O Futebol
no Brasil
foi introduzido por Charles Miller, um jovem brasileiro que, após viagem
pela Inglaterra,
trouxe consigo duas bolas
de futebol e passou a tentar converter a comunidade de expatriados britânicos
da cidade de São Paulo de jogadores de críquete
para futebolistas, criando um clube de futebol no Brasil.
O futebol se tornou rapidamente uma grande paixão para os brasileiros,
quase uma religião, que frequentemente referem-se ao país como "a pátria
de chuteiras" ou o "país do futebol".
Segundo pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas, o futebol
movimenta R$ 16 bilhões por ano, tendo trinta milhões de praticantes
(aproximadamente 16% da população total), 800 clubes profissionais, 13 mil
times amadores e 11 mil atletas federados.[1]
[2]
Os maiores campeões brasileiros são Palmeiras e Santos, ambos com 8 títulos,[3]
seguidos de São Paulo e Corinthians com 6, e Flamengo com 5. Completam a lista dos
campeões, Cruzeiro, Fluminense e Vasco com 4, Internacional 3, Bahia, Botafogo e Grêmio com 2, Atlético Mineiro, Atlético Paranaense, Coritiba, Guarani e Sport, com 1 título.[4]
O melhor time brasileiro no Ranking Mundial de Clubes da IFFHS
atualmente, é o Atlético Mineiro, que ocupa a 20° posição. O
único clube brasileiro a liderar o ranking mundial da IFFHS foi o Palmeiras que liderou por 4 vezes
durante o ano de 1999
BEM AMIGOS DO ANOTANDO FÚTBOL , DE AGORA EN DIANTE : FUTEBOL BRASILEIRO
ANOTANDO FÚTBOL EM PORTUGUES -
"VOCES VAO TER QUE ME ENGOLIR" MARIO LOBO ZAGALLO
A História do futebol
no Brasil começou em 1895, pelas mãos dos ingleses, assim como na maioria dos outros
países. Os primeiros clubes começaram a se formar neste período. Assim como a
fundação dos clubes, a prática também era restrita à elite branca. Diz-se
que a primeira bola
de futebol do país
foi trazida em 1894
pelo paulista Charles William Miller. A aristocracia
dominava as ligas de futebol, enquanto o esporte começava a ganhar as várzeas. As
camadas mais pobres da população e até negros podiam apenas
assistir. Somente na década de 1920, os negros passaram a
ser aceitos ao passo que o futebol se massifica,
especialmente com a profissionalização em 1933
.
A HISTORIA DO PRECURSOS CHARLES MILLER
CHARLES MILLER
.
Alguns clubes, principalmente fora do então Distrito Federal e do estado de São Paulo,
ainda resistiam à modernização e continuavam amadores. Mas com o passar do
tempo, quase todos foram se acomodando à nova realidade. Diversos clubes
tradicionais e consagrados abandonaram a elite do futebol, ou até mesmo o
esporte por completo.
Durante os governos, principalmente de Vargas,
foi feito um grande esforço para alavancar o futebol no país.
A construção do Maracanã e a Copa do Mundo do Brasil (1950), por exemplo,
foram na Era
Vargas. A vitória no Mundial de 1958, com um time comandado pelos negros Didi
e Pelé, o mestiço Garrincha e
pelo capitão paulista Bellini, ratificou o futebol como
principal elemento da identificação nacional, já que reúne pessoas de todas as
cores, condições sociais, credos e diferentes regiões do país.
Como em muitos países, o futebol chegou ao Brasil nos pés de ingleses expatriados. No Brasil, é amplamente considerado
que o pai do futebol foi Charles Miller, o filho de um empregado de uma empresa ferroviária. Miller, que era nascido no Brasil, foi à
Inglaterra para estudar na Banister Court School. Lá, se tornou um admirador do
futebol e quando retornou ao Brasil, em 1894, trouxe
com ele duas bolas na mala.
“
|
Numa tarde fria de outono em 1895, reuni
os amigos e convidei-os a disputarem uma partida de football. Aquele nome,
por si só, era novidade, já que naquela época somente conheciam o críquete.
- Como
é esse jogo? - perguntam uns.
- Com
que bola vamos jogar? - indagavam outros.
- Eu
tenho a bola. O que é preciso é enchê-la.
-
Encher com o quê - perguntavam.
|
CARIOCAS VS PAULISTAS EM 1949 ” |
Foi assim, que, de acordo com Charles Miller, o futebol começou no Brasil, numa entrevista dada à revista O Cruzeiro em 1952.[1] Em 1895 houve o
que é considerado o primeiro jogo de futebol no país. Na Várzea do Carmo, em São Paulo, em 14 de abril,[2] [3] uma partida entre ingleses e anglo-brasileiros,
formados pelos funcionários da São Paulo Gás Company e da Estrada de Ferro São Paulo Railway. O amistoso terminou em 4 a 2,
com vitória do São Paulo Railway.[4]
No entanto, há registros que afirmam que o esporte já
havia sido praticado no país anteriormente. Em 1874,
marinheiros estrangeiros disputaram uma partida em praias
cariocas. Em 1878,
tripulantes do navio Criméia
enfrentaram-se em uma exibição para a Princesa Isabel. Em 1886, o Colégio
Anchieta,
em Nova Friburgo, impunha
regularmente a prática do futebol, por influência dos padres jesuítas.[5] [6] O pioneirismo de Miller também é
contestado pelo Bangu Atlético
Clube,
que afirma ser o escocês Thomas Donohoe quem introduziu o esporte em terras
brasileiras. Thomas, que era um técnico da firma inglesa Platt Brothers and
Co., de Southampton, tinha sido
contratado para ajudar na implantação da fábrica têxtil
de Bangu.
Em 1894, teria ido a Inglaterra e de lá trazido uma bola, dando pontapé ao
primeiro jogo de futebol brasileiro, em maio de 1894, quatro meses antes de
Miller.
[7] Já para o historiador Loris Baena Cunha, haveria registros de
uma partida entre funcionários ingleses da Amazon Steam Navigation Company
Ltd., da Parah Gaz Company e da Western Telegraph, no Pará, em 1890.[6]
SAO PAULO ATHLETIC CLUBE FUNDADO EM 1888 CLUBE DE CHARLES MILLER
Há também outras histórias não comprovadas. É dito que, em 1882, um
homem chamado Mr. Hugh teria introduzido o futebol em Jundiaí, entre seus funcionários. Diz-se também que entre 1875 e 1876, no
campo do Paissandu
Atlético Clube, na
cidade do Rio de Janeiro, funcionários de duas companhias
teriam jogado uma partida. Contudo, a hipótese a partir de Charles Miller é a mais aceita e difundida no cotidiano
brasileiro.
SAO BENTO DE SAO PAULO 1914 VENCEU AO PAULISTANO
VARZEA DO BOM RETIRO- SAO PAULO 1889
Logo após a sua introdução, o esporte começou a se difundir por outros
estados. Em 1897 o estudante Oscar Cox, regressando da Suíça, introduziu o futebol no Rio de Janeiro. A primeira equipe do estado foi
o Rio Team, formada por Cox em 1901.[8] No Rio Grande do Sul a tarefa coube a Johannes Minerman e Richard
Woelckers, em 1900, fundadores do Sport Club Rio Grande no mesmo ano. Na Bahia, a José
Ferreira Filho, o Zuza Ferreira, que retornara da Inglaterra após cinco anos de estudos, em 28 de outubro de 1901. Em 1903
Guilherme de Aquino Fonseca após estudar na Hooton Lown School, na Inglaterra, voltou a Pernambuco e em 1905 fundou o
Sport Club do Recife. Vito Serpa trouxe o esporte a Minas Gerais em 1904 e
Charles Miller Wright ao Paraná em 1908.[9]
CAMPO DO SAO PAULO ATHLETIC: CHARLES MILLER JOGANDO UM PAULISTAS VS CARIOCAS EM 1901
1901: SAO PAULO ATHLETIC 2 X 2 RIO TEAM
Primeiros
campeonatos e clubes
O São Paulo Athletic Club foi a primeira
equipe de futebol do Brasil, formada em 1894 por Charles Miller. Já o Associação Atlética Mackenzie
College foi o primeiro time voltado para brasileiros, em 1898. O primeiro clube
destinado só ao futebol foi o paulista Sport Club Internacional, fundado em 1899 e já extinto.
Logo depois, no mesmo ano, foi fundado o Sport Club Germânia pelo alemão Hans
Nobiling, hoje com o nome de Esporte Clube Pinheiros.
Devido a extinção do departamento de futebol do Germânia, o Sport Club Rio Grande é considerado primeiro
clube de futebol, ainda em atividade, a ser fundando no Brasil . Está
localizado na cidade do Rio Grande no Estado do Rio
Grande do Sul. Em homenagem ao clube, a extinta CBD (hoje CBF), em 1976, instituiu a data
de fundação do clube - 19 de julho - como o "Dia do Futebol".[10]
A Associação Atlética Ponte Preta
(AAPP) de Campinas, São Paulo, é o clube mais antigo em atividade depois do
Sport Club Rio Grande, fundado em 11 de Agosto de 1900, 23 dias depois.
Em 1901 o
primeiro confronto entre paulistas e cariocas, que viria a ser consolidado em 1933 com o surgimento
do Torneio Rio-São Paulo. Entusiasmado com o
time formado pelo Rio Team, Oscar Cox, que como indica no site do Fluminense Football Club esse seria o seu
definitivo nome, começou a se corresponder com Renê Vanorden, do extinto Sport
Club Internacional, Charles Miller e Antonio Casemiro da Costa, que
viria a ser o fundador da Liga Paulista de Football, sobre a ideia de um jogo
entre paulistas e cariocas.[11]
O mesmo ocorreu no dia 19 de outubro, no campo do São Paulo Athletic Club. O primeiro jogo
terminou empatado em 1 a 1. No dia seguinte outra partida, que também acabou em
um empate de 2 a 2.
No mesmo ano foi fundado a Liga Paulista de Football, em 19
de dezembro. Em 1902,
foi realizado o primeiro campeonato oficial no Brasil, o Campeonato Paulista de Futebol, onde
o extinto São Paulo Athletic Club sagrou-se campeão.
Pouco a pouco, novos clubes foram surgindo no estado paulista, como o SC Americano, AA São Bento, SC Internacional, Ypiranga e o Paulistano, clubes este que tiveram forte
atuação nos primeiros anos do século XX,
mas logo deixaram de praticar o futebol em São Paulo.
Na Bahia, é fundada a liga
de futebol do estado, em 1905. A Liga Bahiana
de Sports Terrestres
teve quatro clubes fundadores: São Paulo Clube (que não participou do
campeonato), Clube
Internacional de Cricket, Sport Club Victoria e Sport Club Bahiano. O Clube
de Natação e Regatas São Salvador filiou-se à liga pouco antes do começo do
primeiro certame, que consagraria o Internacional de Cricket como campeão.
Destes, apenas o Victoria, atual Esporte Clube
Vitória
e fundado em 1899 como Club de Cricket Victoria,
mantém contatos com o esporte atualmente.
No Rio de Janeiro, no dia 21 de Julho de 1902 foi fundado o Fluminense
Football Club,
primeiro clube de futebol do estado que estimularia a criação de uma liga
carioca e organizaria o futebol na cidade. A partir de 1904,
novos clubes surgiram, entre eles, destacam-se o Botafogo Football
Club
(atual Botafogo
de Futebol e Regatas)
e o América, esses do Rio de Janeiro. Em 1906,
o primeiro Campeonato
Carioca
foi disputado, no qual o Fluminense foi campeão. Em 30 de maio de 1909,
depois de cinco anos de sua criação, o Botafogo estabeleceu o recorde de maior
goleada da história do futebol brasileiro, vencendo o Sport Club
Mangueira
por 24 a 0, pelo Campeonato Carioca daquele ano. O artilheiro da partida foi Gilbert Hime, que fez nove gols, recorde até 1976,
quando Dario marcou dez no
jogo Sport 14 a 0 Santo
Amaro,
pelo Campeonato
Pernambucano.
O Mangueira acabou desistindo da disputa a quatro rodadas do final.[12]
Entre 1910
e 1919, mais times
e federações surgiram. O esporte tornou-se cada vez mais popular. Em 1910, por exemplo,
após uma visita do Corinthian FC de Londres ao Brasil,
surgiu em São Paulo o atual Sport Club Corinthians Paulista.[13]
Outro futuro grande clube seria fundado dois anos depois: o Santos Futebol Clube, com sede em Santos, SP. Em 1912, o Clube de Regatas do Flamengo começaria
a jogar futebol,[14]
assim como Club de Regatas Vasco da Gama faria
em 1915,[15]
clubes estes que existiam desde o século
XIX, mas que iniciaram com a prática do remo
no Rio
de Janeiro.[14]
[15]
Inicialmente, apenas pessoas de pele branca podiam jogar futebol no
Brasil como profissionais, dado o fato de a maioria dos primeiros clubes terem
sido fundados por estrangeiros. Em jogo contra o seu ex-clube, o America do Rio
de Janeiro, o mestiço Carlos Alberto no Campeonato Carioca de 1914, por conta
própria, chegou a cobrir-se com pó-de-arroz
para que ele parecesse branco. Porém, com o decorrer da partida, o suor cobriu a maquiagem
de pó-de-arroz e a farsa foi desfeita. A torcida do América, que o conhecia -
ele havia sido um dos jogadores que saíram do clube na cisão interna de 1914,
tendo sido campeão carioca em 1913 - começou a persegui-lo e a gritar
"pó-de-arroz", apelido que acabou sendo absorvido pela torcida do Fluminense, que passou a jogar pó-de-arroz
e talco à entrada
de seu time em campo.[16]
Surgem os campeonatos regionais, e público e imprensa,
interessados cada vez mais pelo esporte, difundiram-no pelo país. Separa-se do tênis e do críquete,
esportes da elite, para despertar o interesse de toda a massa, principalmente
na década de 1920, quando os negros começaram a
ser aceitos em outros clubes. O Vasco foi o primeiro dos clubes
grandes a vencer títulos com uma equipe repleta de jogadores negros e pobres.
1906 PRIMEIRO JOGO INTERNACIONAL NO VELODROMO: PAULISTAS VS SUDÁFRICA
SAO PAULO ATHLETIC TRI CAMPEAO PAULISTA 1904
Criação
Brasileira - SELECAO
Com a fundação da Federação Brasileira de Sports (FBS) em 1914, a Seleção
Brasileira tem sua
estreia em um jogo considerado não oficial pela FIFA contra a
equipe britânica do Exeter City. Realizado no Estádio do Fluminense
Football Club nas Laranjeiras, na
cidade do Rio de Janeiro, os anfitriões ficaram com a vitória por 2 a 0. O
primeiro título do país veio dois meses mais tarde, quando o Brasil venceu a seleção da
Argentina no campo
do Club de Gimnasia y Esgrima, em Buenos Aires, por 1 a 0, trazendo a Copa Roca para casa.[17]
Críticas
Apesar de ter se consolidado como o esporte preferido dos brasileiros já na década de 1920, o futebol não foi visto com bons olhos durante sua
popularização pelo país. As mais pesadas críticas vieram de setores da elite intelectual. O escritor
Graciliano Ramos escreveu em sua crônica
"Traças a Esmo" que o futebol era a prova da superioridade européia
sobre o brasileiro, afirmando que sua popularidade seria apenas passageira (fogo
de palha) pelo frágil biotipo dos que habitavam o Brasil.[18] Graciliano Ramos terminava a crônica de forma
irônica:
“
|
Os verdadeiros esportes regionais estão aí
abandonados: o porrete, o cachação, a queda de braço, a corrida a pé, tão útil a um cidadão que se dedica ao
arriscado ofício de furtar galinhas, a pega de bois, o calto, a cavalhada, e o melhor de tudo, o cambapé, a rasteira. A
rasteira! Esse sim é o esporte nacional por excelência!
|
”
|
As críticas mais contundentes, contudo, partiram do escritor Lima Barreto. Barreto via no futebol um fator de dissensão, e
nos clubes, agremiações comandadas por descendentes dos senhores de escravos. Em seu artigo "Como Resposta,
Careta", na publicação "Marginalia", o escritor afirma ser o futebol "primado da ignorância e da imbecialidade".[19] Por tais opiniões Lima Barreto chegou a criar a
""Liga Contra o Foot-ball", no qual tentava a proibição
do esporte no país usando como justificativa supostos malefícios da prática do
mesmo, como brigas e mortes.[20] Apesar de nunca ter sido proibido no Brasil, chegaram a ser discutidas limitações para o
exercício do futebol. Em 1916, a Academia Nacional de
Medicina estudou a hipótese da proibição do jogo para menores de 18 anos. Em
1919 a prática foi vetada no Colégio Pedro II, do Rio de Janeiro.[20]
Da mesma forma que não fora recebido com simpatia pela elite
intelectual, o mesmo acontecera em relação a classe trabalhadora. As lideranças
sindicais da época, compostas em sua maioria por anarquistas e comunistas, viam o esporte com desconfiança, por acharem-o
uma forma de alienação produzida pelos donos das fábricas
para desviar a atenção do proletariado em relação à causa operária. Para tais lideranças,
o futebol era "mera expressão da manipulação consumista e alienante da burguesia".[20]
A relação com os líderes sindicais começou a mudar a partir da década de
1910, quando as lideranças passaram a perceber que poderiam angariar membros a
causa anarquista/comunista por meio do esporte. Assim, se tornaram comum
eventos que, para divulgar a doutrina trabalhadora, usavam como pretexto
partidas entre times operários. Foi assim que em 1919 criou-se
o Festival Operário de 1919, onde equipes formadas pelos operários disputavam
amistosos entre si.[20]
A
popularização e o fim do amadorismo
A década de 1920 é considerada como o marco para a
popularização do futebol no Brasil. O exemplo mais claro do fenômeno que se tornara
ocorreu na final do terceiro campeonato Sul-Americano de Futebol (hoje Copa América), quando a seleção
brasileira
enfrentou o seleção
uruguaia, em 29
de maio de 1919. Era a primeira vez que a seleção brasileira chegava tão longe
no torneio. A expectativa para a partida era tamanha que o presidente da época,
Delfim Moreira, decretou ponto facultativo nas
repartições públicas, enquanto que o comércio do Rio de Janeiro não abriu as portas naquele dia.[21] Mesmo em outros estados a partida ganhou contornos
patrióticos, como relata o jornal O Estado de S. Paulo:
“
|
No círculo dos jovens, considera-se impatriótico
o desinteresse do desfecho do certâmen continental, declarado que seja por um
brasileiro! … e nas rodas mundanas, não se admite nem por esnobismo, uma
afirmativa desta natureza.[22]
|
”
|
FLA X FLU O CLASSICO DO RIO DE JANEIRO
A popularização do esporte iniciou a briga entre o amadorismo, a realidade da época, e o profissionalismo. Os primeiros indícios de jogadores assalariados vêm do futebol operário. Inicialmente usado como lazer e fonte de disciplinarização para seus funcionários, os donos de fábricas logo perceberam que o sucesso das equipes que levavam o nome da fábrica era um ótimo meio de divulgação dos seus produtos. Os trabalhadores que se destacavam com a bola nos pés começaram então a gozar de vários benefícios, como prêmios por vitória (o 'bicho'), dispensa para treinos e trabalhos mais leves. Ocorria assim, pela primeira vez, a valorização do 'capital esportivo'.[23] Surgia então o que foi chamado do 'operário-jogador'. Sobre isso, o escritor Mário Filho, abordando o caso específico do Bangu, fala no livro O Negro no Futebol Brasileiro:
“
|
Operário que jogasse bem futebol, que garantisse
um lugar no primeiro time, ia logo para a sala do pano. Trabalho mais leve.(...) Os garotos que jogavam
no largo da igreja sabiam que, quando crescessem, se fossem bons jogadores de
futebol, teriam lugares garantidos na fábrica. (...) Depois de
trabalhar muito, e principalmente, de jogar muito, o operário-jogador ganhava
o prêmio da sala do pano. E podia ser ainda melhor se continuasse a merecer a
confiança da fábrica, do Bangu. Havia o escritório, o trabalho mais suave do
que na sala do pano. E o ordenado maior.[24]
|
”
|
O aparecimento do 'operário-jogador' proporcionou aos operários a
possibilidade de o esporte ser uma segunda fonte de renda, além de
uma relativa mobilidade social dentro da fábrica. A prática começou então a ser
vista como possibilidade de ascensão social. Exemplo claro desse processo, o
jogador Domingos da Guia, que fez muito sucesso na década de 1930, relatou numa entrevista que seu início no futebol
começou muito mais por necessidade do que por vontade própria. Seu interesse na
atividade se dava pelos lucrativos 'bichos' que recebia após cada vitória.[25]
Início de uma nova era
O profissionalismo começou a ganhar ares de
realidade com o Vasco da
Gama, em 1923. Com o
departamento de futebol criado em 1915,[15] desde essa época o Vasco, junto com alguns outros
clubes do subúrbio, reuniam jogadores de baixa
renda, baixa escolaridade até mesmo desempregados, o que inquietava a elite carioca. Esta jogava
pela ideologia do que foi chamada ethos amador.[26] Isto é, o principal aspecto do esporte seria a sua
prática por divertimento, sem qualquer interesse pecuniário.[26] A participação esportiva seria um direito de tal
classe, e portanto, dirigida a mesma e com regras egocêntricas. Assim, a entrada no futebol de jogadores que
jogavam pela renda proporcionada, e não por uma busca de divertimento, seria
uma ameaça a tal ideologia dominante. Sendo assim, a inserção das camadas mais
baixas no futebol era visto como uma potencial ameaça aos clubes elitistas da Zona Sul do Rio de Janeiro.
Tal ameaça, contudo, nunca foi seriamente combatida, já que os clubes
que adotavam entre suas fileiras esportistas pouco abastados disputavam
divisões inferiores aos que os 'grandes clubes' disputavam. Assim, por algum
tempo o futebol da cidade viu-se divido entre o amadorismo da divisão principal
e o semi-profissionalismo, ou 'profissionalismo marrom', presente em divisões
mais baixas.
Isso até 1923, quando o Vasco ascendeu a primeira divisão do Campeonato
Carioca de Futebol, após
ter vencido a segunda divisão estadual. No elenco vascaíno, a clara mistura que
existia nos times do subúrbio: a equipe era composta pelo chofer de táxi Nelson da Conceição, o estivador Nicolino, o pintor de parede Ceci e o motorista de
caminhão Bolão, todos negros, além de quatro brancos analfabetos.[27]
O escrete cruzmaltino, apesar da descrença em seu potencial, terminou o
primeiro turno com uma campanha muito a frente dos seus rivais, com seis
vitórias e um empate em sete jogos disputados.[28] A boa campanha continuou no segundo turno e levou
ao clube a vitória do Campeonato
Carioca. Se por
um lado negros e analfabetos até aquela época não tinham incomodado, a vitória
vascaína não podia ser suportada pela elite, já que havia uma clara invasão de
indivíduos sem status social numa prática até então restrita
aos setores mais abastados da sociedade. Sobre a vitória do Vasco, assim
escreve Mário Filho:
“
|
Desaparecera a vantagem de ser de boa família, de
ser estudante, de ser branco. O rapaz de boa família, o estudante, o branco,
tinha de competir, em igualdade de condições, com o pé-rapado, quase
analfabeto, o mulato e o preto para ver quem jogava melhor. Era uma
verdadeira revolução que se operava no futebol brasileiro.[29]
|
O POLEMICO CLUBE DOS 13 DE 1987 - COPA UNIAO ” |
Indignados, os chamados 'grandes clubes' começaram a articular na Liga
Metropolitana dos Desportos Terrestres (LMDT) uma forma de conter o avanço do
profissionalismo. Acusando a LMDT de 'populismo' por apoiar os 'pequenos',[30] os clubes da Zona Sul exigiram mudanças no regulamento
interno da Liga, entre as quais cada clube teria um voto com um certo valor,
cabendo a América, Botafogo, Flamengo e Fluminense a maior pontuação. Tais mudanças
não foram aceitas pela maioria das equipes restantes, o que levou a um racha no
futebol carioca: os grandes mais alguns outros clubes abandonaram a LMDT e
fundaram em 1 de março de 1924 a
Associação Metropolitana de Esportes Athleticos - AMEA.
O caráter excludente da nova liga se tornava claro logo em seu estatuto
(direita), que excluia da prática esportiva desempregados, analfabetos e
"os que tirem os seus meios de subsistência de qualquer profissão
braçal".
O amadorismo, contudo, não podia resistir ainda por muito tempo, seja
pelo situação interna do futebol no Brasil e até mesmo no mundo. Em 1923, na Itália, a Juventus pagou pela transferência do atleta Viri Rosetta.
Os dirigentes do seu antigo clube entraram na justiça pedindo a anulação dos
pontos conquistados com ele em campo. O tribunal italiano deu ganho de causa à
Juventus, abrindo o precedente para que as equipes tirassem jogadores de outras
agremiações à custa de dinheiro, iniciando assim o profissionalismo no país.[31] De modo semelhante, desde 1924 diversas outras
nações adotaram o profissionalismo, como Espanha e Áustria, na Europa, além dos vizinhos sul-americanos Argentina e Uruguai. A difusão do profissionalismo fez com que a FIFA em 1930
autorizasse na primeira Copa do Mundo a participação de atletas que
recebiam ordenados.
Internamente a situação também foi se tornando complicada para o
amadorismo. Em 1932 um grupo de jogadores publicaram no jornal Gazeta Esportiva um manifesto onde pediam pelo direito de exercer
sua profissão de jogador de futebol.[32] Em 1933 o jogador Floriano Peixoto Correa,
conhecido como Marechal da Vitória, publica o livro "Grandezas e Misérias
do Nosso Futebol", onde aborda de forma crítica o amadorismo. Segundo
Correa:
“
|
Com o desenvolvimento do soccer no país,
aumentou, naturalmente, o desenvolvimento do profissionalismo oculto. E o
profissionalismo que devia ter sido legalizado nessa ocasião, passou a
desfrutar uma proteção escandalosa de nossas entidades, clubes e paredros,
unidos num deslavado semvergonhismo que depunha contra o seu carater e a sua
conduta hipocrisia essa impotente para encobrir os escandalos que vieram
depois.[33]
|
”
|
“
|
E o ‘amadorismo’ foi-se desmascarando. Em 1915 já
não era escandalo a gratificação aos jogadores feita ás claras em qualquer
clube de São Paulo ou do Rio, de Pernambuco ou do Rio Grande do Sul.[34]
|
”
|
Além de Correa, companheiros também relatavam os problemas que a
proibição ao profissionalismo lhe causavam. A transcrição a seguir é de Amilcar
Barbuy:
“
|
Vou para à Itália. Cansei de ser amador no
futebol onde essa condição há muito deixou de existir, maculada pelo regime
hipocrita da gorgeta que os clubes dão aos seus jogadores, reservando-se para
si o grosso das rendas. Durante 20 anos prestei desinteressadamente ao
futebol nacional os meus modestos serviços. Que aconteceu? Os clubes
enriqueceram e eu não tenho nada. Sou pobre. Sou um pária do futebol. Não
tenho nada. Vou para o país onde sabem remunerar a capacidade do jogador.[35]
|
”
|
Ao clamor desses futebolistas foram se juntando também dirigentes de
clubes, insatisfeitos com a situação de um 'amadorismo marrom', que não era nem
um amadorismo, mas também nem um profissionalismo. Para tais, a
profissionalização poderia transformar o esporte num espetáculo[19] e sobretudo assegurar a permanência dos craques
nas equipes.
Sem pagar salários a seus jogadores, os clubes
amadores não conseguiam disputar com estrangeiros, que viam ao país com
interessantes propostas financeiras para os atletas que se destacavam. Esse foi
o caso de Fausto dos Santos, que em 1931 se
transferiu para o Barcelona, da Espanha.
A subida ao poder de Getúlio Vargas, em 1930, também
teve forte impacto no fim das práticas amadoras. O governo de Vargas impulsionou
um projeto de integração da identidade brasileira e a criação de uma cidadania brasileira, de forma a estender direitos e
deveres para uma maior parcela da população.[36] Para tal, regulamentou muitos aspectos da
sociedade, entre elas a criação de uma política de esportes mais organizada,
estruturada e centralizada.[36]
Resultado desse conjunto de fatores, em 1933 os
presidentes de Vasco, Fluminense, América e Bangu romperam com a AMEA e fundaram a
Liga
Carioca de Football (LCF),
primeira entidade a aceitar oficialmente a inscrição de atletas profissionais.[21]
Em agosto do mesmo ano a Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA) toma o mesmo rumo que a
LCF. Ambas então se desfiliam da CBD e criam
a Federação Brasileira de Futebol (FBF), que apoiava o profissionalismo e por isso
obteve da FIFA o direito de representar o Brasil em competições internacionais.[19]
Com o profissionalismo começando a ganhar forma, a CBD passou então a
ser a grande antagônica do processo, o último bastião do
amadorismo. As freqüentes brigas entre a mesma e a FBF fez com que na Copa do Mundo de 1934 o Brasil enviasse apenas jogadores
amadores, o que resultou na desclassificação da equipe na competição. Em 1937,
contudo, a CBD aceita o profissionalismo em troca da manutenção do seu poder
sobre o futebol nacional. Era a extinção das práticas amadoras.
A Copa América, no princípio sob o nome de
Campeonato Sul-Americano de Futebol, foi a primeira competição envolvendo Seleções Nacionais de Futebol. Envolve países da América do Sul desde 1916. Entre a
sua primeira edição até 1949, o Brasil foi campeão apenas três vezes em
21 ocasiões em que o campeonato foi realizado. Ainda assim, alguns
historiadores atribuem a uma heróica vitória do Brasil sobre o Uruguai na final do Campeonato Sul-Americano de 1919, disputado no estádio do Fluminense, construído
especialmente para a competição,[37] em 29 de maio daquele ano, como o início da paixão brasileira pelo esporte. A
partida, ganha com um gol de Friedenreich na terceira prorrogação, fez com
que ele fosse carregado nos ombros da torcida pelas ruas da cidade e sua chuteiras, expostas em uma joalheria, além de ganhar o apelido de El Tigre de
seus adversários.[38] Além de importante para o futebol, esta partida
foi marcante para a música brasileira . Inspirado nela, ninguém menos
que Pixinguinha compos o choro
"1x0", primeiro registro de música sobre futebol no Brasil.[39]
Se por um lado, a profissionalização do futebol no Brasil fez com que
grandes potências nos torneios estaduais fossem extintas,[40] o processo acabou abrindo espaço definitivo para
que os primeiros gênios do esporte nacional entrassem em campo para substituir El
Tigre: Fausto dos Santos, Domingos da Guia, Leônidas da Silva, Waldemar de Brito e depois uma longa e ilustre galeria de Zizinho a Pelé.[38]
ORIGEM DOS NOMES DOS PRINCIPAIS TIMES BRASILEIROS
FLUMINENSE: A
ideia era batizar a agremiação de Rio Foot Ball Club, mas o nome já era usado
por um time pertencente a um clube de natação e regatas. Foi escolhido
então o termo fluminense, que significa pessoa nascida no Estado do Rio de
Janeiro.
BOTAFOGO: Em 1904,
no Largo dos Leões, no outro lado do bairro, um grupo de adolescentes criou o
clube de futebol Botafogo. Foi durante uma aula do colégio Alfredo Gomes, que
Flávio Ramos, então com 15 anos, passou um bilhete ao seu colega Emmanuel Sodré
convidando-o a fundar um clube de futebol. No dia 12 de agosto de 1904, em um
chalé da Rua Conselheiro Gonzaga, pertencente à avó materna de Flávio,
Francisca Teixeira de Oliveira, a dona Chiquitota, eles fundaram o clube.
Quando ela perguntou qual seria o nome da agremiação e ouviu como resposta
Eletroclub, emendou: "Morando onde moram, o clube de vocês só pode se
chamar Botafogo". Ele ganhou o apelido de Glorioso. As cores em preto e
branco eram homenagem ao Juventus da Itália.
FLAMENGO: Um
remador do Flamengo, chamado Alberto Borgeth, era também jogador do Fluminense.
Em 1911, depois de ter conquistado o campeonato, Alberto se desentendeu com os
cartolas e saiu do clube com outros nove jogadores campeões. Todos eles foram
para o Flamengo, que criou seu time no dia 24 de novembro daquele ano. Como não
tinha campo, mandava seus jogos no Fluminense. Depois alugou um espaço na Rua
Paissandu, da família Guinle. No dia 4 de setembro de 1938, o Flamengo mudou-se
para o bairro da Gávea.
Origem do nome flamengo: o termo deriva de flamenco, que designa moradores da parte norte da Bélgica e que falam holandês ou neerlandês. Há pelo menos três versões para o nome do bairro carioca. Uma delas é que seria homenagem ao navegador holandês Oliver van Nort, conhecido como Le Blond, que esteve no Rio, no século XVII. Outra hipótese, é de que o bairro ganhou o nome devido a prisioneiros holandeses trazidos de Pernambuco e que moravam na região entre 1600 e 1699. A terceira versão é de que na mesma época haviam sido trazidos para a região muitos flamingos. Haveria tantos, que um oficial alemão relatou em um livro de memórias o voo desses pássaros de cores brilhantes.
Origem do nome flamengo: o termo deriva de flamenco, que designa moradores da parte norte da Bélgica e que falam holandês ou neerlandês. Há pelo menos três versões para o nome do bairro carioca. Uma delas é que seria homenagem ao navegador holandês Oliver van Nort, conhecido como Le Blond, que esteve no Rio, no século XVII. Outra hipótese, é de que o bairro ganhou o nome devido a prisioneiros holandeses trazidos de Pernambuco e que moravam na região entre 1600 e 1699. A terceira versão é de que na mesma época haviam sido trazidos para a região muitos flamingos. Haveria tantos, que um oficial alemão relatou em um livro de memórias o voo desses pássaros de cores brilhantes.
VASCO DA GAMA:
Fundado em 21 de agosto de 1898 por um grupo de remadores, o Club de
Regatas Vasco da Gama recebeu esse nome em homenagem ao quarto centenário da
descoberta do caminho marítimo para as Índias. A façanha foi protagonizada pelo
navegador português Vasco da Gama. No dia 26 de novembro de 1915, o clube de
regatas se fundiu com o Lusitânia Futebol Clube e formou seu primeiro time de
futebol.
CORINTHIANS: o
Corinthians foi fundado em 1º de setembro 1910 por cinco jovens operários do
Bairro do Bom Retiro. Antônio Pereira, Carlos da Silva, Joaquim Ambrósio,
Rafael Perrone e Anselmo Correia deram o nome para homenagear um clube inglês,
Corinthian Casual Football Club, formado por estudantes ingleses que passara
por São Paulo e Rio. Os primeiros nomes em que pensaram foi Santos Dumont, o
criador do avião e Carlos Gomes, homenagem aos italianos do bairro, já que o
maestro escrevia suas óperas em italiano. Decidiram-se por Corínthians porque o
time inglês, assim como seu homônimo brasileiro, também havia sido fundado à
luz de lampião de gás. O Corinthian inglês foi fundado em 1882 por estudantes.
O nome teve origem na palavra corinthian, que designava o cavalheiro e o nobre
da Inglaterra que se dedicava ao esporte ou o patrocinava, empresariando
atletas. O vocábulo, por sua vez, se originou de corinthian (em português
coríntio), que significa natural da cidade de Corinto, na Grécia
PALMEIRAS: A
história do Palmeiras começa em 26 de agosto quando o clube foi fundado com o
nome de Palestra Itália por funcionários italianos das indústrias reunidas
Francisco Matarazzo. O objetivo era unir todos os imigrantes italianos sob uma
única bandeira que, ao mesmo tempo, representasse o grande continente de
imigrantes da Itália já existente em São Paulo. Os principais idealizadores da
fundação do clube foram Luigi Cervo, Luigi Marzo, Vicente Ragognetti e Ezequiel
Simone (o primeiro presidente). Em 24 de Janeiro de 1915, o Palestra Itália
disputou a primeira partida de sua história e venceu a equipe do Savoia, em
Votorantim, por 2 a 0, com gols de Bianco e Alegretti. No ano de 1916, o
Palestra Itália consegue a vaga no campeonato paulista da APEA (Associação
Paulista de Esportes Atléticos).
Em 1942, durante a II Grande Guerra, o Brasil alinhou-se ao grupo liderado por Estados Unidos e Inglaterra que combatiam o chamado eixo formado por Alemanha, Itália e Japão. Um decreto-lei do presidente Getúlio Vargas, em junho daquele ano obrigava todas as instituições esportivas que tivessem nomes estrangeiros a mudar suas denominações. O novo nome escolhido foi Palmeiras.
Origem do nome Palmeiras: o nome é uma homenagem a um clube já extinto chamado Associação Atlética das Palmeiras, com quem o Palestra sempre teve um grande relacionamento.
Em 1942, durante a II Grande Guerra, o Brasil alinhou-se ao grupo liderado por Estados Unidos e Inglaterra que combatiam o chamado eixo formado por Alemanha, Itália e Japão. Um decreto-lei do presidente Getúlio Vargas, em junho daquele ano obrigava todas as instituições esportivas que tivessem nomes estrangeiros a mudar suas denominações. O novo nome escolhido foi Palmeiras.
Origem do nome Palmeiras: o nome é uma homenagem a um clube já extinto chamado Associação Atlética das Palmeiras, com quem o Palestra sempre teve um grande relacionamento.
SAO PAULO: Fundado
em 1930 e refundado em 1935 após um breve período de inatividade. Em 25 de
janeiro de 1930, foi assinada ata de fundação do São Paulo da Floresta, nascido
da fusão entre a Associação Atlética das Palmeiras e o Clube Athlético
Paulistano (criado em 1900). No dia 25 de janeiro, comemorava-se data da
fundação da cidade de São Paulo. É atualmente o time com mais vencedor no
Brasil: conquistou 22 campeonatos estaduais, seis campeonatos brasileiros, três
Libertadores e três mundiais.
Origem do nome São Paulo: É uma homenagem ao estado no qual o clube foi fundado. O Estado tomou o nome do apóstolo de Jesus Cristo. O padre José Anchieta, enviado por Portugal à então colônia do Brasil, falou nesse nome em carta enviada aos seus superiores da Companhia de Jesus: A 25 de Janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos, em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo São Paulo, e, por isso, a ele dedicamos nossa casa." O apóstolo se chamava Paulo de Tarso, cujo nome original era Saulo
Origem do nome São Paulo: É uma homenagem ao estado no qual o clube foi fundado. O Estado tomou o nome do apóstolo de Jesus Cristo. O padre José Anchieta, enviado por Portugal à então colônia do Brasil, falou nesse nome em carta enviada aos seus superiores da Companhia de Jesus: A 25 de Janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos, em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo São Paulo, e, por isso, a ele dedicamos nossa casa." O apóstolo se chamava Paulo de Tarso, cujo nome original era Saulo
SANTOS: Em 14 de
abril de 1902, três esportistas santistas resolveram fundar o clube. Raymundo
Marques, Mário Ferraz de Campos e Argemiro de Souza Júnior convocaram uma
assembleia, por volta das 14h, na sede do Clube Concórdia para a criação de um
time de futebol. Durante a reunião, foi discutido o nome para a agremiação,
dentre as sugestões estavam: Concórdia, Euterpe e Brasil Atlético. Mas os
participantes da reunião, por unanimidade, aceitaram a proposta de Edmundo
Jorge Araújo: a denominação Santos Foot-ball Clube. Origem do nome Santos:
O nome do clube homenageia a cidade povoado conhecido por Enguaguaçu
passou a ser chamado de Todos os Santos e, mais tarde de Santos. Outra hipótese
é de que se originaria no porto de Santos, existente em Portugal, que seria
parecido com o povoado.
CRUZEIRO: Assim
como aconteceu com Palmeiras em São Paulo, o Cruzeiro Esporte Clube surgiu da
vontade da colônia italiana de Belo Horizonte de fundar uma associação
esportiva que a representasse. Em dezembro de 1920, aproveitando a presença do
cônsul da Itália em Belo Horizonte, vários desportistas da colônia decidiram
criar um clube de futebol. No dia 2 de janeiro de 1921, foi fundado
oficialmente a Societá Sportiva Palestra Italia. Em 30 de janeiro de 1942, em
plena 2ª Guerra Mundial, o governo brasileiro, por meio de decreto lei, proibiu
do uso de termos e denominações referentes às nações inimigas. Neste dia, o
Palestra Itália mudou o nome para Palestra Mineiro. Em seguida, o passou a se
chamar Ypiranga, mas jogou só uma partida com esse nome. Em 7 de outubro de
1942, em uma reunião entre sócios e dirigentes, foi aprovado o novo nome:
Cruzeiro Esporte Clube.
Origem do nome Cruzeiro: a escolha do nome foi uma homenagem ao símbolo maior da pátria, a constelação do Cruzeiro do Sul.
Origem do nome Cruzeiro: a escolha do nome foi uma homenagem ao símbolo maior da pátria, a constelação do Cruzeiro do Sul.
ATLÉTICO MINEIRO:
Em 25 de março de 1908, um grupo de estudantes se reuniu no coreto do Parque
Municipal, em Belo Horizonte,e criou o Clube Atlético Mineiro. O símbolo do
Galo surgiu em 1945, quando o chargista Mangabeira, do jornal Folha de Minas
recebeu a incumbência de desenhar um mascote para o Atlético. Preocupado em
fazer um mascote que se identificasse com as características da torcida e do
time, ele criou um galo forte e vingador, que simbolizava a bravura com que o
clube jogava. "O Atlético sempre foi um time de raça, mais parece um galo
de briga, que nunca se entrega e luta até morrer, disse, na época, o chargista.
SPORT RECIFE: O
Sport Club do Recife nasceu em 13 de Maio de 1905 no salão da Associação dos
Empregados do Comércio de Recife. A idéia foi lançada pelo pernambucano
Guilherme de Aquino Fonseca, que voltara de uma temporada de estudos na
Inglaterra, onde se formou engenheiro em 1903. Encantado com o futebol fundou o
clube, na companhia de alguns seguidores. Ele trouxe da Europa, o primeiro
uniforme com as cores do time da universidade de Cambridge. Com seu próprio
dinheiro, Guilherme comprou bolas, camisas, apitos e pares de botas especiais
(botinas) precursoras das chuteiras e mandou fazer cópias da Foot Ball
Association.
SANTA CRUZ: O
clube foi criado por um grupo de jovens de 14 a 16 anos, que brincavam no pátio
da Igreja de Santa Cruz, no Recife. Para tanto, marcaram uma reunião para a
noite de 3 de fevereiro de 1914, no Distrito da Boa Vista, quando foram
definidos o nome, a primeira diretoria e as cores do clube. O nome foi
emprestado da igreja que os jovens frequentavam.
BAHIA: Depois que
a Associação Atlética da Bahia e o Clube Bahiano de Tênis desistiram da prática
do futebol, por volta de 1930, os atletas dos dois clubes queriam continuar
disputando torneios estaduais. Por isso, resolveram fundar o Esporte Clube
Bahia em 1º de janeiro de 1931. Eles se reuniram em um casarão da Avenida
Princesa Isabel, onde discutiram estatutos, local de treinamento e questões
financeiras. Depois de um baile comemorativo à entrada de 1931, o grupo voltou
a se reunir em plena madrugada para fundar o Esporte Clube Bahia. Inicialmente
Antunes Dantas, do antigo Clube Bahiano de Tênis, cogitou do nome Atlético
Baianinho.
VITORIA: Fundado
em 13 de maio de 1899 como Club de Cricket Vitória, o clube nasceu da
iniciativa dos irmãos Artur e Artêmio Valente. Integrantes da tradicional
família baiana, os dois adquiriram o gosto pelo cricket na Inglaterra, onde
estudavam. Na época, esse esporte dominava a preferência dos baianos, mas era
dominado pelos ingleses. Aos brasileiros restavam a tarefa de apenas repor as
bolas ao jogo, como os gandulas do futebol. Por isso, os irmãos e mais alguns
amigos fundaram o clube. O nome é originário do Corredor da Vitória, trecho de
Salvador, onde moravam os fundadores. Esse nome surgiu durante o período da
Guerra da Independência da Bahia, por onde as forças nativas marcharam quando
da vitória contra o Exército português de Madeira de Melo.
CORITIBA: Mais um
clube brasileiro fundado por alemães, Coritiba surgiu em 2 de outubro de 1909.
Tudo começou pela vontade de um grupo que se reuniu no Clube Ginástico
Turnvereien mais tarde Teuto Brasileiro, quando surgiu a grande novidade.
Frederico Essenfelder, o Fritz, que residira um tempo em Pelotas, no Rio Grande
do Sul, apareceu com o objeto da moda por lá: uma bola de futebol. A
curiosidade foi geral, já que, na cidade vizinha de Rio Grande, um novo esporte
oriundo da Inglaterra já existia desde 1900. Coritiba deriva do nome da
capital paranense. Curitiba, em guarani, decorre de coretuba ou coretiba,
que significa coletivo de pinheiros, pinheiral, muitos pinhões. Na fundação, o
clube optou pelo nome Coritiba enquanto a cidade é Curitiba.
ATLÉTICO
PARANAENSE: O Atlético Paranaense originou-se da fusão de dois tradicionais
clubes de Curitiba – o América Foot-ball Club, até então com um título
paranaense, com o Internacional Foot-ball Club, o primeiro campeão estadual, em
1916. Isso aconteceu no dia 26 de março de 1924, na Rua XV, no prédio 416
tomaram as primeiras deliberações, entre as quais definem o uniforme, que será
vermelho e preto com listras horizontais, adotando as cores dos uniformes do
América (vermelho) e do Internacional (preto e branco com listras verticais).
AVAI: O Avaí
Futebol Clube foi fundado em 1923 em Florianópolis-SC. Cores azul e branco.
Origem é da Batalha do Avahy, na Guerra do Paraguai.
Em setembro de 1923, um comerciante chamado Amadeu Horn conheceu um grupo de garotos praticantes assíduos de futebol que organizavam seus jogos na Rua Frei Caneca no bairro Pedra Grande. O comerciante doou um kit de futebol aos garotos que ganharam também bolas e chuteiras e ternos (camisetas listradas em azul e branco, calções azuis e meias) em homenagem ao seu time do coração, o Riachuelo. A fundação do clube aconteceu no dia 1º de setembro de 1923, na casa de Amadeu. O nome escolhido seria Independência. Arnaldo Pinto de Oliveira, que chegara atrasado, alegou que a torcida teria dificuldade para gritar esse nome em apoio ao time. Como na época ele estava lendo um livro sobre a Batalha do Avahy, da Guerra do Paraguai, sugeriu o nome e todos aceitaram. Assim nasceu o Avaí Futebol Clube.
Em setembro de 1923, um comerciante chamado Amadeu Horn conheceu um grupo de garotos praticantes assíduos de futebol que organizavam seus jogos na Rua Frei Caneca no bairro Pedra Grande. O comerciante doou um kit de futebol aos garotos que ganharam também bolas e chuteiras e ternos (camisetas listradas em azul e branco, calções azuis e meias) em homenagem ao seu time do coração, o Riachuelo. A fundação do clube aconteceu no dia 1º de setembro de 1923, na casa de Amadeu. O nome escolhido seria Independência. Arnaldo Pinto de Oliveira, que chegara atrasado, alegou que a torcida teria dificuldade para gritar esse nome em apoio ao time. Como na época ele estava lendo um livro sobre a Batalha do Avahy, da Guerra do Paraguai, sugeriu o nome e todos aceitaram. Assim nasceu o Avaí Futebol Clube.
FIGUEIRENSE: Um
jovem chamado Jorge Albino Ramos é apontado como o autor da ideia de fundar o
Figueirense. Ele conseguiu o apoio dos amigos Balbino Felisbino da Silva,
Domingos Joaquim Veloso e João Savas Siridakis. O nome "Figueirense"
foi sugerido por João Savas Siridákis porque a maioria das reuniões para a
fundação da futura agremiação ocorria na localidade da Figueira, situada nas
imediações das ruas Conselheiro Mafra, Padre Roma e adjacências. A inauguração
ocorreu no dia 12 de junho de 1921 em uma residência localizada na rua Padre
Roma.
GREMIO: No feriado
de 7 de setembro de 1903, dois quadros do Esporte Clube Rio Grande realizavam
uma exibição no antigo Campo da Várzea, atual Parque da Redenção em Porto
Alegre. Pioneiro no país, o clube riograndino havia sido fundado em 1900 e
faziam propaganda do novo esporte. Durante o jogo, a bola murchou. Cândido
Dias, paulista de Sorocaba e residente na Capital, emprestou a sua bola para
que a partida continuasse. Com isso, fez amizade com os atletas, que lhe
ensinaram os fundamentos do esporte e os trâmites para a fundação de um clube
de futebol. No dia 15 de Setembro de 1903, 31 rapazes se reuniram em um
restaurante na então Rua 15 de Novembro, atual José Montauri, no centro da cidade.
Como fica bem claro, é uma homenagem a Porto Alegre. O curioso é ter
ficado conhecido como grêmio, que significa associação. Não tenho
informações documentadas sobre isso, mas acredito que ocorreu devido ao fato de
haver outro time, na época, chamado Fuss Ball Clube Porto Alegre. Para
diferenciá-lo, passaram a chamar de Grêmio.
INTERNACIONAL:
Três irmãos paulistas que haviam se mudado para Porto Alegre em 1901 foram os
responsáveis pela fundação do Sport Clube Internacional. Inconformados por não
terem sido aceitos como sócios nem do Grêmio Football Porto-Alegrense nem do
Fussball Porto Alegre que eram privativos de descendentes de alemães, Henrique
Poppe, José Poppe e Luís Madeira Poppe decidiram criar um clube em Porto
Alegre.
O nome do clube
foi escolhido em homenagem a um clube paulista com esse nome, do qual os Poppe
participavam antes se se mudarem para o Rio Grande do Sul. As cores
escolhidas foram vermelho e branco, as mesmas da Sociedade Venezianos, do
carnaval de rua.
Flamengo - As primeiras cores do rubro-negro mais
famoso do Brasil foram o azul (da Baía de Guanabara) e o Ouro (das riquezas
brasileiras). No ano seguinte à sua fundação, em 1896, devido ao azul e o ouro
desbotarem por causa da salinidade das águas e do sol (o Flamengo é um clube de
regatas por natureza), as cores foram substituídas pelo vermelho e preto, que
eram as cores da bandeira do Jockey Club Brasileiro, também situado na Gávea,
bairro do clube.
Corinthians - Apesar de desde a data de sua fundação, em 1910 o "Timão" ser alvinegro, em seus primeiros jogos o time teria jogado com camisas na cor bege. Seria esta uma homenagem ao Corinthian-Casuals Football Club, clube inglês que em excursão ao Brasil no início do século passado serviu de inspiração aos seus fundadores. Apesar disso, o Corinthians Paulista jogou nos seus primeiros anos todo de branco, somente a partir de 1920 os calções passaram a ser pretos, quando a então diretoria do clube conseguiu recursos para comprá-los.
São Paulo - As faixas vermelha e preta na camisa alva do Tricolor Paulista faz homenagem aos clubes que deram origem ao que conhecemos agora: a faixa vermelha remete ao Clube Atlético Paulistano e a faixa preta à Associação Athlética das Palmeiras (Sim, um clube chamado Palmeiras deu origem ao São Paulo!).
Palmeiras - Suas cores iniciais eram o verde, o vermelho e o branco, fazendo alusão às cores da Itália. Em 1942, por causa da segunda guerra mundial, toda a representatividade com esse país precisou ser retirada do clube. O nome mudou (de Palestra Itália para Palestra de São Paulo e depois para Palmeiras) e o vermelho foi retirado oficialmente, ficando o clube Alvi-verde como se conhece hoje.
Vasco da Gama - As cores preta e branca do Cruzmaltino estão diretamente ligadas à figura do navegador que inspirou o nome do clube. O branco representado na faixa do uniforme simboliza o estandarte que Vasco da Gama recebeu do então Rei de Portugal, D. Manuel e a camisa negra (este é o uniforme 1 do Vasco, ao contrário do que muitos pensam), representa os "mares nunca dantes navegados", desconhecidos e obscuros pelos quais o navegador singrou. Há versões que dão conta de que a faixa também representaria as caravelas desbravando os mares desconhecidos, por isso o facho branco no fundo negro.
Grêmio - O imortal tricolor gaúcho na verdade nasceu bicolor: Foi fundado com as cores Havana (um tom quase alaranjado, só que um pouco mais escuro) e azul. Devido a impossibilidade de se achar tecidos na cor havana, o preto a substituiu e algum tempo depois o branco também foi adotado, nascendo assim a identidade visual que conhecemos hoje.
Cruzeiro - As histórias do Cruzeiro e do Palmeiras se confundem fortemente até 1942. Até então, ambos tinham o mesmo nome (Societá Sportiva Palestra Itália) e claro, as mesmas cores da bandeira italiana (verde, vermelho e branco). Pelo mesmo motivo do verdão, o Cruzeiro também mudou seu nome (Palestra Mineiro, Ypiranga por um só jogo e depois Cruzeiro, em homenagem ao Cruzeiro do Sul que se vê em seu escudo) e depois as cores. Neste caso a mudança foi mais radical, a diretoria aboliu o verde e o vermelho, erradicando a raiz italiana do clube e o transformou em um clube bicolor: Azul e branco.
Santos - Assim como ocorrera com outros clubes, o Alvinegro praiano nascera com outras cores que foram modificadas devido às dificuldades de aquisição de tecidos na época e a facilidade com que desbotavam. No caso do Santos, na sua fundação, seu uniforme foi inspirado nas cores do Clube Concórdia, sede onde aconteceu a reunião de fundação do clube: Listras azuis e brancas separadas por um fio dourado. No ano seguinte, o dourado foi abolido e o azul deu lugar ao preto, permanecendo até hoje.
Internacional - O colorado de Porto Alegre (que tem este apelido devido a camisa vermelha) teve o vermelho e o branco escolhido para serem suas cores por influência do carnaval: Seus fundadores também apreciavam o carnaval e se dividiam na torcida entre os "Venezianos", Alvi-rubro e a Sociedade Esmeralda, verde e branca. Como os venezianos eram a maioria nessa reunião, escolheu-se o vermelho e branco como as cores oficiais do clube.
Atlético-MG - O preto e o branco foram as cores escolhidas desde a sua fundação, o mesmo não se pode dizer do nome, que sofreu uma pequena mudança no aniversário do clube em 1913. De Atlético Mineiro Futebol Clube, passou a se chamar Clube Atlético Mineiro, conquistando assim o seu primeiro título.
Botafogo - Os dois clubes que deram origem ao atual Botafogo de Futebol e Regatas vestiam branco e preto desde à sua fundação, porém o de futebol em 1904 usava meias cor de abóbora. Em 1906, com a adoção da camisa listrada, inspirada no modelo da Juventus da Itália, o alvi-negro passou a ser em definitivo o padrão de cores do clube.
Fluminense - O Tricolor carioca é outro clube que também não nasceu como conhecemos hoje e pelo mesmo motivo do tricolor gaúcho precisou mudar de cores: Em sua fundação, suas cores oficiais eram o cinza e o branco. Em 1904, devido à dificuldade na época de se encontrar tecidos para os uniformes na cor cinza, seus fundadores sugeriram a mudança para o verde, grená (ou encarnado, como era chamada) e branco, por serem mais fáceis de se encontrar. A sugestão foi posta em votação para os sócios e aprovada, ficando assim até hoje.
Corinthians - Apesar de desde a data de sua fundação, em 1910 o "Timão" ser alvinegro, em seus primeiros jogos o time teria jogado com camisas na cor bege. Seria esta uma homenagem ao Corinthian-Casuals Football Club, clube inglês que em excursão ao Brasil no início do século passado serviu de inspiração aos seus fundadores. Apesar disso, o Corinthians Paulista jogou nos seus primeiros anos todo de branco, somente a partir de 1920 os calções passaram a ser pretos, quando a então diretoria do clube conseguiu recursos para comprá-los.
São Paulo - As faixas vermelha e preta na camisa alva do Tricolor Paulista faz homenagem aos clubes que deram origem ao que conhecemos agora: a faixa vermelha remete ao Clube Atlético Paulistano e a faixa preta à Associação Athlética das Palmeiras (Sim, um clube chamado Palmeiras deu origem ao São Paulo!).
Palmeiras - Suas cores iniciais eram o verde, o vermelho e o branco, fazendo alusão às cores da Itália. Em 1942, por causa da segunda guerra mundial, toda a representatividade com esse país precisou ser retirada do clube. O nome mudou (de Palestra Itália para Palestra de São Paulo e depois para Palmeiras) e o vermelho foi retirado oficialmente, ficando o clube Alvi-verde como se conhece hoje.
Vasco da Gama - As cores preta e branca do Cruzmaltino estão diretamente ligadas à figura do navegador que inspirou o nome do clube. O branco representado na faixa do uniforme simboliza o estandarte que Vasco da Gama recebeu do então Rei de Portugal, D. Manuel e a camisa negra (este é o uniforme 1 do Vasco, ao contrário do que muitos pensam), representa os "mares nunca dantes navegados", desconhecidos e obscuros pelos quais o navegador singrou. Há versões que dão conta de que a faixa também representaria as caravelas desbravando os mares desconhecidos, por isso o facho branco no fundo negro.
Grêmio - O imortal tricolor gaúcho na verdade nasceu bicolor: Foi fundado com as cores Havana (um tom quase alaranjado, só que um pouco mais escuro) e azul. Devido a impossibilidade de se achar tecidos na cor havana, o preto a substituiu e algum tempo depois o branco também foi adotado, nascendo assim a identidade visual que conhecemos hoje.
Cruzeiro - As histórias do Cruzeiro e do Palmeiras se confundem fortemente até 1942. Até então, ambos tinham o mesmo nome (Societá Sportiva Palestra Itália) e claro, as mesmas cores da bandeira italiana (verde, vermelho e branco). Pelo mesmo motivo do verdão, o Cruzeiro também mudou seu nome (Palestra Mineiro, Ypiranga por um só jogo e depois Cruzeiro, em homenagem ao Cruzeiro do Sul que se vê em seu escudo) e depois as cores. Neste caso a mudança foi mais radical, a diretoria aboliu o verde e o vermelho, erradicando a raiz italiana do clube e o transformou em um clube bicolor: Azul e branco.
Santos - Assim como ocorrera com outros clubes, o Alvinegro praiano nascera com outras cores que foram modificadas devido às dificuldades de aquisição de tecidos na época e a facilidade com que desbotavam. No caso do Santos, na sua fundação, seu uniforme foi inspirado nas cores do Clube Concórdia, sede onde aconteceu a reunião de fundação do clube: Listras azuis e brancas separadas por um fio dourado. No ano seguinte, o dourado foi abolido e o azul deu lugar ao preto, permanecendo até hoje.
Internacional - O colorado de Porto Alegre (que tem este apelido devido a camisa vermelha) teve o vermelho e o branco escolhido para serem suas cores por influência do carnaval: Seus fundadores também apreciavam o carnaval e se dividiam na torcida entre os "Venezianos", Alvi-rubro e a Sociedade Esmeralda, verde e branca. Como os venezianos eram a maioria nessa reunião, escolheu-se o vermelho e branco como as cores oficiais do clube.
Atlético-MG - O preto e o branco foram as cores escolhidas desde a sua fundação, o mesmo não se pode dizer do nome, que sofreu uma pequena mudança no aniversário do clube em 1913. De Atlético Mineiro Futebol Clube, passou a se chamar Clube Atlético Mineiro, conquistando assim o seu primeiro título.
Botafogo - Os dois clubes que deram origem ao atual Botafogo de Futebol e Regatas vestiam branco e preto desde à sua fundação, porém o de futebol em 1904 usava meias cor de abóbora. Em 1906, com a adoção da camisa listrada, inspirada no modelo da Juventus da Itália, o alvi-negro passou a ser em definitivo o padrão de cores do clube.
Fluminense - O Tricolor carioca é outro clube que também não nasceu como conhecemos hoje e pelo mesmo motivo do tricolor gaúcho precisou mudar de cores: Em sua fundação, suas cores oficiais eram o cinza e o branco. Em 1904, devido à dificuldade na época de se encontrar tecidos para os uniformes na cor cinza, seus fundadores sugeriram a mudança para o verde, grená (ou encarnado, como era chamada) e branco, por serem mais fáceis de se encontrar. A sugestão foi posta em votação para os sócios e aprovada, ficando assim até hoje.
Atlético-GO: Dragão Atlético-MG: Galo Atlético-PR: Cartola Avaí: Leão Botafogo: Manequinho Ceará: Vovô Corinthians: Mosqueteiro Cruzeiro: Raposa Flamengo: Urubu Fluminense: Cartola Goiás: Periquito Grêmio: Mosqueteiro Grêmio Prudente: Super Abelha Guarani: Índio Bugre Internacional: Macaco Palmeiras: Periquito Santos: Baleia São Paulo: Santo Paulo Vasco: Almirante Portguês Vitória: Leão América-MG: Coelho América-RN: Dragão ASA-AL: Fantasma Bahia: Super-Homem Bragantino: Leão Brasiliense-DF: Jacaré Coritiba: Vovô Alemão Duque de Caxias: Águia Figueirense: Figueirinha Guaratinguetá: Garça Icasa-CE: Papagaio Ipatinga: Tigre Náutico: Timbu Paraná: Gralha Azul Ponte Preta: Macaca Portuguesa: Leão São Caetano: Pássaro Azul Santo André: Ramalhão Sport: Leão Vila Nova: Tigre ABC-RN: Elefante Águia-PA: Águia Alecrim-RN: Periquito Brasil-RS: Índio Xavante Campinense-PB: Raposa Caxias-RS: Falcão Chapecoense-SC: Índio CRB-AL: Galo da Pajuçara Criciúma-SC: Tigre Fortaleza-CE: Leão Gama-DF: Periquito verde Ituiutaba-MG: Coruja Juventude-RS: Periquito Luverdense-MT: Espiga de milho Macaé-RJ: Leão Marília: Tigre Paysandu: Bicho Papão Rio Branco-AC: Estrelão Salgueiro-PE: Carcará São Raimundo-PA: Pantera Coelho
Urubu, Raposa, Galo, Peixe, Furacão... Marketing redescobre os mascotes
e apostas nessas figuras, que traduzem a essência dos clubes
Você pode até procurar, mas
dificilmente irá encontrar algum clube brasileiro sem mascote. Os personagens,
símbolo dos times, têm quase a mesma representatividade dos escudos. Podem ser
fofos, imponentes, criativos... e, mais do que isso, se reinventam
constantemente.
Ao longo da última década, os
departamentos de marketing dos clubes redescobriram os mascotes. Se as
simpáticas figuras ficaram alguns anos engavetadas, e só recordadas em álbuns
de figurinha, hoje formam um elo afetivo com os seus torcedores, em especial as
crianças. Afinal, é na infância que se decide para qual time torcer.
O que se vê pelos estádios
brasileiros são muitos mascotes animando o público antes e depois das partidas.
Como resistir e não tirar uma foto ao lado do "personagem" da sua
equipe? Além disso, eles se tornaram uma fonte de receitas importante. Dezenas
de produtos licenciados entram no mercado anualmente com figuras de raposas,
urubus, mosqueteiros, periquitos...
Brasil, o terreiro de Galos
Galo da Japi, Galo-Carijó, Galo
da Comarca, Galo-da-Campina, Galo Doido... o Brasil é sem dúvida um grande
terreiro de galos. São ao menos 27 clubes que utilizam a ave como símbolo. Sem
dúvidas mais famoso é o Atlético-MG, fonte de inspiração para os demais.
Constam na lista de Galos: XV de
Jaú, Anápolis, Atlético-MG, Atlético Acreano, Atlético Sorocaba, Capelense,
CRB, Ituano, Ji-Paraná, Operário, Paulista, River, Sinop, Tupi, entre outros.
Mais clichês que o galo são as
escolhas por tigres e leões como mascotes. Animais imponentes, mas nada
brasileiros.
Xingamentos assimilados
A origem de vários mascotes está
nas provocações racistas e sociais. Por exemplo, o urubu é símbolo do Flamengo
graças às injurias raciais sofridas pelos rubro-negros. Caso similar ao
Internacional, que abraçou o apelido de macaco, ou a Ponte Preta, a Macaca.
Diz o ditado que 'apelido dado é
o que fica'. Alguns clubes levaram essa máxima em consideração ao pé da
letra. Como o Palmeiras, que de tanto ser chamado de porco, acabou adotando com
orgulho o animal - deixando para trás até mesmo o periquito, símbolo oficial.
MASCOTES 1947
Mascotes bizarros
A criatividade brasileira
permite, volta e meia, algumas saídas curiosas para eleição de um
mascote. Como o 'Pé Quente', um sapato, que é o mascote do Novo
Hamburgo-RS. A cidade gaúcha é conhecida como a 'Capital Nacional
do Calçado". Outro que chama a atenção por um motivo similar é
o Ypiranga-PE, representado por uma máquina de costura, graças ao
polo de confecções local.
Outro mascote que causou muita
controvérsia foi o diabo, símbolo do América-RJ. Técnico do clube entre 2005 e
2006, o tetracampeão mundial Jorginho tentou em vão proibir o mascote do clube.
Evangélico, o ex-lateral sugeriu que o Mequinha adotasse uma
águia no lugar do diabo. Disse, inclusive, que o clube poderia sofrer uma
"maldição' por sua opção".
ATLÉTICO PR No futebol brasileiro
poucos sinônimos funcionam melhor para definir um clube do que 'Furacão',
palavra rapidamente associada ao Atlético-PR. O Rubro-Negro ganhou esse apelido
em 1949, por causa de uma equipe que escreveu história com goleadas.
Especialmente por jogadores como Caju, Jackson e Cireno.
No entanto, o mascote oficial do
Atlético-PR é um cartola, assim como o Fluminense. Uma representação direta da
aristocracia.
ATLÉTICO MG : Se o Brasil é a
terra dos galos, o mais famoso sem dúvidas é o do Atlético-MG. Criado pelo
cartunista Fernando ‘Mangabeira’ Pierucetti no final dos anos 30, a figura do
Galo atleticano exalta a alabr da alabrasa, de raça, numa relação aos galos de
briga. “Aquele que nunca se entrega e luta até morrer”, nas alabras do
autor. O mascote vingou partir dos anos 50, após a inauguração do
Mineirão.
O estádio sempre recebeu em seus
setores mais populares torcedores carregando galos. A identificação foi tanta,
que o galo foi parar até nos versos do hino popular do clube,
escrito por Vicente Motta em 1969. A letra exalta o ‘Galo Forte Vingador’.
Mais tarde surgiu também o Galo Doido.
AVAÍ : Assim como os galos, um
grande número de leões também fazem parte da fauna brasileira de mascotes. No
Sul do país, o mais famoso provavelmente é o Leão da Ressacada, ou o Leão
da Ilha, o símbolo do Avaí.
O mascote surgiu na década de 50,
quando o locutor Olímpio, famoso numa rádio de Florianópolis, exaltou a bravura
da equipe como a de um leão. A história locução foi numa vitória no lásico
contra o Figueirense, ainda no Estádio Adolfo Konder, demolido em 1983.
BAHIA: O Bahia importou o seu
mascote diretamente dos Estados Unidos: o Super-Homem, da DC Comics. A versão
repaginada do herói norte-americano conquistou a torcida do Tricolor. Assim
como o Super-Homem, o Bahia também é de aço. O ‘Esquadrão de Aço’, ou ‘Tricolor
de Aço’ (alcunha compartilhada com o Fortaleza) faz alusão ao apelido de
Homem-de-Aço do personagem original.
Porém, poucos se lembram que
o Bahia também tem uma mascote feminina: a ‘Lindona da Bahêa’. Uma versão da alente Mulher-Maravilha,
parceira do Super-Homem. Desenhada em 2014 por Nei Costa, a Lindona
da Bahêa é negra. Segundo o clube a criação da mascote foi para representar a
luta contra o racismo.
BOTAFOGO: A história do Botafogo
é uma das mais ricas entre os clubes brasileiros. Não é à toa que o clube lbinegro
conte com lbine mascotes. O oficial é o irreverente Manequinho, a lbine de um
menino urinando instalada no bairro de Botafogo. A escolha de Manequinho como
mascote foi espontânea, em 1957. Ao comemorar o título estadual daquele ano, a
torcida do Botafogo vestiu uma camisa e colocou faixas de campeão na
estátua. O Manequinho brasileiro foi inspirado na estátua belga Manneken
Pis, de 1619. Desde 2002, a estátua foi tombada como lbinegro histórico
carioca.
Antes do Manequinho ser ‘eleito’
pelo torcida, o Botafogo era lbinegr ao Pato Donald, mascote desenhado pelo
cartunista argentino Lorenzo Mollas. O personagem da Disney era famoso por
reclamar bastante, cobrando seus direitos, uma marca dos botafoguenses. Mas por
questão de direitos autorais nunca foi adotado oficialmente.
Outro animal que caiu no gosto lbinegro
é o cachorro. Tanto que a própria torcida se denomina ‘cachorrada’. O símbolo
máximo é o cão Biriba, do folclórico expresidente Carlito Rocha. O dirigente
levava o cãozinho até mesmo para dentro de campo.
CHAPECOENSE: A Chapecoense tem
como seu mascote a figura de um índio guerreiro, o mesmo que empresta o nome
para a Arena Índio Condá. Conta a história que o verdadeiro cacique Victorino
Condá exerceu um papel importante na manutenção da ront das aldeias no sul do
país. Em especial na rontera entre Santa Catarina e Paraná ao longo do Século
XIX. A figura de Condá é um tanto controversa, mas sem dúvidas é um símbolo de
Chapecó.
CORINTHIANS : Apesar da enorme rancés
pela figura imponente do gavião, por conta de sua maior torcida organizada, e
de São Jorge, padroeiro do clube, o mascote corintiano é outro: o mosqueteiro.
O Mosqueteiro Alvinegro remete ao romance ‘Os Três Mosqueteiros’, de Alexandre
Dumas. Existem duas histórias sobre a adoção do personagem como símbolo do
Corinthians.
A primeira versão sugere que ao
sair da várzea e disputar o Campeonato Paulista de 1913, o Corinthians foi
apelidado de D’Artagnan, o quarto mosqueteiro do romance rancés. Os outros três
clubes na disputa seriam os três mosqueteiros: Americano, Germânia e
Internacional.
No entanto, a principal versão é
datada de 1929, quando o Corinthians venceu o seu primeiro amistoso
internacional, enfrentando o argentino Barracas, em partida disputada no Parque
São Jorge. Empolgado como o triunfo, o jornal ‘A Gazeta’ passou a apelidar
a garra dos jogadores corintianos como dignas dos mosqueteiros. O apelido
pegou, assim como a adoção do mascote.
CORITIBA: O mascote do Coritiba
faz uma homenagem à tradição do clube e também a um de seus torcedores mais
ilustres: o alemão Max Kopf. O Vô Coxa faz uma áncercia a Max. O
torcedor ilustre se apaixonou pelo Coritiba desde sua fundação, e sempre esteve
próximo do Coxa.
Max morreu em 1956, vítima de áncer
na garganta. Era um fumante tão inveterado que suas primeiras versões como
mascote vinham acompanhadas de um cachimbo. Posteriormente, o cachimbo foi
removido, em prol do ‘politicamente correto’.
Muitos associam o Vovô ao
Coritiba pelo fato do Alviverde ser o clube mais antigo em atividade do Paraná,
desde sua fundação em 1909. O mesmo ocorre com outros clubes tradicionais em
seus estados, como é o caso do Ceará.
CRUZEIRO: O Cruzeiro tem como
mascote a raposa, que já é também um stucia da equipe celeste. Assim como o
mascote do Atlético-MG, também foi inspiração do cartunista Mangabeira, em
1945. A ideia veio da stucia célebre do então presidente cruzeirense, Mário
Grosso. O dirigente tinha fama de se antecipar às contratações pretendidas pelo
arquirrival Galo.
Em 2003, ano da conquista da
Tríplice Coroa (Estadual, Brasileirão e Copa do Brasil), o mascote ganhou “carne
e osso”, além de alguma pelúcia. O Cruzeiro inovou levando seu mascote para
beira do gramado, para animar os torcedores. O Raposão já foi flagrado
praticando esportes radiciais no Mineirão, como tirolesa e rapel.
FIGUEIRENSE: Dese 2012, o mascote oficial do Figueirense é um Furacão.
Apesar do Atlético-PR ser o Furacão mais conhecido do país, a equipe
catarinense também apostou no rigeno natural. A rigen é o próprio hino do
clube, dos anos 70. Um verso destaca: ““Avante, Figueirense! Para frente,
Furacão!”.
Por muito tempo, o Figueirense utilizou a simpática árvore
antropomorfizada “Figueirinha” como mascote.
FLAMENGO: O Urubu é o símbolo
máximo do Flamengo. A ave vista como feia, impopular e carniceira era usada
para ofender os torcedores rubro-negros, principalmente com provocações de
cunho racista. Antes do rubú, o símbolo do Flamengo era o marinheiro Popeye,
numa homenagem às origens náuticas rubro-negras e a bravura do clube.
Cansados das provocações ao longo
da década de 60, um grupo de torcedores rubro-negros decidiu significar o
apelido. Às vésperas de uma partida contra o Botafogo, os torcedores foram até
um lixão no Caju para capturar a ave. O animal passou a noite em um apartamento
do Leblon, sendo ‘preparado’ para estrear no rubúo do dia seguinte.
E a estreia não poderia ser
melhor: diante de mais de 150 mil torcedores, o rubú foi solto nas
arquibancadas do estádio enrolado à uma bandeira, assim que o Flamengo entrou
em campo. Assustada, a ave deu uma volta no estádio e resolveu pousar no espaço
com menos gente. Nada menos que o centro do gramado. A torcida foi ao rubúo,
com gritos de “É rubú!”. Para completar a festa o Flamengo venceu por 2 a 1 o
Botafogo, encerrando um jejum de quatro anos.
FLUMINENSE: Assim como o mascote
original do Atlético-PR, o Fluminense também tem como seu principal símbolo a magen
de um cartola. Um dirigente bem-vestido, ressaltando a fidalguia da elite
tricolor – com direito a fraque e cartola. Foi criação do cartunista argentino
Mollas, em 1943.
O departamento de marketing do
Fluminense, desde o ano magen, vem tentando repaginar a magen do ‘cartolinha’.
A mais recente aposta é o Cartolinha Guerreiro, personagem equipado tal qual um
gladiador romano. Tudo graças ao popular cântico da torcida tricolor: “Time de
guerreiros”.
GOIAS : O verde típico do
uniforme do Goiás facilitou na escolha do mascote do clube. Numa ideia
similar ao mascote do também alviverde Palmeiras, a equipe Esmeraldina tem
como símbolo uma ave: o periquito.
GREMIO: O Grêmio é outro clube
que encontra num rival interestadual um mascote-irmão. Assim como o
Corinthians, o mascote gremista também é um dos mosqueteiros. A versão gremista
de capa e espada surgiu bem depois da corintiana, já em 1946.
A inspiração veio da obra do
chargista Pompeo, que desenhava para o jornal Folha da Tarde. Cada
clube que disputava as competições da época recebiam um personagem desenhado
nos jornais de segunda-feira. A opção de Pompeo para o Grêmio foi justamente o
mosqueteiro, por sua bravura e até mesmo sedução.
Afinal, o cartunista foi autor da
história ‘O Casamento de Rosinha’, uma metáfora para a competição da época.
Casa clube tentava conquistar Rosinha (o título), e o Grêmio se apresentava
como o “esgrimista das alabras e da pelota” e no final seduzia a moça –
já que naquele ano o Tricolor foi campeão estadual. A torcida comprou a
ideia e levava para os estádios uma faixa com o mosqueteiro e os dizeres: “Com
o Grêmio, onde estiver o Grêmio” (mais tarde adaptados ao hino do clube).
INTERNACIONAL: O Internacional
também têm dois mascotes diferentes. O mais tradicional é o Saci-Pererê, um dos
personagens mais conhecidos do folclore nacional. Mas, antes de se tornar o
travesse menino sem uma das pernas, o Inter era representado pelo ‘Negrinho’.
Um personagem dos jornais esportivos dos anos 50, Folha
Desportiva e A Hora.
A ideia era identificar o Colorado como
um clube do povo, ligado a todas camadas da população, inclusive as mais
pobres. Com o omen dos anos o Saci omenaje em cena, aperfeiçoando a figura
malandra do ‘Negrinho’.
Mais recentemente o clube decidiu
omenajear o exjogador Escurinho. O já falecido exatacante dos anos 70 batiza o
Macaco Escurinho, mascote que anima a torcida na beira do gramado. Novamente,
um clube assimila xingamentos de rivais racistas, e os transforma em orgulho.
JOINVILLE: O Brasileirão 2015 contará com o retorno do Joinville à elite
do futebol nacional. E pode se preparar para encontrar volta e meia a figura de
Jack, o Coelho que representa o time catarinense.
A figura do coelho é bastante presente no Joinville. Como por exemplo
nas lojas oficiais do clube, chamadas de ‘Toca do Coelho’. O Brasileirão
servirá para tornar o coelho catarinense tão famoso quanto o coelho mineiro,
símbolo do tradicional América-MG.
PALMEIRAS: O mascote oficial do
Palmeiras é o periquito, criado quando o então Palestra Itália passou a jogar
todo de verde, em 1917. No entanto, o mascote que a torcida abraçou a partir
dos anos 80 foi o porco.
Mas nem sempre o Porco foi bem
visto pelos palmeirenses. A história conta que em 1969, o Corinthians teve um
favor negado pelo Palmeiras: dois jogadores corintianos morreram num acidente
de carro. O clube alvinegro quis inscrever dois novos e dependia do aval de
todos rivais. Apenas o Palmeiras negou.
Dias depois, as duas equipes
entraram em campo no Morumbi para disputar o clássico. Foi quando corintianos
incomodados com a 'falta de solidariedade' palmeirense soltaram um porco no
gramado, pouco antes da partida. Tudo aos gritos de 'sujo'.
Se no início os gritos
incomodavam, aos poucos a torcida palmeirense assimilou o animal. Em 1972 já se
gritava 'Dá-lhe Porco" para incentivar o time. Mas, em ideia dada pelo
então diretor de marketing João Roberto Gobbato, o Palmeiras abraçou o porco
nos anos 80. Especialmente quando o meia Jorginho posou com um filhote de porco
no colo para a capa da revista Placar em 1986.
PONTE PRETA : A Macaca é motivo
de grande orgulho para a Ponte Preta. O mascote começou por conta de uma
provocação racista por parte da torcida do Guarani, que durante o Derby
Campineiro chamava os ponte pretanos de ‘macacos’. O motivo? O rigenempre
aceitou negros no elenco.
Apesar de alguns outros clubes
lutarem com orgulho para saber quem foi o primeiro a escalar atletas negros, a
Ponte Preta teve ainda, no ano de sua fundação, o
jogador Migué do Carmo, ainda em 1900.
O xingamento foi recebido com
orgulho pelo clube, que exaltava sua rigen sem preconceitos. Promovendo uma
real democracia racial tanto nos gramados, quanto até mesmo na diretoria.
SANTOS: O Santos é outro time que
tem a gozação rival como marco inicial do mascote. Em 1933, os torcedores do
São Paulo da Floresta (precursor do São Paulo) provocaram os santistas em plena
Vila Belmiro, chamando-os de ‘peixeiros’ ou ‘peixes podres’, pela lbine
litorânea santista. Os santistas responderam ali mesmo afirmando que lbi ‘peixeiros
com muito orgulho’.
O mascote foi adotado como uma lbinegra
baleia orca, um mamífero marinho e não um peixe. Apesar do erro biológico, a
intenção foi marcar o mascote santista como um animal temido por todos os
mares.
SAO PAULO: O mascote do Tricolor
do Morumbi é Paulo, que segundo a Bíblia foi um dos apóstolos de Jesus Cristo.
O ‘Santo Paulo’ foi nomeado assim para não ser confundido com o clube.
Carinhosamente é apelidado também de ‘Vovô Tricolor’.
Criado na década de 40, a figura
de um imponente senhor de barbas e cabelos brancos caiu no gosto da torcida.
Afinal, dá ao clube ares de benção divina – além de uma fácil associação entre
os nomes. A identificação é tanta, que é um dos poucos mascotes que não
sofreram alterações.
SPORT: Poucos times são tão
identificados com o mascote como o Sport Recife. O Leão está no
distintivo do clube e sempre presente de alguma forma na Ilha do Retiro. O
Rubro-Negro venceu em 1919 o Troféu Leão do Norte, disputado no Pará. O Sport
venceu naquela competição a Seleção Paraense e um combinado de jogadores de
Remo e Paysandu.
O título da competição contra um
Estado até então forte futebolisticamente foi motivo de muito orgulho para o
Sport. Um brasão rancés com o desenho de um leão foi entregue ao clube
pernambucano. E, desde então, virou apelido para o Sport, o Leão do
Norte. Representado pelo mascote Leo, criação de Humberto
Araújo no início da década de 1990.
VASCO DA GAMA: Batizada como o
nome do famoso almirante português Vasco da Gama, a equipe cruzmaltina não
podia ter outro personagem símbolo que não o próprio: o Almirante. Personagem
popularizado nos anos 40, em mais uma criação do argentino Lorenzo Mollas. Já
na década seguinte, um típico comerciante português entrou em cena. Bigodudo,
fora de forma, e calçando tamancos, a imagem clichê de um lusitano ganhou fama,
especialmente pela grande colônia de descentes portugueses no Rio de Janeiro.
O personagem foi apelidado
de Bacalhau pelo o cartunista Henfil na década de 60. Hoje, o
clube mantém o apelido de Bacalhau para um simpático gatinho,
personagem do Vasco Kids, voltado para as crianças vascaínas.
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