martes, 10 de enero de 2017

BOTAFOGO * PARTE 1

BOTAFOGO * PARTE 1

Botafogo de Futebol e Regatas é uma agremiação poliesportiva brasileira, com sede no bairro homônimo ao clube, na cidade do Rio de Janeiro. Nascido da fusão do Club de Regatas Botafogo (fundado para o remo em 1894) com o Botafogo Football Club (formado para o futebol em 1904), é um dos principais clubes do Brasil. Suas maiores glórias esportivas vêm principalmente do futebol, especialmente entre as décadas de 1950 e 1960, considerada sua era de ouro.
Conhecido pela estrela de cinco pontas em seu distintivo, que lhe dá a alcunha de clube da Estrela Solitária, o Botafogo tem como suas cores oficiais o preto e o branco. Desde 2007, manda seus jogos de futebol no Estádio Nilton Santos, antes chamado de Engenhão. Um dos clubes mais populares do Brasil,[6] [7] tem como seus principais rivais o Flamengo, o Fluminense e o Vasco da Gama.[8] [9] [10]
Foi indicado pela FIFA ao seleto grupo dos maiores clubes do século XX.[11] [12] Dentre seus principais títulos estão: 20 Campeonatos Cariocas, 1 Torneio Rio-São Paulo, 3 Torneios Roberto Gomes Pedrosa, 2 Campeonatos Brasileiros e 1 Copa Conmebol (precursora da atual Copa Sul-Americana).[13] [14] [15] [16] [17]
Além disso, o clube detém alguns dos principais recordes do futebol brasileiro, como o de maior número de partidas de invencibilidade: 52 jogos entre os anos de 1977 e 1978;[18] [19] o recorde de partidas invictas em jogos do Campeonato Brasileiro: 42, também entre 1977 e 1978;[20] [21] o maior número de participações de jogadores em partidas totais da Seleção Brasileira (considerando jogos oficiais e não oficiais): 1094 participações;[22] e o maior número de jogadores cedidos à Seleção Brasileira para Copas do Mundo.[23] O clube ainda é o responsável pela maior vitória já registrada no futebol brasileiro: 24 a 0 sobre o Sport Club Mangueira no Carioca de 1909.[24]
Nome                         Botafogo de Futebol e Regatas
Alcunhas                  
Estrela Solitária
O Glorioso
Fogo
Fogão
Bota
Time de General Severiano
Torcedor/Adepto    
Botafoguense
Alvinegro
Mascote                    
Manequinho
Pato Donald
Biriba
Biruta
Fundação                  1 de julho de 1894 (121 anos)
Estádio                      Nilton Santos
Capacidade               46 931 pessoas[1]
Localização               Rio de Janeiro, RJ,
Brasil
Presidente                 Carlos Eduardo Pereira
Treinador                 Ricardo Gomes[2]
Patrocinador           
Voxx Suplementos[3]
Ramada
[4]
Brahma
Material esportivo   Puma
Competição              
HISTORIA DO BOTAFOGO

A História do Botafogo de Futebol e Regatas pode ser dividida por esportes. É preciso contextualizar que o atual Botafogo de Futebol e Regatas surgiu em [[1904] da fusão do Club de Regatas Botafogo, criado em 1894, com o Botafogo Football Club, de 1904, após uma partida de basquetebol entre os dois clubes. O clube estabelece-se na cidade do Rio de Janeiro no Brasil.
Grupo de Regatas Botafogo
Em 1891, sob a liderança de Luiz Caldas, é fundado o Grupo de Regatas Botafogo. Esta associação contava em sua gênese com a participação de membros vindos do Clube Guanabarense, criado em 1874.
No contexto da Revolta da Armada, dois líderes revolucionários, o Almirante Custódio de Melo e o Comandante Guilherme Frederico de Lorena, tinham dois filhos como sócios do grupo: João Carlos de Melo (John) e Frederico Lorena (Fritz). Esta ligação dos jovens com o grupo levantou suspeitas do governo sob o Botafogo, que foi obrigado a interromper suas atividades. Por conta da perseguição, John e Fritz deixaram o Rio de Janeiro e Luiz Caldas foi preso.
Pouco tempo depois, Luiz Caldas viria a falecer em 25 de junho de 1894. Então, os sócios restantes do Grupo de Regatas Botafogo reuniram-se para regulamentar a criação do clube. Com 40 sócios, em 1 de julho de 1894 era fundado o Club de Regatas Botafogo.
Club de Regatas Botafogo
No dia 1 de Julho de 1894, nascia na praia de Botafogo o Club de Regatas Botafogo, o clube ganhou esse nome em homenagem a enseada do bairro onde competiam os seus barcos. Originou-se da dissidência de uma turma de remadores oriundos do Clube Guanabararense que fundou, em 1891, o Grupo de Regatas Botafogo, de que surgiu o clube, sendo, portanto, a entidade poliesportiva mais antiga do Brasil.
A sede do clube era em um casarão, atualmente demolido, no sul da praia do Botafogo, encostado ao morro do pasmado, onde hoje termina a Avenida Pasteur.
A embarcação botafoguense Diva tornou-se uma lenda nas águas da Baía de Guanabara, tendo vencido todas as 22 regatas que disputou, sagrando-se campeão carioca de 1899. Apesar da larga tradição no esporte, o Club de Regatas Botafogo só foi esta vez campeão carioca de remo.
O Club de Regatas Botafogo foi o primeiro clube carioca campeão brasileiro de alguma modalidade esportiva: de remo, em campeonato realizado no Rio de Janeiro, em outubro de 1902.
Na primeira regata disputada pelo recém fundado Clube de Regatas do Flamengo, os remadores deste bateram em uma bóia de sinalização e adernaram, tendo sido salvos por uma guarnição do Botafogo, que rebocou o barco rubro-negro até a linha de chegada.
Mas os atletas do Club de Regatas também já haviam se arriscado a praticar o futebol. Isto aconteceu em 25 de outubro de 1903, antes mesmo da fundação do Botafogo Football Club. Os remadores botafoguenses reuniram-se com os colegas de esporte do Flamengo para a disputa de um amistoso. O time do Botafogo, formado por W. Schuback, C. Freire e O. Cox; A. Shorts, M. Rocha e R. Rocha; G. Masset, F. Frias Júnior, Costa Santos, N. Hime e H. Chaves Júnior, goleou o Flamengo por 5 a 1 no campo do Paissandu.
Botafogo de Futebol e Regatas
Após a fusão, o Botafogo só voltou a ser campeão carioca de remo na década de 1960, quando venceu em 1960, 1962, 1964.
Futebol
No futebol, o time se tornou uma das equipes mais vitoriosas do Brasil, conseguindo até respeito mundial nos anos 60, num time que alinhavam Garrincha, Nílton Santos, Didi, entre outros jogadores, responsáveis pela conquista das Copas do mundo de 1958 e 1962 com a Seleção Brasileira de Futebol. O time possui outros recordes, com a maior goleada do futebol brasileiro, sendo aplicados 24 a 0 no Mangueira no ano de 1909. O clube também é detentor da maior série invicta do futebol brasileiro, 52 jogos sem perder nos anos de 1977 e 1978. Seus maiores títulos vão desde a conquista da Copa Conmebol de 1993 até ao bicampeonato nacional em 1968 e 1995, passando ao tetracampeonato do Torneio Rio-São Paulo (1962, 64, 66 e 98), sendo esse um recorde entre os times cariocas, além do tetracampeonato seguido no Campeonato Carioca de Futebol nos anos de 1932, 1933, 1934 e 1935.
Botafogo Football Club
A fundação
ANTIGA SEDE DO BOTAFOGO

No ano de 1904 surgia no bairro de Botafogo um novo clube de futebol, o Electro Club, primeiro nome dado ao Botafogo Football Club. O clube nasceu de uma conversa entre dois amigos durante uma aula. Flávio Ramos e Emmanuel Sodré estudavam juntos no colégio Alfredo Gomes e durante uma aula de álgebra ministrada pelo general Júlio Noronha, que se arrastava, nascia a primeira ideia de fundar um clube, através de um bilhete passado por Flávio a Emmanuel, que dizia: "O Itamar Tavares tem um clube de football na rua Martins Ferreira. Vamos fundar outro no Largo dos Leões? Podemos falar aos Werneck, ao Arthur César, ao Vicente e ao Jacques".
Emmanuel aguardou ansioso o fim da aula para expressar seu entusiasmo. Os meninos, que residiam no bairro de Botafogo, próximo ao Largo dos Leões, logo convenceram outros colegas de que não surgiria opção melhor para preencher o vazio daqueles dias de comecinho do século no Rio de Janeiro, em que eram raras as atrações para os adolescentes. Na tarde de sexta-feira, 12 de agosto de 1904, Flávio, Emmanuel e alguns amigos, todos com idades entre catorze e quinze anos, reuniram-se em um velho casarão localizado nas esquinas da rua Humaitá com o Largo dos Leões para oficializar a fundação do Clube.
Electro Club foi o primeiro nome dado ao Botafogo, já que os meninos decidiram cobrar mensalidade e acharam um talão de um extinto grêmio de pedestrianismo com esse nome, que resolveram então adotar.
O uniforme de listras verticais em preto e o branco também foi aclamado por unanimidade. A sugestão partiu de Itamar Tavares. Ele estudara na Itália, onde torcia para a Juventus de Turim, que nasceu em 1897 e que é hoje o clube mais popular do país. A primeira diretoria do Electro, que não teve ata de fundação, era composta por: Flávio da Silva Ramos (presidente), Octávio Werneck (vice-presidente), Jacques Raimundo Ferreira da Silva (secretário) e Álvaro Werneck (tesoureiro).
Flávio e Emmanuel não gostariam de ver o clube tomar o destino de tantos outros, que desapareceram sem deixar vestígio. Logo, procuraram gente com mais idade e mais experiência para administrá-lo, como Alfredo Guedes de Mello e Alfredo Chaves.
Mas o Electro Club só durou até o dia 18 de Setembro, quando foi feita outra reunião na casa da avó do Flávio, Dona Chiquitota, que se assustou ao saber o nome do clube e não se conteve. "Afinal, qual é o nome deste clube?", perguntou. "Electro", respondeu Flávio. "Meu Deus. Que falta de imaginação! Ora, morando onde vocês moram, o clube só pode se chamar Botafogo", aconselhou Dona Chiquitota, e assim foi feito então passando a se chamar Botafogo Football Club. Nesse mesmo dia, tomou posse a nova diretoria, composta por Alfredo Guedes de Mello (presidente), Itamar Tavares (vice-presidente), Mário Figueiredo (secretário) e Alfredo Chaves (tesoureiro). Os primeiros treinos aconteceram no Largo dos Leões, e as palmeiras imperiais serviram de balizas. Assim nascia o Botafogo Football Club. Fundadores: Álvaro Cordeiro da Rocha Werneck, Artur César de Andrade, Augusto Paranhos Fontenele, Basílio Viana Junior, Carlos Bastos Neto, Emmanuel de Almeida Sodré, Eurico Parga Viveiros de Castro, Flávio da Silva Ramos, Jacques Raimundo Ferreira da Silva, Lourival Costa, Octávio Cordeiro da Rocha Werneck, Vicente Licínio Cardoso e Itamar Tavares.
O primeiro amistoso ocorreu no dia 2 de Outubro de 1904, contra o Football and Athletic Club, na Tijuca: derrota por 3 x 0. O time que entrou em campo usava o esquema 2-3-5 e era composto por: Flávio Ramos; Victor Faria e João Leal; Basílio Vianna, Octávio Werneck e Adhemaro Delamare; Normann Hime, Itamar Tavares, Ricardo Rêgo e Carlos Bitencur. A primeira vitória viria no segundo jogo: em 21 de maio de 1905 sobre o Petropolitano, 1 a 0, gol de Flávio Ramos.
Ainda neste ano, foi criado o Carioca Futebol Clube no bairro de Botafogo. Este clube era destinado a ensinar crianças as bases do futebol, sendo a primeira escolinha do esporte no Brasil. A escolinha foi desativada em 1908 e foi absorvida pelo Botafogo Football Club, que buscou nos jogadores do Carioca a intenção de fundar a seu próprio time infantil.
O Glorioso
Em 1906, o Botafogo venceu seu primeiro título: a Taça Caxambu, o primeiro torneio do futebol do Rio de Janeiro disputado pelas equipes de segundo-quadro. O time participou ainda do primeiro Campeonato Carioca ficando em quarto lugar. A primeira vitória da equipe no campeonato, por 1 a 0, foi contra o Bangu em 27 de maio.
No ano seguinte, terminou empatado em pontos com o Fluminense numa grande polêmica só resolvida nove décadas depois. O Botafogo teria de enfrentar o Internacional, lanterna da competição, na última rodada. Porém, o Internacional, que também não tinha enfrentado o Fluminense, não compareceu ao jogo. O Botafogo venceu o jogo por W.O, mas não teve gols acrescentados na tabela. Enquanto isso, o Fluminense venceu o Paissandu por 2 a 0 e empatou na classificação final do campeonato com o alvinegro. Como tinha saldo melhor, o Fluminense reivindicou o título. Prejudicado por não ter a oportunidade de marcar gols na última partida, o Botafogo pedia um jogo extra, maneira considerada pelos diretores alvinegros justa de decidir a disputa, o que não foi aceito. O regulamento da competição não especificava nenhum critério de desempate além do número de pontos. Os dois clubes não chegaram a um acordo sobre como decidir o campeonato.[1] A Liga não conseguiu encontrar uma solução e se dissolveu, e o campeonato ficou sem um campeão até 1996, quando Eduardo Viana, presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, decidiu dividir o título de 1907 entre ambos os clubes.
Em 1910, o Botafogo consagrar-se-ia definitivamente. Ao vencer o Campeonato Carioca de 1910, o time realizou uma campanha irretocável. Foram 7 goleadas aplicadas sobre os adversários na competição, fato este que lhe rendeu o apelido de O Glorioso. O alvinegro, que naquele campeonato marcara 66 gols, já demonstrava ser uma máquina. No ano anterior, aplicou 24 a 0 sobre o Sport Club Mangueira (até hoje a maior goleada da história do futebol brasileiro em jogos oficiais). Nesta mesma época de transição de décadas, o Botafogo ainda fez 15 a 1 sobre o Riachuelo, 13 a 0 e 11 a 0 no Haddock Lobo, 9 a 0 contra o Internacional, entre outras goleadas mais.
Em 1911, o clube desligou-se da Liga Metropolitana de Sports Athleticos após uma confusão num jogo contra o América. O incidente foi iniciado quando o jogador do time rubro Gabriel de Carvalho fez falta violenta em Flávio Ramos, que revidou, originando uma briga generalizada. Insatisfeita com as punições que foram impostas aos jogadores alvinegros envolvidos na briga, a diretoria solicitou o desligamento do próprio clube da LMSA, e em seguida passou uma longa fase realizando apenas amistosos contra equipes paulistas. No final do mesmo ano o clube perdeu a sua sede na rua Voluntários da Pátria, onde realizava seus jogos. Teve de disputar o campeonato de 1912, organizado pela Associação de Football do Rio de Janeiro, em um modesto campo na rua São Clemente, vencendo o campeonato.
Em 1913, o Botafogo retornou à Liga Metropolitana de Sports Athleticos. E, em 1915, voltou à liga municipal forte e renovado, com a concessão do terreno da rua General Severiano pela prefeitura em 1912 (até hoje o palacete de General Severiano é a sede oficial do clube). Porém, o Botafogo amargou um longo jejum de títulos que durou até a década de 1930.
Entressafra alvinegra

A fase entre 1912 e 1930 pode ser considerada como o primeiro período de jejum de títulos do Botafogo. Todavia, foram conquistados dois Campeonatos Cariocas de Segundos Quadros, em 1915 e 1922. O clube ainda foi vice-campeão carioca por duas vezes, 1916 e 1918, e fez vários artilheiros do torneio até 1920, entre eles Mimi Sodré, Aluízio Pinto, Luiz Menezes e Arlindo Pacheco.
Nesta época, o Botafogo contribui para a criação de um termo bastante comum nos dias atuais do esporte brasileiro: cartola[1]. Em 1917, os dirigentes do Botafogo trajaram-se de fraque e cartola para receber o time uruguaio do Dublin FC no gramado. A intenção era imitar os políticos da República Velha, mas o resultado acabou sendo o nome, pela imprensa, de carlota dirigentes esportivos.
Antes de ser formado o magnífico time do início da década de 1930 o Botafogo, na década de 1920, obteve como melhor resultado um terceiro lugar no Campeonato Carioca de 1928. De resto, foram cinco quartas colocações e outras classificações inferiores mais inferiores. Em 1923 o time quase foi rebaixado, ficou em 8° lugar (último) no Campeonato Carioca. Teve de disputar um partida elimitatória, para não cair, contra o Vila Isabel, vencida por 3 a 1.
Este período também pode ser marcado por um série de problemas internos na cúpula do clube. Tanto que o atacante Nilo, que viria a ser um dos destaques do time de 30, foi para o Fluminense devido à problemas com a diretoria. Só retornou ao alvinegro em 1927, para ser o artilheiro do Carioca do mesmo ano.
Geração de 30: o Tetracampeonato
Na década de 1930, liderado pelos craques Nilo e Carvalho Leite, o clube conquistou o campeonato de 1930 e o tetracampeonato em 1932, 1933, 1934 e 1935 (até hoje o Botafogo é o único clube a ser tetra-campeão carioca, dentro de campo e sem divisão de título). O título de 1931 não foi conquistado devido a problemas internos que atrapalharam o time durante a campanha. Nesse mesmo período, nove jogadores do Botafogo foram convocados para a Copa do Mundo de 1934 na Itália: Carvalho Leite, Waldyr, Áttila, Canalli, Ariel, Martim Silveira, Octacílio e os goleiros Germano e Pedrosa. Durante a campanha dos cinco títulos o clube realizou 113 jogos, vencendo 75, empatando 22 e perdendo 16. Marcou 320 gols (sendo 79 marcados por Carvalho Leite) e sofreu 176. Leônidas da Silva, ídolo do Flamengo, atuou pelo clube na conquista de 1935 e chegou a estrear pelo time em 1936, entretanto, logo foi negociado ao rival rubro-negro. No mesmo ano, o clube realizou sua primeira excursão ao exterior: foi jogar no México e nos Estados Unidos. Em nove partidas, venceu seis.
O ano de 1938 foi o que o Botafogo inaugurou seu estádio em General Severiano. No Campeonato Carioca e no Torneio Municipal o clube ficou em terceiro lugar, foi prejudicado pois cedera cinco jogadores para a disputa da Copa da França. No ano seguinte surgiu no clube o craque Heleno de Freitas. Com temperamento controvertido, impulsivo e sobretudo elegante, estreou no clube em 28 de Abril de 1940, substituindo o ídolo Carvalho Leite, numa partida contra o São Cristovão. Durante os próximos oito anos foi o maior ídolo do clube e, por conseguinte, o primeiro craque do recém criado "Botafogo de Futebol e Regatas"
GENERAL SEVERIANO EM 1939
.
Botafogo de Futebol e Regatas
A fusão
O Botafogo de Futebol e Regatas nasceu oficialmente, no dia 8 de Dezembro de 1942, resultado da fusão de dois clubes com o mesmo nome: o Club de Regatas Botafogo, que foi fundado no dia 1 de julho de 1894, e o Botafogo Football Club, fundado em meados de 1904. Os dois clubes tinham suas sedes no bairro de Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro.
A união foi apressada por uma tragédia: no dia 11 de junho de 1942 os dois clubes disputavam uma partida de basquete pelo campeonato estadual, no Mourisco Mar, sede do Club de Regatas Botafogo. Nesse jogo, o jogador Armando Albano faleceu vítima de um infarto. Após o incidente os presidentes Augusto Frederico Schimidt e Eduardo Góis Trindade, do Regatas e do Football respectivamente, iniciaram os procedimentos para o ato para tornar o Botafogo único.
Com a fusão foram feitas algumas alterações: a bandeira perdeu o escudo com letras entrelaçadas do B.F.C., e ganhou um retângulo preto com a Estrela Solitária branca, do Clube de Regatas, ao alto, e a equipe de futebol passou a usar calções pretos. O escudo incorpora ao distintivo com a estrela solitária branca, num fundo preto com contorno branco, no lugar das letras entrelaçadas.
Retomada de títulos
Fundado o Botafogo atual em 1942, estava preparado o caminho para torna-se um dos maiores clubes de futebol do mundo nas décadas de 50/60. A fusão, entretanto, demorou a trazer sorte ao Botafogo. Apesar dos craques que desfilaram com a sua camisa, como Gérson dos Santos, Zezé Procópio, Sarno, Paulo Tovar, Heleno de Freitas e Tim, o alvinegro só conseguiu reconquistar o título carioca em 1948. Curiosamente, no ano em que Heleno deixou o clube.
Após quatro vice-campeonatos seguindos nos anos de 1944, 1945, 1946 e 1947, em 1948 foi conquistado o primeiro título sob o novo nome. O Botafogo de Futebol e Regatas sagrou-se Campeão Estadual do Rio de Janeiro, após bater na final o favorito Vasco da Gama. Botafogo estreou no Carioca de 1948 perdendo de 4 a 0 para o São Cristóvão. Fim de jogo, o presidente Carlito Rocha garantiu que o time não perderia mais e que seria o campeão. Poucos acreditaram. O clube havia acabado de vender Heleno de Freitas para o Boca Juniors (ARG) e efetivara o ex-centro-médio Zezé Moreira como técnico. Pouco para quem não ganhava um campeonato havia 12 anos. Mas, guiado pela fé inabalável de Carlito, pelos gols de Otávio de Moraes e de Sílvio Pirilo e pelo mascote Biriba, um cãozinho preto e branco, o time obteve 17 vitórias e dois empates nos outros 19 jogos. Resultado: ganhou o título, derrotando na final o apelidado "Expresso da Vitória" do Vasco. A decisão foi em General Severiano, no dia 12 de dezembro de 1948, e o Botafogo venceu por 3 a 1. Até hoje, os cruzmaltinos dizem que os alvinegros devem ter acrescentado alguma substância ao café que os craques do Vasco beberam no intervalo. O Botafogo jogou com Osvaldo, Gérson e Nílton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirilo, Otávio e Braguinha. Foi o primeiro título de Nílton Santos, que logo se transformaria em lenda do futebol brasileiro.
Em 1951, o time preto e branco triunfa pela primeira vez no Torneio Municipal, justamente na última edição do torneio com aquele nome (que só voltaria a ser realizado em 1996 com o nome de Taça Cidade Maravilhosa).

Época de ouro
Nas décadas de 1950 e 1960, o Botafogo viveu um dos seus períodos mais áureos, tendo contado com a participação de craques como Garrincha, Nilton Santos (melhores de todos os tempos em suas posições de acordo com a FIFA), Didi, Zagallo, Amarildo, Quarentinha, Manga, entre outros. O time notabilivaza-se também pelas muitas excursões que fazia pelo exterior, disputando competições extra-oficiais e amistosos, grande parte na América e na Europa.
Em 1957, o alvinegro venceu o Campeonato Carioca ao derrotar na final o Fluminense por 6 a 2, tendo Paulinho Valentim marcado 5 gols na maior goleada da história das finais da competição. No ano seguinte, o Botafogo cedeu para a Seleção Brasileira, que seria Campeã do Mundo pela primeira vez, seus principais jogadores Garrincha, Nilton Santos e Didi. Novas vitórias vieram no Carioca de 1961 e 1962 e no Torneio Rio-São Paulo de 1962. Neste ano de 1962, na Copa do Mundo realizada no Chile, novamente, o time da Estrela Solitária ajudou fundamentalmente a Seleção Brasileira que conquistaria o bicampeonato com cinco titulares, Garrincha, Nilton Santos, Didi, Zagallo e Amarildo.
Em 1963, decidiu com o Santos, maior rival a nível nacional da época, a Taça Brasil do ano anterior que se prolongou até aquele ano. Derrotado no primeiro jogo no Pacaembu por 4 a 3, venceu o segundo no Maracanã por 3 a 1. Um terceiro jogo teve de ser realizado para decidir o campeão. E, numa noite inspirada de Pelé, o time paulista aplicou 5 a 0, em pleno Maracanã, no Botafogo. As duas equipes ainda disputaram a Taça Libertadores da América de 1963, o Santos por ter sido o campeão da edição anterior entraria apenas na semifinal. Justamente nessa fase, ocorreu o encontro com o Botafogo, que até então mantinha-se invicto (primeira vez em que uma equipe chegava a esta etapa do torneio sem derrotas). Entretanto, o alvinegro carioca acabou sendo eliminado. Porém, a oportunidade da revanche viria no Torneio Rio-São Paulo de 1964. Os dois times chegaram à decisão, e, no primeiro jogo, o Botafogo derrotou o rival por 3 a 2 no Maracanã. Todavia, não foi realizado o segundo jogo da final por falta de datas, uma vez que ambas as equipes foram excursionar. Como resultado, houve a divisão do título entre as equipes.
O Botafogo venceu, pela terceira vez, o Rio-São Paulo em 1966,[2] porém outra vez com divisão de título. Devido aos treinamentos para a Copa do Mundo daquele ano que envolveram mais de quarenta atletas, o clubes que deveriam disputar o quadrangular final, Botafogo, Santos, Vasco e Corinthians, foram declarados campeões, mesmo desejando utilizar alguns jogadores reservas.
Em 1967 e 1968, o alvinegro triunfou duplamente na Taça Guanabara, que era um torneio independente até então, e no Campeonato Carioca, além ter sido o primeiro clube carioca campeão nacional, com a conquista da Taça Brasil de 1968. Em seu plantel, atuavam craques como Jairzinho, Gérson, Paulo César Caju, Rogério, Roberto Miranda, o zagueiro Leônidas e Carlos Roberto. No ano seguinte, o clube abdicou de disputar a Libertadores sob o pretexto de ser contra a violência aplicada pelos outros times. Não só o Botafogo, mas outras equipes brasileiras foram solidárias e não 
disputaram o torneio daquele ano.
BIRIBA O CACHORRO MASCOTE DO FOGAO


21 anos de drama
Entre 1969 e 1989, o Botafogo não conquistou nenhum título oficial. Desde a Taça Brasil de 1968 (cuja final realizou-se em 1969) o clube não soube aproveitar as oportunidades que teve. Neste período de tempo o clube da Estrela Solitária pôde colecionar diversas quartas colocações no torneio estadual.
Na final do Campeonato Carioca de 1971, em que a equipe perdeu de 1 a 0 para o Fluminense, com um gol sofrido aos 42 minutos do segundo (o time jogava pelo empate). O lance do gol foi um tanto quanto confuso: o árbitro da partida José Marçal Filho apontou falta do jogador adversário Flávio sobre o zagueiro alvinegro Brito, que foi jogado para dentro da meta botafoguense, e, quando viu ao decorrer da jogada que o atacante Lula fez o gol, girou o corpo para o centro do campo validando o lance a favor do tricolor.
No mesmo ano o Botafogo se classificou para o triangular final do primeiro Campeonato Brasileiro de futebol organizado pela CBF, ficando em 3° lugar. Naquela ocasião o time perdeu para o São Paulo por 4 a 1, no Morumbi, e, no último jogo, para o campeão Atlético Mineiro, no Maracanã, por 1 a 0. No ano seguinte, foi vice do Brasileiro perdendo a final para o Palmeiras com um empate de 0 a 0. Fica registrado neste Campeonato Brasileiro os 6x0 aplicados no Flamengo no dia do aniversário dele em 15 de Novembro de 1972.
Em 1973, na Copa Libertadores, fez uma primeira fase brilhante. Liderou seu grupo, de uruguaios e brasileiros, empatando no final com o Palmeiras. Venceu o jogo-extra no Maracanã por 2 a 1 contra a equipe paulista e, assim, classificou-se para um dos grupos da semifinal. Porém, não voltou a ter a mesma sorte, sendo desclassificado neste triangular pelo paraguaio Cerro Porteño e pelo chileno Colo Colo (vice-campeão).
Anos mais tarde, foi vendo a qualidade de seu plantel ir se deteriorando ano a ano. O Botafogo não era mais o celeiro de tantos craques como antes, o número de talentos criados pelo clube também foi diminuindo com o tempo. Entretanto, alguns jogadores ainda conseguiram se destacar pelo time nesse período, como Marinho Chagas, Wendell, Dirceu, Mendonça, Nílson Dias, Fischer, Gil, Rodrigues Neto, Paulo Sérgio, , Alemão, Josimar, entre outros. Parte desses jogadores não atuaram juntos, mas foram alguns dos ídolos do Botafogo em uma de suas épocas mais amargas onde as maiores conquistas foram o segundo turno do Estadual, a Taça Augusto Pereira da Mota, em 1975, e a Taça José Vander Rodrigues Mendes, em 1976.
Logo, o Botafogo viu-se envolvido numa grave crise financeira e, em 1977, teve de vender a sede de General Severiano para pagar dívidas. O clube ficou sem campo até para treinar. Só no dia 12 de agosto de 1977, quando completou 73 anos de idade, conseguiu transferir seu futebol para o subúrbio de Marechal Hermes, onde construiu um outro estádio. O campo foi inaugurado em 22 de outubro de 1978, com vitória de 2 a 1 sobre a Portuguesa da Ilha pelo Campeonato Estadual. Porém, nesta fase o Botafogo, que chegou a receber o apelido de o Time de Camburão, conseguiu estabelecer dois recordes dentro do futebol nacional. O clube é o detentor da maior sequência de invencibilidade da história do futebol brasileiro, 52 partidas, num período de 10 meses. Com esta sequência, o clube também conseguiu a maior série invicta do Campeonato Brasileiro: 42 jogos. A respeito dessa marca há uma curiosidade. A seqüência invicta foi perdida numa derrota frente ao Grêmio, com um gol marcado pelo atacante Renato Sá. Anos depois, o Flamengo se igualaria ao alvinegro ficando 52 jogos sem perder. Até que o mesmo Renato Sá, dessa vez jogando pelo Botafogo, fez o gol da vitória do Glorioso sobre o rubro-negro. Os dois times, Botafogo e Flamengo, compartilham esse recorde de 52 partidas sem derrotas.
Nos anos de 1977 e 1978, o alvinegro ficou, respectivamente, em 5° e 8° lugar no torneio nacional. No ano seguinte, no entanto, o Botafogo conseguiu sua pior colocação na história do Brasileirão: 53°. Isto se deve ao fato do campeonato ter sido disputado por 94 clubes e sua fórmula previa a eliminação precoce de alguns, foram apenas 7 jogos disputados pela equipe botafoguense.
Já em 1981, o clube voltou a fazer campanha que merecesse certo destaque. Ficou na 4ª colocação do Brasileiro, sendo eliminado numa semifinal emocionante com o São Paulo. No primeiro jogo, no Maracanã, o time carioca venceu por 1 a 0. No segundo duelo, no Morumbi, o Botafogo chegou a abrir 2 a 0 frente ao tricolor paulista. Mas, no segundo tempo, o São Paulo virou para 3 a 2, conquistando a vaga para a final. Essa semifinal foi marcada por algumas confusões, como a volta dos times ao campo atrasada após o intervalo, expulsão e infrações mal interpretadas pelo árbitro Bráulio Zannoto.
Até 1989, os melhores resultados obtidos pelo Botafogo foram quatro torneios de verão conquistados no exterior, como o de Palma de Mallorca, na Espanha em 1988. O Campeonato Carioca daquele ano foi determinante para a retomada de glórias do clube na década de 1990. Em 21 de Junho de 1989, o Botafogo conseguiu vencer o título estadual, de forma invicta, sobre o Flamengo, que tinha Zico, Bebeto e Leonardo. O primeiro jogo da final encerrou-se empatado em 0 a 0. Já o segundo, e último, teve o placar final de 1 a 0 para o Botafogo.
Este jogo foi marcado por diversas coincidências: o Botafogo não era campeão havia 21 anos. O jogo foi disputado no dia 21. O gol foi marcado aos 12 minutos do segundo tempo (21 ao contrário). O time também utilizou 12 jogadores na partida. A bola do gol foi cruzada por Mazolinha, no vigésimo primeiro cruzamento dado à área pelo time, e chutada por Maurício. Os números das camisas deles eram, respectivamente, 14 e 7, que somados dão 21. A temperatura no estádio do Maracanã marcava 21 °C. Ou seja, tudo levava ao número 21, e para todos os botafoguenses, bastante supersticiosos, aquilo era um sinal de que aquele era o grande dia. O time, que começara desacreditado, era campeão carioca invicto.
No ano seguinte, 1990, repetiu o triunfo no torneio estadual. Desda vez, numa polêmica final contra o Vasco, sagrando-se bicampeão estadual pela terceira vez seguida.
SEDE DO BOTAFOGO

Década de 1990 e a geração Túlio Maravilha
Com as vitórias estaduais em 1989 e 1990, o Botafogo começou retornar a seu posto de vencedor. Passados vinte anos, o clube voltou em 1992 a uma final de Campeonato Brasileiro. Disputou com o rival Flamengo o título nacional daquele ano em duas partidas no Estádio do Maracanã. O primeiro jogo foi marcado em suas vésperas por uma polêmica: o então craque o time Renato Gaúcho fez uma aposta com os jogadores do time adversário, se perdesse faria um churrasco com eles. O Botafogo perdeu o primeiro jogo por 3 a 0 e Renato cumpriu sua aposta. Este fato não foi bem visto pela diretoria alvinegra que afastou o jogador do elenco, logo Renato não pôde participar do segundo jogo da final. Nesta partida, o Botafogo saiu perdendo, mas bravamente conseguiu empatar em 2 a 2, placar final. O Botafogo sagrava-se vice-campeão e conseguia uma vaga na Copa Conmebol do ano seguinte. Porém, um fato triste marcaria definitivamente aquela partida. A arquibancada cedeu e dezenas de pessoas caíram sobre o antigo setor da geral do estádio, matando três torcedores do Flamengo. Nunca mais o Maracanã receberia um público tão grande quanto aquele de 122 mil pagantes.
Em 1993, mesmo com toda a fama e reconhecimento ao redor do mundo obtido ao longo de sua história, o clube finalmente conquistou seu primeiro título internacional oficial. Ganhou, apesar do time fraco tecnicamente, do uruguaio Peñarol a Copa Conmebol, uma das mais importantes competições do futebol sul-americano que atualmente é representada pela Copa Sul-Americana, nos pênaltis. No ano seguinte, habilitado para a disputa Recopa Sul-Americana contra o vencedor da Libertadores de 1993, o alvinegro perdeu para o São Paulo, o título numa partida no Japão com placar de 3 a 1. Este ano de 1994 ficou marcado ainda pelo regresso do Botafogo à sua sede histórica de General Severiano na administração do presidente Carlos Augusto Montenegro.
Em 1995, o Botafogo conquistou o seu único Campeonato Brasileiro desde que a competição passou a ser organizada pela CBF em 1971. Com uma equipe onde alinhavam o ídolo Túlio Maravilha, Gonçalves, Donizete, Sérgio Manoel, Wilson Gottardo, Wágner, entre outros, destaca-se também a atuação do técnico Paulo Autuori, que guiou o alvinegro na sua conquista contra o Santos em dois jogos finais bastante polêmicos. Neste ano, graças ao carisma de Túlio, que foi artilheiro dos campeonatos nacionais e estaduais de 1994 e 1995, houve um elevado crescimento de torcedores do clube que não se via há muito tempo.
No ano seguinte, o clube conquistou a Taça Cidade Maravilhosa, e numa excursão internacional brilhante, o Botafogo conquistou o Troféu Teresa Herrera, na Espanha, a Copa Nippon Ham, em Osaka no Japão, e o Torneio Pres. da Rússia, vencendo grandes clubes como Juventus, Deportivo La Coruña e Auxerre. Na Libertadores, foi eliminado nas oitavas-de-final pelo Grêmio.
Em 1997, o Botafogo ganhou mais um campeonato estadual do Rio de Janeiro, novamente contra o Vasco, com um gol de Dimba na final vencida por 1 a 0. E no ano seguinte conquistou o Torneio Rio-São Paulo pela quarta vez, recorde entre os clubes cariocas.
O vice-campeonato da Copa do Brasil contra o Juventude em 1999 decepcionou os 101.581 pagantes presentes a final que foram contagiados pela excepcional campanha do time na competição. O segundo jogo da final foi última vez que um dos grandes clubes cariocas colocou, em jogo contra equipes de fora da cidade, mais de 100.000 torcedores no Estádio do Maracanã.
Na virada do século o clube foi incluído pela FIFA como um dos maiores clubes do século XX (o terceiro do Brasil), atrás apenas de clubes como o Real Madrid, Manchester United, Bayern Munique, Barcelona, Santos, Flamengo etc.
Entretanto, o Botafogo entrou novamente em crise desporto-administrativa, o que levou-o à queda à segunda divisão do Campeonato Brasileiro, após ter ficado em último lugar no campeonato de 2002.
A crise e a Segunda Divisão
Desde o início dos anos 2000 o Botafogo flertou com o rebaixamento. Campanhas pífias foram realizadas em 1999 (onde o clube escapou graças a pontos conquistados no STJD devido ao "Caso Sandro Hiroshi"), 2000, 2001 e a culminação do rebaixamento em 2002. Elencos frágeis, sálarios atrasados, má gestão administrativa, baixa atendência aos estádios, início de movimentos de torcidas organizadas foram marcas desse período dramático da história do alvinegro, o pior de todos.
Niterói, 17 de Novembro de 2002. Hora: 18:20. Jogo: Botafogo 0 x 1 São Paulo. Local: Caio Martins. O Botafogo iniciava nesse momento a pior fase de sua gloriosa história. Nesse exato instante o clube da Estrela Solitária acabara de cair para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol. O time entrou em campo com 20 minutos de atraso, tentando levar alguma vantagem em relação aos outros 12 jogos da rodada. Porém sem resultado. Com um gol de Dill, a favor do São Paulo, e já não dependendo de sua próprias forças para continuar na Série A, já que o time precisava de uma combinação de resultados, o Botafogo terminou o campeonato daquele ano na última colocação. A revolta da torcida foi enorme, assim como dos jogadores mais identificados com o clube. O zagueiro Sandro chegou a quebrar a porta do vestiário, pois fora expulso durante a partida. Além do Botafogo, mais dois times considerados grandes foram rebaixados: o Palmeiras e a Portuguesa, ambos de São Paulo
A gestão do presidente Mauro Ney Palmeiro acabava no fim desse mesmo ano. No início de 2003 assumia o cargo Bebeto de Freitas, ex-atleta do clube e ex-técnico de vôlei campeão mundial pela Itália e medalha de prata pelo Brasil nos Jogos Olímpicos de Los Angeles. Bebeto chegava ao cargo com a difícil missão de levar seu clube ao lugar de onde não deveria ter saído, a primeira divisão.
Com o clube afundado em dívidas, com jogadores de empresários nas divisões de base, sem um lugar para treinar, sem patrocínios, sem um estádio que suportasse toda a sua torcida e com jogadores pedindo para não atuar mais pelo clube devido aos salários atrasados, o Botafogo iniciava com o técnico Levir Culpi a sua missão. O Campeonato Carioca foi usado como "laboratório", mas sem sucesso. O time não se classificou para as semifinais, nem da Taça Guanabara, nem da Taça Rio.
A estreia do Brasileiro aconteceu no dia 26 de Abril. Jogando contra o Vila Nova, em Goiás, a equipe perdeu por 2 a 1. A torcida temia que acontecesse com o clube o mesmo que já acontecera com o rival Fluminense, cair para a terceira divisão. No segundo jogo, em casa, o Botafogo empatou por 1 a 1 com o Avaí. A primeira vitória só viria na terceira rodada, fora de casa, contra o CRB, 3 a 0. Com o decorrer da competição o clube chegou a liderar o campeonato por várias rodadas, o que gerou por parte de torcedores rivais a alcunha de 25° colocado, já que na Série A 24 clubes disputavam a competição.
Ao final da primeira fase, o time se classificou em segundo lugar para a disputa da segunda fase. Eram dois grupos de quatro clubes cada, com jogos de ida e volta. No Grupo A ficaram: Palmeiras, Sport, Brasiliense e Santa Cruz. No B: Botafogo, Remo, Marília e Náutico. Em seu grupo o Botafogo se classificou em 2° lugar com 10 pontos. O quadrangular final estava formado com Palmeiras, Marília, Sport e Botafogo.
Nos dois primeiros jogos empates: 1 a 1 contra o Palmeiras, em casa, e 0 a 0 contra o Marília, fora. A primeira vitória só veio contra o Sport, na terceira rodada, 3 a 1 no Caio Martins. Placar este que foi dado de volta pelo Leão, na Ilha do Retiro, 3 a 1 para o Sport. A situação estava preocupante. Com 5 pontos o Botafogo precisava vencer o Marília, em casa, e torcer para o Palmeiras derrotar o Sport, fora, num estádio modesto na cidade de Garanhuns. A combinação veio. Em 22 de Novembro de 2003, um ano e cinco dias após cair para a Segundona, o clube vence o Marília, em Caio Martins, por 3 a 1, com um gol de Sandro e dois de Camacho (ambos de pênalti), Camanducaia descontou para a equipe paulista. No mesmo dia o Palmeiras conquistou o campeonato vencendo o Sport por 2 a 1. Na última rodada o time vice-campeão foi até São Paulo enfrentar o campeão. O Botafogo perdeu por 4 a 1, mas todos já estavam satisfeitos por reconquistarem sua posição na elite do futebol brasileiro.
Mesmo com todas as adversidades o Botafogo voltou a Série A como vice-campeão. Para alguns torcedores o vice-campeonato foi considerado até bom, já que o clube conseguiu voltar para a Primeira Divisão e não teve "borrado" em sua história o título de Campeão da Segunda Divisão. O time base durante a competição era: Max, Márcio Gomes (Rodrigo Fernandes), Sandro, Edgar e Daniel (Jorginho Paulista); Fernando, Túlio, Valdo e Camacho; Dill (Almir) e Leandrão. Os artilheiros da equipe foram Leandrão e Almir com 12 gols cada. Dill, o mesmo que levou o clube a Segunda Divisão fazendo o gol pelo São Paulo em 2002, fez 8 gols.
O presidente Bebeto de Freitas durante esse ano de 2003 reestruturou o clube, pagou parte das dívidas, manteve arduamente o salário em dia, assinou com dois patrocinadores: Finta, para confeccionar os uniformes, e a rede de lanchonetes Bob’s, para estampar suas marca nas mangas da camisa e ajudar a construir arquibancadas no estádio Caio Martins, e baniu os jogadores de empresários das divisões de base do clube. Também foi criado o Botafogo no Coração, projeto de "sócio-torcedor" para agariar mais fundos para o clube e identificar os torcedores e o Feijão no Fogão, uma festa de confretanização entre torcedores e jogadores.
Na sua volta à elite em 2004, o ano do centenário do futebol do clube, a equipe voltou a fazer uma má campanha no Campeonato Brasileiro e só escapou de um novo rebaixamento na última rodada, ao empatar em 1 a 1 com o Atlético-PR, em Curitiba e graças a uma combinação de resultados.
Para celebrar o centenário, foram realizados uma série de eventos comemorativos e também um jogo festivo contra o Grêmio. As duas equipes utilizaram uniformes comemorativos, embora atuassem com times reservas por estarem disputando o Brasileirão. O jogo terminou com vitória de 4 a 1 do Botafogo, no Estádio Caio Martins.

A nova realidade
2005
A partir de 2005, as coisas foram se estabilizando no Botafogo. Administrativamente, salários foram postos em dia, jogadores tiveram seus contratos estendidos para resguardar o clube e diversos patrocínios foram fechados. Gradualmente, o clube vai se adequando a uma nova realidade. O início dos anos 2000 foi uma época difícil para todos os clubes brasileiros. A saída de jogadores para o futebol exterior tornava o plantel das equipes bastante rotativo. Aliado a isso, grande parte dos clubes atravessavam complexos processos de saneamento de dívidas. Estes fatores faziam os clubes a montarem times de nível médio, para tentar voltar a serem as potência que foram no passado.
Para aquela temporada, algumas surpresas. A Kappa ajudou o clube a contratar dois reforços de peso. Os salários de Ramón e Guilherme foram pagos pela empresa de materiais esportivos. Além disso, time realizou a sua pré-temporada de 2005 no Chile.
No início daquele ano, a equipe conquistou o terceiro lugar no Estadual, sendo a segunda equipe que mais somou pontos nas fases de pontos corridos, atrás apenas do vice-campeão Volta Redonda. No primeiro turno do Carioca, a Taça Guanabara, o time foi o único dos quatro grandes da cidade a se classificar para as semifinais. Nesta fase, o Botafogo foi eliminado, num jogo com arbitragem bastante polêmica, pelo Americano de Campos em pleno Maracanã lotado por mais de 70 mil botafoguenses. Todavia, no segundo turno, o Botafogo foi o único grande a não se classificar para às semifinais.
No Campeonato Brasileiro, o time começou de forma fulminante. Liderou o torneio, fato que não ocorria desde o título de 1995, por sete rodadas. Porém, o então técnico Paulo César Gusmão se desentendeu com diretores do clube e pediu demissão. Logo, a equipe caiu de rendimento, perdeu a liderança e teve mais duas trocas de treinador ao longo do ano. O Botafogo teve que se contentar com a nona colocação e uma vaga na Copa Sul-Americana, sob o comando de Celso Roth.
Paralelamente ao final do Brasileirão, o Botafogo disputava a Copa Record com uma mescla de jogadores das categorias junior e juvenil e com os jogadores que não eram utilizados pelo time principal. A equipe, que foi dirigida por Paulo Verdan neste torneio, pouco conseguiu frente aos outros clubes, de menor expressão, do Rio.
2006
Em 2006, após a pré-temporada realizada na cidade de Itu, no interior de São Paulo, a equipe de futebol profissional finalmente conquistou seus primeiros títulos no Século XXI. Venceu a Taça Guanabara, primeiro turno do Estadual do Rio, sobre o América por 3 a 1, numa partida em que os americanos ficaram demasiadamente descontentes porque venciam por 1 a 0, quanto o árbitro William de Souza Nery não marcou um possível pênalti do goleiro Max no atacante rubro Chris. Assegurando a vaga na final com a conquista, a equipe relaxou no segundo turno, ficando em último de seu grupo. Na final, conquistou o título do Campeonato Carioca ao bater o Madureira na final com duas vitórias: 2 a 0 e 3 a 1. Os destaques do time comandado pelo ex-jogador alvinegro Carlos Roberto foram Dodô, artilheiro da competição com 9 gols, Lúcio Flávio, Zé Roberto e o capitão Scheidt.
Pelo Campeonato Brasileiro, o time começou mal a campanha e o técnico Carlos Roberto foi substituído por Cuca. O novo técnico levou o clube que corria risco de rebaixamento a conquistar uma vaga na Copa Sul-Americana de 2007. Assinala-se de positivo durante o campeonato o milésimo gol do clube pela competição, marcado pelo atacante Marcelinho, no dia 13 de Agosto, em partida disputada no Maracanã contra o Palmeiras válida pela 16ª rodada. O Botafogo terminou o campeonato em 12° lugar. Ainda nesta competição, Zé Roberto recebeu dois troféus: o Prêmio Craque do Campeonato Brasileiro, de melhor meia-direita, e a Bola de Prata da Revista Placar, por seu excelente papel representado na sua posição.
Na Copa Sul-Americana 2006, o time foi eliminado logo na primeira fase, após dois empates com o Fluminense por 1 a 1, nos pênaltis. O atacante William perdeu um pênalti de forma bisonha: cobrou fraca e erradamente, dando tempo para o goleiro Diego que havia pulado para um lado, retornar para o meio do gol para fazer a defesa. Caiu em desgraça com a torcida e só voltou a atuar em jogos fora do estado do Rio de Janeiro.
2007
Em 2007, o clube manteve boa parte da base da temporada anterior. Todas as contratações para o início do Estadual, com exceção de Flávio e Ricardinho anunciados na primeira quinzena de Janeiro, haviam sido concretizadas já em Dezembro de 2006. A diretoria do alvinegro repatriou o atacante Dodô, que havia deixado o clube no meio do Brasileirão de 2006 para atuar no Catar, e o volante Túlio, que estava no futebol japonês. Além desses, chegaram ao Rio de Janeiro Luís Mário e Iran, ambos da Ponte Preta, Igor, Leandro Guerreiro, André Lima e Jorge Henrique. Contudo, alguns jogadores que vinham se destacando deixaram o clube: os laterais Ruy e Júnior César, os ex-capitães Scheidt e Claiton e o atacante Reinaldo.
A primeira partida do ano foi realizada ao fim da pré-temporada no Espírito Santo. O alvinegro venceu a Desportiva Capixaba por 3 a 1 no dia 14 de Janeiro. A estreia no Carioca foi em 24 de Janeiro, numa reedição da final do ano anterior. O Botafogo acabou empatando com o Madureira por 2 a 2, após sair perdendo com dois belos gols de Valdir Papel. A equipe, que se mantinha invicta, perdeu na última rodada para o Boavista e foi eliminada da Taça Guanabara. Contudo, na Taça Rio, a equipe começou de forma fulminante. Com a contratação do lateral-esquerdo Luciano Almeida e do zagueiro Alex e a efetivação de Júlio César no gol, a equipe estabilizou-se defensivamente e aplicou 7 a 0 na estreia contra o Friburguense. Venceu ainda o Fluminense por 1 a 0 e depois o Vasco por 2 a 0, num jogo marcado pela expectativa, sem sucesso, de Romário fazer seu milésimo gol. Classificado em primeiro lugar do grupo tendo vencido todos os jogos com exceção do duelo contra o América, nas semifinais o alvinegro encontraria novamente o Vasco e Romário buscando seu milésimo gol. Novamente sem a concretização do objetivo do atacante, após um empate em 4 a 4 no tempo normal, o Botafogo eliminou o rival por 4 a 1 nos pênaltis. Na final, bateu a Cabofriense após um empate em 2 a 2 e um vitória por 3 a 1 no último jogo. Sagrado campeão da Taça Rio, a equipe, apelidada de Carrossel Alvinegro pelo futebol bonito, moderno e rotativo guiado pelo artilheiro do campeonato Dodô, Zé Roberto, Lúcio Flávio, Jorge Henrique, Túlio, Joílson, entre outros, enfrentou o Flamengo na final do campeonato. O primeiro jogo terminou em 2 a 2, após a reação rubro-negra com a expulsão do goleiro Júlio César ao fazer um pênalti enquanto o Botafogo vencia por 2 a 0 e uma falha de seu substituto Max no segundo gol. No segundo jogo, após um empate em 2 a 2 novamente, o alvinegro teve Dodô expulso no último minuto por ter chutado uma bola para as redes após o árbitro da partida, Djalma Beltrami, ter apitado impedido equivocado do atacante no lance. A decisão foi para os pênaltis, na primeira vez em que a disputa do campeonato foi decidida nesta forma, e a equipe foi derrotada por 4 a 2, tendo Lúcio Flávio e Juninho suas cobranças defendidas pelo goleiro Bruno, do Flamengo.
O clube ainda neste ano inovou. Lançou um projeto para revelar novos jogadores pela internet chamado Craques do Botafogo.[3] Pela Copa do Brasil de 2007, a equipe passou por CSA, Ceará, Coritiba e Atlético Mineiro, até encontrar o Figueirense nas semifinais. Tido como favorito no duelo, o time da Estrela Solitária perdeu em Florianópolis, por 2 a 0, mas conseguiu sair vencendo o jogo da volta no Maracanã. Naquela partida, teve dois gols mal anulados pela auxilar Ana Paula Oliveira, que seria afastada do futebol posteriormente àquela partida, e seu goleiro, Júlio César, sofreu um frango nos últimos minutos do jogo. Ao final, foi desclassificado, mesmo vencendo por 3 a 1 no Maracanã, pelo critério do gol qualificado.
No Campeonato Brasileiro, o Botafogo destacou-se em seu início. Apresentando o futebol mais vistoso da competição segundo a mídia especializada, o time liderou o torneio por 12 rodadas. Neste torneio, o Botafogo inaugurou o Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, com uma vitória sobre o Fluminense por 2 a 1, válida pelo Brasileirão, no dia 30 de junho, levando para sua galeria de troféus o Troféu João Havelange. Posteriormente, o clube viria a vencer a licitação para administrar o estádio em 3 de agosto. Devido aos Jogos Pan-americanos de 2007, o clube teve que realizar partidas fora do Rio de Janeiro, para tanto, confrotou contra Alético Paranaense e América de Natal em Brasília, vencendo por 2 a 0, e Espírito Santo, vitória de 4 a 2, respectivamente, tendo os levado grandes multidões para assistir aos treinos e aos jogos.
Até que pequenas crises abalaram o grupo. O atacante Dodô foi pego no exame anti-doping por apresentar em sua urina a substância femproporex, que estava, equivocadamente, em uma cápsula de cafeína ingerida por ele antes da vitória do clube por 4 a 0 sobre o Vasco. Dodô foi absolvido no julgamento de seu recurso, ficando no total um mês fora do time. O time também sofria com deficiência no gol. O preparador de goleiros Acácio foi demitido após sucessivas falhas dos titulares, no caso culminante de Júlio César, após uma derrota por 3 a 2 para o Cruzeiro, que perdeu a posição para Marcos Leandro, contrato ao Paraná Clube, que também pouco tempo ficou no time titular Viria a ser substituído por Max e, no fim do campeonato, Roger chegaria para assumir a vaga. Além disso, o meia Zé Roberto foi afastado do elenco após atos de indisciplina, após o flagra por um vídeo da internet em uma boate em Salvador, no mesmo dia em que o time empatava em 3 a 3 com o Sport, em Recife, a qual o jogador não havia sido relacionado devido a uma gripe, e o atrasado de uma hora ao treino na véspera do jogo contra o São Paulo, encarado como uma decisão pois envolvia, na época, primeiro e segundo colocados. O Botafogo perderia aquela partida por 2 a 0 em pleno Maracanã, e deixaria a ponta do campeonato. O time não mais teria a mesma regularidade de antes, empatando o jogo seguinte em 1 a 1 com o Figueirense, com um gol irregular do adversário. O Botafogo ainda viria a perder para o Corinthians, no Maracanã, por 3 a 2 e abandonar as possibilidades de vencer o campeonato.
Na Copa Sul-Americana de 2007, o Botafogo passou pela primeira vez da fase nacional ao derrotar duas vezes o Corinthians por 3 a 1 no Maracanã e por 2 a 1 no Pacaembu. Nas oitavas-de-final, enfrentou o River Plate e venceu o jogo de ida por 1 a 0 na reinauguração do Estádio Olímpico João Havelange sob sua administração alvinegra. Mas no Monumental de Nuñez, em um jogo dramático, em que esteve por duas vezes a frente no placar e teve em grande parte do segundo tempo um jogador a mais que o adversário, o Botafogo foi derrotado por 4 a 2 e acabou sendo eliminado da competição. Após o jogo, Cuca pediu demissão e foi substituído pelo treinador Mário Sérgio. Na volta para o Rio de Janeiro, os jogadores foram recepcionados no aeroporto[4] com protestos pelos torcedores e, no dia seguinte, novamente, no treino em General Severiano.[5] Mário Sérgio ficou apenas 3 partidas, sendo derrotado em todas. Surpreendentemente, Cuca retornou ao comando do time.
Cuca conseguiu recuperar o moral do clube, porém não conseguiu recolocar o time, que ficou seis partidas sem vencer, de volta na briga por uma vaga na Libertadores de 2008. Apesar de ter goleado o Cruzeiro por 4 a 1, o time perdeu pontos em empates, de 1 a 1, fora de casa contra os rebaixados Juventude e América de Natal. O time ainda ficou abalado por declarações polêmicas do vice-presidente de futebol Carlos Augusto Montenegro desde a eliminação na Copa Sul-Americana de 2007 e encerrou o nacional na 9ª colocação.
2008
O Botafogo iniciou o ano de 2008 remodelando seu elenco. Jogadores fundamentais do Carrossel Alvinegro do ano anterior deixaram o clube, Dodô, Zé Roberto, Joílson, Juninho, Alex, além dos criticados goleiros, Júlio César, Max e Roger. Em compesação, o clube manteve a base no meio-campo e contratou jogadores com boas referências, apesar de não serem considerados estrelas, André Luís, Édson, Eduardo e Triguinho para a defesa, Túlio Souza, Zé Carlos, Abedi, Wellington Paulista e Fábio para as funções mais ofensivas. Além destes, a diretoria alvinegra investiu em jogadores dos países vizinhos da América do Sul, trazendo, da Argentina, o zagueiro Alexis Ferrero e o atacante Luis Miguel Escalada (dispensado devido ao excesso de peso em três meses no clube) e, do Uruguai, o goleiro da Seleção de seu país Juan Castillo. A equipe, comandada mais um ano por Cuca, realizou a pré-temporada em Niterói, treinando no reformado Centro de Treinamentos de Caio Martins que foi inaugurado neste ano. Ajudando na preparação do Botafogo, o time disputou a Copa Peregrino, competição amistosa no Rio de Janeiro que envolvia clubes cariocas e da Noruega. Foi campeão vencendo as duas partidas que disputou, 2 a 0 no Stabæk e 4 a 0 no Viking, contudo, devido à estreia no Carioca, deixou de participar do terceiro jogo da competição (na véspera), sendo representado pelo Boavista que empatou por 2 a 2 contra o Start, dando o título para o alvinegro.
O Botafogo estreou no Estadual de 2008 contra o Resende, recém-promovido para a Primeira Divisão do torneio, em 19 de janeiro, vencedo o jogo por 2 a 0,[6] gols de Zé Carlos e Wellington Paulista. O clube manteve o ritmo de vitórias até a última rodada da Taça Guanabara, quando, com time misto, perdeu por 2 a 1 para o Madureira.[7] Na semifinal, derrotou o Fluminense por 2 a 0, com comemoração efusiva, embalada pela "Dança do Créu".[8] Porém, a final contra o Flamengo ficou marcada pela reclamação contra à arbitragem.[9] O jogo, vencido de virada pelo rubro-negro por 2 a 1,[10] teve duas expulsões de alvinegros, reclamações da não marcação de dois pênaltis para o Bota e do assinalado para o Flamengo, além de irregularidades nas marcações de faltas. A insatisfação foi tamanha que o presidente do clube, Bebeto de Freitas, chegou a pedir a renúncia do cargo[11] e os jogadores, unidos, choraram na coletiva de imprensa pós-jogo.
Todavia, a aparente renúncia transformou-se apenas em um período de licença do cargo. Mas dias depois, em jogo pela Libertadores do Flamengo, a torcida deste clube fez uma sátira do principal cântico da torcida botafoguense e, unida a uma comemoração provocativa do atacante Souza e ao fervor da imprensa, o clube passou a ser perseguido pela fama do "chororô". Logo, a conquista da Taça Rio tornou-se meta principal da equipe. Vencendo todas as partidas, com destaque a uma goleada de 7 a 0 sobre o Macaé, e clássicos, com exceção da partida da última rodada, com time misto, contra o Boavista Sport Club, o Botafogo chegou às semifinais em primeiro lugar para enfrentar, novamente, o Flamengo. Mostrando superioridade, o alvinegro goleou o rival por 3 a 0, indo para a final contra o Fluminense. Na decisão, o zagueiro Renato Silva, outrora perseguido pela torcida e pego no doping no ano anterior quando jogava pelo próprio Flu, fez o gol da vitória mínima do Botafogo aos 39 minutos do segundo. O 1 a 0 deu ao clube o bicampeonato da Taça Rio, chegando à sua quarta conquista deste turno.
Chegado a finalíssima do Campeonato pela terceira vez seguida, pelo segundo ano, o Botafogo tinha como adversário o Flamengo, clássico de maior rivalidade no Rio de Janeiro da época.[12] No primeiro jogo,[13] a torcida alvinegra compareceu em baixo número. Jogando com quatro desfalques (Castillo e Triguinho machudos; e Alessandro e Jorge Henrique suspensos), o Botafogo entrou em campo com a camisa branca, pois acreditava-se, que utilizando o uniforme reserva, a equipe tinha maior sorte nos clássicos na competição. Na segunda metade do primeiro tempo, enquanto a partida permanecia ao 0 a 0, o jovem zagueiro Eduardo, improvisado como lateral-esquerdo e meia durante a partida que entrara ainda no primeiro tempo, acabou sendo ponto decisivo. Aos 28 minutos, numa bela jogada driblando adversários, chutou uma bola na trave "cara-a-cara" com o goleiro. Momentos depois, enquanto puxava um contra-ataque, errou um drible na intermediária ofensiva, que gerou o ataque rubro-negro e gol de Obina, que deu a vitória ao Fla por 1 a 0. Na segunda partida da decisão,[14] com a volta dos atletas suspensos na partida anterior, o Botafogo saiu na frente a partir de um gol de falta de Lúcio Flávio, porém cedeu o empate e, após a expulsão de Renato Silva aos 30 da segunda etapa, o rival virou a partida e sagrou-se campeão, novamente, sobre o alvinegro.
Na Copa do Brasil de 2008, após passar pelo Rio Branco, do Acre, o Botafogo viajou para a cidade de Bacabal, no Maranhão, e foi recepcionado com grande festa pela torcida nordestina,[15] para enfrentar o Ríver, do Piauí, que fora impedido de atuar em seu Estado pois nenhum estádio tinha condições de abrigar um jogo com segurança ao público. O time começou a encontrar clubes grandes a partir das oitavas-de-final, quando superou a Portuguesa, colocando 40 mil pessoas no Estádio Olímpico João Havelange, recorde de público na competição até então. Nessa competição, acabou mais uma vez sendo derrotado nas semifinais. Dessa vez, perdeu nos penaltis, para o Corinthians, no Estádio do Morumbi, por 5 a 4, após cada equipe ter vencido a partida em casa por 2 a 1.[16] Este jogo foi o último de Cuca como treinador do Botafogo. Após o seu pedido de demissão, foi contratado Geninho.[17]
No jogo seguinte à desclassificação da Copa do Brasil, já válida pelo Campeonato Brasileiro, um fato inusitado ocorreu com o clube, no jogo contra o Náutico, nos Aflitos. Após ser expulso, o alvinegro André Luiz fez gestos obscenos à torcida adversária e teria desacatado policias que vieram controlá-lo. O zagueiro foi levado preso, passando pelo meio da torcida do time da casa. Na tentativa de intervir no que acontecia, o presidente, Bebeto de Freitas, também foi levado. Além disso, alguns jogadores do Botafogo foram agredidos por PMs. Desequilibrada, a equipe acabou goleada por 3 a 0.[18] Nas mãos de Geninho, o time não conseguiu bons resultados e após pouco mais de um mês, Ney Franco assumiu o posto de novo treinador.[19]
Neste meio tempo, na primeira metade de julho, um grupo de jogadores do clube, formado por reservas não utilizados e juniores, viajou à Europa para disputar a OBI Cup. Acabou em terceiro lugar, após sofrer uma goleada do Young Boys, da Suíça, e vencer o Vitória de Guimarães, de Portugal.[20] Além disso, foi disputado um amistoso, contra o time sérvio do Partizan, também vencido pelo Botafogo.[21]
Com a chegada de Ney Franco, o time alvinegro, que estava em 15º lugar, cresceu de rendimento. Sua estreia deu-se com um empate com o Santos, na Vila Belmiro. Depois, a equipe chegou a marca de 6 vitórias seguidas[22] (7, se contada a estreia na Copa Sul-americana 2008 - 3 a 1 frente ao Atlético Mineiro), indo até a 3ª colocação na segunda rodada do returno. No total, o Botafogo ficou 13 partidas invicto.[23] Porém, subtimente, a equipe teve um drástica queda de rendimento no final da temporada. Foi eliminado nas quartas-de-final da Copa Sul-americana pelo Estudiantes de La Plata. Ao final da temporada, o clube sofreu com o atrasos de pagamentos de salários em até dois meses no término da gestão de Bebeto de Freitas, o que gerou, inclusive, a saída de Carlos Alberto (que fora contrado no meio do ano por empréstimo junto ao Werder Bremen), Ferrero e, até, Túlio, ídolo da torcida, este alegando desgaste psicológico nos últimos dois anos. O Botafogo terminou o campeonato nacional na 7ª posição e com a perspectiva de uma grande reformulação no elenco.

2009
Maurício Assumpção foi eleito para o cargo de presidente do clube, encontrando um ambiente que necessitava de mudanças, pautando-se na reestruturação das divisões de base do clube, localizadas em Marechal Hermes. Designou André Silva para o posto de vice-presidente de futebol e trouxe Anderson Barros para a gerência do mesmo departamento. Os dois comandaram uma grande reformulação no elenco, que sofrera com os acordos da diretoria anterior que liberou muitos atletas gratuitamente pelo perdão das dívidas. Mais de vinte futebolistas deixaram o alvinegro e apenas nove jogadores de linhas, além de todos os goleiros, continuaram na equipe. Foram trazidos, como destaques do time, o atacante Reinaldo, o meia Maicosuel, os zagueiros Teco (que foi atrapalhado por uma lesão durante toda a temporada) e Juninho (capitão que voltava ao Fogão após saída no ano anterior) e mais sete jogadores - grande parte indicada pelo treinador Ney Franco -, entre outros das divisões de base que receberam promoção. A equipe fez sua pré-temporada em Niterói, nas dependências do Caio Martins.
Por conta da grande reformulação no elenco, o time entrou no Carioca desacretitado pelos comentaristas e repórteres esportivos, que davam favoritismo para Flamengo, que havia mantido praticamente todo seu bom elenco, e Fluminense, pela manutenção de boa parte do elenco e pelas contratações milionárias, proporcionadas pelo seu patrocinador, a Unimed. Contudo, o time surpreendeu, fazendo uma bela campanhana na Taça Guanabara, chegando à semifinal com méritos, na qual derrotou o Fluminense por 1-0. Na final, o Botafogo bateu o Resende, que vencera o Flamengo, por 3-0, com mais de 75 mil alvinegros no Maracanã. Na Taça Rio, o Botafogo novamente classificou-se para as finais. Na semifinal, goleou o Vasco por 4-0. Em meio a isto, o time foi desclassificado da Copa do Brasil para o Americano, nos pênaltis, ainda na segunda fase. O alvinegro chegava à final da Taça Rio com a possibilidade de liquidar o Estadual se vencesse o Flamengo. No entanto, a equipe teve uma má atuação e acabou sendo derrotada por 1-0, com gol contra do zagueiro Émerson. Pelo terceiro ano seguido, Botafogo e Flamengo encontravam-se na final do Campeonato Carioca de Futebol (quarta decisão consecutiva do Fogão), repetindo o duelo de treinadores de 2007, porém, em lados opostos, já que Ney Franco comandava agora o alvinegro e Cuca, o rubro-negro. No primeiro duelo, após sair perdendo, o Botafogo virou a partida, mas os dois principais jogadores do time, Reinaldo e Maicosuel (artilheiro do campeonato com 12 gols), machucaram-se no mesmo lance, sendo obrigados a serem substituídos. Nos últimos minutos do jogo, o Flamengo empatou num chute que desviou, novamente, em Émerson (2-2). Paro decisivo encontro, o Botafogo não contou com os atletas lesionados na partida anterior, sendo necessário entrar com muitas improvisações. No setor ofensivo, o único titular era o destaque Victor Simões (vice-artilheiro do torneio, 11 gols). Jogando mal, o alvinegro saiu perdendo por 2-0. No entanto, reagiu no segundo tempo - embora Simões tenha desperdiçado uma cobrança de pênalti -, empatando novamente por 2-2. Como em 2007, a decisão foi para os pênaltis. Juninho e Leandro Guerreiro perderam e o Botafogo teve que se contentar com o segundo lugar pelo terceiro ano seguido.
No Campeonato Brasileiro, o Botafogo teve um péssimo início de campanha, chegando a figurar entre os quadro últimos, inclusive. A falta de sequência de bons resultados culminados no fraco rendimento do time, mesmo após as entradas de Renato, Michael, Jônatas e André Lima, fizeram o treinador Ney Franco ser demitido com treze meses de clube. Estevam Soares assumiu o cargo de técnico e os resultados pouco mudaram. No entanto, as chegas de Jefferson, Jóbson e Diego ajudaram a melhorar a performance da equipe que, além de ter sido eliminada nas quartas-de-final da Copa Sul-americana 2009, apenas escapou do rebaixamento na última rodada, ao vencer o Palmeiras por 2-1, em casa.
2010
O ano de 2010 iniciou-se com uma profunda reformulação no elenco alvinegro. Quase vinte futebolistas deixaram o clube. Formavam a base do ano anterior o goleiro Jefferson, o lateral Alessandro, o volante Leandro Guerreiro, o meia Lúcio Flávio, além do jovem zagueiro Wellington. Os reforços foram capitaneados pelo uruguaio Sebastián el Loco Abreu, além do também atacante Herrera, do meia Renato Cajá, do zagueiro Antônio Carlos e do lateral-esquerdo Marcelo Cordeiro, dentre outros que se somaram também a vários jovens das divisões de base do clube. A pré-temporada foi dividida entre o CT de General Severiano, o CT da CBV, em Saquarema, e a Arena Guanabara, em Araruama. Nesse ano o alvinegro começara mais um ano desacreditado, tanto pela sua torcida, como pela imprensa brasileira. Mais uma vez o Flamengo era o favorito a conquista do estadual, tendo também o Fluminense pelo seu alto poder aquisitivo concedido pela Unimed e pelos grandes jogadores que compunham o seu elenco e logo em seguida o Vasco que mantivera a base do ano anterior. O Botafogo nesse ano estava no grupo B da taça Guanabara e tinha como seu maior rival no grupo o Vasco da Gama. Na estreia o botafogo venceu o Macaé por uma apertado 3x2, na 2° rodada o Botafogo venceu o Friburguense por 2x0. Na 3° rodada um desastre, o Botafogo é humilhado pelo seu arqui rival Vasco por 6x0, no que ocasionou a demissão de seu atual treinador Estevam Soares, sendo contratado para o seu lugar Joel Santana que chegou com a missão de apaziguar a crise que se instalava no ambiente interno do time, na 4° rodada o Botafogo ainda abalado venceu o Tigres por uma placar apertado de 2x1 fora de casa, na 5° rodada o time em casa venceu o América por mais um placar sofrido 2x1, na 6° rodada mesmo fora de casa, venceu sua 1° partida com autoridade na taça Guanabara, com uma vitória de 4x1 em cima do Madureira, na 7° rodada parecendo já estar recuperado da crise e da humilhante derrota para o Vasco o botafogo emplaca a 2° goleada consecutiva na competição, dessa vez em cima do Resende por 5x2, garantindo assim a 2° posição no grupo B. Logo após essa partida o alvinegro tirava o seu foco do campeonato carioca e voltava as suas atenções para a Copa do Brasil que para eles era uma competição muito importante para o alvinegro e o botafogo mais uma vez decepcionou sua torcida nessa 1° fase da copa do Brasil perdendo fora de casa para o São Raimundo no 1° jogo por 1x0 e trazendo de volta a desconfiança. Mas não podia perder tempo pensando na derrota pois tinha pela frente as semi-finais da taça Guanabara. Agora já nas semi-finais da taça Guanabara o botafogo tem pela frente nada mais nada menos que o favorito da competição, o Flamengo que vinha sendo o carrasco alvinegro nos últimos 3 anos, derrotando o botafogo nas finas de 2007, 2008 e 2009, mas lutando contra tudo isso e a desconfiança de sua torcida, da imprensa e com um peso nas costas de seus jogadores de quebrar esse tabu e essa escrita de perder para o Flamengo e a derrota em casa para o São Raimundo se supera e vence o rival em um jogo maravilhoso por 2x1 com um gol de Caio que na época era o "talismã" do alvinegro, e uma frase que marcou essa vitória foi a frase do próprio Caio que no final do jogo deu a seguinte declaração, "O Gigante caiu". Agora o Botafogo com o moral elevado e mais confiante partia para a final da taça Guanabara, novamente contra o Vasco, mas antes uma pausa para o time eliminar o São Raimundo pela Copa do Brasil num jogo eletrizante que deu a classificação após uma vitória por 4x3. Voltando para a Taça Guanabara o botafogo estava envolvido em mais um jogo decisivo e mais uma vez voltava a surpreender derrotando o cruzmaltino por 2x0, eliminado assim o fantasma da desconfiança. Agora na taça Rio o Botafogo já não era mais um franco atirador e já era tido pela imprensa como um grande time, e era considerado pela imprensa como um dos times que jogava o futebol mais bonito do país. Mas como mostra a história 'tem coisas que só acontecem com o Botafogo' que após vencer o Santa Cruz no arruda por 1x0 precisava apenas de um empate em casa para se classificar, mas, mais uma vez decepcionou a sua torcida sendo derrotado em casa para por 3x2 e assim trazendo de volta a desconfiança de sua torcida, da imprensa e abalando ainda mais o lado psicológico dos jogadores do botafogo e esse momento ruim parecia que afetaria o time no carioca, mais novamente se mostra forte e vence o Americano na estreia da Taça Rio por 3x1, na 2° rodada o botafogo venceria o Duque de Caxias por 2x1, na 3° rodada o botafogo seria derrotado pelo favorito Fluminense por 2x1 na 4° rodada o botafogo se mostrava recuperado da derrota no clássico e derrotara o Olaria por 2x0 na 5° rodada empate com o rival Flamengo na 6° rodada vitória apertada contra o Volta Redonda 1x0 na 7° rodada goleada no Boavista 4x1 e na 8° e ultima rodada empate com o Bangu em 2x2 garantindo assim o 1° lugar no grupo B. Agora nas semi-finais contra o Fluminense, a torcida alvinegra nessa altura do campeonato não sabia o que esperar o time que no ano teve atuações muito boas e muito ruins, momentos de alegria e de muita decepção, mas se supera e mais uma vez contra as estatísticas vence o tricolor por 3x2 e vai a final da Taça Rio contra o Flamengo podendo então se consagrar campeão carioca se vencesse o rival por já ter vencido a Taça Guanabara e assim evitar a final do Carioca contra o próprio Flamengo. Nesse jogo o glorioso entrou com muita garra e determinação marcando o rubro negro no seu campo e anulando os principais jogadores do rival que na época era o Vagner Love e Adriano (imperador). O Botafogo parecia certo do que queria em campo, a vibração dos jogadores era diferente, se via nitidamente no rosto dos jogadores a vontade de vencer e logo o alvinegro foi recompensado com um gol de pênalti que Herrera converteu a favor do alvinegro, mais no final do 1° tempo um banho de água fria: empate do Flamengo, Vagner Love e a história parecia que iria se repetir. Começa o 2° tempo o botafogo continua com uma excelente marcação e continua a jogar melhor que o flamengo em um jogo muito equilibrado e na marca dos 30 minutos do 2° tempo ocorre o que a torcida alvinegra mais esperava: pênalti a favor do alvinegro (que a partir daí ainda jogaria com um a mais, devido à expulsão de Maldonado no lance), e quem seria o responsável da cobrança seria Loco Abreu. Nessa hora um grande silêncio toma conta do estádio e Abreu parte para a cobrança em passos que pareciam demorar uma eternidade para os torcedores alvinegros e o inesperado acontece, com uma cavadinha sensacional, Abreu faz Jus ao seu apelido de Loco e faz 2x1 para o botafogo, mas quando parecia que estava tudo decidido para o Botafogo, é marcado pênalti para o Flamengo e Adriano vai para cobrança, nessa hora mais uma vez um grande silêncio no estádio e Adriano parte para a cobrança, mais Jefferson executa uma defesa brilhante e garante o titulo ao botafogo quebrando o incômodo tabu de 3 decisões consecutivas perdidas pelo alvinegro.
A partir daí o time passou a ser considerado um grande favorito para a disputa do título do Brasileirão 2010. Logo na estreia uma parada dura contra o time mais badalado do começo de ano - o Santos, que contava com os craques Neymar e Paulo Henrique Ganso, no duelo entre os campeões paulista e carioca, o jogo terminou em empate de 3 a 3. Nas rodadas seguintes a equipe confirmou o favoritismo e venceu os times do São Paulo (em pleno Morumbi) e do Goiás por 2 a 1 e 3 a 0 respectivamente, porém, com a saída do craque Loco Abreu para a seleção uruguaia para a disputa da Copa do Mundo, a equipe caiu de rendimento ao ser derrotada pelo Cruzeiro no Mineirão, depois do empate contra o Vasco, outra decepção: na partida contra o Atlético Paranaense o alvinegro abriu 2 a 0 em plena Arena da Baixada, mas um apagão de rendimento permitiu a virada do Furacão para 3 a 2. Na partida seguinte - a última antes da Copa, pois o Campeonato seria paralisado durante o Mundial - outro resultado doloroso. A equipe saiu perdendo para o líder da competição, o Corinthians, porém conseguiu a virada, o que recolocaria o alvinegro no G4 e quebraria a invencibilidade do time paulista, porém a equipe sofreu o empate no último lance do jogo, após cobrança de escanteio. Durante o mMundial, os alvinegros viram o maior craque Loco Abreu converter (de cavadinha) o pênalti que classificou a seleção uruguaia para a semifinal do Copa do Mundo, após uma partida dramática contra a seleção de Gana. No retorno do Mundial, porém, a equipe voltou a jogar mal e foi derrotada pelo rival Flamengo, e após empates contra Palmeiras, Guarani e Fluminense, a equipe chegou a estar na Zona de Rebaixamento. Entretanto, após o retorno de dois craques que foram decisivos no ano anterior, Maicosuel e Jobson, o time votou a reagir e emplacou 5 vitórias consecutivas (Vitória, Atlético MIneiro, Atlético Goianiense, Avaí e Ceará), sendo alçada ao G4 e voltando a ser considerada como uma das favoritas ao título. Ao término do 1º turno, a equipe terminou com um empate em 2 a 2 com o Grêmio, terminando na 5ª colocação, mas coma melhor campanha do 1º turno após a Copa. Na sequência, graças aos tropeços dos líderes Corinthians e Fluminense, o alvinegro foi alçado a candidato real pelo título, principalmente após as vitórias sobre Santos (com direito a um gol de placa de Loco Abreu - o primeiro do atacante após o retorno da Copa) e São Paulo, no entanto a equipe, desfalcada, foi goleada pelo Goiás no Serra Dourada. Após a derrota, a equipe iniciou um hiato de empates que voltou a derrubar a equipe na tabela, maas a equipe voltou a reagir e voltou a vencer o Vitória (curiosamente foi o mesmo time que o alvinegro venceu no 1º turno quando também estava sem vencer)e os Atléticos mineiro e goianiense, mas viu título ser definitivamente perdido após empata com o Avaí e o Ceará. Na briga pela Libertadores, a equipe voltou a vencer na penúltima rodada ao vencer o já rebaixado Grêmio Prudente no Engenhão, bastando vencer o Grêmio no Olímpico para retornar a competição internacional. O problema é que o adversário direto na briga pela Libertadores era justamente o Grêmio e na partida o time gaúcho se mstrou superior, goleando por 3 a 0. O alvinegro fazia sua melhor campanha desde o título de 95 (6º) lugar, mas teve que se contentar coma vaga na Copa Sulameriana.
"LOCO" ABREU IDOLO DAS NOVAS GERACOES BOTAFOGUENSES

2011
Para a temporada 2011, a equipe era considerada favorita devido à boa campanha realizada no ano anterior no [Campeonato Carioca 2010] e no Brasileirão. E o início de temporada foi animador; o time venceu as quatro primeiras partidas sobre Duque de Caxias (2 a 1), Cabofriense (5 a 0), Madureira (4 a 1) e Olaria (3 a 1), além de um sensacional jogo contra o Fluminense, onde o craque Loco Abreu perdeu um pênalti ao cobrar de cavadinha, sendo defendida pelo goleiro Diego Cavalieri, mas o uruguaio marcou em seguida um gol com as mesmas características daquele perdido. O jogo terminou 3 a 2 para o alvinegro, o que ratificou a classificação da equipe para as semifinais da Taça Guanabara. O adversário seria o Flamengo, o mesmo que havia sido desbancado no ano anterior por se considerar mais favorito que o alvinegro, por ter melhor campanha, contudo a história não se repetiu. A equipe saiu atrás do marcador mas conseguiu o empate, o que alimentou a torcida de um possível repeteco do ano anterior, entretanto isso não aconteceu. O placar permaneceu inalterado no 2º tempo o que forçou disputa de pênaltis. O rubro negro se saiu superior, com o goleiro Felipe defendendo as cobranças de Éverton e Arévalo. Na Copa do Brasil, o mesmo drama do ano anterior parecia se repetir quando a equipe foi surpreendentemente derrotada pelo modesto River Plate - SE, contudo no Engenhão o time venceu pelo mesmo placar, e a disputa foi para os pênaltis, e ao contrário da semifinal do Cariocão, o alvinegro se mostrou superior, eliminando o time sergipano por 4 a 1. Na Taça Rio porém, o glorioso não conseguiu repetir a mesma regularidade do 1º turno, perdendo pontos preciosos nas derrotas nos clássicos contra os rivais Vasco e Flamengo, ambos por 2 a 0 e nos empates com as equipes do Boavista e do Resende. A má fase custou o emprego de Joel Santana, sendo Caio Júnior o substituto, mas a troca de técnico não foi suficiente para levar o time à semifinal do 2º turno. No "caminho mais curto para a Libertadores", a equipe passou pelo Paraná na 2ª fase após vencer os dois jogos por 2 a 1 e por 3 a 0. Nas oitavas, o time foi eliminado pelo Avaí, após dois empates por 2 a 2 no Engenhão e por 1 a 1 no Estádio Ressacada, coma equipe catarinense sendo beneficiada pelo critério do gol fora de casa. O jogo em Florianópolis ficou marcado por uma enorme confusão após o jogo, devido ao lance que gerou um pênalti no qual do gol avaiano foi gerado, jogadores alvinegros partiram para cima do árbitro, o que gerou punições do STJD aos jogadores envolvidos na confusão. Devido ao mau início de temporada, o Glorioso era visto com desconfiança pela torcida e pela imprensa para a disputa do Brasileirão 2011 e nas primeiras rodadas o time alternou entre bons e maus resultados. Com o prosseguimento do nacional, contudo, o time provou o contrário, principalmente após uma incrível goleada em cima do rival Vasco, que vinha de uma série de 6 jogos sem perder, numa atuação brilhante do craque Loco Abreu (com dois gols) e do lateral Cortês, que meses antes havia sido uma grande revelação no Nova Iguaçu. O resultado motivou o time, que venceu 5 das 6 partidas que se seguiram (América Mineiro, Atlético Mineiro, Fluminense, Palmeiras e Ceará) e alçou o alvinegro novamente ao G4, novamente se aproveitando dos maus resultados dos líderes (Corinthians, Flamengo, Vasco e São Paulo). No 2º turno, a equipe conseguiu vitórias importantíssimas sobre Grêmio, Corinthians e Atlético - PR, em todas com atuações brilhantes dos craques Loco Abreu e Maicosuel, também contando com Cortês (que chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira) e com os meias Élkeson e Renato, além do goleiro Jéfferson. Paralelo à competição nacional, o Botafogo disputou a Copa Sul-Americana, eliminando o Atlético Mineiro ao vencer as duas partidas por 2 a 1 e 1 a 0, sendo eliminada nas oitavas de final após perder para o Independiente Santa Fé por 4 a 1 na Colômbia. De volta ao brasileiro, a equipe vinha fazendo uma campanha avassaladora como mandante, porém deixou uma bela chance de assumir a liderança escapar pelos dedos ao ser derrotada pelo Santos por 2 a 0, no Estádio Vila Belmiro. A derrota iniciou uma sequência de maus resultados que fizeram com que a equipe - até então como uma das principais favoritas ao título e com a vaga na Libertadores praticamente assegurada - despencasse na tabela, o que custou o cargo do técnico Caio Jr na derrota para o lanterna América Mineiro. O alvinegro não chegou à Libertadores, e ainda teve que assistir seus rivais Vasco, Fluminense e Flamengo avançassem para a competição.
2012
Apesar de não ter se classificado para a Libertadores, o alvinegro era considerado um time forte e com boas chances para a disputa do Cariocão 2012, devido ao forte time que possuía. Para a temporada, a equipe dispensou alguns jogadores que vinham sendo perseguidos pela torcida, como Alessandro e Bruno Cortês, com os reforços sendo liderados pelos meias Andrezinho e Fellype Gabriel, além do técnico Oswaldo de Oliveira, que veio ocupar o cargo de Caio Júnior. O início, porém, foi desanimador. O alvinegro, assim como seus rivais, com exceção do Vasco, vinham fazendo uma campanha ruim na Taça Guanabara. Todavia, todos os grandes (inclusive o Botafogo) conseguiram se classificar para a fase final. No caso do alvinegro, a missão foi tranquila - o time goleou nas 3 últimas partidas o Olaria (5 a 0), o Bonsucesso (4 a 1) e o Macaé (3 a 0), resultado esse que garantiu o 1º lugar do grupo A. Nas semifinais, porém, o mesmo drama de 2011; eliminação nos pênaltis, desta vez para o Fluminense, com o goleiro tricolor Diego Cavalieridefendendo as cobranças de Lucas e de Loco Abreu. O tricolor viria a conquistar a Taça Guanabara ao vencer o Vasco por 3 a 1, desbancando o grande favorito, que até então havia vencido todas as suas partidas. Mas a eliminação não mexeu com o ânimo do time, e na partida de estreia da Taça Rio, o alvinegro venceu o Americano por 4 a 2. No jogo seguinte a equipe novamente se deu bem: vitória por 3 a 1 sobre o Volta Redonda. Na rodada seguinte, o alvinegro escorregou diante do pior time até então do Carioca e empatou em 1 a 1 com o Bangu. Mas depois o time venceu o clássico com o Vasco por 3 a 1, com todos os gols do meia Fellype Gabriel e com o goleiro Jefferson defendendo um pênalti de Juninho Pernambucano. A boa campanha seguiu com a vitória por 2 a 0 sobre o Duque de Caxias, um novo empate em 1 a 1 com o Fluminense, a vitória por 3 a 1 sobre o Friburguense e um empate em 1 a 1 com o Boavista, resultado esse que selou a classificação do alvinegro para a semifinal da Taça Rio em 2º no grupo. O adversário seria novamente o Bangu, que no 2º turno conseguiu uma incrível arrancada para escapar do rebaixamento após perder todas as partidas na taça Guanabara. O time venceu o jogo por 4 a 2, com 3 gols de Loco Abreu, que ainda perdeu um pênalti na partida. Na final o glorioso pegaria novamente o Vasco e novamente venceria por 3 a 1 (curiosamente o mesmo placar para o qual o vasco perdeu para o Fluminense na final da Taça Guanabara), com 2 gols de Loco Abreu e um de Maicosuel. Carlos Alberto descontou para o cruzmaltino. O jogo ainda ficou marcado por uma peculiaridade no lance do 1º gol. Enquanto Maicosuel puxava um contra ataque alvinegro, a zaga do Vasco cortou o lance jogando a bola para a lateral. Porém a bola foi reposta rapidamente pela gandula Fernanda Maia, lançando a bola para que o mesmo Maicosuel cobrasse para o lateral Márcio Azevedo cruzasse para que Loco Abreu empurrasse para o gol. Devido ao lance, Fernanda caiu nas graças da torcida alvinegra, que creditou parte do mtítulo a ela.
Na Copa do Brasil, a equipe passou pelo Treze - PB (1 a 1 em ambos jogos, com o alvinegro vencendo nos penaltis por 3 a 2), e pelo Guarani (2 a 1 e 0 a 0), pegando o Vitória nas oitavas de final. No 1º jogo, mesmo jogando desfalcada, o time jogou bem, arrancando um empate em 1 a 1 no Estádio Barradão, tendo vantagem no 2º jogo de um empate sem gols para se classificar. Em meio à Copa, o alvinegro jogou o 1º jogo da final do Cariocão contra o Fluminense. A equipe saiu na frente no 1º tempo, contudo, sem apresentar o bom futebol de semanas antes, deixou o Tricolor virar para 4 a 1, quebrando a invencibilidade da equipe na temporada. Após isso a equipe seria eliminada da Copa do Brasil pelo rubro negro baiano, onde ainda chegou a abrir o placar, mas permitiu a virada em casa, caindo nas oitavas de final pela 2ª vez seguida. Começando o Brasileirão mais uma vez desacreditado, alternando entre bons e maus resultados, a equipe faria uma bela jogada de marketing ao contratar o meia holandês Clarence Seedorf, que jogava no Milan, para reforçar a equipe na disputa do brasileirão 2012. tal contratação foi muito comentada em toda imprensa, nacional e internacional.
Para apesentar o holandês, a equipe fez uma festa no Engenhão antes de uma partida contra o Bahia, válido pelo Brasileirão, jogo esse vencido pelo alvinegro por 3 a 0. No dia antes da apresentação oficial, o jogador havia sido recebido com festa por mais de 1000 torcedores no Aeroporto Internacional do Galeão. Sua estreia, no entanto, foi ruim, a equipe foi derrotada pelo Grêmio por 1 a 0 no Engenhão. Seu primeiro gol com a camisa do alvinegro foi marcado contra o Atlético-GO, de falta, em sua quarta partida pelo glorioso. Apesar disso, sua primeira grande atuação com a camisa do glorioso foi contra o Cruzeiro, fora de casa, ao marcar 2 gols em menos de 2 minutos, além de dar passe para outro gol. O jogo foi vencido pelo alvinegro por 3 a 1. O Holandês repetiria o feito contra o Corinthians, todavia, a equipe acabaria empatando o jogo em 2 a 2.
Em 2017 o Botafogo disputará a Copa Libertadores da América sendo seu primeiro jogo frente ao Colo Colo do Chile.
O TIME DA ESTRELA SOLITARIA

1 comentario:

  1. Belíssimo trabalho o desta resenha sobre o glorioso Botafogo de Futebol e Regatas. Minucioso, detalhado, criterioso, só pode receber elogios e a parabenização por tanta qualidade. Fraterno abraço.

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