Fluminense
Football Club é uma agremiação poliesportiva e cultural sediada na
cidade do Rio de Janeiro, no Brasil, fundada em 21 de julho de 1902. É uma sociedade civil de caráter desportivo que tem como principal
atividade o futebol.
Nome Fluminense
Football Club
Alcunhas: Tricolor Flu Fluzão Nense Tricolor das Laranjeiras Máquina Tricolor (1970–1986) Time de Guerreiros (2009–atualidade) Pó de Arroz (1914–atualidade)
Torcedor/Adepto Tricolor
Mascote Cartola
e Guerreiro
Capacidade 8 000 pessoas
Capacidade (mando) 78 838 pessoas
Patrocinador Frescatto Company Voxx
Suplementos
O Fluminense inclui entre suas principais atividades esportivas desde o Polo
aquático, onde detém muitos títulos e feitos relevantes, ao Showbol, além de ser um dos clubes que mais revelam talentos para o futebol, sendo vitorioso em suas categorias de base tanto em competições
nacionais quanto em torneios internacionais.
No quadro ao lado, há uma grade representativa dos atuais departamentos
abrangidos pelo Fluminense, vários dos quais com textos próprios no item Esportes Olímpicos, disponível neste
artigo e também na própria grade.
O Fluminense já praticou, ao longo de sua história, os seguintes
esportes: atletismo, basquetebol, esgrima, hóquei, futebol, futebol de mesa,
ginástica olímpica, ginástica rítmica desportiva, handebol, levantamento de
peso, nado sincronizado, natação, patinação, patinação artística, saltos,
showbol, taekwondo, tênis, tênis de mesa, tiro, voleibol, polo aquático e
xadrez, além de ter sido representado em autobol, beach soccer, body boarding,
futebol americano de praia e futevôlei.[3]
HISTORIA DO FLUMINENSE
Quando
Oscar
Alfredo Cox fundou
o Fluminense Football Club em 21 de julho de 1902, em uma casa localizada no
número 51 da Rua Marquês de Abrantes, no Flamengo,
não poderia imaginar que um clube marcado pela aristocracia logo cairia no
gosto popular. Desde os seus primórdios, o Tricolor teve, entre seus sócios e frequentadores,
representantes das famílias mais tradicionais do Rio de Janeiro. Há várias
décadas, o clube se mantém entre as 12 maiores torcidas de um país com tamanho
continental. A sua sede em estilo neoclássico, situada no bairro de Laranjeiras, é famosa.
OSCAR COX FUNDADOR DO FLUMINENSE
O
Fluminense foi a primeira associação fundada para a prática do futebol que
prosperou no Estado do Rio de Janeiro, sendo também o decano dos grandes clubes brasileiros, inspirando a
criação de vários clubes de futebol com o seu nome, no Brasil e no exterior.[4] Tem atualmente em sua camisa as
cores encarnado, branco e verde. As cores originais do time eram o branco e o
cinza, esse padrão inicial durou apenas alguns anos, como será explicado a
seguir.
Em
15 de julho de 1904, após leitura de carta de Oscar Cox e Mário
Rocha, enviada da Inglaterra, na Assembleia Geral Extraordinária, o Fluminense
trocou a camisa anterior, de cor cinza e branco, pela tricolor, devido à
impossibilidade de conseguir tecido na cor cinza, porque ele existia em pouca
quantidade no mercado. Então foram sugeridas as cores encarnado, branco e
verde, a indicação foi posta em votação e aceita de imediato.
Apesar
dos inúmeros serviços prestados ao esporte e à cultura, foram as grandes
conquistas nos gramados que alçaram o Fluminense à lista de um dos clubes mais
populares do Brasil. Quando o futebol ainda engatinhava no país, o clube
consolidou sua condição de elite esportiva com o tetracampeonato em 1906-1909,
alcançando o tri em 1917-1919, época em que o futebol do eixo Rio-São Paulo
começava a atrair públicos relevantes.
O
Fluminense se desprendeu da condição de ser um clube apenas da elite a partir
da primeira metade da década de 1920, quando o futebol brasileiro finalmente
penetrou na cultura das camadas mais populares, tendo sido o principal baluarte
pela profissionalização do futebol brasileiro em 1933, deixando de restringir o
futebol aos associados ou aos falsos amadores de alguns clubes, que praticavam
o chamado "profissionalismo marrom".[5] [6] [7]
Ainda
na década de 1920, o Fluminense foi considerado entidade de utilidade pública
federal pelo Decreto 5 044, de 28 de outubro de 1926, conforme publicado no Diário
Oficial da União de
10 de novembro de 1926, tendo conquistado a sua primeira taça internacional em
1928, a Taça Vulcain.
Destaca-se,
entre as glórias tricolores, a conquista da Taça Olímpica, honraria atribuída
pelo Comitê Olímpico Internacional ao Fluminense em 1949, por ser o clube um
modelo de organização desportiva para todo o mundo. Somente o Fluminense, como
clube polidesportivo, possui esse título, o que o torna único no cenário
esportivo mundial neste quesito, dividindo esta honraria com países, federações
esportivas e comitês olímpicos, entre outros.
Em
1952, quando a população ainda lamentava a perda da Copa do Mundo de 1950, o Fluminense elevou a autoestima do povo carioca, conquistando no Maracanã, de forma invicta, a Copa Rio de 1952, embrião da atual Copa do Mundo de Clubes da FIFA.
Com
Castilho, Píndaro, Bigode, Telê e vários outros, tendo o exponencial Zezé
Moreira no comando, o Tricolor passou por Sporting, Grasshopper, Peñarol, Áustria Viena e, ao vencer o Corinthians,
conquistou essa importante taça para o Brasil.
Por
ter sido o clube que mais conquistou títulos estaduais no Rio de Janeiro no século XX, o Fluminense ostenta
o título honorífico de Campeão Carioca do século XX.
Em
2005, o Tricolor se tornou o primeiro clube do eixo RJ-SP a conquistar 30
títulos estaduais, sem levar em consideração o título carioca extra de 1941. Entre suas maiores glórias no
futebol estão a Copa
Rio de 1952, as 4 conquistas nacionais em 1970, 1984, 2010 e 2012,[8] além da Copa do Brasil de 2007 e dos Torneios
Rio-São Paulo de 1957 e de 1960, quando
estes eram os campeonatos mais competitivos do Brasil.
O Fluminense é o quinto clube que mais jogadores cedeu à Seleção Brasileira de Futebol em Copas do Mundo, com
trinta e uma convocações, tendo tido um total de 91 jogadores apenas
considerando-se os que atuaram em jogos oficiais da Seleção Brasileira
principal, ou 96, considerando os que atuaram em jogos contra clubes,
combinados ou seleções regionais, isso sem mencionar a destacada contribuição
tricolor para as seleções olímpicas (23 jogadores cedidos) ou pan-americanas
(25 jogadores cedidos), números estes que não incluem outros jogadores que tenham
participado de amistosos, torneios preparatórios ou competições seletivas por
essas seleções.[9] Três deles foram eleitos por 250 jornalistas de todo o mundo reunidos
durante a Copa do Mundo de 1998 para a Seleção de Futebol da América
do Sul do Século XX: Carlos Alberto Torres, Didi e Roberto Rivellino.[10] [11]
Foi o seu Estádio das Laranjeiras a primeira sede da seleção nacional, onde ela permaneceu invicta em 18
jogos disputados entre 1914 e 1932, e onde conquistou os seus dois primeiros títulos relevantes, as
edições da Copa
América de 1919 e 1922.[12]
Também no primeiro título internacional relevante conquistado pela
Seleção Brasileira no exterior, o Campeonato Pan-Americano de 1952 disputado no Chile, apenas dois anos após a traumática perda da Copa do Mundo de 1950, o
Fluminense contribuiu com o seu técnico Zezé Moreira e com os
jogadores Castilho, Pinheiro e Didi, titulares nas cinco partidas disputadas pela seleção canarinho, além
de Bigode, no mesmo ano em que o Flu
conquistaria a Copa Rio, tendo sido ainda representado por seus atletas em
quatorze Copas do Mundo, fora os atletas e treinadores formados no Fluminense
que serviram a Seleção após terem saído do Tricolor, entre os quais se destacam
nomes como Telê
Santana e Carlos Alberto Parreira, sem
contar João Havelange,
torcedor, ex-atleta e presidente de honra do Fluminense, que presidiria ainda a
CBD e a FIFA.
Até o final da temporada de 2015, o time principal contava com um retrospecto histórico de 2.830
vitórias, 1.268 empates e 1.390 derrotas, tendo feito 10.935 gols e sofrido
6.758, em 5.493 jogos.[13] O Fluminense disputou um total de 390 partidas contra clubes, seleções
ou combinados estrangeiros, com 207 vitórias, 88 empates, 95 derrotas, 804 gols
pró e 504 gols contra,[14] tendo jogado em 51 países diferentes de todos os continentes, exceto a Oceania, e sido vice-campeão da Copa Libertadores da América em 2008 e da Copa Sul-Americana em 2009.[15]
A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro aprovou em 12
de maio de 2007 o Decreto Oficial que cria o Dia
do Fluminense e dos Tricolores, que é comemorado no dia 21
de julho, data de aniversário do clube. No âmbito estadual o Dia do Fluminense
é comemorado em 12 de novembro, de
acordo com a Lei nº 5094 de 27
de setembro de 2007.[16]
Corria
o ano de 1901 e o jovem Oscar Alfredo Cox voltava da Suíça, onde estudou e aprendeu a gostar de futebol.
Na chegada ao Brasil foi o principal responsável pela implantação do esporte no
país. Em 1º de agosto de 1901, o primeiro time formado por Oscar Cox e seus
companheiros partiu para Niterói para enfrentar uma equipe formada por
ingleses. Sua principal realização, porém, aconteceu na data de 21 de julho de 1902, quando, junto com mais vinte integrantes,
fundou o Fluminense Football Club, em uma reunião na Rua Marquês de Abrantes,
51 – então residência de Horácio da Costa Santos.
O
nome Fluminense surgiu naturalmente, sem maiores debates, apesar de a ideia
inicial ter recaído sobre Rio Football Club. Acabou prevalecendo Fluminense,
derivado do latim flūmen, que significa "rio". O
termo também é usado para se referir aos nativos do Estado do Rio de Janeiro (Flūmen Januarii, em
latim).
Graças
ao pioneirismo e espírito empreendedor de Oscar Cox, que implantou, difundiu e
popularizou o futebol fundando o Fluminense, um dos primeiros clubes de futebol
no Brasil, o esporte bretão se tornou uma paixão entre os brasileiros. Desde
esta época, o Fluminense já cumpria o seu papel de protagonista no futebol
brasileiro, promovendo o esporte com iniciativas pioneiras, como a promoção de
partidas beneficentes.
O
primeiro jogo do Fluminense foi disputado em 19 de outubro de 1902, contra o
Rio Football Club, no campo do Payssandu, a primeira goleada: Flu 8 a 0. Em 6
de setembro de 1903, aconteceu a estreia em jogos interestaduais, com três
jogos no campo do Velódromo, em São Paulo. O escrete carioca somou um empate e duas vitórias.
O
público, sempre crescente, manifestava seu entusiasmo pelo futebol, o que
contribuiu para o surgimento de novos clubes, fazendo, inclusive, com que em 1910 tivessem início os confrontos entre os
combinados carioca e paulista. Anos mais tarde, graças à fidalguia e ao
pioneirismo Tricolor, foi convocada a primeira Seleção Brasileira.
Oscar Cox, Mário Frias e C. Robinson
assinavam os cartões de convocação aos interessados na reunião do dia 30 de
novembro de 1901, que trataria da fundação do Rio Football Club, aquele que seria o primeiro clube
da cidade exclusivo para a prática do esporte trazido da Inglaterra. Mas a
ideia fracassou.
No
ano seguinte, após um confronto entre os combinados do Rio e de São Paulo, na
capital paulista, em que Oscar Cox deixou fora da equipe um inglês do Paissandu Atlético Clube, o barrado Mr. Makintosh, ao lado do brasileiro João Ferreira,
apropriou-se do nome Rio FC e fundou o clube no dia 12 de julho.
Por
isso, a convocação de Cox desta vez foi mais incisiva. O bilhete postal enviado
por Álvaro Costa trazia o seguinte texto: "Fluminense Foot-Ball Club. Segunda-feira, 21 do corrente, às 8
1/2 horas da noite, haverá uma reunião na Rua Marquês de Abrantes nº 51, a fim
de tratar-se da fundação deste club. Assinado: A Comissão".
Os
20 participantes foram considerados sócios fundadores, "sem direito a
regalias" e aclamaram Oscar Cox presidente. Assinaram a lista de presença,
nesta ordem: Horácio Costa Santos (dono da casa), Mário Rocha, Walter Schuback,
Félix Frias, Mário Frias, Heráclito de Vasconcellos, Oscar A. Cox, João Carlos
de Mello, Domingos Moitinho, Louis da Nóbrega Júnior, Arthur Gibbons, Virgílio
Leite, Manoel Rios, Américo da Silva Couto, Eurico de Moraes, Victor
Etchegaray, A. C. Mascarenhas, Álvaro Drolhe da Costa, Júlio de Moraes e A. H.
Roberts. A missão passara a ser achar um campo.
FLUMINENSE - SÉCULO XX
O
Fluminense Football Club foi fundado na casa de Horácio da Costa Santos, na Rua
Marquês de Abrantes, número 51, bairro do Flamengo no Rio
de Janeiro. A
sessão de fundação, realizada em 21 de julho de 1902, foi presidida por Manoel
Rios e secretariada por Oscar Cox e Américo Couto. Oscar Cox foi escolhido o
primeiro presidente do clube a partir da proposta de João Carlos
de Mello e Virgílio Leite. Dessa maneira, Manoel Rios tornou-se secretário da
entidade. Em 17 de outubro deste mesmo ano o clube já estava instalado em
Laranjeiras, bairro nobre do Rio de Janeiro.
O
Fluminense foi o primeiro clube a ser criado no futebol carioca, sendo o mais antigo entre os grandes
clubes brasileiros, considerando a prática do futebol. Inicialmente, o time de
futebol utilizava uniforme nas cores branco e cinza.
Todos
os seus fundadores eram cariocas, mas nos primeiros anos, entre os seus sócios,
havia vários estrangeiros, em sua maioria britânicos e alemães.
Em
15 de julho de 1904, após Assembleia Geral Extraordinária, o Fluminense trocou
a camisa anterior pela tricolor. Passou a adotar as três cores presentes no
hino composto por Lamartine
Babo: verde, branco
e encarnado, que passaram a ser as cores do clube. A primeira camisa tricolor
do Fluminense foi criada em 1905,[1] com o Flu tendo disputado a
primeira partida com a sua tradicional camisa em 7 de maio de 1905, em um amistoso no qual
venceu o Rio Cricket por 7 a 1.[2]
O Fluminense Football Club obteve sua primeira sede no dia 17 de outubro
de 1902. A instalação inicial do clube tinha como endereço a Rua Guanabara, a
atual Pinheiro Machado, esquina com a Rua do Roso, a atual Coelho Netto, no
bairro carioca de Laranjeiras. O Fluminense alugava o terreno do Banco da
República por cem mil réis. Porém a primeira opção dos fundadores do Fluminense
era um terreno na Rua Dona Mariana, mas a proposta foi recusada pelo
proprietário.
Só um ano mais tarde o terreno foi nivelado. Na época, a máquina
niveladora e a de cortar grama eram puxadas por um burro. Para preservar o
trabalho já feito, o animal era sempre calçado com luvas de veludo nas quatro
patas. "Faísca" ficou então famoso e conhecido como o "burro
mais elegante do Rio de Janeiro".
Mais tarde, o terreno foi comprado por Eduardo Guinle e
imediatamente começaram as obras para a construção da sede. Antes ela era uma
pequena casa branca que servia de moradia para o vigia. Após a instalação de
água e banheiro, o Flu já pagava o dobro do aluguel.
Em 14 de agosto de 1904, foi realizado o primeiro jogo interestadual no
campo da Rua Guanabara, contra o Paulistano. Este foi o jogo inaugural da nova praça
de esportes no Rio de Janeiro e a diretoria do Fluminense mandou construir uma
pequena arquibancada de madeira para acomodar o público, cobrando os primeiros
ingressos para um jogo de futebol. Além dos sócios do Fluminense e convidados
presentes, foram 806 cartões passados pelos sócios e 190 entradas vendidas a
não-sócios na bilheteria, com o ingresso custando 2$000 e uma renda apurada de
1:992$000.
Em 1905, Eduardo Guinle construiu, por sua conta, a primeira
arquibancada em campos de futebol do Rio de Janeiro. Concluído este
melhoramento, o aluguel triplicou novamente. Neste mesmo ano, mediante
empréstimo feito entre os sócios, foi demolida a primeira sede e construída a
segunda.
A inauguração da terceira sede, em 27 de julho de 1915, foi muito comemorada,
culminando com um baile no rinque de patinação, quando foi entoado o primeiro
hino do Fluminense, de autoria de Paulo Coelho Netto.
Ainda em 1915, o presidente Cunha Freire construiu arquibancada
privativa para os sócios e suas famílias. O plano de expansão foi completado
com a construção de um novo rink, aquisição de mobiliários, instalação
elétrica, aumento das arquibancadas e construção das gerais.
Em 1918, começam as reformas que vão dar origem à quarta sede do
Fluminense. As obras terminaram em 1920, sob a presidência de Arnaldo Guinle,
que contratou o arquiteto catalão Hipòlit Gustau Pujol Jr. (Hipólito Gustavo Pujol Júnior) para projetar
as dependências. Com vitrais franceses e lustres de cristal, o Salão Nobre se
tornou palco de muitos shows,
bailes, desfiles, óperas e balé. Ainda hoje, é muito utilizado para festas,
reuniões e gravação de filmes e minisséries, como "Anos Dourados",
"Dona Flor e seus dois maridos", "Villa-Lobos - Uma Vida de Paixão", telenovelas e comerciais. A sede é própria e, hoje, é tombada
pelo patrimônio histórico.
Em 1961, a pedido da prefeitura e do Governo Estadual, parte de seu
terreno foi desapropriado pela extinta Superintendência de Urbanização e
Saneamento para ampliação da rua Pinheiro Machado - uma
área de 1 084 metros quadrados -, que culminou com a demolição de uma parte da
arquibancada. O governo indenizou o clube pela perda de seu patrimônio e o Flu
prestava novamente à cidade um serviço relevante, mesmo tendo um enorme
prejuízo esportivo.
SEDE E CAMPO DO FLUMINENSE EM 1905
1902–1911: pioneirismo
Após
introduzir o futebol no Rio de Janeiro de forma organizada, Oscar Cox[3] e mais dezenove entusiastas
fundaram o Fluminense Football Club em 21 de julho de 1902. A primeira partida oficial realizou-se no
campo do Paysandu Cricket Club, quando o Fluminense venceu o Rio Football Club por 8 a 0 em 19 de outubro de 1902.
Em
setembro de 1903, o Fluminense fez a sua estreia em jogos interestaduais,
disputando três jogos na capital
paulista. Após
enfrentar quatorze horas de viagem, dirigiu-se à campo para enfrentar o Sport Club Internacional (São Paulo), empatando de 0 a 0 no dia 6. Já descansado,
no dia 8 daquele mês, derrotou o Club Athletico Paulistano por 2 a 1 no dia 7 e o São
Paulo Athletic por
3 a 0.
No
fim deste mesmo ano o Fluminense começou os esforços para fundar a Liga
Carioca, o que se concretizou no dia 8 de junho de 1905.
O
Fluminense promoveu a visita do Club Athletico Paulistano em julho de 1905,
tendo disputado duas partidas, nos dias 14 e 16, vencendo o primeiro jogo por 2
a 0 e perdendo o segundo por 3 a 2, com cerca de 2.500 pessoas assistindo cada
partida, contando inclusive com a presença do Presidente da República, Rodrigues Alves. Presidentes da República durante
décadas compareceriam aos grandes eventos no Fluminense e alguns deles foram
associados deste clube.
Em
22 de
outubro de 1905,
aconteceu a primeira partida entre Fluminense e Botafogo Football Club, data esta que marca o clássico de futebol
mais antigo do Brasil, o Clássico
Vovô. Nesta
ocasião, o Fluminense venceu por 6 a 0.[4]
A
primeira partida da história do Campeonato Carioca deu-se no dia 3 de maio de 1906, quando o Fluminense derrotou o Payssandu por
7 a 1 em Laranjeiras, perante cerca de mil torcedores elegantemente trajados,
seguindo o padrão desta época.
Entre
1906 e 1911, o Fluminense dominou amplamente o futebol carioca, vencendo 5 dos
6 primeiros campeonatos. Nestes seis primeiros campeonatos, o Fluminense obteve
43 vitórias, 5 empates e apenas 4 derrotas, com 217 gols pró e 49 contra. Em
1907, quando terminou o campeonato empatado em pontos com o Botafogo,
tinha o melhor saldo de gols no campeonato e no confronto direto, tendo sido
ainda campeão invicto em 1908, 1909 e 1911, neste último sem perder nenhum ponto.
Em
1911, Edwin Cox, um de seus principais jogadores, e seu cunhado, o alemão Bruno Schuback, deixaram o clube para defender
o Grêmio, para
onde levaram também elevados conceitos de organização, implantando algumas
modificações no clube gaúcho. No final deste ano, mais nove de
seus titulares saíram do clube após grave cisão, indo fundar o departamento de
futebol do Flamengo.[5]
Neste
ano o Fluminense, torna-se o primeiro clube do Brasil, a contratar um técnico profissional por longo
prazo, o inglês Charles Williams, recrutado em Londres, tendo sido Charles o técnico da Seleção Dinamarquesa de Futebol que conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Verão de 1908, nessa época a competição de futebol mais
importante do mundo. Em 1907, o escocês Jock Hamilton havia sido contratado pelo
Paulistano para treinar os seus times por apenas 3 meses, após o que retornou
ao seu Fulham FC.
Em
1911, após a conquista do Campeonato Carioca, surgiu uma crise interna no
Fluminense. A cisão, liderada por Alberto Borgerth, levou nove jogadores tricolores a
criar uma seção de futebol no Clube de Regatas Flamengo, que não tinha em mente
outro esporte que não fosse o remo.
Nos arquivos do clube estão registrados os seguintes fatos: tendo sido
abertas duas vagas no Ground Committeé
- comissão que avaliava a escalação da equipe que entraria em campo, em julho,
com as demissões de Ernesto Paranhos e Haroldo Cox, ficou resolvido que Oswaldo
Gomes e Alair Antunes seriam os candidatos.
Oswaldo Gomes já era, por escolha da diretoria, da qual Alberto Borgerth
fazia parte, sub-capitão do 1º quadro, o que lhe tornava natural candidato a
uma das vagas e mesmo, para capitão. Entretanto, Oswaldo Gomes preferiu
candidatar-se ao Ground Committeé,
porque Borgerth era o indicado para capitão.
No dia da reunião, surgiu um candidato da oposição - Joaquim Guimarães -
e a votação terminou empatada: 15 votos para Oswaldo Gomes e 15 para Joaquim
Guimarães. O presidente da Assembleia sugeriu, então, o critério de considerar
eleito o candidato de mais idade e submeteu o seu ponto de vista à ratificação
ou rejeição dos sócios presentes. Por 17 votos contra, a Assembleia aprovou a
sugestão do presidente.
Oswaldo Gomes estava eleito, de acordo com a maioria, mas não aceitou
por entender que a questão deveria ser resolvida em outra Assembleia. Em 7 de
agosto, em carta enviada à diretoria, Gomes entregou o cargo de sub capitão.
Nas vésperas do jogo contra o Rio Cricket, o comitê se reuniu e escalou
uma equipe. Borgerth, porém, sugeriu, com apoio da maioria, que os jogadores
fossem consultados. Afonso de Castro, voto vencido, bateu-se contra a sugestão,
ponderando que isso constituía mau precedente, pois iria transferir aos
jogadores as atribuições do Ground
Committeé.
Com exceção de Oswaldo Gomes e James Calvert, os demais jogadores se
pronunciaram pela substituição de Oswaldo por Arnaldo Guimarães e Paranhos por
Borgerth, mas o comitê manteve a escalação anterior, contra o voto de Borgerth
que estava de acordo com a maioria dos jogadores. O quadro escolhido pelo
comitê foi a campo e venceu por 5 a 0.
No dia 3 de outubro, entretanto, Borgerth, Othon Baena, Píndaro de
Carvalho Rodrigues, Emmanuel Nery, Ernesto Amarante, Armando de Almeida (Galo),
Orlando Mattos, Gustavo de Carvalho e Lawrence Andrews solicitaram desligamento
do Flu.
De acordo com depoimentos, alguns rebelados tricolores, inclusive
Borgerth, sugeriram uma simples adesão ao Botafogo, hipótese imediatamente
afastada, pois o alvinegro, na época, era o inimigo número um, pois tinha se
sagrado campeão carioca de 1910 e deveria ser o adversário a ser derrotado.
Antes do Flamengo, alguns aventaram a possibilidade de irem para o
Paysandu, que só possuía dois bons jogadores, mas por ser um clube
exclusivamente de ingleses, a hipótese foi vetada. "Vamos para o
Flamengo", concluiu Borgerth.
A cisão ocorrida em 1911 dentro do Fluminense teve como um de seus
pivôs, Borgerth. Somente a saída dos nove jogadores titulares do Flu para
fundarem a seção terrestre do CRF não era suficiente.
Naquela época para que um clube de futebol vingar teria que fazer parte
obrigatoriamente da Liga Metropolitana de Sports Athléticos e, para que isso
ocorresse, dois obstáculos deveriam ser vencidos: o CRF teria que ter um campo
de jogo e ainda deveria ser alterado o regulamento da Liga, que exigia para a
disputa de qualquer campeonato pelo menos um ano no mínimo de filiação.
Em relato feito pelo próprio Borgerth, no Boletim do Fluminense de junho
de 1952, ele cita que o primeiro obstáculo foi vencido quando o Fluminense
arrendou por quantia irrisória seu campo ao CRF e o segundo foi conseguido com
a grande influência de Mario Pollo na Liga, que conseguiu a alteração do
regulamento, permitindo o Fla já disputar o Campeonato de 1912, vencido na
versão da Liga pelo Paysandu e pelo Botafogo na Associação de Football do Rio
de Janeiro.
Desta forma ocorreu a transferência definitiva de nove jogadores
titulares tricolores - do time campeão de 1911 - para o rubro-negro. No
primeiro Fla-Flu da história, que depois viria a se tornar o clássico mais
tradicional do futebol brasileiro foi disputado no dia 7 de julho de 1912, nas
Laranjeiras. De um lado, com a nova camisa do Flamengo, o time dias antes
Campeão Carioca. Do outro, os reservas do Fluminense transformados em titulares
com as exceções de Oswaldo Gomes e James Calvert, que já eram titulares
anteriormente. O resultado não poderia ser diferente. A alegria e o delírio
explodiram nas Laranjeiras com a comprovação em campo da supremacia de nosso
clube: Fluminense 3 a 2 Flamengo. A vingança tricolor havia se concretizado e
solidificava-se o mito de clube vencedor.
CAMISA USADA E BONÉ- FLUMINENSE 1914
1912–1924: tricampeonato e demonstrações de
patriotismo
Enfraquecido, o Fluminense ainda encontrou forças para vencer o primeiro
Fla-Flu por 3 a 2,[6] [7] mas já não tinha mais o forte elenco do período anterior, só voltando a
conquistar um título expressivo em 1917.
No ano de 1914, o America, campeão carioca de 1913, sofreu uma crise semelhante à do Fluminense em 1911, pois setenta ex-americanos, entre jogadores e sócios, resolveram
abandonar o clube, e escolheram o Fluminense como o clube a ser adotado. Neste
mesmo ano, a Seleção Brasileira faz o
primeiro jogo de sua história, no campo do Fluminense, derrotando o Exeter City, da Inglaterra por 2 a 0, com o tricolor Oswaldo
Gomes fazendo o primeiro gol da história da Seleção, com cerca de 10 000
pessoas comparecendo ao campo do Fluminense, com a maioria assistindo ao jogo
de pé.
Ainda em 1914, o Fluminense criou o Departamento de Futebol Infantil,
com 30 meninos oriundos do Sport Club
Curufaity, que antes disto tinham pertencido ao Club Athletico Guanabara, e que
tinham entre 7 e 12 anos. Em 1917 permaneceram apenas 3 garotos do time campeão
Infantil de Primeiros Quadros de 1916, por conta de terem estourado a idade limite, ano em que o Infantil do
Fluminense tinha 110 jogadores em todas os seus quadros.
Campeões de primeiros-quadros em 1916 e do Torneio Início em 1916 e
1917, bicampeões de segundos-quadros em 1916 e 1917, tiveram as atividades
encerradas em 1918, por conta da falta de campo para jogar, já que o Estádio das
Laranjeiras encontrava-se em construção, interditando o antigo Campo da rua
Guanabara, que ficava no mesmo local, embora em posição diferente.
Em 1915, o Fluminense ampliou significativamente a sua sede, incluindo
um aumento da capacidade de suas arquibancadas para 5 000 pessoas. O Clube Atlético Paulistano, cujos
ideais eram iguais aos seus, passou a considerar como sócios-temporários os
sócios do Flu de passagem por São Paulo.
O triênio de 1917 a 1919 foi repleto de acontecimentos significativos.
Em 2 de outubro, a Confederação
Sul-Americana de Futebol indicou o Brasil como sede do Campeonato
Sul-Americano de Seleções de 1918. Como o governo
brasileiro não tinha condições de realizar um evento de tal magnitude, recorreu
ao Fluminense, que contraiu vultoso empréstimo junto ao Banco
do Brasil, além de receber grandes contribuições de seus abastados sócios e de
seus torcedores.
Em função da epidemia de Gripe
Espanhola em vários países da América
do Sul, este campeonato acabou sendo transferido para o ano de 1919.
Finalmente, no dia 11 de maio deste ano, o Estádio das Laranjeiras,[8] com capacidade prevista para 18.000 espectadores era inaugurado na
vitória da Seleção do Brasil sobre a do Chile por 6 a 0, e logo no
primeiro jogo a lotação atingiu 25.000 pessoas.
O Fluminense foi tricampeão carioca em 1917, 1918 e 1919 [9] tendo disputado 54 partidas nestes campeonatos, vencendo 44, empatando
5 e perdendo apenas 5, fazendo 178 gols e sofrendo 56, o mesmo número de gols
marcados por seu artilheiro Henry
Welfare neste período.
Segundo o jornalista Tomás
Mazzoni, em seu livro História do
futebol no Brasil, na parte referente ao ano de 1919, por conta das
desavenças entre o Fluminense e o Paulistano, o
primeiro declarado campeão da Taça
Ioduran 1919 por desistência do Paulistano em enfrentar o Fluminense em razão de
divergências entre as ligas carioca e paulista, com o Tricolor vencendo por W.
O., em 27 de agosto,[10] e o segundo que se julgava no direito de ficar com ela por ter sido o
campeão do ano anterior (a posse era transitória), a taça acabou indo para o Museu
do Ipiranga, em São Paulo, como solução de
conciliação.
os Jogos Olímpicos de 1920, o
atleta tricolor Afrânio Antônio da Costa ganhou a
primeira medalha olímpica da história para o Brasil, ao levar a medalha de prata na competição de tiro. Ainda neste dia, Afrânio e o também atleta tricolor, Guilherme Paraense, fizeram
parte da equipe brasileira que conquistou a medalha de bronze por equipes na
modalidade tiro-livre-pistola ou revólver, tendo ainda nesta Olimpíada
Guilherme Paraense conquistado a primeira medalha de ouro para o Brasil.
Ainda em 1920, o Fluminense trouxe para o Brasil o técnico de basquete norte-americano, de Ohio, Fred Brown, de uma Associação Cristã de Moços daquele país, que criou um curso formador de técnicos e implantou bases
para a organização deste esporte no Brasil, tendo sido inclusive o primeiro
técnico da Seleção Brasileira de Basquete e conquistado o primeiro título disputado por esta seleção, os Jogos Olímpicos Latino-Americanos, tendo o Flu contribuído com cinco atletas.
Em 1922, o Fluminense, sem contar com o apoio do governo brasileiro que
prometeu dividir os custos das competições e sem que este tenha cumprido a sua
promessa, promoveu o Campeonato
Sul-Americano de Seleções e os Jogos Olímpicos Latino-Americanos, um dos jogos precursores dos Jogos Pan-Americanos, como os
grandes eventos comemorativos do Centenário da Independência do Brasil. Os
altos custos na adaptação de sua sede se refletiram nos resultados do futebol
durante muitos anos, já que o Flu após ganhar o Campeonato Carioca de 1924 só iria conquistá-lo novamente em 1936.
Entre muitas outras melhorias realizadas no clube em 1922, o Estádio das
Laranjeiras foi ampliado para receber 25.000 espectadores.
O Fluminense se desprendeu da condição de ser um clube apenas da elite a
partir da primeira metade da década de 1920, quando o futebol brasileiro
penetrou na cultura das camadas mais populares da sociedade, tendo sido um dos
baluartes na luta pela profissionalização dos jogadores em 1933, deixando de
restringir a prática do futebol aos associados ou aos falsos amadores de alguns
clubes, que praticavam o chamado "profissionalismo marrom".[11] [12] [13]
Praticado desde a segunda metade da década de 1910, o volei começou a se organizar no Brasil em 1923, pela iniciativa do Fluminense
em promover um torneio reunindo os clubes filiados à Liga Metropolitana de Desportos
Terrestres.[14]
Na campanha vencedora de 1924, o Tricolor obteve 12 vitórias, apenas um empate e uma derrota, fez 54
gols e sofreu 19, e com seu artilheiro Nilo marcando 28 tentos. Neste
ano conquistou também o Torneio Início ao vencer o Fla na final.
PRIMEIRA BANDEIRA DO FLU
1925–1935: as primeiras taças internacionais e o
início da era profissional
Apesar
de não conquistar tantos títulos relevantes no futebol neste período, numa
época em que São Cristóvão
e Bangu despontavam junto com America, Botafogo, Flamengo e Vasco da Gama,
o Fluminense sagrou-se vice-campeão estadual em 1925, 1927 e 1935, além de conquistar o Torneio Início
em 1925 e 1927 e o Torneio Aberto em 1935, manteve-se sempre entre os melhores
nesta época, quando a sua pior colocação foi o quinto lugar em 1934.
No
dia 15 de
julho de 1928, o Fluminense realizou amistoso (vitória
tricolor por 4 a 1) em seu estádio contra o Sporting Club de Portugal. Os fatos relevantes desta partida, é que esta foi a primeira vez que
este grande clube português usou a sua camisa com listras horizontais em verde
e branco, que viria a ser seu uniforme tradicional nos anos seguintes, além do
tricolor ter conquistado com esta vitória a sua primeira taça internacional, a Taça Vulcain (conquistaria a segunda
novamente contra o Sporting, 14 dias depois, agora na vitória por 3 a 2 em jogo
com um pouco menos de público, por conta da chuva), com o Estádio das
Laranjeiras lotado.
O
Flu colocou ainda mais 2.000 cadeiras na pista de atletismo para atender a
enorme demanda de público, que queria assistir ao confronto do Tricolor contra
um grande representante do país que até 106 anos atrás ainda era o colonizador do Brasil, partida esta que teve grandes demonstrações
de patriotismo, que incluíram desfiles de bandas, notadamente as militares, além de homenagens recíprocas
entre os clubes envolvidos.
No
dia 9 de março de 1930, um grave acidente de trem ocorrido quando o
Fluminense retornava de um amistoso contra a Seleção da cidade de Teresópolis (RJ), matou o zagueiro gaúcho Jorge
Tavares Py quando este tentou acionar os freios do vagão em que se
encontrava para tentar minimizar os efeitos do acidente e causando ferimentos
em todos os outros jogadores do Fluminense. Ainda assim, honrando a sua camisa,
o clube levou a termo os seus compromissos naquele ano mesmo tendo um
desempenho apenas satisfatório em seus jogos.
Na Copa do Mundo de 1930, Preguinho, o primeiro capitão da Seleção Brasileira em Copas
do Mundo, marcou também o primeiro gol brasileiro nesta competição.
Em 1933, o Fluminense foi o principal articulador do profissionalismo no futebol brasileiro, o que
redundou em muitas reações fortes, com vários clubes se posicionando contra, o
que ocasionou várias divisões de ligas entre profissionais e amadoras, em
vários estados do Brasil, antes que esta tese vencesse e se implantasse
definitivamente neste país.
No ano de 1935, o Fluminense contratou 11 jogadores da Seleção Paulista que era
bicampeã do Campeonato Brasileiro de
Seleções estaduais, a principal competição de
futebol durante décadas no Brasil. Não satisfeito, durante os anos que se
passaram, juntaram-se aos paulistas outros jogadores de diversas origens e
futebol refinadíssimo, como Brant, Russo, Hércules, Pedro Amorim, Carreiro e o
artilheiro argentino Rongo (que anteriormente
defendera o River Plate),
formando um dos melhores times de sua história.
Neste mesmo ano de 1935 o Fluminense conquistou o Torneio Aberto, competição que tinha este nome, pois além dos times profissionais,
possibilitava a participação de times amadores, ao vencer o America na final
por 3 a 1. Cabe lembrar que nesta época havia duas ligas no futebol do Rio, uma
profissional, liderada pelo Fluminense e outra amadora, liderada pelo Botafogo,
que sagrou-se tetracampeão carioca com 3 títulos conquistados nesta outra liga.
O Torneio Aberto era uma oportunidade de times das duas ligas medirem
forças e uma tentativa dos clubes profissionais atraírem os amadores, o que
acabou acontecendo em 1937, com a pacificação do futebol carioca, o que acabou por interromper o
Torneio Aberto deste ano, quando o Fluminense o liderava.
1936–1949: supremacia
Talvez nunca, o Fluminense tenha tido uma supremacia tão grande sobre os
seus adversários como entre 1936 e 1941,[15] quando com um time repleto de jogadores excepcionais,[16] conquistou cinco campeonatos cariocas, um Torneio Extra, um Torneio Municipal, dois Torneios Início e muito
se destacou nos amistosos interestaduais e no Torneio Rio-São Paulo de 1940,[17] que terminou na liderança, sem que este tenha sido concluído, por
abandono dos clubes paulistas.
Entre 1936 e 1941, o Fluminense obteve 90 vitórias, 21 empates e 21
derrotas (8 em 1939), com 410 gols pró (106 em 1941, recorde na história do Campeonato Carioca) e 187
gols contra (44 em 1939). Em 1939, muitos creditaram a má campanha do time ao fato de ter sido base do Brasil na Copa do Mundo de 1938 e como
não voltou com o título, perdido para a bicampeã Itália, os jogadores do
Fluminense, que formaram a base deste selecionado, mesmo ajudando o Brasil a
conquistar um honroso e inédito terceiro lugar teria voltado muito abalado
emocionalmente, vindo a perder a motivação no ano seguinte também pelo fato de
ser um time com grande número de ítalo-brasileiros, em plena Segunda Guerra Mundial, época
em que imigrantes italianos e seus descendentes, assim como os alemães e
japoneses, sofreram perseguições e discriminação em grande parte do Brasil.
Na campanha da conquista do Torneio Municipal de 1938, o Fluminense em 16 jogos obteve 11 vitórias, 1 empate e 4 derrotas,
com 39 gols pró e 18 contra, sendo campeão na penúltima rodada ao vencer o Bonsucesso por 6 a
0.
Ainda em 1938, o Fluminense criou as Olimpíadas
Tricolores, disputa interna em várias modalidades esportivas que
envolviam atletas e sócios do Tricolor.[18]
No Torneio Extra de 1941, o Fluminense foi campeão ao vencer o São Cristóvão por 2 a
1 no Estádio da Rua Figueira de Melo, na penúltima rodada. Em 9 jogos o Fluminense obteve 8 vitórias e apenas
1 derrota (contra o America, por 2 a 1, na última rodada), com 40 gols pró
(média de 4,4 gols por partida) e 13 contra.
O Fla-Flu da Lagoa, como
ficou conhecido a lendária decisão do Campeonato Carioca de 1941, na qual os jogadores do Fluminense ao final da partida eletrizante
chutavam as bolas para a Lagoa Rodrigo de Freitas, que
antes de ser aterrada, ficava ao lado do Estádio da Gávea, foi
motivo de polêmica recente, pois renomados pesquisadores alegaram que não
conseguiram achar referências a esses casos nos jornais da época, mas além das
muitas testemunhas que garantiram que a pretensa lenda era verdadeira, os fatos
constam publicados em O Globo
Esportivo, edição 171 de 1941, página 5.[19]
O Fluminense formou uma Escola de Instrução Militar em outubro de 1937 que durante os anos de 1940 e 1941 conquistou o primeiro lugar em eficiência e disciplina de todo o então Distrito Federal e
preparou um curso de enfermagem em 1942 para auxiliar os pracinhas da Força Expedicionária Brasileira que mais tarde desembarcariam na Itália, formando 85 enfermeiras, além de doar um avião para a Força Aérea Brasileira,
batizado de Coelho
Netto.[20]
Após esta fase excepcional, o Flu foi vice-campeão carioca em 1943 e 1949, terceiro em 1942 e quarto em 1944 e 1945. No ano de 1943 foi campeão do Torneio Início, ao bater o Madureira na
final.
Em 1946, conquistou o Campeonato Carioca após, ao final do torneio, quatro
equipes terem terminado empatadas, sendo necessária uma fase final chamada de Supercampeonato para definir o
título. Curiosamente o time tricolor não empatou uma vez sequer na fase inicial
deste campeonato, obtendo 13 vitórias e 5 derrotas, com 74 gols pró e 36
contra. No Supercampeonato,[21] obteve 5 vitórias e 1 empate, 23 gols a favor e 9 contra.
A grande estrela deste campeonato foi o grande artilheiro Ademir Menezes e o jogo
final foi contra o Botafogo, com o Fluminense vencendo por 1 a 0 perante cerca
de 35.000 espectadores presentes (27.094 pagantes) no Estádio São Januário, com gol
de Ademir, tricolor desde a infância, em Recife, que ao terminar a carreira ainda bradava a sua paixão tricolor pelos
microfones da Rádio Nacional.
A segunda conquista tricolor do Torneio Municipal aconteceu em 1948, sendo necessários 3 jogos extras para definir o campeão. Na primeira
partida o Fluminense venceu o Vasco por 4 a 0 no Estádio de General Severiano, perdeu a segunda na Gávea por 2 a 1 e ganhou a
partida desempate por 1 a 0, com gol de Orlando Pingo de Ouro, de
bicicleta, de novo em Gal. Severiano. Em 13 jogos o Flu obteve 8 vitórias, 4
empates e apenas 1 derrota, com 31 gols a favor e 14 contra.
O Fluminense conquistou também neste período três Torneios Início, em (1940, 1941 e 1943).
A HISTORIA DO FLUMINENSE
A Taça Olímpica
Taça Olímpica: 1949 ("Prêmio
Nobel" do esporte).
A Taça Olímpica[22] é o mais alto e cobiçado troféu do desporto mundial. Também chamada de
"Taça de Honra", tem como finalidade reconhecer anualmente, aquele
que, no juízo do Comitê Olímpico Internacional, mais fez em prol do olimpismo e do esporte. Este reconhecimento é
considerado o Prêmio
Nobel dos Esportes. A concessão do título é feita pelo COI após rigoroso e detalhado exame
dos dossiês apresentados pelos candidatos.
Para receber a honraria, o pleiteador deve ser exemplo de organização
administrativa e um vitorioso nos setores esportivos, sociais, artísticos e
cívicos. Um complexo de perfeição durante um ano inteiro, e escolhido como o
melhor dentre os demais clubes, instituições esportivas e mesmo países do
mundo, através de suas federações. O Fluminense Football Club é o único
clube de futebol no mundo e única instituição brasileira que já recebeu a Taça
Olímpica.
A Taça Olímpica (Coupe Olympique) foi instituída em 1906 pelo Barão Pierre de Coubertin, o
criador dos Jogos Olímpicos da era
moderna e foi atribuída pela primeira vez, ainda em 1906, ao Touring
Club da França.
O caminho até a Taça Olímpica
O Fluminense Football Club, já em 1924, conhecedor das condições exigidas aos candidatos, enviou ao COI farta
documentação, inclusive sobre a realização dos Jogos Olímpicos Latino-Americanos de 1922, um dos eventos que foram precursores dos Jogos Olímpicos Pan-Americanos e que aconteceram em suas novas instalações especialmente ampliadas
para esse fim, na gestão do presidente Arnaldo Guinle (hoje patrono do clube).
O Comitê encontrava-se reunido em Paris, quando o Ministro Paulo do Rio Branco, representante do Brasil na reunião, comunicou a candidatura do Fluminense à obtenção da Taça no
período 1926/1927, em reconhecimento à excelente organização dos Jogos de 1922. Apesar do
apoio do próprio barão Pierre de Coubertin, o
tricolor não foi feliz.
Novamente em 1936, o clube voltou a pleitear inscrição e novo dossiê foi enviado ao COI,
desta vez reunido em Berlim, sede da XI Olimpíada, mas o cobiçado troféu foi outorgado a outra
agremiação. Com a guerra que se estendeu por todos os continentes, o Fluminense
interrompeu o trabalho iniciado em 1924.
Em 1948, por ocasião dos XIV Jogos Olímpicos de Londres, nova inscrição foi solicitada. O Fluminense competia com a famosa
instituição inglesa "The Central Council of Physical Recreation
London", porém nosso delegado retirou a candidatura tricolor a fim de que,
unanimemente, fosse concedido o prêmio aos anfitriões da Olimpíada, mas renovou
a proposta do tricolor para o ano seguinte.
Finalmente, a 28
de abril de 1949 chegava a notícia da decisão tomada pelo Comitê Olímpico Internacional reunido em Roma: o Fluminense Football Club conquistara a Taça Olímpica de 1949, dando ao Brasil a
sua mais consagradora vitória nos desportos mundiais. Na ocasião da entrega
feita pelo COI, Jules
Rimet disse: "O Fluminense é a organização esportiva mais perfeita do
mundo."
O Fluminense é o único clube da América
Latina a ter seu nome inscrito na Taça Olímpica até hoje. O Museu Olímpico em Lausanne (Suíça), onde a taça original se encontra em exposição permanente foi
construído as margens do Lago
de Genebra, por dois arquitetos - o mexicano Pedro Ramírez Vázquez e o
francês Jean-Pierre Cohen.
1950–1960: início da Era Maracanã e a Copa Rio 1952
Em 1950, o Fluminense fez um péssimo Campeonato Carioca, embora tenha ganhado
todos os primeiros clássicos disputados no grande estádio,[23] exceto o disputado contra o America, terminando este campeonato em 6°
lugar. No primeiro semestre o Flu fez uma vitoriosa excursão por países da América
Latina e da América Central, tendo o
tricolor Didi sido o primeiro jogador a
marcar um gol no Maracanã, defendendo a Seleção Carioca, no dia 16
de junho de 1950.
O Fluminense conquistou, logo no segundo ano do Estádio
Jornalista Mário Filho, o título carioca, ao
vencer o Bangu nos dois jogos extras. Os três últimos jogos (incluindo o pela
última rodada do returno) contra o Bangu levaram nada menos do que 232.006
torcedores ao Maracanã,[24] em um campeonato com intensa presença de público, o que proporcionou
novos parâmetros de arrecadação e investimento para o futebol carioca. No
campeonato de 1951, o Flu obteve 16 vitórias, 3 empates, 3 derrotas, 54 gols pró e 22 gols
contra.[25]
Naquele ano, foi disputado o primeiro Fla-Flu no Maracanã que fez jus ao título de o Clássico das Multidões. Em 14
de outubro de 1951, o Flu venceu o Fla por 1 a 0 perante 109.212 espectadores (94.558
pagantes), em um jogo marcado por um grande derrame de ingressos falsos, que
segundo a imprensa, pode ter colocado mais de 40.000 torcedores para dentro do
estádio, além dos registrados.[25]
Ainda em 1951, o Fluminense realizou dois amistosos no Maracanã contra
equipes inglesas em excursão, sendo elas o Arsenal, que o Fluminense venceu
por 2 a 0 em 20 de maio perante 43 746 espectadores (35.010 pagantes) e contra
o Portsmouth em 3 de
junho, quando o Flu venceu por 2 a 1 com um público de 45 244 torcedores, sendo
37.935 pagantes.
Entre 1910 e 1951, o Fluminense realizou 44 jogos internacionais, com 17
vitórias, 12 empates e 15 derrotas, com 100 gols a favor e 103 contra. Já com
relação a partidas interestaduais, no mesmo período acima o Fluminense disputou
298 partidas, com 159 vitórias, 58 empates e 81 derrotas, 821 gols pró e 513
contra.
Entre os dias 12 e 22 de setembro de 1951, realizou-se, no ginásio do
Fluminense, o primeiro Campeonato Sul-Americano de Voleibol, com a Seleção Brasileira sagrando-se campeão no masculino e no feminino.
No dia 30
de março de 1952 o Flu chegou na condição de líder à última rodada do Rio-São Paulo,
bastando vencer o Corinthians em São Paulo para ser campeão sem
depender de outros resultados. Com a derrota por 4 a 2, sagrou-se campeã
posteriormente a Portuguesa.
Em abril deste mesmo ano a Seleção Brasileira de Futebol conquistaria o primeiro título oficial fora de suas fronteiras ao
conquistar o Campeonato Pan-Americano de Futebol no Chile. Nesta conquista o Fluminense colaborou com o técnico Zezé
Moreira e com os jogadores Castilho, Pinheiro e Didi, todos titulares, além de Bigode, reserva.
Entre o final de junho e início de julho o Fluminense disputou o Torneio José de Paula Júnior contras as equipes do América-MG, Atlético-MG e Cruzeiro, sagrando-se campeão. Ao
terminar empatado em pontos com o Cruzeiro na primeira colocação, com o direito
de ficar com o título por ser o clube visitante, ainda assim o Fluminense
ofereceu ao clube mineiro uma partida desempate para decidir o título.
No mês de julho e com a partida final acontecendo em 2 de agosto, foi
disputada por oito clubes, no Rio
de Janeiro e em São
Paulo, a segunda edição da Copa
Rio, uma das competições precursoras do Campeonato Mundial de Clubes, tendo o Fluminense sagrado-se campeão ao empatar em 2 a 2 com o
Corinthians, já que havia ganho o primeiro jogo das finais por 2 a 0. Nesta
competição, o resultado mais expressivo foi a vitória por 3 a 0, com cerca de
65 000 torcedores no Maracanã,[26] sobre o Peñarol, base da Seleção Uruguaia de Futebol que havia conquistado a Copa do Mundo de 1950.
Nesta competição, o Fluminense disputou 7 jogos, com 5 vitórias e 2
empates (no primeiro e no último jogo, contra Sporting e Corinthians
respectivamente),[27] com 14 gols pró e apenas 4 gols contra. Marinho e Orlando Pingo-de-Ouro foram os
artilheiros do Flu e também da competição, com 5 gols cada. Esta foi a primeira
conquista expressiva de um clube carioca no Maracanã em torneio que envolvia clubes de fora do Rio
de Janeiro.
Publicou, sobre o fim da Copa Rio, o Anuário do Esporte Ilustrado 1953:
"Um detalhe que acabou marcando, de forma mais expressiva a II Copa Rio, é
que ela foi a segunda e última. Em verdade, não se sabe bem porquê, cinco
clubes do Rio e de São Paulo reuniram-se e resolveram forçar a Confederação Brasileira de Desportos a extinguir a Copa Rio. Deixaram a entidade máxima com um torneio internacional
na mesma época, mas com outro nome e outro regulamento. Inclusive aumentando o
número de concorrentes brasileiros, que agora serão quatro: dois do Rio e dois
de São Paulo. E essa fórmula nova deverá começar a vigorar agora, neste ano de
1953".
Assim como em 1952, em 1953 o Flu foi vice carioca, e conquistou a Copa das Municipalidades do
Paraná de 1953.
No Torneio Rio-São Paulo de 1954, o Fluminense chegou à última rodada bastando vencer o Vasco (já sem
chances de título) para ser campeão, pois tinha 1 ponto de vantagem sobre o
Corinthians e o Palmeiras, que
disputariam o Derby Paulista no
Pacaembu. Com o Maracanã recebendo 42.031 pessoas (34.131 pagantes), o maior
público desta edição do Torneio Rio-São Paulo[28] , o Vasco fez 1 a 0 com um gol de Vavá e fechou-se atrás aguentando a
pressão do Fluminense até o final, enquanto, em São
Paulo, o Corinthians venceu o Palmeiras por 1 a 0, sagrando-se campeão.
O maior número de partidas do Fluminense por países da América
Latina aconteceu em 1956, quando o time realizou 17 partidas na Argentina, Colômbia, Peru, Equador e Aruba, com 10 vitórias, 3 empates e 4 derrotas. O Tricolor disputou, ainda
neste ano, amistosos no Brasil. Bateu o Rosario Central da
Argentina em Uberaba por 5 a 1 e, no Rio
de Janeiro, fez 3 a 0 frente ao Porto com 101.745 pessoas
presentes no Maracanã, naquele que seria o maior público do Flu em jogos
internacionais, mesmo com os ingressos majorados em cerca de 50% em relação aos
preços do Campeonato Carioca.
Neste período, o clube tricolor conquistou ainda o Campeonato Carioca em
1959, sendo vice em 1953, 1957 e 1960, o Torneio Rio-São Paulo em 1957 e 1960, torneio em que foi vice em 1954.
O Fluminense foi campeão invicto do Torneio Rio-São Paulo de 1957,[29] tendo conquistado o título na penúltima rodada em São Paulo, no Estádio
do Pacaembu, ao vencer a Portuguesa por 3 a 1, com dois gols de Waldo
Machado (artilheiro da competição com 13 gols) e um de Léo para o Flu, marcando
Liminha para a "Lusa". O tricolor disputou 9 partidas, vencendo 7 e
obteve 2 empates, fazendo 23 gols e sofrendo 11. A maior goleada do Flu neste
torneio foi sobre o Palmeiras por 5 a 1, no Maracanã, em 4 de
maio. O último jogo foi uma vitória sobre o São Paulo por 2 a
1 no Maracanã.
No Campeonato Carioca de 1959, a equipe disputou 22 partidas, com 17 vitórias, 4 empates e apenas 1
derrota (para o Bangu, no primeiro turno, por 1 a 0), com 45 gols pró e apenas
9 contra (3 no empate festivo pela última rodada, contra o Botafogo).[30] Foi campeã carioca na penúltima rodada, ao vencer o Madureira por 2 a
0. O maior artilheiro da história do Fluminense, Waldo Machado, marcou 14 gols
nesta competição e foi um dos grandes destaques desta equipe, que também
contava com nomes como Castilho, Pinheiro, Altair, Maurinho e Telê Santana.[31]
Antes da derrota para o Bangu, o empate contra o Flamengo representou a
perda de uma sequência de 21 vitórias consecutivas, recorde brasileiro no
profissionalismo que só seria superado em 2011,[32] mas se não fosse a derrota para o Bangu por 1 a 0, o Fluminense teria
chegado a uma invencibilidade de 43 jogos, pois só seria derrotado de novo em 14
de janeiro de 1960, na altitude da Cidade do México, para o Club de Fútbol América, por 1 a
0.[33]
O Fluminense conquistou o bicampeonato do Torneio Rio-São Paulo em 1960 ao vencer o Palmeiras no
Maracanã em 17
de abril por 1 a 0, gol de Waldo aos 27 minutos do primeiro tempo, perante
53.738 espectadores pagantes.[34] Em 9 jogos disputados,[35] o time venceu 6, obteve 2 empates e teve apenas 1 derrota, no Fla-Flu, por 2 a 1. A vitória mais expressiva foi sobre o São Paulo, por 7 a 2
em 20
de março. O artilheiro da competição foi Waldo Machado com 11 gols.
Em maio de 1960, o clube realizou 19 jogos na Europa, em 9 países (Inglaterra, Portugal, Bélgica, Holanda, Suécia, Noruega, Hungria, Itália e Espanha), tendo tido 13 vitórias, 1 empate e 5 derrotas na sua mais extensa
excursão ao continente europeu. As vitórias mais expressivas foram contra times
suecos: 11 a 0 no Ystads
IF, 10 a 0 no Östers
IF e 9 a 0 no Combinado de Borlänge. Também fez 8 a 2 no Combinado norueguês de Lyn/Skeid. O tricolor derrotou ainda
clubes tradicionais como o Brighton e o Middlesbrough, da Inglaterra, o Feyenoord, da Holanda, o Genoa, da Itália e o Valencia, da Espanha. A derrota mais expressiva foi para o Sporting em Lisboa, por 3 a 0, na primeira partida da excursão. O empate foi contra o Standard de Liège, na
Bélgica, por 2 a 2.
O Fluminense foi ainda campeão da Zona Sul da Taça Brasil em 1960, tendo feito com o Grêmio os jogos finais, cujos resultados foram
derrota por 1 a 0 no Estádio Olímpico (gol de
Elton, para os gaúchos, perante um público de 30.000 espectadores), vitória por
4 a 2 no segundo jogo (com 2 gols de Waldo, Jair Francisco e Maurinho para o
Flu e 2 de Gessi para o Grêmio, jogo realizado no Estádio das Laranjeiras com
ingressos majorados e estádio lotado com cerca de 20.000 pessoas, pois o
Maracanã estava em passando por reformas) e, com a vantagem de empate no jogo
final, o 1 a 1 (gols de Jair Francisco e Elton, com o Maracanã sendo reaberto
pouco mais de 24 horas antes apenas para esta partida, ainda assim recebendo
cerca de 35.000 pessoas, sendo 26.631 pagantes) garantiu-lhe o título. Para
chegar a esta final, o Fluminense eliminou o Fonseca, de Niterói, com vitórias por 3 a 0 e 8 a 0 (maior goleada da história da Taça
Brasil), o Cruzeiro, de Belo
Horizonte com um empate por 1 a 1 e uma vitória por 4 a 1.
Tendo ganho a disputa regional, classificou-se para as semifinais do
torneio nacional vindo a ser desclassificado pelo Palmeiras, que terminaria
campeã deste torneio, com um empate por 0 a 0 e uma derrota por 1 a 0 no
Maracanã, perante cerca de 50.000 pessoas,[36] com o Flu tendo sentido muito a ausência de seu artilheiro Waldo nestes
dois jogos, e mesmo pressionando o adversário, tomou o gol da desclassificação
aos 44' e 30 segundos do segundo tempo. A partir de 1962, cariocas e paulistas passaram a entrar diretamente nas semifinais, sem
passar pelos torneios regionais.[37]
MASCOTE DO FLUMINENSE
1961–1974: vitórias no mundo, no Brasil e no estado
Em 1961, o Fluminense fez uma vitoriosa excursão pela Europa e pela África, pois em 10 jogos venceu 7, empatou 2 e perdeu apenas 1, para o Sporting, no primeiro jogo, por 2 a
0. As partidas foram contra o Nacional, no Cairo (Flu 2 a 1), Tanta, na cidade egípcia do mesmo nome (Flu 3 a 0), na Bulgária contra as seleções A e B deste país (1 a 0 e 1 a 1), na França contra o Olympique de Nice (7 a 2), na Itália, em Milão, contra a Inter (1 a 1), encerrando a excursão na Espanha, contra o Espanyol, em Barcelona (2 a 1), Málaga, em Málaga (6 a 0) e por último contra o Valencia, em Valência (3 a 2). Durante a excursão, Waldo
Machado foi vendido para o Valencia, trazendo enormes prejuízos técnicos ao
Fluminense. O maior artilheiro da história tricolor se transformou no segundo
maior da história do Valencia e, após encerrar a carreira, radicou-se definitivamente
na Espanha.
Em 1963, o Fla-Flu que decidiu o Campeonato Carioca em um 0
a 0, sagrando o Fla campeão, bateu o recorde mundial de público entre clubes:
194.603 (177.656 pags.). Neste mesmo ano o Flu chegou em terceiro no Rio-São Paulo.
Assim com acontecera em 1951, Fluminense e Bangu terminaram o Campeonato Carioca de 1964[38] empatados com o mesmo número de pontos, sendo necessária uma melhor de
três pontos (a vitória então ainda valia 2 pontos) para definir quem seria o
campeão. O Flu venceu a primeira partida por 1 a 0 perante 64.014 pagantes com
gol de Amoroso e o segundo e decisivo jogo por 3 a 1 perante 75.106 pagantes
com gols de Joaquinzinho,
Jorginho e Gilson Nunes para o tricolor, descontando Bianchini para o Bangu,
sagrando-se assim campeão carioca.
Na partida final, o técnico Tim mandou que o centroavante Amoroso
voltasse para buscar o jogo, no que era acompanhado por seu marcador, abrindo
espaço para outros jogadores do Fluminense aparecerem na área do Bangu,
surpreendendo então o time adversário. Em 26 jogos, a equipe obteve 17
vitórias, 5 empates e apenas 4 derrotas, com 48 gols pró e 17 contra. Amoroso foi o artilheiro deste
campeonato com 19 gols e então iniciava-se a carreira de Carlos Alberto Torres, recém
saído do time juvenil (atual júnior), que viria a ser capitão do Brasil na Copa do Mundo de 1970.
Em 1966, o Fluminense foi campeão invicto da Taça
Guanabara, ainda torneio independente do Campeonato Carioca, ao bater o Fla na
final por 3 a 1 perante 69.730 pagantes, com 2 gols de Mário e 1 de Amoroso
para o Flu, e Silva para o Fla, também tendo conquistado o Torneio Quadrangular Pará-Guanabara neste ano, competição que contou, além do Flu, com o Botafogo, Remo e Paysandu.
Entre 1952 e 1968, o Fluminense realizou 128 jogos internacionais, vencendo 75, empatando
23 e perdendo 30, com 314 gols pró e 175 gols contra. Neste mesmo período, o
tricolor disputou 321 jogos interestaduais, vencendo 181, empatando 57 e
perdendo 84, com 743 gols pró e 409 contra.
O time montado pelo técnico Telê
Santana em 1969 deu alegrias durante três anos aos tricolores, tendo conquistado, ainda
em 1970, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, competição que seria o modelo do futuro Campeonato Brasileiro, e sendo
vice-campeão carioca no mesmo ano. No Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970, o
Fluminense obteve 10 vitórias, 5 empates e apenas 4 derrotas. O jogo final
deste Torneio foi no Maracanã contra o Atlético Mineiro terminou
em 1 a 1, perante 112.403 torcedores pagantes.[39] Participaram também desta fase final Cruzeiro, que o Flu venceu por 1 a
0 no Mineirão) e o Palmeiras, derrotado pelo tricolor por 1 a 0 no Maracanã. O
Torneio Roberto Gomes Pedrosa foi criado em 1967 pelas federações carioca e paulista de futebol e organizado e
patrocinado pela CBD a partir de 1968.
Na partida decisiva contra o Atlético-MG, a torcida do Fluminense
colocou uma faixa com os dizeres "Pra
frente, Máquina",[40] para homenagear este grande time tricolor, apelido que passaria a
acompanhar os grandes times do Flu.
O Fluminense foi ainda campeão da Taça Guanabara em 1969, ao vencer o America por 1 a 0 perante 67 492
pagantes, e, em 1971, ao vencer o Flamengo por 3 a 1, com 3 gols de Mickey.
Cabe lembrar que a Taça Guanabara, até 1972, foi um torneio disputado à parte
do Campeonato Carioca.
Nestes anos, o Flu obteve 34 vitórias, 15 empates e 7 derrotas (4 em
1970), fazendo 90 gols e sofrendo 39 nos campeonatos cariocas, sendo que sua
única derrota em 1971 foi por 1 a 0 para o Botafogo em 18 de abril de 1971, na polêmica fase
final do campeonato, com um gol de pênalti denunciado pela imprensa como
irregular e que deu a vantagem do empate para o alvinegro no último jogo da
fase final. Nesta partida, o tricolor derrotou o Botafogo por 1 a 0, com um gol
igualmente reclamado pelos torcedores rivais como irregular. No Campeonato Carioca de 1970 o Fluminense venceria o Vasco por 2 a 0 na última rodada, mas não podia
mais alcançar o rival por conta de tropeços como um empate e uma derrota para o
Olaria, perdendo o tricampeonato.[41]
Na Taça Libertadores da América de 1971, o Fluminense foi desclassificado ao perder no Maracanã para o Deportivo
Itália (VEN) por 1 a 0, time este que o Flu havia ganhado por 6 a 0 em seu país.
Abatido com o resultado inesperado, que praticamente teria lhe dado a
classificação para a próxima fase, o time perdeu também a última partida para o
Palmeiras por 3 a 1 (em São
Paulo, o Flu havia o derrotado por 2 a 0), perdendo com isto a classificação.
Os outros dois jogos do Flu foram contra o Deportivo Galicia (Venezuela),
a quem o Flu venceu por 3 a 1 fora e por 4 a 1 no Maracanã, terminando esta
edição em sétimo lugar.
Em dezembro de 1971 o Fluminense conquistaria o Torneio José Macedo Aguiar em Salvador, disputado contra o Flamengo e as equipes dos clubes baianos Esporte Clube Bahia e Esporte Clube Vitória.
O Flu, vice-campeão carioca em 1972, voltaria a ser campeão no ano seguinte com um time com vários jovens recém saídos das categorias de base, como
Carlos Alberto Pintinho, Kléber, Marquinho (que depois seria conhecido como
Marco Aurélio) e Rubens Gálaxe, liderados pelo experiente armador Gérson, o Canhotinha de Ouro. O time tricolor,
em 25 jogos, obteve 13 vitórias, 7 empates, e 5 derrotas, com 36 gols a favor e
16 contra, tendo derrotado o Flamengo na final por 4 a 2 em jogo disputado
debaixo de muita chuva, perante 74.073 pagantes. Manfrini foi o maior goleador
tricolor e segundo do campeonato, tendo feito 13 gols.
No início deste ano o Fluminense conquistaria o Torneio
Internacional de Verão do Rio de Janeiro de 1973,
disputado no Estádio de São Januário contra o Vasco e dois clubes argentinos, Argentinos Juniors e Atlanta.
Ainda neste ano de 1973, o clube fez a sua maior excursão à África, disputando 8 partidas neste continente, com 7 vitórias, 1 empate e
nenhuma derrota, com 28 gols pró e apenas 6 contra. A maior vitória foi contra
o Benfica de Luanda, quando o Flu venceu por 7 a 0 e o único empate foi contra a Seleção de Zâmbia, por 2 a
2.
Em 1974, o time chegou invicto e com a vantagem do empate ao jogo decisivo da
Taça Guanabara contra o America, tendo tido sua grande atuação neste ano na vitória contra o Vasco por
5 a 1 perante 72.368 pagantes, com três gols de Gil. Após a derrota por 1 a 0
que deu o título ao America perante 97.681 pagantes, o time caiu muito de
produção e terminou o Carioca em quinto lugar.
1975–1986: a Máquina Tricolor
No bicampeonato carioca em 1975/1976, o Fluminense armou dois times repletos de craques, liderados por Roberto
Rivellino. A equipe, apelidada de a
Máquina Tricolor, aventurava-se em se excursões pelo mundo, conquistando
uma série de torneios amistosos de grande prestígio internacional. No time de
1976, o único jogador que não jogou pela Seleção Brasileira foi o
atacante argentino Narciso Doval. O Fluminense teve times
com campanhas melhores e elencos mais ganhadores do que os times de 1975 e de
1976, mas talvez nunca tenha tido times tão habilidosos, que lotavam estádios
por onde passassem pois proporcionavam grandes espetáculos futebolísticos aos
espectadores.
No
Campeonato Carioca de 1975, o Fluminense classificou-se para as finais ao ganhar a Taça Guanabara contra o America com um gol de falta de Rivellino aos 13 minutos do 2º tempo da
prorrogação, perante 96.035 pagantes.[42] Os adversários do tricolor na final
foram o Botafogo, campeão do segundo turno e o Vasco, campeão do terceiro. No
primeiro jogo das finais, o Fluminense venceu o Vasco por 4 a 1 perante 79.764
pagantes, no segundo, o Vasco venceu o Botafogo por 2 a 0 e, no terceiro, com
100.703 pagantes, o Fluminense administrou o resultado, perdendo por 1 a 0, e
sagrando-se campeão carioca. A campanha tricolor teve 31 jogos, com 19
vitórias, 6 empates e 6 derrotas, 53 gols a favor e 22 contra. Os artilheiros
tricolores foram Manfrini, com 16 gols e Gil e Rivellino, com 11 gols cada.
Após
a conquista da Taça Guanabara, para comemorar a contratação de Paulo
César Lima que
antes era o grande astro do Olympique
de Marseille, o
Fluminense realizou um amistoso contra o forte time do Bayern de Munique, base da Seleção Alemã
campeã mundial de 1974, que contava em seu elenco com
jogadores como Sepp Maier, Franz Beckenbauer, Gerd Müller, Georg Schwarzenbeck, Jupp
Kapellmann e a
estrela nascente Karl-Heinz
Rummenigge.
O
amistoso foi em 10 de
junho, à noite, com
60.137 tricolores pagando ingressos e a administração do estádio tendo que
mandar abrir os portões com o jogo já começado, pois não esperava o fluxo de
público que compareceu ao Maracanã, liberando a entrada para milhares de
pessoas que não pagaram ingressos. O Fluminense ganhou o jogo por 1 a 0, gol de
Gerd Müller contra, resultado que não espelhou a enorme disparidade técnica do
Flu sobre o seu oponente neste dia.[43]
Na
campanha do bicampeonato em 1976, o Fluminense disputou 32 jogos,
vencendo 23, empatando 7 e perdendo apenas 2, com 74 gols pró e 26 contra. O
artilheiro e o vice deste campeonato foram tricolores, Doval com 20 gols e Gil
com 19. O Flu classificou-se para as finais ao vencer o terceiro turno perante
o Botafogo por 5 a 1 debaixo de uma enorme tempestade. Classificaram-se também
para as finais o Vasco, campeão da Taça Guanabara, o Botafogo, campeão do
segundo turno e o America, campeão da repescagem. Como
Fluminense e Vasco terminaram empatados nesta fase final, foi necessário a
realização de uma partida extra para decidir este título e o Fluminense venceu
por 1 a 0, com gol de Doval aos 14' do segundo tempo da prorrogação, perante
127.052 pagantes. Neste campeonato, o Flu aplicou 8 goleadas tendo feito 4 gols
ou mais, a maior contra o Goytacaz, por 9 a 0 em 24 de abril.
O
clube disputou a Taça
Teresa Herrera em 1977 contra o Real Madrid, o Feyenoord e o Dukla Praga, base da Seleção Tchecoslovaca de Futebol, campeão da Eurocopa. O
Flu terminou campeão vencendo o Feyenoord por 2 a 0 e, na final, o Dukla, que
havia eliminado o Real Madrid, por 4 a 1. Rivellino, que em 1978 deixaria o tricolor ao ser vendido para
futebol árabe, foi eleito o grande nome do torneio.
O
Flu chegaria em terceiro nos campeonatos cariocas de 1977 e de 1978, quarto em 1979 e seria vice-campeão do Campeonato Carioca
Especial de 1979, um Torneio Extra como existiram outros na
história do Campeonato Carioca.
Em
1980, o Flu voltaria a ganhar o Campeonato Carioca
com um time praticamente formado nas Laranjeiras, pois apenas dois jogadores
(Gilberto, formado pelo Atlético Goianiense e Cláudio
Adão, formado pelo Santos) não passaram pelas categorias de
base do tricolor. O Fluminense venceu o Vasco na final por 1 a 0 gol de Edinho de falta (com 108.957 pagantes),
mesmo adversário que o Flu já havia batido na decisão do primeiro turno na
disputa por pênaltis, quando 101.199 torcedores pagaram ingressos. A campanha
da garotada tricolor, em 24 jogos, teve 12 vitórias, 8 empates e 4 derrotas, com
43 gols pró e 25 contra. O tricolor Cláudio Adão foi o artilheiro do campeonato
com 20 gols.
O
Fluminense teve ainda na década de 1980 grandes momentos, quando levantou seu
primeiro título brasileiro[44] com este nome em 1984 ao bater o Vasco nos jogos finais, nos Clássicos
dos Gigantes mais
importantes realizados até hoje. A campanha tricolor teve 26 jogos, com 15
vitórias, 9 empates e apenas 2 derrotas, com 37 gols pró e apenas 13 contra.
Nos jogos finais, o Fluminense venceu o Vasco no primeiro jogo por 1 a 0, com
gol do paraguaio Romerito e empatou por 0 a 0 no segundo,
perante 128.381 pagantes. A maior goleada tricolor foi nas quartas-de-finais
contra o Coritiba, no Maracanã, por 5 a 0, empolgando os 60.385 pagantes.
Em
1981 e 1982 o Flu não foi bem nos campeonatos cariocas,
terminando-os em quinto lugar. No Campeonato Brasileiro de 1982 o time tricolor chegou em quinto lugar, perdendo a
classificação para as semifinais com um gol incrível, de Tonho para o Grêmio em
chute de longa distância perante 69.115 torcedores no Maracanã. No primeiro
jogo empate por 1 a 1 no Estádio Olímpico e no segundo derrota do Flu por 2 a 1.
Após
conquistar a Taça
Guanabara de 1983 em um clássico contra o America em que venceu por 2 a 0 com dois gols de Assis, perante 79.275
pagantes, o Fluminense se classificou para as finais contra o Flamengo, campeão
da Taça Rio e contra o Bangu, time que mais pontuou no
campeonato. O Flu empatou com o Bangu por 1 a 1, venceu o rubro-negro por 1 a 0
com gol de Assis[45] aos 45 minutos do segundo tempo em
jogo disputado debaixo de chuva com 83.713 pagantes.
Como
o Flamengo ganhou do Bangu por 2 a 0, o Flu sagrou-se campeão carioca. A
campanha tricolor teve 24 jogos, com 13 vitórias, 6 empates e 5 derrotas, com
31 gols pró e 13 contra. O artilheiro tricolor foi Assis, com 11 gols e o
segundo o centroavante Washington, com 8, jogadores que formavam uma dupla pelo
seu ótimo entendimento conhecida como o Casal
20, nome de um famoso seriado
de televisão desta
época - Hart to Hart.
No
Campeonato Carioca de 1984, o Fluminense chegou ao
bicampeonato após 24 partidas, com 16 vitórias, 5 empates e 3 derrotas, 40 gols
pró e 16 contra, com Romerito sendo o artilheiro tricolor com 11 gols. O time
tricolor classificou-se para as finais por ter sido o clube que mais pontuou
durante o campeonato, contra o Flamengo, campeão da Taça Guanabara e o Vasco,
campeão da Taça Rio. Nas finais o Fluminense venceu o
Vasco por 2 a 0 perante 94.123 pagantes e o Flamengo por 1 a 0, perante
153.520, de novo, com gol de Assis, desta vez aos 30' do 2º tempo.
O
Fluminense chegou ao seu terceiro tricampeonato estadual em uma final contra
o Bangu em 1985, em que ganhou de 2 a 1 perante 88.162
pagantes, com gol de Marinho para Bangu aos 4 minutos do 1º tempo e no segundo,
com gols de Romerito aos 18 minutos e Paulinho de falta, aos 31, conquistou o
título. A campanha tricolor neste ano teve 24 jogos, com 15 vitórias, 7 empates
e apenas 2 derrotas, com 32 gols pró e 12 contra.
O
Fluminense classificou-se para as finais ao vencer a Taça Guanabara[46] contra o America por 1 a 0, com gol
de Romerito aos 38' do 2º tempo perante 47.160 pagantes, disputando depois o
título máximo contra o Flamengo, campeão da Taça Rio, e contra o Bangu, time
que mais pontuou durante este campeonato. No primeiro jogo, contra o Flamengo,
houve empate por 1 a 1 perante 95.049 pagantes e no segundo o Bangu ganhou do
Fla por 2 a 1, levando vantagem do empate para o jogo final.
Na
Copa Libertadores de 1985, o Flu não foi bem, terminado esta primeira
fase em terceiro, quando classificava-se apenas o líder do grupo para a fase
seguinte. Neste ano o Fluminense, disputou em jogos de ida e volta pelo Grupo 1
contra o também carioca Vasco e contra os argentinos Ferro
Carril Oeste e Argentinos Juniors, que acabou campeão desta competição. O Flu,
em campo, obteve 3 empates e 3 derrotas mas acabou ganhando os pontos do empate
de 3 a 3 contra o Vasco, que escalou irregularmente o jogador Gersinho nesta
partida, mesmo alertado antes do jogo.
A
partir de 1985, tempos difíceis para o Fluminense seriam organizados fora de
campo, pois ao assumir a presidência da Federação de Futebol do Estado do Rio de
Janeiro, Eduardo
Vianna garantiu que acabaria com "o
reinado dos coloridos", pois, até então, era o Flu que detinha a
liderança dos títulos cariocas. Já em 1986, foi denunciado um escândalo de manipulação de
arbitragens, intitulado pela imprensa de "Escândalo das papeletas amarelas", que visava impedir o Flu de conquistar
o tetracampeonato estadual, o que foi conseguido. Além disso, por conta de uma
epidemia de dengue em seu elenco o time não pode comparecer a um jogo contra o Americano em Campos, perdendo os pontos e a
possibilidade de se sagrar campeão, mesmo com as dificuldades extra-campo.
1987–1999: decadência e superação
O Flu conquistou, em 1987, a Copa Kirim, no Japão, em sua mais importante excursão à Ásia, disputando a final contra o Torino da Itália cuja grande estrela era o brasileiro Júnior. Perante cerca de 40.000
torcedores no Estádio Olímpico de Tóquio, o Flu venceu por 2 a 0 com gols de Washington e Tato. Nos outros jogos
disputados, o Flu empatou com a Seleção do Japão por 0 a
0, empatou com o mesmo Torino da final por 1 a 1 e venceu a Seleção do Senegal por 7 a
0.
Já em 1989 conquistou o Torneio de Kiev. O Bangu foi convidado a última hora para substituir o Atlético de Madrid, com o
Fluminense derrotando-o na decisão por pênaltis, por 4 a 2. Participaram também
deste torneio, o Dínamo
de Kiev e a Roma.
Em 1988 e 1991, o time tricolor chegou, mesmo com times fracos tecnicamente, embora
bem organizados, às semifinais do Campeonato Brasileiro. No
campeonato de 1988 foi desclassificado pelo Bahia, após empatar por 0 a 0 no
Maracanã e perder por 2 a 1 no Estádio da Fonte Nova, que
neste dia recebeu o maior público de sua história (110.438 pagantes). Em 1991 o
Flu foi desclassificado pelo Bragantino, com uma
derrota por 1 a 0 no Maracanã perante 74.781 tricolores pagantes, e já
eliminado, um empate por 1 a 1 em Bragança Paulista.
Curiosamente, o time do Bragantino era composto por muitos atletas formados no
clube tricolor e que tinham participado da conquista da quinta Copa São Paulo de Futebol Júnior para o Flu em 1989, entre eles o atacante Franklin, que marcou os gols
do Bragantino nestes dois jogos.
Em 1992 o Flu chegou à final da Copa
do Brasil contra o Internacional,
ganhando a primeira partida por 2 a 1 no Estádio das Laranjeiras, vindo a
perder o segundo jogo por 1 a 0 no Beira-Rio com um pênalti polêmico
marcado aos 42 minutos do segundo tempo. Os jogadores tricolores retornariam
para o Rio de Janeiro no mesmo voo do árbitro José Aparecido de Oliveira, mas
causaram um tumulto que impediu que o mesmo embarcasse na mesma aeronave.
Ainda se classificou por três anos para disputar a Copa
Conmebol, um dos torneios que antecederam a atual Copa Sul-Americana. Em
1992, quando após ganhar do Atlético-MG por 2 a 1, perdeu a segunda por 5 a 1,
em 1993, quando ganhou do mesmo adversário do ano anterior por 2 a 0 com o
mando de campo e foi derrotado pelo mesmo resultado em Belo
Horizonte, perdendo a vaga nos pênaltis, e, em 1996, quando perdeu para o Guarani do Paraguai por 3 a 1 em Assunção e empatou, no Rio
de Janeiro, por 2 a 2.
O Fluminense conquistou em 1994, o Torneio de Maceió,
disputado contra os clubes alagoanos CRB e o CSA.
O Tricolor só voltou a ganhar um título relevante em 1995 na inesquecível decisão do Campeonato Estadual em um Fla-Flu emocionante com 120.418 espectadores (109.204 pagantes), em que Renato
Gaúcho (o "Rei
do Rio") fez o gol da vitória por 3 a 2, com a barriga,[47] ano em que o Fluminense também chegou de novo às semifinais do
Campeonato Brasileiro. Neste estadual de 1995, Fluminense disputou 27 jogos,
com 17 vitórias, 7 empates, 3 derrotas, 48 gols pró e 18 contra, ano do
centenário do Flamengo como clube, não como time de futebol, e o rubro-negro
investira muito para conquistar este campeonato, mas nos 4 Fla-Flus disputados
o Fluminense venceu 3 e empatou 1. No Campeonato Brasileiro de 1995 o Flu
terminou em quarto, desclassificado nas semifinais pelo Santos (4 a 1 e 2 a 5,
cabendo lembrar que nesta época não havia o critério de desempate em que gols
fora de casa valem o dobro).
Entre 1996 e 1999, o Tricolor das Laranjeiras enfrentou os piores
momentos de sua história. Em 1996, o Fluminense terminou o Campeonato Brasileiro em penúltimo lugar (na
frente somente do Bragantino), mas um escândalo de arbitragem, conhecido como Caso
Ivens Mendes, que envolvia outros dois clubes da Série A,
Atlético Paranaense e
Corinthians, cancelou os rebaixamentos de 1996, vindo a serem promovidos dois
clubes da Série B para o Campeonato Brasileiro de 1997, que acabou disputado
por 26 clubes.[48] O Flu acabou novamente caindo em 1997 para o Campeonato Brasileiro Série B, e em 1998 o time foi mais uma vez rebaixado, agora para o Campeonato Brasileiro Série C.
Após disputar a Série C contra uma maioria de clubes pequenos e em
campos algumas vezes mal conservados, o time tricolor conquistou este título de
forma honrosa, começando, a partir deste momento, a reestruturar-se para voltar
a formar grandes craques e conquistar títulos de expressão. No final de 1998, o
time já dava sinais de que o clube estava retomando o seu rumo, ao conquistar a
Copa
Rio, competição estadual que neste ano contou pela última vez com a
presença dos grandes clubes cariocas, ao bater o São Cristóvão por 4 a
0 no jogo final. Em 9 jogos disputados, o Fluminense venceu todos, com 24 gols
pró e apenas 4 contra.
O Fluminense conquistou a Série C em 1999 ao vencer o Náutico no Estádio dos Aflitos por 2 a
1, com 2 gols de Roger para o Flu, descontando Rogério Capixaba para o
alvirrubro pernambucano. A campanha do Fluminense teve 22 jogos, com 14
vitórias, 3 empates e 5 derrotas, 37 gols a favor e 21 contra e o artilheiro
tricolor nesta competição foi Roni, com 6 gols. Neste ano, o Fluminense havia
contratado o técnico Carlos Alberto Parreira e, com
ele, além de ganhar o Campeonato Brasileiro Série C, criou o Vale das Laranjeiras[49] centro de formação de jogadores de futebol das Categorias de Base no
distrito de Xerém, em Duque
de Caxias.
De relevante neste final de século, foi a eleição de três ex-jogadores
do Fluminense para a Seleção de Futebol da América
do Sul do Século XX, por 250 jornalistas de
todo o mundo reunidos para cobrir a Copa do Mundo de 1998: Carlos Alberto Torres, Didi e Roberto Rivellino.[50] [51]
HINO DO FLUMINENSE
2000–2006: a volta por cima
Em 2000 um problema jurídico e político entre clubes da Série A
denominado Caso Sandro Hiroshi impediu
a realização do Campeonato Brasileiro, sendo
criada a Copa João Havelange pelo Clube
dos Treze. Na organização deste campeonato, optou-se pelo critério de convite aos
clubes participantes, com o Tricolor de Laranjeiras, o Bahia e outros clubes que não
estavam então na primeira divisão, incluídos entre os participantes.[52]
A equipe teve uma boa participação e, após ficar em terceiro na primeira
fase, caiu nas oitavas-de-final da competição contra o São Caetano, perante
56.504 tricolores, terminado este campeonato em nono lugar. Assim como o São Caetano, que
disputou o campeonato na divisão inferior e teve a possibilidade de chegar até
à final da disputa entre os clubes principais, o Fluminense e o Bahia permaneceram
na primeira divisão no ano seguinte, numa virada de mesa comum no Século
XX e que beneficiaram outros clubes no decorrer de sua história.[53] Na Copa do Brasil deste ano, o Fluminense terminou em quinto.
No Torneio Rio-São Paulo de 2001,
o Flu terminou em quarto lugar e no Campeonato Brasileiro deste ano em
terceiro.
O Fluminense conquistou o Campeonato Carioca de 2002, apelidado de "Caixão" pela imprensa
(numa referência ao apelido do então presidente da federação carioca, Eduardo Viana - o Caixa d'Água), que boicotou esse
campeonato, ao vencer o Americano por 2 a
0 e por 3 a 1 nos jogos finais, o último assistido por 26.663 pagantes, em
campeonato desmotivado, disputado sem a cobertura da imprensa, com a fase final
sendo realizada durante a Copa
do Mundo de 2002 e com os grandes clubes utilizando seus reservas nas fases
iniciais pois disputavam o Torneio Rio-São Paulo.
Tendo sido campeão carioca no dia 27
de junho, três dias antes da Seleção Brasileira ganhar a
Copa do Mundo deste ano, a torcida tricolor aproveitou para fazer a festa do
título carioca no ano do centenário do Fluminense justamente neste dia e em
muitos lugares do Rio de Janeiro, havia tantas camisas tricolores quanto
brasileiras neste dia festivo. A campanha tricolor em 28 jogos teve 14
vitórias, 5 empates e 9 derrotas, com 45 gols a favor e 33 contra.
Neste ano de 2002, o Fluminense comemorou o seu centenário com grandes
eventos praticamente o ano inteiro, com o selo alusivo ao centenário tricolor
tendo sido eleito por votação popular promovida pela Empresa de Correios e Telégrafos o selo do ano de 2002, fato inédito envolvendo clubes de futebol até os
dias atuais.[54] [55] O grande presente para a torcida foi a contratação do jogador Romário, que, logo em sua estreia, brilhou no Campeonato Brasileiro contra o
Cruzeiro, quando o Flu venceu por 5 a 1 com cerca de 70.000 tricolores em
festa. O Flu terminou este campeonato em quarto lugar. Neste ano, Romário jogou
bem e fez muitos gols, embora tenha se indisposto com o outro goleador do time,
Magno Alves, que depois acabou saindo do clube para brilhar na Coreia
do Sul e no Japão. Com o passar dos anos, Romário foi caindo de produção e, em 2003, já não esteve bem no Campeonato Brasileiro.
Em 2003, o Tricolor disputou a Copa Sul-Americana pela primeira
vez, vencendo o Corinthians por 2 a 0, o Atlético-MG também por 2 a 0 e veio a
cair na segunda fase ao perder para o São Paulo por 1 a
0 em SP e empatar no RJ por 1 a 1.
A melhor performance do Fluminense em 2004 foi no Campeonato Brasileiro,
quando chegou em nono lugar.
O Fluminense teve grandes momentos durante o ano de 2005 e, após perder
o primeiro jogo das finais para o Volta Redonda Futebol Clube por 4 a 3, conquistou o Campeonato Carioca com 70 830 tricolores (63
762 pagantes) comparecendo ao segundo jogo final em que o Flu ganhou por 3 a 1.[56] O Fluminense classificou-se para as finais contra o Volta Redonda,
campeão da Taça Guanabara, ao vencer o Flamengo por 4 a 1 na decisão da Taça
Rio perante 74 650 torcedores (65 672 pagantes) com uma grande atuação.
Neste campeonato, em 15 jogos o Fluminense obteve 8 vitórias, 3 empates e 4
derrotas, com 40 gols pró e 22 contra.
Em 2005, o Fluminense também chegou à sua segunda final da Copa do
Brasil, perdendo o título para o Paulista de Jundiaí ao
empatar por 0 a 0, com o jogo sendo disputado no Estádio São Januário perante
25 000 torcedores, já que o Maracanã estava em reformas, assim como já
acontecera em 1992, quando o Fluminense não teve a oportunidade de usar o
Maracanã na Copa do Brasil, estádio onde manda a maioria de seus jogos.
Desfalcado, o Fluminense havia entrado com vários reservas no primeiro jogo
desta final, perdendo para o Paulista em Jundiaí por 2 a 0. No Campeonato
Brasileiro, a equipe tricolor chegou em quinto lugar.
Na Copa Sul-Americana daquele ano, o Fluminense também fez boa campanha,
só caindo nas quartas-de-finais para o Universidad Católica, a quem
ganhou por 2 a 1 no Rio de Janeiro,
perdendo por 2 a 0 em Santiago. Em 6 jogos nesta Copa Sul
Americana, o Fluminense obteve 3 vitórias, 1 empate e 2 derrotas, 8 gols pró e
7 contra.
No ano de 2006, apesar de ter um forte elenco, o Fluminense sofreu com graves erros de
gestão, por conta de falta de um planejamento adequado, fazendo com que o clube
trocasse seis vezes de técnico, o que levou o Fluminense a ter um rendimento
insatisfatório no futebol profissional, muito parecido com o ano de 2003,
quando, após as grandiosas comemorações de seu centenário no ano anterior, o
Fluminense começou a sua preparação mais tarde do que os clubes que tiveram
sucesso naquele ano e, por isto mesmo, teve inúmeros problemas de contusão em
seu elenco profissional por preparação física inadequada e depois tentativas
passionais em sua gestão visando tentar corrigir os erros anteriores.
Em 2006, na Copa Sul-Americana, disputou a primeira fase contra o
Botafogo, vindo a se classificar nos pênaltis após dois empates por 1 a 1. Na
fase seguinte o Fluminense acabou eliminado pelo Gimnasia y Esgrima de La Plata, da Argentina, ao empatar o primeiro jogo por 1 a 1 e perder o seguinte
na casa do adversário por 2 a
0.
Nas 4 Copas Sul Americanas disputadas por clubes brasileiros entre 2003
e 2006, o Fluminense disputou 3, contabilizando 5 vitórias, 5 empates e 4
derrotas, 18 gols pró e 11 contra, sendo até então o quarto clube brasileiro
que mais pontuou na história desta competição. A melhor campanha tricolor foi
em 2005, quando caiu nas quartas-de-finais, terminando em quinto lugar. Até
este último jogo da Copa Sul-Americana contra o Gimnasia, no período entre 1968 e 2006, o Fluminense disputou 149 partidas contra clubes ou Seleções
estrangeiras (desconsiderando jogos contra clubes brasileiros no exterior ou em
competições internacionais nestas estatísticas), com 76 vitórias, 37 empates,
34 derrotas, 291 gols a favor e 183 contra.
2007–2009: o título da Copa do Brasil e os vices na
Libertadores da América e na Copa Sul-Americana
O
Fluminense refez o seu time em 2007 a após um péssimo Campeonato Carioca chegou à sua terceira final da Copa do Brasil, desta vez sendo campeão contra o Figueirense,
ao vencer o segundo jogo da decisão por 1 a 0 em Florianópolis (com gol de Roger), após ter empatado o primeiro jogo
decisivo por 1 a 1 no Rio de Janeiro, com todos os 64.669 ingressos colocados à
venda no Maracanã tendo sido vendidos com antecedência de 48 horas, já que o
grande estádio ainda está finalizando as obras para fazer parte do complexo
esportivo dos Jogos Pan-americanos de 2007 e ainda não tinha condições para atender a sua
capacidade cerca de 90.000 espectadores, como ocorreu após o fim das reformas.
Para
chegar ao título de campeão da Copa do Brasil, o Flu passou pela ADESG (2 a 1 e 6 a 0), América de Natal (0 a 1 e 2 a 1), Bahia (1 a 1 e 2 a 2), Atlético-PR (1 a 1
e 1 a 0), Brasiliense
(4 a 2 e 1 a 1) e Figueirense
(1 a 1 e 1 a 0), com isto classificando-se para a Copa Libertadores da América em 2008. Adriano
Magrão e Alex
Dias foram os
artilheiros tricolores nesta competição, com 4 gols cada um.
Ao
final da Copa do Brasil de 2007, o Fluminense totalizou 91 jogos na história
desta competição, com 48 vitórias, 26 empates e 18 derrotas, 166 gols pró e 103
contra, tendo estado presente em 14 edições, sendo esta a sétima melhor
performance entre os clubes que já disputaram o segundo torneio mais importante
do Brasil até 2007. As maiores vitórias tricolores até então foram de 6 a 0
contra a Adesg na campanha de 2007 e de igual placar sobre o Maranhão
Atlético Clube em 4
de Maio de 2000.
No
dia 12 de Maio de 2007, a Câmara dos Vereadores do
Rio de Janeiro aprovou lei que declara o dia 21 de Julho como o Dia do Fluminense e dos Tricolores, não por acaso o dia da
fundação do clube.[57]
No
Campeonato Brasileiro de 2007 o Fluminense terminou em quarto lugar, sendo esta a nona vez
que o Tricolor terminou entre os quatro primeiros colocados deste campeonato, a
melhor performance de um clube do Estado do Rio de Janeiro neste quesito. Considerando-se o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, precursor deste campeonato, esta seria a
décima vez. Thiago
Neves, o seu camisa
10, ganhou a Bola de Ouro da revista Placar, como o melhor jogador desta
edição, em que Thiago
Silva também foi
eleito, neste caso como um dos zagueiros para a seleção do campeonato.
Tendo
terminado o Campeonato Carioca de 2008 em terceiro lugar, o Fluminense foi o clube
que mais somou pontos entre todos os participantes da Copa Libertadores da América de 2008 na primeira fase desta competição,
habilitando-se a disputar a segunda partida das demais fases eliminatórias, no Maracanã.
Na
primeira fase o Fluminense superou a LDU Quito (Equador, 0 a 0 e 1 a 0), o Arsenal
de Sarandí (Argentina, 6 a 0 – maior goleada de um clube
brasileiro sobre uma equipe argentina na história da Libertadores – e 0 a 2) e
o Libertad (Paraguai, 2 a 1 e 2 a 0). Na segunda fase eliminou o Atlético Nacional (Colômbia, 2 a 1 e 1 a 0) e na terceira o São Paulo (Brasil, 0 a 1 e 3 a 1), quando um público de 72 910
pessoas compareceu ao Maracanã, sendo 68 191 pagantes) para ver o uma das
partidas mais marcantes do torneio em que o Fluminense vencia por 2 a 1 placar
que era favorável ao time paulista, Washington
fez de cabeça aos 46 minutos do 2º tempo classificando assim o Flu. Na quarta fase, o Fluminense disputou as semifinais contra o Boca Juniors,
da Argentina, obtendo empate por 2 a 2 na primeira partida em Buenos Aires, e vitória por 3 a 1 no jogo de
volta no Maracanã, perante 84 632 torcedores (78 856 pagantes),
classificando-se para a final contra a LDU, com quem já jogou na primeira fase
desta competição, em um grupo que era chamado pela imprensa internacional de
"Grupo da Morte", pela competitividade dos clubes participantes.
Na
primeira partida da fase decisiva, no Estádio
Casablanca, em Quito, a LDU venceu o Fluminense por 4 a 2. Enquanto
aguardava-se a partida de 2 de julho no Maracanã, os 78.918 ingressos colocados
à venda foram esgotados em poucas horas de venda ainda no dia 23 de junho,
batendo o recorde brasileiro de renda em partidas entre clubes, tendo sido
arrecadados 3 910 044 reais apenas com a venda de entradas.
Após
uma excelente partida, perante 86 027 torcedores presentes, o Fluminense
derrotou o adversário por 3 a 1, com três gols de Thiago Neves (primeiro jogador a fazer três gols
numa final de Libertadores), levando a decisão para os pênaltis, quando foi
derrotado por 3 a 1.[58] Essa mesma final foi considerada a
final com mais gols da história da Copa Libertadores da América; 10 gols anotados nas duas partidas.
Apesar
da derrota na final, o apoio dos torcedores ao time foi incondicional, vista a
excelente campanha do time no campeonato mais importante para os clubes sul-americanos. Ressalta-se, portanto, que em 9
anos o Fluminense carioca passou da Série C para
a final da Libertadores, resgatando o prestígio que o clube sempre teve, exceto
na segunda metade da década de 1990, um período curto, mas difícil para
os tricolores.
No Campeonato Brasileiro de 2008, tendo optado por disputar metade do campeonato com o time reserva para
priorizar a disputa da Copa Libertadores da América, o time lutou contra o
rebaixamento até a penúltima rodada, onde arrancou um empate com o São Paulo no
Morumbi por 1 a 1, acabando com as possibilidades de rebaixamento.
Na última rodada, a Torcida Tricolor levou 51 172 torcedores contra o Ipatinga (MG), para
ver a despedida de Thiago Silva, carinhosamente chamado de "monstro"
pelos torcedores, devido sua grandeza e garra em campo. Com o empate por 1 a 1
o Fluminense terminou o campeonato na 14ª posição classificando-se para a Copa Sul-Americana de 2009, e o seu atacante Washington terminou como artilheiro desta edição do
Campeonato Brasileiro, com 21 gols.
O seu zagueiro Thiago Silva foi eleito o melhor zagueiro-central do
Campeonato Brasileiro de 2008 e ainda ganhou o "Craque da Galera"
estabelecido pelo Globoesporte.com, como o
melhor jogador deste campeonato, eleito por voto popular com 1 252 073 votos,
cerca de 47% do total apurado.
Em 2009, com sucessivas trocas de técnicos e chegada constante de novos
jogadores durante as competições, o Fluminense apresentou uma campanha bastante
irregular, terminando o Campeonato Carioca em
quarto, mas fazendo história na Copa
do Brasil ao se tornar o oitavo clube a completar 100 jogos nesta competição (51
vitórias, 29 empates e 20 derrotas, 179 gols pró e 111 contra), no empate por 2
a 2 contra o Corinthians, que seria o campeão desta competição, perante 68.158
torcedores presentes, vindo a terminar esta competição em sexto lugar.
2009–2012: de 99% rebaixado a 100% campeão - O Time
de Guerreiros faz história
No Campeonato Brasileiro o time apresentava um desempenho sofrível com
cerca de 99% da chance do rebaixamento, até a 27º rodada ele estava em último
lugar, com apenas 21 pontos (14 derrotas, 9 empates e apenas 4 vitórias), mesmo
assim o time lutou até o fim, daí não perdeu mais, empate contra o Corinthians
(1 a 1), vitória contra o Santo André (2 a 1), empates contra Internacional e Goiás (ambos 2 a 2), vitória
contra o Atlético-MG (2 a 1), virada histórica contra o Cruzeiro (3 a 2),
chegando a levar 66.884 torcedores ao Maracanã na vitória sobre o Palmeiras (1
a 0) em 8 de novembro, 55.030 na semana
seguinte, na vitória contra o Atlético-PR (2 a 1), na goleada contra o Sport (3
a 0), e 55.083 torcedores na vitória contra o Vitória (4 a 0) em 29 de novembro,
quando conseguiu sair da zona de rebaixamento após 37 rodadas.
Na última rodada, só precisava de um empate para sair do risco do
rebaixamento, e empatou com o Coritiba por 1 a 1 no Estádio Couto Pereira após
manter-se invicto nos últimos 11 jogos por essa competição, o Flu escapou do
rebaixamento, o que desencadeou violentas manifestações no estádio após o jogo,
com dezenas de pessoas feridas, pelo rebaixamento deste clube paranaense, e
assim o Fluminense passou a ser chamado de "Time de Guerreiros".
Enquanto isso, pela Copa Sul-Americana o
Fluminense completou 24 jogos de invencibilidade em competições da Conmebol com o mando de campo (a última derrota aconteceu contra o Argentinos Juniors em 5 de
agosto de 1985,[59] clube que seria o campeão desta edição da Libertadores, ou 27 jogos, caso sejam considerados os jogos no Rio contra Vasco,
Botafogo e Flamengo, com o mando de campo dos adversários) após eliminar o
Flamengo, golear o Alianza Atlético (Peru) por 4 a 1, em 1º
de outubro, vencer o Universidad de Chile por 1 a
0, em 5 de novembro e o Cerro Porteño por 2 a 1 em 18
de novembro.
Nas semifinais, o Fluminense enfrentou o Cerro Porteño do Paraguai, tendo vencido a primeira partida em Assunção, por 1 a 0. Como acontecera na vitória sobre o Universidad de Chile,
quando os torcedores locais atiraram objetos no time tricolor, os torcedores do
Cerro atiraram pedras nos jogadores do Flu, vindo a ferir um policial local. Na
partida de volta no Estádio do Maracanã, nova
vitória, agora por 2 a 1, com os desesperados paraguaios arrumando briga ao
final do jogo, que teve 41.816 espectadores presentes
a final, o Fluminense enfrentou a LDU do Equador, mesmo adversário da decisão da Copa Libertadores da América de 2008, tendo perdido a primeira partida na altitude de Quito, por 5 a 1, precisando ganhar de 4 gols de diferença na partida de
volta para levar a decisão para a prorrogação. Na partida do Maracanã, o Flu
ganhou por 3 a 0 perante 69.565 torcedores presentes, tendo tido ainda um gol
anulado em mais uma arbitragem de final continental polêmica, saindo de campo
bastante aplaudido pela sua grande atuação, daí surgiu a alcunha: "Time de guerreiros". Pela
segunda vez, a disputa entre as duas equipes acabou em outra final com mais
gols na história da competição: 9 gols nas duas partidas.
A última partida do ano contra o Coritiba, na cidade de Curitiba, era um dos jogos decisivos para definir o rebaixamento, e foi um jogo
dramático. Com a vitória do Botafogo sobre o Palmeiras, o empate assegurava ao
Fluminense a permanência na primeira divisão de 2010, enquanto o Coritiba necessitava da vitória para se salvar. O Flu
começou marcando com um gol legítimo de Fred, porém não validado pela
arbitragem. Marquinho, de falta, abriu o placar para o tricolor, com o Coritiba
conseguindo o empate, que decretou o resultado final de 1 a 1. Com o resultado,
o Fluminense atingiu seu objetivo de permanecer na série A, consagrando uma das
mais belas reações já vistas no futebol, visto que chegou a ter calculado pelos
estatísticos 98,3% de possibilidades de cair e que, a 10 rodadas do fim do
campeonato, estava com 22 pontos somados e a 9 pontos do primeiro time fora da
zona de rebaixamento.
O Fluminense permaneceu invicto nas últimas 11 partidas disputadas pelo
Campeonato Brasileiro de 2009, com 4 empates e 7 vitórias, sendo 6 delas
consecutivas. Se considerarmos também a Copa Sul-Americana, foi uma
invencibilidade total de 13 partidas, com 8 vitórias consecutivas. Das últimas
12 partidas do clube na temporada o Fluminense obteve 10 vitórias, 1 empate e 1
derrota.
Pela segunda vez consecutiva, agora em 2009, o Fluminense teve eleito por voto popular um jogador seu como o Craque da Galera do Campeonato Brasileiro de Futebol, desta vez o argentino Conca com mais de 9.000.000 de votos (cerca de 51% do total dos votos).[61]
No Campeonato Carioca 2010, o
Fluminense terminou na terceira colocação, com 11 vitórias, 2 empates e apenas
2 derrotas, 36 gols a favor e 13 contra, enquanto na Copa
do Brasil, após passar por Confiança, Uberaba e Portuguesa, o Flu foi
desclassificado nas quartas-de-finais contra o Grêmio, perdendo as duas
partidas em que jogou desfalcado de seus dois principais atacantes (Fred e
Allan, os dois com crises de apendicite que os levaram a serem operados), além
de Conca no primeiro jogo e Mariano no segundo.
O Fluminense terminou a fase pré-Copa do Mundo de 2010 do
Campeonato Brasileiro ao vencer o Avaí em Florianópolis por 3 a 0, em terceiro lugar, com 15 pontos, 2 atrás dos dois primeiros
colocados, com 5 vitórias, 2 derrotas, 11 gols a favor e 5 contra. Dos 96
pontos disputados neste ano até essa partida, o time conquistou 67, com 21
vitórias, 4 empates, 7 derrotas, 62 gols a favor e 32 contra. O Avaí não perdia
no Estádio da Ressacada há cerca
de 9 meses (25 jogos).[62]
Por ter sido o campeão simbólico do primeiro turno do Campeonato Brasileiro de
Futebol de 2010, quando fez 38 pontos em 19 jogos (11
vitórias, 5 empates e 3 derrotas, 32 gols pró e 16 contra), tendo ainda ficado
invicto por 15 rodadas nesse período, o Fluminense conquistou o Troféu Osmar Santos,
oferecido pelo Jornal LANCE!.
Com uma sequência final de nove jogos invictos, o Fluminense sagrou-se
campeão nacional pela terceira vez, sendo este o quarto título nacional do
técnico Muricy Ramalho nesta
década. O título de campeão brasileiro de 2010 foi o primeiro título relevante
conquistado por um clube no Estádio do Engenhão, com o
Cruzeiro, que venceu o Palmeiras, sagrando-se vice-campeão, já que o
Corinthians apenas empatou com o Goiás.
O Fluminense somou 71 pontos, com 20 vitórias, 11 empates e 7 derrotas,
62 gols pró e 36 gols contra, 62,3% de aproveitamento, tendo liderado o
campeonato em 23 das 38 rodadas, com o argentino Conca tendo sido considerado o melhor jogador do campeonato pela CBF (júri e voto popular), jornal
LANCE! e revista
PLACAR, ele que jogou os 38 jogos, foi o artilheiro do time com 9 gols (Washington fez 10
gols no campeonato, mas 2 foram pelo São Paulo) e deu
19 assistências para gols tricolores. O lateral Mariano e o técnico Muricy foram
outros destacados pela imprensa, assim como Émerson foi considerado o herói da
partida decisiva.
Tendo perdido o seu treinador Muricy Ramalho no dia 13
de março, o Fluminense viveu momentos conturbados, mas ainda conseguiu terminar
o Campeonato Carioca de 2011 como vice-campeão, tendo o seu atacante Fred terminado como artilheiro
desta competição. Na disputa da Copa Libertadores da América de 2011, tendo disputado mais uma vez, aquele que era considerado pela imprensa
como o grupo mais difícil da competição, conseguiu classificação para a segunda
fase ao golear o Argentinos Juniors por 4 a 2 em Buenos
Aires, quando tinha apenas 8% de possibilidades matemáticas de se classificar
para a segunda fase segundo os estatísticos, com o time tendo sido recebido por
cerca de 1.000 torcedores em festa ao chegar ao Aeroporto do Galeão em 22
de abril.[63]
Na primeira partida válida pelas oitavas de finais da competição de
clubes mais importante do continente americano, ganhou
do Club Libertad, do Paraguai, por 3 a 1 no Estádio do Engenhão, perante
25.378 torcedores presentes, vindo a ser eliminado por 3 a 0 na partida de
volta, quando jogando cautelosamente para garantir o resultado que lhe
favorecia, tomou dois gols nos últimos cinco minutos da partida.
No Campeonato Brasileiro de 2011 o time tricolor começou bastante irregular, terminando o primeiro turno
em 11º lugar, com 25 pontos em 19 rodadas, passando a ter atuações bastante
convincentes no segundo turno, quando com apenas 11 jogos, fez o mesmo número
de pontos que havia feito em todo o primeiro turno. Ao vencer o time do Figueirense por 4 a
0 no Estádio Orlando Scarpelli, em 20
de novembro, em partida válida pela antepenúltima
rodada, o Fluminense garantiu vaga para a Copa Libertadores da América de 2012, além de conquistar o título simbólico de campeão do segundo turno do
Campeonato Brasileiro, ganhando o Troféu João Saldanha, pois o
único clube que poderia alcançá-lo em número de pontos seria justamente o
Figueirense, que seria derrotado pelo maior número de vitórias tricolores.[64]
Ao fim deste campeonato, o Fluminense obteve a terceira colocação, com
63 pontos, 20 vitórias, 3 empates, 15 derrotas, 60 gols pró (ataque mais
positivo do campeonato) e 51 contra. Fred terminou a competição como
vice-artilheiro, com 22 gols, recorde de um jogador do Fluminense em uma única
edição do Campeonato Brasileiro. Ainda com o Estádio do Maracanã fechado para
obras, o recorde de público do Flu nesta competição foi de 40.232 presentes, na
partida contra o América Mineiro, em 12
de novembro.[65]
2012 foi um ano de quase invencibilidade para o Tricolor. Primeiramente, o
Fluminense conquistou a Taça
Guanabara, após vencer o Vasco por 3 a 1 no Estádio Olímpico João Havelange, com dois gols de Fred e um de Deco, perante 36.374 torcedores
presentes, classificando-se para disputar a final do Campeonato Carioca contra o
Botafogo, que ganharia posteriormente a Taça
Rio. Na primeira partida decisiva, o Fluminense ganhou por 4 a 1, com dois
gols de Rafael Sobis, completando Fred e Marcos Junior para o Flu, vindo a
vencer o Bota de novo na segunda e decisiva partida por 1 a 0 com gol de Rafael
Moura, sagrando-se campeão carioca.
Na primeira fase da Copa Libertadores da América de 2012, o Tricolor enfrentou em jogos de ida e volta os times do Arsenal de Sarandí, Boca Juniors e Zamora, tendo se tornado o quarto
clube brasileiro e primeiro carioca a vencer o Boca Juniors em seu mítico La
Bombonera, por 2 a 1, perante 47.769 pagantes, sendo cerca de 4.000 deles
tricolores, tendo terminado a fase de grupos como o clube com a melhor campanha
entre todos os competidores, assim como havia ocorrido em 2008.
Nas oitavas-de-final, o Fluminense eliminou o Internacional ao empatar
por 0 a 0 em Porto
Alegre, com um pênalti defendido por Cavalieri, e ao ganhar por 2 a 1 o jogo de volta de virada com uma falta ensaiada
cobrada por Thiago Neves que Fred cabeceou para o gol, e novamente numa falta
cobrada por Thiago, mas dessa vez com gol feito por Leandro Euzébio,
classificando-se para enfrentar novamente o Boca Juniors, agora pelas quartas
de finais.
Na primeira partida, com uma arbitragem no mínimo polêmica, criticada
pelas imprensas brasileira e argentina, o Boca derrotou o Fluminense por 1 a 0
em Buenos
Aires, empatando a segunda partida no Engenhão por 1 a 1, com o
Fluminense jogando sem 5 titulares, sendo eles, Deco, Fred, Carlinhos,
Wellington Nem e Valencia. O jogo seguia com gol de Thiago
Carleto para o Flu e a partida iria para os pênaltis, até que Santiago
Silva aos 45' do segundo tempo do jogo fez o gol de empate para o clube
argentino, decretando o resultado final perante 36.276 torcedores presentes,
tendo o Tricolor terminado esta competição em quinto lugar, mesmo assim muito
aplaudido pela torcida.
No Campeonato Brasileiro de 2012, o Fluminense teve que conciliar os jogos com os da fase final da
Libertadores.
O Fluminense, invicto até então, venceu o Flamengo por 1 a 0 com gol de
Fred em 8 de
julho, pela oitava rodada, no primeiro Fla-Flu realizado após o primeiro centenário do grande clássico, centenário que
foi motivo de grandes comemorações e muita divulgação pela imprensa durante a
semana que antecedeu ao confronto. Manteve-se invicto por 11 jogos até que foi
derrotado pelo Grêmio pelo placar mínimo. Apesar da derrota, o time conseguiu
se manter na briga para alcançar o líder, que até então era o Atlético-MG.
Ao final do primeiro turno desta competição, o Fluminense ocupava o
segundo lugar, com 42 pontos, recorde do clube em um único turno do Campeonato
Brasileiro. Na goleada por 4 a 0 sobre o Bahia, o artilheiro Fred faz 2 gols de
pênaltis e se tornou o maior goleador do Fluminense em campeonatos brasileiros,
tendo em média nesse campeonato 0,70 gols.
Na vigésima segunda rodada da competição, o Fluminense alcançou a
liderança ao derrotar o Santos por 3 a 1 no estádio do Engenhão. Posição que
não saiu desde então e com 3 rodadas de antecedência, após ganhar o Palmeiras
por 3 a 2, jogando no estádio de Presidente Prudente com 3 gols de Fred e contando
com o tropeço do Atlético-MG diante do Vasco da Gama (1 a 1), o Tricolor
garantiu o tetracampeonato brasileiro, motivo de muitas comemorações e trio
elétrico na chegada do time às Laranjeiras.
Este Campeonato Brasileiro que o Fluminense fez entrou para a história
do clube, pois desde que a competição conta com a participação de vinte clubes,
no sistema de pontos corridos, o clube das Laranjeiras teve uma das mais
destacadas campanhas, mesmo se desinteressando pelas últimas três partidas,
tendo disputado a última com o time reserva, exceto o lateral direito Bruno, o
que evitou ultrapassar o recorde de pontos do São Paulo em 2006.[66]
Ao final deste campeonato ainda pode-se acrescentar a isso os marcos de
ter a melhor defesa (33 gols), o segundo melhor ataque (61 gols), o menor
número de derrotas (apenas 5), o maior número de vitórias (22) e o artilheiro
do campeonato, Fred, com 20 gols, ele que
recebeu também a premiação da CBF como o melhor jogador.
Na conquista da taça do Superclássico das Américas em 21 de novembro de 2012, o Fluminense esteve representado em campo por cinco jogadores, sendo
eles, o seu goleiro Cavalieri, o lateral Carlinhos, os meias Jean e Thiago
Neves, que participaram da cobrança de pênaltis, além do atacante Fred, autor do gol da Seleção Brasileira nesta
partida, enquanto Edwin Valencia defendeu
a Seleção Colombiana nas
eliminatórias da Copa do Mundo de 2014.
2013: perda de jogadores e problemas jurídicos
envolvendo outros clubes
No Campeonato Carioca 2013, o clube optou por disputar quase todas as
partidas com o time reserva ou misto, a fim de privilegiar a competição
continental, ainda assim vindo a terminar este campeonato em terceiro lugar.
Classificado pela quarta vez em seis anos para disputar a Copa Libertadores da América (em 2009 disputou com brilho a Copa Sul-Americana), o
Fluminense terminou a fase de grupos desta competição como o primeiro colocado
de seu grupo, que tinha ainda o Grêmio, o Club Deportivo Huachipato (Chile) e o Caracas Fútbol Club (Venezuela), habilitando-se para disputar as Oitavas de final contra o Club
Sport Emelec (Equador), quando perdeu a primeira partida com o mando do clube equatoriano por
2 a 1, tendo sido marcado um pênalti contestadíssimo que a deu vitória ao time
oponente, com o Tricolor ganhando a partida de volta por 2 a 0.
Nas Quartas de final, o Fluminense enfrentou o Club
Olimpia (Paraguai), empatando a primeira partida no Rio de Janeiro por 0 a 0, vindo a
perder a partida de volta por 2 a 1, em um jogo marcado pela catimba do time
paraguaio.
O Fluminense ocupava a quarta colocação do Campeonato Brasileiro após
cinco rodadas, antes de sua interrupção para a disputa da Copa das Confederações, mesmo
disputando a competição até este momento com times mistos, interrupção esta
aproveitada para uma excursão aos Estados Unidos da América[67] , na qual além de disputar três jogos treino, venceu a partida
disputada contra o Orlando City Soccer Clubpor 4 a 3, em 22
de junho. Na Copa das Confederações, o artilheiro Fred marcou cinco gols, dois
deles na final contra a Seleção da Espanha, sendo
um dos grandes destaques da conquista brasileira, em elenco do qual também
fizeram parte os jogadores tricolores Diego Cavalieri e Jean.
Em 10
de julho de 2013, o Fluminense assinou contrato de utilização do Maracanã com o
consórcio que administra este estádio, com trinta e cinco anos de duração,
tornando-se o primeiro clube a celebrar acordo de longo prazo para utilização
do Maracanã após a sua grande reforma visando a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014, assim
como após a sua concessão para a iniciativa privada.
Tendo perdido jogadores por contusão, por desligamento do clube e tendo
trocado de técnico durante a competição, com a saída de Abel
Braga e a entrada de Wanderley Luxemburgo, o
Fluminense veio a cair de rendimento após a Copa das Confederações, tendo
terminado o primeiro turno do Campeonato Brasileiro de 2013 em 14º lugar, com 22 pontos.
No segundo turno o time caiu ainda mais de rendimento, jogando a maioria
das rodadas com times titulares diferentes e já sem Deco, Thiago
Neves e Wellington Nem, com Carlinhos, Valencia e Fred sem condições de jogo por
contusões, o time foi muito mal, terminando o campeonato na 17ª posição, mas
salvando-se por conta da Portuguesa de Desportos e do Flamengo terem escalado jogadores
irregulares nas suas últimas partidas, perdendo 4 pontos cada um e com isso
fazendo subir o Fluminense para a 15ª posição,[68] [69] o que já era previsto por especialistas em direito desportivo,[70] com a Lusa e o Flamengo sendo derrotados por unanimidade no STJD, por 5
a 0[71] e por 8 a 0 no julgamento do recurso.[72] [73]
Anulação
do Torneio Initium de 1927.
Em 1927, tendo conquistado o Torneio Início no
campo, o Fluminense pediu a sua anulação em virtude de ter infringido o
regulamento, ao incluir em seus quadros, dois substitutos, em ofício enviado à
AMEA. Dias depois da realização do certame, o Fluminense verificou ter
infringido involuntariamente o regulamento do torneio. Espontaneamente, com
grande surpresa dos outros clubes, que ignoravam o fato, enviou um ofício à
AMEA. A entidade dirigente, em face da comunicação do tricolor, anulou o
Torneio Initium.
"Exmo. Sr. Presidente da Associação Metropolitana
de Esportes Atléticos.
Apresso-me a fazer a V.Excia. ciente de que,
por ocasião da segunda partida disputada pelo Fluminense
Football Club no recente Torneio Initium, foram incluídos, por inadivertência,
em nosso quadro dois substitutos, o que contraria a letra do art. 11 do
regulamento especial do citado torneio.
Pondo V. Excia. ao corrente dessa
irregularidade, cumpre-me relevar que faço com ânimo de
facilitar a fiscalização das respectivas súmulas. Reitero à V. Excia. os
protestos de minha alta estima e distinta consideração.
(a) Benjamin de Oliveira Filho,
secretário."
2014: o retorno de Conca refaz a base vitoriosa
Com o retorno de Conca ao Flu e a recuperação de diversos jogadores
contundidos no final do ano anterior, o Fluminense terminou o Campeonato Brasileiro em sexto lugar, com o Tricolor voltando a ostentar a "coluna vertebral"
vitoriosa de antes (Cavalieri - Gum - Conca - Fred), todos jogadores com
contrato em vigor no ano de 2015, mas com Conca tendo sido vendido para o
futebol chinês em janeiro de 2015.[75]
Em 7 de dezembro de 2014, Fred chegou ao seu 18º gol no Campeonato Brasileiro de 2014, sagrando-se artilheiro desta competição,[76] vindo também a conquistar o Prêmio Chuteira de Ouro da Placar como o maior artilheiro do ano de 2014.[77]
Pesquisa da Pluri Consultoria
revelou que Fred era o quarto jogador de qualquer país preferido pelos
brasileiros, atrás de Neymar, David
Luiz e Messi, e a frente inclusive do também badalado Cristiano
Ronaldo.[78]
2015: glória na base e semifinalista da Copa do
Brasil
Em 11
de julho de 2015 o Fluminense acertou a contratação de Ronaldinho Gaúcho[79] , que veio para ocupar o lugar de Conca na base do time, que ainda
conta com Cavalieri, Gum e Fred, remanescentes do período
vencedor anterior. Ao termino da 13ª rodada no dia seguinte, o Fluminense
ocupava a vice liderança do Campeonato Brasileiro, com 27 pontos.[80] Ao final do Primeiro Turno o Flu ocupava o quarto lugar, com 33 pontos,
a 7 do líder Corinthians.[81] Sem o jogador recuperar a sua melhor condição de jogo, Fluminense e
Ronaldinho rescindiram o contrato em 28
de setembro[82] , com o clube tendo caído para a 12ª colocação ao final do contrato
entre as partes.[83]
O Fluminense sagrou-se o primeiro campeão do Campeonato Brasileiro de
Futebol Sub 20 organizado pela CBF, ao vencer o Vitória-BA por 3 a
0 no Estádio do Barradão no dia 2 de
setembro de 2015. Em 12 jogos, o Flu obteve 10 vitórias e 2 empates, 24 gols marcados e
8 sofridos, o artilheiro, Matheus Pato, com 6 gols e o melhor jogador, Douglas.[84]
Na Copa do Brasil o
Fluminense entrou nas oitavas de final por conta da 6ª colocação no Campeonato Brasileiro de 2014, vindo a passar por Paysandu (2 a 1 e 2 a 1) e Grêmio
(0 a 0 e 1 a 1), chegando as semifinais desta competição contra o Palmeiras, vindo a
vencer a primeira partida, no Maracanã, por 2 a 1 e ser derrotado na segunda
disputada no Allianz Parque pelo
mesmo placar, perdendo a classificação na disputa de pênaltis[85] e terminando em terceiro lugar.[86]
A camisa tricolor é muito marcante, tendo sido descrita pelo jornalista
argentino Luis Paz, como "La camiseta más linda del mundo", em
matéria para o jornal portenho Página/12.[17]
Uniformes titulares
- 1º -
Camisa com listras verticais em encarnado, branco e verde, calção e meias brancas.
- 2º -
Camisa branca com duas faixas verticais em encarnado e verde, calção
encarnado e meias brancas.
- 3º -
Camisa verde, calção azul e meias brancas com detalhes em azul, verde e
encarnado.
- O
terceiro modelo foi apresentado em 24
de abril de 2015, e teve a sua estréia no dia 9
de Maio em partida contra o Joinville, válida pelo Campeonato Brasileiro.[18] A empresa Adidas, fornecedora do clube carioca, faz um novo
modelo de terceiro uniforme a cada dois anos.
Uniformes de treino
- Camisa
laranja com detalhes em branco e verde, calção e
meias laranjas.
- Camisa
verde com detalhes em branco e laranja, calção e
meias pretos.
- Camisa verde com detalhes em branco e laranja, calção verde e meias brancas
HISTORIA DAS CAMISAS DO FLUMINENSE
Patrocinadores
O Fluminense manteve com um de seus antigos patrocinadores e com a sua
anterior fornecedora de materiais esportivos, as mais duradouras relações do
futebol brasileiro, período em que a UNIMED (RJ), entre 1999 e 2014, aumentou o número de segurados de 238.000 para
1.200.000,[19] saltando no mesmo período de quarto lugar entre as seguradoras de saúde
do Brasil, para o de maior seguradora deste ramo.[20] [21] Com a Adidas, o Fluminense manteve relacionamento entre 1996 e 2015, vendendo uma
média de 300.000 camisas por ano.[22]
Sedes
SEDE DO FLUMINENSE NO RIO DE JANEIRO
Estádio de Laranjeiras
ESTADIO DAS LARANJEIRAS
Sua sede social no bairro Laranjeiras faz parte da história Rio de
Janeiro pelos seus bailes, festas e eventos culturais que marcaram várias
gerações. Além disso, é uma obra de arquitetura europeia de grande beleza,
idealizada pelo arquiteto catalão Hypolito Pujol e adornada com elegantes vitrais belgas, em sua fachada.
No ano de 1904, o Fluminense mandou construir uma pequena arquibancada de madeira para
acomodar o público e cobrou pela primeira vez entradas em seus jogos.
Em 1907, o Fluminense inaugurou a sua primeira quadra de Tênis, em 1909 já possuía três e em 1911, quatro. Um grande destaque nos anos iniciais deste esporte foi o
grande aviador e inventor brasileiro Santos Dumont,
associado honorário nº 11 do Tricolor, que durante anos frequentou o clube,
sendo árbitro em vários jogos de tênis.[38]
Em
1915, o Fluminense amplia significativamente a sua
sede, incluindo um aumento da capacidade de suas arquibancadas para 5.000
pessoas, e o Paulistano,
cujos ideais eram iguais aos seus, considera como sócios-temporários os sócios
do Fluminense de passagem por São Paulo.
Foi
em seu Estádio de Laranjeiras, inaugurado em 1919, que a Seleção Brasileira conquistou os seus primeiros títulos relevantes, tendo disputado um
total de dezoito partidas, com quinze vitórias e três empates.[12] Esse estádio também foi palco de
várias decisões de títulos, não só do Fluminense e da Seleção Brasileira, como
também de outros clubes e seleções estaduais.[39]
Em
1919, também foram inaugurados o Parque Aquático e o Stand de Tiro.
Na
tarde de 28 de maio de 1921, o Fluminense apresentou em seu Salão Nobre, o
primeiro vesperal de Arte e Teatro nos moldes dos realizados em grandes salões
da Europa, o que se repetiria por muitos anos.
Em
1922, o Brasil comemorou o Centenário
de sua Independência,
e mais uma vez o governo brasileiro recorreu ao Fluminense, cujas instalações
eram, à época, as mais modernas do continente americano, para assumir a
responsabilidade pelo financiamento e organização do Campeonato Sul-Americano de Seleções e dos Jogos Olímpicos Latino-Americanos, um dos precursores dos Jogos
Pan-Americanos.
O
Fluminense respondeu ao governo brasileiro que não tinha condições de assumir
tal responsabilidade, pois demandava um custo muito alto adaptar suas
instalações para comportar dois eventos de tal magnitude, mas o governo
brasileiro assumiu por escrito grande parte da responsabilidade e o clube
aceitou, embora mais tarde os governantes de então não tenham cumprido sua
parte e o Fluminense tenha arcado sozinho com a organização destes dois grandes
eventos.
O
grande esforço patriótico do Flu deu resultado, pois as duas competições foram
um sucesso, o time das laranjeiras ampliou seu estádio, suas instalações e
construiu um ginásio, tendo dado provavelmente a maior contribuição do país
para os festejos da Independência e sido sede dos dois primeiros títulos
relevantes do selecionado nacional.[40]
No
ano de 1926, o clube inaugurou o Teatro Fluminense, palco
de grandes artistas e espetáculos durante décadas.
No
ano de 1961, o Flu daria outra grande demonstração de
espírito público ao concordar com a desapropriação de parte de seu estádio para
o alargamento da rua Pinheiro Machado, o que lhe trouxe um prejuízo técnico e
financeiro incalculável com o passar dos anos, pois tornou o seu histórico
estádio obsoleto, em troca da melhora do trânsito no bairro Laranjeiras e em
toda a cidade, pois desembocam pelo viaduto da rua Pinheiro Machado milhares de
carros por dia, muitos vindo do Túnel
Santa Bárbara, que
liga o Centro à Zona Sul.
ESTADIO DAS LARANJEIRAS
CT de Xerém
Xerém, distrito da cidade de Duque de Caxias, é o local onde treinam as
categorias de base do Fluminense, em um espaço de 130.000 metros quadrados.
Em
15 de junho de 2007, o Fluminense inaugurou o Hotel Telê Santana, primeiro passo para a instalação
do futebol profissional neste novo Centro de Treinamento. O hotel Telê Santana
tem 26 quartos, piscina, restaurante, bar, sala para preleções e extensa área
verde em seu redor.[41]
Distribuídos
no Centro de Treinamento Vale das
Laranjeiras estão 6 campos para treinos e 1 campo para jogos. O campo
principal (1) possui dimensões máximas oficiais (110x76 m) e normalmente é
utilizado apenas em jogos oficiais das categorias de base. Este campo conta com
uma arquibancada capaz de receber cerca de 2.000 torcedores.
Os
outros seis campos são utilizados para a realização dos treinamentos técnicos
das diversas categorias, sendo um deles especialmente para o treinamento dos
goleiros.
O
Flu orgulha-se do trabalho desenvolvido em Xerém não só pela conquista de
importantes títulos internacionais, difundindo pelo mundo a tradição tricolor,
mas, principalmente, pelo desenvolvimento da formação de atletas e cidadãos.
Segue
a lista de alguns jogadores revelados em Xerém: Roger, Carlos Alberto,
Roberto Brum, Arouca, Diego Souza, Thiago Silva, Jancarlos, Júnior César, Antônio Carlos,
Rodolfo, Fernando Henrique, Toró, Marcelo, Lenny, Digão, Dalton, Tartá, Alan, Maicon, Wellington Nem, Fábio, Rafael, Marcos Júnior, Samuel, Lucas Patinho, Kenedy e Gérson.[42]
CT da Barra
Em
construção, este de centro de treinamento na Barra da Tijuca será o lugar que será utilizado
para treinamento do time profissional do Fluminense, visando uma melhor
preparação física e técnica para a temporada.
O
CT começou a ser construído em 2015 e deve ficar pronto em agosto de 2016,
sendo utilizado já neste ano pelo time.
Estádios
·
Estádio de Laranjeiras
ESTADIO DAS LARANJEIRAS
O
Estádio Manoel Schwartz é mais conhecido como Estádio (do bairro) de
Laranjeiras, Estádio das Laranjeiras, ou também Estádio Álvaro Chaves, devido
ao nome da rua onde se situa.
Foi
o local onde o tricolor carioca mandou seus jogos durante décadas, porém, por
motivos de segurança, em função da grande demanda de público em seus jogos, não
o faz mais, jogando atualmente no Maracanã.
Laranjeiras,
todavia, continua como sede oficial do clube e é o campo onde o time de futebol
realiza seus treinamentos.
Em
14 de agosto de 1904, foi realizado o primeiro jogo interestadual
no Campo da Rua Guanabara, que
ficava no mesmo local do Estádio de Laranjeiras, apenas com o gramado em
posição diferente, contra o Paulistano.
Havia
uma distinção entre conceitos de estruturas no início do século XX, de modo que o Campo da Rua Guanabara, com as suas
arquibancadas de madeira, ainda não era considerado um estádio, sendo o Estádio
de Laranjeiras o primeiro a ser totalmente construído de cimento na América Latina.
Já
a primeira partida do Flu no Estádio de Laranjeiras, foi na vitória por 4 a 1
sobre o Vila Isabel
em 13 de
julho de 1919, pelo Returno do Campeonato Carioca, com os
gols tricolores tendo sido marcados por Henry Welfare (3) e Machado.
O
tradicional estádio foi palco de grandes conquistas do Tricolor, de muitas decisões de campeonatos, com o Flu tendo
conquistado 18 títulos em seu estádio (incluindo 6 torneios início). Foi também
a primeira casa da Seleção Brasileira, onde a canarinho ganhou os seus primeiros títulos oficiais relevantes e
se tornou conhecida no mundo.
Inaugurado
em 1919 com capacidade para 18.000 pessoas e tendo tido sua capacidade ampliada
para 25.000 pessoas já a partir de 1922, em alguns jogos este estádio teve públicos estimados
maiores que a sua capacidade, mas aparentemente o recorde de público pagante
foi na partida Fluminense 3 a 1 Flamengo, em 14 de junho de 1925, quando 25.718 espectadores pagaram ingressos,
embora nos dias de hoje se desconheça o público da partida do Fluminense contra
o Sporting, realizada em 15 de julho de 1928, na disputa da Taça Vulcain, com o estádio lotado e mais 2.000 cadeiras sendo
colocadas na pista de atletismo para comportar o público presente.[43]
O
Estádio das Laranjeiras recebeu iluminação artificial já em 21 de junho de 1928, tendo sido ela inaugurada
na partida disputada entre a Seleção Carioca de Futebol e o Motherwell,
da Escócia.[44]
Atualmente
a sua capacidade é de 8.000 pessoas, após a demolição de parte de suas
arquibancadas em 1961 e medidas para garantir a segurança
e o conforto de eventuais assistentes, já que o estádio está desativado para
jogos oficiais.
Por
conta disso, o Fluminense não manda seus compromissos futebolísticos no seu estádio,
pois esse não tem mais condições de segurança e capacidade para receber eventos
de grande porte, sendo atualmente usado apenas para treinos e pequenos eventos
comemorativos.
O
Fluminense disputou em Laranjeiras 839 partidas, com 531 vitórias, 158 empates
e 150 derrotas, 2.206 gols pró e 1049 gols contra, até o último jogo disputado,
em 26 de
fevereiro de 2003, no empate de 3 a 3 contra o Americano, pelo Campeonato Carioca.[45]
ESTADIO DAS LARANJEIRAS
Estádio do Maracanã
O Estádio Jornalista Mário Filho, mais conhecido como Maracanã, se
localiza na cidade do Rio de Janeiro e foi
inaugurado em 1950 com capacidade para receber 200 mil pessoas, tendo sido
utilizado na Copa do Mundo daquele ano.
Desde então, o Maracanã foi palco de grandes momentos do futebol
brasileiro e mundial, como finais do Campeonato Carioca de Futebol, Torneio Rio-São Paulo, Campeonato Brasileiro, Copa Libertadores da América, Mundial de Clubes da FIFA e da Copa Rio, além de competições
internacionais entre seleções nacionais e partidas amistosas da Seleção
Brasileira.
O Maracanã foi também um dos locais de competição dos Jogos Pan-Americanos de 2007, recebendo as partidas de futebol e as suas cerimônias de abertura e de
encerramento.
Ao longo do tempo, no entanto, o estádio também passou a assumir caráter
de espaço multiuso ao receber outros eventos como espetáculos e partidas de
outros esportes, como o voleibol em uma oportunidade.
Após diversas obras para modernização, conforto e segurança, a
capacidade do estádio era de cerca de 86 mil espectadores antes da paralisação
para as obras visando a Copa do Mundo de 2014, sendo
reduzida ainda mais após o fim das obras, para 78.838 torcedores,[46] o que não lhe tirou o título de maior estádio do Brasil, embora tenha perdido no fim do século anterior, o título de maior
estádio do mundo.
O
Fluminense atualmente manda seus jogos no Maracanã, que mesmo não sendo de propriedade do clube,
e sim do Governo do Estado do Rio de Janeiro, é a casa da Torcida Tricolor,
tendo o Fluminense conquistado 37 títulos de campeão apenas considerando a
categoria de profissionais, no grande e mítico estádio, além de outras tantas
campanhas inesquecíveis disputadas nele, tais como as dos vice-campeonatos da Copa Libertadores da América e da Copa
Sul-Americana, ou o
desfile de craques da equipe conhecida como a Máquina Tricolor.[47] [48]
O
Fluminense disputou no Maracanã 1 631 partidas, com 798 vitórias, 415 empates e
418 derrotas, 2 706 gols pró e 1 767 gols contra, até o jogo disputado em 11 de
abril de 2015, na vitória de 2 a 1 no Clássico
Vovô, válido pelo
Campeonato Carioca de 2015.[49]
No
dia 10 de julho de 2013, o Fluminense assinou contrato de 35 anos de uso do
Maracanã com o consórcio administrador do estádio. Além de ter o jogador que
marcou o primeiro gol da história no estádio, Didi, e o primeiro na inauguração oficial com Fred, foi o primeiro a entrar em acordo
e oficializar o uso do estádio em jogos onde o mando de campo é do Flu. Por
conta disto, foi determinado no contrato que em todo jogo, onde o mando de
campo for do Fluminense, a torcida irá se posicionar no lado Direito.
·
Estádio do Engenhão
Desde 8 de setembro de 2010, quando o Maracanã foi fechado para obras, o
Flu passou a realizar a maioria de seus jogos no Estádio Olímpico João Havelange, conhecido como Engenhão.
O Engenhão, construído pela Prefeitura do Rio, foi
inaugurado em um Clássico Vovô, quando o Fluminense, que
tinha o mando de campo, jogou contra o Botafogo em partida válida pelo Campeonato Brasileiro de 2007, com o jogador Alex Dias, do Flu,
tendo sido o autor do primeiro gol, onde em 2010 o Tricolor foi campeão brasileiro - sendo este o primeiro título relevante conquistado por um clube
carioca neste novo palco.
Neste estádio, o Fluminense conquistou além do Campeonato Brasileiro de de
2010, o Campeonato Carioca de 2012.
Até o fim do Campeonato Carioca de 2015, o Flu disputou neste estádio 93 jogos, com 42 vitórias, 29 empates e
22 derrotas, 144 gols a favor e 99 contra, disputando nele as partidas pelas Copas Libertadores de 2011, 2012 e 2013.[50]
Intercontinentais
Competição Títulos Temporadas
Nacionais
Competição Títulos Temporadas
Interestaduais
Competição Títulos Temporadas
Estaduais
Competição Títulos Temporadas
Campeonato Carioca 31 1906, 1907(6), 1908, 1909, 1911, 1917, 1918, 1919, 1924, 1936, 1937, 1938, 1940, 1941, 1946(7), 1951, 1959, 1964, 1969, 1971, 1973, 1975, 1976, 1980, 1983, 1984, 1985, 1995, 2002, 2005 e 2012
(1) O
Fluminense é o único clube de futebol no mundo a ter conquistado a Taça
Olímpica e a única instituição brasileira a ter seu nome inscrito nela.
(3) Por ter sido o clube carioca com maior número de títulos estaduais no século passado.
(4) Título reconhecido em 2010 pela CBF, apesar de já ser listado pela antiga CBD como campeonato nacional em seus boletins oficiais entre 1971 e 1974.
(5) Em 1940 a competição foi interrompida com Fluminense e Flamengo na liderança, sem que a CBD oficializasse o título.
(6) Título compartilhado com o Botafogo.
(7) Esta edição da competição ficou conhecida como Supercampeonato Carioca.
(8) Como competição independente do Campeonato Carioca, em 1966, 1969 e 1971.''
(9) Primeiro Turno de 1970, Troféu Fadel Fadel (2º Turno de 1972), Taça Francisco Laport (2° turno de 1973), Taça Amadeu Rodrigues Sequeira (3° turno de 1976), Taça João Coelho Netto (1º Turno de 1980).
(10) Em 1927, tendo conquistado o título no campo, o Fluminense pediu a sua anulação em virtude de ter infringido o regulamento, ao incluir em seus quadros, dois substitutos, em ofício enviado à AMEA.
Campeão invicto.
(3) Por ter sido o clube carioca com maior número de títulos estaduais no século passado.
(4) Título reconhecido em 2010 pela CBF, apesar de já ser listado pela antiga CBD como campeonato nacional em seus boletins oficiais entre 1971 e 1974.
(5) Em 1940 a competição foi interrompida com Fluminense e Flamengo na liderança, sem que a CBD oficializasse o título.
(6) Título compartilhado com o Botafogo.
(7) Esta edição da competição ficou conhecida como Supercampeonato Carioca.
(8) Como competição independente do Campeonato Carioca, em 1966, 1969 e 1971.''
(9) Primeiro Turno de 1970, Troféu Fadel Fadel (2º Turno de 1972), Taça Francisco Laport (2° turno de 1973), Taça Amadeu Rodrigues Sequeira (3° turno de 1976), Taça João Coelho Netto (1º Turno de 1980).
(10) Em 1927, tendo conquistado o título no campo, o Fluminense pediu a sua anulação em virtude de ter infringido o regulamento, ao incluir em seus quadros, dois substitutos, em ofício enviado à AMEA.
Campeão invicto.