HISTORIA
DE LOS MUNDIALES DE FÚTBOL
MUNDIAL
1958 – PARTE 5
WORLD
CUP 1958 –
COPA
DO MUNDO 1958
CONCENTRACIÓN BRASILEÑA
JOAO
HAVELANGE Y SUS RECUERDOS DEL MUNDIAL 58
Havelange:
'Falaram que o time era de bicha, mas fui campeão da Copa de 58'
'Dirigente
do Século' relembra polêmicas do Mundial, como lado psicológico de
Garrincha, falta de higiene dos jogadores e sono pesado de Feola
Após
tantas andanças, o "Senhor das Copas" não esquece de sua
primeira experiência como dirigente da seleção
brasileira:
o Mundial da Suécia. Em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM,
João Havelange volta 50 anos no tempo e recorda de assuntos que
renderam polêmica na época, como a reprovação de Garrincha em um
exame psicológico, a falta de higiene dos jogadores e o sono
excessivo do técnico Vicente Feola.
GLOBOESPORTE.COM: Qual
a importância da conquista da Copa do Mundo de 1958?
JOÃO
HAVELANGE: Essa Copa representou uma redescoberta do Brasil.
Além disso, o mundo pôde conhecer de perto a nossa organização e
nós passamos a servir de exemplo para outras delegações. Nunca
joguei futebol profissionalmente, mas entendo de administração. Não
precisei entrar em campo para formar um time campeão.
O que
mudou das Copas de 1950 e 1954 em relação à Copa de 1958, quando a
seleção brasileira ganhou o primeiro título mundial?
Entrei
para a CBD em 1956. Entretanto, posso lhe dizer que sofri muito com a
derrota do Brasil para o Uruguai (2 a 1), no Maracanã, em 1950. Eu
morava em São Paulo na época e vim ao Rio só para assistir a essa
partida. Logo após o jogo, fiquei tão emocionado que prometi a um
co-cunhado que um dia ia dar uma Copa do Mundo ao país. Para vencer
a Copa do Mundo da Suécia, eu aumentei a comissão técnica de
quatro para 12 pessoas. Contratei psicólogo, dentista, analista
financeiro, médico e até um podólogo - além dos cargos de
técnico, roupeiro, preparador físico e chefe de delegação que já
existiam.
Faltava higiene aos jogadores?
Você
pode não acreditar. Mas vou lhe dar um exemplo. O Geada, podólogo
da seleção brasileira, limpou os pés dos atletas e encheu um saco
grande só de unha encravada. Os jogadores sentiam dores cada hora em
uma parte do corpo. Sabe o que faltava? Um tratamento dentário.
Nesse momento, fui ridicularizado. Mas sabia que estava no caminho
certo. Falaram que o time era de bicha. O Ari Barroso (radialista e
compositor) cansou de debochar de mim na TV Tupi. No entanto, fui
campeão da Copa do Mundo de 1958.
O
Garrincha foi reprovado no exame psicológico, mas acabou sendo um
dos destaques da Copa de 1958. O senhor pensou em vetá-lo da
competição?
Ele
era um homem especial, que veio da roça. Só que tinha uma
habilidade impressionante. Era um fenômeno. Eu não tinha o direito
de dispensá-lo, mas sim respeitá-lo. Toda regra tem sua exceção.
O
técnico da seleção brasileira, Vicente Feola, dormia nos treinos?
Uma
vez perguntei isso a ele. E o Feola disse que os jogadores não lhe
davam sossego. Por isso, fingia que estava dormindo para não ser
incomodado. Ele tinha conhecimento de futebol, além de contar com a
amizade e o respeito de todos os jogadores.
Qual a
importância do Didi naquela seleção brasileira?
O Didi
era o capitão do time. Dos pés dele que saíam as nossas principais
ações. Só que o mais me chamou a atenção foi o homem fora de
campo. A partir de 1958, eu sempre recebi cartão de Natal do Didi.
Era o primeiro cartão a chegar. Foi assim durante a vida dele
toda.
Qual Copa do Mundo, a de 1958, 1962 ou 1970, mais o
emociou? Os três feitos foram na gestão do senhor à frente da CBD.
O
título de 1958 é único, porque foi o primeiro. É feito filho e
neto. O primeiro é o primeiro. Senti uma emoção incomparável na
época. Lamentavelmente, não consegui assistir à Copa. Fui à
Suécia somente na abertura da competição e depois retornei ao
Brasil. Como não tinha televisão em casa, comemorei mais quando os
jogadores e a comissão técnica brasileira chegaram ao Rio de
Janeiro.
Em
1958, Pelé via Didi como inatingível e achava irmão o craque da
família
Tímido,
o menino de 17 anos ainda não tinha nem o autógrafo famoso
Em
1958, Pelé começou a encantar o mundo. Mas ainda não sabia disso.
Muito tímido, o menino de 17 anos falava pouco nas entrevistas e
parecia não acreditar que estava em uma Copa do Mundo, ao lado de
tantos craques. Como o ídolo Didi. E mais: para ele, o craque da
família era seu irmão caçula, Zoca, o único que poderia ser tão
bom quanto o pai Dondinho.
Estas
revelações foram feitas pelo futuro Rei do Futebol ao repórter
Geraldo Romualdo da Silva, do "Jornal dos Sports", em
entrevista publicada em 24 de junho daquele ano. Pelé tinha acabado
de marcar o gol da vitória por 1
a 0 sobre País de Gales,
que classificou o Brasil para a semifinal, e no dia da edição do
jornal iria balançar a rede três vezes no 5
a 2 sobre a França,
que levou a seleção de Vicente Feola para a decisão.
Isso
parecia pouco para o menino:
-
Eu não sou nada comparado ao Didi. Nunca chegarei aos pés de Didi.
Ele é meu ídolo, meu "faixa". As primeiras figurinhas que
comprei foram dele - disse o camisa 10.
Na
época, uma marca registrada de Pelé ainda era bem diferente da
que ficou famosa por todo o mundo: o autógrafo. O jovem
assinava "Edson Arantes - Pele", como na imagem abaixo,
reproduzida do livro "Vida do Crack - Edição especial - Waldir
Amaral"
EL
SUECO HAMRIM Y SUS RECUERDOS DE LA COPA DEL MUNDO 58
Ex-craque
sueco lembra com carinho de Garrincha e do ausente Julinho
Kurt
Hamrin foi o destaque da Suécia na Copa do primeiro título
brasileiro
Dos
oito remanescentes da seleção sueca convocada para a Copa
de 58,
o principal nome é Kurt Roland Hamrin, 73 anos. O ex-atacante passou
15 temporadas no futebol
italiano,
passando por Juventus, Padova, Fiorentina, Milan e Napoli. Foi
campeão nacional e europeu pelo Milan, além de ter ganho a extinta
Recopa Européia por Milan e Fiorentina. Até hoje ele é o sexto
maior goleador da história do Campeonato Italiano.
Kurt
Hamrin era um dos jogadores profissionais suecos que precisou de uma
autorização da Federação local para participar da Copa do Mundo,
já que na época a Federação Sueca não permitia que profissionais
atuassem pela seleção nacional. Mudou de idéia preocupada com um
mau desempenho da equipe dentro de casa, e permitiu a Hamrin brilhar
no Mundial. Ele foi o artilheiro da Suécia na competição, ao lado
de Agne Simonsson, com quatro gols.
O
mais famoso deles foi um golaço no fim da partida contra a Alemanha
Ocidental pelas semifinais: Hamrin parecia estar prendendo a bola
para ganhar tempo, mas, de repente, iniciou uma arrancada pela
lateral, passou por dois adversários e, sem ângulo, tocou por cima
do goleiro Herkenrath. Revoltados com a arbitragem e reclamando que
Hamrin teria saído pela linha de fundo com a bola, jornais alemães
publicaram reportagens criticando o comportamento da torcida e
dizendo que os suecos bebiam demais. Levou mais de uma década para
acalmar os ânimos entre os dois países.
Além
desse gol, a grande lembrança que Hamrin traz da Copa do Mundo é a
final contra o Brasil (vitória brasileira por 5 a 2). Em entrevista
exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM, o ex-atacante lembra com carinho de
Garrincha e de um jogador com quem atuou na Itália e que poderia ter
feito parte da seleção de 1958: Julinho Botelho.
GLOBOESPORTE.COM:
Quando o senhor pensa na Copa de 58 qual a primeira lembrança que
vem à cabeça? Kurt Hamrin: A primeira coisa em que penso
é em como a Suécia jogou bem naquele torneio e que chegamos até a
uma final de Copa. Na decisão enfrentamos um Brasil que eu
considero, e sei que muita gente no Brasil considera também, a
melhor seleção que o Brasil já teve em sua história. Porque eles
eram completos em todos os setores da equipe. Para mim, a Suécia foi
totalmente superada pelos brasileiros naquela partida. Eles foram
muito melhores do que nós e não há muito do que se queixar.
Antes
do Mundial, acreditava que a Suécia poderia chegar tão longe? Não,
de forma alguma. Nós nunca pensamos que isso pudesse acontecer. Nas
quartas-de-final, quando tivemos a União Soviética, pela frente.
Todo mundo pensou que nós seríamos eliminados. Mas aí nós
superamos os soviéticos e ganhamos confiança para superar também a
Alemanha na semifinal. Assim chegamos na final.
O senhor
atuava no futebol italiano e o Brasil fez sua preparação para o
Mundial de 58 por lá, antes de chegar à Suécia. O senhor sabia
algo sobre a equipe antes da Copa? Não sabia muito,
principalmente porque Pelé e Garrincha só entraram na equipe na
terceira partida da Copa do Mundo. Quando eles fizeram um amistoso em
Florença contra a Fiorentina e venceram por 4 a 0, atuaram com
Mazola no ataque, na posição em que Pelé jogaria depois. Claro que
eu pude acompanhar algo sobre a equipe, mas acho que o que fez a
diferença daquela equipe foram as entradas de Pelé e Garrincha no
time, durante o Mundial.
O senhor assistiu a essa partida em
Florença? Não, eu já estava na Suécia na ocasião. Mas eu
ouvi sobre o jogo. Eu me transferi para a Fiorentina logo após a
Copa do Mundo e todos lá falavam muito sobre essa partida. Naquela
equipe que perdeu para o Brasil estava um fantástico jogador
brasileiro, Julinho Botelho, que não quis fazer parte da equipe que
foi à Copa do Mundo. Ele era um jogador espetacular, completo mesmo
para os padrões atuais. Com Garrincha, ele talvez não tivesse lugar
garantido, por atuarem na mesma posição. Ou
talvez Garrincha não tivesse jogado se Julinho estivesse lá.
DE
COMO SE INCORPORO UN PSICOLOGO A LA SELECCIÓN DE BRASIL
A
Copa do Mundo de 1958 foi a Copa do Mundo de Pelé, Garrincha e João
Carvalhaes. Este era o psicólogo indicado pela CBD para trabalhar
com os jogadores porque, segundo a expressão de Nélson Rodrigues, o
brasileiro tinha “complexo de vira-lata”.
Como
escrevi em minha crônica sobre a Copa de 1950 (vejam em “post”
abaixo), tudo começou porque Mário Filho – irmão de Nélson e
nome oficial do estádio do Maracanã – inventou que Obdulio
Varela, capitão do Uruguai, havia dado uma bofetada no lateral
esquerdo Bigode, do Brasil, na partida de decisão, e nosso jogador
não reagira. Como se dizia na ocasião, Bigode “botou o galho
dentro”.
A
versão do fato é sempre mais importante do que o fato, mesmo – ou
talvez sobretudo – quando não há fato. O novo insucesso em 1954,
diante dos húngaros – quando Nílton Santos foi expulso por
agredir um adversário e Zezé Moreira ao fim da partida deu uma
chuteirada na cara de Gustav Sebes, Vice-Ministro de Esportes dos
magiares – convenceu ainda mais a CBD de que nossa Seleção ou se
intimidava ou partia para reações exageradas. De uma ou de outra
forma, precisava de um psicólogo.
Assim,
lá se foi o professor Carvalhaes, acompanhado de outro pitoresco
personagem, o dentista Mário Trigo. Ou por fundamentos de
psicologia, ou por simples racismo, a CBD escalou para os dois
primeiros jogos da Copa, contra a Áustria e a Inglaterra, um time em
que o único negro era o meia armador Didi. Ele não podia ser
barrado por um branco porque seu reserva, Moacir, também era negro.
Marcamos
3 a 0 diante da Áustria, com dois gols de Mazzola e um de Nílton
Santos, e empatamos em 0 a 0 com a Inglaterra, quando Vavá, que
substituíra o totalmente ineficaz Dida, chutou uma bola na trave.
Àquela altura, Garrincha continuava barrado por Joel, por dois
motivos. Primeiro, em um jogo de exibição contra a Fiorentina, a
caminho da Suécia, Garrincha exibiu-se demais, pois driblou toda a
defesa, driblou o goleiro, voltou para driblar outra vez o goleiro e
só depois se dignou a marcar um dos gols em nossa vitória por 4 a
0. Segundo porque o psicólogo Carvalhais, depois de submetê-lo a um
teste, concluiu que ele era débil mental.
CONCENTRACIÓN DE BRASIL : VAVÁ. GARRINCHA, GILMAR Y PELÉ
DE
DEBIL MENTAL A CRACK DEL MUNDIAL
Foi
preciso que os demais jogadores se revoltassem para que Feola afinal
concordasse em escalar Garrincha contra a União Soviética, junto
com Pelé. Este, segundo a Comissão Técnica, estava voltando de uma
contusão. Segundo outros, poderia ter voltado antes e, na verdade,
estava barrado. (Djalma Santos continuaria barrado e só apareceu na
final, com uma belíssima atuação diante do famoso extrema sueco
“Nacka” Skoglund.)
Garrincha
levou seu marcador, Kuznetzov, à loucura. Os soviéticos praticavam
um futebol chamado “científico” e nunca tinham visto aquilo. Com
um minuto, Garrincha deixou Kuznetzov no chão e chutou uma bola na
trave. Em seguida, Pelé chutou uma bola na outra trave. Com três
minutos de jogo, Vavá marcou nosso primeiro gol. O mesmo Vavá fez 2
a 0 quando faltavam 13 minutos para o fim da partida e foi até um
milagre que os soviéticos tivessem conseguido segurar aquele magro
marcador durante tanto tempo, pois nosso domínio era total.
Passamos
depois pelo País de Gales (gol de Pelé) e França (5 a 2, com três
gols de Pelé, um de Didi e um de Vavá), antes da final contra a
Suécia.
O
público brasileiro, eu incluído, acompanhou o jogo com a Suécia
diante de televisões que mostravam fotos dos jogadores, enquanto
ouvíamos a narração pelas radios. O video-tape ainda não tinha
sido inventado, muito menos as transmissões ao vivo e em cores.
No
fim, a vitória do Brasil por 5 a 2, com dois gols de Vavá, dois de
Pelé e um de Zagallo. Até Zagallo – que, no dizer de Manga, não
chutava a gol, atrasava para o goleiro – deixou o seu.
O
professor Carvalho e seus psicotestes caíram no ostracismo.
Garrincha e Pelé seguiram em frente.
LOS
TEST EQUIVOCADOS DEL PSICOLOGO CARVALHAES
Teste
psicotécnico – Nem todas as novidades lançadas pela comissão
técnica emplacaram. Em resposta à preocupação geral com as
reações imprevisíveis dos jogadores frente a seus rivais europeus,
a CBD chamou um profissional jamais antes visto na seleção: um
psicólogo. O doutor, chamado João Carvalhaes, prometia testar a
inteligência e o equilíbrio mental dos nossos craques para
identificar quem tinha um temperamento menos agressivo e impulsivo.
Feitos os experimentos, Carvalhaes concluiu que nem Pelé nem
Garrincha tinham condição psicológica ideal para enfrentar os
desafios da Copa. No caso de Pelé, o especialista apontou
preocupação com a imaturidade do craque (que, vale lembrar, ainda
tem 17 anos) e sugeriu seu corte da equipe. Garrincha foi reprovado
por outros motivos – teria agressividade nula e inteligência
inferior à média. Já na Suécia, os testes foram repetidos antes
da partida contra os soviéticos. Dos onze titulares, só dois foram
aprovados. Curiosamente, Pelé foi um deles (o outro foi Nilton
Santos). Se desse ouvido a Carvalhaes, Feola teria de trocar quase o
time todo. A comissão, porém, tinha outras virtudes além da
organização e do apreço à ciência – assim como as melhores
mentes modernas, era coerente e tinha bom senso.
BRASIL DESCANSANDO
FRASES
MARCANTES DEL MUNDIAL 58
"Treino
é treino, jogo é jogo" Didi, sobre as acusações de que
não estaria se esforçando nos treinamentos
"O
futebol argentino não precisa dos que estão no exterior" Raúl
Colombo, presidente da AFA, durante a preparação da seleção
argentina para a Copa do Mundo
"Crioulo
burro! A cabeça é para um lado, a bola pro outro" Do
experiente Zito para o jovem Pelé, que inicialmente também era
enganado pelo drible do companheiro
"Eu
não imaginava que seria convocado" Pelé, em entrevista
para a "Manchete Esportiva" de 12/04/1958
"Em
saúde, o Brasil já é campeão invicto." Médico H.
Gosling, após avaliar o preparo físico dos jogadores da seleção
Durante
"Chegou
a sua vez, negão" Dos companheiros Bellini e Didi para
Djalma Santos, que substituiu De Sordi na decisão contra os suecos
"Vamos
lá, acabou a moleza, vamos encher esses gringos de gols" Didi
reage após a seleção brasileira sofrer o primeiro gol da Suécia
na final da Copa
"Garrincha
é um verdadeiro assombro. É um jogador como jamais vi igual" Gavril
Katchalin, técnico da União Soviética, após a derrota para o
Brasil por 2 a 0
"A
cor azul vai dar sorte, pois é a mesma do mando de Nossa Senhora da
Aparecida, a padroeira do Brasil" Paulo Machado de
Carvalho, chefe da delegação brasileira, antes da final
"Eu
fazia um lançamento e tinha vontade de rir. O Mané ia passando e
deixando os homens de bunda no chão" Didi comenta as
atuações de Garrincha durante a Copa do Mundo
Depois
"Campeonatinho
mixuruco, nem tem segundo turno!" Garrincha durante a
comemoração brasileira pela conquista da Copa do Mundo em 1958
"Nunca
houve imposição para escalar Zito, Garrincha e Pelé. Se aconteceu,
juro que não estava nessa seleção. O Pelé nem era conhecido no
Rio. Acho que isso é para desmoralizar a comissão técnica" Vavá,
negando que jogadores tenham imposto ao técnico Feola as mudanças
no time contra a URSS
"Convencemos
o técnico Vicente Feola a colocar Pelé no lugar do Dida, que sentia
uma contusão. Feola temia lançar Pelé, que tinha apenas 17 anos,
mas concordou. Também pedimos que ele escalasse Garrincha no lugar
de Joel. Feola nos atendeu, o time embalou e fomos campeões" Didi,
contrariando o colega de seleção
"A
seleção brasileira era tão boa que eu temia torcer por ela" George
Raynor, técnico da Suécia, adversária do Brasil na final
"A
conquista do Mundial de 1958 representa o fim do 'complexo de
vira-latas' do homem brasileiro" Nelson Rodrigues, escritor
e jornalista esportivo
"Eles
eram infernais. Ninguém os conteria. Se você marcasse o
Pelé,
Garrincha escapava e vice-versa. Se você marcasse os dois, o Vavá
entraria e faria
o gol. Esses jogadores eram
endemoniados" Just Fontaine, francês artilheiro da Copa
com o recorde 13 gols, analisa o ataque da seleção brasileira na
Suécia
"Após
o 5º gol, eu queria era aplaudi-lo" Sigge Parling,
zagueiro sueco que marcou Pelé no jogo final
"O
Gilmar é o maior do mundo" Lev Yashin, da União
Soviética, considerado o melhor goleiro de todos os tempos
CONTROVERSIAS
Y CURIOSIDADES
Controversias
"
Israel se clasificó porque los equipos se negaron a enfrentarlos,
pero la FIFA intervino e insistió que jugaran por lo menos una vez
para clasificar. Gales, que no había logrado clasificar en su grupo
eliminatorio, fue el elegido para jugar ante Israel, que perdió
ambos partidos.
" Turquía se retiró de las eliminatorias
por negarse a participar en el grupo asiático.
" Sólo 2.823
espectadores presenciaron el repechaje entre Hungría y Gales. La
gente lo boicoteó en solidaridad con Imre Nagy, el Primer Ministro
de Hungría al momento de la invasión rusa en 1956, quien había
sido ejecutado el día anterior. Sin embargo, la concurrencia
oficial, que FIFA mantiene hasta el día de hoy, figura como de
20.000 personas.
" La semifinal entre Suecia y Alemania
Occidental estuvo a punto de quedar trunca porque el presidente de la
Asociación Alemana de Fútbol amenazó con retirar el equipo a menos
que los suecos permitieran el acceso de los aficionados alemanes. Los
organizadores aceptaron.
Curiosidades
"
Cuando disputó el partido final, Pelé tenía sólo 17 años, siendo
el más joven de la historia.
" Los 13 goles de Just Fontaine
para Francia se mantienen como la cifra más alta de goles marcados
en el mismo Mundial.
" Hubo cobertura televisiva
internacional por primera vez.
" La Asociación de Irlanda
del Norte le dijo a su plantel que jugar dos de los primeros partidos
de la ronda inicial en día domingo iba contra las leyes del país.
Tras las protestas de los jugadores, la Asociación dio marcha
atrás.
" Hungría mantuvo a sólo tres de los jugadores del
plantel de 1954. Muchos de ellos se habían escapado a otros países
tras la invasión rusa de 1956.
" A su regreso a Buenos
Aires, la gente recibió al seleccionado de Argentina lanzándole
basura, después que el equipo había finalizado en la última
ubicación en su grupo.
Historia
Si
1954 vio el final de la generación brillante de Hungría, uno de los
mejores equipos de la historia tuvo su nacimiento en 1958. Brasil a
partir de ese momento tuvo una relación muy estrecha con los
Mundiales.
La
presencia de la televisión internacional por primera vez realzó el
torneo, que vio surgir al fútbol mundial, con sólo 17 años, a uno
de los mejores jugadores de la historia. Aún a pesar de que Pelé no
era titular al comienzo de la competencia, a su final se había
convertido en una pieza clave.
Otra
faceta importante fue la participación por primera vez de los cuatro
seleccionados británicos, con Inglaterra, Escocia, Gales e Irlanda
del Norte. De los cuatro, los dos países más pequeños fueron los
que más impresionaron.
Los
irlandeses, dirigidos por Peter Doherty, fueron los inventores de la
barrera en los tiros libres, en un partido de cuartos de final que
perdieron ante Francia.
ARGENTINA
Y BRASIL Y SUS DIFERENCIAS EN 1958
Otra
vez la Argentina se destaca por la desorganizacion, entre otras
cosas, se llevaron un solo juego de camisetas, y se le dio poca
importancia a la preparacion previa, jugaron solo tres amistosos uno
de los cuales con el club Colo-Colo de Chile, resultado?, eliminados
en la primera fase y el ultimo partido se perdio 6 a 1 contra la
vieja republica de Checoslovaquia.
La
diferencia con el campeon Brasil, que viajo a Suecia en un avion
particular y realizaron una gira previa por Europa, los argentinos
viajaron en un vuelo de linea,que con tantas escalas tardaron como
cuarenta horas, y siempre en clase turista.
LA
NEUTRALIDAD SUECA
A
Suécia foi o país escolhido para sediar a Copa de 58 em virtude de
sua neutralidade durante a Segunda Guerra Mundial, assim como
acontecera com a Suíça em 1954.
PRIMERA
VEZ SOVIETICA
Pela
primeira vez a União Soviética participou de uma Copa do Mundo.
MUNDIAL
ANGLOSAJÓN
Pela
primeira e única vez todos os membros britânicos, Inglaterra,
Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales jogaram a Copa.
Além
das Eliminatórias européias, o País de Gales, que terminou em
segundo atrás da Tchecoslováquia, jogou uma repescagem contra
Israel depois que os israelenses venceram seu grupo sem precisar
jogar devido às desistências de Turquia, Indonésia e Sudão. A
FIFA determinou que nenhuma equipe se classificaria para a Copa sem
jogar pelo menos uma partida pois muitos times se classificaram em
Copas anteriores só por causa da desistência de outros. Gales
venceu a repescagem e se classificou.
País
de Gales foi a grande zebra da primeira fase, se classificando para
as quartas de final.
Após
o empate em 0 a 0 contra o English Team, os jogadores se
reuniram com o treinador, Vicente Feola, e pediram a entrada de Mané
Garrincha e Pelé no time. O pedido deu resultado: Brasil 2 a 0
contra a União Soviética, com grande atuação de Garrincha contra
seu marcador.
UN
URUGUAYO REPARTIÓ LOS NÚMEROS
Quando
enviou a lista de jogadores para a Copa, a CBD esqueceu-se de colocar
o número de cada atleta. Assim, o uruguaio Lorenzo Vilizzio, membro
do comitê organizador, distribuiu a numeração aleatoriamente. O
goleiro Gilmar jogou com a camisa 3. Pelé vestiu a 10 por acaso.
O
Brasil perdeu da Suécia no sorteio de quem jogaria a final de
amarelo e foi obrigado a atuar com a camisa azul. Como não havia
levado um jogo de camisas reservas, a CBD teve de improvisar. Tanto
que os números nas costas dos jogadores eram amarelos.
URUGUAYOS
SIN MUNDIAL
Schiaffino
e Ghiggia deixaram a seleção uruguaia para defender a Itália. Nem
com esses reforços a Azzurra passou pela Irlanda do Norte nas
Eliminatórias.
PROCESADO
POR ESTUPRO Y SIN MUNDIAL
Uma
das ausências sentidas na Copa de 1958 foi o centroavante soviético
Streltsov, do Torpedo de Moscou. Ele foi impedido de sair da União
Soviética porque estava respondendo a um processo criminal por
estupro.
ANECDOTAS
DE MANÉ GARRINCHA EN EL MUNDIAL 58
Após
o apito final, toda a seleção comemorava o título. Garrincha
estava em silêncio, então um membro da comissão indagou: " Oh
Mané, comemora, a gente ganhou!". Garrincha respondeu: "O
que?! Já acabou?! Não tem segundo turno?! Eita campeonatinho
esquisito!"
A
Seleção deu a volta olímpica com a bandeira sueca e foi super
aplaudida pelos torcedores da seleção da Suécia inclusive pelo Rei
Gustavo.
Perguntado
à Garrincha qual seleção teria sido a mais complicada, ele
respondeu: "Aquela que joga com o uniforme do São Cristóvão."
Era a Inglaterra.
De
todas as histórias atribuídas à Mané Garrincha, uma me chamou
muito a atenção: Garrincha teria comprado um rádio em Gotemburgo e
pago assim uma fortuna por ele. Dois dias depois ele o vendeu à
Nilton Santos por uma pechincha. Quando questionado o porque dessa
venda tão sem propósitos, Garrincha respondeu: "Comprei pra
ouvir meu sambinha, mas esse rádio porquera só fala sueco e eu não
entendo nada!".
Otra
de las anecdotas que se le atribuyen a Mané es que en el partido
contra la URSS enloqueció al lateral que lo marcaba por encima cada
vez que este lo salía Garrincha lo llamaba “Vem Joao vem” en
alusión al jueguito del Bobo con la Pelota, “Veni Juan veni” le
decia el brasileño al ruso que jamás veía el balón fruto de la
gran habilidad del brasileño.
LA
IGLESIA ANGLICANA Y EL MUNDIAL 58
A
Irlanda do Norte quase não participou da Copa. Tudo porque a
religião anglicana proibia atividades físicas aos domingos. Foi
necessário que o clero local autorizasse a participação dos
jogadores, que assim viajaram para a Suécia com a consciência
tranquila.
EL
GOL 500 DE LA HISTORIA DE LOS MUNDIALES
A
500ª vez
O
gol número 500 da história das Copas foi marcado pelo escocês
Robert Collins, aos 29min do segundo tempo do jogo entre sua seleção
e o Paraguai. A partida terminou com a vitória dos paraguaios por 3
a 2. Apesar da marca histórica, a Escócia foi mal e deixou a Copa
em 14º lugar.
TRES
MINUTOS A TODA MAQUINA
Três
minutos assombrosos
Após
3min do início do jogo contra a União Soviética, o Brasil vencia
por 1 a 0 e já havia chutado duas bolas na trave - ambas após belas
jogadas de Garrincha: primeiro, deixou um rival no chão com sua
ginga e chutou forte; depois, driblou dois e tocou para Pelé acertar
a trave.
EL
NIÑO PRODIGIO
Menino
prodígio
Pelé
se tornou o mais jovem jogador a marcar um gol na Copa do Mundo
quando balançou a rede na partida contra País de Gales. Ele tinha
17 anos e 239 dias. Pelé também é o mais jovem jogador a ser
campeão do mundo.
MARIO AMÉRICO VACUNA A PELÉ
SISTEMA
TACTICO
Um
descendente do patrono da Independência (José Bonifácio de Andrada
Silva) inspirou Vicente Feola a usar o esquema 4-2-4. Nas
eliminatórias, a Seleção Brasileira utilizou o 4-3-3. Martim
Francisco de Andrada Silva treinava o Vila Nova, equipe da Grande
Belo Horizonte.
RAYO
DE LUNA
O
atacante Simmonsson, da Suécia, tinha um apelido diferenciado. A
imprensa do seu país o chamava de "Raio de Luar".
FEOLA
ERRO FEO
Paulo
Machado de Carvalho, diretor-técnico de Seleções em 1958, foi o
grande responsável pelas convocações de Pelé e Garrincha para a
Copa da Suécia. O técnico Feola era contra.
JULINHO
EL AUSENTE
O
grande astro da Seleção Brasileira em 1958 era o ponta-direita
Júlio Botelho, ex-Palmeiras e Portuguesa. Julinho, como era
conhecido, pediu para não ser convocado para a Copa, por jogar no
exterior. Botelho disse que a convocação era um desrespeito aos
jogadores que atuavam no Brasil.
HOLA
REY ¿TODO BIEN ?
Talvez
o fato mais insólito da Copa da Suécia foi a comemoração do
dentista da Seleção Brasileira, Mário Trigo. Ao comemorar a
conquista da Copa pelo Brasil, ele abraçou o Rei da Suécia, Gustavo
Adolfo, e num alto e bom português, disse: "Oi Rei, tudo bem
?".
NUNCA
MÁS FUERON LOS MISMOS
O
time que assombrou o mundo em 1954, a Hungria, chegou desmontado ao
mundial de 1958. A base da equipe era o time do Honved, que
excursionava em solos espanhóis em 1956, quando aconteceu uma
revolução.Puskas e Koscsis pediram asilo e disputaram as
eliminatórias pela Espanha, porém se muito sucesso.
DEL
SAHARA AL MUNDO
O
artilheiro da Copa do Mundo, Just Fontaine, apesar de jogar pela
França, tinha origem marroquina. Fontaine marcou 13 gols na Copa (40
años después el crack del primer titulo frances tendría origen
argelino : Zidane)
HEJA,
HEJA SVERIGE – EL MEJOR MUNDIAL SUECO
Al
parecer hasta la Copa Mundial de la FIFA en 1958 en Suecia había una
ley no escrita: La “Coupe Jules Rimet“ siempre se quedaba en el
continente en el que se celebraba el torneo. Sólo los brasileños
quebraron esta ley de la serie y se llevaron la “Diosa de oro Nike“
al otro lado del Atlántico. Tampoco los anfitriones escandinavos y
su “doce jugador“, el frenético público, pudieron detener el
primero de los hasta ahora cinco triunfos de la Copa Mundial de la
FIFA.
Los
suecos son considerados en general como tranquilos y civilizados.
Pero esto no valía para la Copa Mundial de la FIFA en el propio
país. Más bien se podría decir: El equipo sueco flotaba en una
nube de entusiasmo de sus fans, que le ponía realmente alas y le
impulsaba a realizar rendimientos gigantescos. Los requisitos previos
eran excelentes: El secretario de la Asociación, Sr. Holger Bergerus
y el entrenador inglés, Reynor, viajaron ya antes del torneo al país
del fútbol, Italia, para recoger allí a las estrellas, para redimir
a Skoglund en Inter de Milán, a Hamrin de Padua, a Selmosson de
Lazio Roma, a Liedholm del AC Milán y a Gustavsson en Atalanta
Bergamo.
Pero
esto no era tan natural. Pues en aquellos tiempos en los que Suecia
pasó a ser campeón olímpico en 1950, los escandinavos renunciaron
durante años al tanto sensacional como profesionalmente dúo
delantero Gunnar Gren, Nils Liedholm y Gunnar Nordahl, llamados
también Gre-No-Lie. Con Gren y Liedholm había ahora dos de los tres
ídolos italianos en el equipo de las Tres Coronas.
Los
fans de las estrellas estaban organizados sensacionalmente. Ya horas
antes del encuentro de los suecos se les fue calentando con los
altavoces del estadio. Un hombre en pantalón oscuro, jersey blanco,
una bolsa micrófono transportable en la mano izquierda y una bandera
sueca como batuta en la derecha se encargó de animar al propio
equipo.
El
eslogan, que gritaban miles de gargantas, era: „Heja, Heja Sverige,
heja sverige, friskt humör, det är, det som susan gör, heja, heja,
heja.“ Lo que significa más o menos: “¡Olé Suecia, sé
optimista, eso es lo único que cuenta!“
De
este modo todos los partidos en casa de los suecos se convirtieron en
un infierno. En la ronda preliminar Suecia barrió a México por
3:0 en el estadio Rasunda de Estocolmo, allí se venció
al Vice-campeón mundial, Hungría, por 2:1, a Gales se le extorsionó
un 0:0. En los cuartos de final, los jugadores en azul-amarillo
mandaron a casa a Rusia con un 2:0, en la semifinal llegaron a ganar
con un 3:1 al hasta entonces campeón mundial Alemania.
Los
suecos convirtieron el lugar del encuentro Gotemburgo en una
fortaleza en el duelo contra la selección de la República Federal
de Alemania. Alrededor del estadio de Ullevi estaban colocados
animadores con megáfonos y banderas. 53 000 espectadores gritaban
eufóricos. Los suecos entusiasmaron en el césped y los alemanes
parecían estar como asombrados. También el árbitro húngaro,
Zsolt, mostró signos de inseguridad, pues tomó decisiones
cuestionables no sólo desde el punto de vista de los alemanes.
A
los jugadores del equipo del campeón mundial de la FIFA de 1954 les
aleteaban visiblemente los nervios en esa atmósfera. Cuando se tuvo
que salir Juskowiak del campo por una falta revancha a Hamrin, escaló
la situación. El partido finalizó después de un 1:0 de ventaja en
un 1:3. El campeón mundial de la FIFA había perdido. A los
jugadores de Sepp Herberger se les notaba aún el dolor en el partido
por el tercer puesto contra Francia que se perdió por 3:6.
EL
VIEJO LOBO Y SUS RECUERDOS – ZAGALLO Y EL MUNDIAL 58
FIFA.com:
¿Qué es lo que mejor recuerda de la Copa Mundial de la FIFA
1958?Mario
Zagallo: En
primer lugar, el hecho de que los suecos, luego de tres días de
lluvia, cubrieran el campo para mantener la hierba en buenas
condiciones y facilitar el buen juego en la final. Ellos sabían que
el equipo brasileño era muy habilidoso y que el partido daría un
mejor espectáculo con el césped seco. Y por supuesto, no puedo
olvidar el gol que marqué en la final. Regateé a un central y me
libré de él. Como resultado del regate, se me escapó el balón
hacia adelante. Cuando lo recuperé ya tenía encima al portero, de
modo que lo empujé con la punta de la bota y metí el cuarto gol de
Brasil.
Otro
recuerdo muy vivo fue el momento en el que Suecia anotó el primer
gol. Entonces no pude evitar acordarme de la final que habíamos
perdido en 1950. Pensé para mí: "Oh, Dios mío, ¿vamos a
perder la final otra vez? Oh, no". Antes del gol del empate,
[Lennart] Skoglund, al que marcaba Vavá, tuvo otra gran ocasión de
aumentar la ventaja sueca, pero yo estaba situado por detrás de
Gilmar y despejé el balón fuera. Si hubiéramos concedido ese gol,
la remontada habría quedado seguramente fuera de nuestro alcance.
Menos mal que pude impedirlo. Ésos son mis mejores recuerdos del
Mundial de 1958.
Se
cuenta una anécdota graciosa acerca del hotel de Estocolmo en el que
se hospedaron. ¿La recuerda?
En el exterior del hotel
supuestamente ondeaban las banderas de todos los países
participantes. [Mi compañero de equipo] Joel y yo dimos la vuelta al
edificio y no pudimos encontrar la bandera brasileña por ningún
lado. Así que fuimos a hablar con el gerente del hotel y nos
quejamos de que faltaba nuestra bandera. No hablábamos inglés muy
bien. Para hacerme entender, hice el gesto de ondear una bandera. El
gerente nos acompañó afuera y, apuntando a la bandera de Portugal,
que ni siquiera se había clasificado para el certamen, nos dijo que
ésa era la bandera de Brasil. Volvimos al mostrador de recepción, y
él sacó un libro para enseñarnos la bandera brasileña. Entonces
se dio cuenta de su error, nos miró a Joel y a mí, nos pidió
disculpas, salió fuera, quitó la bandera portuguesa y la cambió
por una brasileña.
¿Ha
sido el mejor equipo en el que ha jugado?
Sin lugar a dudas, ha
sido el mejor equipo en el que he jugado. Tras las derrotas en 1950 y
1954, ganamos el título mundial contra todo pronóstico, porque no
éramos los favoritos. Y cuando nos marchamos de Suecia, todo el
mundo hablaba del fútbol tan bonito que habíamos desplegado. La
llegada de Pelé, Garrincha, Vavá y Zito nos hizo mejores incluso
que el equipo que ya había dejado su huella en el Mundial anterior.
Nunca olvidaremos los goles que marcaron Pelé, Garrincha, Vavá...
Han quedado grabados para siempre en la memoria colectiva. Fue un
Mundial inolvidable.
Al
término de la final, el Rey Gustavo Adolfo de Suecia bajó al campo
para darles la enhorabuena. ¿Qué impresión le causó aquel
gesto?
El hecho de que el Rey de Suecia bajara al campo demostró
lo civilizados que son los suecos. Ya lo habían demostrado al secar
el campo antes del partido. Fue maravilloso ver al Rey Gustavo Adolfo
bajar al campo a celebrarlo con los jugadores. E incluso hizo un
discurso de agradecimiento por el gran partido y por el espectáculo
que había dado el equipo brasileño. Me emocionó. Fue fantástico
estar allí para vivir aquello. Dimos una vuelta de honor enarbolando
la bandera de Suecia, que era lo menos que podíamos hacer para
agradecer a los aficionados suecos la manera tan especial en la que
nos habían tratado.
¿Se
acuerda de la recepción que les dispensaron al regresar a casa?
Por
supuesto que sí. Cuando llegamos a Río de Janeiro, las
celebraciones inundaban las calles. Los seguidores vinieron a
recibirnos al aeropuerto, y nos siguieron a lo largo de todo el
trayecto hasta el Palacio de la Gloria. Fue una experiencia
inolvidable. En aquel tiempo era inimaginable que algo así estuviera
ocurriendo. Nunca pensamos que viviríamos algo parecido. Ver las
calles del casco urbano de Río llenas de gente que había salido a
darnos la bienvenida a casa fue un momento tremendamente emotivo, uno
de los momentos más emotivos de mi vida.
¿Se
alegró de que se celebrara el 50º aniversario en Londres con un
amistoso entre Brasil y Suecia, repetición de aquella final de
1958?
Sin duda. Recuerdo absolutamente toda aquella aventura
momento a momento, desde que llegamos a Suecia, la entrada al hotel,
el salto al terreno de juego en el primer partido hasta todo lo
demás. Recordar momentos triunfales del pasado siempre es bueno,
siempre es emocionante. Es justo que no dejemos pasar desapercibido
el 50º aniversario del primer triunfo de Brasil en la Copa Mundial.
Estoy encantado de que aquella gesta no haya caido en el olvido.
PELÉ Y ALTAFINI
DURO
GOLPE PARA LOS BRITÁNICOS
Un
accidente aéreo empañó la máxima cita futbolística, ya que el 6
de febrero de 1958el avión que transportaba a los jugadores del
Manchester United chocó en Múnich, falleciendo varios integrantes
del seleccionado inglés luego de enfrentar al Estrella Roja de
Belgrado en los cuartos de final de la Copa de Europa.
Salvaron su
vida Bobby Charlton, y el entrenador Matt Busby, entre otros.
CUESTIÓN
DE EDAD
Dos meses antes de que nazca Pelé debutaba Gunnar Green en
Primera, 17 años después perdió la final ante Brasil y una gran
joven figura veinte años menor que él le arrebataba el título.
ENTRADA
GRATIS PARA LA FINAL –“ NO VOY”
Almanaque:
veja algumas curiosidades da Copa do Mundo de 1958
Rei
do Nepal recusa convite para assistir ao jogo final do Mundial
FINAL?
NÃO VOU!
O
rei Mahendra, do Nepal, recusou o convite do rei Gustavo VI Adolfo
para assistir ao jogo final entre suecos e brasileiros. A autoridade
nepalesa almoçou com Gustavo e a princesa Luísa. Convidado para
ocupar um lugar na tribuna de honra do Estádio Rasunda, Mahendra
explicou que preferia visitar pontos turísticos de Estocolmo. Quem
também não viu a final foi o jovem sueco que encontrou na rua dois
ingressos. Em vez de ficar com os tickets, o rapaz resolveu
entregá-los na Central de Polícia. O gesto lhe rendeu um prêmio de
2 coroas – ou 10% do valor de um ingresso. A polícia avisou que,
se ninguém aparecesse reclamando pelos ingressos, ele teria o
direito de ficar com eles. Mas, segundo as leis locais, o prazo de
espera seria de... seis meses.
AL
FINAL TODO AZUL
Brasil
no quería jugar de azul en la final hasta que según palabras de
Zagalo
alguien
dijo usemos el azul es el color del manto de “Nuestra Señora
Aparecida”, como los brasileros habían alegado que sus camisetas
azules no estaban en condiciones se mando confeccionar de inmediato a
una fabrica sueca , la numeración fue aleatoria y para la final a
Garrincha le toco la 11 , al golero Gilmar la 3 y a Pelé
coincidentemente la numero 10.
LA
GRAN FINAL
En
la final se enfrentaron los locales de Suecia ante la apabullante
Brasil. Comenzaron ganando los europeos, pero los sudamericanos lejos
de entrar en pánico como Raymor dijo que ocurriría, lo dieron
vuelta gracias a Vavá. Desde ahí no hubo más reacción del
oponente y los brasileños manejaron el partido poniendo cifras
definitivas de cinco a dos. Victorio Pozzo, bicampeón con Italia
resumió: “Ganó el mejor y debemos alegrarnos. El modo que se
impuso en la final sella las magníficas actuaciones que tuvo.”
A
final da Copa do Mundo FIFA de 1958 foi disputada pelo Brasil, que
havia eliminado a França e País de Gales; e a Suécia, que havia
eliminado a Alemanha Ocidental e a União Soviética. A partida foi
realizada em 29 de junho às 14h, no Estádio
Råsunda em Estocolmo,
com um público estimado em 51 800 pessoas. Sob o apito do árbitro
francêsMaurice
Guigue,
a Suécia abriu o placard aos 4 minutos, que foi revertido
rapidamente. A partida terminou 5 a 2 para o Brasil, placar este que
teve o maior número de gols em finais de copas e a maior diferença.
Foi o primeiro título do Brasil; esta Copa foi a competição que
revelou Pelé, na época com 17 anos, vindo este a ser considerado,
futuramente, por muitos o maior jogador da história do futebol.
A
final seria disputada no Estádio
Råsunda entre
Brasil e Suécia em frente a um público de 50.000. O Brasil perde o
sorteio e joga de azul, pois ambos os times tinham o uniforme nº 1
em amarelo. "Nós vamos vencer, vamos jogar com a cor do manto
de Nossa
Senhora Aparecida"
disse o dirigente da delegação brasileira Paulo
Machado de Carvalho.
Nem o gol sueco que inaugurou o placar abalou a equipe. Didi, o
príncipe etíope, certamente uma das peças mais importantes do time
brasileiro, pegou a bola e foi calmamente andando com ela debaixo dos
braços, lembrando a todos que o Botafogo,
base daquela seleção, tinha dado uma goleada na Suécia, de forma
que não ia ser a seleção brasileira que ia perder deles.
Resultado: uma partida excepcional que, mesmo com a derrota por 5 a 2
em casa, foi aplaudida de pé pela torcida sueca, ao saudar como
campeões do mundo Garrincha, Pelé, Vavá, Zito, Mazzola, Nilton
Santos, Didi, Gilmar, Zagallo, entre outros. Assim o Brasil
sagrava-se pela primeira vez campeão mundial de futebol.
Mercenarios
y magos
Una
vez más, Brasil se había plantado en una gran final, en esta
ocasión con la selección sueca como adversaria. La presencia de
Suecia en la final era increíble, puesto que se trataba de un equipo
creado de la nada para representar al país en la competición. Su
creación ya había provocado serias discusiones hasta que se barajó
la posibilidad de contemplar como candidatos idóneos a los jugadores
profesionales que se encontraban en equipos de la Liga italiana. Sin
embargo, los suecos despuntaron como el sólido y bien formado
combinado que venció en semifinales (3-1) a Alemania, la defensora
del título. En la final de los "mercenarios" contra los
"magos", fue Suecia la que empezó el partido con más
entereza. Por primera vez en la competición, Brasil iba a la zaga.
Pero no por mucho tiempo. Gracias a los goles de Zagallo, Vava y,
sobre todo, de Pelé, que marcó en dos ocasiones, Brasil ganó su
primera Copa Mundial de la FIFA™ (5-2). El Presidente de la FIFA
Arthur Drewry entregó la estatuilla de oro al entonces capitán de
la selección brasileña, Bellini.
A
DECISÃO A imprensa sueca antecipava o êxito dos anfitriões e
lembrava aos brasileiros que jamais uma seleção sul-americana havia
vencido na Europa. Mas a ousadia e a autoconfiança de Pelé e cia.
foram determinantes para que todos os prognósticos fossem colocados
por água abaixo. Houve também a famosa história do uniforme azul,
comprado numa feira de Estocolmo por US$ 35, inspirado no manto de
Nossa Senhora Aparecida, já que os donos da casa jogavam de amarelo.
Os suecos eram fortes, mas a equipe verde-amarela já havia batido
duas vezes os adversários: 4 a 2 em 1938 e 7 a 1 em 1950. Mesmo
levando o primeiro gol, de Liedholm, O Brasil não se abateu. Didi
orquestrou a virada ainda no primeiro tempo, com dois gols de Vavá
em passes de Garrincha.
No segundo tempo, Pelé marcou um
gol antológico, Zagallo ampliou, e o camisa 10 encerrou a festa aos
45min. Aplaudidos pelos torcedores suecos, os campeões desfilaram
pelo gramado do Rasunda carregando um estandarte do país-sede. Para
completar a festa, Pelé terminou a Copa como Rei Pelé, e o capitão
Bellini imortalizou um gesto emblemático, que seria repetido pelos
demais capitães em outras Copas, erguendo a taça acima da cabeça.
“A conquista do Mundial de 1958 representa o fim do ‘complexo de
vira-latas’ do homem brasileiro”, resumiu o jornalista Nelson
Rodrigues
Luego de la vuelta olímpica por parte de los
brasileños, donde portaron la bandera sueca, el rey Gustavo VI de
Suecia, bajó al terreno de juego para felicitar a los campeones
mundiales.
Al final del torneo se hizo conocida la frase
"Los ingleses inventaron él fútbol y los brasileños lo
perfeccionaron".
SECRETOS
DE CAMPEÓN
Brasil,
que exhibió una revolucionario esquema 4-2-4, ya tenía en Didí a
un talentoso mediocampista, en Vavá a un goleador influyente, y en
Djalma y Nilton Santos a dos legendarios marcadores laterales. Pero
con el agregado de Pelé y del increíble dribleador Garrincha, se
convirtieron en el equipo a vencer.
En
la ronda inicial, Brasil fue muy prolífico en cuanto a su capacidad
goleadora, aunque ante Inglaterra sólo igualaron sin tantos. Gales,
sin embargo, les dio dura batalla en octavos de final, que fue ganada
gracias a un gol de Pelé, que se desvió en el camino. Años más
tarde, Pelé dijo que ése fue el gol más importante de su carrera.
En
semifinales, Brasil enfrentó a Francia, que por primera vez hacía
honor a su condición de uno de los fundadores del fútbol mundial.
Just Fontaine fue un goleador sensacional, con 13 tantos, cuatro de
los cuales fueron convertidos en el partido por el tercer puesto. Sus
goles llegaban tras asistencias de Raymond Kopa, un delantero que
brillaba en el Real Madrid y que hasta la aparición de Michel
Platini era considerado el mejor francés de la historia. Pero los
franceses no tuvieron respuestas para enfrentar a un inspirado Pelé,
que marcó tres goles en una fácil victoria de su equipo, por 5-2.
La
final sería una batalla entre el estilo sudamericano y la mayor
potencia física de los europeos. Antes del partido, George Raynor
pronosticó que si los brasileños se encontraban en desventaja ante
los suecos, "se asustarían".
Su
predicción fue equivocada. Liedholm puso a Suecia un gol arriba a
los cuatro minutos. Pero cinco minutos más tarde Vavá igualó con
un cabezazo, tras un centro de Garrincha. A los 30 minutos, Brasil
repitió la fórmula. Y en la segunda mitad, apareció la genialidad
de Pelé, que bajó una pelota con el pecho, la levantó por encima
de un defensor, y la colocó a la izquierda del arquero, Brasil
aseguró el trofeo con un gol de Zagalo. Simonsson descontó, pero
Pelé, con un cabezazo, puso cifras definitivas.
La
Copa Jules Rimet quedó para Brasil, en un Mundial en el que se
rompieron varias marcas. La cantidad de goles de Fontaine, la edad de
Pelé y la aparición de un equipo sudamericano campeón por primera
vez en suelo extranjero. Además, el fútbol internacional encontró
en Pelé a su gran estrella.
LOS CAMPEONES DEL MUNDO
LAS
FIGURAS DEL MUNDIALEn
áquel torneo hacía su aparición un gran delantero para la
selección brasileña, Manoel Francisco dos Santos, Garrincha.
Con
su inigualable juego de cintura, hacía que los mejores defensores
quedaran en ridículo. Se decía "Garrincha siempre hace la
misma, y siempre se sale con la suya".
Importantísimo para
Brasil para que estos lograran el título en la Copa Mundial de la
FIFA de 1958 y 1962.
GARRINCHAEl
rey declaró que Garrincha era un futbolista increíble, de los
mejores que había visto en su vida, inclusive que en su historia le
debe mucho al entrañable puntero.
Este extremo derecho mostró su
capacidad goleadora con el Botafogo, con cifras sorprendentes para su
puesto.
Tuvo una vida muy díficil, Mané era analfabeto y
alcohólico, en la selección brasileña le realizaron estudios
psicotécnicos, y le habían diagnosticado “debilidad mental”, es
por eso que se aconsejaba mandar de regreso a Garrincha por
considerado un disminuido mental.
En su infancia sufrió
poliomielitis que le torció las piernas y a padecer una desviación
en su columna vertebral, también tenía una pierna más corta que la
otra, todos éstos problemas físicos, hicieron que los médicos
anunciaron a su madre que el niño nunca tendría la posibilidad de
caminar normalmente.
Hay dos anécdotas del "chaplin del
fútbol", una es que tras ganar la final, Garrincha preguntó en
el vestuario campeón, contra que seleccionado debían disputar el
siguiente partido.
En la concentración brasileña apareció
Garrincha con una lujosa y moderna radio a transistores, que se había
comprado en el país escandinavo.
Mario Américo, masajista de la
selección, le manifestó que había hecho un mal negocio, abusando
de su inocencia e ignorancia, le dijo que ese aparato no le iba a
servir en Brasil ya que solamente transmitía en el idioma sueco.
Garrincha prendió la radio y constató lo que decía el masajista,
en todas las estaciones radiales, los locutores hablaban el idioma
escandinavo.
Luego de enojarse con el vendedor del aparato,
le cedió el radiotransmisor al masajista por cuarenta dólares y la
promesa de que nadie se enteraría que Mané había pagado más de
cien dólares por eso.
Garrincha falleció en 1983, con
severos problemas por su adicción alcohol, pero no cabe duda que le
dió alegría al pueblo brasileño por su destreza y
sencilllez.PETER
McPARLAND,
anotó cinco goles para Irlanda del Norte, que llegó a cuartos de
final.Hizo historia en el Aston Villa inglés.KURT
HAMRIN,
tremendo goleador en el fútbol italiano, que marcó contra Alemania
Federal en la semifinal de la Copa del Mundo de 1958, nacido el 19 de
noviembre de 1934, es uno de los jugadores nórdicos más destacados
de la historia.VAVÁ,
Edvaldo Izidio Neto, más conocido como Vavá, se proclamó campeón
y en la final marcó los dos primeros goles de su equipo. DIDÍ,
se llamaba Waldir Pereira, jugaba como mediocampista, y realizó un
extraordinario mundial para la primera consagración de nuestros
hermanos brasileños, murió en el día 12 de mayo de 2001, pero dejó
una huella como jugador y entrenador.
Fue entrenador de la
selección peruana de fútbol para las eliminatorias del mundial de
México 1970, cuando eliminaron a Argentina luego de un triste
empate, ádemas fue técnico de River, apostando al "jogo
bonito", pero fue my criticado en nuestro país.PELEEdson
Arantes do Nascimento es hoy un verdadero mito, el mejor deportista
de la historia de Brasil, viajó al mundial de Suecia, con 17 jóvenes
años, y como suplente, por una lesión en una de sus rodillas.
También se comenta que su pie plano, puso en riesgo su participación
en el mundial 58.
Su primer entrenador fue Valdemar de Brito, un
futbolista que jugó con la selección nacional brasileña en la Copa
Mundial de 1934.
Se convirtió en la revelación en este mundial,
con excelencia en su juego, también apareció su aporte goleador en
la final, contra los locales.
50 AÑOS DESPUES EL REENCUENTRO DE BRASILEÑOS Y SUECOS
( pele mazzola pepe zito hamrim simonsson borjesson parling gustavsson johansson berndtsson ohlsson ) - ESTADIO RASUNDA -STOCKHOLM