domingo, 19 de febrero de 2017

PONTE PRETA * PARTE 1

PONTE PRETA * PARTE 1
Associação Atlética Ponte Preta é uma agremiação esportiva brasileira, sediada em Campinas. Fundada em 11 de agosto de 1900 por um grupo de estudantes, é o time mais antigo do estado de São Paulo e o segundo clube mais antigo do Brasil em atividades ininterruptas.
É também um dos times pioneiros do futebol nacional a contar com jogadores negros em seu elenco, o que então destoava do elitismo do esporte em seus primórdios no Brasil.[2] [nota 1]
Conhecido popularmente como "Macaca", o time atua em seu próprio estádio, o Moisés Lucarelli, com capacidade para 17.728 espectadores[5] . Seu maior rival é o Guarani, com quem faz o Dérbi Campineiro, uma das maiores rivalidades do futebol paulista[6] . Atualmente, a Ponte Preta disputa o Campeonato Paulista Série A1, Série A do Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil.
A Ponte é uma das equipes mais tradicionais do futebol brasileiro e foi o clube do interior paulista que mais cedeu jogadores para a Seleção Brasileira em Copas do Mundo. Revelou grandes craques como, Dicá, Oscar, Carlos, Polozzi, Juninho, Manfrini, Sabará, Ciasca, Nenê Santana, Chicão, Nelsinho Baptista, Waldir Peres, Fábio Luciano, André Cruz, Luís Fabiano, Adrianinho, Aranha, entre outros.
De acordo com a empresa
BDO a Ponte possui a 23ª marca mais valiosa do país, avaliada em 36,0 milhões de reais.[7] No Ranking da CBF a macaca ocupa a 17ª posição, sendo o 5º clube paulista melhor colocado no Ranking Nacional de Clubes.[8]
A CAMISA DA PONTE NA HISTORIA

Nome                        Associação Atlética Ponte Preta
Alcunhas                  Macaca
Ponte
Pioneira
Alvinegra de Campinas
Nega Véia
Veterana
Torcedor/Adepto    Pontepretano
Mascote                    Macaca
Fundação                 11 de agosto de 1900 (115 anos)
Estádio                     Moisés Lucarelli
Capacidade             17.728 pessoas [1]
Localização              Campinas, SP, Brasil
Presidente                Vanderlei Pereira
Treinador                Eduardo Baptista
Patrocinador           Viva Schin
DSW Automotive
Monroe
PBF Inglês e Espanhol
AngáPrev
Balão da Informática.com.br
AM4
Material esportivo  Adidas

HISTORIA DA PONTE PRETA
 Foto do século XIX, da Ponte de madeira que deu nome ao bairro e ao clube campineiro 

O surgimento da Ponte Preta está diretamente ligado ao crescimento e desenvolvimento da cidade de Campinas. Por volta de 1860, o bairro que hoje abriga a sede da Ponte Preta era conhecido como Bairro Alto, que se estendia desde o Largo do Tanquinho (hoje Largo do Pará).
Cquote1.svg       A Ponte Preta vem a ser o quê, digam? É a ponte, a ponte do trem, que liga o Brasil ao mundo inteiro onde o céu é de cor bem anil. Essa ponte leva de Campinas ao mar, ao mundo,
A Ponte Preta é nacional e internacional (...)           
Cquote2.svg
Os Brasilíadas (ed. Botequim de Idéias, 2001), escrita aos “500 anos de Brasil, 2.000 anos de Cristo, 100 anos a A.A. Ponte Preta“.
Em 1870, deu-se início à construção da Ferrovia Paulista, indo de Jundiaí a Campinas. A instalação dos trilhos requisitava a construção de uma ponte. A ponte era de madeira, e para melhor conservação, tratada com piche. Assim, enegrecida, surgiu a Ponte Preta (Tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico de Campinas através da resolução n.34 de 26 de abril de 2001 transformando-se também num "bem de interesse arquitetônico, histórico e urbanístico" da cidade). A partir daí, a região em torno da ponte virou o Bairro da Ponte Preta, em 1872.
A Associação Atlética Ponte Preta (fundada como "Associação Athletica Ponte Preta" devido a forma de escrita da época) surgiu em 1900, graças a vários alunos do Colégio Culto à Ciência, que praticavam futebol no bairro da Ponte Preta, sendo portanto o time em atividade mais antigo do estado de São Paulo e o segundo clube mais antigo do Brasil.[9] [10]
Os fundadores do clube naquele 11 de agosto do ano de 1900 eram: Miguel do Carmo, Luiz Garibaldi Burghi, Antonio Oliveira (o Tonico Campeão), Alberto Aranha, Dante Pera, Zico Vieira e Pedro Vieira da Silva (1º presidente da história do clube).
No ano de 1910, existiam em Campinas os seguintes clubes de futebol: Gymnasio A.C., A.A. Ponte Preta, Americano F.C., Mogyana A.A., London F.C., A.A. Campineira, S.C. Operário e A.S. Palmeiras. Ao final da década, o único clube a continuar sua trajetória no mundo futebolístico foi a Ponte Preta.[11]
Em 1912, a Ponte juntamente com mais seis clubes decidiram criar a Liga Operária de Foot-Ball Campineira, promovendo então o “2º Campeonato Campineiro de Futebol”, que teve como campeã a Associação Athletica Ponte Preta, vencendo o Guarany Futebol Clube na primeira grande decisão do Dérbi Campineiro, um dos clássicos mais conhecidos do país. Em 28 de fevereiro de 1935, em reunião na residência do até então presidente da Ponte Dr. Francisco Ursaia, surgiu a definitiva Liga Campineira de Futebol.[12]
Cquote1.svg       A Ponte para mim não é apenas um time de futebol. É o clube que eu amo e que levarei no coração para sempre.   Cquote2.svg

Outro nome de grande importância para o time além dos fundadores, foi Moysés Lucarelli. Nascido em
Limeira, dia 4 de Fevereiro de 1900 foi o grande líder e idealizador da construção do estádio que mais tarde recebeu seu próprio nome como homenagem. Desde a arrecadação de fundos para a compra do terreno até a famosa "Campanha dos Tijolos", que arrecadou 250 mil tijolos em apenas dois meses no ano de 1946, Moysés (ou Moisés) sempre foi um exemplo para os sócios e torcedores na época.
Ele também foi com Roberto Gomes Pedroza e Gerolamo Ometo, entre poucos outros, o criador da Lei de Acesso no futebol paulista, em 1947, medida pioneira no futebol brasileiro e que foi implantada a partir de 1948.
Tradicional equipe do interior paulista, a Ponte teve suas conquistas regionais nas décadas de 30, 40 e 50, como seus 10 títulos campineiros e outros torneios municipais. Mas foi a partir dos anos 70 que viveu seus melhores momentos, quando foi vice-campeã paulista em três oportunidades (1970, 1977 e 1979). Em 1981 o clube viveu o maior ano de sua história, chegando mais uma vez a final do Campeonato Paulista e alcançando pela primeira vez as semifinais do Campeonato Brasileiro, encerrando sua participação em 3º lugar.[13] Na década de 2000, a equipe teve um bom desempenho na Copa do Brasil de 2001, chegando às semifinais, e voltou a uma final do Campeonato Paulista (em 2008). O clube ainda conquistou 5 vezes o "Troféu de Campeão do Interior" (1927, 1951, 2009, 2013 e 2015)[14] [15] . Em 2013, a Macaca tornou-se o primeiro e único time do interior do Brasil a ser finalista de uma competição oficial organizada pela Conmebol.[16] [17]
Ata de Fundação


“No dia 11 de agosto de 1900, em um terreno baldio, à sombra de duas paineiras, realizou-se uma reunião convocada pelos senhores Miguel do Carmo (Migué), Luiz Garibaldi Burghi (Gigette) e Antonio de Oliveira (Tonico Campeão), para tratar da fundação de um clube de futebol. Os três senhores, depois de explicar aos presentes que disputaram jogos desde outubro do ano passado para o Gymnasio e outros quadros que se arranjavam, precisavam organizar-se em sociedade para terem um club onde pudessem efetuar partidas com os demais, e ter jogadores sempre juntos. Todos apoiaram a ideia e prometeram ser defensores e sócios do club, pagando a mensalidade, e tudo fazerem para que a ideia fosse avante. Por proposta do senhor Luiz Garibaldi Burghi, o club deveria ter o nome de Associação Atlética Ponte Preta em homenagem ao bairro em que foi fundado. Essa proposta foi imediatamente aprovada por todos os presentes com grande salva de palmas. O senhor Miguel do Carmo propôs que a mensalidade fosse cobrada a razão de 300 réis. Depois de grande discussão, essa proposta foi aprovada.”
Ponte Preta: A Emoção do Futebol
Nos três anos que precederam a fundação da Ponte Preta, a cidade de Campinas era varrida pelos ventos da modernidade. E modernidade, no final do século XIX, era aquela máquina esquisita - encantadora e ao mesmo tempo apavorante - que chamavam de cinematógrafo. Um jato de luz jogado na parede de uma sala escura mostrava imagens fotográficas que se moviam. Era de arrepiar. Invenção que levava campineiros às pencas ao Teatro São Carlos.
E a cidade, naqueles idos, respirava cultura. Naqueles três anos, nasceram na cidade duas novas bandas, a Carlos Gomes e a Azarias Dias de Melo. Por aqui faziam temporadas grandes companhias teatrais - como a Cunha Sales, a Fauré Nicolai e a Lírica Verdini -, que apresentavam-se para a seleta platéia formada por barões do café, mulheres dos barões de café e filhos dos barões de café. Campinas era aristocracia pura. Pelo menos dentro do teatro.
Modernidade, naquela virada de século, também era a luz elétrica que brotava de um dínamo de 20 amperes, de corrente contínua, que iluminava a refinada Casa do Livro Azul, na Baräo de Jaguara[18] . É, luz elétrica... A maior parte das casas campineiras - mesmo as mais sofisticadas - viviam de velas e lamparinas.
A arquitetura da cidade também mudava. Em 1898 - naquele mesmo ano do cinematógrafo e da luz elétrica - os engenheiros Edmundo Kerug, Antonio Raffin e Tito Martins Ferreira decidiram colocar abaixo o prédio da velha Cadeia Pública. Ele ficava no Centro, exatamente onde hoje está o monumento-túmulo de Carlos Gomes. E os nossos ladrões de galinha - que eram os marginais ousados daquela cidade inocente - foram transferidos para a nova cadeia, no Botafogo.
No ano seguinte, os trens já circulavam pelo ramal da Funilense, trazendo para o Mercado as sacas de grãos que eram colhidos lá pelas bandas do Funil (hoje Cosmópolis). As locomotivas eram o prenúncio do que estava por vir: as máquinas substituiriam as mãos.
Os meninos da Abolição

Pois nem todo campineiro andava preocupado com as óperas do teatro. Para um grupo de garotos de calças curtas, a maior transformação daquela virada de século era mesmo um esporte estranho que havia aportado na Capital pelas mãos de Charles Miller. Os meninos sabiam: seis anos antes daquele 1900, Miller - um filho de ingleses formado com toda pompa na Banis Court School de Southampton - já organizava na Várzea do Carmo, na Rua do Gasômetro, as primeiras partidas do foot-ball association.
Em 1900, o futebol já era mania entre os paulistanos e já era praticado pelos associados de clubes como o Säo Paulo Athetic[19] , o Internacional[20] e o Germanya[21] . No interior, só o Savoia[22] , de Sorocaba, difundia a modalidade.
Em Campinas, aqueles meninos de calças curtas reuniram-se no começo da Rua Abolição, num descampado onde anos depois seria erguida a Escola Senai. Diz a lenda - a romântica lenda - que a assembleia aconteceu sob a sombra de duas paineiras, no dia 11 de agosto de 1900. Ali decidiram fundar um clube de futebol.
Faziam parte daquele grupo os garotos Miguel do Carmo, Luiz Garibaldi Burghi, Antonio Oliveira (o Tonico Campeäo), Alberto Aranha, Dante Pera, Zico Vieira e Pedro Vieira da Silva, que seria proclamado o primeiro presidente da Associação Atlética Ponte Preta.[23]

Bolas de meia, traves de Bambu
Que os ponte-pretanos tirem da cabeça a imagem do Estádio Moisés Lucarelli. O Majestoso não existia nem em sonho. As primeiras partidas do association eram travadas em rapadões onde a molecada esfarelava os joelhos. Pés no chão mesmo, com direito a homéricas topadas de dedão e a chutes que deixavam as canelas repletas de manchas roxas.
A bola de couro - aquela autêntica, com câmara de ar e tudo - era um adereço desconhecido pela rapaziada. Jogava-se com bolas de meias e panos. E as traves - traves, o que é isso? - eram representadas por uma armação de bambus e ripas roubadas na construção mais próxima.
A primeira bola de verdade, inglesa, custou 10 mil réis e foi comprada em São Paulo. O dinheiro veio das mensalidades dos associados: 300 réis por cabeça. E o primeiro uniforme foi doado por um incentivador da garotada, José Giacomelli. Como o bondoso José não entendia nada de futebol - que, como vimos, era um esporte completamente desconhecido no Interior -, trouxe onze camisas idênticas. Esqueceu que o goleiro precisava de um uniforme diferente. Foi o mesmo benemérito Giacomelli que financiou, do próprio bolso, as primeiras redes que ornamentaram as traves (ou melhor, os bambus).
Mas a penúria que a garotada enfrentou naquele tempo não importa. Importante é saber que aquela abençoada reunião sob as paineiras da abolição fez nascer a Ponte Preta. Há 114 anos. Os amantes do futebol agradecem, emocionados.
O primeiro negro no futebol brasileiro
Miguel do Carmo, nascido em Jundiaí no dia 10 de abril de 1885, segundo fiscal de linha da Companhia Paulista de Estradas de Ferro em Campinas no fim do século XIX.
Seria só mais um dos que se empolgaram com o futebol, esporte que havia chegado recentemente ao país, não fosse um detalhe que, para a época, era bem mais que um detalhe: a cor de sua pele.
Negro, nascido três anos antes da abolição da escravatura no país, Miguel do Carmo se tornou o primeiro descendente de africanos a jogar futebol por um clube brasileiro quando ocupou sua posição de “centre-half” nas partidas iniciais da história da Ponte Preta, logo após a fundação da equipe em 1900.
A situação era impensável no fim daquele século e começo do próximo. Os times que praticavam o futebol no Brasil eram de clubes da elite branca. Alguns deles tinham regras que proibiam explicitamente a presença de negros em seus quadros.
Arthur Friedenreich, um dos maiores atletas da era amadora do futebol, filho de pai alemão e mãe negra, alisava os cabelos crespos antes de entrar em campo.
Até hoje, o Vasco é reconhecido como primeiro a superar o preconceito no país. Em 1923, chocou o Rio ao vencer Flamengo, Botafogo e Fluminense, clubes da elite carioca, e conquistar o campeonato local com um time formado, principalmente, por negros e mulatos.
Outros apontam o Bangu, também do Rio, como o primeiro a aceitar um jogador negro, ao ter o apoiador Francisco Carregal no meio-campo de seu time de 1905.
Ambos são citados pelo jornalista Mário Rodrigues Filho no livro “O Negro no Futebol Brasileiro”, publicado em 1947.
“O Miguel jogou pela Ponte Preta até 1904, quando foi transferido pela Companhia Paulista para Jundiaí”, conta o historiador José Moraes dos Santos Neto, responsável pela pesquisa que pretende realinhar a cronologia da participação de negros no futebol. Além disso, porém, pouco se sabe a respeito dele.
“Quando começamos a documentar o início da Ponte, tínhamos as escalações dos times. Mas ninguém sabia quem era branco ou negro. Então fomos atrás, família por família”, explica Santos Neto, que encontrou apenas um documento de Miguel do Carmo: uma carteira de registro, com foto, de seu emprego como ferroviário.
Há, inclusive, a suspeita de que outros jogadores daquele time de 1900 fossem descendentes de africanos.
“Desconfio que o Alberto Aranha também fosse. Havia duas famílias Aranha em Campinas, uma no [bairro] Ponte Preta (Campinas), de negros, e outra no Cambuí (Campinas) [região nobre]“, diz o historiador.
“Pode ser parente do Benedicto Aranha, um contador negro que atuou no clube a partir de 1908″, completa.
A falta de certeza se dá pela pouca documentação encontrada. Os jornais ignoravam o novo esporte. “A imprensa só começa a cobrir o futebol em 1908, quando há uma tentativa frustrada de criação de uma liga competitiva”, explica Santos Neto.
Relegado até agora, Miguel do Carmo não muda o meio ou fim de uma história que inclui Leônidas e Pelé. Mas dá a ela um novo início.
O berço pontepretano foi decisivo para que jogadores negros tivessem oportunidade de defender as cores do time de Campinas logo nos primeiros anos de sua existência, quando essa interação racial era proibida em outras associações esportivas.
O clube nasceu no bairro que lhe dá nome e que, na época, era morada de população operária, formada basicamente por chacareiros, artesãos e ferroviários.
Era natural, então, que a maior parte dos entusiastas que participaram das primeiras atividades da agremiação estivesse nessa camada de trabalhadores braçais.
“A linha do trem, propositadamente, separava os bairros operários [como o Ponte Preta] do centro e da elite”, explica o historiador José Moraes dos Santos Neto. “A maioria dos moradores negros da vila eram funcionários da ferrovia”, diz ele.
Foi por ali que o futebol chegou à cidade, por meio de um imigrante escocês chamado Thomaz Scott, engenheiro da Companhia Paulista de Estradas de Ferro.
A proximidade com os imigrantes permitiu aos negros da região que o preconceito fosse deixado de lado no momento de participarem das partidas disputadas nos campos improvisados.
“Em Campinas não havia uma sociedade tão elitista e fechada como nos clubes sociais de São Paulo e do Rio”, conta o diretor e curador do Museu Afro Brasil, Emanoel Araújo. “A cidade tinha uma comunidade negra muito grande”, completa.
Isso, porém, não evitou que a equipe fosse hostilizada por conta da grande presença de negros e mulatos no time e entre os torcedores.
Nos estádios em que a Ponte Preta se apresentava como visitante pelo interior do Estado, era comum ser recebida com os gritos de “macacos” e “macacada”.[26]
A torcida, entretanto, preferiu transformar as ofensas em apelido e adotou a macaca como mascote do clube.[27] [28]
“Entre os torcedores da Ponte existe de tudo: mulheres, crianças, negros, mulatos”, enumera Santos Neto. “Houve uma mistura entre a elite e o povão, uma quebra da hierarquia social. Na hora do gol, o médico abraça o cara que construiu o consultório dele”, diz o historiador. “Essa é uma característica do futebol que é ainda mais marcante na Ponte.[29]
Clube quer que FIFA reconheça
A Ponte Preta pretende capitalizar com o reconhecimento do que chama de “primeira democracia racial”, por aceitar jogadores negros em seus quadros desde os jogos iniciais de sua história de mais de 100 anos.
Ambiente misto da fundação da Ponte Preta ajudou a superar o preconceito e quer ser reconhecida por colocar em campo o 1º negro do futebol brasileiro.
Em 2003 foi enviada uma carta à Fifa, informando a entidade sobre a participação de Miguel do Carmo no time formado após a fundação da equipe, em 1900. O retorno, em forma de congratulações, não foi considerado suficiente pela diretoria.
O clube voltou a procurar a entidade que comanda o futebol mundial em busca do reconhecimento oficial e foi instruído a montar um dossiê completo sobre o jogador para que os documentos possam ser avaliados.
Em 2006 foi enviado outro documento de grande importância pelo historiador José Moraes dos Santos Neto formado na PUC e Unicamp, que colaborou e muito para relatar de descrever com detalhes a história da Ponte Preta desde a sua fundação. Porém a FIFA mais uma vez pareceu não dar grande importância ao fato de reconhecer e divulgar a Ponte como o 1º clube do Brasil e do Mundo a colocar em campo um jogador afro-descendente.

Estádios ao longo da história
ESTADIO MOISÉS LUCARELLI DE CAMPINAS

Estádio do Hipódromo
No início, o campinho arrumado pelos garotos fundadores da Ponte serviu para peladas e jogos contra times de outros bairros, até o fim da primeira década de sua fundação. Depois de organizada, passou a se utilizar do campo do Cruzeiro, no meio do caminho para o Cemitério do Fundão, ao lado Cruzeiro das Missões. O espaço para jogos de futebol, naquele tempo, deu lugar para o prolongamento da Avenida Ângelo Simões, como narrou o jornalista e historiador Juliano Mariano, já falecido. A partir daí a Ponte se utilizou do campo do Hipódromo Campineiro, no Bonfim, para realizar seus jogos.
O estádio do Hipódromo começou a ser utilizado pela Ponte desde 1906. No início da década de 1920 a Ponte compra o patrimônio do Campinas e passa a usar o inacabado Estádio da Avenida Júlio de Mesquita, no Cambuí. Além disso, passou a ter todas as dependências de sua sede, que era erguida junto ao estádio, próximo ao Largo Santa Cruz.
O patrimônio passou a ser invejável, numa área de mais de 20 mil metros quadrados. A inauguração oficial ocorreu em 3 de maio de 1928, quando o time já estava elevado à principal divisão da Liga Amadora de Futebol, a LAF.
As dívidas contraídas ao adquirir o novo estádio com a nova sede e a crise mundial de 29, levaram a Ponte a uma de suas maiores decepções. Numa reunião, que aconteceria no dia 10 de outubro, entregou o estádio para se livrar das dívidas. Os sócios presentes na assembleia, só não aceitaram votar a favor da da proposta de extinção do time de futebol. Pacificado, o clube ainda utilizou o campo até 1933 e retornou ao Estádio do Hipódromo, arrendado pelo Jockey Club.
Estádio Júlio de Mesquita
Em 1927 a Ponte começava mandar seus jogos no Estádio Júlio de Mesquita, projetado pelo engenheiro Lix da Cunha, localizado na Rua Dr. Guilherme da Silva X Pedro Magalhães no valorizado bairro Cambuí. Diante da crise mundial de 1929, o clube mais querido e popular de Campinas sofreu uma grande decepção em sua história, sendo obrigado a entregar o estádio para se livrar das dívidas contraídas e a partir de 1933 voltou a realizar seus jogos novamente no campo do Hipódromo.
No espaço da sede administrativa e esportiva da AAPP – que se estendia pela avenida Júlio de Mesquita, rua Guilherme da Silva, travessa Irmãos Bierrenbach e praça 15 de Novembro – foi criado, em 1933, o empreendimento imobiliário “Vila Júlio de Mesquita”, de propriedade do médico João Penido Burnier, com 47 lotes e duas ruas projetadas, que receberam, posteriormente, as denominações de rua Pedro de Magalhães e rua Alferes Domingos.
O muro de alvenaria que sobrou da estrutura do primeiro centro poliesportivo da Ponte Preta resistiu ao tempo e permanece em pé até os dias atuais. Com medidas aproximadas de 65 metros de comprimento e altura variável de 0,90 metros na sua parte mais baixa e cinco metros em sua parte mais elevada. Em 2011, pesquisadores do Centro de Memória pediram o tombamento de muro do Antigo Estádio da Ponte Preta.
Estádio Moisés Lucarelli
Inaugurado em 12 de setembro de 1948 com capacidade para 35 mil espectadores, tendo sido construído pelos próprios torcedores e com doações de material feitas por aficionados do clube. Sua construção levou seis anos.
Atualmente teve a capacidade diminuída para 19.728 pessoas no CNEF de 2016 a fim de proporcionar maior conforto e obedecer às novas determinações legais. Apesar da capacidade de mais de 19 mil pessoas o estádio está liberado para operar com apenas 17.728[30]
É possível que o seu recorde de público tenha sido no jogo entre Ponte Preta e Santos, em 16 de agosto de 1970, quando 33.500 espectadores pagaram ingressos para ver a vitória dos visitantes por 1 a 0. Porém, segundo historiadores, havia cerca de 40 mil torcedores dentro do estádio e mais quatro mil pessoas do lado de fora, sem conseguir entrar. No final desse campeonato paulista, a Ponte Preta conquistou o vice-campeonato.
Oficialmente, o maior público é da derrota por 3 a 1 da Ponte Preta para o São Paulo, em 1º de fevereiro de 1978: 37.274 (34.985 pagantes).
É conhecido pelos torcedores do clube como Majestoso, porque sua capacidade quando da inauguração em 1948 era na época a terceira maior do Brasil, perdendo apenas para o Pacaembu, em São Paulo e São Januário, no Rio de Janeiro.
O Moisés Lucarelli é um dos poucos estádios do Brasil construídos por seus próprios torcedores e homenageia Moysés Lucarelli (1898-1978), presidente do clube por muitos anos e idealizador do estádio, que angariou fundos entre associados e pessoas da comunidade. Lucarelli não queria ser o patrono do estádio, mas a diretoria aproveitou-se de uma viagem dele à Argentina para colocar seu nome e teve de acatar a homenagem — apesar de o nome do ex-presidente ser grafado com Y, o nome oficial do estádio é grafado com I.[32] [33]
Está localizado à Praça Dr. Francisco Ursaia, 1900 (número escolhido por ser o ano de fundação do clube), em Campinas.
Arena Ponte Preta
A Nação Pontepretana foi surpreendida em março de 2008 com um projeto visando a construção de um novo Estádio. O local escolhido para a construção é a Cidade Pontepretana, no Jardim Eulina, onde funciona uma unidade social e o Centro de Treinamento da Ponte Preta.[34] [35]
Dados Oficiais da Arena Ponte Preta
Área                    86.888 m²
Capacidade         30.028 lugares
Estacionamento   2.502 vagas
Imprensa             25 cabines
Área Construída  113.519 m²
Local                   Jd. Eulina - Campinas/SP
Investimento       R$140 milhões

O custo do complexo da Arena estava inicialmente estipulado entre R$ 110 e R$ 140 milhões. Os recursos para bancar a construção sairão da venda do
Majestoso e também do aporte de investidores. A negociação do Moisés Lucarelli com a Gafisa está orçada em R$ 70 milhões. O pagamento será efetuado em até 14 parcelas. O valor pode ser repassado diretamente para a Contern Construtura, nova parceira do clube na construção da Arena, em substituição a Odebrecht.
Para cobrir os R$ 40 milhões restantes, a Ponte aposta em investimentos. Tanto que o nome da arena será vendido para alguma empresa, a exemplo do que fez o Atlético-PR. O empreendimento irá gerar cerca de 300 empregos diretos. A Macaca também pretende receber futuramente shows e eventos no local. O valor pode subir para até R$ 140 milhões, caso a Ponte resolva abrir para a instalação de um espaço comercial.
O projeto elaborado pela Contern e a e Oswaldo Angelucci Arquitetura segue com exatidão a cartilha da FIFA no tocante a estrutura para atletas e exigências para o conforto da torcida. São ao todo seis andares. Na área dos vestiários, por exemplo, que fica um nível abaixo da arquibancada e meio piso abaixo do gramado, os ônibus das equipes tem acesso exclusivo e a conexão com os espaços sociais da Arena é feita por meio de quatro elevadores, possibilitando acessos exclusivos para dirigentes de equipes rivais, imprensa e funcionários.
Toda a água da Arena é reaproveitada, inclusive a da chuva, para drenagem e irrigação, possibilitando economia de recursos naturais. A cobertura do estádio é de policarbonato translúcido, pois como toda a Arena é coberta (exceto o campo), a luminosidade tem que passar pela cobertura para não prejudicar a grama.
A praça de alimentação tem 1370 metros e há ainda o belíssimo restaurante, ligado à área VIP, camarotes e imprensa, com visão para o campo de um lado e, do outro, televisores e visão da praça da Arena. Haverá ainda uma academia de musculação para o público associado e um centro de convenção de 4 mil metros. “A realização de eventos e feiras irá mobilizar bastante a Arena, pois Campinas não tem outro espaço tão grande para convenções. Também pretendemos fazer um show na Arena a cada um ou dois meses”, prevê Carnielli.

Memorial Ponte Preta
Em comemoração aos 110 anos de história do clube, no dia 9 de agosto de 2010, a Associação Atlética Ponte Preta inaugurou nas dependências do Estádio Moisés Lucarelli, o Memorial Ponte Preta. Com a presença de Sérgio Carnielli, atual presidente do clube, e do curador do Memorial, o historiador José Moraes do Santos Neto, a inauguração contou com a cobertura da imprensa campineira, que compareceu em peso, para prestigiar a iniciativa.
O Memorial passa a ser uma importante forma de resgatar a memória do clube campineiro, que até então não tinha um espaço reservado para receber contribuições de torcedores, como camisas, fotos e outros objetos do passado.
No memorial - composto por arquivo documental, acervo cultural e laboratório de memória audiovisual - podem ser encontradas como destaque as carteirinhas da década de 20, as figurinhas dos atletas da Ponte, que vinham em chiclete da época, o “carnê milionário” de 1975 e o troféu de campeão da divisão especial de 1969.
A principal novidade do acervo fica por conta dos arquivos em multimídia, que conta com entrevista de jogadores, filmes e fotos, que marcaram a história do clube, numa sala exclusiva para exibição. Ainda, para os torcedores mais fanáticos e sócios do clube, o Memorial traz documentos oficiais do clube, como atas de reuniões históricas e periódicos internos.[36]


Rivalidades
História do Dérbi
O futebol campineiro que teve como introdutor o escocês Thomaz Scott e seu filho John no Ginásio do Estado (Culto á Ciência) tem no Derby Ponte Preta e Guarani a maior expressão futebolística da cidade.
Sem dúvida não existia rivalidade alguma em 1911, nunca é demais relembrar que apesar de popular, o futebol era totalmente amador, prazer e recreação se misturavam a emoção de uma disputa acirrada, passamos 1911 sem nenhuma possibilidade de rivalidade, em 1912, exatamente em 2 de Março de 1912, Ponte Preta, Guarani e Comercial formaram um combinado local, o Vila Campinas Futebol Clube, esse combinado jogou contra um combinado entre a poderosa equipe do Americano e o do Instituto Cesário Motta.
A peleja foi realizada no campo do Americano, no final empate em dois gols. Antes da rivalidade, Ponte Preta e Guarani formaram até combinados. As escalações foram as seguintes: Vila Campinas: Jinger, Salgado, Benetti, Jacomelli, Camões, Toto, Zeca, Lili, Russo, Miguel e Valter. (Gols de Lili e Russo). Americano-Cesário Motta: Isaac, Leitão, Coriolano, Múcio, Ernesto, Ditinho, Tango, Américo, Accacio, Miloca e Ignácio. (Gols de Miloca).
Não era um fato raro os jogos entre combinados em Campinas entre 1900 até 1920, eram muito comuns, mas com a criação da Liga Operária de Futebol em abril de 1912, temos Ponte Preta e Guarani lutando pela conquista de um Campeonato, os jogos agora valem a conquista de uma Taça, foram dois os confrontos entre Ponte Preta e Guarani durante o Campeonato da Liga Operária de Futebol, o primeiro no dia 19 de Maio de 1912 no Campo do Hipódromo, vitória da Ponte Preta pelo placar de 2 x 1. Mas, voltamos a história do nascimento da rivalidade, a documentação secundária em jornais e os Arquivos primários pesquisados (Arquivo Câmara Municipal, Arquivo Intermediário da Prefeitura Municipal de Campinas e Arquivo Ferroviário de Jundiaí) indicam o nascimento da rivalidade no confronto de 23 de Agosto de 1914 em Sousas, um simples amistoso foi transformado no início da grande rivalidade, mas temos apenas o começo de um processo, o ponto culminante deste processo se deu em 21 de Maio de 1916, este confronto marca definitivamente a rivalidade entre Ponte Preta e Guarani, se a gritaria já foi grande em 1914, em 1916 tudo foi relembrado com acréscimo, alvinegros e alviverdes nunca mais seriam os mesmos após os anos de 1914 até 1916, na verdade a cidade viu nascer definitivamente em 1916 a maior rivalidade futebolística do interior do Brasil.
A partir de 1916, seria comum nos jornais e nos ofícios mandados pelas duas agremiações para vários lugares da cidade, a grande preocupação com a peleja, tanto Ponte Preta como o Guarani, mesmo sendo totalmente amadores iriam preparar-se como nunca para os confrontos após 1916, rigorosos exercícios, punições pela falta nos treinos, ansiedade, existia já um clima muito competitivo, uma rivalidade que já agitava toda cidade.[37]
Este início de rivalidade entre 1914 a 1916 construiu o que podemos denominar de “espelhos do futebol campineiro“, tanto a Ponte Preta, como o Guarani tentam sempre espelhar-se, visando manter um equilíbrio futebolístico, inúmeros times de futebol campineiros desapareceram, vários eram formados pela elite econômica da cidade, mas os espelhos foram os únicos que atravessaram o século XX e chegaram no III Milênio na elite do futebol brasileiro.[38]
  • O primeiro dérbi da história foi disputado em 24 de março de 1912. Seu resultado, segundo pontepretanos, foi de 1 a 0 para a Ponte, embora os bugrinos afirmem ter sido empate por 1 a 1.
  • “O Maior e mais importante derbi de todos os tempos“. Segundo a crônica esportiva e estudiosos do futebol o mais importante derbi campineiro aconteceu em 5 de agosto de 1981, decisão do I Turno do Campeonato Paulista de Futebol de 1981, o vencedor já garantia sua participação na final do Paulistão, além de conquistar o título do I turno.
Ficha Técnica: Ponte Preta 3 x 2 GFC
Estádio: Moisés Lucarelli
Árbitro: José de Assis Aragão
Público: 21.948 pagantes, 219 menores
Ponte Preta:
Carlos, Toninho Oliveira, Juninho, Nenê, Odirley, Zé Mário, Humberto (Marco Aurélio), Dicá, Osvaldo, Chicão (Jorge Campos) e Serginho .
Técnico: Jair Picerni
Gols da Ponte Preta: Osvaldo , Serginho e Ordiley.
  • Em 1980, Ponte e Guarani decidiriam vaga em uma final, em partida válida pelo Campeonato Paulista de 1979. Com trinta mil Pontepretanos no Majestoso, a Macaca venceu a partida de ida por 2 a 1. No jogo de volta, nova vitória da Ponte, por 1 a 0, com direito a invasão de gramado por parte da torcida da Ponte. A Macaca iria para a sua terceira final de Paulista, enquanto o rival teria que esperar mais 7 anos para chegar a essa final, pela primeira vez.
  • Em 2002, Ponte e Guarani lutavam contra o rebaixamento no Torneio Rio-São Paulo. Em um dérbi na penúltima rodada, quem perdesse, estava fadado ao rebaixamento. Com um jogador a menos, a Ponte segurou o empate no campo adversário, com direito ao goleiro Alexandre Negri defender um pênalti nos descontos da partida. Na semana seguinte, com gol heroico de Orlando aos 42 do segundo tempo, a Ponte despachou o Palmeiras e rebaixou o Guarani.
  • Outra decisão no dérbi campineiro aconteceu na semifinal do Campeonato Paulista de Futebol de 2012 no estádio Brinco de Ouro da Princesa, o Guarani venceu a Ponte Preta de virada por um placar de 3 a 1 garantindo vaga na final do campeonato.[39]
Curiosidades do Clássico
  • O primeiro dérbi disputado no estádio Brinco de Ouro da Princesa, do Guarani, terminou 3 a 0 para a Ponte.
  • Em 26 de setembro de 1948, no primeiro dérbi do Estádio Moisés Lucarelli, da Ponte Preta, o Guarani venceu por 1 a 0.
  • As maiores goleadas pertencem ao Guarani: 6 a 0 em 5 de junho de 1960 (amistoso) e 5 a 1 em 28 de agosto de 1955 (Campeonato Paulista).
  • Na fase do amadorismo durante muitos anos a cidade ficou sem assistir um dérbi. Na década de 20 do século passado houve uma cisão no Campeonato Paulista, a Ponte Preta foi atuar na LAF (Liga Amadora de Futebol) e o outro time da cidade na APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos ), foram quase 7 anos sem dérbi.
  • Três pontepretanos marcaram três vezes em um único dérbi e entraram para a história como os maiores goleadores em uma só partida. São eles: Átis, Weldon e o argentino Dario Gigena.[40]
  • O maior artilheiro pontepretano em dérbis é o centroavante Cilas (década de 40 do século passado), que marcou 9 gols no clássico.
  • A maior sequência de invencibilidade pertence a Ponte Preta, quando a Macaca ficou 16 jogos sem perder para o rival, no período de 1979 a 1984.
  • O primeiro dérbi transmitido ao vivo por uma emissora de rádio foi no dia 9 de julho de 1939, a rádio PRC-9 (atual Bandeirantes) com o locutor Jolumá Brito transmitiram o empate em dois gols dos times campineiros.
  • Até 1939 os jogos eram disputados em 80 minutos , o primeiro derbi com 90 minutos de duração ocorreu no dia 02 de abril de 1939 e a partida acabou empatada em 2 a 2.
  • O GFC tem mais vitórias que a Ponte contabilizando amistosos, considerando apenas os jogos por competições oficiais a Macaca leva vantagem nos confrontos diretos.
  • Maior público no Pacaembu: 38.948 (35.209 pagantes) - Guarani 2 x 0 Ponte Preta, 3 de junho de 1979.
  • Maior público no Moisés Lucarelli: 31.970 (31.116 pagantes e 854 menores) - Ponte Preta 3 x 1 Guarani, 27 de fevereiro de 1977.
  • Maior público no Brinco de Ouro da Princesa: 34.222 (30.552 pagantes) - Guarani 0 x 1 Ponte Preta, 30 de janeiro de 1980.[39]
Estatísticas do Dérbi
Estatísticas do Dérbi Campineiro
Número de jogos                 190
Vítórias do Guarani           66
Vitórias da Ponte Preta      61
Empates                               62
Número de gols                   512
Gols marcados pelo Guarani         259
Gols marcados pela Ponte Preta    253
Resultado Desconhecido    1 - 24 de março de 1912
Maior Goleada                    Guarani 6 x 0 Ponte Preta - 05 de maio de 1960, Estádio Brinco de Ouro. (Amistoso)
Maior Invencibilidade        Ponte Preta - 16 partidas (1979 a 1984).
Primeira Partida                 Ponte Preta 2 x 1 Guarani - 19 de maio de 1912, Estádio do Hipódromo.
Última Partida                    Guarani 1 x 3 Ponte Preta - 26 de janeiro de 2013, Estádio Brinco de Ouro.
  1. Entre os 5 menores públicos na história do Dérbi o gfc foi mandante em três deles, sendo:
  • 1987 - Guarani 0 x 2 Ponte Preta - 6.007; (Brinco de Ouro)
  • 2004 - Ponte Preta 3 x 1 Guarani - 6.819; (Moisés Lucarelli)
  • 2005 - Guarani 2 x 2 Ponte Preta - 7.001; (Brinco de Ouro)
  • 2013 - Guarani 1 x 3 Ponte Preta - 7.020; (Brinco de Ouro)
  • 2012 - Ponte Preta 1 x 1 Guarani - 7.143; (Moisés Lucarelli) [41]
Outros rivais históricos
Outro grande rival é o Paulista de Jundiaí, com quem realizou 27 jogos pelo campeonato paulista e possui uma grande vantagem. Outros rivais importantes são da capital paulista: Portuguesa, Corinthians, São Paulo[42] e Palmeiras. Além disso, há rivalidade regional com clubes como Ituano, Rio Branco-SP, Inter de Limeira, União Barbarense, XV de Piracicaba, Bragantino e Mogi Mirim.
IDOLOS
A história da Ponte Preta é recheada de grandes jogadores, muitos com passagens pela Seleção Brasileira e equipes do futebol europeu.
Grandes nomes foram revelados na Macaca e alguns só tiveram projeção no futebol nacional depois que passaram pelo clube campineiro.
Dentre os inúmeros craques que vestiram a camisa da Ponte Preta, destacam-se:
PONTE PRETA DE TODOS OS TEMPOS

Mais jogadores com passagens pela Seleção
Outros jogadores que marcaram época na Ponte
Top 10 Técnicos que mais comandaram a Ponte Preta
O Ranking dos 10 técnicos que mais comandaram a Ponte na história do clube:[43]
Posição      Nome                                                     Jogos
1°               Cilinho                                                   345 jogos
2°               Nico                                                       260 jogos
3°               Zé Duarte                                               245 jogos
4°               Marco Aurélio                                       154 jogos
5°               Jair Picerni                                             140 jogos
6°               Vadão                                                    129 jogos
7°               José Agnelli                                           127 jogos
8°               Gilson Kleina                                         115 jogos
9°               Guto Ferreira                                         107 jogos
10°             Carbone                                                 102 jogos
As melhores campanhas na História
  • 1979 - 2º Lugar no Campeonato Paulista: 38 jogos, 16 vitórias, 20 empates e 12 derrotas. Aproveitamento de 68,4%.
  • 1977 - 2º Lugar no Campeonato Paulista: 46 jogos, 23 vitórias, 16 empates e 7 derrotas. Aproveitamento de 67,3%.
  • 2013 - Melhor início de Campeonato Paulista: 20 jogos, 10 vitórias, 8 empates e 2 derrotas. Aproveitamento de 63,3%.
  • 2013 - 2º Lugar na Sul-Americana: 10 jogos, 4 vitórias, 4 empates e 2 derrotas. Aproveitamento de 53,3%.
Escudo
[45] João Burghi, um dos patronos da Associação Atlética Ponte Preta, foi o criador do escudo alvinegro. Descendente de alemães, Burghi foi influenciado pelos escudos das equipes de futebol germânicas do início do século XX. Diversos escudos alemães eram muitos semelhantes ao design elaborado por ele para a Ponte Preta, em especial os de times das regiões de Hamburgo e Berlim.
Nos
anos 2000, o escudo teve oficialmente inserido sobre ele a data da fundação, 11.08.1900.
Ao contrário de muitos clubes, a Ponte mantém o mesmo formato do escudo, as mesmas cores e acrônimo (A.A.P.P) desde que foi criado em
1908.
Mascote
A MACACA

O apelido é utilizado no feminino pois se trata da Associação Atlética, substantivo feminino. Os torcedores se auto-intitulam como Macacos.
[46] A Macaca, foi escolhida não só por ser diferente dos mascotes mais comuns entre equipes esportivas, como também em decorrência de fatos históricos envolvendo racismo de torcedores rivais. Além disso, é um personagem que desperta simpatia e identificação tanto entre adultos quanto entre crianças.
Diarios-associados1.jpgO sucesso da Macaca é tanto que surgiram diversas aplicações em chaveiros, adesivos, camisetas, etc. Além da Mascote Oficial, a torcida também começou a brincar com a ideia de um segundo mascote: o Gorila, que traduz a força do torcedor alvinegro. Nos anos 2000, a Ponte Preta também adotou o gorila como símbolo da torcida.
Seja no campo, na torcida ou em sua diretoria, a Ponte Preta segue um conceito que espera ver amplamente popularizado no mundo: aqui há uma única raça, a raça humana. Além dessa, só aquela que nossos jogadores mostram em campo.
Ao longo do tempo surgiram vários apelidos, movimentos e até torcidas organizadas com nomes ligados ao mascote do time.
Urangus, Macacada Reunida, Gorillas do Alambrado, Macacachaça, Macacos do Alambrado, Macacos da Cirrose e Bafú da Macaca. Os filmes
Planeta dos Macacos e King Kong também inspiraram a torcida pontepretana, usando os personagens dos filmes para criarem desenhos, camisetas e bandeiras, reafirmando a origem e o orgulho dos torcedores pelo mascote do clube.
Hino
HINO DA PONTE PRETA

Voltando ao ano de 1969, durante a gestão do presidente Sérgio José Abdalla, a Ponte é campeã da primeira divisão de São Paulo e tem o direito de disputar em 1970 a divisão especial do futebol paulista, o elenco era oriundo das categorias de base do clube, a média de idade era de 22 anos e dos 25 atletas, apenas três não eram formados no clube. Então em 1970 o time retorna a divisão especial e torna-se uma sensação em todo estado, sagrando-se campeão do primeiro turno e da Taça dos Invictos, foram anos de grande recuperação do prestigio futebolístico e para comemorar o sucesso juntamente com o aníversario do clube, em 1971 é organizado pela diretoria da Ponte Preta um grande concurso para a escolha de um hino oficial para o clube. Foram fixados diversos cartazes, pela cidade a as inscrições realizadas no Departamento de Imprensa do clube no Estádio Moisés Lucarelli.
No dia 3 de setembro de
1971 foi realizado o grande concurso no Teatro Castro Mendes, com apresentação da jornalista Bety Rodrigues. Sete músicas foram eleitas finalistas e a que mais agradou a platéia foi "Avante Ponte Preta", de autoria da professora Maria Aparecida Mota Aguiar e interpretada pelo cantor José Américo.
A música chegou a ser escolhida como hino oficial, mas logo após o concurso surgiu uma polêmica envolvendo a letra. Levantou-se a possibilidade de que parte dela seria copiada de uma música de Nélson Gonçalves. A polêmica ganhou enorme repercussão quando o cantor Jair Rodrigues recusou-se a gravar a música após as denúncias do suposto plágio.
Provavelmente em virtude da polêmica, o hino não se popularizou e aos poucos a música "Raça de Campeã" - composta pelo compositor e jornalista Renato Silva para a Torcida Jovem - foi tornando-se popular e, em 1979, tornou-se o hino oficial do clube.[47]
Antigo Hino Oficial
Autora: Maria Aparecida Motta de Aguiar
Ano: 1971
Avante, Ponte Preta, avante!
Avante, que a bola é nossa!
Avante, Ponte Preta, avante;
Que nós queremos a vitória!
O jogador pontepretano;
é forte, brilhoso e valente.
Reflete no seu porte altaneiro;
A fibra do bom campineiro!
O teu passado foi de glória!
Teu nome está na nossa história!
Avante, Ponte Preta!
Avante, Ponte Preta!
Que nós queremos mais uma vitória!
Atual Hino Oficial
Autor: Renato Silva[48]
Ano: 1977
Estandarte desfraldado
preto e branco é sua cor
Ponte Preta vai pro campo
para mostrar o seu valor
Ponte Preta inflamante
Ponte Preta emoção
Ponte Preta gigante
raça de campeão
Seu estádio é o Majestoso
seu nome uma glória
Ponte Preta sempre sempre
na derrota ou na vitória
És amada Ponte Preta
Orgulho de nossa terra
Ponte Preta de paz
Ponte Preta de guerra
Uniforme
O uniforme da Veterana é motivo de curiosidade para muitos torcedores, já que a tradicional faixa transversal raramente era usada nos uniformes de times de futebol.[49]
Na América do Sul o River Plate foi pioneiro e ja usava o modelo com uma faixa no peito desde a sua fundação. Os cariocas garantem que o modelo já era usado pelo Vasco em sua equipe de remo desde a fundação do clube, em 1898. Pela Ponte Preta o uniforme com a tradicional faixa foi adotado oficialmente em 1944, antes disso a Ponte ja havia jogado alguns jogos com a faixa em 1940.
Em 1952 a faixa foi definitivamente modificada para a forma atual, da esquerda (parte superior) para a direita (parte inferior). Na década de 60 essa camisa foi trocada pelo uniforme branco, com duas listras pretas do lado esquerdo e voltou a ser usada novamente no início dos anos 70.
Durante as décadas de 70, 80 e 90 o time sempre modificava pequenos detalhes no uniforme, mas permanecia sempre a tradicional faixa transversal no peito e as mesmas cores.
No ano 2000, ano do centenário do clube, foi lançada uma camisa comemorativa que é considerada por muitos uma das mais bonitas da história, sua desenvolvedora e fornecedora foi a Finta.
As cores oficiais do uniforme são: camisa branca com faixa transversal preta, calção e meias brancas. O segundo uniforme é uma camisa preta com faixa transversal branca, calção e meias pretas. Atualmente a Ponte tem contrato com a
Adidas até o final de 2016.[50] [51]
Uniformes de jogo
  • 1º - Camisa branca com faixa preta, calção e meias brancas;
  • 2º - Camisa preta com faixa branca, calção e meias pretas;
  • 3º - Camisa amarela com faixa amarela, calção e meias azuis;
ESTRUCTURA
O patrimônio da Ponte Preta não se resume ao Estádio Moisés Lucarelli[52] . São 2 Lojas Oficiais, 26 Franquias de Escolinhas de Futebol[53] e o Recanto da Macaca[54] usado pelas categorias de base.
O clube foi o primeiro time do Brasil a lançar o projeto de franquias de escolas de futebol e obter o selo da Associação Brasileira de Franchising.
Além disso possui o Instituto de Medicina e Avaliação da Performance (IMAP), para recuperação de atletas profissionais e amadores, um investimento de mais de R$ 1,3 milhões que busca a excelência no tratamento e conta com oito departamentos (Medicina Esportiva, Fisioterapia, Fisiologia, Preparação Física, Nutrição, Psicologia, Estatística e Odontologia).[55]
O clube possui ainda duas unidades poliesportivas, a Cidade Pontepretana[56] onde fica também o CT da Macaca, e a Unidade Paineiras[57] . As unidades contam com as seguintes instalações esportivas e recreativas:
― Conjunto de Piscinas;
― Quadras de Tênis, Basquete, Voleibol e Futebol de Salão;
― Campos de Futebol Society e Oficial;
― Campos de Bocha;
― Sala de Musculação;
― Saunas (masculina e feminina);
― Quiosques e Playground;
― Churrasqueiras;
― Restaurante e Bar;
Estádio Moisés Lucarelli
Nome: Estádio Moisés Lucarelli
Capacidade: 17.728
[58] Público Recorde: 37.274 (Ponte x São Paulo - 1 de fevereiro de 1978)
Dimensões do gramado: 107m x 70m
Estacionamento: 2.200 vagas
Endereço: Praça Dr. Francisco Ursaia, 1900, Jd. Proença - Campinas/SP
Cep: 13026-350
O estádio Moisés Lucarelli foi inaugurado oficialmente em 12 de setembro de 1948. Quando foi construído era o 3º maior estádio do Brasil e por isso foi apelidado de "Majestoso", ja que era uma obra grandiosa para aquela época, ainda mais se tratando de um time do interior. Passou por algumas reformas em 2013, a principal delas foi a criação de um túnel e um vestiário para ser usado pelos adversários, abaixo das arquibancadas dos visitantes, além de reformas nas cabines de imprensa e no sistema de drenagem do gramado[59] . Em 2014 o vestiário foi totalmente personalizado em parceria com a Brahma, com imagens de grandes ídolos da história da Ponte e fotos da torcida alvinegra[60] . O estádio ainda recebeu pequenas modificações para receber os treinos da Seleção de Portugal aberto ao público, em preparação para a Copa do Mundo de 2014. O Moisés tem 66 anos, e hoje é o segundo estádio mais antigo do Estado de São Paulo.
Cidade Pontepretana
Unidade: Cidade Pontepretana
Área: 85.000 metros quadrados
Endereço: Rua Mário Junqueira da Silva, 396, Jd. Eulina - Campinas/SP
Cep: 13063-000
Construído em uma área da Cidade Pontepretana, no Jardim Eulina, o Centro de Treinamento da Ponte Preta é moderno e funcional, com dois campos oficiais, salas de musculação, massagens, fisioterapia, fisiologia e nutrição, além de vestiários para a equipe profissional, visitantes e árbitro.
Unidade Paineiras
Unidade: Paineiras
Área: 12.000 metros quadrados
Estacionamento: 2.502 vagas
Endereço: Rua Artur Teixeira de Camargo, 201, Jd. Paineiras - Campinas/SP
Cep: 13093-460
O associado da Unidade Jardim das Paineiras é privilegiado porque tem à sua disposição um dos melhores clubes sociais da cidade, localizado numa área nobre: o Jardim das Paineiras, próximo ao Shopping Iguatemi. A unidade ocupa uma área de 12 mil metros quadrados com parque aquático, salão social, saunas, american-bar, lanchonete, quiosques, playground, quadras de tênis, campos de futebol society, sala de ginástica, musculação e ginásio de esportes para 2 mil pessoas.
Outras Modalidades:
Recanto da Macaca
Unidade: Recanto da Macaca
Endereço: R. XV de Novembro, 125, Berlim - Jaguariúna/SP
Cep: 13820-000
Um local apropriado para treinamentos, como boa infraestrutura e facilidades e serviços que atendem às necessidades dos futuros talentos do futebol pontepretano. Assim é o Recanto da Macaca, localizado na cidade de Jaguariúna, a cerca de 15 minutos de Campinas, que sedia as categorias SUB15 e SUB17 da Base alvinegra.
No local, há alojamentos para cerca de 80 garotos, cozinha, refeitório, lavanderia, banheiros, salão de entretenimento, uma academia de musculação de 500 metros quadrados (que pode atender 50 atletas simultaneamente) e dois campos de treinamento, um deles profissional – de 105 metros por 68,5.
Além disso, parcerias com a administração municipal garantem a utilização de cinco campos de futebol da cidade, vagas na rede municipal escolar para os jogadores e a utilização do Estádio Municipal Alfredo Chiavegato para a realização dos jogos de campeonatos oficiais dos quais a base participa.
Ônibus Oficial
O primeiro do modelo Euro5 utilizado para transporte rodoviário no país, o “Gorilão” teve sua versão definitiva produzida pela Irisar-Mercedes-Benz[62] . A empresa é quem faz os veículos da Seleção Brasileira e de principais times da Europa (a empresa está presente em 90 países dos cinco continentes). O layout escolhido foi votado no site oficial do clube pelos sócio torcedores da Ponte e é um dos mais modernos do Brasil. Além de ser um dos mais modernos e seguros, possui enorme conforto para os jogadores, incluindo até mesmo uma mesa de jogos com quatro poltronas, bem como poltronas da frente com espaço diferenciado para atletas que venham a se contundir em uma partida, por exemplo. Além disso, o veículo tem geladeira, banheiros, ar condicionado, TV digital, espaço adequado para armazenamento de remédios e equipamentos de Departamento Médico, entre outros detalhes. Foi fabricado para o aniversário de 112 anos do clube e lançado poucos dias depois da data, estreado em uma partida contra o Palmeiras no Pacaembu.[63]
A Torcida
Cquote1.svg       Vivi os melhores momentos da minha vida aqui na Ponte Preta.
Esta torcida é fantástica e nunca vou me esquecer dela.
      Cquote2.svg
Washington, ex jogador.

Cquote1.svg       Quem passou pela Ponte e conheceu sua imensa torcida nunca a esquece
e tem um carinho especial pelo time pelo resto da vida.
      Cquote2.svg
Dadá Maravilha, ex jogador.

Mesmo se tratando de uma equipe menor que as quatro forças futebolísticas do
Estado de São Paulo (Palmeiras,Corinthians, São Paulo e Santos), a torcida da Ponte é conhecida por valorizar e prestigiar o time da sua cidade, fato respeitado e admirado por torcedores de outros times.
O clube nasceu no bairro que lhe dá nome e que, na época, era morada de população operária, formada basicamente por chacareiros, artesãos e ferroviários. Começa aí a trajetória de um time de classes mais baixas, em sua maioria formado por operários e ferroviários.
Torcida esta que teve que superar preconceitos e sempre que acompanhava o time por estádios do interior, eram recebidos como "macacos" ou "arruaceiros". A própria torcida rival da cidade, usava o termo como forma pejorativa e, foi a partir daí que surgiu o apelido do clube.
Na década de 40 é feita uma gigante mobilização na cidade, liderada pelo patrono Moisés Lucarelli, esta torcida promove um feito histórico: constrói seu próprio estádio através de um mutirão e realiza o sonho que naquela época era quase utopia, uma obra grandiosa do que na época era o 3° maior estádio do Brasil, não podia receber outro apelido a não ser "O Majestoso". Esse feito até hoje é lembrado pelos ponte-pretanos como maior motivo de orgulho, já que poucas torcidas do Mundo realizaram o mesmo feito.[64] [65] [66]

Cquote1.svg       "Com muito jogo feito aqui no Pacaembu, com times de São Paulo, a gente pode dizer que hoje o estadio vive um dos climas mais entusiasmados para um jogo de futebol. A torcida da Ponte Preta da um verdadeiro show (...)   Cquote2.svg
Cléber Machado, Jornalista e Narrador esportivo, elogia a torcida da Ponte durante a transmissão da final da Copa Sul-Americana.
A Maior Torcida do Interior do Brasil
A torcida da Associação Atlética Ponte Preta através de pesquisas, jornalistas e torcedores, é considerada a maior torcida entre os clubes do interior do país, ou seja, excluindo os principais clubes das grandes capitais brasileiras. Em pesquisa da Revista Placar de 1993 a Ponte aparecia com 0,3% em 11º lugar entre as maiores torcidas no Estado de São Paulo. Em outras pesquisas no âmbito regional e nacional:
  • Instituto Datacorp (2001) - 114.131 torcedores em Campinas;
  • Jornal Lance! (2001) - 8° com 0,81% de torcedores do Estado;
  • Revista Placar (2002) - 0,37% do total de torcedores do país;
  • Instituto Pró-Pesquisa EPTV (2005) - 10,5% da população de Campinas;
  • Instituto Pró-Pesquisa EPTV (2007) - 8,6% da população de Campinas;
  • Empresa Pluri Consultoria (2014) com total de 190.000 torcedores no território nacional.
Em todas as pesquisas citadas a Ponte aparece como a maior torcida de Campinas, do interior de São Paulo e/ou do Brasil. No Facebook, rede social mais acessada em território nacional com 59 milhões de usuários, a Ponte também aparece com a página mais "curtida" entre os times do interior. A página oficial do clube possui cerca de 223 mil torcedores, seguida por Joinville que tem 191 mil e Criciúma com 167 mil. No plano de sócios torcedores a Ponte conta com mais de 19 mil inscritos no programa por um Futebol Melhor, o maior número entre os clubes do interior.[67]
Cquote1.svg       É um prazer enorme ver a Ponte Preta em meu país. Fiquei orgulhoso quando soube que os torcedores estavam aqui e fiz questão de vir dar um abraço em todos eles. Essa torcida sempre me respeitou e me tratou com dignidade. A Ponte mora em meu coração.       Cquote2.svgGigena.
Torcidas Uniformizadas
Em 1º de outubro de 1942, tomava posse a diretoria do Grêmio Pontepretano, a primeira torcida uniformizada do interior e uma das primeiras do Brasil. Somente clubes da capital paulista já possuíam torcidas semelhantes. Seu uniforme era uma camisa branca com o emblema da Ponte Preta bem no meio e a inscrição GRÊMIO PONTEPRETANO em forma de semicírculo, circundando a parte superior do emblema.
Nos anos 90, as maiores torcidas uniformizadas da Ponte eram a Serponte, Torcida Jovem, Ponterror e Ponte Safena, esta de nome curioso. Na época de ouro, da disputa dos 3 títulos paulistas (1977, 1979 e 1981), destacavam-se a Torcida Jovem, Ponterror e uma outra curiosa, denominada Urangus.[68] Com a proibição das torcidas na metade da década de 90, visando diminuir a violências nos estádios brasileiros, muitas deixaram de atuar.
A Torcida Jovem, que já era a mais antiga, fundada em 1969, transformou-se na principal torcida organizada ponte-pretana. Quando as torcidas uniformizadas eram mais fortes (até os anos 90), sem o controle intenso e fiscalização, as principais torcidas da Ponte estavam reunidas na A.T.O.P. (Associação das Torcidas Organizadas da Ponte). Eram elas: Bafú da Macaca, Macacachaça, Ponterror, Ponte Safena, Torcida Jovem, T.U.Barão e Serponte.

- Texto publicado após o acesso da Macaca para a série A do Campeonato Brasileiro de 2012
(Publicado em 22 de novembro de 2011 -
Diário de São Paulo)
Cquote1.svg       Explicar a paixão, se fácil fosse, transformaria qualquer texto em poesia. Algumas paixões soam inexplicáveis, a não ser que sejam traduzidas por gestos, imagens e comportamentos. Um desses casos é a Ponte Preta, a Macaca de Campinas.
Time centenário, sem títulos importantes no currículo, que arregimenta uma legião de torcedores fiéis, apaixonados e fanáticos. É impossível não se comover com as imagens de crianças, jovens, homens feitos e veteranos de arquibancada no Moisés Lucarelli chorando copiosamente após a vitória da Ponte sobre o ABC, que selou o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro, no sábado. Moisés Lucarelli que foi erguido pelas mãos e pelo sacrifício dos próprios torcedores. Em minha carreira de comentarista, tive a oportunidade de presenciar dezenas de vezes esse testemunho de fé dos ponte-pretanos. Desde as superstições mais inacreditáveis - como aquela segundo a qual, dependendo do lado pelo qual passa o trem atrás do estádio, o time não vence - às revoltas que descambam para uma violência injustificável. Mas o que fica é o amor sincero da gente que torce pela simpática "Nega Véia". Porque torcer pra time grande é moleza e tem muita gente que vai na moda, no embalo de um título, de um ídolo. No caso da Ponte, é paixão genuína, curtida, que merece todo o reconhecimento e o respeito. Cquote2.svg
Torcidas Organizadas e Uniformizadas em Atividade
Títulos
TROFEUS PONTEPRETANOS

Principais Conquistas
HONORÁRIOS
             Competição                                       Títulos Temporadas
             Taça dos Invictos                             1           1970
   "O Clube Predileto do Interior"    1           1952
ESTADUAIS
             Competição    Títulos                       Temporadas
             Campeonato Paulista Amador       1           1951Cscr-featured.png
             Campeonato Paulista - Série A2    1           1969
             Troféu Governador do Estado       1           1978
MUNICIPAIS
             Competição                                       Títulos Temporadas
Brasão da Cidade de Campinas.png    Campeonato Campineiro                10         1912, 1931, 1935, 1936, 1937, 1940Cscr-featured.png, 1944, 1947, 1948 e 1951
OUTRAS CONQUISTAS IMPORTANTES
             Competição                                       Títulos Temporadas
             Campeonato da Zona Paulista (A.P.E.A)  3        1923, 1925 e 1930Cscr-featured.png
             Campeonato da Zona Mogiana (L.A.F.)    1        1927
             Taça Cidade de Campinas              1           1949
             Troféu Folha de S.Paulo                 2           1977 e 1984
             Troféu Brasil 500 anos (F.P.F)       1           2000
             Torneio Triangular de Campinas  1           1952
CAMPANHAS DE DESTAQUE
             Competição                                                   Temporadas
             Vice-Campeã da Copa Sulamericana         1        2013
Cscr-featured.pngCampeão Invicto
Outras Campanhas de Destaque
Football pictogram.svgTítulos em Outras Categorias
·         Trophy(transp).pngCopa São Paulo de Futebol Júnior 1981 e 1982
·         Trophy(transp).pngCampeonato Paulista Infantil 1981
·         Trophy(transp).pngCampeonato Paulista Sub-11 2009
·         Trophy(transp).pngCopa São Roque de Futebol Sub-18 2011
·         Trophy(transp).pngCopa São Paulo de Futebol Infantil — 1991
·         Trophy(transp).pngCopa Paulínia/Champs de Futebol — 2010
·         Trophy(transp).pngCampeonato Paulista de Aspirantes — 1991
·         Trophy(transp).pngTorneio Internacional Brasil-Japão Sub-15 — 2014
·         Trophy(transp).pngCopa Ouro Sub-15 — 2014
·         Trophy(transp).pngCopa Ouro Sub-17 — 2014

Bola de Prata da Revista Placar
Ano  Nome do Jogador Prata
2000 Mineiro                   1
1982 Juninho                   1
1982 Carlos                     1
1981 Zé Mario                1
1980 Carlos                     1
1978 Odirlei                    1
1977 Polozzi                   1
1977 Oscar                      1
Maiores Artilheiros
Atleta      Gols                 
Dicá         154 Gol marcado               
Paulinho   137 Gol marcado               
Chicão     105 Gol marcado               
Cilas         86 Gol marcado                 
Bruninho  75 Gol marcado                 

Fatos Históricos

  • Homenagem à Ferrovia
A data de fundação do clube teve como objetivo homenagear a inauguração da ferrovia em Campinas, datada de 11 de agosto de 1872.[71] [72]
  • Pioneira nacional
A Ponte Preta foi a primeira equipe do Interior do Brasil a disputar um campeonato nacional, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970.
  • 5 vezes finalista
A Ponte Preta é o time do interior que chegou a mais decisões do Campeonato Paulista (5 vezes).
  • Jogadores estrangeiros
Foi o primeiro clube do interior a contratar jogadores estrangeiros: Cabreira e Raul Dias , uma prova de ousadia pois os dois jogadores trazidos em 1952 eram do Uruguai, país que dois anos antes havia vencido o Brasil em pleno Maracanã, conquistando a Copa do Mundo de 1950.
  • Ponte 13 x 1 Portuguesa FC
A maior goleada da história do clube foi em 29 de setembro de 1929, jogando contra a Portuguesa FC, a Ponte venceu pelo placar de 13 a 1.
  • Maiores goleadas em jogos oficiais
As maiores goleadas da Ponte em jogos por competições oficiais foram 8 a 1 contra a Ferroviária pelo Campeonato Paulista de 1994 e 8 a 1 contra o Castanhal-PA na Copa do Brasil de 2001.
  • Recorde de Público
O recorde de público oficial do Majestoso é de 37.274 (34.985 pagantes), em derrota para o São Paulo em 1978, mas especula-se, que numa partida realizada entre a Ponte e o Santos em 1970, na qual os portões foram arrombados, tenham estado presentes cerca de 40.000 pessoas.
  • Visitante indigesta
Morumbi e Olímpico (Porto Alegre), dois dos mais importantes palcos do futebol brasileiro têm seus recordes de público em vitórias da Ponte Preta. Em 1977, mais de 145.000 pessoas estiveram presentes no Morumbi para ver a Ponte bater o Corinthians por 2 a 1, de virada, pelo segundo jogo da decisão do Campeonato Paulista. Em 1981, a Macaca bateu o Grêmio por 1 a 0 diante de 98.000 espectadores (85.000 pagantes) pela semifinal do Campeonato Brasileiro de Futebol.
  • A possível fusão com o Juventus
Em 1949, faltou muito pouco para a Ponte Preta se fundir com o Juventus. O Moleque Travesso enfrentava uma séria crise financeira, agravada com a saída do conde Adriano Crespi, e a Macaca queria a todo custo um lugar na elite do futebol estadual. A Ponte ficou sabendo do suposto interesse do clube da Mooca de abandonar o futebol profissional e iniciou os contatos para a fusão. A Macaca assumiria os salários dos atletas e funcionários do Juventus, mas manteria suas cores, seu nome e a sede permaneceria em Campinas.
  • Jogadores para a Seleção Brasileira
Em 1978, a Ponte Preta cedeu três atletas para a Seleção Brasileira de Futebol disputar a Copa do Mundo. No total o clube revelou 5 jogadores e teve mais de 10 convocações, ficando entre os 20 clubes brasileiros e estrangeiros, que mais revelaram jogadores para a Seleção Canarinho.
  • Escudo Original
O time de Campinas é um dos poucos clubes tradicionais do Brasil que usa o escudo original desde a sua fundação.
  • Despedida de Pelé
A despedida do maior jogador de todos os tempos, Pelé dos gramados do futebol brasileiro se deu numa partida entre Associação Atlética Ponte Preta e Santos Futebol Clube, com vitória do Santos.
  • Em pontos corridos
No ranking de aproveitamento dos pontos corridos a Ponte é o 5° clube com melhor desempenho entre os times paulistas. Desde que foi estabelecida essa fórmula em 2003 a Macaca conquistou 289 pontos e tem 6 participações no total.[73] (sem contabilizar os números de 2015).
  • Bola de Prata
Ao final de cada Campeonato Brasileiro a revista Placar concede o troféu Bola de Prata aos melhores jogadores em cada posição. A Ponte teve 7 atletas premiados desde a criação do troféu, são eles: Oscar (zagueiro, 1977), Polozzi (zagueiro, 1977), Odirlei (lateral, 1978), Carlos (goleiro, 1980 e 1982), Zé Mario (volante, 1981), Juninho (zagueiro, 1982) e Mineiro (volante, 2000). O clube também teve artilheiros nas edições do Campeonato Paulista de 2001 com Washington (16 gols), Copa do Brasil de 2001 mais uma vez com o atacante Washington (12 gols) e Campeonato Paulista de 2013 com William (13 gols).
  • Sócrates na Ponte
Sócrates, depois de participar da grande Seleção Brasileira de 1982 e ir jogar na Fiorentina, quase voltou ao Brasil para jogar na Ponte Preta, em agosto de 1985. Seria uma negociação em parceria com a empresa Luqui, que tinha Luciano do Valle como um dos sócios, torcedor declarado da Ponte. Sócrates saiu da Fiorentina, na Itália, e desembarcou em Campinas. Vestiu a camisa da Ponte Preta, deu entrevistas como jogador do time e foi o personagem de reportagens falando sobre a surpreendente repatriação. Mas a questão financeira atrapalhou essa que seria uma das negociações mais alternativas do futebol brasileiro. Um ano depois, em 1986, quem veio para vestir a camisa alvinegra foi Raí, irmão mais novo de Sócrates, vindo do Botafogo de Ribeirão Preto.[75]
  • O mascote e o preconceito dos rivais
O mascote da Ponte é a Macaca. O apelido é utilizado no feminino pois se trata da Associação Atlética, substantivo feminino. Outras torcidas do interior se referiam à torcida da Ponte como Macacos pois eram vistos como arruaceiros.
  • Finalista da América
Em 2013 se tornou o primeiro e único clube do Interior do Brasil a ser finalista de uma competição oficial organizada pela Conmebol.
  • Ranking IFFHS
No ano de 2013 a Ponte encerrou a temporada na frente de grandes potências do futebol. Inter de Milão, Nacional do Uruguai, River Plate, Liverpool e Peñarol foram alguns dos importantes clubes que ficaram atras do time campineiro no Ranking Mundial de Clubes da IFFHS.
  • Mil gols pelo estadual
Jogando contra o Marília (pela 4ª rodada do Campeonato Paulista de 2015), Renato Cajá, meia habilidoso com boas passagens pela Ponte em 2008, 2011-2012 e 2013-2014, fez o milésimo gol da Ponte em Campeonatos Paulistas da 1ª divisão, jogando no Majestoso (total de 673 partidas).
Partidas Internacionais
A Ponte realizou seu primeiro jogo internacional por uma competição oficial na Copa Sul-Americana de 2013 contra o time Colombiano Deportivo Pasto e venceu por 2 a 0, diante de mais de 15 mil torcedores no Estádio Moisés Lucarelli.[76] Após a Sul-Americana de 2013 realizou o feito de ser o único clube do interior a ser finalista de uma competição oficial organizada pela Conmebol.
Além disso, manteve uma série de invencibilidade em partidas contra times estrangeiros durante 64 anos. Foi no período de
1946 à 2010, quando em um jogo-treino seu time reserva foi derrotado[77] por 2 a 1 pela Seleção da África do Sul, que era comandada por Carlos Alberto Parreira e se preparava para realizar a Copa do Mundo FIFA de 2010 como país anfitrião. Até então, a Ponte jamais havia perdido uma partida internacional (19 partidas invicta). Contabilizando amistosos, jogos comemorativos e jogos oficiais, o total é de 21 partidas e 67 anos sem derrotas, vindo a perder por 1 a 0 na partida de volta da segunda fase da Copa Sul-Americana de 2013, na Colômbia, contra o Deportivo Pasto.

Os Maiores Públicos
O maior público no Pacaembu com borderô declarado foi em uma vitória da Ponte contra o Corinthians.
Data:
25 de agosto de 1977
Público: 72.573
Placar: Corinthians 1 x 2 Ponte Preta
Acima de 20.000 pessoas.
1 de fevereiro de 1978 - Ponte Preta 1 x 3 São Paulo (Moisés Lucarelli) ― Público: 37.274;
16 de agosto de 1970 - Ponte Preta 0 x 1 Santos (Moisés Lucarelli) ― Público: 33.500;
27 de fevereiro de 1977 - Ponte Preta 3 x 1 Guarani (Moisés Lucarelli) ― Público: 31.970;
27 de janeiro de 1980 - Ponte Preta 2 x 1 Guarani (Moisés Lucarelli) ― Público: 30.174;
4 de dezembro de 2013 - Ponte Preta 1 x 1 Lanús (Pacaembu) ― Público: 28.979;

Maiores públicos contra tradicionais rivais
― Contra o Corinthians: Corinthians 1 x 2 Ponte Preta, 146.082, 9 de outubro de 1977, Morumbi (138.032 pagantes)
― Contra o
São Paulo: São Paulo 2 x 1 Ponte Preta, 84.786, 9 de novembro de1980, Morumbi (84.553 pagantes)
― Contra o
Santos: Santos 1 x 1 Ponte Preta, 53.340, 19 de abril de 1979, Morumbi (51.312 pagantes)
― Contra o
Palmeiras: Palmeiras 2 x 0 Ponte Preta, 46.646, 7 de outubro de 1978, Pacaembu (42.331 pagantes)
― Contra a
Portuguesa: Portuguesa 0 x 0 Ponte Preta, 32.221, 17 de novembro de 1977, Pacaembu (29.660 pagantes)

LUCIANO DO VALLE CELÉBRE TORCEDOR DA PONTE PRETA

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