miércoles, 5 de octubre de 2016

FUTEBOL DO BRASIL * PARTE 5

FUTEBOL DO BRASIL – PARTE 5
CAMPEONATO BRASILEIRO SERIE A
CORINTHIANS X FLAMENGO 
CLASSICO DAS MULTIDOES

CAMPEOES
Campeonato Brasileiro de Futebol (conhecido popularmente como Brasileirão e, por questões de patrocínio, como Brasileirão Chevrolet) é o principal torneio entre clubes de futebol do Brasil, disputado anualmente desde 1959.
SANTOS DE PELÉ E PEPE
BOTAFOGO DE DIDI E GARRINCHA



Taça do Brasil
1959 - Esporte Clube Bahia (Salvador)
          2nd: Santos Futebol Clube (Santos)
1960 - Sociedade Esportiva Palmeiras (São Paulo)
          2nd: Fortaleza Esporte Clube (Fortaleza)
1961 - Santos Futebol Clube (Santos)
          2nd: Esporte Clube Bahia (Salvador)
1962 - Santos Futebol Clube (Santos)
          2nd: Botafogo de Futebol e Regatas (Rio de Janeiro)
1963 - Santos Futebol Clube (Santos)
          2nd: Esporte Clube Bahia (Salvador)
1964 - Santos Futebol Clube (Santos)
          2nd: Clube de Regatas Flamengo (Rio de Janeiro)
1965 - Santos Futebol Clube (Santos)
          2nd: Clube de Regatas Vasco da Gama (Rio de Janeiro)
1966 - Cruzeiro Esporte Clube (Belo Horizonte)
          2nd: Santos Futebol Clube (Santos)
1967 - Sociedade Esportiva Palmeiras (São Paulo)
          2nd: Clube Náutico Capibaribe (Recife)
1968 - Botafogo de Futebol e Regatas (Rio de Janeiro)
          2nd: Fortaleza Esporte Clube (Fortaleza)


Taça Roberto Gomes de Pedrosa
1967 - Sociedade Esportiva Palmeiras (São Paulo)
          2nd: Sport Club Internacional (Porto Alegre)
1968 - Santos Futebol Clube (Santos)
          2nd: Sport Club Internacional (Porto Alegre)
1969 - Sociedade Esportiva Palmeiras (São Paulo)
          2nd: Cruzeiro Esporte Clube (Belo Horizonte)
1970 - Fluminense Futebol Clube (Rio de Janeiro)
          2nd: Sociedade Esportiva Palmeiras (São Paulo)


CAMPEONATO BRASILEIRO
Official Brazilian (organised by CBF and CBD) championships champions
1971 - Clube Atlético Mineiro (Belo Horizonte)
          2nd: São Paulo Futebol Clube (São Paulo)
1972 - Sociedade Esportiva Palmeiras (São Paulo)
          2nd: Botafogo de Futebol e Regatas (Rio de Janeiro)
1973 - Sociedade Esportiva Palmeiras (São Paulo)
          2nd: São Paulo Futebol Clube (São Paulo)
1974 - Clube de Regatas Vasco da Gama (Rio de Janeiro)
          2nd: Cruzeiro Esporte Clube (Belo Horizonte)
1975 - Sport Club Internacional (Porto Alegre)
          2nd: Cruzeiro Esporte Clube (Belo Horizonte)
1976 - Sport Club Internacional (Porto Alegre)
          2nd: Sport Club Corinthians (São Paulo)
1977 - São Paulo Futebol Clube (São Paulo)
          2nd: Clube Atlético Mineiro (Belo Horizonte)
1978 - Guarani Futebol Clube (Campinas)
          2nd: Sociedade Esportiva Palmeiras (São Paulo)
1979 - Sport Club Internacional (Porto Alegre)
          2nd: Clube de Regatas Vasco da Gama (Rio de Janeiro)
1980 - Clube de Regatas Flamengo (Rio de Janeiro)
          2nd: Clube Atlético Mineiro (Belo Horizonte)
1981 - Grêmio Foot-ball Portoalegrense (Porto Alegre)
          2nd: São Paulo Futebol Clube (São Paulo)
1982 - Clube de Regatas Flamengo (Rio de Janeiro)
          2nd: Grêmio Foot-ball Portoalegrense (Porto Alegre)
1983 - Clube de Regatas Flamengo (Rio de Janeiro)
          2nd: Santos Futebol Clube (Santos)
1984 - Fluminense Futebol Clube (Rio de Janeiro)
          2nd: Clube de Regatas Vasco da Gama (Rio de Janeiro)
1985 - Coritiba Futebol Clube (Curitiba)
          2nd: Bangu Atlético Clube (Rio de Janeiro)
1986 - São Paulo Futebol Clube (São Paulo)
          2nd: Guarani Futebol Clube (Campinas)
1987 - Sport Club Recife (Recife)
          2nd: Guarani Futebol Clube (Campinas) [1] 
Clube dos Treze (organisation of the top Brazilian clubs) tournaments champions
1987 - Clube de Regatas Flamengo (Rio de Janeiro)
          2nd: Sport Club Internacional (Porto Alegre) [1]
1988 - Esporte Clube Bahia (Salvador)
          2nd: Sport Club Internacional (Porto Alegre)
1989 - Clube de Regatas Vasco da Gama (Rio de Janeiro)
          2nd: São Paulo Futebol Clube (São Paulo)
1990 - Sport Club Corinthians (São Paulo)
          2nd: São Paulo Futebol Clube (São Paulo)
1991 - São Paulo Futebol Clube (São Paulo)
          2nd: Clube Atlético Bragantino (Bragança Paulista)
1992 - Clube de Regatas Flamengo (Rio de Janeiro)
          2nd: Botafogo de Futebol e Regatas (Rio de Janeiro)
1993 - Sociedade Esportiva Palmeiras (São Paulo)
          2nd: Esporte Clube Vitória (Salvador)
1994 - Sociedade Esportiva Palmeiras (São Paulo)
          2nd: Sport Club Corinthians (São Paulo)
1995 - Botafogo de Futebol e Regatas (Rio de Janeiro)
          2nd: Santos Futebol Clube (Santos)
1996 - Grêmio Foot-ball Portoalegrense (Porto Alegre)
          2nd: Associação Portuguesa de Desportos (São Paulo)
1997 - Clube de Regatas Vasco da Gama (Rio de Janeiro)
          2nd: Sociedade Esportiva Palmeiras (São Paulo)
1998 - Sport Club Corinthians (São Paulo)
          2nd: Cruzeiro Esporte Clube (Belo Horizonte)
1999 - Sport Club Corinthians (São Paulo)
          2nd: Clube Atlético Mineiro (Belo Horizonte)
2000 - 2000 - Clube de Regatas Vasco da Gama (Rio de Janeiro)
          2nd: Associação Desportiva São Caetano (São Caetano do Sul) [2]
2001 - Clube Atlético Paranaense (Curitiba)
          2nd: Associação Desportiva São Caetano (São Caetano do Sul)
2002 - Santos Futebol Clube (Santos)
          2nd: Sport Club Corinthians (São Paulo)
2003 - Cruzeiro Esporte Clube (Belo Horizonte)
          2nd: Santos Futebol Clube (Santos)
2004 - Santos Futebol Clube (Santos)
          2nd: Clube Atlético Paranaense (Curitiba)
2005 - Sport Club Corinthians (São Paulo)
          2nd: Sport Club Internacional (Porto Alegre)
2006 - São Paulo Futebol Clube (São Paulo)
          2nd: Sport Club Internacional (Porto Alegre)
2007 - São Paulo Futebol Clube (São Paulo)
          2nd: Santos Futebol Clube (Santos)
2008 - São Paulo Futebol Clube (São Paulo)
          2nd: Grêmio Foot-ball Portoalegrense (Porto Alegre)
2009 - Clube de Regatas Flamengo (Rio de Janeiro)
          2nd: Sport Club Internacional (Porto Alegre)
2010 - Fluminense Futebol Clube (Rio de Janeiro)
          2nd: Cruzeiro Esporte Clube (Belo Horizonte)
2011 - Sport Club Corinthians (São Paulo)
          2nd: Clube de Regatas Vasco da Gama (Rio de Janeiro)
2012 - Fluminense Futebol Clube (Rio de Janeiro)
          2nd: Clube Atlético Mineiro (Belo Horizonte)
2013 - Cruzeiro Esporte Clube (Belo Horizonte)
          2nd: Grêmio Foot-ball Portoalegrense (Porto Alegre)
2014 - Cruzeiro Esporte Clube (Belo Horizonte)
          2nd: São Paulo Futebol Clube (São Paulo)
2015 - Sport Club Corinthians (São Paulo)
          2nd: Clube Atlético Mineiro (Belo Horizonte)


TÍTULOS Y VICECAMPEONATOS

 6 [ 6] São Paulo
 6 [ 3] Corinthians
 5      Flamengo
 4 [ 2] Palmeiras
 3 [ 4] Cruzeiro
 3 [ 4] Internacional
 3 [ 3] Vasco da Gama
 3      Fluminense
 2 [ 4] Santos 
 2 [ 3] Grêmio
 1 [ 5] Atlético Mineiro
 1 [ 2] Botafogo
 1 [ 2] Guarani
 1 [ 1] Atlético Paranaense
 1      Bahia
 1      Coritiba
 1      Sport Recife
   [ 1] Bangu
   [ 1] Bragantino
   [ 1] Portuguesa
   [ 1] São Caetano
   [ 1] Vitória

Total de temporadas entre os quatro primeiros colocados (1959 a 2012)

Clube
Total
Palmeiras                         18
Cruzeiro                          
São Paulo                        
Grêmio                             17
Santos                             
Corinthians                     
Internacional                   
Atlético Mineiro              15
Fluminense                     
Vasco da Gama               12
Botafogo                        11
Flamengo                        8
Bahia                              5
Guarani                         
Atlético Paranaense       4
Náutico                          3
Coritiba                         
São Caetano                  
America                         2
Bragantino                    
Fortaleza                       
Goiás                             
Portuguesa                    
Santa Cruz                    
Sport                             
Vitória                           
Bangu                            1
Brasil de Pelotas           
Ceará                             
Londrina                       
Operário                        
Ponte Preta                   
200 MIL ESPETADORES 
FLAMENGO X FLUMINENSE 1963 NO MARACANÁ


Campeões invictos
·         No período em que o Campeonato Brasileiro era disputado em sistema eliminatório (1959-1968), foram campeões invictos o Palmeiras (1960), Santos (1963, 1964 e 1965) e Cruzeiro (1966).[35]
·         No período em que era adotado sistemas mistos (1967-2002), o único campeão invicto foi o Internacional em 1979.
·         Desde que passou para o sistema de "todos contra todos" (2003), nenhuma equipe conseguiu ser campeã invicta.
Sobre os campeões
·         Apenas um clube conseguiu ser pentacampeão brasileiro: o Santos, no período de 1961-1965.
·         O São Paulo é o único tricampeão (consecutivo) da competição por pontos corridos, isto em 2006/2007/2008.
·         Por 7 vezes houve um bicampeonato: 1967 (Taça Brasil)/1967 (Robertão) com o Palmeiras, 1972/1973 com o Palmeiras, 1975/1976 com o Internacional, 1982/1983 com o Flamengo, 1993/1994 com o Palmeiras, 1998/1999 com o Corinthians, 2013/2014 com o Cruzeiro.
·         Desde 1961, somente duas equipes de cidades que não são capitais de estado conquistaram o título: Santos, em 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1968, 2002 e 2004, além de Guarani de Campinas, em 1978.
·         Em 1977, o São Paulo foi campeão ao vencer o Atlético/MG na decisão por pênaltis, após empate por 0 a 0. Mas tanto Atlético/MG, vice-campeão, como Botafogo, 5° colocado, terminaram o campeonato invictos.
·         O Santos é o único time que conseguiu vencer a Taça Libertadores da América e o Campeonato Brasileiro no mesmo ano, feito realizado em 1962 e 1963.
·         Em 2003, o Cruzeiro foi o primeiro time a conquistar a "Tríplice Coroa" ao vencer no mesmo ano o título de seu estado (no caso o Campeonato Mineiro), a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro.
·         Por 15 vezes o campeão brasileiro também venceu o campeonato estadual no mesmo ano: Cruzeiro (1966, 2003 e 2014), Palmeiras (1972, 1993 e 1994), Internacional (1975 e 1976), Fluminense (1984 e 2012), Bahia (1988), São Paulo (1991), Grêmio (1996), Corinthians (1999), Atlético Paranaense (2001), Flamengo (2009).
·         Vanderlei Luxemburgo é o técnico que mais vezes foi campeão brasileiro pós-1971: 5 vezes: 1993 e 1994 pelo Palmeiras, 1998 pelo Corinthians, 2003 pelo Cruzeiro e 2004 pelo Santos.
·         Paulo César Carpegiani, Muricy Ramalho, Emerson Leão e Andrade foram os únicos a serem campeões como jogadores e como técnicos. Carpegiani foi três vezes campeão como jogador (em 1975 e 1976 pelo Internacional e em 1980 pelo Flamengo) e uma vez como técnico (pelo Flamengo, em 1982). Muricy foi uma vez campeão como jogador, em 1977, e quatro como técnico, em 2006, 2007 , 2008 e 2010, sendo que três são pelo São Paulo e a outra pelo Fluminense. Leão, assim como Carpegiani, foi três vezes campeão como jogador (em 1972 e 1973 pelo Palmeiras e em 1981 pelo Grêmio) e duas como técnico (em 1987 pelo Sport e em 2002 pelo Santos). Andrade foi 4 vezes como jogador (1980, 1982 e 1983 pelo Flamengo; 1989 pelo Vasco) e em 2009 como técnico, novamente pelo Flamengo.
·         Em 1987, Emerson Leão estava inscrito como goleiro no Sport, mas desistiu da profissão de jogador para iniciar a sua carreira como técnico. Numa partida, o goleiro do seu time se machucou e Leão teve que voltar ao gol.
·         O jogador que mais venceu o Campeonato Brasileiro pós-1971 é Dagoberto Pelentier, uma vez pelo Atlético Paranaense (2001), duas vezes pelo São Paulo (2007 e 2008) e duas vezes pelo Cruzeiro (2013 e 2014). Na fase prévia, foi Pelé, com seis títulos pelo Santos em 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1968.
·         O Internacional foi o campeão com o melhor aproveitamento: em 1976 conseguiu 84,1% dos pontos disputados em 23 partidas. Já o Coritiba foi o com o aproveitamento mais baixo, obtendo 49,4% dos pontos disputados em 29 jogos.
·         Desde quando o campeonato passou a ser disputado por pontos corridos, em 2003, o Corinthians, o Cruzeiro e o São Paulo FC foram os que mais venceram, em 2005/2011/2015, 2003/2013/2014 e 2006/2007/2008 respectivamente.
·         O primeiro clube a vencer em pontos corridos foi o Cruzeiro em 2003.
·         O clube que mais pontuou em um único campeonato brasileiro foi o Cruzeiro em 2003, com um total de 100 pontos.
·         O clube que mais marcou gols em uma única edição foi o Santos em 2004, recorde de 103 gols.
·         Em 2012, o Sampaio Corrêa Futebol Clube se tornou o único a conquistar as três divisões inferiores à elite do futebol nacional, já que tinha sido campeão da Série B, em 1972, e da Série C, em 1997.[36]
·         Em 2013, o Cruzeiro se tornou o único clube a vencer todos os adversários do campeonato pelo menos uma vez.
·         Em 2015, o Corinthians realizou a melhor campanha da história dos (81)pontos corridos, com formato de 20 equipes, adotado a partir de 2006. Tendo o melhor ataque com 71 gols, a defesa menos vazada com 31 gols e não levou sequer um gol de seis adversários.
Sobre as partidas finais
·         De 1972 a 2002, quando existiram os confrontos finais entre apenas dois clubes, nunca houve um confronto repetido. Foram trinta partidas finais diferentes.
·         Os campeonatos de 1971 e 1973 não tiveram um único confronto final: o de 1971 foi decidido num triangular entre Atlético Mineiro, São Paulo e Botafogo; o de 1973 foi decidido num quadrangular entre Palmeiras, São Paulo, Cruzeiro e Internacional.
·         A final de 1980 entre Atlético-MG e Flamengo, disputada em ida-e-volta, foi a que teve mais pagantes, 269.497:
o    28 de maio de 1980, 115.142, Atlético versus Flamengo, no Mineirão (Belo Horizonte);
o    1º de junho de 1980, 154.355, Flamengo versus Atlético, no Maracanã (Rio de Janeiro).
·         O Santos é quem mais participou de finais seguidas (6): 1961, 1962, 1963, 1964, 1965 e 1966, vencendo de 1961 a 1965.
·         Fluminense e Vasco fizeram a primeira final entre clubes de uma mesma cidade, no Campeonato Brasileiro de 1984. Como os dois clubes haviam levado quase 120.000 pagantes em seus jogos com mando de campo pelas semifinais, as duas diretorias optaram por um grande aumento no preço dos ingressos para evitarem-se tumultos, numa época em que não era comum a venda antecipada de ingressos para as partidas.
·         Em apenas duas finais não houve participação de equipes paulistas ou cariocas: Em 1975 (Internacional versus Cruzeiro) e 1988 (Bahia versus Internacional).
·         Em 8 vezes, a final foi disputada por equipes do mesmo estado:
o    1978: Guarani vs. Palmeiras
o    1984: Fluminense vs. Vasco
o    1986: São Paulo vs. Guarani
o    1990: Corinthians vs. São Paulo
o    1991: São Paulo vs. Bragantino
o    1992: Flamengo vs. Botafogo
o    1994: Palmeiras vs. Corinthians
o    2002: Santos vs. Corinthians
o    Palmeiras versus São Paulo definiu o título de 1973, mas se tratava de jogo pela última rodada de um quadrangular.
·         Desde 2003, o Campeonato Brasileiro é disputado por pontos corridos, como na maioria dos países filiados à FIFA, sendo o Cruzeiro e o São Paulo os clubes que mais venceram, respectivamente, (2003, 2013 e 2014) e (2006, 2007 e 2008) desde então, não havendo mais uma decisão entre apenas duas equipes.
Sobre clássicos
·         O Palmeiras detém o maior tabu da história da competição em clássicos, com 25 jogos de invencibilidade sobre o São Paulo de 20 de fevereiro de 1974 a 2 de setembro de 2000, quando perdeu por 3 a 0 para o Tricolor. Durante o período foram 11 vitórias palmeirenses e 14 empates.[37]

Ranking de Pontos do Campeonato Brasileiro (1971-2015)

     Clube                    Pontos
1   São Paulo               1868
2   Internacional         1799
3   Cruzeiro                 1774
4   Corinthians            1726
5   Santos                    1706
6   Atlético Mineiro    1693
7   Flamengo               1677
8   Grêmio                  1665
9   Palmeiras              1587
10 Vasco da Gama     1567
11 Fluminense            1539
12 Botafogo                1390
14 Goiás                      1250
15 Coritiba                  1137
16 Vitória                    989
17 Sport                      952
18 Bahia                     951
19 Guarani                  912
20 Portuguesa            869

Taça Brasil
TOSTAO (CRUZEIRO) 
RIVELINO (CORINTHIANS)

Taça Brasil foi oficialmente a primeira competição nacional entre clubes, criada pela CBD para substituir o deficitário Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais. Ela foi uma competição de futebol disputada em sistema de copa entre 1959 e 1968, e segundo João Havelange, seu criador, foi disputada nesse formato devido às dificuldades de locomoção e transporte da época, impedindo que existisse um torneio nacional mais integrado. Reunia as equipes campeãs estaduais do Brasil. Ela foi criada pela CBD em 1959 para definir o campeão brasileiro de clubes (algo ainda inédito no Brasil) e indicar os representantes brasileiros na Taça Libertadores da América,[1] que teve sua origem no Congresso da Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) realizado no Rio de Janeiro em 1958, onde ficou definido que haveria participação de todos os campeões nacionais da América do Sul: Campeão argentino, campeão uruguaio, campeão paraguaio, campeão chileno, campeão boliviano, campeão colombiano e campeão brasileiro. Ainda que tenha sido criada apenas em 1959, a proposta original de criação da Taça Brasil data do início da década de 1950, para conciliar e integrar os clubes dos demais estados, haja vista que apenas clubes cariocas e paulistas tinham acesso à Copa Rio Internacional e ao Torneio Rio-São Paulo.[2] [3] Em dezembro de 2010, a CBF resolveu unificar os títulos nacionais, equiparando oficialmente todas as edições da Taça Brasil ao Campeonato Brasileiro de Futebol.[4] É considerada a primeira competição nacional do Brasil e ao lado do Torneio Rio-São Paulo (cujo nome oficial era Torneio Roberto Gomes Pedrosa[5] ), foi precursor de sua versão ampliada, o Robertão, que por sua vez foi o precursor do Campeonato Brasileiro de Futebol. Somadas todas as suas edições, teve 452 jogos, com 1.341 gols (média de 2,99 gols por jogo).[6]
Participavam da Taça Brasil as equipes campeãs estaduais de todo o país, porém as equipes mais fortes disputavam apenas as fases finais. Em 1965 a Taça Guanabara foi criada e passou a definir o representante do então Estado da Guanabara (atual município do Rio de Janeiro). Até 1964 o representante da Guanabara era definido pelo Campeonato Carioca. Já o representante do Estado do Rio de Janeiro era definido pelo Campeonato Fluminense.[7]
Normalmente apenas uma equipe de cada estado disputava a competição, porém as edições de 1961, 1964, 1965 e 1966 contaram com dois representantes do futebol paulista, enquanto que em 1967 houve a participação de duas equipes mineiras. Em 1968, último ano da competição, nenhuma equipe paulista disputou a competição.
As edições de 1965 e 1968 não indicaram nenhuma equipe para a Taça Libertadores da América. No primeiro caso, pois o Brasil entendia que a competição havia sido descaracterizada pela inclusão dos vice-campeões nacionais. No segundo, o Brasil não participou da Libertadores em protesto às mudanças das regras da competição. Neste ano as duas equipes brasileiras seriam indicados pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa devido a atrasos na realização da Taça Brasil daquele ano, que só terminou após o início da Libertadores.[8] Assim o Brasil não participou da competição sul-americana em 1966 e 1969.
Até 1959, ao contrário dos demais países sul-americanos com tradição no futebol, o Brasil era o único a não ter uma competição nacional para eleger o seu campeão, até a década de 1960, o grande entrave para o surgimento de uma competição de nível nacional era a dificuldade de locomoção e transporte em um país com dimensões continentais. Além das dificuldades de locomoção, as distâncias entre as principais cidades do país tornava uma competição nacional inviável também por questões econômicas, além dos problemas como a ausência de datas disponíveis, uma vez que os campeonatos estaduais e as excursões, principalmente ao Exterior, altamente lucrativos para os clubes preenchiam o calendário desportivo, recrudescidos ainda pela falta de recursos da CBD e, por isso, a estruturação do futebol no Brasil aconteceu por meio dos campeonatos estaduais. Os torneios interestaduais eram restritos a poucos clubes, geralmente do Rio de Janeiro e de São Paulo, cidades próximas e com melhor infraestrutura.[9] [10]
Outro motivo para a demora na criação de um torneio nacional de clubes foi a existência de uma competição considerada como Campeonato Brasileiro. Entre 1922 e 1959, era o torneio de futebol que carregava o status de mais importante do país e reunia as seleções estaduais.[9] [11] "O Brasil era mais provinciano e as seleções, ainda que tomassem como base o clube que os jogadores defendiam, eram quase dos estados de nascimento", explica o jornalista Roberto Assaf.[9] Essa identificação ajudava a legitimar o torneio e a lhe dar relevância diante do público. Nos anos de 1934 e 1935, no auge da disputa entre amadorismo e profissionalismo, entidades ligadas aos dois lados organizaram suas próprias versões. "Era um torneio oficial muito respeitado, mas, como não envolve a paixão clubística, hoje ninguém tem interesse em recuperá-lo", comenta o jornalista, historiador e escritor Odir Cunha.[9]
Vários fatores explicam a queda de popularidade do torneio. O fato de cariocas e paulistas perderem a hegemonia para Minas Gerais, em 1962, ajudou a enterrar a competição (que até teve, em 1987, uma edição extraordinária, vencida pelo Rio de Janeiro, representado pelo Americano). Mas o Brasileiro de Seleções já perdia espaço desde a criação, em 1959, da Taça Brasil.[9]
A primeira ideia de se criar um campeonato nacional no Brasil está ligado a criação do primeiro Torneio Mundial de Clubes, que apesar de ter sido proposto pelo então presidente da FIFA Jules Rimet para acontecer em 1939, mas devido a Segunda Guerra Mundial os planos foram interrompidos até a Copa do Mundo de 1950, quando a ideia foi retomada e, o Brasil se tornou em uma sede natural porque já tinha a estrutura necessária. O Maracanã e a torcida brasileira haviam impressionado o presidente da FIFA. Os dirigentes queriam reunir dezesseis clubes para o torneio, entretanto, posteriormente perceberem que a Copa havia trazido apenas treze seleções para o país e esse número de clubes era inviável. Como ainda não existia os torneios continentais, ficou definido, portanto, que o ideal seria juntar os campeões nacionais da Itália, Inglaterra, Portugal, Áustria, Escócia e Espanha, mas como o Brasil não tinha um campeonato nacional, em 1950, o dirigente da FIFA Stanley Rous sugeriu a criação do torneio nacional para definir um campeão para que pudesse haver apenas um clube representativo de todo o Brasil no Torneio Internacional de Clubes de 1951.[12] Várias ideais foram feitas para contornar o problema de o Brasil não ter um campeão nacional para disputar o torneio mundial: como de um torneio improvisado com os vencedores dos estaduais do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul, mas como não existia tempo suficiente no calendário para elaborá-lo e disputá-lo antes da competição mundial, a ideia foi adiada. Então, o presidente do conselho técnico da Confederação Brasileira de Desportos (CBD, atual CBF), José Maria Castelo Branco propôs uma disputa em melhor de três partidas entre o campeão e o vice dos torneios paulista e carioca. Aí surgiu o problema da legitimidade já que abria a possibilidade de nenhum campeão estadual representar o País. Por fim, foi decidido, em um cenário muito polarizado entre Rio e São Paulo, simplesmente apontar Vasco da Gama e Palmeiras, os mais recentes campeões desses Estados, como os dois representantes do país-sede.[13]
Também, devido ao atraso brasileiro em relação aos outros países, os dirigentes do futebol nacional começaram a se movimentar para organizar um campeonato nacional de clubes.[13] [10] O ex-presidente da Federação Metropolitana de Futebol, entidade que dirigia o esporte no Rio de Janeiro, Antônio Gomes de Avellar, levou a Castelo Branco, que estava à frente do futebol brasileiro durante as férias de Mário Polo, uma proposta de torneio com doze clubes, disputado em turno e returno. Para não desagradar demais as federações locais, ele seria alternado anualmente com os campeonatos estaduais. O presidente do Conselho Técnico prometeu encaminhar a ideia ao vice-presidente da CBD Mário Polo quando este voltasse de férias, mas o primeiro campeonato com essas características seria a Taça Brasil, que só começou a ser disputada vários anos depois.[13] No dia 11 de setembro de 1952, a CBD informa que a Copa Rio Internacional não seria disputada no ano de 1953, em razão da antecipação da mesma para 1952. O conselho técnico da entidade sugere, então, que ela seja disputada de 4 em 4 anos — e não mais de 2 em 2 anos, como era o plano original.[12] Em 17 de setembro do mesmo ano, a FIFA autoriza a criação da Taça Brasil, encarregando a CBD de realizá-la a partir de 1955.[12] No entanto, por conta de uma série de motivos, a CBD acabou não iniciando a disputa do certame nacional em 1955 e também não houve a edição de 1956 da Copa (Rio) Internacional de Clubes, que curiosamente só voltou a aparecer no calendário também quatro anos depois do previsto, em 1960, com a nomenclatura de Copa Intercontinental e com outra fórmula de disputa, não sendo mais organizada pela CBD e sim pela CSF/CONMEBOL (Confederação Sul-Americana) e UEFA (Confederação Europeia).[12]
No entanto, apesar da primeira proposta para a criação da Taça Brasil datar do início dos anos 1950, para conciliar e integrar os clubes dos demais estados, já que apenas clubes cariocas e paulistas tinham acesso à Copa Rio Internacional e ao Torneio Rio-São Paulo,[3] a competição só veio a ser criada apenas em 1959, após a realização do Congresso da Confederação Sul-Americana de Futebol no Rio de Janeiro, em 1958, onde foi tomada a decisão de criar a Copa dos Campeões da América (atual Copa Libertadores da América) e também ficou definido que ocorreria a participação de todos os campeões nacionais da América do Sul: Campeão argentino, campeão uruguaio, campeão paraguaio, campeão chileno, campeão boliviano, campeão colombiano e campeão brasileiro. Quando a CBD viu a necessidade para a criação de uma competição para definir o campeão brasileiro (já naquela época, o campeão da Taça Brasil era considerado o campeão brasileiro)[14] [15] [16] [17] [1] para ser indicado como o representante do Brasil na competição sul-americana.[9] [18] [16] Como ainda havia limitação de data, restrições econômicas e dificuldades para viagens interestaduais, a competição foi montada do modo mais econômico possível. Sendo assim, participavam os campeões estaduais que se enfrentavam em um grande sistema eliminatório.[9] [1] Esta foi a solução encontrada pela CBD, que utilizou como base, a organização dos tempos do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, ou seja, dividiu-se o país em duas grandes chaves (Norte/Nordeste e Centro/Sul) e, após os jogos eliminatórios de ida e volta, os times paulistas e cariocas entrariam, já nas semifinais. Dessa maneira, os custos seriam diminuídos e, teoricamente, a qualidade dos confrontos seria maior, vislumbrando-se um torneio democrático. Em sua primeira edição a Taça Brasil contou com a participação de dezesseis clubes e, tendo como objetivo a inclusão de representantes de todos os Estados, além do Distrito Federal, de forma progressiva nas edições seguintes da competição.[10] O modelo de disputa usava como base a Taça da Europa. Nela, participavam apenas os campeões nacionais europeus, além do campeão de sua última edição. Paralelamente, no torneio brasileiro, participavam os campeões estaduais, sendo os estados brasileiros como os países europeus.[1]
A Taça Brasil foi jogada entre 1959 e 1968 com o mesmo sistema de disputa[19] e contava geralmente com a participação de um representante por estado:[20] [18] todos os campeões estaduais disputavam o título em confrontos eliminatórios de melhor de quatro pontos. Devido às dificuldades da época, a Taça Brasil foi criada não como um confronto dos melhores times do Brasil, mas como uma disputa de campeões estaduais. Naquela época, tirando sete ou oito Estados dos 20[1] que existiam, no restante o futebol era semi ou completamente amador. Nas duas primeiras edições, portanto, contou com 16 e 17 times, respectivamente. A partir da edição de 1961, o campeão do ano anterior passou a ter vaga garantida para a edição seguinte. Assim, o Estado de São Paulo teve dois representantes em 1961: Palmeiras (vencedor da Taça Brasil de 1960) e Santos (campeão paulista de 1960), deixando a competição daquele ano com 18 times.[20]
A competição era disputa de forma regionalizada, com grupos formados pela proximidade geográfica. Normalmente as equipes de São Paulo e Rio de Janeiro, continuando uma característica do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, por terem campeonatos estaduais considerados mais fortes — isso se dava pelo fato desses dois Estados concentrarem os melhores jogadores e clubes do país, tornando-se algo merecedor para as circunstâncias da época — tinham o privilégio de entrar a partir das fases mais avançadas (semifinais e quartas de final) com os clubes que sobrevivessem ao mata-mata das fases anteriores, assim como acontece atualmente com a Copa do Mundo de Clubes da FIFA com as equipes sul-americanas e europeias que já entram nas semifinais. O mesmo direito era conferido ao vencedor da edição anterior.[20] [18] [16] [1] No entanto, nas edições de 1960 e 1961, foram os representantes dos Estados de São Paulo e Pernambuco, que ganharam o privilégio de entrar nas semifinais.[21] [22]
Estas fases eram divididas em outros subcampeonatos como: Taça Brasil Zona Norte, Zona Central, Zona Sudeste, etc...[18]
Já em 1959, na sua primeira edição, a competição teve uma surpresa. Na final, em uma decisão histórica, o Bahia venceu o favoritíssimo Santos de Pelé, considerado por muitos o melhor time de futebol de todos os tempos,[23] consagrando a equipe baiana como o primeiro vencedor da Taça Brasil e consequentemente o primeiro campeão brasileiro.[24] [25] [26] [17] A conquista também credenciou o Bahia como o primeiro representante brasileiro na Taça Libertadores da América.[23] Para a equipe, a conquista é tão importante que é lembrada pela presença de uma estrela, do mesmo peso da utilizada pela conquista do Campeonato Brasileiro de 1988, em seu uniforme. Como não havia outra competição que abraçasse clubes de tantos Estados, a Taça Brasil era a melhor referência da relação de forças do futebol de cada região do país. Tanto que o Santos registrou, durante anos, o pentacampeonato brasileiro de 1961 a 1965 em um muro na Vila Belmiro.[9] [27]
Até 1964, apenas o vencedor tinha direito a uma vaga na Libertadores, e no caso do vencedor já ter assegurado esta vaga por ter vencido a Libertadores do ano anterior (caso do Santos, bicampeão da Libertadores em 1962 e 1963), o vice-campeão também ganhava uma vaga. A partir de 1965, os dois finalistas passaram a ser classificados para a Libertadores do ano seguinte, o que acabou acontecendo apenas em 1967 com Palmeiras e Náutico disputando a Libertadores de 1968, pois a CBD decidiu não enviar nenhum representante brasileiro para a Taça Libertadores de 1966, por entender que a competição havia sido descaracterizada pela inclusão dos vice-campeões nacionais.[28] E na Libertadores de 1967, só o Cruzeiro disputou, já que o outro participante, o Santos, desistiu do torneio para dar prioridade ao Torneio Roberto Gomes Pedrosa e aos amistosos internacionais.[29]
O representante do então Estado da Guanabara (atual município do Rio de Janeiro), até a edição de 1964, era definido pelo Campeonato Carioca. Porém, em 1965, com a criação da Taça Guanabara, a nova competição passou a definir o representante da Guanabara para disputar a Taça Brasil. Já o representante do Estado do Rio de Janeiro era definido pelo Campeonato Fluminense.[7]
Em 1967, o Brasil já se encontrava um pouco mais estruturado, tendo meios de transporte melhores, foi possível ousar em um formato de competição nacional com mais jogos. Quando foi posto em prática a ampliação do Torneio Rio-São Paulo e que passou a ser conhecido por Torneio Roberto Gomes Pedrosa (que na verdade era a nomenclatura oficial do Rio-São Paulo desde 1954).[19] [10] Porém, mesmo com a criação do novo campeonato a principal competição nacional daquele ano foi a Taça Brasil, que indicou o seu campeão e vice, o Palmeiras e o Náutico, respectivamente, para a Taça Libertadores do ano seguinte. Porém, apesar da maior importância da Taça Brasil até então, o modelo de disputa da primeira edição do "Robertão" garantiu o sucesso da competição, que agradou aos clubes participantes, dirigentes e torcedores — a média de público por jogo foi de mais de vinte mil pessoas.[30] Como a experiência com o Torneio Roberto Gomes Pedrosa foi boa na concepção da CBD, a mesma decidiu adotar o modelo como o principal campeonato nacional a partir de 1968. Portanto, a Taça Brasil, que desde 1959 era a principal competição de futebol do país, acabou perdendo este status, tornando-se, na edição de 1968, uma competição secundária no cenário nacional.[16] Com o "Robertão" passando a ser considerado a mais importante competição de futebol do Brasil,[16] e inclusive devido ao atraso no término da Taça Brasil,[31] o torneio acabou sendo substituindo pela nova competição como forma de indicação dos dois representantes brasileiros para a Taça Libertadores da América.[32] A decisão foi tomada pela CBD pouco antes do fim da competição.
No entanto, por desentendimentos entre as confederações Brasileira (CBD) e Sul-Americana (CONMEBOL), o Brasil terminou não participando da Libertadores em 1969 e 1970, em protesto às mudanças das regras da competição.[8]
Em 1968, a Taça Brasil após dez edições chegou ao fim devido ter perdido sua importância como torneio nacional e também acabou sendo substituída pelo "Robertão", competição esta que na opinião do jornalista Odir Cunha, representou uma evolução da Taça Brasil.[33] No entanto, a última edição da competição foi prolongada até outubro do ano seguinte, devido a problemas de calendário e principalmente ao impasse ocorrido no confronto das quartas de final entre o Botafogo e o Metropol, que acabou atrasando a competição em quatro meses.[34] Por conta do longo atraso e da impossibilidade da Taça Brasil de 1968 acabar antes do início da Libertadores da América de 1969, a CBD decidiu em caráter especial indicar os melhores colocados do Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1968 como os representantes brasileiros na competição continental, em substituição aos vencedores da Taça Brasil. A última edição da competição que contou com a participação de vinte e três times, nenhuma equipe paulista disputou o torneio,[35] Palmeiras (campeão da Taça Brasil de 1967) e Santos (campeão paulista de 1967), desistiram de disputar a competição devido ao atraso e também em razão a um calendário complicado, e a indefinição sobre a participação de brasileiros nas Libertadores seguintes foram decisivas, e os clubes comunicaram sua decisão, conforme notícia do Jornal dos Sports de 15 de fevereiro de 1969: "Santos e Palmeiras retiraram-se da Taça Brasil e, em consequência, o Fortaleza fica automaticamente classificado para as finais, pois seria o adversário do Palmeiras e depois quem vencesse jogaria com o Santos."[19]
Em 1969, a CBD optou por substituir definitivamente a Taça Brasil pelo Torneio Roberto Gomes pedrosa/Taça de Prata. Entretanto, antes houve dois anos de sobreposição entre as duas competições.[19] Por se tratar de um período de transição, em que uma fórmula de disputa que estava se exaurindo (Taça Brasil) para o início da nova competição, em 1967 e 1968, o Brasil assistia a dois campeonatos nacionais oficiais, tendo, portanto, dois campeões em cada ano. Segundo o historiador Odir Cunha, seria preferível que as duas competições fossem consideradas campeonatos nacionais, alegando não poder punir o campeão de uma e privilegiar o de outra — linha esta que é seguida atualmente pela CBF.[1] [36]
Como no caso dos dois torneios de 1967 que foram conquistados pelo Palmeiras, Cunha considera válidos os dois títulos e afirma que a Taça Brasil classificava para a Taça Libertadores da América, mas o Torneio Roberto Gomes Pedrosa tinha um nível melhor. "É estranho?", perguntou o jornalista, respondendo em seguida. "Mas há precedentes." Os precedentes que ele citou foram o Campeonato Carioca, que teve o Flamengo como campeão duas vezes no ano de 1979, além de vários países da América que possuem ou possuíam torneios "Apertura" e "Clausura", gerando situações como a do River Plate, duas vezes campeão argentino em 1997; do Colo-Colo, do Chile, duas vezes campeão chileno em 2006 e 2007. No Mundial Interclubes, isso ocorreu em 2000: ao mesmo tempo em que o Corinthians foi campeão do Mundial de Clubes da FIFA, o Boca Juniors foi campeão pela fórmula antiga, e os dois são considerados campeões. "Se você tirasse o título de um ou de outro, seria injusto", argumenta Odir Cunha.[1] [36]
A Taça Brasil foi importantíssima para colocar no mapa brasileiro equipes de vários Estados. Foram oitenta clubes ao todo que a disputaram. Segundo Odir Cunha, todos os times ansiavam participar da Taça Brasil, mas para isso tinham de ser campeões em seus Estados. Porém era uma tarefa difícil, e nem todos conseguiam.[37] A competição contou com a participação da grande maioria dos jogadores campeões das Copas do Mundo de 1958 e 1962, que, segundo Odir Cunha, foi uma "era áurea" do futebol do País, que possivelmente não voltará a ocorrer, visto que, atualmente, os melhores jogadores brasileiros vão ainda jovens para o Exterior, por fins lucrativos.[1] A lisura da Taça Brasil é comprovada por suas regras que foram levadas ao extremo, não sofrendo mudanças radicais desde sua primeira edição até a última[1] [38] — ao contrário dos Campeonatos Brasileiros realizados entre 1971 e 2002 que tinha sua fórmula de disputa alterada drasticamente praticamente a cada ano.[1] [33] [39] [40] [41] [42] [43] [44] Nenhuma equipe que não foi campeã estadual participou da competição, a não ser que o campeão estadual houvesse sido campeão da Taça Brasil, então, no ano seguinte, ele dava vaga para o vice daquele Estado.[1] Algumas equipes grandes nunca atuaram no torneio, reservado apenas aos campeões estaduais. Mas o melhor do futebol brasileiro estava sempre representado. No entanto, clubes como São Paulo e Corinthians, que viviam longo jejum de conquista do Campeonato Paulista, nunca participaram desta competição.[38] A Taça Brasil também teve outros momentos muito relevantes para o futebol nacional, como a edição de 1966, quando o Cruzeiro sagrou-se pela primeira vez campeão brasileiro, tornando-se num marco para a história do futebol brasileiro, uma vez que se abriram os olhos para potenciais atletas de outros estados, minimizando a hegemonia do eixo Rio-São Paulo. Assim, surge à ideia, concretizada em 1967 pelas federações paulista e carioca de futebol, de ampliar o Torneio Rio-São Paulo (chamado desde 1954 de Roberto Gomes Pedrosa), com a entrada de grandes clubes dos estados de Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, ficando conhecido como "Robertão".[1]
João Havelange, ex-presidente da CBD que criou tanto a Taça Brasil, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa e o Campeonato Nacional de Clubes de 1971, declarou que as competições representavam a sequência uma da outra e que a Taça Brasil e o Robertão foram criados para definir o campeão brasileiro, e que o Campeonato Nacional de Clubes representou o prosseguimento destas competições.[38] [45] Em um evento oficial do Santos, ele afirmou que "se os títulos existiram é porque as competições foram oficiais e, se foram oficiais, devem ser respeitadas."[9] Segundo Odir Cunha, o surgimento do Campeonato Nacional de Clubes não invalidou os títulos brasileiros anteriores.[38] [46] Tanto é, que por muitos anos, a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa foram computados nos rankings de clubes que se fazia. João Havelange, também declarou em 2010 ser favorável à unificação dos títulos da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa ao Campeonato Brasileiro.[38]
Após os times vencedores das competições nacionais antes de 1971 entrarem com pedido na CBF para a entidade equiparar suas conquistas ao Campeonato Brasileiro,[47] em 22 de dezembro de 2010, a CBF unificou oficialmente os títulos nacionais, tornando todas as edições da Taça Brasil — bem como às do Torneio Roberto Gomes Pedrosa — válidas como Campeonato Brasileiro.[48]
Entretanto, a legitimidade da Taça Brasil como Campeonato Brasileiro é atualmente um assunto controverso e permanece dividindo a opinião da imprensa. Uma parte que é contrária a unificação da competição usam alguns argumentos, como o fato do torneio contar com a participação geralmente de apenas dos campeões estaduais. Argumento este que é contestado pela parcela dos jornalistas e historiadores que defendem a legitimidade da unificação e argumentam que a fórmula de disputa da competição foi devido a falta de infraestrutura e da situação sócio-econômica do Brasil e usam como exemplo que, em 1959, foi o primeiro ano da ponte aérea Rio-São Paulo. A possibilidade de uma disputa por pontos corridos (como o formato atual) era praticamente impossível em uma época que não existia sequer um transporte aéreo aceitável para a situação. Outro ponto importante que caracterizava a época era o fator financeiro. Economicamente, o futebol brasileiro ainda vivia tempos precários, apesar do profissionalismo desde meados da década de 1930. Não havia uma política capitalista no meio futebolístico. O marketing ainda não enxergava o potencial gerador de lucro que este esporte poderia proporcionar.[1] O próprio presidente da CBD que criou a competição, João Havelange, declarou que aquele formato eliminatório foi porque não havia estrutura ou verba para se criar um campeonato com turno e returno por pontos corridos[21] e, que aquele formato era o único meio viável de se fazer um certame de abrangência nacional naquela época. Os defensores desta visão também alegam que o termo abrangência nacional é a melhor forma de demonstração da ética do campeonato, visto que de 20 estados brasileiros (em 1959), 16 tinham seus respectivos campeões disputando o torneio nacional. Ao comparar com a edição de 2011 do Campeonato Brasileiro, que contou com apenas nove estados representados, sendo 27 o número de estados do país. Ou seja, a primeira edição da Taça Brasil continha 80% dos estados na disputa, contra 30% em 2011.[1]
Devido a Taça Brasil ter sido um torneio muito semelhante à atual Copa do Brasil. Competição esta que foi criada, em 1989, como competição nacional secundária,[16] trinta anos depois da criação da extinta Taça Brasil, para dar oportunidades aos clubes que não se classificavam para o Campeonato Brasileiro.[37] [49] Mas a Taça Brasil era uma disputa regionalizada: apenas nas fases finais equipes do Norte-Nordeste enfrentavam rivais do Sul-Sudeste e Centro-Oeste. Por isso, há quem rechace a relação automática que se faz entre Taça Brasil e Copa do Brasil, ainda que suas fórmulas de disputa e formas de seleção dos participantes sejam semelhantes. "Comparar os dois torneios é ver o passado com olhos de hoje. A Taça Brasil era realmente valorizada. A Copa do Brasil é um torneio secundário, ainda que importante", defende o jornalista Celso Unzelte.[9] A Copa do Brasil também nunca foi a competição nacional mais importante do ano, e nunca deu ao seu vencedor o título de campeão brasileiro. "O vencedor da Taça Brasil era o campeão brasileiro. O vencedor da Copa do Brasil é o vencedor da Copa do Brasil", afirma Odir Cunha.[37] [19] Outra razão que difere as duas competições é que, de 1959 a 1969, nenhum time brasileiro participou da Libertadores sem ter sido campeão ou vice da Taça Brasil. Já a Copa do Brasil hoje é responsável apenas por apontar 20% das cinco vagas brasileiras à maior competição sul-americana de clubes.[21]
Outro argumento contra a unificação da competição e que também é refutado por Odir Cunha, é a questão da pouca quantidade de jogos que geralmente os times do Rio de Janeiro e São Paulo tinha que disputar para se sagrar campeão, isso ocorria devido as equipes cariocas e paulistas por ser mais fortes e contar com os melhores jogadores, tinham o privilégio de entrar já nas fazes finais da competição. E, como acontece hoje no Mundial de Clubes da FIFA — onde os representantes da América do Sul e da Europa já entram nas semifinais —, neste período, os primórdios das competições nacionais de clubes, também acontecia isso. O historiador cita como exemplo o Palmeiras, que para chegar à semifinal da Taça Brasil de 1960, participou de um Campeonato Paulista, no qual fez 41 jogos, sendo os três últimos contra o Santos de Pelé, em uma super-decisão e, considera esse fato como uma eliminatória muito difícil para o clube paulista, assim como também acontecia com o time carioca, para que ele tivesse este privilégio de participar da Taça Brasil tinha que disputar e ganhar um longo campeonato.[1] Cunha também alega que não é necessário ter campeonatos longos para se ter um campeão, respeitando condições sócio-econômicas de um determinado período no tempo e usa como referência a Itália, um país desenvolvido com cultura rica no futebol durante a sua longa história. O Genoa venceu nove vezes o Campeonato Italiano, sendo seu último título em 1924, antes do profissionalismo do futebol no país. Hoje, o clube se encontra em quarto lugar no ranking de campeões italianos. Seu primeiro título, para se ter uma ideia, foi em 1898, onde disputara apenas duas partidas, uma contra o Ginnastica Torino e a outra contra a Internazionale Torino, ao longo de um único dia, sendo que os jogos foram realizados em um campo com dimensões irregulares em que a prática se dava através de botas. Assim como o seu segundo título, vencido no ano seguinte, nas mesmas circunstâncias. "Não se parece nem com um torneio de várzea atual. Mas é justo equiparar um torneio de várzea com o primeiro campeonato italiano, jogado em 1898? Claro que não. Isso se chama respeito aos primórdios, respeito à história. Nenhum clube desmerece o feito conquistado, apesar das condições que a época proporcionava e, hoje mesmo podendo ser considerado uma grande injustiça comparar esses títulos do Genoa com os atuais do Campeonato Italiano, existe um respeito cultural da sociedade italiana ao contexto da época, pois o torneio era o que se podia fazer naquele período." Defende Odir Cunha,[1] [19] [38] que também cita como exemplo o fato de que por algum tempo, o "campeão mundial interclubes" era apontado por um único jogo.[21]
Campeões
Ano      Campeão    Vice-campeão 3º lugar           4º lugar         Artilheiro            Gols
1959     Bahia           Santos            Vasco da Gama Grêmio Léo Briglia (BAH)      8
1960     Palmeiras     Fortaleza        Fluminense        Santa Cruz    Bececê (FOR)     7
1961     Santos          Bahia              América             Náutico         Pelé (SAN)          9
1962     Santos          Botafogo        Internacional     Sport             Coutinho (SAN)  7
1963     Santos          Bahia              Botafogo           Grêmio          Ruiter (CON)      9
1964     Santos          Flamengo       Ceará                 Palmeiras       Pelé (SAN)          7
1965     Santos          Vasco da Gama Náutico          Palmeiras       Bita (NAU)         9
1966     Cruzeiro       Santos            Náutico             Fluminense    Bita (NAU) e Toninho Guerreiro (SAN)             10
1967     Palmeiras     Náutico          Cruzeiro            Grêmio          Chiclete (TRE)    6
1968     Botafogo     Fortaleza        Náutico             Cruzeiro        Ferretti (BOT)     7
Títulos por clube
Títulos   Clube                Edições
5            Santos               1961, 1962, 1963, 1964 e 1965
2            Palmeiras          1960 e 1967
1            Botafogo(1)       1968
1            Cruzeiro            1966
1            Bahia                1959
Maiores públicos
OBS: O jogo Botafogo 3 X 1 Santos no Maracaña em 1963, além de ser o maior público da competição, também é o maior público de uma final da era taça Brasil.
·         1 — Botafogo 3 x 1 Santos, Maracanã, 102.260 pagantes, 31/03/1963
·         2 — Cruzeiro 6 x 2 Santos, Mineirão, 77.325 pagantes, 30/11/1966
·         3 — Atlético-MG 1 x 1 Botafogo, Mineirão, 71.997, 15/11/1967
·         4 — Atlético-MG 1 x 0 Botafogo, Mineirão, 71.174 pagantes, 01/11/1967
·         5 — Botafogo 0 x 5 Santos, Maracanã, 70.324 pagantes, 02/04/1963
·         6 — Flamengo 0 x 0 Santos, Maracanã, 52.508 pagantes, 19/11/1964
·         7 — Grêmio 5 x 1 Palmeiras, Olímpico, 51.100, 27/10/1965
·         8 — Grêmio 1 x 3 Santos, Olímpico, 50.000 pagantes, 16/01/1964
·         9 — Cruzeiro 1 x 0 Fluminense, Mineirão, 49.439 pagantes (público total estimado de 55.000 pessoas), 09/11/1966
·         10 — Fluminense 0 x 1 Palmeiras, Maracanã, público estimado de 50.000 pessoas, 16/11/1960
Maiores goleadas
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Data
Time 1
Time 2
Estádio
1  31 de agosto de 1960       Fluminense  8 0 Fonseca        Laranjeiras
2  19 de novembro de 1967 Grêmio        8 0 Perdigão       Olímpico
3  31 de Agosto de 1960      Palmeiras     8 2 Fortaleza      Pacaembu
4  30 de setembro de 1962  CRB            0 6 Campinense Pajuçara
5  11 de agosto de 1960       Paysandu    6 0 Olímpico      Curuzu
6  13 de julho de 1966         Paysandu    6 0 Rio Negro    Curuzu
7  25 de janeiro de 1964      Santos         6 0 Bahia            Vila Belmiro
8  30 de outubro de 1959     Sport           6 0 Bahia            Ilha do Retiro
9  6 de setembro de 1964    Paysandu    0 6 Náutico        Curuzu

FINAIS
1959
[Dec 10 and 30]
Santos         2-3   2-0  Bahia
[Mar 3/60]
Bahia          3-1  Santos
Esporte Clube Bahia were the 1959 Taça Brasil champions.
Details on first leg of final:
10/12/1959 Santos 2-3 Bahia
                    Pelé            15' (1-0)
                    Biriba          26' (1-1)
                    Alencar         57' (1-2)
                    Pepe (penalty)  77' (2-2)
                    Alencar         89' (2-3)
Referee: Alberto da Gama Malcher
Att: 23 000
Santos: Manga, Getúlio, Urubatão, Formiga, Dalmo - Zito, Jair Rosa Pinto
- Dorval, Coutinho, Pelé, Pepe. (Coach: Lula)
Bahia: Nadinho, Leone, Henrique, Vicente, Beto - Flávio, Bombeiro -
Marito, Alencar, Leo, Biriba. (Coach: Geninho)
BAHIA 3 x 1 SANTOS
Data: 10/12/1959
Local: Estádio do Maracanã
Árbitro: Frederico Lopes
Renda: Cr$ 641.703,00
Público estimado: 20.000 pagantes
ECB: Nadinho, Beto, Henrique, Flávio e Nenzinho; Vicente e
Mário; Marito, Alencar, Léo e Biriba.
Técnico: Carlos Volante
SFC: Lalá, Getúlio, Mauro, Formiga e Zé Carlos; Zito e
Mário, Dorval, Pagão (Tite), Coutinho e Pepe
Técnico: Lula
Gols: Coutinho aos 27', Vicente aos 37', Léo aos 45 '47'' e Alencar aos 76'
Obs: O técnico Efigênio Bahiense, o "Geninho", era policial e apenas podia comandar
o Bahia quando estava de licença.
Bahia qualified to Taça Libertadores 1960.

1960
FINAL
[Dec 22 and 28]
Fortaleza       1-3   2-8  Palmeiras
PALMEIRAS 8 X 2 FORTALEZA
Data: 28/12/1960 
Local: Estádio do Pacaembu
Árbitro: Ricardo Bonadies (CE)
Renda: Cr$ 2.900.650,00
Público estimado : 40.000
SEP.: Valdir de Moraes; Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar e Jorge;
Zequinha e Chinesinho; Julinho Botelho, Humberto Tozzi, Romeiro e Cruz
Técnico: Oswaldo Brandão.
FEC.: Pedrinho; Mesquita e Sanatiel; Toinho, Sapenha e Ninoso;
Benedito, Walter Vieira, Moésio, Charuto e Bececê
Técnico: França
Gols: Charuto aos 6', Zequinha 8', Chinesinho 10', Romeiro 12', Julinho Botelho 21',
Charuto 44', Cruz aos 53' e 59', Chinesinho aos 69' e Humberto Tozzi aos 77'
Sociedade Esportiva Palmeiras are the 1960 Taça Brasil Champions
Palmeiras qualified to Taça Libertadores 1961.

1961
FINAL
[Dec 22 and 27]
Bahia          1-1   1-5   Santos
SANTOS 5 X 1 BAHIA
Data: 27/12/1961
Árbitro: Baymonilso Lisboa
Renda: Cr$ 2.177.700,00
Público: 18.662
SFC: Laércio (Silas); Lima, Mauro (Olavo) e Dalmo; Calvet e
Zito; Dorval, Tite, Coutinho, Pelé e Pepe
Técnico: Lula
ECB: Nadinho; Helio, Henrique e Florisvaldo; Vicente e
Pinguela (Antoninho); Nilsinho, Alencar, Didico, Mario e Marito
Técnico: Armando Simões
Gols: Pelé (3), Coutinho (2) e Florisvaldo
Santos Futebol Clube are the 1961 Taça Brasil champions
Santos qualified to Taça Libertadores 1962.

1962-
FINALS
[Mar 19 and 31/63]
Santos         4-3   1-3  Botafogo
[Apr 2/63]
Botafogo       0-5  Santos
Santos Futebol Clube are the 1962 Taça Brasil champions
Botafogo qualified to Taça Libertadores 1963, "replacing" Santos, which
was already qualified as champions of Taça Libertadores 1962.
02/04/1963
Botafogo FR 0x5 Santos FC
Local: Maracanã (Rio de Janeiro – GB)
Renda: Cr$ 26.931.732,00
Público: 70.324
Árbitro: Eunápio de Queiroz
Gols: Dorva 24', Pepe 39', Coutinho 54' e Pelé 75' e 80'
BFR: Manga; Rildo (Joel), Zé Maria e Ivan (Jadir); Nilton Santos e Ayrton; Garrincha, Edson, Quarentinha, Amarildo e Zagallo (Jair Bala).
Técnico: Marinho Rodrigues
SFC: Gilmar; Lima, Mauro e Dalmo; Calvet e Zito (Tite); Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe
Técnico: Lula

1963
FINAL
[Jan 25 and 28/64]
Santos          6-0   2-0  Bahia
BAHIA 0 X 2 SANTOS
Data: 28/01/1964
Local: Estádio da Fonte Nova
Árbitro: Armando Marques
Renda: Cr$ 21.930.000,00
Público: Não disponível
ECB: Nadinho; Hélio, Henrique, Roberto e Russo (Ivã aos42');
Nilsinho e Mário; Miro, Vevé, Hamilton e Biriba
Técnico: Geninho
SFC: Gilmar; Ismael, Mauro, Haroldo, (Joel aos 22') e Geraldino;
Mengálvio e Lima; Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe.
Técnico: Lula
Gols: Pelé aos 28' e 85'
Santos Futebol Clube are the 1963 Taça Brasil champions
Bahia qualified to Taça Libertadores 1964, "replacing" Santos, which
was already qualified as champions of Taça Libertadores 1963.

1964-
FINAL
[Dec 16 and 19]
Santos         4-1   0-0  Flamengo
Santos Futebol Clube are the 1964 Taça Brasil champions
Santos qualified to Taça Libertadores 1965
19/12
CR Flamengo 0x0 Santos FC
Local: Maracanã (Rio de Janeiro – GB)
Renda: Cr$ 54.302.808,00
Público: 52.508
Juiz: Armando Marques
SFC: Gilmar; Modesto e Geraldino; Ismael, Haroldo e Zito; Toninho (Lima), Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.
Técnico: Lula
CRF: Marco Aurélio (Renato); Murilo, Ditão, Ananias e Paulo Henrique; Carlinhos e Evaristo; Amauri, Airton (Berico), Paulo Choco e Carlos Alberto.
Técnico: Flávio Costa

1965
Final
[Dec 1 and 8]
Santos          5-1   1-0  Vasco da Gama
VASCO 0 X 1 SANTOS
Data: 08/12/1965
Local: Estádio do Maracanã
Árbitro: Armando Marques
Renda: Cr$ 45.826.280,00
Público: 38.788
CRVG: Gainete; Joel, Caxias, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo; Mário,
Nivaldo (Luizinho), Célio e Zezinho
Técnico: Zezé Moreira
SFC: Gilmar; Carlos Alberto, Mauro, Orlando e Geraldino; Lima e Mengálvio;
Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe (Abel)
Técnico: Lula
Gol:  Pelé
Anormalidades: Expulsos Ananias, Luisinho, Zezinho, Geraldino, Lima, Pelé
e Orlando
Santos Futebol Clube are the 1965 Taça Brasil champions
Santos and Vasco qualified to Taça Libertadores 1966
(later, both teams withdrew from the competition)

1966
FINAL
[Nov 30 and Dec 7]
Cruzeiro          6-2   3-2  Santos
Cruzeiro Esporte Clube are the 1966 Taça Brasil champions
07/12/1966 Santos 2-3 Cruzeiro
                    Pelé          23' (1-0)
                    Toninho       25' (2-0)
                    Tostão        64' (1-2)
                    Dirceu Lopes  73' (2-2)
                    Natal         89' (2-3)
Referee: Armando Marques
Att: 30.000 (estimated)
Santos: Cláudio, Zé Carlos, Oberdan, Haroldo, Lima - Zito, Mengálvio -
Amauri (Dorval), Toninho, Pelé, Edu. (Coach: Lula)
Cruzeiro: Raul, Pedro Paulo, William, Procópio, Neco - Piazza, Dirceu
Lopes - Natal, Tostão, Evaldo, Hílton Oliveira. (Coach: Aírton Moreira)
Cruzeiro and Santos qualified to Taça Libertadores 1967
(later, Santos withdrew from the competition)

1967
FINAL
[Dec 20 and 27]
Náutico        1-3   2-1  Palmeiras
[Dec 29] - playoff (played in Maracanã stadium, Rio de Janeiro)
Palmeiras      2-0  Náutico           [att: 16.577]
PALMEIRAS 2 X 0 NÁUTICO
Data: 29/12/1967
Local : Estádio do Maracanã (RJ)
Árbitro : Armando Marques
Renda : Cr$ 43.537,75
Público : 16.577 pagantes
SEP : Perez; Geraldo Scalera, Baldochi, Minuca e Ferrari; Dudu e
Zequinha; César, Tupãzinho, Ademir da Guia e Lula
Técnico: Mário Travaglini
CNC : Valter; Gena, Mauro, Fraga e Clóvis; Rafael e Ivã; Miruca
Ladeira (Paulo Choco), Nino e Lalá
Técnico: Duque
Gols : César e Ademir da Guia
Sociedade Esportiva Palmeiras are the 1967 Taça Brasil champions.

1968
Final
[Sep 3 and Oct 4/69]
Fortaleza      2-2   0-4  Botafogo
Botafogo de Futebol e Regatas are the 1968 Taça Brasil champions
04/10/1969 Botafogo 4-0 Fortaleza
                    Roberto      7'  (1-0)
                    Ferretti    53'  (2-0)
                    Afonsinho   65'  (3-0)
                    Ferretti    83'  (4-0)
Referee: Guálter Portela Filho
Att: 34 588 (NCr$ 84.575,00)  [1]
     13 588 (NCr$ 34.006,75)  [2]
Botafogo: Cao, Moreira, Chiquinho Pastor (Leônidas), Moisés, Waltencir - Carlos
Roberto (Nei Conceição), Afonsinho - Rogério, Roberto, Ferretti, Paulo Cézar. (Coach:
Zagallo)
Fortaleza: Mundinho, William, Zé Paulo, Renato, Luciano Abreu - Joãozinho,
Luciano Frota - Garrinchinha, Lucinho, Erandir (Amorim), Mimi. (Coach:
Gilvan Dias)
[1] according to Correio da Manhã
[2] according to Jornal do Brasil, Última Hora, Gazeta Esportiva and A Tribuna


Torneio Roberto Gomes Pedrosa
RIVELINO (CORINTHIANS)
GERSÓN (SAO PAULO)

O Torneio Roberto Gomes Pedrosa ou Taça Roberto Gomes Pedrosa foi uma competição nacional de futebol no Brasil disputada de 1967 a 1970, antes da criação do Campeonato Nacional de Clubes, em 1971, que ficou lembrado por vários anos como sendo o primeiro Campeonato Brasileiro. Em seus boletins oficiais entre 1971 e 1973, a CBF colocava as edições do Robertão em igualdade de condições com as edições posteriores, apenas mantendo os nomes próprios, excluindo esta informação a partir do boletim de 1974.[1]
O torneio passou a ser considerado nacional a partir de 1967, quando o antigo Torneio Rio-São Paulo (cujo nome oficial, a partir de 1954, era Torneio Roberto Gomes Pedrosa)[2] foi ampliado com clubes de outros estados, passando a ser conhecido como Robertão. O Torneio Roberto Gomes Pedrosa foi a primeira competição a englobar os principais times do país[3] e também o primeiro a alcançar uma fórmula vencedora e lucrativa aos seus clubes participantes, que de certa forma, na opinião do jornalista Odir Cunha, representou uma evolução da Taça Brasil, primeira competição oficial a dar ao seu vencedor o título de campeão brasileiro.[4]
Em 1967, este campeonato foi organizado pelas federações Carioca e Paulista de Futebol; a partir de 1968, pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos, precursora da atual CBF).
O nome foi uma homenagem ao goleiro Pedrosa, do São Paulo e da Seleção Brasileira (na Copa do Mundo de 1934), que morreu em 1954 como presidente da Federação Paulista.[5] [3] A partir de 1968, o torneio foi denominado pela CBD como Taça de Prata.
Em dezembro de 2010, a CBF resolveu unificar os títulos nacionais, tornando todas as edições do Torneio Roberto Gomes Pedrosa válidas oficialmente como Campeonato Brasileiro.[6] [7]
História
A primeira competição nacional oficial entre clubes de futebol que definia o campeão brasileiro foi a Taça Brasil, criada pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD, atual CBF) em 1959,[8] [9] [10] [11] [12] porém, devido às dificuldades de locomoção e transporte em um país com dimensões continentais e às restrições econômicas da época, a competição foi montada do modo mais econômico possível. Sendo assim, participavam apenas os campeões estaduais, que se enfrentavam em um grande sistema eliminatório.[13] A Taça Brasil foi criada não como um confronto dos melhores times do Brasil, mas como uma disputa de campeões estaduais.[12] Mesmo com esse certame nacional, o futebol brasileiro necessitava de um campeonato que integrasse as maiores equipes do País e fosse lucrativo e atrativo aos clubes participante e aos torcedores. Como em 1967 o Brasil já se encontrava um pouco mais estruturado, tendo meios de transporte melhores, foi possível ousar em um formato de competição nacional com mais jogos.[14] [15]
O surgimento do Torneio Roberto Gomes Pedrosa como campeonato nacional tem uma íntima ligação com o Torneio Rio-São Paulo, que entre 1954 e 1966 foi chamado oficialmente de Torneio Roberto Gomes Pedrosa.[2] [16] [15]
Após o fiasco da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, a CBD decidiu pôr em prática planos mais ousados de integração para o futebol brasileiro.[16] [10] [15] Com isso, em 1967, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, certame até então regional, foi ampliado para a participação de clubes de outros estados. O Torneio Roberto Gomes Pedrosa era uma competição de âmbito nacional, mas com um modelo que visava a incluir a maioria dos grandes clubes dos principais centros do país,[4] [15] diferentemente da Taça Brasil, que só incluía os campeões estaduais — obviamente, um clube por Estado,[16] exceto em algumas edições, quando foi permitida a participação de um segundo clube.
A ampliação do Torneio Rio-São Paulo também foi proposta devido aos clubes participantes demonstrarem algum desinteresse pela competição, com a escalação de times mistos por alguns deles. Para piorar, a edição de 1966 terminou com quatro campeões, devido à falta de datas para que se jogasse um torneio de desempate. Um plano para inclusão de clubes mineiros e gaúchos foi divulgado em outubro de 1966, ainda sem fórmula de disputa definida. Foi sugerido que os campeões paulista e cariocas aguardassem a disputa de uma primeira fase entre os quatro clubes com melhores renda tanto de São Paulo como do Rio de Janeiro, além de três clubes mineiros e dois gaúchos, com um hexagonal final sendo realizado para definir o campeão.[17] A princípio, as rendas seriam divididas igualmente entre os clubes participantes.[17]
Em dezembro, entretanto, em nova reunião, clubes paulistas e cariocas exigiram uma compensação quando fossem jogar em Belo Horizonte ou Porto Alegre. Ficou, então, acertada uma cota fixa de cinco milhões de cruzeiros para jogos de times paulistas e cariocas nessas localidades, com o clube mandante bancando ainda as passagens e a estadia de uma delegação de até 22 pessoas do clube visitante.[18] Os times mineiros foram contra a proposta,[19] mas acabaram tendo de aceitar a dedução de quatro milhões de cruzeiros do borderô de jogos nessas condições, para cobertura de gastos.[20] As cotas acabariam, mais tarde, reduzidas para três milhões de cruzeiros. O presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Rubem Moreira, também participou da reunião e pleiteou a inclusão de dois clubes de seu estado, mas a distância de Recife em relação às demais cidades e a ausência de um grande estádio na capital pernambucana sabotaram seus planos.[21]
O escopo final foi decidido em 15 de dezembro, com a inclusão de um clube do Paraná, o Ferroviário, graças à proposta da Federação Paranaense, que sugeriu que os jogos em Curitiba fossem incluídos como "escala" para clubes paulistas, cariocas e mineiros.[20] Os representantes mineiros pleitearam mais uma vaga, para o América, oferecendo em contrapartida uma sexta vaga tanto para São Paulo como para a Guanabara, o que ainda teria como atrativo o número par de participantes.[22] Tal mudança abriria vagas para o America do Rio e para o Comercial de Ribeirão Preto, sextos colocados em renda em seus respectivos estados,[22] mas o presidente da Federação Paulista, João Mendonça Falcão, rechaçou a ideia, argumentando que pretendia reduzir o número de clubes no torneio em 1968, então não faria sentido aumentá-lo naquele momento.[23]
A tabela só foi divulgada em 11 de janeiro de 1967, com previsão de início do torneio para 5 de março, com cinco jogos, sendo um em cada cidade com clubes participantes. Por motivos de economia, a distribuição dos jogos foi irregular: por exemplo, o Cruzeiro iria a São Paulo duas vezes, mas o Atlético Mineiro não iria nenhuma. O Cruzeiro chegou a cogitar desistir de sua participação no Robertão, para dar prioridade a sua participação na Libertadores, que considerava mais viável economicamente, especialmente se aceitasse também excursões à Europa e aos Estados Unidos, propostas por um empresário.[24] O clube mineiro acabou não desistindo de nenhuma das competições, ao contrário do Santos, que abriu mão de sua participação no torneio continental, pois as datas previamente marcadas pela CONMEBOL para seus jogos conflitavam com uma excursão que o clube pretendia fazer em janeiro e fevereiro.[25] [26]
Com a entrada de outros estados, o torneio manteve o mesmo nome oficial de quando englobava apenas clubes de São Paulo e Rio de Janeiro, mas passaria a ser conhecido extra-oficialmente como "Robertão". A Federação Mineira tentou batizar o torneio de Taça Tiradentes, sem receber apoio ao nome.[27]
Em 1967, a primeira edição do campeonato contou com a participação de quinze clubes de cinco Estados. Assim, pela primeira vez uma competição reuniu os principais clubes do Brasil: Corinthians, Palmeiras, Portuguesa, Santos e São Paulo (de São Paulo); Bangu, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama (da Guanabara); Grêmio e Internacional (do Rio Grande do Sul); Atlético Mineiro e Cruzeiro (de Minas Gerais); e Ferroviário (do Paraná).[16] [15]
Porém, mesmo com a criação da nova competição nacional (o Torneio Roberto Gomes Pedrosa), o principal campeonato nacional de 1967 foi a Taça Brasil, que indicou seu campeão e vice, respectivamente Palmeiras e Náutico, para a Taça Libertadores do ano seguinte. Mas, apesar da maior importância da Taça Brasil até então, o modelo de disputa do "Robertão" garantiu o sucesso da competição, que agradou a clubes participantes, dirigentes e torcedores — a média de público por jogo foi de mais de vinte mil pessoas[16] —, tornando-se o primeiro torneio nacional a conseguir atingir uma fórmula vencedora e lucrativa para suas equipes participantes.[4]
Em 1968, dezessete clubes de sete Estados disputaram o torneio, com a inclusão do Bahia (da Bahia) e Náutico (de Pernambuco); o representante do Paraná foi o Atlético Paranaense.[16] [15]
Como a experiência da primeira edição do Torneio Roberto Gomes Pedrosa foi boa na opinião da CBD, a entidade decidiu adotar o modelo como o principal campeonato nacional, já a partir de 1968. Com o nome de "Taça de Prata", o "Robertão" passou a ser considerado a mais importante competição nacional de futebol do Brasil e, portanto, a Taça Brasil, que desde 1959 tinha esse status, perdeu-o, tornando-se, na sua última edição, uma competição secundária no cenário nacional.[10] Inclusive devido ao atraso no término da Taça Brasil,[28] o campeonato acabou substituindo a antiga competição como forma de indicação dos dois representantes brasileiros para a Taça Libertadores da América.[29] A decisão foi tomada pela CBD pouco antes do fim da competição.
No entanto, por desentendimentos entre as confederações Brasileira (CBD) e Sul-Americana (CONMEBOL), o Brasil terminou não participando da Libertadores em 1969 e 1970, como protesto contra as mudanças das regras da competição.[30] [31] A CBD voltaria a indicar representantes em 1971: Fluminense e Palmeiras, campeão e vice da Taça de Prata de 1970.
Em 1969, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa passou a ser a única competição nacional de clubes de futebol do Brasil, já que a Taça Brasil não foi mais disputada e acabou sendo substituída de vez pelo "Robertão", competição esta que na opinião do jornalista, historiador e escritor Odir Cunha, representou uma evolução da Taça Brasil[4] — outros historiadores, como Celso Unzelte e Paulo Vinicius Coelho,[32] discordam dessa visão. O America substituiu o Bangu como quinto representante carioca, enquanto os estados do Paraná e Pernambuco foram representados por seus campeões do ano anterior, Coritiba e Santa Cruz, respectivamente.[16]
Entretanto, apesar de a CBD ter optado por substituir definitivamente a Taça Brasil pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata em 1969, antes houve dois anos de sobreposição entre as duas competições.[14] Por se tratar de um período de transição, em que uma fórmula de disputa que estava se exaurindo (Taça Brasil) para o início de uma nova competição, em 1967 e 1968, o Brasil assistia a dois campeonatos nacionais oficiais, tendo, portanto, dois campeões em cada ano. Segundo Odir Cunha, seria preferível que as duas competições fossem consideradas campeonatos nacionais, alegando não poder punir o campeão de uma e privilegiar o de outra — linha esta que é seguida atualmente pela CBF. Por outro lado, PVC acredita que só a sobreposição nesses dois anos exigiria um debate à parte, além do já necessário debate sobre a unificação.[32]
Como no caso dos dois torneios de 1967 que foram conquistados pelo Palmeiras, Cunha considera válidos os dois títulos e afirma que a Taça Brasil classificava para a Taça Libertadores da América, mas o Torneio Roberto Gomes Pedrosa tinha um nível melhor. "É estranho?", perguntou o jornalista, respondendo em seguida. "Mas há precedentes." Os precedentes que ele citou foram o Campeonato Carioca, que teve o Flamengo como campeão duas vezes no ano de 1979, além de vários países da América que possuem ou possuíam torneios "Apertura" e "Clausura", gerando situações como a do River Plate, duas vezes campeão argentino em 1997; do Colo-Colo, do Chile, duas vezes campeão chileno em 2006 e 2007. No Mundial Interclubes, isso ocorreu em 2000: ao mesmo tempo em que o Corinthians foi campeão do Mundial de Clubes da FIFA, o Boca Juniors foi campeão pela fórmula antiga, e os dois são considerados campeões. "Se você tirasse o título de um ou de outro, seria injusto", argumenta Odir Cunha.[12]
Na edição de 1970, o Atlético Paranaense voltara a representar seu estado, com a Ponte Preta entrando no lugar da Portuguesa, entre os paulistas.[16] Em 1970, após quatro edições disputadas, o Robertão chegou ao fim: em 1971, a CBD anunciou a transformação da Taça de Prata em Campeonato Nacional de Clubes, com grande influência política.[12] [15] [33] [34] Esse torneio ficaria conhecido, a partir de 1974, como a primeira edição do Campeonato Brasileiro, excluindo a versão anterior, apesar de disputado sob formato similar ao do "Robertão".[5] [12]
A edição do Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata de 1970 foi a base para a criação do Campeonato Nacional de Clubes, em 1971: as únicas alterações foram a inclusão de um clube do Ceará e de mais uma vaga para Minas Gerais e outra para Pernambuco; ou seja, o campeonato passou a ter vinte clubes, em vez de dezessete, não sofrendo nenhuma mudança drástica em relação à edição anterior da Taça de Prata.[35] [13] [36] [4] Alguns autores consideram que "a história do futebol brasileiro, a partir desse momento, foi deixada para trás".[12] Este novo certame viera com a proposta de dar oportunidades diretas para times do país inteiro e, devido à política que ditava o critério de escolha dos participantes, não havia necessidade de as equipes passarem por campeonatos regionais. A fórmula de disputa seguia a mesma da competição anterior, com a criação de uma segunda divisão. No entanto, não existia rebaixamento, mas havia promoção — foi o vice-campeão Remo, e não o campeão Villa Nova, que ficou com a vaga para disputar o Nacional de 1972.[12] [35]
Existem versões que os motivos da exclusão da versão anterior foram questões políticas. "O Brasil vivia uma ditadura que descobria como o futebol podia ser usado para promover o ufanismo e a imagem de integração nacional", escreveu o jornalista e historiador Roberto Assaf. "Era interessante para o governo da época vender a ideia de que estava sendo criado algo inédito."[13] [12] [4] [15] Já segundo Odir Cunha, o surgimento do Campeonato Nacional de Clubes não invalidou os títulos brasileiros anteriores.[37] [4] Tanto é, que por muitos anos, a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa foram computados nos rankings de clubes que se fazia.[37]
João Havelange, ex-presidente da CBD que criou tanto a Taça Brasil, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa e o Nacional de 1971, declarou que as competições representavam a sequência uma da outra e que a Taça Brasil e o Robertão foram criados para definir o campeão brasileiro, e que o Campeonato Nacional de Clubes representou o prosseguimento destas competições.[37] [9] João Havelange, também declarou em 2010 ser favorável à unificação dos títulos da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa ao Campeonato Brasileiro. Em um evento oficial do Santos, ele afirmou que "se os títulos existiram é porque as competições foram oficiais e, se foram oficiais, devem ser respeitadas".[13]
Por outro lado, o mesmo Havelagen defendia, na época de criação do Robertão, que ele ainda não era um verdadeiro torneio nacional, como relatado pelo jornal O Estado de S. Paulo em março de 1967: "[Havelange] disse que o torneio, como foi idealizado e está se processando, é uma verdadeira preparação para um futuro campeonato nacional, com a participação de outros clubes, dos mesmos estados e até de outros, desde que as perspectivas financeiras aconselhem a inclusão."[38] O então presidente da Federação Paulista de Futebol, Mendonça Falcão, partilhava da mesma visão, considerando que um dos objetivos da competição era estudá-la "sob vários ângulos, para transformá-la em campeonato nacional".[39]
A intenção era de transformar o Robertão num torneio nacional já em 1968. "[No segundo semestre de 1968] será disputado o Campeonato Nacional de Clubes, que será o atual Torneio Roberto Gomes Pedrosa ampliado, com a inclusão de pelo menos mais dois concorrentes", escreveu Aroldo Chiorino, editor de Esportes da Folha de S.Paulo.[40] Mas, em 1968, a ideia já tinha mudado, e Mendonça Falcão defendia a instituição do Campeonato Nacional, regido pela CBD, apenas em 1970,[41] com a participação de até trinta clubes, divididos em grupos, "num processo de integração futebolística".[42] Porém, esta competição planejada só teria início em 1971, com a participação de apenas vinte clubes representando somente oito Estados[43] e com o mesmo formato do Torneio Roberto Gomes Pedrosa[44] [36] — embora a fórmula tenha sido modificada com a competição em andamento.
A discussão sobre se o Robertão era, ou não, um campeonato realmente nacional já vinha de anos anteriores. Em dezembro de 1968, a Folha ainda lamentava o fato de Brasil ser "o único país sem campeonato nacional",[45] lamento repetido quatro meses depois, seguido de uma constatação: "Um campeonato brasileiro de futebol, com lei de acesso atualizada, será a salvação do futebol nacional."[46] Já outros veículos da imprensa tratavam a competição como um campeonato nacional e consideravam seus vencedores campeões brasileiros, como a revista Placar, que, em sua edição de 25 de dezembro de 1970, trazia ampla cobertura das finais do campeonato e estampou em sua capa a manchete "O Flu é o campeão do Brasil!".[15] Em 1967, após a criação da competição, o Jornal do Brasil defendeu que a realização de um campeonato de proporções nacionais era um importante momento para a história do futebol brasileiro e acrescentou: "A esperança de melhores rendas e espetáculos de qualidade superior àqueles proporcionados pelos estaduais parecia concretizar-se, uma vez que a criação de um campeonato nacional racionalizaria o calendário, possibilitando, inclusive, a vinda de clubes estrangeiros para o Brasil, e fortaleceria a Seleção Brasileira, já que jogadores de outros centros poderiam ser úteis para o time verde e amarelo, que tinha perdido a Copa do Mundo em 1966 para os anfitriões ingleses."[15]
Todavia, mesmo com a criação do Campeonato Nacional de Clubes, a imprensa da época continuou dividida: enquanto uma parte dos jornalistas era otimista com a nova competição, outra parcela permanecia debatendo a respeito da falta de um campeonato verdadeiramente nacional.[13] A revista Placar, que lutara durante todo o ano de 1970 pela criação do Nacional, acabou adotando uma postura cautelosa após a criação da nova competição. Sob o título "Até que enfim um Campeonato Nacional — mas tem que melhorar", a revista criticava a hegemonia dos fatores políticos em detrimento dos aspectos futebolísticos. Para a revista, o Nacional "não passava de um Robertão um pouco diferente", o que não contribuía para alterar a estrutura arcaica do futebol brasileiro.[15] O Jornal dos Sports também não considerou que houve grandes mudanças entre os dois certames e, ao falar das equipes cariocas que disputariam o Campeonato Nacional, apresentou a equipe do Fluminense da seguinte forma: "Flu parte para o bi com toda a força." Ou seja, assim como a Placar no ano anterior, o Jornal dos Sports também tratou o Fluminense como campeão brasileiro mesmo sem a existência oficial do Campeonato Nacional, considerando o Torneio Roberto Gomes Pedrosa como tal. Anos mais tarde essa questão viria a ser de grande relevância e alvo de disputas esportivas e políticas.[15]
O rompimento entre o que já existia e o que surgiu criou um paradoxo: ao mesmo tempo em que existia a noção de que os vencedores da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa eram campeões nacionais, a imprensa da época também permanecia debatendo a respeito da falta de um campeonato verdadeiramente nacional. "A própria CBF não sabe o que a CBD determinou na transição de 1970 para 1971", afirma o jornalista Paulo Vinícius Coelho. "A documentação da época está na Granja Comary [em Teresópolis, RJ], e o responsável pelo arquivo histórico da entidade ainda não teve condições de procurar esse material."[13]
O Torneio Roberto Gomes Pedrosa foi importante por seu pioneirismo em reunir os clubes da elite do futebol brasileiro em uma única competição, pois, assim como o atual Campeonato Brasileiro de pontos corridos, o Robertão contava só com a participação das melhores equipes do Brasil.[12] O certame contou com a participação de todos os jogadores campeões da Copa do Mundo de 1970, no México, que, segundo Odir Cunha, foi uma "era áurea" do futebol do País, que possivelmente não voltará a ocorrer, visto que, atualmente, os melhores jogadores brasileiros vão ainda jovens para o Exterior, por fins lucrativos.[12] Também diversos marcos importantes da história do futebol nacional ocorreram durante os seus quatro anos de disputa, como o milésimo gol de Pelé, que atraiu atenção da mídia mundial no jogo contra o Vasco da Gama, em 1969, no Maracanã.[12] A lisura do torneio é comprovada por suas regras, que foram levadas ao extremo, não sofrendo mudanças radicais desde sua primeira edição até a última — ao contrário dos Campeonatos Brasileiros realizados entre 1971 e 2002, que tinham suas fórmulas de disputa alteradas drasticamente praticamente a cada ano.[12] [4] [35] [47] [48] [49] [50]
Após os times vencedores das competições nacionais antes de 1971 entrarem com pedido na CBF para a entidade equiparar suas conquistas às do Campeonato Brasileiro,[51] em 22 de dezembro de 2010, a CBF unificou oficialmente os títulos nacionais, tornando todas as edições do Torneio Roberto Gomes Pedrosa — bem como as da Taça Brasil — válidas como Campeonato Brasileiro,[7] assim como a entidade fazia em seus boletins oficiais entre 1971 e 1973, excluindo esta informação a partir do boletim de 1974.[52]
As quatro edições
Nos quatro anos em que foi disputado, o "Robertão" teve o mesmo sistema de disputa. A fórmula de disputa do campeonato já era semelhante à do Campeonato Brasileiro de 1971, com as equipes divididas em dois grupos, mas todos se enfrentavam todos contra todos em turno único. Porém, classificavam-se para o quadrangular final os dois primeiros de cada chave. Em 1967, os quatro clubes classificados para o quadrangular jogaram todos contra todos em turno e returno e com inversão de mando de campo, mas, de 1968 a 1970, o quadrangular foi disputado em turno único, sendo campeão o time que somasse mais pontos. Na primeira edição da competição, cada clube disputava um mínimo de catorze partidas (os clubes que se classificaram para o quadrangular final jogaram um total de vinte partidas), o que já obrigava o campeonato a ter um espaço grande no calendário.[13] [5]
O Palmeiras, que em 1967 também venceu a Taça Brasil, foi no mesmo ano o campeão da primeira edição do "Robertão". Conquistou o título vencendo o Grêmio por 2 a 1 na última rodada do quadrangular, enquanto o Internacional vencia o Corinthians por 3 a 0 e sagrava-se vice-campeão. Os goleadores foram César (Palmeiras) e Ademar (Flamengo), com quinze gols.
Em 1968 o Santos de Pelé conquistou o título, ao vencer o Vasco da Gama por 2 a 1 no Maracanã na última rodada do quadrangular. Novamente o Internacional foi o vice, após vencer o Palmeiras por 3 a 0. O goleador foi Toninho Guerreiro (Santos), com dezoito gols.
Em 1969, extinguiu-se a Taça Brasil e o "Robertão" passou a ser a única competição considerada nacional. O Palmeiras sagrou-se campeão mais uma vez, batendo o Botafogo por 3 a 1 no último jogo. Na mesma rodada, o Cruzeiro venceu o Corinthians por 2 a 1 e ficou com o vice. O goleador foi Edu (America), com catorze gols.
A última edição do Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata aconteceu em 1970, com o Fluminense vencendo seu primeiro título nacional ao empatar em 1 a 1 com o Atlético Mineiro. Os cariocas se classificaram para a Libertadores do ano seguinte, junto com o Palmeiras, que venceu o Cruzeiro por 4 a 2 na última rodada, sagrando-se vice-campeão. Goleador: Tostão (Cruzeiro), com doze gols.

FICHAS TÉCNICAS DE JOGOS QUE DECIDIRAM O TORNEIO ROBERTO GOMES PEDROSA
Chamado na época de Taça de Prata ou de Torneio Roberto Gomes Pedrosa,
equiparado aos campeonatos brasileiros pós-1971 pela resolução da CBF


PALMEIRAS 2 x 1 GRÊMIO
Local: Estádio do Pacaembu (SP).
Data: 08/06/1967.
Árbitro: João Carlos Ferrari.
Renda: Cr$ 64.578,00
Público estimado: 28.000 pagantes
SEP: Perez, Djalma Santos, Baldochi, Minuca e Ferrari; Dudu e Ademir da Guia; Dario
(Zico), Servilio, César e Tupãzinho (Reinaldo).
Técnico: Aymoré Moreira
GFPA: Arlindo, Everaldo, Ari Ercílio, Paulo Souza e Ortunho; Áureo (Paíca) e Cléo;
Babá (Loivo), João Severiano, Beto (Vieira), e Volmir.
Técnico: Carlos Frôner.
Gols: César aos 8' e 24' do Primeiro Tempo; Ari Ercílio(p) aos 85'.

VASCO 1 x 2 SANTOS
Local : Maracanã.
Data: 10/12/1968.
Árbitro : Arnaldo César Coelho (RJ).
Renda: Cr$ 144.372,00
Público: 54.994 pagantes.
Vasco : Valdir, Ferreira, Brito, Moacir (Fernando), Eberval, Benetti, Alcir, Nado,
Valfrido, Bianchini e Danilo Menezes (Adílson)
Técnico : Paulinho de Almeida.
Santos : Cláudio, Carlos Alberto, Ramos Delgado, Marçal, Rildo, Clodoaldo, Lima,
Edu, Toninho (Douglas), Pelé e Abel (Laércio)
Técnico : Antoninho
Gols: Toninho Guerreiro aos 14', Pelé aos 38' e Bianchini aos 49'.
Expulsões: Bianchini (Vasco) e Cláudio (Santos) aos 70'.
Obs.: Laércio era o goleiro reserva, tendo entrado devido a expulsão do Cláudio.

PALMEIRAS 3 x 1 BOTAFOGO
Local: Estádio Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi).
Data: 07/12/1969.
Árbitro: Armando Marques (SP).
Renda: Cr$ 51.210,00
Público: 8.210 pagantes.
SEP: Leão; Eurico, Baldochi, Nélson, Zeca, Dudu, Ademir da Guia, Cardoso (Copeu),
Jaime, César, Pio (Serginho).
Técnico: Rubens Minelli.
BFR: Cao; Luís Carlos, Chiquinho, Moisés (Ademir), Valtencir, Leonidas, Afonsinho, Jair,
Humberto, Ferreti, Torino (Zequinha).
Técnico: Zagallo. 
Gols: Ademir da Guia aos 11' e 44', César 27' e Ferreti 56'.
Obs.: Com este resultado e a derrota do Corinthians para o Cruzeiro, sagrou-se campeão
o Palmeiras.

FLUMINENSE 1 X 1 ATLÉTICO-MG
Local: Estádio do Maracanã (RJ)
Data: 20/12/1970
Árbitro: José Favilli Neto (SP)
Renda: Cr$ 535.419,00
Público: 130.000 (112.402 pagantes).
FFC: Félix; Oliveira, Galhardo, Assis e Marco Antônio (Toninho); Denilson e Didi;
Cafuringa, Mickey, Cláudio Garcia e Lula.
Técnico: Paulo Amaral.
CAM: Renato; Nélio (Zé Maria), Humberto Monteiro, Vantuir e Vanderlei; Odair e
Humberto Ramos; Ronaldo, Vaguinho, Lola e Tião.
Técnico: Telê Santana.
Gols: Mickey aos 33' e Vaguinho aos 47'

Campeões
Ano   Campeão       Vice-campeão    3º lugar                 4º lugar      Artilheiro            Gols
1967 Palmeiras       Internacional     Corinthians           Grêmio      Ademar (FLA) y César (PAL)            15
1968  Santos           Internacional     Vasco da Gama    Palmeiras   Toninho (SAN)  18
1969  Palmeiras      Cruzeiro             Corinthians           Botafogo   Edu (AME)         14
1970  Fluminense   Palmeiras           Atlético Mineiro   Cruzeiro    Tostão (CRU)     12

Titulos por Clube: Palmeiras 2 (1967 e 1969), Santos 1 (1968), Fluminense 1 (1970)
Maiores médias de públicos por clubes
  • 1967 - Cruzeiro (34 038)
  • 1968 - Vasco (37 296)
  • 1969 - Cruzeiro (38 024)
  • 1970 - Fluminense (36 942)
Maiores públicos
  1. Fluminense 1 a 1 Atlético-MG, Maracanã, 112 403 pessoas, 20/12/1970
  2. Atlético-MG 1 a 2 Cruzeiro, Mineirão, 97 928 pessoas, 28/09/1969
  3. Atlético-MG 0 a 4 Cruzeiro, Mineirão, 91 042 pessoas, 05/03/1967
  4. Fluminense 0 a 0 Santos, Maracanã, 87 872 pessoas, 26/10/1969
  5. Atlético-MG 0 a 1 Cruzeiro, Mineirão, 87 360 pessoas, 27/10/1968
Torneio dos Campeões de 1968- Maringa Campeão dos Campeões.

Em 1968, a CBD organizou ainda um "Torneio dos Campeões". A competição seria disputada entre os vencedores do Robertão, da Taça Brasil, do Torneio Centro-Sul e do Torneio Norte-Nordeste. Na primeira fase, o campeão do Centro-Sul (Maringá) eliminou o campeão do Norte-Nordeste (Sport) com duas vitórias, e classificou-se para a segunda fase contra o campeão do Robertão (Santos).                                                       Após dois empates, o Maringá sagrou-se vencedor da segunda fase por desistência do adversário. Haveria ainda uma terceira fase, contra o campeão da Taça Brasil (que viria a ser o Botafogo), mas com o atraso do término dessa competição, tal fase final não foi disputada e o Maringá foi declarado Campeão dos Campeões.
ARTHUR FRIEDENREICH MAIOR GOLEADOR DA HISTORIA DO FUTEBOL

                              LEONIDAS DA SILVA, PELÉ E ARTHUR FRIEDENREICH

1 comentario:

  1. Excelente trabalho de divulgação e esclarecimento da história do futebol brasileiro e da Unificação dos títulos nacionais a partir de 1959. Parabenizo e envio um forte abraço ao Johny Vasconcelos Fraga.

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