucedió? No bien el
jugador Albino Cardoso Friaça (1924 - ) convirtió su tanto, Obdulio Varela tomó
rápidamente la pelota, y sin desprenderse de ella se dirigió al juez, Mr.
George Harris (de Inglaterra) para quejarse dado que para él, ese gol debía de
anularse, había sido hecho en situación de "fuera de juego", es
decir, "off side". Obviamente el "negro jefe" hizo su
reclamo en el idioma español, pero como el árbitro de las Islas Británicas no
hablaba dicho idioma, hubo que llamar a un intérprete; este tardó en llegar,
con lo cual el tiempo estaba pasando y por dicho motivo el reinicio del juego
se demoraba . Según se relata en el libro del periodista deportivo uruguayo
Juan Pippo titulado "Obdulio Varela: desde el alma", "¿La
verdad? Yo había visto al juez de línea levantando la bandera. Claro, el hombre
la bajó enseguida, no fuera que lo mataran… me insultaba el estadio entero ? obviamente por la demora del juego ? pero no tuve temor... ¡Si me banqué
aquellas luchas en canchas sin alambrado, de matar o morir, me iba a asustar
allí, que tenía todas las garantías! Sabía lo que estaba haciendo",
agregó. "(...) "Ahí me di cuenta que si no enfriábamos el juego,
si no lo aquietábamos, esa máquina de jugar al fútbol nos iba a demoler. Lo que
hice fue demorar la reanudación del juego, nada más. Esos tigres nos comían si
les servíamos el bocado muy rápido".
El
parlamento entre el capitán de los uruguayos y el árbitro del partido se
prolongó durante varios minutos; ello causó lo que Obdulio Varela esperaba, el
objetivo tan deseado, dado que él sabía muy bien lo que ello significaría:
enfriar a los brasileños, tanto jugadores como también al público. Luego de
ello les dijo a sus compañeros con un espíritu muy, pero muy positivo, "bueno,
se acabó, ahora vamos a ganarles a estos 'japoneses'", término que
utilizaba con frecuencia para referirse a cualquier extranjero. De esta forma
el "negro jefe" le entregó el balón a Mr. Harris para reiniciar el
juego. El escritor Osvaldo Soriano comentó sobre la perspicacia de obdulio
Varela: "No tuvo oído para los brasileños que lo insultaban porque
comprendían su maniobra genial: Obdulio enfriaba los ánimos, ponía distancia
entre el gol y la reanudación para que, desde entonces, el partido ? y el rival ? fueran otros. Hubo un intérprete,
una estirada charla, algo tediosa, entre el juez y el morocho. El estadio
estaba en silencio. Brasil ganaba uno a cero, pero por primera vez los jóvenes
uruguayos comprendieron que el adversario era vulnerable. Cuando movieron la
pelota, los orientales sabían que el gigante tenía miedo". Todo esto
era muy cierto dado que Obdulio Varela tuvo toda la razón. Los uruguayos
comenzaron a dominar el juego, de tal forma que a los 17 minutos del segundo
tiempo Juan Alberto Schiaffino (1925 - 2002) produjo el empate. Los brasileños
no lo podían creer, ¡les habían igualado en el marcador! Estos ya no eran ni
sombra de lo que había sido en los encuentros anteriores y tampoco como se
habían manejado durante el primer tiempo de este encuentro: estaban como
"congelados" y en cierta forma como asustados. Esto mismo lo destacó
el arquero uruguayo Máspoli más adelante: "ellos no respondían…en una
jugada, un muchacho brasileño se cayó, lo ayudé a levantarse y le palmeé la
cara, porque nos conocíamos todos, ¡Estaba helado, pálido! El empate los mató".
De todas maneras, con sólo mantener el empate, ya eran virtualmente los
campeones del mundo. Pero faltando diez minutos para finalizar el partido se
produjo la verdadera catástrofe deportiva para ellos. El puntero derecho
uruguayo Alcides Edgardo Ghiggia (1926 - ) recibe un pase, amaga tirar la
pelota hacia el centro del área. El arquero brasileño reacciona como era debido
dado que comienza a desplazarse desde el palo izquierdo hacia el centro en
espera de que el puntero uruguayo levante el centro y cubrir de esta forma todo
el arco. Pero éste hace todo lo contrario, lo que no se esperaba, dado que
patea directamente al arco y el balón entra hasta el fondo de la red entre el
arquero Moacir Barboza (1921 - 2000) y el palo izquierdo, un espacio que no fue
mayor a un metro. Más adelante el jugador uruguayo comentaría "Barboza
hizo lo lógico y yo lo ilógico", aunque también agregó, "sólo
tres personas silenciaron el Maracaná: el Papa, Frank Sinatra… y yo".
A partir de ese momento se presentaron dos tendencias psicológicas distintas,
dos formas antagónicas de ver el partido; para los brasileños el tiempo que
quedaba hasta el final se veía sumamente reducido, los minutos corrían para
ellos a gran velocidad; para los uruguayos, en cambio, especialmente los que
escuchaban el encuentro a través de la radiofonía, ese mismo lapso se convirtió
en una eternidad. ¡Para Brasil y Uruguay las manecillas del reloj "se
desplazan a distintas velocidades"!
Sobre la
finalización del encuentro el equipo de Brasil creó algunas situaciones de
riesgo para los orientales, pero finalmente el tanteador no se modificó: 2 a 1
a favor de estos últimos. Cuando Mr. Harris tocó la pitada dando por finalizado
el encuentro obviamente las reacciones fueron diametralmente opuestas. La
alegría y euforia para los uruguayos y la enorme desazón, tristeza y estupor
para todo el Brasil. Era inconcebible lo que había sucedido dado que la Copa
"Jules Rimet" prácticamente se les había "resbalado" de sus
manos. De todas formas el público brasileño que llenaba el estadio se comportó
de manera sobresaliente, ejemplar, ni un grito adverso, violencia, o alguna
palabra de más. El reconocimiento a los jugadores orientales llegó a tal nivel,
que al día siguiente del encuentro, al ir éstos de compras por la ciudad, los
comerciantes hasta les regalaron lo que querían comprar. El público brasileño
mereció el mayor de los encomios por su conducta.
OBDULIO
LUEGO DE LA FINAL
La situación después del encuentro final: la empatía de un gran jugador
La situación después del encuentro final: la empatía de un gran jugador
Dentro
del protocolo de los campeonatos mundiales de fútbol está determinado que una
vez finalizado el encuentro final, el presidente de la Federación Internacional
de Fútbol Asociado, FIFA, debe entregar la copa que se adjudica al ganador del
torneo o partido final. En este caso se trataba de la "taça" Jules
Rimet (1873 - 1955), debido a que dicho persona era el que en ese momento
ocupaba esa posición de privilegio. Pasado cierto tiempo él mismo relató lo que
le ocurrió en aquella ocasión de la final del Campeonato Mundial.
"...Todo
estaba previsto, excepto el triunfo de Uruguay. Al término del partido yo debía
entregar la copa al capitán del equipo campeón. Una vistosa guardia de honor se
formaría desde el túnel hasta el centro del campo de juego, donde estaría
esperándome el capitán del equipo vencedor (naturalmente Brasil). Preparé mi
discurso y me fui a los vestuarios pocos minutos antes de finalizar el partido
(estaban empatando 1 a 1 y el empate clasificaba campeón al equipo local). Pero
cuando caminaba por los pasillos se interrumpió el griterío infernal. A la
salida del túnel, un silencio desolador dominaba el estadio. Ni guardia de
honor, ni himno nacional, ni discurso, ni entrega solemne. Me encontré solo,
con la copa en mis brazos y sin saber que hacer. En el tumulto terminé por
descubrir al capitán uruguayo, Obdulio Varela, y casi a escondidas le entregué
la estatuilla de oro, estrechándole la mano y me retiré sin poder decirle una
sola palabra de felicitación para su equipo... ".
Es de
hacer notar que el "negro jefe" se dio cuenta de la sorpresa del Dr.
Jules Rimet al aparecer en la cancha, pudo percibir su incertidumbre dado que
éste empezó a deambular de un lado para el otro sin saber qué era lo que tenía
que hacer. Obviamente el presidente de la FIFA estaba preparado para un
protocolo específico, pero ahora se encontraba sorpresivamente ante un libreto
completamente cambiado, diferente. Obdulio Varela se dio cuenta que Rimet
estuvo por darle la copa al capitán de los brasileños: aparentemente el
Presidente de la FIFA no se había enterado que los uruguayos había convertido
el segundo gol y habían ganado el partido. Por dicho motivo el "negro
jefe" se dirigió hacia él y prácticamente tuvo que sacarle el trofeo de
las manos. Dentro del campo de juego había inclusive una banda, la cual tocaría
el himno del país que se adjudicaba el torneo, es decir, estaba preparada para
ejecutar el himno del Brasil junto a un podio que se instalaría no bien
finalizara el encuentro. Dada las inesperadas circunstancias el mismo no se
instaló ni tampoco se tocó himno alguno. El cuerpo de custodia que acompañó a
Jules Rimet a la cancha lo hizo prácticamente llorando. Este fue pues el
desenlace final del partido.
Pero,
¿qué fue lo que hicieron los jugadores uruguayos una vez que finalizó la
"ceremonia" de entrega de la Copa y se retiraron del estadio?
Salieron a divertirse y festejar el triunfo en la costanera de la hermosa playa
de Copacabana. Obviamente tenían todos los merecimientos para ello. Pero en
dicho grupo faltó alguien; fue nada menos que el personaje que cargó sobre sus
espaldas la gran responsabilidad del triunfo, uno que mediante el empuje de su
personalidad había hecho revertir algo que se consideraba como una "misión
imposible": Obdulio Varela. Éste se dio cuenta de cuáles habían sido las
consecuencias del triunfo de los orientales. Sin que sus compañeros se dieran
cuenta, prácticamente se escapó del modesto hotel en donde se habían alojado y
comenzó a deambular en solitario por la ciudad carioca, las cuales
prácticamente también estaban vacías. Según él mismo lo relató más adelante,
entró a un bar y "me puse a tomar 'caña' (aguardiente de caña)
esperando que no me reconocieran, porque creía que si eso sucedía me matarían.
Pero me reconocieron enseguida y, para mi sorpresa, me felicitaron, me
abrazaron y muchos de ellos se quedaron bebiendo conmigo hasta la madrugada",
contó a la agencia dpa en una entrevista realizada en 1993. ¿Cuál fue el motivo
de esta conducta por parte del capitán del equipo oriental? El sentir que en
cierta forma él fue muy responsable del triunfo ante el equipo brasileño, de la
gran tristeza que embargaba a toda esa nación, de la enorme desazón que se les
había provocado por la derrota ante los uruguayos; se supo de casos de infartos
y hasta suicidios. El "negro jefe" sintió gran empatía por el dolor
de toda esa gigantesca nación; él mismo sintió una enorme pena, la cual llegó a
ser más intensa que la euforia por la cual pasó no bien había finalizado el encuentro
con los brasileños.
Obdulio
Varela regresó al hotel en donde estaban alojados cuando ya estaba despuntando
el alba.
UN POCO MÁS DE LA VIDA DEL GRAN OBDULIO VARELA
Epílogo
Además,
es necesario destacar el elemento ético de Obdulio Varela ante la vida y según
fue pasando el tiempo hasta su fallecimiento. Se retiró en el año 1955 para
dedicarse a su muy querida esposa, a sus seres queridos. El mayor espacio de su
vida era para su familia y sus amigos más cercanos. Durante el resto de su vida
fue muy requerido por la prensa, la escrita, radial y luego también la
televisiva. Casi siempre rehusó a la misma. En las varias décadas que siguieron
a su retiro, en muy pocas ocasiones se pudo conversar con él para algún
reportaje. Dentro de esa gran personalidad, vital en todo sentido, de postura
firme, sólida, se ocultaba también un hombre humilde, el cual nunca quiso que
lo endiosaran dado que también reconocía sus limitados alcances como ser
humano. Es indudable que detrás de todas aquellas personalidades que buscan el
primer plano a cualquier costo, la necesidad imperiosa de ser reconocidos, de
ser entrevistados, mostrados, existe alguna debilidad emocional, búsqueda de
afirmación de la personalidad. Sin la misma se encuentran como
"vacíos", desprotegidos, débiles y aparentemente sin asidero en la
vida. Obdulio Varela no necesitaba de estos "puntos de apoyo" debido
a que se encontraba muy por encima de todas esas carencias. Su propia persona,
sus seres queridos y sus pocos amigos de la intimidad eran suficientes para
encontrar la dicha en la vida. Sin embargo, este hombre que hasta podía asustar
al mismísimo diablo cuando se ponía serio, era también de una personalidad muy
sensible. En 1996 fallece el gran amor de su vida, su esposa Catalina. Obdulio
Varela no pudo soportar la pérdida de ésta, y a los pocos meses, exactamente el
2 de agosto del mismo año él también sucumbe ante la muerte. El Presidente de
la República, en ese momento el Dr. Julio María Sanguinetti dispuso que se le
tributaran honores especiales. Prácticamente todo el Uruguay estuvo de duelo y
lloró por la pérdida del famoso "negro jefe".
TRISTEZA
NAO TEM FIM – ASÍ SE VIVIÓ LA FINAL EN LA FAMILIA ARANTES DO NASCIMENTO (Familia del “Rey” Pelé)
AÑOS DESPUÉS
Pelé siempre dijo que lo que lo
motivo a jugar fútbol fue para vengar la la tristeza que sintió su padre en el
Maracanazo.
En su libro "Mi Legado" dice; "En julio de 1950 yo tenía nueve años. Estaba jugando en la calle, como siempre, y Dondinho me llamó: "adentro, que ya empieza la final". ¿Qué final?, pregunté. "La final del mundo entre Brasil y Uruguay". -¿Y qué pasa?, insistí. "Que va a ganar Brasil y vamos a celebrar", respondió. Papá, tío Jorge y varios amigos escuchaban el juego por radio. Cuando terminó, con el triunfo de Uruguay por 2 a 1, Dondinho lloraba. Nunca había visto a mi padre llorar y le dije, por esas cosas de niños, para consolarlo: -No llore, papá. Yo voy a ganar una Copa del Mundo para usted, se lo prometo".
Pele, es producto de la hazaña mas grande que conoce el futbol. El dolor de su padre lo obsesionó a convertirse en lo que fue, el mejor del mundo en su tiempo.
En su libro "Mi Legado" dice; "En julio de 1950 yo tenía nueve años. Estaba jugando en la calle, como siempre, y Dondinho me llamó: "adentro, que ya empieza la final". ¿Qué final?, pregunté. "La final del mundo entre Brasil y Uruguay". -¿Y qué pasa?, insistí. "Que va a ganar Brasil y vamos a celebrar", respondió. Papá, tío Jorge y varios amigos escuchaban el juego por radio. Cuando terminó, con el triunfo de Uruguay por 2 a 1, Dondinho lloraba. Nunca había visto a mi padre llorar y le dije, por esas cosas de niños, para consolarlo: -No llore, papá. Yo voy a ganar una Copa del Mundo para usted, se lo prometo".
Pele, es producto de la hazaña mas grande que conoce el futbol. El dolor de su padre lo obsesionó a convertirse en lo que fue, el mejor del mundo en su tiempo.
Ahora quiere la oportunidad de
sentirlo en carne propia, pero hay un detalle....
Si Uruguay y Brasil llegarán a la final del Mundial del 2014, eso nunca seria una revancha porque las condiciones son diferentes.
En 1950 Brasil con empatar era campeón y eso no se va a volver a dar nunca en la vida.
Pero...¿Quien dice que Pele no termine como nacio?
”Eu tinha sete para oito anos e vi o meu pai chorando porque o Brasil perdeu a Copa como favorito. Ninguém pensava que a gente poderia perder.”
Si Uruguay y Brasil llegarán a la final del Mundial del 2014, eso nunca seria una revancha porque las condiciones son diferentes.
En 1950 Brasil con empatar era campeón y eso no se va a volver a dar nunca en la vida.
Pero...¿Quien dice que Pele no termine como nacio?
”Eu tinha sete para oito anos e vi o meu pai chorando porque o Brasil perdeu a Copa como favorito. Ninguém pensava que a gente poderia perder.”
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