domingo, 29 de junio de 2014

MUNDIAL 1958 * PARTE 5

HISTORIA DE LOS MUNDIALES DE FÚTBOL
MUNDIAL 1958 – PARTE 5
WORLD CUP 1958 –
COPA DO MUNDO 1958
CONCENTRACIÓN BRASILEÑA
JOAO HAVELANGE Y SUS RECUERDOS DEL MUNDIAL 58
Havelange: 'Falaram que o time era de bicha, mas fui campeão da Copa de 58'
'Dirigente do Século' relembra polêmicas do Mundial, como lado psicológico de Garrincha, falta de higiene dos jogadores e sono pesado de Feola
Após tantas andanças, o "Senhor das Copas" não esquece de sua primeira experiência como dirigente da seleção brasileira: o Mundial da Suécia. Em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM, João Havelange volta 50 anos no tempo e recorda de assuntos que renderam polêmica na época, como a reprovação de Garrincha em um exame psicológico, a falta de higiene dos jogadores e o sono excessivo do técnico Vicente Feola.
GLOBOESPORTE.COM: Qual a importância da conquista da Copa do Mundo de 1958? 
JOÃO HAVELANGE: Essa Copa representou uma redescoberta do Brasil. Além disso, o mundo pôde conhecer de perto a nossa organização e nós passamos a servir de exemplo para outras delegações. Nunca joguei futebol profissionalmente, mas entendo de administração. Não precisei entrar em campo para formar um time campeão.
O que mudou das Copas de 1950 e 1954 em relação à Copa de 1958, quando a seleção brasileira ganhou o primeiro título mundial?
Entrei para a CBD em 1956. Entretanto, posso lhe dizer que sofri muito com a derrota do Brasil para o Uruguai (2 a 1), no Maracanã, em 1950. Eu morava em São Paulo na época e vim ao Rio só para assistir a essa partida. Logo após o jogo, fiquei tão emocionado que prometi a um co-cunhado que um dia ia dar uma Copa do Mundo ao país. Para vencer a Copa do Mundo da Suécia, eu aumentei a comissão técnica de quatro para 12 pessoas. Contratei psicólogo, dentista, analista financeiro, médico e até um podólogo - além dos cargos de técnico, roupeiro, preparador físico e chefe de delegação que já existiam.
Faltava higiene aos jogadores?
Você pode não acreditar. Mas vou lhe dar um exemplo. O Geada, podólogo da seleção brasileira, limpou os pés dos atletas e encheu um saco grande só de unha encravada. Os jogadores sentiam dores cada hora em uma parte do corpo. Sabe o que faltava? Um tratamento dentário. Nesse momento, fui ridicularizado. Mas sabia que estava no caminho certo. Falaram que o time era de bicha. O Ari Barroso (radialista e compositor) cansou de debochar de mim na TV Tupi. No entanto, fui campeão da Copa do Mundo de 1958.
O Garrincha foi reprovado no exame psicológico, mas acabou sendo um dos destaques da Copa de 1958. O senhor pensou em vetá-lo da competição?
Ele era um homem especial, que veio da roça. Só que tinha uma habilidade impressionante. Era um fenômeno. Eu não tinha o direito de dispensá-lo, mas sim respeitá-lo. Toda regra tem sua exceção.
O técnico da seleção brasileira, Vicente Feola, dormia nos treinos?
Uma vez perguntei isso a ele. E o Feola disse que os jogadores não lhe davam sossego. Por isso, fingia que estava dormindo para não ser incomodado. Ele tinha conhecimento de futebol, além de contar com a amizade e o respeito de todos os jogadores.
Qual a importância do Didi naquela seleção brasileira?
O Didi era o capitão do time. Dos pés dele que saíam as nossas principais ações. Só que o mais me chamou a atenção foi o homem fora de campo. A partir de 1958, eu sempre recebi cartão de Natal do Didi. Era o primeiro cartão a chegar. Foi assim durante a vida dele toda.
Qual Copa do Mundo, a de 1958, 1962 ou 1970, mais o emociou? Os três feitos foram na gestão do senhor à frente da CBD.
O título de 1958 é único, porque foi o primeiro. É feito filho e neto. O primeiro é o primeiro. Senti uma emoção incomparável na época. Lamentavelmente, não consegui assistir à Copa. Fui à Suécia somente na abertura da competição e depois retornei ao Brasil. Como não tinha televisão em casa, comemorei mais quando os jogadores e a comissão técnica brasileira chegaram ao Rio de Janeiro. 
Em 1958, Pelé via Didi como inatingível e achava irmão o craque da família
Tímido, o menino de 17 anos ainda não tinha nem o autógrafo famoso
Em 1958, Pelé começou a encantar o mundo. Mas ainda não sabia disso. Muito tímido, o menino de 17 anos falava pouco nas entrevistas e parecia não acreditar que estava em uma Copa do Mundo, ao lado de tantos craques. Como o ídolo Didi. E mais: para ele, o craque da família era seu irmão caçula, Zoca, o único que poderia ser tão bom quanto o pai Dondinho.
Estas revelações foram feitas pelo futuro Rei do Futebol ao repórter Geraldo Romualdo da Silva, do "Jornal dos Sports", em entrevista publicada em 24 de junho daquele ano. Pelé tinha acabado de marcar o gol da vitória por 1 a 0 sobre País de Gales, que classificou o Brasil para a semifinal, e no dia da edição do jornal iria balançar a rede três vezes no 5 a 2 sobre a França, que levou a seleção de Vicente Feola para a decisão.
Isso parecia pouco para o menino:
- Eu não sou nada comparado ao Didi. Nunca chegarei aos pés de Didi. Ele é meu ídolo, meu "faixa". As primeiras figurinhas que comprei foram dele - disse o camisa 10.
Na época, uma marca registrada de Pelé ainda era bem diferente da que ficou famosa por todo o mundo: o autógrafo. O jovem assinava "Edson Arantes - Pele", como na imagem abaixo, reproduzida do livro "Vida do Crack - Edição especial - Waldir Amaral"


EL SUECO HAMRIM Y SUS RECUERDOS DE LA COPA DEL MUNDO 58
Ex-craque sueco lembra com carinho de Garrincha e do ausente Julinho
Kurt Hamrin foi o destaque da Suécia na Copa do primeiro título brasileiro
Dos oito remanescentes da seleção sueca convocada para a Copa de 58, o principal nome é Kurt Roland Hamrin, 73 anos. O ex-atacante passou 15 temporadas no futebol italiano, passando por Juventus, Padova, Fiorentina, Milan e Napoli. Foi campeão nacional e europeu pelo Milan, além de ter ganho a extinta Recopa Européia por Milan e Fiorentina. Até hoje ele é o sexto maior goleador da história do Campeonato Italiano.
Kurt Hamrin era um dos jogadores profissionais suecos que precisou de uma autorização da Federação local para participar da Copa do Mundo, já que na época a Federação Sueca não permitia que profissionais atuassem pela seleção nacional. Mudou de idéia preocupada com um mau desempenho da equipe dentro de casa, e permitiu a Hamrin brilhar no Mundial. Ele foi o artilheiro da Suécia na competição, ao lado de Agne Simonsson, com quatro gols.
O mais famoso deles foi um golaço no fim da partida contra a Alemanha Ocidental pelas semifinais: Hamrin parecia estar prendendo a bola para ganhar tempo, mas, de repente, iniciou uma arrancada pela lateral, passou por dois adversários e, sem ângulo, tocou por cima do goleiro Herkenrath. Revoltados com a arbitragem e reclamando que Hamrin teria saído pela linha de fundo com a bola, jornais alemães publicaram reportagens criticando o comportamento da torcida e dizendo que os suecos bebiam demais. Levou mais de uma década para acalmar os ânimos entre os dois países.
Além desse gol, a grande lembrança que Hamrin traz da Copa do Mundo é a final contra o Brasil (vitória brasileira por 5 a 2). Em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM, o ex-atacante lembra com carinho de Garrincha e de um jogador com quem atuou na Itália e que poderia ter feito parte da seleção de 1958: Julinho Botelho.
GLOBOESPORTE.COM: Quando o senhor pensa na Copa de 58 qual a primeira lembrança que vem à cabeça?  Kurt Hamrin: A primeira coisa em que penso é em como a Suécia jogou bem naquele torneio e que chegamos até a uma final de Copa. Na decisão enfrentamos um Brasil que eu considero, e sei que muita gente no Brasil considera também, a melhor seleção que o Brasil já teve em sua história. Porque eles eram completos em todos os setores da equipe. Para mim, a Suécia foi totalmente superada pelos brasileiros naquela partida. Eles foram muito melhores do que nós e não há muito do que se queixar.
Antes do Mundial, acreditava que a Suécia poderia chegar tão longe? Não, de forma alguma. Nós nunca pensamos que isso pudesse acontecer. Nas quartas-de-final, quando tivemos a União Soviética, pela frente. Todo mundo pensou que nós seríamos eliminados. Mas aí nós superamos os soviéticos e ganhamos confiança para superar também a Alemanha na semifinal. Assim chegamos na final. 
O senhor atuava no futebol italiano e o Brasil fez sua preparação para o Mundial de 58 por lá, antes de chegar à Suécia. O senhor sabia algo sobre a equipe antes da Copa? Não sabia muito, principalmente porque Pelé e Garrincha só entraram na equipe na terceira partida da Copa do Mundo. Quando eles fizeram um amistoso em Florença contra a Fiorentina e venceram por 4 a 0, atuaram com Mazola no ataque, na posição em que Pelé jogaria depois. Claro que eu pude acompanhar algo sobre a equipe, mas acho que o que fez a diferença daquela equipe foram as entradas de Pelé e Garrincha no time, durante o Mundial.
O senhor assistiu a essa partida em Florença? Não, eu já estava na Suécia na ocasião. Mas eu ouvi sobre o jogo. Eu me transferi para a Fiorentina logo após a Copa do Mundo e todos lá falavam muito sobre essa partida. Naquela equipe que perdeu para o Brasil estava um fantástico jogador brasileiro, Julinho Botelho, que não quis fazer parte da equipe que foi à Copa do Mundo. Ele era um jogador espetacular, completo mesmo para os padrões atuais. Com Garrincha, ele talvez não tivesse lugar garantido, por atuarem na mesma posição.
Ou talvez Garrincha não tivesse jogado se Julinho estivesse lá.

DE COMO SE INCORPORO UN PSICOLOGO A LA SELECCIÓN DE BRASIL
A Copa do Mundo de 1958 foi a Copa do Mundo de Pelé, Garrincha e João Carvalhaes. Este era o psicólogo indicado pela CBD para trabalhar com os jogadores porque, segundo a expressão de Nélson Rodrigues, o brasileiro tinha “complexo de vira-lata”.
Como escrevi em minha crônica sobre a Copa de 1950 (vejam em “post” abaixo), tudo começou porque Mário Filho – irmão de Nélson e nome oficial do estádio do Maracanã – inventou que Obdulio Varela, capitão do Uruguai, havia dado uma bofetada no lateral esquerdo Bigode, do Brasil, na partida de decisão, e nosso jogador não reagira. Como se dizia na ocasião, Bigode “botou o galho dentro”.
A versão do fato é sempre mais importante do que o fato, mesmo – ou talvez sobretudo – quando não há fato. O novo insucesso em 1954, diante dos húngaros – quando Nílton Santos foi expulso por agredir um adversário e Zezé Moreira ao fim da partida deu uma chuteirada na cara de Gustav Sebes, Vice-Ministro de Esportes dos magiares – convenceu ainda mais a CBD de que nossa Seleção ou se intimidava ou partia para reações exageradas. De uma ou de outra forma, precisava de um psicólogo.
Assim, lá se foi o professor Carvalhaes, acompanhado de outro pitoresco personagem, o dentista Mário Trigo. Ou por fundamentos de psicologia, ou por simples racismo, a CBD escalou para os dois primeiros jogos da Copa, contra a Áustria e a Inglaterra, um time em que o único negro era o meia armador Didi. Ele não podia ser barrado por um branco porque seu reserva, Moacir, também era negro.
Marcamos 3 a 0 diante da Áustria, com dois gols de Mazzola e um de Nílton Santos, e empatamos em 0 a 0 com a Inglaterra, quando Vavá, que substituíra o totalmente ineficaz Dida, chutou uma bola na trave. Àquela altura, Garrincha continuava barrado por Joel, por dois motivos. Primeiro, em um jogo de exibição contra a Fiorentina, a caminho da Suécia, Garrincha exibiu-se demais, pois driblou toda a defesa, driblou o goleiro, voltou para driblar outra vez o goleiro e só depois se dignou a marcar um dos gols em nossa vitória por 4 a 0. Segundo porque o psicólogo Carvalhais, depois de submetê-lo a um teste, concluiu que ele era débil mental.
CONCENTRACIÓN DE BRASIL : VAVÁ. GARRINCHA, GILMAR Y PELÉ

DE DEBIL MENTAL A CRACK DEL MUNDIAL
Foi preciso que os demais jogadores se revoltassem para que Feola afinal concordasse em escalar Garrincha contra a União Soviética, junto com Pelé. Este, segundo a Comissão Técnica, estava voltando de uma contusão. Segundo outros, poderia ter voltado antes e, na verdade, estava barrado. (Djalma Santos continuaria barrado e só apareceu na final, com uma belíssima atuação diante do famoso extrema sueco “Nacka” Skoglund.)
Garrincha levou seu marcador, Kuznetzov, à loucura. Os soviéticos praticavam um futebol chamado “científico” e nunca tinham visto aquilo. Com um minuto, Garrincha deixou Kuznetzov no chão e chutou uma bola na trave. Em seguida, Pelé chutou uma bola na outra trave. Com três minutos de jogo, Vavá marcou nosso primeiro gol. O mesmo Vavá fez 2 a 0 quando faltavam 13 minutos para o fim da partida e foi até um milagre que os soviéticos tivessem conseguido segurar aquele magro marcador durante tanto tempo, pois nosso domínio era total.
Passamos depois pelo País de Gales (gol de Pelé) e França (5 a 2, com três gols de Pelé, um de Didi e um de Vavá), antes da final contra a Suécia.
O público brasileiro, eu incluído, acompanhou o jogo com a Suécia diante de televisões que mostravam fotos dos jogadores, enquanto ouvíamos a narração pelas radios. O video-tape ainda não tinha sido inventado, muito menos as transmissões ao vivo e em cores.
No fim, a vitória do Brasil por 5 a 2, com dois gols de Vavá, dois de Pelé e um de Zagallo. Até Zagallo – que, no dizer de Manga, não chutava a gol, atrasava para o goleiro – deixou o seu.
O professor Carvalho e seus psicotestes caíram no ostracismo. Garrincha e Pelé seguiram em frente.

LOS TEST EQUIVOCADOS DEL PSICOLOGO CARVALHAES
Teste psicotécnico – Nem todas as novidades lançadas pela comissão técnica emplacaram. Em resposta à preocupação geral com as reações imprevisíveis dos jogadores frente a seus rivais europeus, a CBD chamou um profissional jamais antes visto na seleção: um psicólogo. O doutor, chamado João Carvalhaes, prometia testar a inteligência e o equilíbrio mental dos nossos craques para identificar quem tinha um temperamento menos agressivo e impulsivo. Feitos os experimentos, Carvalhaes concluiu que nem Pelé nem Garrincha tinham condição psicológica ideal para enfrentar os desafios da Copa. No caso de Pelé, o especialista apontou preocupação com a imaturidade do craque (que, vale lembrar, ainda tem 17 anos) e sugeriu seu corte da equipe. Garrincha foi reprovado por outros motivos – teria agressividade nula e inteligência inferior à média. Já na Suécia, os testes foram repetidos antes da partida contra os soviéticos. Dos onze titulares, só dois foram aprovados. Curiosamente, Pelé foi um deles (o outro foi Nilton Santos). Se desse ouvido a Carvalhaes, Feola teria de trocar quase o time todo. A comissão, porém, tinha outras virtudes além da organização e do apreço à ciência – assim como as melhores mentes modernas, era coerente e tinha bom senso.
BRASIL DESCANSANDO

FRASES MARCANTES DEL MUNDIAL 58
"Treino é treino, jogo é jogo" Didi, sobre as acusações de que não estaria se esforçando nos treinamentos
"O futebol argentino não precisa dos que estão no exterior" Raúl Colombo, presidente da AFA, durante a preparação da seleção argentina para a Copa do Mundo
"Crioulo burro! A cabeça é para um lado, a bola pro outro" Do experiente Zito para o jovem Pelé, que inicialmente também era enganado pelo drible do companheiro
"Eu não imaginava que seria convocado" Pelé, em entrevista para a "Manchete Esportiva" de 12/04/1958
"Em saúde, o Brasil já é campeão invicto." Médico H. Gosling, após avaliar o preparo físico dos jogadores da seleção
Durante
"Chegou a sua vez, negão" Dos companheiros Bellini e Didi para Djalma Santos, que substituiu De Sordi na decisão contra os suecos
"Vamos lá, acabou a moleza, vamos encher esses gringos de gols" Didi reage após a seleção brasileira sofrer o primeiro gol da Suécia na final da Copa
"Garrincha é um verdadeiro assombro. É um jogador como jamais vi igual" Gavril Katchalin, técnico da União Soviética, após a derrota para o Brasil por 2 a 0
"A cor azul vai dar sorte, pois é a mesma do mando de Nossa Senhora da Aparecida, a padroeira do Brasil" Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação brasileira, antes da final
"Eu fazia um lançamento e tinha vontade de rir. O Mané ia passando e deixando os homens de bunda no chão" Didi comenta as atuações de Garrincha durante a Copa do Mundo
Depois
"Campeonatinho mixuruco, nem tem segundo turno!" Garrincha durante a comemoração brasileira pela conquista da Copa do Mundo em 1958
"Nunca houve imposição para escalar Zito, Garrincha e Pelé. Se aconteceu, juro que não estava nessa seleção. O Pelé nem era conhecido no Rio. Acho que isso é para desmoralizar a comissão técnica" Vavá, negando que jogadores tenham imposto ao técnico Feola as mudanças no time contra a URSS
"Convencemos o técnico Vicente Feola a colocar Pelé no lugar do Dida, que sentia uma contusão. Feola temia lançar Pelé, que tinha apenas 17 anos, mas concordou. Também pedimos que ele escalasse Garrincha no lugar de Joel. Feola nos atendeu, o time embalou e fomos campeões" Didi, contrariando o colega de seleção
"A seleção brasileira era tão boa que eu temia torcer por ela" George Raynor, técnico da Suécia, adversária do Brasil na final
"A conquista do Mundial de 1958 representa o fim do 'complexo de vira-latas' do homem brasileiro" Nelson Rodrigues, escritor e jornalista esportivo
"Eles eram infernais. Ninguém os conteria. Se você marcasse o
Pelé, Garrincha escapava e vice-versa. Se você marcasse os dois, o Vavá entraria e faria
o gol. Esses jogadores eram endemoniados" Just Fontaine, francês artilheiro da Copa com o recorde 13 gols, analisa o ataque da seleção brasileira na Suécia
"Após o 5º gol, eu queria era aplaudi-lo" Sigge Parling, zagueiro sueco que marcou Pelé no jogo final
"O Gilmar é o maior do mundo" Lev Yashin, da União Soviética, considerado o melhor goleiro de todos os tempos


CONTROVERSIAS Y CURIOSIDADES
Controversias
" Israel se clasificó porque los equipos se negaron a enfrentarlos, pero la FIFA intervino e insistió que jugaran por lo menos una vez para clasificar. Gales, que no había logrado clasificar en su grupo eliminatorio, fue el elegido para jugar ante Israel, que perdió ambos partidos.
" Turquía se retiró de las eliminatorias por negarse a participar en el grupo asiático.
" Sólo 2.823 espectadores presenciaron el repechaje entre Hungría y Gales. La gente lo boicoteó en solidaridad con Imre Nagy, el Primer Ministro de Hungría al momento de la invasión rusa en 1956, quien había sido ejecutado el día anterior. Sin embargo, la concurrencia oficial, que FIFA mantiene hasta el día de hoy, figura como de 20.000 personas.
" La semifinal entre Suecia y Alemania Occidental estuvo a punto de quedar trunca porque el presidente de la Asociación Alemana de Fútbol amenazó con retirar el equipo a menos que los suecos permitieran el acceso de los aficionados alemanes. Los organizadores aceptaron.
Curiosidades
" Cuando disputó el partido final, Pelé tenía sólo 17 años, siendo el más joven de la historia.
" Los 13 goles de Just Fontaine para Francia se mantienen como la cifra más alta de goles marcados en el mismo Mundial.
" Hubo cobertura televisiva internacional por primera vez.
" La Asociación de Irlanda del Norte le dijo a su plantel que jugar dos de los primeros partidos de la ronda inicial en día domingo iba contra las leyes del país. Tras las protestas de los jugadores, la Asociación dio marcha atrás.
" Hungría mantuvo a sólo tres de los jugadores del plantel de 1954. Muchos de ellos se habían escapado a otros países tras la invasión rusa de 1956.
" A su regreso a Buenos Aires, la gente recibió al seleccionado de Argentina lanzándole basura, después que el equipo había finalizado en la última ubicación en su grupo.
Historia
Si 1954 vio el final de la generación brillante de Hungría, uno de los mejores equipos de la historia tuvo su nacimiento en 1958. Brasil a partir de ese momento tuvo una relación muy estrecha con los Mundiales.
La presencia de la televisión internacional por primera vez realzó el torneo, que vio surgir al fútbol mundial, con sólo 17 años, a uno de los mejores jugadores de la historia. Aún a pesar de que Pelé no era titular al comienzo de la competencia, a su final se había convertido en una pieza clave.
Otra faceta importante fue la participación por primera vez de los cuatro seleccionados británicos, con Inglaterra, Escocia, Gales e Irlanda del Norte. De los cuatro, los dos países más pequeños fueron los que más impresionaron.
Los irlandeses, dirigidos por Peter Doherty, fueron los inventores de la barrera en los tiros libres, en un partido de cuartos de final que perdieron ante Francia.

ARGENTINA Y BRASIL Y SUS DIFERENCIAS EN 1958
Otra vez la Argentina se destaca por la desorganizacion, entre otras cosas, se llevaron un solo juego de camisetas, y se le dio poca importancia a la preparacion previa, jugaron solo tres amistosos uno de los cuales con el club Colo-Colo de Chile, resultado?, eliminados en la primera fase y el ultimo partido se perdio 6 a 1 contra la vieja republica de Checoslovaquia.
La diferencia con el campeon Brasil, que viajo a Suecia en un avion particular y realizaron una gira previa por Europa, los argentinos viajaron en un vuelo de linea,que con tantas escalas tardaron como cuarenta horas, y siempre en clase turista.

LA NEUTRALIDAD SUECA
A Suécia foi o país escolhido para sediar a Copa de 58 em virtude de sua neutralidade durante a Segunda Guerra Mundial, assim como acontecera com a Suíça em 1954.

PRIMERA VEZ SOVIETICA
Pela primeira vez a União Soviética participou de uma Copa do Mundo.

MUNDIAL ANGLOSAJÓN
Pela primeira e única vez todos os membros britânicos, Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales jogaram a Copa.
Além das Eliminatórias européias, o País de Gales, que terminou em segundo atrás da Tchecoslováquia, jogou uma repescagem contra Israel depois que os israelenses venceram seu grupo sem precisar jogar devido às desistências de Turquia, Indonésia e Sudão. A FIFA determinou que nenhuma equipe se classificaria para a Copa sem jogar pelo menos uma partida pois muitos times se classificaram em Copas anteriores só por causa da desistência de outros. Gales venceu a repescagem e se classificou.
País de Gales foi a grande zebra da primeira fase, se classificando para as quartas de final.
Após o empate em 0 a 0 contra o English Team, os jogadores se reuniram com o treinador, Vicente Feola, e pediram a entrada de Mané Garrincha e Pelé no time. O pedido deu resultado: Brasil 2 a 0 contra a União Soviética, com grande atuação de Garrincha contra seu marcador.

UN URUGUAYO REPARTIÓ LOS NÚMEROS
Quando enviou a lista de jogadores para a Copa, a CBD esqueceu-se de colocar o número de cada atleta. Assim, o uruguaio Lorenzo Vilizzio, membro do comitê organizador, distribuiu a numeração aleatoriamente. O goleiro Gilmar jogou com a camisa 3. Pelé vestiu a 10 por acaso.
O Brasil perdeu da Suécia no sorteio de quem jogaria a final de amarelo e foi obrigado a atuar com a camisa azul. Como não havia levado um jogo de camisas reservas, a CBD teve de improvisar. Tanto que os números nas costas dos jogadores eram amarelos.

URUGUAYOS SIN MUNDIAL
Schiaffino e Ghiggia deixaram a seleção uruguaia para defender a Itália. Nem com esses reforços a Azzurra passou pela Irlanda do Norte nas Eliminatórias.

PROCESADO POR ESTUPRO Y SIN MUNDIAL
Uma das ausências sentidas na Copa de 1958 foi o centroavante soviético Streltsov, do Torpedo de Moscou. Ele foi impedido de sair da União Soviética porque estava respondendo a um processo criminal por estupro.

ANECDOTAS DE MANÉ GARRINCHA EN EL MUNDIAL 58
Após o apito final, toda a seleção comemorava o título. Garrincha estava em silêncio, então um membro da comissão indagou: " Oh Mané, comemora, a gente ganhou!". Garrincha respondeu: "O que?! Já acabou?! Não tem segundo turno?! Eita campeonatinho esquisito!"
A Seleção deu a volta olímpica com a bandeira sueca e foi super aplaudida pelos torcedores da seleção da Suécia inclusive pelo Rei Gustavo.
Perguntado à Garrincha qual seleção teria sido a mais complicada, ele respondeu: "Aquela que joga com o uniforme do São Cristóvão." Era a Inglaterra.
De todas as histórias atribuídas à Mané Garrincha, uma me chamou muito a atenção: Garrincha teria comprado um rádio em Gotemburgo e pago assim uma fortuna por ele. Dois dias depois ele o vendeu à Nilton Santos por uma pechincha. Quando questionado o porque dessa venda tão sem propósitos, Garrincha respondeu: "Comprei pra ouvir meu sambinha, mas esse rádio porquera só fala sueco e eu não entendo nada!".
Otra de las anecdotas que se le atribuyen a Mané es que en el partido contra la URSS enloqueció al lateral que lo marcaba por encima cada vez que este lo salía Garrincha lo llamaba “Vem Joao vem” en alusión al jueguito del Bobo con la Pelota, “Veni Juan veni” le decia el brasileño al ruso que jamás veía el balón fruto de la gran habilidad del brasileño.

LA IGLESIA ANGLICANA Y EL MUNDIAL 58
A Irlanda do Norte quase não participou da Copa. Tudo porque a religião anglicana proibia atividades físicas aos domingos. Foi necessário que o clero local autorizasse a participação dos jogadores, que assim viajaram para a Suécia com a consciência tranquila.

EL GOL 500 DE LA HISTORIA DE LOS MUNDIALES
A 500ª vez
O gol número 500 da história das Copas foi marcado pelo escocês Robert Collins, aos 29min do segundo tempo do jogo entre sua seleção e o Paraguai. A partida terminou com a vitória dos paraguaios por 3 a 2. Apesar da marca histórica, a Escócia foi mal e deixou a Copa em 14º lugar.

TRES MINUTOS A TODA MAQUINA
Três minutos assombrosos
Após 3min do início do jogo contra a União Soviética, o Brasil vencia por 1 a 0 e já havia chutado duas bolas na trave - ambas após belas jogadas de Garrincha: primeiro, deixou um rival no chão com sua ginga e chutou forte; depois, driblou dois e tocou para Pelé acertar a trave.

EL NIÑO PRODIGIO
Menino prodígio
Pelé se tornou o mais jovem jogador a marcar um gol na Copa do Mundo quando balançou a rede na partida contra País de Gales. Ele tinha 17 anos e 239 dias. Pelé também é o mais jovem jogador a ser campeão do mundo.
MARIO AMÉRICO VACUNA A PELÉ

SISTEMA TACTICO
 Um descendente do patrono da Independência (José Bonifácio de Andrada Silva) inspirou Vicente Feola a usar o esquema 4-2-4. Nas eliminatórias, a Seleção Brasileira utilizou o 4-3-3. Martim Francisco de Andrada Silva treinava o Vila Nova, equipe da Grande Belo Horizonte.

RAYO DE LUNA
O atacante Simmonsson, da Suécia, tinha um apelido diferenciado. A imprensa do seu país o chamava de "Raio de Luar".

FEOLA ERRO FEO
Paulo Machado de Carvalho, diretor-técnico de Seleções em 1958, foi o grande responsável pelas convocações de Pelé e Garrincha para a Copa da Suécia. O técnico Feola era contra.

JULINHO EL AUSENTE
O grande astro da Seleção Brasileira em 1958 era o ponta-direita Júlio Botelho, ex-Palmeiras e Portuguesa. Julinho, como era conhecido, pediu para não ser convocado para a Copa, por jogar no exterior. Botelho disse que a convocação era um desrespeito aos jogadores que atuavam no Brasil.

HOLA REY ¿TODO BIEN ?
Talvez o fato mais insólito da Copa da Suécia foi a comemoração do dentista da Seleção Brasileira, Mário Trigo. Ao comemorar a conquista da Copa pelo Brasil, ele abraçou o Rei da Suécia, Gustavo Adolfo, e num alto e bom português, disse: "Oi Rei, tudo bem ?".

NUNCA MÁS FUERON LOS MISMOS
O time que assombrou o mundo em 1954, a Hungria, chegou desmontado ao mundial de 1958. A base da equipe era o time do Honved, que excursionava em solos espanhóis em 1956, quando aconteceu uma revolução.Puskas e Koscsis pediram asilo e disputaram as eliminatórias pela Espanha, porém se muito sucesso.

DEL SAHARA AL MUNDO
O artilheiro da Copa do Mundo, Just Fontaine, apesar de jogar pela França, tinha origem marroquina. Fontaine marcou 13 gols na Copa (40 años después el crack del primer titulo frances tendría origen argelino : Zidane)

HEJA, HEJA SVERIGE – EL MEJOR MUNDIAL SUECO
Al parecer hasta la Copa Mundial de la FIFA en 1958 en Suecia había una ley no escrita: La “Coupe Jules Rimet“ siempre se quedaba en el continente en el que se celebraba el torneo. Sólo los brasileños quebraron esta ley de la serie y se llevaron la “Diosa de oro Nike“ al otro lado del Atlántico. Tampoco los anfitriones escandinavos y su “doce jugador“, el frenético público, pudieron detener el primero de los hasta ahora cinco triunfos de la Copa Mundial de la FIFA.
Los suecos son considerados en general como tranquilos y civilizados. Pero esto no valía para la Copa Mundial de la FIFA en el propio país. Más bien se podría decir: El equipo sueco flotaba en una nube de entusiasmo de sus fans, que le ponía realmente alas y le impulsaba a realizar rendimientos gigantescos. Los requisitos previos eran excelentes: El secretario de la Asociación, Sr. Holger Bergerus y el entrenador inglés, Reynor, viajaron ya antes del torneo al país del fútbol, Italia, para recoger allí a las estrellas, para redimir a Skoglund en Inter de Milán, a Hamrin de Padua, a Selmosson de Lazio Roma, a Liedholm del AC Milán y a Gustavsson en Atalanta Bergamo.
Pero esto no era tan natural. Pues en aquellos tiempos en los que Suecia pasó a ser campeón olímpico en 1950, los escandinavos renunciaron durante años al tanto sensacional como profesionalmente dúo delantero Gunnar Gren, Nils Liedholm y Gunnar Nordahl, llamados también Gre-No-Lie. Con Gren y Liedholm había ahora dos de los tres ídolos italianos en el equipo de las Tres Coronas.
Los fans de las estrellas estaban organizados sensacionalmente. Ya horas antes del encuentro de los suecos se les fue calentando con los altavoces del estadio. Un hombre en pantalón oscuro, jersey blanco, una bolsa micrófono transportable en la mano izquierda y una bandera sueca como batuta en la derecha se encargó de animar al propio equipo.
El eslogan, que gritaban miles de gargantas, era: „Heja, Heja Sverige, heja sverige, friskt humör, det är, det som susan gör, heja, heja, heja.“ Lo que significa más o menos: “¡Olé Suecia, sé optimista, eso es lo único que cuenta!“
De este modo todos los partidos en casa de los suecos se convirtieron en un infierno. En la ronda preliminar Suecia barrió a México por 3:0  en el estadio Rasunda de Estocolmo, allí se venció al Vice-campeón mundial, Hungría, por 2:1, a Gales se le extorsionó un 0:0. En los cuartos de final, los jugadores en azul-amarillo mandaron a casa a Rusia con un 2:0, en la semifinal llegaron a ganar con un 3:1 al hasta entonces campeón mundial Alemania.
Los suecos convirtieron el lugar del encuentro Gotemburgo en una fortaleza en el duelo contra la selección de la República Federal de Alemania. Alrededor del estadio de Ullevi estaban colocados animadores con megáfonos y banderas. 53 000 espectadores gritaban eufóricos. Los suecos entusiasmaron en el césped y los alemanes parecían estar como asombrados. También el árbitro húngaro, Zsolt, mostró signos de inseguridad, pues tomó decisiones cuestionables no sólo desde el punto de vista de los alemanes.
A los jugadores del equipo del campeón mundial de la FIFA de 1954 les aleteaban visiblemente los nervios en esa atmósfera. Cuando se tuvo que salir Juskowiak del campo por una falta revancha a Hamrin, escaló la situación. El partido finalizó después de un 1:0 de ventaja en un 1:3. El campeón mundial de la FIFA había perdido. A los jugadores de Sepp Herberger se les notaba aún el dolor en el partido por el tercer puesto contra Francia que se perdió por 3:6.

EL VIEJO LOBO Y SUS RECUERDOS – ZAGALLO Y EL MUNDIAL 58
FIFA.com: ¿Qué es lo que mejor recuerda de la Copa Mundial de la FIFA 1958?Mario Zagallo: En primer lugar, el hecho de que los suecos, luego de tres días de lluvia, cubrieran el campo para mantener la hierba en buenas condiciones y facilitar el buen juego en la final. Ellos sabían que el equipo brasileño era muy habilidoso y que el partido daría un mejor espectáculo con el césped seco. Y por supuesto, no puedo olvidar el gol que marqué en la final. Regateé a un central y me libré de él. Como resultado del regate, se me escapó el balón hacia adelante. Cuando lo recuperé ya tenía encima al portero, de modo que lo empujé con la punta de la bota y metí el cuarto gol de Brasil.
Otro recuerdo muy vivo fue el momento en el que Suecia anotó el primer gol. Entonces no pude evitar acordarme de la final que habíamos perdido en 1950. Pensé para mí: "Oh, Dios mío, ¿vamos a perder la final otra vez? Oh, no". Antes del gol del empate, [Lennart] Skoglund, al que marcaba Vavá, tuvo otra gran ocasión de aumentar la ventaja sueca, pero yo estaba situado por detrás de Gilmar y despejé el balón fuera. Si hubiéramos concedido ese gol, la remontada habría quedado seguramente fuera de nuestro alcance. Menos mal que pude impedirlo. Ésos son mis mejores recuerdos del Mundial de 1958.
Se cuenta una anécdota graciosa acerca del hotel de Estocolmo en el que se hospedaron. ¿La recuerda?
En el exterior del hotel supuestamente ondeaban las banderas de todos los países participantes. [Mi compañero de equipo] Joel y yo dimos la vuelta al edificio y no pudimos encontrar la bandera brasileña por ningún lado. Así que fuimos a hablar con el gerente del hotel y nos quejamos de que faltaba nuestra bandera. No hablábamos inglés muy bien. Para hacerme entender, hice el gesto de ondear una bandera. El gerente nos acompañó afuera y, apuntando a la bandera de Portugal, que ni siquiera se había clasificado para el certamen, nos dijo que ésa era la bandera de Brasil. Volvimos al mostrador de recepción, y él sacó un libro para enseñarnos la bandera brasileña. Entonces se dio cuenta de su error, nos miró a Joel y a mí, nos pidió disculpas, salió fuera, quitó la bandera portuguesa y la cambió por una brasileña.
¿Ha sido el mejor equipo en el que ha jugado?
Sin lugar a dudas, ha sido el mejor equipo en el que he jugado. Tras las derrotas en 1950 y 1954, ganamos el título mundial contra todo pronóstico, porque no éramos los favoritos. Y cuando nos marchamos de Suecia, todo el mundo hablaba del fútbol tan bonito que habíamos desplegado. La llegada de Pelé, Garrincha, Vavá y Zito nos hizo mejores incluso que el equipo que ya había dejado su huella en el Mundial anterior. Nunca olvidaremos los goles que marcaron Pelé, Garrincha, Vavá... Han quedado grabados para siempre en la memoria colectiva. Fue un Mundial inolvidable.
Al término de la final, el Rey Gustavo Adolfo de Suecia bajó al campo para darles la enhorabuena. ¿Qué impresión le causó aquel gesto?
El hecho de que el Rey de Suecia bajara al campo demostró lo civilizados que son los suecos. Ya lo habían demostrado al secar el campo antes del partido. Fue maravilloso ver al Rey Gustavo Adolfo bajar al campo a celebrarlo con los jugadores. E incluso hizo un discurso de agradecimiento por el gran partido y por el espectáculo que había dado el equipo brasileño. Me emocionó. Fue fantástico estar allí para vivir aquello. Dimos una vuelta de honor enarbolando la bandera de Suecia, que era lo menos que podíamos hacer para agradecer a los aficionados suecos la manera tan especial en la que nos habían tratado.
¿Se acuerda de la recepción que les dispensaron al regresar a casa?
Por supuesto que sí. Cuando llegamos a Río de Janeiro, las celebraciones inundaban las calles. Los seguidores vinieron a recibirnos al aeropuerto, y nos siguieron a lo largo de todo el trayecto hasta el Palacio de la Gloria. Fue una experiencia inolvidable. En aquel tiempo era inimaginable que algo así estuviera ocurriendo. Nunca pensamos que viviríamos algo parecido. Ver las calles del casco urbano de Río llenas de gente que había salido a darnos la bienvenida a casa fue un momento tremendamente emotivo, uno de los momentos más emotivos de mi vida.
¿Se alegró de que se celebrara el 50º aniversario en Londres con un amistoso entre Brasil y Suecia, repetición de aquella final de 1958?
Sin duda. Recuerdo absolutamente toda aquella aventura momento a momento, desde que llegamos a Suecia, la entrada al hotel, el salto al terreno de juego en el primer partido hasta todo lo demás. Recordar momentos triunfales del pasado siempre es bueno, siempre es emocionante. Es justo que no dejemos pasar desapercibido el 50º aniversario del primer triunfo de Brasil en la Copa Mundial. Estoy encantado de que aquella gesta no haya caido en el olvido.
PELÉ Y ALTAFINI

DURO GOLPE PARA LOS BRITÁNICOS
Un accidente aéreo empañó la máxima cita futbolística, ya que el 6 de febrero de 1958el avión que transportaba a los jugadores del Manchester United chocó en Múnich, falleciendo varios integrantes del seleccionado inglés luego de enfrentar al Estrella Roja de Belgrado en los cuartos de final de la Copa de Europa.
Salvaron su vida Bobby Charlton, y el entrenador Matt Busby, entre otros.
CUESTIÓN DE EDAD
Dos meses antes de que nazca Pelé debutaba Gunnar Green en Primera, 17 años después perdió la final ante Brasil y una gran joven figura veinte años menor que él le arrebataba el título.

ENTRADA GRATIS PARA LA FINAL –“ NO VOY”
Almanaque: veja algumas curiosidades da Copa do Mundo de 1958
Rei do Nepal recusa convite para assistir ao jogo final do Mundial

FINAL? NÃO VOU!
O rei Mahendra, do Nepal, recusou o convite do rei Gustavo VI Adolfo para assistir ao jogo final entre suecos e brasileiros. A autoridade nepalesa almoçou com Gustavo e a princesa Luísa. Convidado para ocupar um lugar na tribuna de honra do Estádio Rasunda, Mahendra explicou que preferia visitar pontos turísticos de Estocolmo. Quem também não viu a final foi o jovem sueco que encontrou na rua dois ingressos. Em vez de ficar com os tickets, o rapaz resolveu entregá-los na Central de Polícia. O gesto lhe rendeu um prêmio de 2 coroas – ou 10% do valor de um ingresso. A polícia avisou que, se ninguém aparecesse reclamando pelos ingressos, ele teria o direito de ficar com eles. Mas, segundo as leis locais, o prazo de espera seria de... seis meses.

AL FINAL TODO  AZUL
Brasil no quería jugar de azul en la final hasta que según palabras de Zagalo
alguien dijo usemos el azul es el color del manto de “Nuestra Señora Aparecida”, como los brasileros habían alegado que sus camisetas azules no estaban en condiciones se mando confeccionar de inmediato a una fabrica sueca , la numeración fue aleatoria y para la final a Garrincha le toco la 11 , al golero Gilmar la 3 y a Pelé coincidentemente la numero 10.

LA GRAN FINAL
En la final se enfrentaron los locales de Suecia ante la apabullante Brasil. Comenzaron ganando los europeos, pero los sudamericanos lejos de entrar en pánico como Raymor dijo que ocurriría, lo dieron vuelta gracias a Vavá. Desde ahí no hubo más reacción del oponente y los brasileños manejaron el partido poniendo cifras definitivas de cinco a dos. Victorio Pozzo, bicampeón con Italia resumió: “Ganó el mejor y debemos alegrarnos. El modo que se impuso en la final sella las magníficas actuaciones que tuvo.”
A final da Copa do Mundo FIFA de 1958 foi disputada pelo Brasil, que havia eliminado a França e País de Gales; e a Suécia, que havia eliminado a Alemanha Ocidental e a União Soviética. A partida foi realizada em 29 de junho às 14h, no Estádio Råsunda em Estocolmo, com um público estimado em 51 800 pessoas. Sob o apito do árbitro francêsMaurice Guigue, a Suécia abriu o placard aos 4 minutos, que foi revertido rapidamente. A partida terminou 5 a 2 para o Brasil, placar este que teve o maior número de gols em finais de copas e a maior diferença. Foi o primeiro título do Brasil; esta Copa foi a competição que revelou Pelé, na época com 17 anos, vindo este a ser considerado, futuramente, por muitos o maior jogador da história do futebol.
A final seria disputada no Estádio Råsunda entre Brasil e Suécia em frente a um público de 50.000. O Brasil perde o sorteio e joga de azul, pois ambos os times tinham o uniforme nº 1 em amarelo. "Nós vamos vencer, vamos jogar com a cor do manto de Nossa Senhora Aparecida" disse o dirigente da delegação brasileira Paulo Machado de Carvalho. Nem o gol sueco que inaugurou o placar abalou a equipe. Didi, o príncipe etíope, certamente uma das peças mais importantes do time brasileiro, pegou a bola e foi calmamente andando com ela debaixo dos braços, lembrando a todos que o Botafogo, base daquela seleção, tinha dado uma goleada na Suécia, de forma que não ia ser a seleção brasileira que ia perder deles. Resultado: uma partida excepcional que, mesmo com a derrota por 5 a 2 em casa, foi aplaudida de pé pela torcida sueca, ao saudar como campeões do mundo Garrincha, Pelé, Vavá, Zito, Mazzola, Nilton Santos, Didi, Gilmar, Zagallo, entre outros. Assim o Brasil sagrava-se pela primeira vez campeão mundial de futebol.
Mercenarios y magos
Una vez más, Brasil se había plantado en una gran final, en esta ocasión con la selección sueca como adversaria. La presencia de Suecia en la final era increíble, puesto que se trataba de un equipo creado de la nada para representar al país en la competición. Su creación ya había provocado serias discusiones hasta que se barajó la posibilidad de contemplar como candidatos idóneos a los jugadores profesionales que se encontraban en equipos de la Liga italiana. Sin embargo, los suecos despuntaron como el sólido y bien formado combinado que venció en semifinales (3-1) a Alemania, la defensora del título. En la final de los "mercenarios" contra los "magos", fue Suecia la que empezó el partido con más entereza. Por primera vez en la competición, Brasil iba a la zaga. Pero no por mucho tiempo. Gracias a los goles de Zagallo, Vava y, sobre todo, de Pelé, que marcó en dos ocasiones, Brasil ganó su primera Copa Mundial de la FIFA™ (5-2). El Presidente de la FIFA Arthur Drewry entregó la estatuilla de oro al entonces capitán de la selección brasileña, Bellini.
A DECISÃO A imprensa sueca antecipava o êxito dos anfitriões e lembrava aos brasileiros que jamais uma seleção sul-americana havia vencido na Europa. Mas a ousadia e a autoconfiança de Pelé e cia. foram determinantes para que todos os prognósticos fossem colocados por água abaixo. Houve também a famosa história do uniforme azul, comprado numa feira de Estocolmo por US$ 35, inspirado no manto de Nossa Senhora Aparecida, já que os donos da casa jogavam de amarelo. Os suecos eram fortes, mas a equipe verde-amarela já havia batido duas vezes os adversários: 4 a 2 em 1938 e 7 a 1 em 1950. Mesmo levando o primeiro gol, de Liedholm, O Brasil não se abateu. Didi orquestrou a virada ainda no primeiro tempo, com dois gols de Vavá em passes de Garrincha.
No segundo tempo, Pelé marcou um gol antológico, Zagallo ampliou, e o camisa 10 encerrou a festa aos 45min. Aplaudidos pelos torcedores suecos, os campeões desfilaram pelo gramado do Rasunda carregando um estandarte do país-sede. Para completar a festa, Pelé terminou a Copa como Rei Pelé, e o capitão Bellini imortalizou um gesto emblemático, que seria repetido pelos demais capitães em outras Copas, erguendo a taça acima da cabeça. “A conquista do Mundial de 1958 representa o fim do ‘complexo de vira-latas’ do homem brasileiro”, resumiu o jornalista Nelson Rodrigues
Luego de la vuelta olímpica por parte de los brasileños, donde portaron la bandera sueca, el rey Gustavo VI de Suecia, bajó al terreno de juego para felicitar a los campeones mundiales.
Al final del torneo se hizo conocida la frase "Los ingleses inventaron él fútbol y los brasileños lo perfeccionaron". 


SECRETOS DE CAMPEÓN
Brasil, que exhibió una revolucionario esquema 4-2-4, ya tenía en Didí a un talentoso mediocampista, en Vavá a un goleador influyente, y en Djalma y Nilton Santos a dos legendarios marcadores laterales. Pero con el agregado de Pelé y del increíble dribleador Garrincha, se convirtieron en el equipo a vencer.
En la ronda inicial, Brasil fue muy prolífico en cuanto a su capacidad goleadora, aunque ante Inglaterra sólo igualaron sin tantos. Gales, sin embargo, les dio dura batalla en octavos de final, que fue ganada gracias a un gol de Pelé, que se desvió en el camino. Años más tarde, Pelé dijo que ése fue el gol más importante de su carrera.
En semifinales, Brasil enfrentó a Francia, que por primera vez hacía honor a su condición de uno de los fundadores del fútbol mundial. Just Fontaine fue un goleador sensacional, con 13 tantos, cuatro de los cuales fueron convertidos en el partido por el tercer puesto. Sus goles llegaban tras asistencias de Raymond Kopa, un delantero que brillaba en el Real Madrid y que hasta la aparición de Michel Platini era considerado el mejor francés de la historia. Pero los franceses no tuvieron respuestas para enfrentar a un inspirado Pelé, que marcó tres goles en una fácil victoria de su equipo, por 5-2.
La final sería una batalla entre el estilo sudamericano y la mayor potencia física de los europeos. Antes del partido, George Raynor pronosticó que si los brasileños se encontraban en desventaja ante los suecos, "se asustarían".
Su predicción fue equivocada. Liedholm puso a Suecia un gol arriba a los cuatro minutos. Pero cinco minutos más tarde Vavá igualó con un cabezazo, tras un centro de Garrincha. A los 30 minutos, Brasil repitió la fórmula. Y en la segunda mitad, apareció la genialidad de Pelé, que bajó una pelota con el pecho, la levantó por encima de un defensor, y la colocó a la izquierda del arquero, Brasil aseguró el trofeo con un gol de Zagalo. Simonsson descontó, pero Pelé, con un cabezazo, puso cifras definitivas.
La Copa Jules Rimet quedó para Brasil, en un Mundial en el que se rompieron varias marcas. La cantidad de goles de Fontaine, la edad de Pelé y la aparición de un equipo sudamericano campeón por primera vez en suelo extranjero. Además, el fútbol internacional encontró en Pelé a su gran estrella.
LOS CAMPEONES DEL MUNDO

LAS FIGURAS DEL MUNDIALEn áquel torneo hacía su aparición un gran delantero para la selección brasileña, Manoel Francisco dos Santos, Garrincha.
Con su inigualable juego de cintura, hacía que los mejores defensores quedaran en ridículo. Se decía "Garrincha siempre hace la misma, y siempre se sale con la suya".
Importantísimo para Brasil para que estos lograran el título en la Copa Mundial de la FIFA de 1958 y 1962.
GARRINCHAEl rey declaró que Garrincha era un futbolista increíble, de los mejores que había visto en su vida, inclusive que en su historia le debe mucho al entrañable puntero.
Este extremo derecho mostró su capacidad goleadora con el Botafogo, con cifras sorprendentes para su puesto.
Tuvo una vida muy díficil, Mané era analfabeto y alcohólico, en la selección brasileña le realizaron estudios psicotécnicos, y le habían diagnosticado “debilidad mental”, es por eso que se aconsejaba mandar de regreso a Garrincha por considerado un disminuido mental.
En su infancia sufrió poliomielitis que le torció las piernas y a padecer una desviación en su columna vertebral, también tenía una pierna más corta que la otra, todos éstos problemas físicos, hicieron que los médicos anunciaron a su madre que el niño nunca tendría la posibilidad de caminar normalmente.
Hay dos anécdotas del "chaplin del fútbol", una es que tras ganar la final, Garrincha preguntó en el vestuario campeón, contra que seleccionado debían disputar el siguiente partido.
En la concentración brasileña apareció Garrincha con una lujosa y moderna radio a transistores, que se había comprado en el país escandinavo.
Mario Américo, masajista de la selección, le manifestó que había hecho un mal negocio, abusando de su inocencia e ignorancia, le dijo que ese aparato no le iba a servir en Brasil ya que solamente transmitía en el idioma sueco. Garrincha prendió la radio y constató lo que decía el masajista, en todas las estaciones radiales, los locutores hablaban el idioma escandinavo.
Luego de enojarse con el vendedor del aparato, le cedió el radiotransmisor al masajista por cuarenta dólares y la promesa de que nadie se enteraría que Mané había pagado más de cien dólares por eso.
Garrincha falleció en 1983, con severos problemas por su adicción alcohol, pero no cabe duda que le dió alegría al pueblo brasileño por su destreza y sencilllez.
PETER McPARLAND, anotó cinco goles para Irlanda del Norte, que llegó a cuartos de final.Hizo historia en el Aston Villa inglés.KURT HAMRIN, tremendo goleador en el fútbol italiano, que marcó contra Alemania Federal en la semifinal de la Copa del Mundo de 1958, nacido el 19 de noviembre de 1934, es uno de los jugadores nórdicos más destacados de la historia.VAVÁ, Edvaldo Izidio Neto, más conocido como Vavá, se proclamó campeón y en la final marcó los dos primeros goles de su equipo. DIDÍ, se llamaba Waldir Pereira, jugaba como mediocampista, y realizó un extraordinario mundial para la primera consagración de nuestros hermanos brasileños, murió en el día 12 de mayo de 2001, pero dejó una huella como jugador y entrenador.
Fue entrenador de la selección peruana de fútbol para las eliminatorias del mundial de México 1970, cuando eliminaron a Argentina luego de un triste empate, ádemas fue técnico de River, apostando al "jogo bonito", pero fue my criticado en nuestro país.
PELEEdson Arantes do Nascimento es hoy un verdadero mito, el mejor deportista de la historia de Brasil, viajó al mundial de Suecia, con 17 jóvenes años, y como suplente, por una lesión en una de sus rodillas. También se comenta que su pie plano, puso en riesgo su participación en el mundial 58.
Su primer entrenador fue Valdemar de Brito, un futbolista que jugó con la selección nacional brasileña en la Copa Mundial de 1934.
Se convirtió en la revelación en este mundial, con excelencia en su juego, también apareció su aporte goleador en la final, contra los locales.



50 AÑOS DESPUES EL REENCUENTRO DE BRASILEÑOS Y SUECOS 
( pele mazzola pepe zito hamrim simonsson borjesson parling gustavsson johansson berndtsson ohlsson ) - ESTADIO RASUNDA -STOCKHOLM

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